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LEILÃO A-6 2018: CONTRATAÇÃO EÓLICA

O Leilão A-6 2018, contratou 1.25 GW de potência Instalada em projetos eólicos. 

Destes 64% dos lotes vão para o ACR, que equivalem a 420 MWm.

Dentre os vencedores etão os grades players:

EDP Renováveis, EDF, CPFL Renováveis, Rio Energy Projetos de Energia, Voltalia, Casa dos Ventos Energias Renováveis.

O maior deságio foi observado no cluster São Januário 64% com tarifas de 79 R$/MWh.

Só foram contratados projetos no Rio Grande do Norte (742,3 MW) e na Bahia (508,4 MW).



Com 27 projetos contratados, RN lidera leilão nacional de energia eólica.

Estado deverá ampliar em 743 MW capacidade instalada de produção da energia dos ventos, até 2024.

O estado do Rio Grande do Norte liderou a contratação de projetos para produção de energia eólica, no leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta sexta-feira (1º). Do total de 48 novos projetos, que deverão começar a operar em 2024, 27 ficaram no estado. Eles totalizam mais 743 MW de capacidade instalada.

Outros 21 projetos ficaram na Bahia, que receberá mais 508,4 MW de capacidade instalada. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a produção por meio dos ventos representou 50,3% de toda a venda de energia do leilão. Ao todo, foram viabilizados 1,25 GW de capacidade eólica.

"Os projetos vendidos hoje em leilão significam novos investimentos de mais R$ 5,83 bilhões em contratos de 20 anos", informou a Abeeólica.

A associação ressaltou que há uma tendência de queda dos preços de energia eólica mundialmente, principalmente por causa do avanço da tecnologia, porém a tendência é contrária no Brasil por causa de "riscos" no novo tipo de contratação feita pelo governo.

"No caso específico do Brasil, vale ponderar que o novo contrato por quantidade traz riscos que tendem a elevar os preços, mas este não foi um fator preponderante neste leilão, porque ainda temos um represamento de projetos muito grande devido aos dois anos que o setor ficou sem leilão (de novembro de 2015 a dezembro de 2017)", informou a associação.

Venda de placas fotovoltaicas cresce 80% nos últimos 3 meses na Bahia

Além do benefício ao meio ambiente, a compensação reduz a conta para a tarifa mínima.Empresário Pablo Miranda exibe as placas para geração de energia solar instalada na cobertura das edificações (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO)

O constante aumento nas contas de energia fez com que as vendas e instalação de placas de geração de energia fotovoltaica crescessem 80% na Bahia nos últimos três meses, segundo empresas do setor ouvidas pelo CORREIO. O preço do investimento no equipamento pode até assustar, pois pode variar de R$ 10 mil a R$ 500 mil. Contudo, as vantagens compensam. O prédio ou a casa que gera sua própria energia reduz o valor da conta paga à Coelba, e o retorno do investimento é esperado dentro de um prazo entre três e seis anos, enquanto a vida útil dos equipamento é, em média, de 25 anos.

E mais, existem diversas linhas de financiamento com juros atraentes e maiores prazos para pagar as placas. E tudo isso em um cenário de reajustes frequentemente acima da inflação da tarifa de energia. Neste ano, o preço médio do quilowatt-hora foi reajustado em 16,95% na Bahia. Enquanto a inflação oficial no período (maio de 2017 a abril de 2016) foi de 2,76%.

Entender a vantagem do sistema de captação solar é simples. No modelo normal, o consumidor paga pela energia elétrica que compra diretamente da concessionária (Coelba). Ao instalar o sistema de energia solar fotovoltaico, o equipamento é conectado à rede da distribuidora para “emprestar” a energia gerada ali à concessionária, criando assim um “crédito” de energia que será descontado na sua fatura mensal. Esse crédito de energia tem uma validade de 60 meses (5 anos). Além da economia, as células fotovoltaicas contam com o benefício ecológico, porque o sol é uma fonte renovável, não poluente, e reduz o consumo de água utilizada pelas hidrelétricas.

Conta no mínimo

A soma dos fatores atraiu o administrador Tiago Campos, que há três meses investiu R$ 20 mil em uma Unidade Consumidora com Geração Distribuída (sistema de painéis fotovoltaicos), instalada no telhado da sua casa, no condomínio Aphaville 2. O boleto seguinte trouxe uma bela surpresa: a cobrança mensal, que girava em torno de R$ 350, caiu para a taxa mínima de consumo cobrada pela Coelba, mostrando que a aposta foi acertada.

“Eu sempre tive uma preocupação com o aspecto do consumo sustentável de recursos naturais, e a possibilidade de gerar economia me convenceu a optar por esse investimento”, explica o administrador.Além de praticamente se livrar do custo com energia, ele ainda passou a usufruir de crédito com a Coelba, já que a energia gerada pelos painéis e não utilizada pelos moradores retorna para a rede pública, transformando-se em crédito junto à operadora.

Quadro positivo

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atualmente 837 unidades consumidoras com geração distribuídas estão ativas em toda a Bahia. Número ainda tímido se levarmos em consideração o potencial de captação de energia solar do estado e compararmos com os números de Minas Gerais (7.173), São Paulo (6.753) e Ceará (1.125).

Porém, a realidade tem mudado rápido. Representantes desse mercado, a exemplo do sócio da Reconluz Energia Solar, Pablo Miranda, já sentem o aquecimento na procura. “Fui pego de surpresa nos últimos três meses, pois a demanda aumentou cerca de 500%, inclusive estamos dobrando a equipe para dar conta”, diz. “Unidades residenciais, condomínios, indústrias e escolas estão na lista de clientes que já enxergaram a vantagem desse investimento”, completa.

Além dos Painéis

Para a gerente de eficiência energética da Coelba, Ana Christina Mascarenhas, o crescimento da adesão ao sistema fotovoltaico é um importante passo para o uso responsável da energia elétrica.Prova disso é a mobilização do poder público em prol do fomento dessas tecnologias. “Hoje, Salvador tem uma legislação inovadora, com o IPTU Verde, que dá desconto sobre o imposto em caso de adesão à captação de energia solar, reuso de água, coleta seletiva. Além disso, fizemos uma parceria com a prefeitura para implantação do sistema fotovoltaico em conjuntos habitacionais populares, como o Guerreira Severina, no Subúrbio, o que mostra uma evolução natural na cultura de consumo sustentável”, exemplifica.

Ela ressalva que mais que popularizar a geração de energia solar, é necessário fortalecer a ideia de consumo responsável. “O sistema fotovoltaico sozinho não é a solução. É preciso desenvolver a cultura de economizar energia. A redução do consumo doméstico, aliada à geração através da tecnologia, vai criar um ambiente efetivamente sustentável”, finaliza.
Sustentabilidade valoriza lançamentos

Ciente do aumento da demanda dos consumidores por residências e escritórios mais econômicas e sustentáveis, construtoras e incorporadoras já oferecem uma série de empreendimentos adaptados a esse perfil.

Segundo o engenheiro civil Thales de Azevedo Filho, responsável pelo projeto do edifício sede do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon), primeiro empreendimento do estado a receber o Selo Ouro do IPTU Verde (atende aos critérios de alta qualidade ambiental), a arquitetura inteligente já é uma realidade em todo o Brasil, se estendendo desde as faixas imobiliárias populares até o alto padrão. “Hoje o uso do sistema fotovoltaico é uma forma de alavancar economicamente o empreendimento. A economia feita pelos sistemas de energia sustentável valorizam o imóvel na hora da venda, e isso já é utilizado pelas incorporadoras”, diz.

Consciência

Um exemplo está nos projetos da construtora OR, que trouxe o conceito para Salvador através do Hangar Business Park, Mundo Plaza e outros. A empresa vai lançar um novo empreendimento no Horto Florestal que terá até tomada para recarga de veículos elétricos. “Há algum tempo, os nossos projetos têm trazido uma consciência ambiental muito forte. Isso gera uma cultura de consumo consciente de recursos naturais, além de trazer uma economia grande para os moradores”, explica o superintendente da OR no Nordeste, Eduardo Pedreira.

A procura por tecnologias sustentáveis também já alcançou o segmento popular e é usada como argumento de vendas. A assistente jurídica Mônica Gomes, por exemplo, optou pelo Spazio Solar do Parque, da MRV, em Narandiba, por causa da energia solar. O empreendimento é o primeiro da construtora no Brasil a utilizar as células fotovoltaicas no projeto. “No antigo condomínio que morava, não tínhamos essa tecnologia, e adaptá-la sairia muito caro, então já fui para o mercado buscando essas características”, disse.

Diferenciais sustentáveis

Parque Solar do Jardim - O 2/4 da MRV na Estrada do Coco conta com sistema de geração de energia solar para abastecimento das áreas comuns. O empreendimento ainda oferece lazer completo e é equipado com bicicletas compartilhadas, sistema de segurança, tomada USB e piso laminado na sala.

Civil Towers - O edifício empresarial da Civil, localizado no bairro do Costa Azul, conta com equipamentos para geração de energia solar e eólica, substituição de todas as lâmpadas incandescentes por LED e implantação de uma concepção arquitetônica que proporciona conforto térmico por meio do uso de pele de vidro e alumínio na área externa da edificação.

Hemisphere 360° - Esse residencial da Queiroz Galvão agrega uma série de características de projeto para economizar água e energia, a exemplo dos hidrômetros individuais, sensores de presença na garagem e áreas comuns e sistema de aproveitamento da água da chuva para irrigação.

Hangar Business Park - O campus corporativo da OR em Salvador talvez seja o principal exemplo de eficiência energética da cidade. Todas as nove torres foram certificadas com a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence). Além das células fotovoltaicas, o empreendimento tem aproveitamento da luz natural com vidros especiais que aumentam o conforto térmico e reduzem o uso dos aparelhos de ar-condicionado, além de sistema de captação de águas das chuvas e uma estação própria de tratamento para reaproveitamento hídrico.

Neo Itaigara Life - O residencial da Concreta foi projetado de olho no conceito de sustentabilidade. Além do sistema de água individualizada, o empreendimento traz aquecimento por energia solar que, além do benefício ao meio ambiente, contribui diretamente para a redução da tarifa condominial.

Fonte: Correio 24 horas

Com queda de preço da energia solar, estados buscam atrair investimentos

Locais com forte irradiação ainda são pouco explorados; transmissão é um dos maiores gargalos.

As grandes hidrelétricas, como Furnas (foto), são as responsáveis pela produção de energia elétrica do país (60,26%); entre as usinas que estão em construção, esse o valor diminui: as novas hidrelétricas de grande porte correspondem a 12,68% da energia que será gerada pelas novas construções

A energia solar ainda representa uma parcela mínima da geração elétrica do Brasil, mas, com a queda nos preços, ganha a atenção de governos estaduais em busca de investidores.

Hoje, a fonte responde por apenas 0,8% da potência instalada de todo o país.

Desse total, 80,8% se concentra em três estados: Bahia, Piauí e Minas Gerais, segundo a Absolar (associação da indústria solar fotovoltaica).

Nos próximos anos, com a entrega de usinas que estão em construção, essa concentração deverá cair para 68%.

Ainda assim, muitas regiões com forte irradiação e alto potencial de geração seguem pouco exploradas, e seus gestores têm buscado se estruturar para atrair grandes projetos de companhias da área.

Tocantins, por exemplo, acaba de lançar um mapeamento indicando as áreas com maior potencial de geração no estado.

Há dois anos, quando começaram a se intensificar as visitas de empresários do setor ao estado, para analisar potenciais empreendimentos na região, o governo não tinha dados, afirma Rubens Brito, subsecretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

O objetivo do estudo é facilitar a atração desses investidores. A meta é que, até 2030, 25% da energia consumida no estado seja de fonte solar.

“O Tocantins é um estado novo, no passado as prioridades eram outras. Temos uma usina em construção e queremos ampliar esse número”, diz o secretário Leonardo Cintra.

Um dos principais gargalos é a disponibilidade de linhas de transmissão para levar a energia aos centros consumidores, afirma Antonio Celso de Abreu Jr., subsecretário de energias renováveis do estado de São Paulo —que representa 9,4% da potência atual.

“O fato de estados terem forte insolação não significa que há escoamento”, diz.

Na Paraíba, cujas primeiras usinas de grande porte ainda estão em construção, o problema deverá ser resolvido em 2021, quando linhas de transmissão contratadas em 2017 deverão ficar prontas, segundo Robson Barbosa, secretário-executivo de energia do estado.

Segundo ele, as usinas solares demoraram a avançar devido a seu alto custo, que só começou a cair recentemente.

“A fonte solar vive hoje o que viveu a eólica no passado: um barateamento e uma maior maturação. É uma alternativa que vai disparar, e o estado está pronto para receber esses empreendimentos”, diz.

No leilão de energia de 2015, o preço médio da energia solar negociada foi de R$ 297 por MWh (megawatt-hora). Neste ano, os valores ficaram entre R$ 117 e R$ 118 por MWh.

Além da construção de grandes usinas, que depende da realização de leilões pelo governo, outro propulsor da fonte solar tem sido a chamada de geração distribuída —em que consumidores geram a energia em casa, com painéis fotovoltaicos em seus telhados.

Esses geradores domésticos somavam 270,9 MW (megawatts) de potência instalada em maio deste ano, contra 13,8 MW no fim de 2015, segundo a Absolar.

Nesse segmento, os fatores que impulsionam o mercado são distintos: mais até do que a irradiação, pesa a economia que o gerador doméstico consegue, já que a energia gerada dá descontos na conta de luz.

Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul concentram 50,3% da potência total desse tipo de geração.

“Quanto maior a tarifa da distribuidora, maior o incentivo para buscar formas de baratear a conta”, diz Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar.

Outro fator é a renda da população, que influencia na capacidade de fazer o investimento inicial dos painéis, diz Barbosa. “Não é uma questão estadual, e sim de classe.”

Fonte: Folha de S. Paulo

Energia eólica deve ser 2ª principal fonte elétrica do Brasil em 2019

Previsão da ABEEólica avalia que o setor deve chegar a 2022 com uma capacidade instalada de 17,6 gigawatts no país.Hoje, energia eólica atende 8% da capacidade nacional - Pixabay

A geração de energia eólica no Brasil cresceu em julho deste ano 24% ante igual período do ano passado, à medida que novos parques entram em operação em um setor que deve ser a segunda principal fonte da matriz elétrica já em 2019, disse nesta terça-feira (7) a presidente-executiva da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).

Segundo Elbia Gannoum, o setor de energia eólica está em trajetória crescente, com perspectiva de chegar em 2022 com uma capacidade instalada de 17,6 gigawatts no país, contra atuais 13,4 GW.

Durante a abertura da Brazil Windpower 2018, uma conferência do setor, a dirigente destacou que em 23 de julho deste ano a energia eólica teve papel essencial no abastecimento do Nordeste brasileiro e respondeu por 72% de toda carga.

“A energia eólica deve ser a segunda fonte da matriz já no próximo ano. Acreditamos que o setor tem uma responsabilidade muito importante na discussão sobre o futuro cheio de tecnologia e desafios”, disse ela.

As hidrelétricas são a principal fonte de geração hoje no Brasil, com cerca de 60% da capacidade instalada. Em seguida aparecem as térmicas a combustíveis fósseis, com quase 16%, seguidas pelas eólicas, com quase 8%.

A projeção da ABEEólica considerada os contratos firmados em leilões e no mercado livre. O Brasil conta atualmente com 534 parques eólicos, sendo a maioria no Nordeste: 137 no Rio Grande do Norte; 111 na Bahia e 80 no Estado do Ceará.

Fonte: R7

Energia dos ventos pode criar 200 mil empregos no país até 2026, diz estudo


A geração de energia elétrica a partir dos ventos (energia eólica) tem potencial para criar cerca de 200 mil empregos no Brasil até 2026, de acordo com um estudo divulgado nesta quinta-feira (12) pela ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial).

O avanço desse tipo de energia no país tem aberto novas possibilidades de carreiras, segundo a entidade. O levantamento mapeou 52 profissões que podem atuar na cadeia eólica, em cinco diferentes etapas: ensino e pesquisa, manufatura, desenvolvimento de projetos, construção e montagem, e operação e manutenção.

Os maiores salários na área são de profissionais do ramo de engenharia (de produção, industrial, de qualidade, de vendas, elétrica e projetista), com valores que variam de R$ 5.000 a R$ 15 mil por mês, aponta o estudo. Na mesma faixa salarial, também há vagas para advogados, administradores e biólogos.

A maioria dos parques eólicos do Brasil está no Nordeste. O Rio Grande do Norte e a Bahia lideram, com 135 e 93 usinas, respectivamente. Outros sete estados da região concentram 184 parques eólicos. A região Sul vem em seguida, com 95 parques eólicos, a maioria no Rio Grande do Sul (80).

Fonte: Uol

Complexo eólico da ENGIE na Bahia começa a gerar energia


Entre 2018 e 2020, a ENGIE investirá R$ 2,9 bilhões em projetos eólicos no Brasil, como parte de sua estratégia global de crescer através da geração de energia proveniente de fontes renováveis.

Dois grandes complexos eólicos estão em construção na Bahia: Campo Largo, que iniciou a operação comercial em 04 de julho, e Umburanas, em fase de obras civis, que iniciará operações no início de 2019. Os empreendimentos terão capacidade de gerar, respectivamente, 326,7 MW e 360 MW em suas primeiras fases.

“As eólicas respondem por cerca de 60% da capacidade de nossos projetos em fase de desenvolvimento mais avançada, isto é, aqueles que ainda não tiveram a construção iniciada, mas estão aptos a participar de leilões regulados de compra de energia”, diz o diretor-presidente da ENGIE Brasil Energia, Eduardo Sattamini, citando como exemplo o projeto Santo Agostinho (700 MW), no Rio Grande do Norte. No médio prazo, a capacidade instalada da Companhia poderá ser ampliada em 2 GW.

A geração de energia eólica vem crescendo rapidamente no Brasil, que em fevereiro atingiu a marca de 13 Gigawatts (GW) em capacidade instalada, quase a mesma da hidrelétrica de Itaipu (14 GW).


Com isso, o país passa a ocupar a oitava posição no ranking mundial de geração de energia com a força dos ventos, ultrapassando o Canadá e se aproximando da França.

Os complexos Campo Largo e Umburanas receberam R$ 273,6 milhões em investimentos nos três primeiros meses de 2018. Já operam comercialmente os complexos Trairi (115 MW) e Santa Mônica (97,2 MW), ambos no Ceará, além de uma unidade de pesquisa e desenvolvimento em Tubarão, Santa Catarina (2,1 MW).

Campo Largo e Umburanas

Campo Largo fica em uma área de 44 mil hectares nos municípios de Umburanas e Sento Sé, a 420 km de Salvador. A primeira fase do complexo terá 11 parques eólicos. A usina Campo Largo VII, com 11 aerogeradores e 29,7 MW de capacidade instalada, teve sua operação comercial autorizada pela Aneel em 04 de julho.

“O cluster Campo Largo/Umburanas é o maior complexo eólico que a ENGIE já fez”, diz Sattamini. “O grande desafio é a logística para realizar as atividades em uma área extensa, com mais de 70 km de acessos internos”.


Em janeiro, a ENGIE deu início às obras civis no complexo Umburanas, com a construção das vias internas e das fundações para os 144 aerogeradores de suas 18 centrais eólicas. A expectativa é que esta etapa da obra termine em dezembro.

Em paralelo, estão sendo construídas linhas de transmissão e uma subestação, a ser energizada no final de outubro.

Os dois empreendimentos se beneficiam da sinergia de suas infraestruturas e têm levado diversos benefícios à população local, carente de infraestrutura e serviços.

Projetos sociais

“Estamos empregando 2.300 pessoas nos dois complexos e já investimentos R$ 6 milhões em projetos sociais, além de R$ 7 milhões na pavimentação do acesso externo”, conta Sattamini.

Os projetos incluem a doação de ambulâncias para a Secretaria de Saúde de Umburanas, a construção de hortas comunitárias irrigadas, a reforma do telhado de uma escola e de uma praça, que terá área de lazer para crianças e adolescentes.

Outra iniciativa com excelentes resultados é o investimento de R$ 700 mil em um projeto de alfabetização de jovens e adultos, com mais de 150 inscritos.

“Essa é uma ação que me traz muita felicidade, pois estamos transformando a realidade dessas pessoas, ampliando seus horizontes e sua percepção da vida, a partir do fato de aprenderem a ler e a escrever”, comenta o executivo.

Fonte: Ambiente Energia

Movido a energia solar, cinema de Socorro-SP se destaca unindo tradição e tecnologia

História do cinema da cidade mostra como administração familiar e paixão ajudaram a superar crises no mercado. Energia solar faz parte de projeto pioneiro.

 Cinema em Socorro, no Circuito das Águas Paulista, funciona com energia solar (Foto: André Marchese)

Longe do alcance dos olhos do público, 57 painéis instalados no telhado convertem energia solar em eletricidade e fazem rodar os filmes no Cine Cavalieri Orlandi, em um projeto pioneiro no país. O cinema de Socorro (SP) é uma das poucas salas independentes em funcionamento em cidades brasileiras com menos de 50 mil habitantes. Ao unir tecnologia e elementos originais da década de 40, ele se destaca e ganha admiradores.

O investimento foi a estratégia usada pela Família Orlandi para manter as portas abertas. E tem dado certo. Lançamentos mundiais são exibidos simultaneamente com os grandes centros urbanos, em 2D e 3D, e salas de poltronas confortáveis e adaptadas com o mais avançado sistema digital de som e imagem foram algumas das inovações.
“Sabíamos que, se não acompanhássemos a evolução tecnológica, não sobreviveríamos”, diz André Marchese, neto do fundador João Della Maggiori Orlandi.
A cidade foi a primeira do Circuito das Águas Paulista e arredores a contar com a tecnologia digital e a exibir filmes em 3D em uma sala no formato “stadium”, semelhante a um teatro, inaugurada em 2012.

Passado e presente juntos

O passado e o presente se misturam na linha do tempo que guarda a história do cinema. É inevitável cruzar o quarteirão da Rua Dr. Campos Salles, no Centro de Socorro, sem reverenciar o prédio número 63, que ostenta a maior parte da sua arquitetura original.

Atrás das paredes de cor salmão, terceira e quarta gerações dos Orlandis flertam com o desafio de manter viva a tradição da família, que acaba de completar 76 anos. O Cavaliere Orlandi foi inaugurado em 24 de junho de 1942 em plena ascensão da Segunda Guerra Mundial. Na época tinha 540 lugares.

Com instinto empreendedor nas veias, André Marchese se mostra determinado em manter distantes as diversidades ameaçadoras do mercado e da economia. Ao lado das irmãs, assumiu a direção do cinema em 2006 e em 12 anos promoveu mudanças, que certamente, deixaria o avô orgulhoso.

Equipamento antigo de projeção cinematográfica recepciona público na entrada do cinema em Socorro (Foto: André Marchese)

R$ 1,2 milhão

Os investimentos feitos pela família para que a cidade mantenha a tradição de ostentar a fama de ter o melhor cinema do Circuito das Águas Paulista e arredores ultrapassa a R$ 1,2 milhão.

O sistema de som de 11.1 canais é o que, na época, havia de melhor. Poltronas confortáveis e acessíveis para pessoas com deficiência e obesas, a chegada imediata de lançamentos da indústria cinematográfica e a possibilidade da compra de ingressos on-line reforçaram os diferenciais durante esse período de reestruturação. Atualmente são duas salas, com 170 e 98 lugares.

Quem entra e passa pelo hall, e observa em exposição a antiga máquina de projeção e as duras cadeiras de madeira, logo percebe que o cinema passou por uma profunda reformulação.
“Me lembro das conversas em família e a incerteza do resultado, mas o mundo havia mudado. Tínhamos que investir antes da concorrência. Falei com pessoas, procurei parceiros até fora de Socorro. Muitos me consideravam louco. Então, fui aos bancos, entrei em financiamentos, tudo com o apoio da família”, conta Marchese.
O investimento trouxe retorno imediato. Filmes de qualidade, tecnologia de ponta e conforto trouxeram filas e salas lotadas.
“Muita gente de fora vem a Socorro para assistir aos grandes lançamentos”, explica o empresário.
Atualmente o cinema se sustenta, mas economizar para investir é o lema dos Orlandis.

Andre Marchese e a filha Gabriela, administradores do cinema de Socorro (Foto: Andreia Pereira/Divulgação)

Economia necessária

Em 2017, com a despesa de energia elétrica mensal na casa de R$ 2 mil, o Cine Cavalieri recebeu a tecnologia fotovoltaica, que converte diretamente a energia solar em eletricidade. O gasto foi reduzido a 10%, R$ 200 por mês.

Diretora-executiva da empresa de Salvador (BA) que executou o serviço, Izabella Dantas afirma que o projeto no cinema é pioneiro no Brasil. “Acompanhamos o mercado e a concorrência e posso cravar que o cinema de Socorro foi o primeiro no país a receber a tecnologia fotovoltaica”, comenta.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil ainda está ao menos 15 anos atrasado em relação a outros países na adoção da energia solar, mesmo assim, pesquisas apontam que em cinco anos a instalação de painéis fotovoltaicos cresceu 81.000% no país.

A economia permite novos planos para o espaço, e Marchese pretende, em breve, instalar dispositivos que favoreçam a presença de deficientes visuais e auditivos nas salas do cinema.

“Acessibilidade é algo importante e nós nos mantemos atentos às regras e evoluções do mercado. Assim que critérios e equipamentos forem definidos, vamos adaptar nossas salas”, promete.

Prédio conservado do cinema de Socorro é uma das atrações da cidade (Foto: André Marchese)

Superação

Ao longo de 76 anos de história, o cinema de Socorro superou períodos sombrios. Em tempos em que as pornochanchadas nacionais já não despertavam interesse e diante de problemas estruturais encontrados no prédio e desgaste de equipamentos, as bilheterias caíram.

Sem encontrar alternativas, a segunda geração dos Orlandis, resolveu fechar as portas do cinema. A tradicional casa fundada por João Della Maggiori Orlandi, e tão bem cuidada durante décadas por Antônio Calafiori – amigo da família que chegou a ter um cinema sem sucesso -, parecia ter perdido a finalidade.

Entre 1983 e 1996, 13 anos se passaram até que a Empresa Cinematográfica São Luís, com sede em São Paulo, em parceria com o departamento municipal de Cultura de Socorro e com o então locatário reabriram o cinema. O prédio passou por ampla remodelação.

Mesmo assim, foram mais dez anos de altos e baixos, assombrados pela possibilidade de se ter em casa a chance de assistir filmes em DVDs ou home theaters. A caminho de uma nova paralisação das atividades, a terceira geração da Família Orlandi se uniu em 2006 e reassumiu a direção do cinema, com o investimento que o colocou em destaque novamente na história da cidade.

Fonte: G1

Energia solar gera 13 mil empregos no interior baiano

A Bahia ocupa o primeiro lugar em produção de energia solar

Desde que a Aneel realizou o primeiro leilão para produção de energia solar na Bahia, em 2016, o interesse de pequenos e médios empreendedores pelo setor não para de crescer. Em Salvador, pelo menos 10 empresas que vendem ou alugam placas fotovoltaicas foram criadas nesses três anos.

Maior estado da região mais ensolarada do Brasil, a Bahia ocupa o primeiro lugar em produção de energia solar, que já emprega, segundo o governo do estado, cerca de 13 mil pessoas no interior, vagas criadas após investimentos de R$ 2,2 bilhões. As autoridades contam com mais nove empreendimentos, em um total de R$ 1 bilhão em investimentos, que gerariam mais sete mil empregos no sertão.

“A Bahia é considerada o estado de maior potencial solar do país devido à sua grande extensão territorial e ao alto índice de radiação solar, superior a 6,5 kWh/m²”, afirma Alex Álisson, coordenador do Programa de Pós-graduação em Modelagem Computacional e Tecnologia Industrial.

Enquanto essa onda de placas fotovoltaicas espalhadas por Bom Jesus da Lapa, Tabocas do Brejo Velho e outros municípios traz esperança de atração de indústrias ao semiárido, em Salvador jovens empreendedores apostam cada vez mais na venda e aluguel de pequenas placas fotovoltaicas para residências, comércio e pequenas indústrias. Um movimento que começou logo que saíram os primeiros leilões de energia solar.

O engenheiro civil baiano Lucas Daltro trabalhava para uma multinacional no Maranhão quando aconteceu o primeiro leilão. A vontade de voltar para casa depois de sete anos fora e a oportunidade que se abria no mercado de energias renováveis o levaram a criar a Azulare Engenharia, que vende e aluga placas fotovoltaicas.

“Eu queria um negócio que unisse possibilidade de desenvolvimento financeiro com sustentabilidade”, explica Daltro, que vê no setor uma das atividades econômicas mais promissoras do país, com a vantagem de agredir pouco o meio ambiente.

Atlas Solar da Bahia

A aposta no setor é tamanha que no dia 17 de maio, durante a Campus Party Bahia, na Arena Fonte Nova, o governo lançou a Atlas Solar da Bahia, um guia sobre as possibilidades de investimento. Mas, assim como todo negócio, o investimento demanda cautela.

O gerente de tecnologia e inovação do Senai-Cimatec, Flávio Marinho, afirma que quem quer começar deve conhecer profundamente a cadeia produtiva relacionada à geração solar. “É preciso observar o que já vem sendo feito em outros países, que já fizeram este caminho e possuem cadeias robustas para explorar esta nova matriz energética”, declara.

Marinho também chama a atenção para a importância da inovação. “Observar o que pode ser feito de formas melhores e encontrar rupturas nos modelos tradicionais de produção e distribuição podem ser alternativas para se pensar em novos negócios”, diz.

Foi justamente o que fez João Albernaz Neto, um dos sócios da Gauss Energia. Depois de um período vivendo na Irlanda e na Alemanha, ele percebeu que a experiência no exterior foi inspiradora. “Todos nós (os quatro sócios) moramos na Europa e vimos coisas que queríamos implantar na Bahia”, diz Neto.

A Gauss já realizou mais de 30 projetos de instalação de placas fotovoltaicas em Salvador, Camaçari, Irecê, Nova Soure e outras cidades. O nome da empresa homenageia o cientista alemão Carl Friederich Gauss (1777-1855).

Depois de investir em um programa de sustentabilidade para os lançamentos da Construtora Civil e lançar projetos em conjunto com a Construtora Barcino Esteves, o empresário Rafael Valente uniu-se aos sócios para um novo empreendimento: a Civil Eco. “A empresa é voltada para o negócio da geração de energia solar e também projetos inovadores. Temos um foco nas startups”, diz Vinícius Mariano, um dos sócios.

O cenário parece animador. Em artigo publicado pelo site da revista Forbes no último mês de abril, o analista britânico Garauv Sharma aponta que pela primeira vez os custos de produção da energia renovável são menores do que os da energia de combustíveis fósseis (petróleo, nuclear). E o Brasil, segundo a mesma revista, é um dos países que mais devem se beneficiar da energia solar, tanto em geração de kWh quanto em criação de empregos no setor. Melhor para a Bahia, líder na produção.

Fonte: A Tarde

Energia solar vai abastecer residencial na antiga Cidade de Plástico

Projeto na Guerreira Zeferina faz parte de acordo entre Prefeitura e Coelba.

(Foto: Evandro Veiga/Arquivo CORREIO)

Os primeiros moradores chegaram em meados dos anos 1990, e foram erguendo, de forma informal e precária, as primeiras casas em um terreno de cerca de 20 mil metros quadrados, no bairro de Periperi, às margens da Baía de Todos os Santos. Todas as residências foram construídas de madeira, papelão e plástico – de onde vem, por sinal, o primeiro nome da ocupação que, mais tarde, passou a ser conhecida como Cidade de Plástico e hoje foi reconstruída e rebatizada de Guerreira Zeferina.

Em 2013, a Prefeitura anunciou a construção de novas unidades habitacionais no local. Quase cinco anos depois, nesta terça (22), já como parte das casas entregues, a gestão municipal anunciou também a implantação de um sistema de energia solar para os moradores – quase todos ex-moradores da antiga ocuparação irregular. O projeto vai beneficiar 230 famílias que hoje moram no Conjunto Habitacional Guerreira Zeferina.

O anúncio foi feito pelo prefeito ACM Neto, na manhã desta terça-feira (22), em uma coletiva de imprensa realizada no Palácio Thomé de Souza. A iniciativa faz parte de um acordo entre o Município e a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), que investirá, nesta primeira etapa do projeto, R$ 1,2 milhão para a implantação do sistema de geração solar fotovoltaica de energia elétrica.

Energia solar

O projeto prevê a instalação de placas solares que serão colocadas sob as casas, convertendo os raios de sol em uma energia limpa e renovável. As placas, conectadas umas às outras, serão interligadas a um inversor solar, aparelho capaz de transformar a energia produzida pela luz do Sol em uma corrente alternada (CA), transferindo para a rede da Coelba.

Toda a força produzida pelas placas vai fornecer energia às residências e às áreas comuns do conjunto habitacional. De acordo com a empresa de energia, a geração estimada é de 297 MWh ao ano, produção capaz de abastecer as casas, as áreas comuns, a creche da comunidade, e outras instalações da Prefeitura construídas no local.

“Essa parceria chega em uma das áreas que, no passado, era considerada uma das mais pobres e sem qualquer condição digna de vida. A Prefeitura transformou a comunidade, construindo um novo conjunto habitacional. A energia solar vai contribuir para a preservação do meio ambiente, dando a chance dos moradores de ter acesso à tarifa social de energia. Portanto, os moradores vão pagar pouco por uma energia barata e renovável”, explicou o prefeito.

Caso o consumo seja inferior ao da produção, ainda de acordo com a concessionária, o excedente será revertido para outras estruturas da administração municipal. O prefeito também anunciou, durante a coletiva, que será lançado em breve o projeto IPTU Amarelo, que dará desconto de até 10% para os imóveis que possuírem sistema de energia solar.

Novos rumos

Georgina Maria de Oliveira, 60 anos, uma das lideranças da Guerreira Zeferina, lembra que foi uma das primeiras pessoas a ocupar o espaço e uma das últimas a deixar a ocupação para a construção do conjunto habitacional, há pouco mais de dois anos.

O seu barraco, assim como a maioria dos erguidos por lá, sempre foi de plástico. Agora, além de uma nova casa, bem diferente da antiga, com dois quartos e com instalações seguras, a líder comunitária comemora, também, a chegada de uma energia sustentável que deve deixá-la tranquila em relação à conta de luz.

“Vivíamos em uma situação precária. Meu barraco era de plástico. Meu ventilador e todos os aparelhos queimavam por conta dos ‘gatos’. Não tínhamos saneamento e éramos considerados ‘desclassificados’. Agora, temos um endereço”, comemora Georgina.

A nova residência da liderança faz parte da primeira etapa do projeto de construção do conjunto de prédios. Em abril deste ano, 125 apartamentos foram entregues. Os próximos devem ficar prontos nos próximos meses, inclusive o apartamento 102, que pertence a Georgina. Atualmente, ela mora em uma casa alugada com ajuda do auxílio-moradia da Prefeitura.

Gatos

Ao ocupar o espaço e após levantar as primeiras casas, os moradores começaram a fazer instalações irregulares de energia, os conhecidos ‘gatos’, que eram feitos para desviar eletricidade de postes de ruas vizinhas.

As ligações de energia clandestinas, que inclusive são consideradas crime, eram feitas, de acordo com o pedreiro Manoel das Neves, 53, à luz do dia, sem muita preocupação. Os fios, quando não se emaranhavam sobre as casas, arrastavam-se pelo chão, passando até por baixo da linha férrea por onde circulam os trens do Subúrbio.

A energia fraca e irregular fazia com que os eletrodomésticos dos moradores queimassem, como foi o caso do próprio pedreiro Manoel, que perdeu muita coisa. Ele confessa que também já realizou os ‘gatos’.

“Perdi geladeira, som, televisão, mas a gente não tinha com quem reclamar porque estavámos errados, mas era a nossa única opção. Hoje, graças a Deus, com esse projeto, estamos buscando uma qualidade de energia melhor; inclusive a solar vai diminuir nossos gastos”, diz o pedreiro, que trabalha na construção das residências da segunda etapa do projeto do conjunto. “Estou construindo minha própria residência. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer”, comemora.

Fonte: Corrreio 24 horas

BNDES detalha aplicação de US$ 1 bilhão em energia eólica

Com recursos, foram apoiados oito projetos, distribuídos por seis estados: Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul.
Energia eólica: juntos, projetos têm 1.323 megawatss de capacidade instalada, o que representa mais de 420 mil toneladas de CO2 equivalentes que deixarão de ser lançadas anualmente na atmosfera (Mimadeo/Thinkstock)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou hoje (2), no Rio de Janeiro, o seu primeiro Relatório Anual Green Bond – os chamados títulos verdes.

O documento, inédito entre bancos brasileiros, contém informações sobre projetos de energia eólica apoiados com US$ 1 bilhão, verba captada pelo BNDES no mercado internacional em 2017 e destinada a financiar projetos ambientalmente sustentáveis.

Segundo informações do banco, a captação em títulos verdes (green bonds) foi concluída em maio do ano passado no mercado internacional, com vencimento previsto para 2024. Trata-se da primeira operação deste tipo realizada por um banco brasileiro.

Com os recursos, foram apoiados oito projetos de geração de energia eólica, distribuídos por seis estados: Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. Juntos, os projetos têm 1.323 megawatss de capacidade instalada, o que representa mais de 420 mil toneladas de CO2 (Dióxido de Carbono) equivalentes que deixarão de ser lançadas anualmente na atmosfera.

Títulos convencionais

Ao detalhar a operação, o BNDES disse que os papéis têm características similares aos títulos convencionais, mas que os recursos obtidos foram destinados exclusivamente a projetos ambientalmente sustentáveis, atestados por uma empresa verificadora especializada na área ambiental. No caso do BNDES, destinam-se a projetos de geração eólica, novos ou já existentes na carteira do banco.

“Os investimentos em parques eólicos, sobretudo na região Nordeste, são um dos destaques do desempenho trimestral do BNDES, divulgado recentemente. Eles ajudaram a impulsionar os desembolsos do segmento de energia elétrica, que atingiram R$ 1,7 bilhão nos primeiros três meses do ano”, diz a nota da instituição.

Presença internacional

A avaliação do BNDES é de que os green bonds ajudam a consolidar a presença internacional do banco e proporcionam uma série de benefícios, como o de reforçar a prioridade dada pela instituição ao tema da sustentabilidade socioambiental, promover a difusão das melhores práticas de gestão socioambiental e incentivar o acesso de outros emissores brasileiros ao mercado de green bonds, além de construir um novo ponto de referência em sua estrutura a termo de taxa de juros internacionais.

O Green Bond Annual Report está disponível no site.

Fonte: Exame

Energia eólica cresce no país e já pode abastecer 22 milhões de casas

No Brasil, a água é o principal recurso de geração de eletricidade, mas os ventos já têm capacidade de produção semelhante à usina de Itaipu.


A energia gerada pelos ventos tem ganhado força no Brasil. Considerada complementar na matriz de produção elétrica nacional, que conta principalmente com a hidroeletricidade, a geração a partir da fonte eólica já é suficiente para abastecer cerca de 22 milhões de casas por mês no país.

O dado é da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), que também informou um fato inédito ocorrido em fevereiro deste ano: o segmento atingiu potência instalada (capacidade máxima de produção de uma fábrica) de 13 gigawatts (GW), volume quase igual ao produzido pela usina de Itaipu (14 GW), a maior hidrelétrica em território nacional.

No Brasil, a água é o principal recurso utilizado para produzir a eletricidade fornecida para residências, comércios e setor industrial. Toda essa energia gerada por recursos hídricos, assim como por outras fontes (eólica, solar, biomassa, gás natural etc.), é transmitida de norte a sul do país por meio do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Segundo a ABEEólica, o crescimento da geração elétrica por meio dos ventos conseguiu abastecer 11% de todo o território nacional no mês de setembro de 2017. Esse resultado tem como base a força de trabalho desempenhada por 518 parques eólicos e mais de 6.600 aerogeradores em operação.

“Além disso, abastecemos mais de 60% do Nordeste em vários momentos, na época que chamamos de ‘safra dos ventos’, que vai mais ou menos de junho a novembro”, explicou, em nota, Elbia Gannoum, presidente executiva da Abeeólica.

De acordo com dados do PDE 2026, publicação do Ministério de Minas e Energia (MME), a potência instalada do segmento eólico no Brasil chegará a 25,8 gigawatts (GW) em 2026 e terá participação de 12,5% na matriz total. Atualmente, o percentual é de 7,6%. Considerado detentor das condições mais favoráveis para esse tipo de produção, o litoral da Região Nordeste deverá registrar 90% da capacidade eólica total, estima a pasta.

Na avaliação do professor aposentado do curso de agronomia da Universidade de Brasília (UnB) Juan Verdésio, especialista em energias renováveis, as fontes eólica e fotovoltaica podem proporcionar segurança energética de forma complementar ao país, principalmente ao Nordeste, que atualmente sofre com déficit na geração de energia hidrelétrica, pois depende dos recursos hídricos do Rio São Francisco.

“O Nordeste é deficitário. Só tem usina no Rio São Francisco e, daqui a algum tempo, não será possível extrair água de lá para gerar energia. Ocorre, atualmente, o encaminhamento da eletricidade da Amazônia e da Região Sul para o Nordeste. Então, a produção eólica ajuda nesse sentido de dar segurança energética”, explicou.

O especialista também disse que a superfície terrestre é mais utilizada para a implantação de sistemas eólicos, mas o mar apresenta potencial considerável. “Há mais investimentos no litoral, em terra. Poderíamos ter usinas no mar, a turbulência do vento nesse ambiente é maior e acontece de forma mais uniforme. No exterior, existem muitas infraestruturas do tipo, mas requerem mais aplicação de recursos”, concluiu Juan Verdésio.


Ranking eólico nacional

Os líderes na produção de energia gerada pelos ventos em território nacional são: Rio Grande do Norte, primeiro colocado, com potência instalada de 3,7 gigawatts (GW); Bahia, na segunda posição, com 2,5 GW; e Ceará, em terceiro, com 1,9 GW.

Segundo o ranking mundial, divulgado em 15 de fevereiro deste ano pelo Global World Energy Council (GWEC), o Brasil ocupa o oitavo lugar. Em 2012, o país estava na 15ª posição.

Fonte: Metrópoles

“Investir em energia limpa é a saída para evitar crises energéticas”, diz secretário de Infraestrutura da Bahia

O apagão ocorrido nesta quarta-feira, 21, que afetou o Norte e o Nordeste do País, reacende a necessidade de ampliar os investimentos no setor de energia renovável. Aqui na Bahia, mais de 360 cidades ficaram às escuras. E é também aqui no Estado que há o maior potencial elétrico de fonte sustentável, com mais de 84%, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

A Bahia possui a maior capacidade de energia solar do Brasil, e está em segundo lugar na geração de energia eólica. O estado conta com 93 parques eólicos e 15 parques de energia com fonte solar em operação comercial. A estimativa é de que a potência gerada pelos ventos seja capaz de abastecer cerca de 6,4 milhões de residências, levando em consideração um consumo médio mensal de 110kWh.

A expectativa é de crescimento para o setor, pois há uma previsão de ampliação na capacidade de geração para o Estado a partir da implantação de 89 parques eólicos, já em andamento, e mais 69 que vão entrar em construção.

A importância de realizar investimentos nesta área é destacada como essencial pelo secretário de Infraestrutura (Seinfra), Marcus Cavalcanti. “Investir em energia limpa é a saída para evitar crises energéticas. A Bahia tem sido protagonista no fomento de energia limpa e em pesquisas neste setor, inclusive, ampliando projetos híbridos, que contemplam a geração de energia a partir de fonte solar e eólica”.

Atlas Solar – A expansão do uso de energias renováveis no estado e a viabilidade comercial estão mapeadas no novo atlas solar da Bahia, previsto pra ser lançado neste primeiro semestre. Nesta edição, estão apresentadas pesquisas de projetos híbridos em cidades como Bom Jesus da Lapa e Tabocas do Brejo Velho, que possuem capacidade de gerar energia solar (de dia) e eólica (à noite). “Os números da Bahia são positivos e precisam ser vistos com entusiasmo”, explica o gestor da Seinfra. Somente na geração de energia solar são investidos mais de três bilhões de reais, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Fonte: Jornal Nova Fronteira

Nove cidades brasileiras aderiram ao Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia em Brasília

Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia em colaboração com ICLEI América do Sul.

Nove cidades brasileiras assinaram, em Brasília (Brasil), a adesão ao Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia (GCoM), a maior aliança global de cidades comprometidas com o combate ao aquecimento global e que já conta com 9.149 cidades.

Itacoatiara (AM), Nova Santa Rita (RS), Alexânia (GO), Indiaroba (SE), Serra Talhada (PE), São Cristóvão (SE), Lauro de Freitas (BA), Camocim (CE) e Juruti (PA) foram as localidades que se comprometeram a promover ações locais diante do fenômeno e a estar presentes nas discussões internacionais sobre sustentabilidade.

Cidades durante a cerimônia de comprometimento com o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia

A prefeita de Camocim, Mônica Gomes Aguiar, assegurou que “fazer parte do Pacto significa poder trocar experiências com os municípios mais avançados nas discussões sobre desenvolvimento sustentável” e convidou diferentes atores a “investir para que as cidades possam se desenvolver de maneira sustentável”.

Prefeita Moema Gramacho, de Lauro de Freitas/BA

Como parte desse movimento global, as cidades devem agora seguir um roteiro para implementar ações em seu município nos próximos 3 anos, como a preparação de inventários de gases de efeito estufa, análise de vulnerabilidade e planos de ação climática e de energia. Para isso, as cidades terão acesso a treinamento e apoio técnico de organizações como o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, a Associação Brasileira de Municípios, a Frente Nacional de Prefeitos, a Confederação Nacional de Municípios e o GCom-LAC, para desenvolver essas etapas o próximo ano.

Prefeito Alysson Silva, de Alexânia/GO

A cerimônia de assinatura das 9 cidades aconteceu durante o Painel sobre os ODS nos municípios, promovido pela Associação Brasileira de Municípios (ABM), no dia 27 de novembro, na capital do Brasil. A mesa foi composta pelo Ministro Conselheiro da União Européia no Brasil, Thierry Dudermel, o Diretor Executivo da ABM, Eduardo Tadeu Pereira, e a Coordenadora de Relações Institucionais e Comunicação do ICLEI América do Sul, organização que preside o Comitê Consultivo Nacional do Pacto no Brasil, Daniela Ades.

Prefeito Henrique Gomes Costa, de Juruti/PA

O prefeito de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e Presidente da Associação Brasileira de Municípios, Ary Vanazzi, garantiu que “estamos trabalhando para ajudar os municípios a se prepararem melhor, se conhecerem melhor e buscarem a aplicação de políticas relacionadas aos ODS em suas populações”. Vanazzi acrescentou, além disso, que a ABM assumiu o “compromisso com nossos prefeitos, para que eles sejam incluídos, se capacitem, e também defendam o Pacto de Prefeitos, o que contribui para uma melhor convivência na construção de nossas cidades”.

Daniela Ades, coordenadora de Relações Institucionais e Comunicação do ICLEI América do Sul, durante sua intervenção na cerimônia

O painel abordou a implementação dos ODS nos municípios, que se concentraram na experiência do projeto Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável.

Sobre o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia

O Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia reúne formalmente o Compacto de Prefeitos e o Pacto de Prefeitos da União Europeia, as duas principais iniciativas de cidades para ajudar as cidades e os governos locais em sua transição para uma economia de baixo carbono demonstrar seu impacto global. Liderados pelo enviado especial do Secretário-Geral das Cidades e Mudanças Climáticas das Nações Unidas, Michael R. Bloomberg, e o Vice-Presidente da Comissão Europeia, Maroš Šefčovič, a coalizão compreende mais de 9.149 cidades em 6 continentes e 120 países, representando mais de 700 milhões de pessoas ou 10% da população mundial. Obtenha mais informações em http://pactodealcaldes-la.eu. O Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia na América Latina e no Caribe é o capítulo da América Latina e do Caribe que trabalha para estabelecer o Pacto Global na região.

ENEL INICIA OPERAÇÃO DE NOVA USINA SOLAR NA BAHIA

Foram investidos cerca de US$ 110 milhões na construção do empreendimento.


A Enel Green Power Brasil (EGPB), subsidiária do grupo energético italiano Enel, iniciou a operação de uma usina solar de 103 megawatts (MW) de capacidade instalada em Tabocas do Brejo Velho, na Bahia, informou a companhia nesta sexta-feira (16).

Segundo a Enel, foram investidos cerca de US$ 110 milhões na construção do empreendimento. Na Bahia, a EGPB já opera 706 MW de capacidade eólica e 515 MW de capacidade solar. No Brasil, o grupo Enel tem capacidade instalada de 2,9 mil MW.

A empresa também possui três distribuidoras de energia, nos Estados do Rio de Janeiro, Ceará e Goiás.

FONTE: G1

Energia eólica tem capacidade para atender 6 milhões de baianos

Bahia possui 182 projetos nos leilões de energia realizados pela Aneel só em 2017

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), aos 2,4 gigawatts de energia gerada na Bahia hoje serão somados outros 3,5 GW até 2020, o que tornará o estado o maior produtor de energia eólica, proveniente dos ventos, do País.

O superintendente de Atração e Desenvolvimento de Negócios da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), órgão do governo do estado, Paulo Roberto Britto Guimarães, afirma que ” o potencial eólico seria suficiente para atender 6 milhões de baianos”.

Esse potencial tende a crescer exponencialmente nos próximos dois anos. Com os novos projetos, a Bahia deve ter uma capacidade de produção de energia gerada pela força dos ventos de aproximadamente 50% do que é produzido pelo sistema controlado pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).

Condições favorecem

Dados da SDE mostraram que a Bahia possui 182 projetos nos leilões de energia realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) só em 2017.

Se considerados os contratos privados, o número salta para 237. O município de Sento Sé, a 689 quilômetros de Salvador, é o maior produtor de energia eólica no estado. São 37 parques, entre os que estão em operação e em implantação, que até 2020 gerarão 919,1 MW de energia.

Somando projetos já definidos e parques eólicos em construção, a Bahia terá um volume de realizações maior do que o Rio Grande do Norte, fazendo com que o estado vire referência em energia por vento.. As condições climática e geográfica da região também favorecem este cenário.

Atualmente, a Região Nordeste possui grande capacidade de produção de energia eólica. O Rio Grande do Norte e a Bahia hoje estão em primeiro e segundo lugares no ranking com 135 e 93 parques, respectivamente. Os outros sete estados da concentram, juntos, um total de 884 parques eólicos.

Fonte: A Tarde

Bahia será líder em Energia Eólica em 2020

Em segundo lugar na capacidade de geração eólica, atrás apenas do Rio Grande do Norte, a Bahia será o estado brasileiro com maior geração de energia nesse setor, já em 2020, alcançando 5,9 GigaWatts; segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), aos 2,4 GW de energia gerada na Bahia, se somarão outros 3,5 GW até 2020, o que tornará o estado o maior produtor no Brasil.

Atualmente na segunda colocação em capacidade de geração eólica, atrás do Rio Grande do Norte, a Bahia será o estado brasileiro com maior geração de energia nesse setor, já em 2020, alcançando 5,9 GigaWatts de energia. Segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), aos 2,4 GW de energia gerada na Bahia, se somarão outros 3,5 GW até 2020, o que tornará o estado o maior produtor no Brasil.

Isso porque, nesse período, entre projetos já definidos e parques eólicos em construção, a Bahia tem um volume de realizações maior que o que terá, no mesmo período, o Rio Grande do Norte, que aos 3,6 GW, terá o acréscimo de mais 1,2 GW, totalizando 4,8 GW. A maioria dos parques eólicos no Brasil está localizado na Região Nordeste. O Rio Grande do Norte e a Bahia lideram o ranking com 135 e 93 parques, respectivamente. Nos outros sete estados da região concentram 884 parques eólicos. Na Região Sul do país existem ainda 95 parques, a maioria no Rio Grande do Sul (80).

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE), a Bahia possui 182 projetos comercializados nos leilões de energia realizados pela ANEEL no ano passado. Entretanto, quando adicionados ao mercado livre de produção de energia, que são os contratos privados, o número de empreendimentos chega a 237. “Hoje a Bahia exporta energia e o potencial eólico seria suficiente para atender, em tese, seis milhões de baianos”, diz o superintendente de Atração e Desenvolvimento de Negócios da SDE, Paulo Roberto Britto Guimarães.

Com os novos projetos, resultantes dos leilões de parques eólicos até 2016, a Bahia deve ter uma capacidade de produção de energia gerada pela força dos ventos, de aproximadamente 50% do que é atualmente produzido pelo sistema hidrelétrico controlado pela CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), em torno de 9,5 mil MW,conforme as projeções da Associação Brasileira de Energia Eólica para 2020.

Maior potencial

Além de vir a se tornar o maior produtor de energia eólica do Brasil, a Bahia é o estado que tem o maior potencial de geração, dada as suas condições climáticas e geográficas. Em 2013, segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil tinha um consumo médio de 463 mil MW de energia elétrica. Na Bahia, o potencial gerador pelo sistema eólico é de 195 mil MW, em torno de 40%.

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), a Bahia possui 182 projetos comercializados nos leilões de energia realizados pela ANEEL. Entretanto, quando adicionados a este número o mercado livre, que são os contratos privados de energia eólica, o número de empreendimentos chega a 237. Dos projetos em andamento, 88 totalizam uma capacidade instalada de 2.175.840 kW, o que coloca o estado em segundo maior estado brasileiro em produção. Existem ainda outros 85 empreendimentos em construção e 64 projetos que iniciarão as obras nos próximos anos. Estes conjuntos de parques estão sendo desenvolvidos em 22 municípios espalhados em todo o eixo central do estado, do Sudoeste até o norte do Vale do São Francisco.

O volume de investimentos que o setor deverá investir no Estado, considerando apenas os leilões de eólica, é de cerca de R$ 20 bilhões. “Além da produção de energia, os parques eólicos são responsáveis pela injeção de milhões de reais anualmente nas economias dos municípios e na geração de emprego. Cada MW de energia instalada equivalem a 15 postos de trabalho”, enfatizada o superintendente da SDE, Paulo Guimarães.

O superintendente da SDE, contudo, esclarece que apesar do grande potencial energético e dos investimentos já programados para os próximos anos na implantação de novos parques eólicos, o grande desafio do Governo do estado será a implantação de novas linhas de transmissão. “Ainda sofremos com o atraso de vários programas sob a responsabilidade do Governo Federal e da CHESF”, disse.

Nordeste lidera produção no Brasil

O Rio Grande do Norte é o líder na produção de energia eólica no Brasil e a Região Nordeste aparece na frente na capacidade de produção de energia a partir dos ventos. No Rio Grande do Norte, com 135 parques, produziu até o final do ano passado 3.678,85 MW de energia. O Estado tem cerca de 1.700 aerogeradores, e com os projetos já contratados terá mais 1,2 GW e mais 50 parques de geração até 2020.

Na segunda colocação, atualmente a Bahia produz nos 93 parques eólicos, 2.410,04 MW de capacidade instalada, e deverá ter o acréscimo de mais 182 parques, com uma produção acional de 3,5 MW, o que colocará o estado na primeira colocação no Brasil. Em terceiro lugar vem o Ceará, que conta com 74 parques e tem 1.935,76 MW de capacidade instalada.

Em quarto lugar aparece o Rio Grande do Sul. O estado tem 80 parques e 1.831,87 MW de capacidade instalada. Em seguida vem o Piauí, com 52 parques e 1.443,10 MW instalados, e Pernambuco com 34 parques e 781,99 MW de capacidade instalada. A expectativa é de que nos próximos seis anos devem ser adicionados mais 1,45 GW de capacidade eólica no país, decorrentes dos leilões de energia realizados em dezembro de 2016. A Abeeolica estima que a até 2020 milhões de residências sejam abastecidas com a energia eólica.

Segundo a associação, os dados no ranking de nova capacidade instalada no ano, o Brasil está em sexto lugar, tendo instalado 2,02 GW de nova capacidade em 2016. O Brasil caiu uma posição, já que o Reino Unido subiu do nono para o quarto lugar, instalando 4,27 GW de capacidade de energia eólica em 2017.

Ainda de acordo com a entidade, o país pode cair de posição nos próximos anos, porque haverá menos projetos sendo concluídos entre 2019 e 2020. A tendência é que a gente ainda oscile mais, visto que em 2019 e 2020 os novos parques geradores são menores e em 2016 não ocorreram novos leilões em 2016 e 2017, o que vai se refletir no resultado de 2019 e 2020.

Sento Sé é o maior produtor na Bahia

Um dos cinco municípios no entorno do Lago de Sobradinho, Sento Sé, a 689 quilômetros de Salvador e com uma população de 37 mil habitantes, é o maior produtor de energia eólica na Bahia. São 37 parques eólicos, entre os que estão em operação e em implantação, que até 2020 vão gerar 919,1 MW de energia. Até 2020 deverão estar em operação na Bahia, 186 novos parques eólicos em 22 municípios.

Fonte: Brasil 24/7

Engie e GE ampliam parceria eólica com projeto de 360 MW

GE Renewable Energy vai fornecer 144 de suas turbinas de modelo 2.5-116. Parque eólico de Umburanas, no norte da Bahia junto com parque vizinho de Campo Largo I serão a maior concentração de turbinas eólicas da GE no Brasil. Ambos os parques eólicos representam um total de 686,7 MW de capacidade de energia limpa na região.

São Paulo — A GE Renewable Energy anunciou um acordo com a Engie para fornecer 144 de suas turbinas de modelo 2.5-116 para o Parque Eólico de Umburanas, no norte da Bahia, no Brasil. Este complexo de 360MW aumentará os 326.7MW sob o comissionamento da GE Renewable Energy no parque eólico vizinho Campo Largo I, também de propriedade da Engie.

“Juntos, esses dois parques eólicos representam nosso maior volume de turbinas eólicas em um único cluster no Brasil. É uma grande honra trabalhar com a Engie e continuar a crescer a capacidade eólica e aumentar a pegada de energia renovável no Brasil. Este projeto recentemente anunciado também demonstra nosso compromisso contínuo com a indústria do eólica brasileira”, afirma o Líder de Negócios da GE Onshore Wind para as Américas, Vikas Anand.

A GE Renewable Energy também fornecerá dez anos de Operações e Manutenção para o Parque Eólico Umburanas.

O potencial da Engie na região de Umburanas e Sento Sé excede 1.300 MW. O site de Campo Largo I, de 326,7 MW, está atualmente em construção e iniciará operações comerciais em janeiro de 2019. Ele criará energia suficiente para alimentar uma população de até 600 mil habitantes. Já o recém-anunciado projeto de Umburanas, de 360MW, também teve sua construção iniciada, e as primeiras turbinas devem ser entregues ainda em 2018.

“Ambos os projetos possuem a GE Renewable Energy como fornecedor dos aerogeradores e confiamos no compromisso da GE em implantar os projetos dentro do plano de negócios acordado, reforçando o comprometimento entre as duas empresas”, afirma o diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini.

A turbina 2.5-116 da GE para Umburanas contará com torres de 90 metros de altura. Esta máquina oferece ganhos de eficiência ao parque eólico, maximizando a produção de energia, reduzindo o gasto de infraestrutura e fazendo com que um custo de eletricidade seja ainda mais competitivo e nivelado pelo vento. A produção de energia da turbina é aumentada em até 32% em 8,5 m/s, em comparação com 1.7MW da GE.

Fonte: Fator Brasil