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Microgeração distribuída eólica atenderá demanda da orla em Fortaleza.


Um dos mais conhecidos cartões postais de Fortaleza, a orla da praia de Iracema deverá ganhar um novo ponto a chamar a atenção de quem passa pela região. A cidade está desenvolvendo um projeto de instalação de microgeração eólica para fornecer energia para a iluminação pública nessa parte da cidade. A estimativa é que em cerca de oito meses os aerogeradores de 37 metros de altura já estejam operando. O local dessa implantação ainda não está definido. Há três possibilidades, duas na própria orla e uma na Praia da Leste.

A ideia inicial com o projeto é de zerar a conta de luz da cidade nessa região ao gerar energia eólica e usar o excedente que eventualmente houver para abater em outras instalações da prefeitura. Serão três aerogeradores da Weg com 100 kW de capacidade instalada que deverão produzir, segundo cálculos da Windservice Brasil (WSB), que é a empresa que desenvolveu o projeto, 284 MWh/ano, tomando como base a medição dos ventos na região.

De acordo com o CEO da WSB, Alexandre Almeida, os ventos médios ali estão em 6,4 metros por segundo com variações de 1,6 metros por segundo e com perda de eficiência de 18% por conta da sazonalidade. “Esse volume é a média, mas dependendo do vento pode gerar mais energia do que prevemos, pois para calcular o payback estimamos os valores mais conservadores. O retorno do investimento que deverá ser de R$ 5,2 milhões é de cerca de sete ano anos, os equipamentos são da prefeitura e a vida útil é de cerca de 25 anos”, relatou ele.


O projeto inicial previa a instalação de nove aerogeradores, mas segundo Almeida, esse volume estava superdimensionado para a necessidade da orla. Além disso, uma outra ação da municipalidade vai ser no sentido de trocar as lâmpadas de hidrogênio por outras com a tecnologia e LED e assim consumir menos. Por isso, explicou ele, houve a redução do número de aerogeradores. O consumo estimado da orla é de 827 MWh/ano.

À noite o fornecimento de energia se dará por meio desses equipamentos e se a demanda estiver mais elevada ainda há os créditos que serão gerados junto à concessionária local, a Enel Ceará, pois a geração de energia injetada na rede de distribuição também ocorrerá durante o dia.

Esse, comentou o CEO da WSB, é apenas um dos mais de 250 projetos que a empresa criada por ele, já mapeou em grande parte da região Nordeste. Almeida, destacou que até o momento são 30 MW em capacidade instalada de potencial por meio da micro e mini geração distribuída eólica em municípios que são elegíveis a terem financiamento bancário por se tratarem de bons pagadores.

Hoje, a empresa que nasceu em 2009, tem parceria com a brasileira Weg. Mas nem sempre foi assim, ele começou as pesquisas pessoalmente em torno da fonte eólica por seu histórico em trabalhar nesse segmento do setor elétrico. Depois de desenvolver esse mapeamento, contou ele, ouviu de potenciais parceiros de outros países que não havia interesse por conta da situação econômica e política do país. Como o banco de dados estava formado, o empreendedor foi atrás de outro parceiro até chegar à empresa brasileira.

Atualmente, contou ele, há uns três ou quatro projetos em andamento, inclusive de maior porte ante o que está em desenvolvimento no Ceará, e com foco diverso como o de eficiência energética e de fornecimento do insumo para atender a demanda industrial de um polo no Rio Grande do Norte.

Ceará supera gargalos e se torna mais competitivo em energia renovável.


Estado busca modernizar máquina, dando mais dinamismo nas liberações de licenças, além de fortalecer a infraestrutura voltada para o setor.

Terceiro maior produtor de energia renovável do País, o Ceará tem na força dos ventos e na alta incidência de radiação solar suas principais vantagens competitivas para atrair investimentos em geração solar e eólica. Pioneiro em ambos os segmentos, com a instalação da primeira usina eólica, no Mucuripe (2002), e a primeira planta fotovoltaica do País, em Tauá (2011), o Estado irá receber, até 2022, mais 18 parques eólicos e dez usinas fotovoltaicas, adicionando 736 megawatts (MW) de potência a sua matriz renovável. Hoje, são 76 parques eólicos e uma usina fotovoltaica que, juntos, somam 1.956 MW em capacidade instalada.



Apesar do pioneirismo e do potencial para geração de energia limpa, o Ceará acabou ficando para trás na última década. De líder nacional, passou para a terceira posição em capacidade instalada, ficando atrás do Rio Grande do Norte (3.839 MW) e Bahia (3.397 MW). E, mesmo considerando os empreendimentos em construção e os já contratados, o Estado poderá ultrapassado pelo Piauí, que nos próximos anos irá adicionar 1.152 MW em potência solar e eólica, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Um dos fatores que fizeram com que o Ceará perdesse espaço no segmento foi a carência de linhas de transmissão, que acabou inviabilizando a instalação de novos empreendimentos. No entanto, com esse gargalo já resolvido, as perspectivas hoje são mais otimistas. Responsável por 14,6% do potencial eólico do País, o Ceará deve recuperar o espaço perdido nos últimos anos, sendo mais competitivo nos leilões de energia.

Outro fator que acabou afastando investidores, segundo Picanço, foi a insegurança jurídica relacionada a licença ambiental. "Nos primeiros parques eólicos houve muitos questionamentos sobre licenças ambientais e se criou uma imagem de que era difícil investir no Ceará. Mas, recentemente, o Coema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) aprovou uma resolução que simplifica o licenciamento. Então, com a melhora do escoamento e maior facilidade para as licenças, temos condições favoráveis para que o Ceará retome o seu protagonismo em energias renováveis", afirma.



Terceira principal fonte da matriz elétrica do Brasil, responsável por cerca de 11% do total gerado no País, a geração eólica já está consolidada. Agora, a aposta do setor de energias renováveis é a geração solar fotovoltaica, que vem aumentando sua participação tanto nos grandes empreendimentos como em projetos de mini e microgeração. "A solar é hoje o que a eólica era há três ou quatro anos", diz Picanço. "O desenvolvimento está sendo muito rápido no mundo todo. E aqui no Brasil, e no Ceará em particular, as condições são muito boas. E mesmo com o custo das eólicas sendo menor do que da geração solar, essa diferença vem diminuindo constantemente", diz Picanço sobre os avanços tecnológicos do setor.

Geração de energia eólica já cresceu 17,8% em 2018

A representatividade eólica em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do Sistema Nacional alcançou 7% neste ano.

TURBINAS EÓLICAS EM PRAIA DE FORTALEZA, CEARÁ (FOTO: PAULO WHITAKER/REUTERS)

Nos sete primeiros meses de 2018, a geração de energia elétrica proveniente de geração eólica cresceu 17,8%, informou nesta sexta-feira (14/09) a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Segundo boletim da CCEE, as usinas que utilizam os ventos como insumo para a produção de eletricidade somaram 4.470 megawatts (MW) médios entregues entre janeiro e julho, frente aos 3.793,9 MW médios gerados no mesmo período de 2017.

“A representatividade eólica em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do Sistema alcançou 7% em 2018. Já a fonte hidráulica foi responsável por 74,5% do total e as usinas térmicas responderam por 18,1%”, diz o boletim.

Segundo a Câmara, atualmente 520 usinas eólicas estão em operação comercial no país. Até o final de julho, a capacidade instalada dessas usinas somou 13.240,10 MW, incremento de 17% frente aos 11.313,50 MW de capacidade das 446 unidades geradoras existentes em julho de 2017.

A Região Nordeste domina a produção de energia movida por ventos. Dos dez maiores produtores, oito estão no Nordeste. O Rio Grande do Norte se mantém como maior produtor de energia eólica no Brasil, com 1.244,8 MW médios de energia entregues nos primeiros sete meses de 2018. Na sequência, aparecem a Bahia com 1.094,8 MW médios produzidos, o Piauí com 576,9 MW médios, o Rio Grande do Sul com 569,9 MW médios, o Ceará, com 553,4 MW médios.

Os dados consolidados da Câmara ainda confirmam o estado do Rio Grande do Norte com a maior capacidade instalada, somando 3.592,25 MW, Em seguida aparecem Bahia, com 2.907,64 MW, Ceará com 2.249,06 MW, Rio Grande do Sul com 1.777,87 MW e Piauí, com 1.443,10 MW de capacidade”, segundo a CCEE.

Fonte: Época

Petrobras vai explorar energia eólica em alto mar

Parque eólico oceânico da Equinor em Dogger Bank, no Reino Unido.[Imagem: Equinor]



Ventos oceânicos

A Petrobras e a empresa norueguesa Equinor (ex-Statoil) assinaram um memorando de entendimentos para o desenvolvimento conjunto de negócios para atuarem no segmento de energia eólica em alto mar (offshore) no Brasil.

A estatal já construiu uma planta piloto, com cata-ventos com capacidade de geração de 6 a 10 megawatts (MW). Eles serão instalados em Guamaré, no Rio Grande do Norte.

A escolha da região não é casual: considerando também o Ceará, o potencial eólico em alto mar dos dois estados é de cerca de 140 GW (gigawatts). Isso equivale a mais de dez vezes a capacidade – e 90% da potência total – instalada hoje no Brasil.

A Petrobras tem quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte, com 104 MW de capacidade, que foram negociados no Ambiente de Comercialização Regulado (ACR) no leilão de energia de reserva de 2009 e entraram em operação em 2011. Ainda no Rio Grande do Norte, a companhia tem uma planta de pesquisa e desenvolvimento em energia solar fotovoltaica de 1,1 MW, onde estão sendo avaliadas as operações de quatro tipos de tecnologia.

A Equinor opera três parques eólicos na costa do Reino Unido e desenvolve outros projetos eólicos offshore no Reino Unido, Alemanha e nos Estados Unidos. A empresa, líder mundial em captura e armazenamento de carbono (CCS), é pioneira no desenvolvimento de soluções para projetos de eólicas oceânicas para águas profundas.
Investimentos em energia renovável

O diretor de Estratégias da Petrobras, Nelson Silva, disse que o plano da estatal para o período 2019/2023 dará mais espaço para investimentos em energia renovável. O plano detalhado deverá ser anunciado no início de dezembro. “Diferente de planos anteriores, que a gente mencionava uma intenção, agora a gente vai começar a caminhar mais nessa direção,” disse.

Segundo o diretor, se for viável, a estatal poderá aumentar ainda mais a participação em energias renováveis. “Se forem identificadas oportunidades que podem ser desenvolvidas, a intenção é dedicar parte do capital da companhia para esses projetos, mas antes de tudo isso vem a análise econômica. Tem que ser viável economicamente falando”.

Para o diretor, a participação em renováveis é uma tendência do mercado de energia mundial. Apesar de representar ainda uma parcela menor do total da matriz mundial, é a que mais cresce. “É passo a passo, não será uma mudança radical. Já estamos com atividade nessa área, ainda que modesta, mas a gente quer crescer um pouco mais”.

Fonte: Inovação Tecnológica

Com projeto solar para economia do consumo de energia, ex-catador de latinhas vai estudar em Harvard


O professor Ciswal Santos desenvolveu um equipamento que reduz o consumo de energia em 70%.

O professor de ciências da computação Ciswal Santos, de 31 anos, foi selecionado para estudar na Universidade de Harvard. Nitidamente, a jornada do ex-catador de latinhas de Juazeiro do Norte (CE), até uma das universidades mais tradicionais do mundo, merece um destaque em nosso post de hoje, apresentando seu projeto para reduzir o consumo de energia.

7Segundos – Afinal, Ciswal conta que vai estudar para desenvolver o projeto que pode ajudar milhares de pessoas de sua cidade: Gerar energia Solar de forma sustentável com um aparelho que custa um pouco mais de um salário mínimo. O professor elaborou um projeto para desenvolver um equipamento que reduz em 70% o consumo de energia de uma residência. Semelhantemente para uma família de classe média, com quatro pessoas.

A ferramenta é orçada atualmente em cerca de R$ 2,2 mil. “Ainda não é o preço que eu quero. Já tive contato com pessoas que desenvolvem tecnologia asiática – que está bem a nossa frente – e podemos fazer uso dessa tecnologia para reduzir o custo do equipamento para R$ 1,2 mil. Mas o objetivo final é baratear para um salário mínimo, para que qualquer trabalhador possa comprar”.

Nessa fase do projeto, explica Ciswal, ele não pode receber nenhum apoio privado para criar a máquina de energia solar. “Pela política da Universidade de Harvard, ainda não pode receber valor de empresa privada, é contra os valores deles”.

Ele vai receber aulas on-line de professores de Harvard por 18 meses. Posteriormente podendo prorrogar o período letivo por mais 18 meses. Analogamente, a partir daí angariar recursos públicos e privados para criar o equipamento de energia solar sustentável.

“É um projeto que supre energia para iluminação e muitos equipamentos. Ele só não sustenta motores mais potentes, como os de geladeira e máquina de lavar”, explica o autor da ideia.

Mas para chegar a Havard, Ciswal teve que trabalhar pesado, acordando cedo, trabalhando em supermercado e catando latinhas depois das aulas.

‘Me formei graças às latinhas’

Ciswal ingressou na faculdade aos 16 anos e teve que “se virar” para manter os estudos. “Sou filho de uma faxineira; minha mãe, Valdenora, sempre trabalhou para nos dar comida. Só que precisava de dinheiro para comprar materiais, farda e xerox de apostilas, pois não tinha como comprar livros. Comecei a trabalhar em um mercantil ganhando R$ 20 por semana, porém às vezes nem recebia, pois levava comida do mercantil para casa e era descontado”, lembra o professor.

“Como o dinheiro era pouco, vi no lixo a oportunidade de suprir minha necessidade e minha vontade de estudar. Quando eu saía da faculdade à noite, andava pelos bares de Juazeiro do Norte catando latinhas de cerveja para vender no quilo, isso eu ainda fardado”, lembra o professor.

No momento em que ele chegou perto de desistir, Ciswal conta que recebeu apoio do proprietário do bar onde ele catava as latas.

“Me senti um nada e chorei. Contei a ele [o proprietário do comércio] o motivo, ele colocou a mão no meu ombro e disse que eu não precisava me envergonhar e que eu não fosse mais lá tão tarde e usasse esse tempo para estudar mais que ele guardaria essas latinhas para eu pegar pela manhã”, diz o professor, “assim eu me formei, graças a esse anjo e às latinhas de cervejas que peguei no lixo”, completa.

Carreira de vitórias

Além de lecionar, Ciswal Santos é tricampeão de judô, atividade que pratica desde a adolescência, e campeão nordestino de xadrez. Ele concilia a profissão de professor com o cargo de gerente de manutenção em uma empresa na cidade em que vive.

Com todas as atividades, ele ainda conseguiu tempo para escrever, lançando o livro “pensamentos que fazem crescer”. “Nunca use pretexto que você não teve oportunidade de estudar na vida, pois para tudo sempre há um jeito. Talvez você chore, sofra, mas é possível ser um vencedor”, finaliza.

Que seja mais um projeto de Energia Solar para consumo de energia e crescimento sustentável bem sucedido!

Fonte: Maceio.7segundos.

Resolução que favorece energia solar é aprovada

Nova regulamentação para licenciamento ambiental deverá desencadear mais oportunidades em energias renováveis no Estado e atrair investimentos

Foi aprovada na última semana resolução que deve tornar os processos de licenciamento e autorização ambiental para empreendimentos de energia solar mais ágeis no Ceará. O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) modernizou e estabeleceu novos critérios e parâmetros para esses processos, a exemplo do que já havia feito em julho com o licenciamento de projetos de energia eólica. A resolução, que estabelece o marco regulatório para o setor, deverá desencadear mais oportunidades em energias renováveis no Estado, atraindo novos investimentos.

Para o coordenador do Núcleo de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Joaquim Rolim, as novas regras para o licenciamento ambiental da geração eólica e solar irão propiciar melhores condições para o desenvolvimento e ampliação da quantidade de projetos em energias renováveis, aumentando as possibilidades de os empreendimentos cearenses serem contratados em leilões. “O Ceará agora passa a ter uma regulamentação para licenciamento ambiental, tanto na geração distribuída (até 5MW) quanto na geração centralizada (acima de 5MW), mais moderna e bem definida”, detalha.
Regulamentação

De acordo com ele, a resolução resulta de um trabalho de benchmarking conduzido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), com recomendações da Fiec, por meio dos Núcleos de Energia e Meio Ambiente, Sindienergia e Câmara Setorial de Energias Renováveis

“Essa nova regulamentação atende aos anseios do setor”, avalia Jurandir Picanço, consultor de energia da Fiec e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis do Ceará.

O secretário estadual do Meio Ambiente, Artur Bruno, que também preside o Coema, ressalta que a nova regulamentação para o licenciamento de empreendimentos de energia solar foi consolidada após discussão em grupos de trabalho e câmaras técnicas, tendo sido modificado com emendas que foram propostas no âmbito desses grupos de trabalho. “Essa resolução é importante para o desenvolvimento econômico e social do estado”.

Fonte: Diário do Nordeste

Grupo francês Quadran investirá R$ 1 bilhão em eólica no Cariri.

O grupo francês Quadran, o maior do seu País no setor de energias renováveis, investirá, pelos próximos três anos, na região do Cariri, no Sul do Ceará, mais de R$ 1 bilhão na implantação de parques eólicos que gerarão, até 2021, pela força dos ventos, 240 MW.

Resultado de imagem para Usina eólica no cariri do ceará

O Quadran ganhou o leilão que, em maio deste ano, a estatal Central Elétricas de Minas Gerais (Cemig) promoveu para a compra de energia elétrica.

Antes disso, a empresa francesa comprara os projetos desenvolvidos pela Cortez Engenharia e a Braselco, que agora serão instalados na geografia caririense, começando pelos municípios de Missão Velha e Porteiras, estendendo-se depois para os de Jardim, Barbalha e Crato.

Esses 240 MW a serem gerados dentro de três anos serão injetados na rede nacional.

Para a implantação desses parques eólicos no Cariri, a Quadran celebrou parceria com a multinacional dinamarquesa Vestas, cuja fábrica de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, inaugurada há dois anos, será ampliada e modernizada para produzir os seus novos e gigantescos aerogeradores, cuja potência será de 4,2 MW.

Energia eólica deve ser 2ª principal fonte elétrica do Brasil em 2019

Previsão da ABEEólica avalia que o setor deve chegar a 2022 com uma capacidade instalada de 17,6 gigawatts no país.Hoje, energia eólica atende 8% da capacidade nacional - Pixabay

A geração de energia eólica no Brasil cresceu em julho deste ano 24% ante igual período do ano passado, à medida que novos parques entram em operação em um setor que deve ser a segunda principal fonte da matriz elétrica já em 2019, disse nesta terça-feira (7) a presidente-executiva da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).

Segundo Elbia Gannoum, o setor de energia eólica está em trajetória crescente, com perspectiva de chegar em 2022 com uma capacidade instalada de 17,6 gigawatts no país, contra atuais 13,4 GW.

Durante a abertura da Brazil Windpower 2018, uma conferência do setor, a dirigente destacou que em 23 de julho deste ano a energia eólica teve papel essencial no abastecimento do Nordeste brasileiro e respondeu por 72% de toda carga.

“A energia eólica deve ser a segunda fonte da matriz já no próximo ano. Acreditamos que o setor tem uma responsabilidade muito importante na discussão sobre o futuro cheio de tecnologia e desafios”, disse ela.

As hidrelétricas são a principal fonte de geração hoje no Brasil, com cerca de 60% da capacidade instalada. Em seguida aparecem as térmicas a combustíveis fósseis, com quase 16%, seguidas pelas eólicas, com quase 8%.

A projeção da ABEEólica considerada os contratos firmados em leilões e no mercado livre. O Brasil conta atualmente com 534 parques eólicos, sendo a maioria no Nordeste: 137 no Rio Grande do Norte; 111 na Bahia e 80 no Estado do Ceará.

Fonte: R7

Ceará terá centro de certificação de energia fotovoltaica

Com a economia em recessão e a disparada do crescimento da área de energias renováveis, principalmente a solar, tem surgido uma preocupação: a qualificação das pessoas responsáveis pela instalação das placas fotovoltaicas e a minimização de riscos nas instalações.

O Senai-CE já treinou quase 300 pessoas para a realização desse trabalho, mas muita gente tem se aventurado pelo setor, sem o preparo necessário. Para tentar resolver o problema, as empresas da área vêm solicitando mais treinamentos.

Em resposta a essa demanda, o presidente do Senai-CE, Paulo André Holanda, deve lançar em agosto o Centro de Certificação de Energia Fotovoltaica, na Unidade do Senai na Barra do Ceará. O Estado será o segundo do País a instalar esse tipo de qualificação; até o momento, esse tipo de curso é ministrado apenas em São Paulo.

O Centro passou por uma avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e cumpriu os requisitos legais exigidos pela auditoria. A data da solenidade de inauguração depende de acertos com a agenda do presidente da Fiec, Beto Studart.

PAINÉIS SOLARES

QUALIFICAÇÃO DE MONTADORES

O Senai-CE já oferece cursos de qualificação e aperfeiçoamento de montadores de sistemas fotovoltaicos na Barra do Ceará, com aulas teóricas e práticas. São ministrados: treinamentos com qualificação técnica de 160 horas; aperfeiçoamento de montagem de sistemas (60 horas); e cursos para o dimensionamento de sistemas fotovoltaicos (também como aperfeiçoamento).

Paulo André Holanda explica que esses trabalhos serão expandidos. No próximo semestre chegará a Juazeiro e, em 2019, a Sobral.

SOLAR

ENERGIA DO FUTURO

O consultor Jurandir Picanço assumiu, esta semana, cadeira no conselho consultivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), considerada uma das entidades de maior influência do segmento. A instituição tem boas articulações junto a empresas, órgãos financiadores e governos, e possui grandes desafios. Um deles é contribuir de forma efetiva nesse processo de mudança de matriz na geração de energia.

“A energia solar do futuro vai ultrapassar a hidrelétrica e a eólica, com custos cada vez menores”, ressalta. Nesse processo, são necessários cuidados na formação de pessoal. “O risco é grande para pessoas sem habilitação, para montar painéis com alta tensão em telhados. Podem acontecer acidentes e incêndios, enquanto uma instalação bem-feita não tem risco nenhum”, alerta.

CONJUNTURA

DO SONHO AO PESADELO

Dois passos para trás. Como disse a economista Laura Carvalho, no livro “Valsa Brasileira”, o País tem andando para trás. Até quem apostou em uma recuperação esse ano tem se decepcionado com a estagnação e os retrocessos.

No mercado financeiro, tem gente dizendo que não espera mais para esse ano nenhum lançamento do IPO, em função da ampliação das incertezas com a proximidade das eleições.

CONGRESSO

PAUTA DOS ATACADISTAS

O setor atacadista tem uma agenda forte de projetos no Congresso Nacional. Na pauta do segmento estão pontos como: segurança jurídica na relação comercial entre revenda e distribuição; comercialização de medicamentos isentos de prescrição em supermercados e estabelecimentos similares; instituição de normas para regulação do transporte rodoviário de cargas; e alteração do Código Tributário Nacional para tratar sobre a exigência de obrigação acessória.

Esta semana, representantes da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad) e o presidente da Associação Cearense dos Atacadistas e Distribuidores (Acad), Jocélio Aguiar Parente, tiveram reunião com o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), membro da frente parlamentar que defende o setor, para tratar desses assuntos.

REFIS DO SIMPLES

PRAZO PARA ADESÃO TERMINA SEGUNDA-FEIRA

O prazo para adesão ao Refis do Simples (Programa Especial de Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte Optantes do Simples Nacional Pert-SN) termina na próxima segunda-feira, às 21 horas. As inscrições são realizadas exclusivamente pela internet, através do portal do Simples Nacional ou via portal E-CAC da Receita Federal.

Há vários benefícios no programa. Um deles é a redução de 90% dos juros de mora e de 70% das multas de mora para os débitos liquidados integralmente.

ALVARÁS

MEDIDAS JURÍDICAS DO COMÉRCIO

Na próxima segunda-feira, a Fecomércio-CE e os seus 33 sindicatos, que representam 150 mil empresas do comércio, bens e turismo, devem anunciar medidas jurídicas contra o novo Código Tributário de Fortaleza. Ontem, os lojistas lançaram mais uma nota contra as mudanças na lei, chamando atenção para o aumento nas taxas dos alvarás.

Fonte: O Povo

Uso de energia solar no campo cresce com usinas flutuantes


O meio rural atingiu 15,8 megawatts de utilização operacional de energia solar fotovoltaica. Essa marca atual significa que este tipo de fonte cresceu nove vezes em 2017 e neste ano já dobrou o uso dessa tecnologia no campo.

“Os agricultores descobriram a energia solar fotovoltaica. São eles os responsáveis por levar o alimento do campo para as áreas urbanas, e passam, agora, a também ter uma complementação de renda, gerando energia elétrica para abastecer áreas urbanas e reduzir os seus gastos especificamente”, disse à Agência Brasil o presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia,.

Segundo o presidente, essa é uma novidade interessante, porque a demanda tem se espalhado em diversos segmentos. “O meio rural tem açudes usando energia solar fotovoltaica flutuante em Goiás. Tem projetos mais tradicionais de bombeamento e irrigação em Minas Gerais, quando começa o dia, o pivô é ligado e quando some o sol ele deixa de irrigar a plantação. Tem indústria de sorvete no Ceará. O período que vende mais sorvete é no verão e aí pode também gerar energia para garantir energia nesta estação do ano quando gastam mais para refrigerar o sorvete. No verão, eles gastam muito mais energia por conta da refrigeração, então, casa bem com a sazonalidade deles, com o custo também é bem positiva essa sinergia”, contou Sauaia.

Além do custo mais baixo, outra vantagem apontada por Rodrigo Sauaia para o uso desta tecnologia no campo é a de ela ser mais limpa. “Muitos desses produtores rurais, às vezes para levar irrigação para uma área produtiva distante da rede elétrica, tinham que levar um gerador a diesel barulhento e poluente no meio da plantação para gerar e poder irrigar. Era péssimo para o meio ambiente, caro para o produtor, mas ele precisava fazer isso. Agora, pode fazer isso com o sol, com um sistema móvel e com energia limpa e sem combustível, sem dor de cabeça para o produtor”, observou.

Usinas flutuantes

O engenheiro Orestes Gonçalves Júnior, da empresa F2 Brasil, foi o responsável pela instalação de um sistema de energia solar fotovoltaica flutuante em açudes da Fazenda Figueiredo, produtora de leite, em Cristalina, Goiás. Para o engenheiro, a utilização da área de açude amplia a conservação da região e dá melhor destinação a terras que estejam impactadas. Segundo ele, o uso das placas flutuantes permite ainda ao produtor aproveitar mais a propriedade e manter o solo para as plantações.

“Ele não está tirando parte agricultável para botar uma usina. A flutuante libera a área usada para a solar, para continuar fazendo desenvolvimento econômico da atividade do agronegócio e, por outro lado, reduz a evaporação que é um ativo, hoje, importante. Como está faltando muita água, principalmente, em algumas regiões como a do Rio São Francisco, se consegue ter algo em torno de 20% a mais de água por ano. Deixa de tirar água dos rios, ou tem melhor produtividade na irrigação dele fazendo reduzir a evaporação. É econômico, ambiental e ao mesmo tempo em maior volume de água nos açudes”, apontou.

Orestes Gonçalves Júnior destacou ainda que o produtor tem mais uma forma de lucrar com a solar flutuante em açude, que pode ser usado por mais de um produtor da região. Mais uma alternativa para o produtor é usar os açudes para desenvolver projetos de piscicultura.

Financiamentos

A energia solar também tem se mostrado um bom negócio para os produtores de agricultura familiar. O presidente da Absolar destacou as linhas de financiamento que o consumidor passou a ter para fazer a instalação do serviço. Ele contou que, no Paraná, um produtor familiar de leite está refrigerando o produto com a energia do sol, depois de conseguir um financiamento por meio do Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar (Pronaf), que neste caso, tem juros variando entre 2,5% a 5,5% ao ano.

Para o período de julho de 2018 a junho de 2019, o BNDES informou que os juros são de até 4,6% e a aquisição do equipamento deve estar vinculada a uma atividade econômica. “A dotação orçamentária ainda será publicada pelo Conselho Monetário Nacional”, completou o BNDES em resposta à Agência Brasil.

Para as pessoas físicas e jurídicas que queiram instalar projetos de energia solar fotovoltaica, o banco abriu linhas de financiamento no Programa Fundo Clima para 80% dos itens financiáveis, podendo chegar a R$ 30 milhões a cada 12 meses por beneficiário. Para renda anual de até R$ 90 milhões, o custo é de 0,1% ao ano com a remuneração do BNDES de 0,9% ao ano. Na renda anual acima de R$ 90 milhões, o custo tem o mesmo percentual, mas a remuneração do BNDES é de 1,4% ao ano.

Redução de custos

Na visão do presidente da Absolar, a redução de custos para a instalação de um sistema de energia fotovoltaica tem sido um atrativo para o aumento de consumidores neste tipo de fonte. “Em dois anos, a tecnologia barateou em 25%. Nos últimos dez anos, a energia solar fotovoltaica ficou entre 60 a 80% mais barata, com isso hoje em dia já é possível na maior parte do Brasil gerar e produzir a sua própria energia através do sol do seu telhado e no solo do que comprar a energia da rede, por exemplo. Não por acaso, o que mais leva as pessoas a investirem em energia solar fotovoltaica não é só pelo meio ambiente, mas pela economia no bolso que a tecnologia traz”.

Evolução

O presidente da Absolar comentou que o setor começou 2017 com mais ou menos 90 megawatts de energia solar fotovoltaica operando na matriz elétrica brasileira e terminou o ano com 1.145 megawatts, o que segundo ele, representa crescimento de mais de 11 vezes no período. “São poucos os setores na nossa economia que crescem mais de 11 vezes em um único ano. Essa é a velocidade exponencial que a fonte solar fotovoltaica está acelerando neste momento”.

A expectativa é fechar 2018 com cerca 2.400 megawatts e, assim, o setor vai mais do que dobrar e, permitir ao Brasil subir no ranking mundial da energia solar fotovoltaica. Atualmente o país está entre os 25 a 30, principais países em energia solar fotovoltaica.

No Rio de Janeiro, a distribuidora Light informou que, até maio de 2018, foram registradas 1.036 unidades de consumidores que utilizam a energia bidirecional, o que representa um crescimento de 150% nos últimos dois anos (2016-2018). Em créditos, segundo a empresa, durante o mês de abril deste ano, os consumidores obtiveram 300 Kwh com recursos da fonte solar fotovoltaica. No caso da Light, a maior concentração de usuários está nas zonas Sul e Oeste da cidade do Rio de Janeiro.


Energia solar no setor público

Na área pública, os projetos também estão se desenvolvendo. O presidente da Absolar lembrou que a sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, instalou um sistema de energia solar fotovoltaica no telhado. Além disso, o Ministério de Minas e Energia (MME) é o primeiro prédio do governo federal a receber este tipo de fonte.

“É o primeiro prédio da Esplanada dos Ministérios com energia solar fotovoltaica. Abastece de 5% a 7% da demanda elétrica do prédio”, completando que, diante do impedimento de tráfego aéreo na região por questão de segurança, só foi possível instalar o sistema em uma parte do telhado, já que o transporte de placas utilizadas no sistema ficou restrito.

A assinatura do termo de cooperação com o ministério foi em 2015 e o término da instalação ocorreu no fim de 2016. O projeto-piloto desenvolvido pelo setor custou R$ 500 mil e o governo federal não precisou pagar nada.

“O governo não tirou nenhum centavo do bolso, mas também não recebeu nenhum centavo nosso. Recebeu o sistema com o compromisso de que ele fosse aberto à sociedade brasileira para que ela pudesse acompanhar e entender. Tem uma TV no térreo que mostra em tempo real o quanto o sistema está produzindo de energia e subindo dá para fazer a visitação do sistema”, disse. Rodrigo Sauaia espera que outros ministérios também desenvolvam projetos semelhantes.

Contribuição

Para o executivo, um dos fatores que permitiram a expansão do setor foram os leilões que o governo federal tem realizado desde 2014. “Foi um leilão em 2014, dois em 2015, um em 2017 e agora um em 2018. Os projetos que foram contratados lá em 2014 e 2015 começaram a entrar em operação, por isso, esse salto grande que tivemos no mercado”.

O crescimento de projetos em residências, comércios, indústrias, prédios públicos e produtores rurais também contribuíram para a evolução do setor. “Esse mercado representou cerca de 15% no final do ano do que tínhamos instalado no país. Ele está distribuído ao redor de todos os estados brasileiros em pequenos sistemas junto aos consumidores em todo o Brasil”, disse, ressaltando, que esses consumidores se beneficiam com os créditos de energia para abater o consumo no futuro.

Fonte: IstoÉ

Matriz do Ceará terá reforço de 325,8 MW de eólicas.


A energia eólica deve adicionar à matriz energética do Ceará cerca de 325,8 MW nos próximos anos, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Estão sendo construídos no Estado mais sete parques eólicos que possuem potência de geração de 138,6 MW, enquanto já foram contratados, porém ainda não iniciados, outros oito empreendimentos totalizando 187,2 MW. O acréscimo representa um crescimento de 17% em relação à potência atual de 1.916,3 MW.

Atualmente, o Estado possui 74 parques eólicos, e com a instalação de mais 15, serão 89 empreendimentos. A potência instalada do Ceará, até junho deste ano, é a terceira maior do País, atrás do Rio Grande do Norte (3.722,45 MW) e da Bahia (2.594,54 MW). A matriz representa cerca de 47,03% do total produzido, que é de 4.074,9 MW, considerando outras fontes de energia, como Usina Termelétrica, Central Geradora Solar Fotovoltaica e Central Geradora Hidrelétrica.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o Brasil tem hoje mais de 13 GW de capacidade instalada, 520 parques eólicos e 6.600 aerogeradores em operação em 12 estados. “Em 2017, foram gerados 40,46 TWh de energia eólica ao longo do ano, um crescimento de 26,2% em relação a 2016. Essa geração representou 7,4% de toda a geração injetada no Sistema Interligado Nacional em 2017, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)”, informa a Associação.

Novos investimentos

O Ceará deve receber em breve investimentos da chinesa Goldwind, uma das maiores fábricas de aerogeradores do mundo. De acordo com o secretário adjunto de Energia, Mineração e Telecomunicações da Seinfra, Adão Linhares, no início deste mês houve uma reunião em que foi apresentado o projeto da empresa em que inclui a recuperação de alguns parques eólicos de propriedade da Energimp.

“A minha participação neste encontro foi mais para encorajar e dar boas vindas aos dois empreendedores. Naturalmente a Goldwind vai se posicionar com alguma fábrica no Brasil e nós gostaríamos muito que fosse aqui no Ceará”, destacou.

A Goldwind deve oferecer soluções técnicas para os parques da Energimp no Ceará, localizados no Litoral Leste. A parceria, segundo Linhares, vai garantir estabilidade operacional aos parques, colocando em funcionamento máquinas que hoje se encontram fora de operação. “Será um investimento muito importante para o Ceará. A recuperação desses parques eólicos alavancará mais empregos e significa mais energia limpa gerada no Estado”, afirma.

Futuro

De acordo com o secretário adjunto, o futuro da energia eólica no Ceará é de crescimento. “E nós temos que aproveitar todos os potenciais. As ações e políticas de atração de investidores para a cadeia produtiva é feita pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Com relação aos parque, o Estado tem que demonstrar que este potencial é viável”.

Segundo ele, para além do litoral cearense, o Interior do Estado é um dos pontos estratégicos para o desenvolvimento do setor. “Essa demonstração de potencial no Interior, principalmente nas chapadas do Apodi e Araripe, tem mostrado que a gente tem muito a andar”.

Adão Linhares ainda afirmou que o Estado estimula a implantação de parque e cria uma atratividade para que os empreendimentos sejam instalados. “Mas precisamos trabalhar para que as linhas de transmissão estejam disponíveis. Nós trabalhamos juntamente com o governo federal para antecipar os leilões e atrair os investidores. É um papel de indutor desse processo, gerando credibilidade no mercado”, acrescentou.

Recordes

Na Região, a geração eólica tem quebrado importantes recordes, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), atendendo mais de 60% da carga em alguns dias. “O último recorde de geração foi no dia 14 de setembro de 2017, com uma geração de 6.413 MWmédio, o que representa 64% da carga do Nordeste foi atendida por geração eólica naquele dia.

Os recordes são registrados na época que chamamos de ‘safra dos ventos’, que vai mais ou menos de julho a novembro”, segundo a Abeeólica.

No que se refere ao consumo do Brasil todo, ressalta a instituição, “é importante mencionar que, em agosto, as eólicas atingiram pela primeira vez os dois dígitos na matriz daquele mês, abastecendo 10% do País na média do mês todo. Em setembro, esse valor foi de 11%”, acrescenta a Abeeólica.

Abastecimento

O total produzido mensalmente em todo o País é suficiente para abastecer mais de 22 milhões de unidades residenciais, o equivalente a cerca de 67 milhões de habitantes. “Para comparação: a energia gerada pela fonte eólica em 2017 foi capaz de fornecer energia elétrica residencial a uma população maior que a de todo o Nordeste (mais de 57 milhões de pessoas)”.

Segundo a Abeeólica, até 2023 serão mais 4,8 GW e mais de 200 novos parques eólicos, considerando os leilões já realizados.

Potência solar instalada do Ceará salta 57%; Estado é líder no Nordeste


Nos últimos seis meses, o Ceará cresceu quase 57% em relação à potência instalada de geração distribuída solar fotovoltaica. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a capacidade em novembro do ano passado era de 10,9 megawatts (MW), enquanto em junho de 2018 passou para 17,1 MW. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Ceará está posicionado em quinto lugar no País e em primeiro no Nordeste, representando 6,3% da potência nacional instalada.

O estado de Minas Gerais lidera neste quesito, com uma capacidade instalada de 60,6 MW. Em seguida, aparecem o Rio Grande do Sul (38,6 MW), São Paulo (34,6 MW), Santa Catarina (17,3 MW), Ceará (17,1 MW), Paraná (15,5 MW), Rio de Janeiro (14,5 MW), Goiás (9,4 MW), Pernambuco (7,9 MW) e Bahia (6,5 MW).

Segundo dados da Aneel, o Ceará possui aproximadamente 1.040 unidades consumidoras com geração distribuída, espalhadas por diversas cidades do Estado, como Fortaleza, Eusébio, brejo Santo, Trairi, Maracanaú, Barbalha, Russas, Iguatu, Sobral, Icó, Beberibe, Juazeiro do Norte, São Gonçalo do Amarante, entre outros municípios cearenses.

Brasil

De acordo com documento da Absolar, o País conta atualmente com uma potência instalada de 1,3 mil MW em usinas e sistemas solares fotovoltaicas de médio a grande porte, o que representa 0,8% da matriz elétrica nacional. “O Brasil fechou 2017 com R$ 5,5 bilhões em investimentos no setor solar fotovoltaico, com a criação de cerca de 20 mil empregos. 

Até o fim de 2018, a expectativa é que entre em operação 1,1 mil MW adicionais das usinas solares fotovoltaicas dos leilões de energia de reserva de 2014 e 2015”, acrescenta o relatório. O documento ainda afirma que os investimentos acumulados no Brasil neste segmento são de aproximadamente R$ 20 bilhões até o fim deste ano.

Novas Condições

As mudanças ao Programa Fundo Clima, anunciadas no início deste mês pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), representam um avanço para a fonte solar fotovoltaica no Brasil. Segundo o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, as novas condições de financiamento estão entre as mais competitivas do mercado para projetos de energia solar fotovoltaica. “O BNDES confirmou financiamentos de até 80% dos sistemas solares fotovoltaicos com equipamentos novos produzidos no Brasil, com taxas de juros entre 4,03% e 4,55% ao ano, prazo de amortização de até 12 anos e carência de até dois anos”, afirma.

“Estas condições posicionam o banco como uma das melhores opções atualmente disponíveis no Brasil para projetos solares fotovoltaicos e ainda ajudam a promover a cadeia produtiva nacional”, acrescenta.

O executivo esteve com dirigentes do BNDES, destacando a importância da rápida implementação da medida com os bancos repassadores dos recursos. “O financiamento tem vigência imediata e será disponibilizado principalmente pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e por Bancos de Desenvolvimento Regionais e Estaduais, em todo o território nacional. 

No entanto, é fundamental que estes bancos regulamentem com rapidez a medida, para que a sociedade possa acessar o crédito. Apesar do anúncio positivo do BNDES, recebemos informações de nossos associados de que as agências bancárias ainda não estão operando as linhas por falta de regulamentação interna”, afirma Sauaia.

Recursos da Primeira Fase

Para a primeira fase do programa, que vigora até 28 de dezembro de 2018, estão disponíveis mais de R$ 300 milhões em recursos orçamentários já alocados pelo BNDES. Caso a demanda supere este valor, poderá ser realizada uma nova alocação de recursos ao programa. “Já é um começo, mas precisaremos de mais recursos para atender as expectativas da sociedade brasileira e para apoiar a cadeia produtiva nacional”.

Fonte: Diário do Nordeste

Setor de energia eólica do Ceará ganha novos investidores


Pioneiro na geração de energia éolica no Brasil, o Ceará vai receber investimentos de uma das maiores fábricas de aerogeradores do mundo, a chinesa Goldwind. A empresa vai oferecer soluções técnicas para os parques eólicos da Energimp, localizados no Litoral Leste do estado. A parceria vai garantir estabilidade operacional aos parques, colocando em funcionamento máquinas que hoje se encontram fora de operação.

O secretário adjunto de Energia, Mineração e Telecomunicações da Seinfra, Adão Linhares, esteve reunido com os investidores nesta semana e comemora a parceria. “Será um investimento muito importante para o Ceará. A recuperação desses parques eólicos alavancará mais empregos e significa mais energia limpa gerada no estado”, disse.

A reunião contou com a presença dos executivos da Goldwind, Wu Hongfei e Liang Xuan, do CEO da Energimp, Márcio Almeida, e de representantes de outras empresas do setor no Ceará. No encontro, Adão Linhares destacou o empenho da Pasta em se aproximar do setor e reforçou o papel e articulação do Estado na atração de investimentos. “É total interesse do Estado alavancar o setor eólico. E nós temos uma localização privilegiada e excelentes condições de infraestrutura como, por exemplo, o Porto do Pecém, que está sendo ampliado”, enfatizou o secretário.

A parceria das duas empresas vai permitir a renovação de 94 máquinas em cinco parques eólicos cearenses. Quando estiver em pleno funcionamento, o complexo terá capacidade para gerar 141 MW de energia.

Fonte: Governo do Estado do Ceará

Energia eólica se torna fonte de renda extra para famílias no Sul do RS

Estado é o quarto em produção de energia eólica no país, atrás apenas da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte. Maior parte dos parques fica em Santa Vitória do Palmar, onde 150 produtores investiram na geração de energia elétrica pelo vento.

Moinhos ficam em meio aos animais nas propriedades rurais de Santa Vitória do Palmar 
(Foto: Reprodução/RBS TV)

A energia eólica se tornou uma importante fonte de renda para diversas famílias na Região Sul do Rio Grande do Sul. Em Santa Vitória do Palmar, onde se concentra a maior parte dos parques eólicos do estado, 150 produtores rurais garantem renda extra com o arrendamento da terra para a colocação dos equipamentos.

“Até agora está sendo ótimo para eles e para nós também, pelo que nos fornece. Melhorou tudo, as estradas, deram bastante ajuda, e até hoje dão”, afirma o produtor rural Thierre Terra.

O Rio Grande do Sul é o quarto estado no país em produção de energia eólica, ficando atrás apenas da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte. Ao todo, são 80 parques, que fazem parte de um plano estratégico de desenvolvimento da Região Sul, criado há três anos.

Os moinhos estão espalhas pelos campos, junto com os animais. A 120 metros do chão, transformam vento em energia elétrica, que vai até uma subestação e depois segue para vários lugares do Brasil. São 371 turbinas distribuídas em 20 mil hectares de terras arrendadas.

“Isso tem uma representatividade muito boa em questão de não poluentes, efeito estufa, uma energia renovável, inesgotável, que neste caso é o vento, certamente uma boa contribuição”, diz o gerente de operação, Hudson de Souza.

Conforme o professor de Gestão Ambiental da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Maurício da Silva, existe um déficit na geração de energia, principalmente para indústrias. Os parques eólicos são a saída para completar a necessidade do sistema nacional de energia elétrica.

“Ela faz parte da infraestrutura necessária aos investimentos públicos e privados que são parte do processo de desenvolvimento de qualquer região”, afirma.

Até o fim do ano, um novo leilão para a exploração de áreas deve ser feito em Santa Vitória do Palmar. A promessa é de novos empregos e renda extra para quem mora na região.

“Essa expansão da energia limpa vai trazer benefícios em muitas áreas, inclusive tecnologias e outros empreendimentos, atividades ligadas à agropecuária e energia”, assegura o secretário da Fazenda Santa Vitória do Palmar, Vanderlei Pereira.

Fonte: G1

550 mil painéis solares devem chegar ao Porto de Pecém CE

O projeto Apodi, no município de Quixeré,
deverá empregar entre 800 e 1,1 mil pessoas
e terá capacidade de geração de 162 megawatts (MW),
suficientes para atender a 250 mil residências
– NEGOCIOS – 10ne0346 – NLVL
Transportados em 768 contêineres, os painéis solares integraram o projeto do Complexo Solar Apodi, em Quixeré. 

Até o fim de 2018, 550 mil painéis fotovoltaicos, ou placas solares, deverão entrar no Ceará pelo Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). A carga representa a movimentação de pelo menos 768 contêineres sendo transportados para impulsionar o mercado de geração de energia solar no Estado. Do total, já desembarcaram 478 contêineres carregados do material produzido pela GE Power. Segundo a assessoria de comunicação do Porto do Pecém, os painéis irão compor o Projeto Apodi, localizado em Quixeré (CE).

“O Porto do Pecém vem se consolidando como principal porta de saída e entrada de mercadorias e está participando de mais um grande projeto para o Estado. O projeto de energia solar Apodi, após concluído, vai beneficiar mais de 250 mil residências com energia limpa, além de contribuir com o meio ambiente. Este é um dos objetivos do Porto do Pecém, promover o desenvolvimento responsável em todo o estado do Ceará”, ponderou Danilo Serpa, presidente do Cipp.

A construção do Complexo Solar de Apodi, como já antecipou o Diário do Nordeste, em novembro do ano passado, deverá empregar entre 800 e 1,1 mil pessoas durante as fases de execução do projeto, sendo que 40% da mão de obra deve ser captada do mercado de trabalho local. A obra começou em 4 de outubro e deverá ser concluída até novembro de 2018.

O empreendimento tem investimento estimado em R$ 700 milhões e terá capacidade de geração de 162 megawatts (MW), suficientes para atender 250 mil residências. Do valor total que será investido, cerca de 65% (R$ 477,4 milhões) foi financiado pelo Banco do Nordeste, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O restante é de responsabilidade dos sócios na proporção da participação de cada um.

Para o diretor da Sou Energy, Carlos Kleber, empresa especializada em instalação e distribuição de energia solar, o Ceará é o estado brasileiro com o maior potencial de mercado na geração de energia fotovoltaica. “Somos hoje o estado com maior número de instalações e maior potência gerada; e temos capacidade para crescer ainda mais”, analisou o executivo.

A afirmação do diretor da Sou Energy corrobora com dados da Associação Brasileira de Energia Solar, Absolar, que prevê crescimento de 358% no setor de Geração de Energia Distribuída em 2018 para o País. Esse sistema é o instalado em residências, empresas e indústria, e todo o excedente produzido é lançado na rede de distribuição em troca de desconto na conta de energia ao final de cada mês.

Já no sistema de Geração Centralizada, o sistema de usinas de energia solar, a previsão de crescimento na operação é de chegar à produção de 2 gigawatts (GW) no Brasil. Atualmente, o País produz 1,1GW.

Importação

A China ainda é o principal mercado exportador de placas fotovoltaicas para o Brasil, afirma Augusto Fernandes, CEO da JM Aduaneira, empresa especializada em gestão logística para processos de importação e exportação de cargas.

Segundo Augusto, o outro país que exporta produtos para o setor é a Alemanha. De lá, assim como da China, vem os conversores para o sistema. Esse equipamento é o responsável por converter a energia gerada pelas placas para as característica da rede elétrica local. No primeiro trimestre deste ano, a empresa atuou na importação de placas e insumos para uma usina que está sendo instalada no Piauí.


Fonte: Diário do Nordeste

Fortaleza cria comitê para alavancar produção renovável no município

Iniciativa pretende instalar mais de 10% de painéis solares e tornar a cidade autossuficiente até 2040.

No último mês uma reunião na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) em Fortaleza, no Ceará criou um Comitê de Energia do Plano Fortaleza 2040, o qual pretende alavancar a produção de energia solar na cidade através de painéis solares.

A produção de energia renovável está incluída nas metas do novo Plano Diretor do Município, que visa ocupar a cidade com 10% de painéis solares e também tornar o município autossuficiente em energia até 2040. O objetivo principal é reduzir os custos com a iluminação pública de Fortaleza, a qual atualmente custa cerca de sete milhões de reais por mês.

Algumas iniciativas já estão sendo tomadas pelo município como a instalação de painéis solares em escolas e também a criação de um fundo municipal de incentivo à eficiência energética. Alguns projetos já foram realizados e já demonstraram redução da conta de energia elétrica como a troca de lâmpadas, a instalação de sensor de presença e troca de equipamentos.

De acordo com o coordenador do Plano de Energia Fortaleza 2040, Expedito Parente Jr, em entrevista ao jornal local o Povo, Fortaleza possui um grande potencial de sustentabilidade, porém é necessário medidas de incentivo principalmente em relação a legislação da construção civil.

Fonte: Portal Brasil Solar

BNDES detalha aplicação de US$ 1 bilhão em energia eólica

Com recursos, foram apoiados oito projetos, distribuídos por seis estados: Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul.
Energia eólica: juntos, projetos têm 1.323 megawatss de capacidade instalada, o que representa mais de 420 mil toneladas de CO2 equivalentes que deixarão de ser lançadas anualmente na atmosfera (Mimadeo/Thinkstock)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou hoje (2), no Rio de Janeiro, o seu primeiro Relatório Anual Green Bond – os chamados títulos verdes.

O documento, inédito entre bancos brasileiros, contém informações sobre projetos de energia eólica apoiados com US$ 1 bilhão, verba captada pelo BNDES no mercado internacional em 2017 e destinada a financiar projetos ambientalmente sustentáveis.

Segundo informações do banco, a captação em títulos verdes (green bonds) foi concluída em maio do ano passado no mercado internacional, com vencimento previsto para 2024. Trata-se da primeira operação deste tipo realizada por um banco brasileiro.

Com os recursos, foram apoiados oito projetos de geração de energia eólica, distribuídos por seis estados: Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. Juntos, os projetos têm 1.323 megawatss de capacidade instalada, o que representa mais de 420 mil toneladas de CO2 (Dióxido de Carbono) equivalentes que deixarão de ser lançadas anualmente na atmosfera.

Títulos convencionais

Ao detalhar a operação, o BNDES disse que os papéis têm características similares aos títulos convencionais, mas que os recursos obtidos foram destinados exclusivamente a projetos ambientalmente sustentáveis, atestados por uma empresa verificadora especializada na área ambiental. No caso do BNDES, destinam-se a projetos de geração eólica, novos ou já existentes na carteira do banco.

“Os investimentos em parques eólicos, sobretudo na região Nordeste, são um dos destaques do desempenho trimestral do BNDES, divulgado recentemente. Eles ajudaram a impulsionar os desembolsos do segmento de energia elétrica, que atingiram R$ 1,7 bilhão nos primeiros três meses do ano”, diz a nota da instituição.

Presença internacional

A avaliação do BNDES é de que os green bonds ajudam a consolidar a presença internacional do banco e proporcionam uma série de benefícios, como o de reforçar a prioridade dada pela instituição ao tema da sustentabilidade socioambiental, promover a difusão das melhores práticas de gestão socioambiental e incentivar o acesso de outros emissores brasileiros ao mercado de green bonds, além de construir um novo ponto de referência em sua estrutura a termo de taxa de juros internacionais.

O Green Bond Annual Report está disponível no site.

Fonte: Exame

Novas tarifas para energia elétrica entram em vigor e produtores rurais buscam alternativas

No Rio Grande do Sul, por exemplo, a Aneel aprovou o aumento médio de 22,47% para mais de 1,3 milhão de usuários.


Desde o dia 19 de abril já está em vigor a nova tarifa para energia elétrica aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que atinge vários estados, como Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Sergipe, Ceará, dentre outros. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a Aneel aprovou o aumento médio de 22,47% para os mais de 1,3 milhão de usuários em 118 municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), Centro-Oeste e Leste do Rio Grande do Sul. 

Diante desse cenário, muitos consumidores buscam alternativas para driblar esses aumentos no orçamento da família ou da empresa. Atualmente, uma das melhores alternativas é a energia limpa, como a energia solar.

Alternativa sustentável

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o investimento em energia solar bateu recorde no ano passado, 18% a mais que em 2016 e recebeu mais investimentos do que qualquer outro tipo de fonte de energia.

“Esses sistemas oferecem economia na conta de luz já no primeiro mês de uso e não tem reajuste tarifário. Além disso, tem uma vida útil superior a 25 anos e financiamentos para pagar em até 10 anos com juros de 2,5% ao ano, como é o caso dos produtores rurais. A vantagem é muito grande. É como sair do aluguel e ir para uma casa própria”, afirma o especialista em energia solar, Fernando Ronchi, diretor da Solar Inove, empresa cadastrada pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) para o fornecimento do sistema de energia solar fotovoltaica.

Energia solar fotovoltaica

De modo geral no Brasil, o custo total do sistema fotovoltaico é, em média, a metade do valor da energia elétrica convencional. Por exemplo, um sistema de energia solar fotovoltaico de 3.12 KWp tem um investimento de R$ 21 mil, que pode ser pago em até 10 anos. Em 25 anos (que é o tempo de garantia das placas), a energia gerada será de aproximadamente 118.800 Kwh, informou a Solar Inove.

Estimativas para 2024

Se dividirmos o valor do investimento pela energia gerada chegaremos ao preço de R$ 0,177/kWh ao longo desse período. Para se ter uma ideia, o valor do KW no Rio Grande do Sul, por exemplo, a média é de R$ 0,60. “Se formos literais, podemos concluir que a energia solar na verdade é gratuita. Nós pagamos é pelo sistema que transforma a energia solar em energia elétrica”, afirma Ronchi. De acordo com a Aneel, até 2024, serão mais de 800 mil unidades consumidoras que receberão créditos da energia solar, totalizando uma potência instalada de aproximadamente 3,2 GW.

Fonte: Sucessful Farming

Energia eólica cresce no país e já pode abastecer 22 milhões de casas

No Brasil, a água é o principal recurso de geração de eletricidade, mas os ventos já têm capacidade de produção semelhante à usina de Itaipu.


A energia gerada pelos ventos tem ganhado força no Brasil. Considerada complementar na matriz de produção elétrica nacional, que conta principalmente com a hidroeletricidade, a geração a partir da fonte eólica já é suficiente para abastecer cerca de 22 milhões de casas por mês no país.

O dado é da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), que também informou um fato inédito ocorrido em fevereiro deste ano: o segmento atingiu potência instalada (capacidade máxima de produção de uma fábrica) de 13 gigawatts (GW), volume quase igual ao produzido pela usina de Itaipu (14 GW), a maior hidrelétrica em território nacional.

No Brasil, a água é o principal recurso utilizado para produzir a eletricidade fornecida para residências, comércios e setor industrial. Toda essa energia gerada por recursos hídricos, assim como por outras fontes (eólica, solar, biomassa, gás natural etc.), é transmitida de norte a sul do país por meio do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Segundo a ABEEólica, o crescimento da geração elétrica por meio dos ventos conseguiu abastecer 11% de todo o território nacional no mês de setembro de 2017. Esse resultado tem como base a força de trabalho desempenhada por 518 parques eólicos e mais de 6.600 aerogeradores em operação.

“Além disso, abastecemos mais de 60% do Nordeste em vários momentos, na época que chamamos de ‘safra dos ventos’, que vai mais ou menos de junho a novembro”, explicou, em nota, Elbia Gannoum, presidente executiva da Abeeólica.

De acordo com dados do PDE 2026, publicação do Ministério de Minas e Energia (MME), a potência instalada do segmento eólico no Brasil chegará a 25,8 gigawatts (GW) em 2026 e terá participação de 12,5% na matriz total. Atualmente, o percentual é de 7,6%. Considerado detentor das condições mais favoráveis para esse tipo de produção, o litoral da Região Nordeste deverá registrar 90% da capacidade eólica total, estima a pasta.

Na avaliação do professor aposentado do curso de agronomia da Universidade de Brasília (UnB) Juan Verdésio, especialista em energias renováveis, as fontes eólica e fotovoltaica podem proporcionar segurança energética de forma complementar ao país, principalmente ao Nordeste, que atualmente sofre com déficit na geração de energia hidrelétrica, pois depende dos recursos hídricos do Rio São Francisco.

“O Nordeste é deficitário. Só tem usina no Rio São Francisco e, daqui a algum tempo, não será possível extrair água de lá para gerar energia. Ocorre, atualmente, o encaminhamento da eletricidade da Amazônia e da Região Sul para o Nordeste. Então, a produção eólica ajuda nesse sentido de dar segurança energética”, explicou.

O especialista também disse que a superfície terrestre é mais utilizada para a implantação de sistemas eólicos, mas o mar apresenta potencial considerável. “Há mais investimentos no litoral, em terra. Poderíamos ter usinas no mar, a turbulência do vento nesse ambiente é maior e acontece de forma mais uniforme. No exterior, existem muitas infraestruturas do tipo, mas requerem mais aplicação de recursos”, concluiu Juan Verdésio.


Ranking eólico nacional

Os líderes na produção de energia gerada pelos ventos em território nacional são: Rio Grande do Norte, primeiro colocado, com potência instalada de 3,7 gigawatts (GW); Bahia, na segunda posição, com 2,5 GW; e Ceará, em terceiro, com 1,9 GW.

Segundo o ranking mundial, divulgado em 15 de fevereiro deste ano pelo Global World Energy Council (GWEC), o Brasil ocupa o oitavo lugar. Em 2012, o país estava na 15ª posição.

Fonte: Metrópoles

Governo tem bilhões para geração caseira de energia, mas exclui Sul e Sudeste

Plano com R$ 3,2 bilhões para financiar placas fotovoltaicas, que será lançado nesta quarta (4), vale apenas para Norte, Nordeste e Centro-Oeste.


O Ministério de Integração Nacional lança nesta quarta-feira (4) a principal iniciativa para difundir a microgeração de energia solar no Brasil até o momento. Trata-se da oferta de R$ 3,2 bilhões para financiar a instalação de placas fotovoltaicas em residências e estabelecimentos comerciais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. O que se espera é que com a facilitação do pagamento, cresça o número de pessoas que geram a própria energia, reduzindo em até 90% as despesas com energia elétrica.

No entanto, essa medida não chega aos estados do Sul e do Sudeste, visto que os recursos do financiamento vêm dos fundos constitucionais destinados ao desenvolvimento socioeconômico das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, além do Norte de Minas Gerais e do Norte do Espírito Santo. Os fundos constitucionais não chegam ao Sul e ao Sudeste porque têm como objetivo, justamente, diminuir a disparidade de desenvolvimento entre as cinco regiões do país.

De acordo com o presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Lopes Sauaia, a iniciativa do governo federal é extremamente estratégica e relevante para o setor, visto que o acesso ao crédito seria o grande gargalo para o avanço da energia solar no país.

“A instalação das placas fotovoltaicas contribui diretamente na redução dos gastos com energia elétrica, geração de empregos de qualidade e com a sustentabilidade ambiental, por ser uma energia limpa”, pontua Sauaia. Segundo dados do presidente, a tecnologia permite a redução de 80% a 90% dos gastos mensais com energia.

O investimento para a instalação das placas em uma residência tem diminuído, e hoje é de cerca de R$ 15 mil para qualquer região do país. De qualquer forma, segundo Sauaia, o investimento é recuperado em, aproximadamente, cinco anos, sendo que a tecnologia tem vida útil de 25 anos. “Nem todo o brasileiro tem esse recurso disponível para investir. Por isso o financiamento é tão importante”, reforça.

As linhas de crédito serão oferecidas pelo Banco do Nordeste, Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Brasil com juros muito abaixo das taxas de mercado e prazos mais longos de pagamento. Até então, o financiamento para viabilizar o uso da energia fotovoltaica só era permitido para pessoas jurídicas e agricultores.

Números desanimadores

Apesar do imenso potencial, o Brasil está atrasado quando se trata de geração de energia solar. Existem cerca de 82 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no país, das quais menos de 30 mil – 0,04% do total – podem gerar de energia solar fotovoltaica, o que representa 0,04% do total.

O governo federal estima que em 2026 cerca de 770 mil consumidores terão adotado os sistemas fotovoltaicos, totalizando 3,3 gigawatts (GW), o equivalente 0,6% do consumo nacional de energia.

Mas a Absolar acredita que este número está subestimado. E diz que com apoio dos governos e de políticas públicas, seria possível ultrapassar um milhão de consumidores de energia solar ainda em 2025, o que representaria 4,5 GW, ou 1% do consumo do país.

A situação do Paraná

Com a restrição legal da área de abrangência dos fundos constitucionais, o financiamento não chega às regiões Sul e Sudeste do Brasil. Por isso, a Absolar tem trabalhado junto ao BNDES, à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil para que essas instituições passem a oferecer linhas de crédito a preços competitivos, de modo que os brasileiros que morem nessas regiões possam investir em energia solar, passando a produzir a própria energia em suas residências.

Além do trabalho junto às instituições financeiras públicas, os próprios estados têm tomado ações para incentivar a população a gerar energia renovável. Neste sentido, uma das principais medidas diz respeito ao Convênio ICMS 16, de 22 de abril de 2015, que autoriza que os estados isentem de ICMS as residências e empresas que produzam a própria energia. Vinte e quatro estados brasileiros já aderiram a este termo. Apenas três não finalizaram a adesão, são eles: Paraná, Amazonas e Santa Catarina.

“O Paraná ainda precisa fazer sua lição de casa no que diz respeito à energia solar”, critica Rodrigo Lopes Sauaia, presidente-executivo da Absolar. Para reverter essa situação, está marcada para o próximo dia 10, terça-feira, às 9h, a audiência pública “Otimização pública das energias solar, eólica, biomassa e outras no estado do Paraná”, na Assembleia Legislativa do Paraná.

Durante o evento, serão discutidos o incentivo ao uso das energias renováveis no Paraná e as ações públicas que precisam ser desenvolvidas para o avanço dessas tecnologias.

Estados com maior capacidade de geração de energia solar

Minas Gerais – 50,7 megawatts (MW) de capacidade instalada
Rio Grande do Sul – 30,2 MW
São Paulo – 26,8 MW
Ceará – 12,8 MW
Santa Catarina – 12 MW
Paraná – 11,4 MW
Rio de Janeiro – 11,1 MW

Fonte: Gazeta do Povo