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O QUE É EFICIÊNCIA ENERGÉTICA? (EE)


Fazer mais com menos energia. Isso é eficiência energética.

Este é o objetivo, é a base conceitual de trabalhos.

Eficiência energética é uma atividade que busca melhorar o uso das fontes de energia.

A utilização racional de energia chamada também simplesmente de eficiência energética, consiste em usar de modo eficiente a energia para se obter um determinado resultado. Por definição, a eficiência energética consiste da relação entre a quantidade de energia empregada em uma atividade e aquela disponibilizada para sua realização.

Exemplos da eficiência energética:

  • Iluminação:
Uma lâmpada tipo LED de 7W tem o mesmo nível de iluminamento que uma lâmpada incandescente de 60 W. OU seja, economia de 53 Watts por hora ou quase 90% de economia.

Além disto, a vida útil do LED é 50 vezes maior e o calor que é transferido para o ambiente é menor portanto locais climatizados gastarão menos energia para resfriar o ambiente.

  • Motores:
Em média, um motor de alto rendimento economiza de 20 a 30% de energia em relação a um motor tradicional.

Além disto, uma boa parte dos motores instalados possui potência maior que a necessária, portanto adequando a potencia do motor, haverá mais economia de energia elétrica.

  • Caldeira – Produção de vapor:
Muitas indústrias, hospitais e hotéis utilizam de caldeiras à gás ou elétricas para produzir vapor. A Cogeração, o reaproveitamento de gases de escape, o uso de placas solares são algumas das opções que uma ESCO (Empresa de Serviço de Energia) pode oferecer visando a redução de consumo de energia.

  • Climatização:
A cada momento, novas soluções e sistemas são apresentados ao mercado de climatização.

Um retrofit (troca de um sistema antigo por um novo) de um sistema com 15 a 20 anos de operação trará ao cliente final uma economia de 30 a 50% no custo da energia elétrica (depende do sistema e como foi dada a manutenção neste período), além da redução no custo de manutenção.

Fonte: Abesco

Minimalismo e ecoeficiência! Conheça o trailer dobrável que é abastecido por energia solar e eólica


Já escrevemos várias vezes sobre casas minimalistas e pessoas que optaram por um estilo de vida mais leve e desapegado. Mas nenhuma das histórias aqui já contadas uniu de forma tão bacana conforto, minimalismo e ecoeficiência como o sCarabane.


O veículo foi lançado pela Green Cat Technologiescom o objetivo de servir para acampamentos casuais, mas nada impede de alguém transformá-lo em sua própria casa. Com formato circular quando expandido, é possível reduzir o espaço de conveniência do trailer para facilitar sua locomoção. Isso tudo em questão de minutos!

O veículo ainda é equipado para produzir energia eólica e solar, sendo que os painéis fotovoltaicos estão instalados de forma que conseguem girar 360º e estacionar em qualquer ângulo para receber maior incidência da luz do sol. No total, o trailer é capaz de produzir 500 watts de energia solar e outros 500 de energia eólica.

O veículo possui dois quartos: um para o casal e outro para as crianças. Ambos os quartos têm saída para fora, dando a sensação de liberdade, quando necessário. O banheiro é equipado com vaso, pia, chuveiro e uma máquina de lavar louça. Já na cozinha cabe fogão, refrigerador e microondas.


Agora, para melhorar ainda mais, os desenvolvedores estão trabalhando em um sistema de captação e filtragem de água da chuva para equipar o trailer e, infelizmente, ainda não tem previsão de quando a tecnologia irá chegar ao mercado.


Confesso que fiquei ansiosa e, pela primeira vez, me vi adotando este estilo de vida com minha família. E você? Curte a ideia?


BANCO DE IMAGENS












Entenda o conceito de Ecologia Industrial


Vista como uma alternativa para alcançar o desenvolvimento sustentável e preservar o ecossistema, a Ecologia Industrial foi desenvolvida com o intuito de criar uma nova abordagem entre a indústria e o meio ambiente, buscando minimizar os impactos negativos que as atividades industriais vêm causando ao longo dos anos no planeta.

A Ecologia Industrial, portanto, está fundamentada em buscar alternativas e soluções mais sustentáveis para serem colocadas em prática dentro do sistema industrial. O objetivo é reduzir os impactos ambientais, que vão desde a extração de recursos até o transporte desses produtos. Aqui no Brasil esse conceito ainda é novo, mas nos Estados Unidos, Japão e alguns países da Europa, a Ecologia Industrial já é bastante aplicada dentro das empresas.

Qual o conceito de Ecologia Industrial?

Pode-se definir Ecologia Industrial como um processo extremamente minucioso e extenso, que possui uma visão diferenciada e integrada de todos os componentes do sistema industrial e suas relações com o ecossistema. A estratégia tem como objetivo implementar o processo dentro do sistema industrial, sendo caracterizada por quatro elementos principais:
  • Aperfeiçoamento do uso de recursos;
  • Conclusão dos ciclos de materiais e diminuição das emissões;
  • Desmaterialização das atividades;
  • Diminuição e eliminação da dependência de fontes não-renováveis de energia.
  • Maior eficiência energética e hídrica;
  • Diminuição da poluição;
  • Uso mais eficiente dos recursos e matéria-prima;
  • Diminuição do desperdício;
  • Reutilização e reciclagem dos resíduos;
  • Redução dos custos operacionais.
Principais Vantagens da Ecologia Industrial
  • Maior eficiência energética e hídrica;
  • Diminuição da poluição;
  • Uso mais eficiente dos recursos e matéria-prima;
  • Diminuição do desperdício;
  • Reutilização e reciclagem dos resíduos;
  • Redução dos custos operacionais.

Asfalto ecológico é utilizado em obras de pavimentação da BR-277

Crédito: Guilherme Pupo

Você sabia que a BR-277, trecho que liga Curitiba ao litoral paranaense, é pavimentada com asfalto ecológico? A iniciativa é da Ecovia Caminho do Mar, concessionária responsável pela administração da malha rodoviária. A empresa realizou os primeiros testes para empregar o material em 2003. Cinco anos depois, a solução passou a ser utilizada para recuperação do pavimento na rodovia.

Também conhecido como asfalto-borracha, ele surge como uma alternativa mais durável, sustentável e segura para o tráfego de motoristas e demais usuários. É produzido com pneus de caminhão sem condições de uso – e que seriam descartados. “Somente em 2016, foram utilizados mais de 7,5 mil pneus de caminhões para confecção do asfalto. Ou seja, aproveitamos um material que estaria largado no meio ambiente”, afirma Raul Boff, gerente de atendimento ao usuário da Ecovia.

Vantagens do asfalto ecológico

Basicamente, o material é produzido a partir da mistura de pó de borracha (pois o pneu é moído) e cimento asfáltico de petróleo (CAP). O resultado é um asfalto que proporciona maior nível de aderência ao veículo em comparação ao modelo convencional. Além disso, segundo a ANIP – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos –, ele dura aproximadamente 40% a mais do que o asfalto comum utilizado nas demais rodovias. “Além disso, diminui o tempo de interdição da estrada”, complementa o gerente de atendimento.

Outras vantagens são:
  • Redução de temperatura em até 40°C
  • Economia de energia
  • Diminuição das emissões de CO²
  • Alta viscosidade
Cenário

Boff explica que, no momento, a Ecovia Caminho do Mar só faz a administração da rodovia BR-277, ficando fora do eixo Rio de Janeiro e São Paulo. No entanto, desde 2008 o asfalto ecológico é aproveitado em novas obras da rodovia. Diz que, no futuro, a tendência é ser aproveitado em outras estradas do País.

FONTE: Portal AECweb

Baterias ecológicas: três tecnologias baratas e duráveis


Enquanto as baterias dos aparelhos eletrônicos retomam sua indesejável mania explosiva, sem alternativas à vista à atual tecnologia de íons de lítio, um outro campo do armazenamento de energia continua florescendo com um vigor invejável.

As baterias estacionárias estão sendo desenvolvidas para atuar junto à rede elétrica, guardando grandes quantidades de energia de forma química, em grandes tanques.

Isso deverá amenizar o problema da intermitência das fontes renováveis de energia e abrir caminho para a geração distribuída, em que cada consumidor poderá se transformar em um produtor de energia.

Como a geração nessas duas fontes pode ser errática, as baterias líquidas - nas quais a energia é guardada não na própria bateria, mas em tanques - deverão eliminar as oscilações e garantir que a rede de distribuição receba sempre um suprimento constante de eletricidade.

Como é um setor emergente, tem havido uma preocupação de que ele já nasça mais verde do que as fontes de energia que deverão ser substituídas, e pelo menos tão ecológico quanto as fontes solar, eólica ou das ondas e marés. Aqui estão três dessas novas tecnologias estão se candidatando para ocupar essa posição. Quem vencer, deverá herdar um mercado na casa das centenas de bilhões de dólares.

1 - Bateria de água do mar

Com vistas ao uso residencial, a equipe está usando sua célula básica (esquerda) para construir pequenas baterias de água do mar (direita) - Foto: Unist.

Os engenheiros do Instituto de Ciência e Tecnologia de Ulsan, na Coreia do Sul, estão trabalhando em uma bateria que usa água do mar.

A bateria usa sódio como meio de armazenamento da eletricidade. A vantagem é que o uso da água do mar reduz o risco de incêndios, já que essa tecnologia exige temperaturas de funcionamento muito elevadas, na casa das centenas de graus.

Como não exige nenhuma fonte externa de energia para funcionar, exceto a água e o sal, a bateria sul-coreana poderá ser fabricada em escala menor, podendo servir a indústrias e até residências, e como sistema de suprimento de energia de emergência.

Para demonstrar essa possibilidade, além dos protótipos em larga escala, a equipe pretende construir versões portáteis, capazes de produzir cerca de 20 Wh - para comparação, uma família de quatro pessoas consome cerca de 10 Wh por dia.


2 - Bateria atóxica e não-corrosiva

No protótipo, a energia está em frascos minúsculos - na prática deverão ser tanques do tamanho dos usados em refinarias - Foto: Kaixiang Lin

A equipe da Universidade de Harvard, nos EUA, está apostando em uma bateria de fluxo redox que armazena a eletricidade em moléculas orgânicas dissolvidas em água com pH neutro.

Essa nova química permite fabricar uma bateria não-corrosiva e atóxica com um tempo de vida excepcionalmente longo. O protótipo funcionou por mais de 1.000 ciclos perdendo apenas 1% de sua capacidade original, menor até do que as baterias de lítio.

"Como conseguimos dissolver os eletrólitos em água neutra, esta é uma bateria de longa duração que você poderia colocar em seu porão. Se ela vazar no chão, não vai corroer o concreto, e, como o meio é não-corrosivo, você pode usar materiais mais baratos para construir os componentes das baterias, como os tanques e bombas," disse o professor Roy Gordon.

3 - Bateria de ureia

Para construir sua biobateria, Michael Angell e Hongjie Dai, da Universidade de Stanford, nos EUA, estão apostando na ureia, o mesmo composto usado para fabricar fertilizantes - Imagem: Michael Angell

Para construir sua biobateria, Michael Angell e Hongjie Dai, da Universidade de Stanford, nos EUA, estão apostando na ureia, o mesmo composto usado para fabricar fertilizantes.

"Então, essencialmente, o que você tem é uma bateria feita com alguns dos materiais mais baratos e mais abundantes que você pode encontrar na Terra. E ela de fato tem bom desempenho," disse Dai. "Quem teria pensado que você poderia pegar grafite, alumínio, ureia e construir uma bateria que pode ciclar por um tempo bastante longo?"

O protótipo de demonstração da bateria carrega em 45 minutos e já suportou milhares de ciclos. O objetivo da equipe é chegar a uma versão que possa durar por pelo menos 10 anos, para justificar os investimentos em sistemas de armazenamento de energia em larga escala.

Fonte: EcoD/Via Inovação Tecnológica

BIKE WASHING MACHINE: QUE TAL LAVAR A ROUPA PEDALANDO?


Bike Washing Machine, ou b.w.m, a máquina de lavar roupa do futuro que funciona à base do pedal. Em todo o mundo, já existem vários projetos de máquinas de lavar roupa usando a energia cinética dos pedais, mas este modelo realmente se parece com uma bicicleta ergométrica.

Trata-se de um projeto de design criado por alunos chineses da Dalian Nationalities University. A máquina aproveita os movimentos que fazemos enquanto pedalamos, para lavar a roupa sem gastar energia elétrica.



Os projetistas combinaram dois conceitos muito simples: pedalar e lavar roupa são coisas comuns a todos ou a quase todos nós. Pedalar na rua ou na academia é um dos exercícios mais difusos e então por que não tentar misturar o prazer ao esforço ou à obrigação?


A energia gerada pelo pedal permite que a máquina de lavar funcione e, qualquer energia extra poderia ser armazenada para uso posterior.

Traga saúde e conveniência para sua vida


Bacana! Mas ainda não está claro se a bicicleta-máquina-de-lavar-roupa poderia substituir totalmente uma máquina de lavar roupas (mesmo que com pequenas quantidades de peças). Como fazer o enxágue, por exemplo? Mas por ora, isso é apenas um projeto de design que vislumbra o futuro: green, saudável e econômico :)

É possível ser eficiente energeticamente sem perder o conforto?


Atualmente, existe um assunto que circula em todos os setores e segmentos do Brasil – energia elétrica – ou melhor, como tornar tudo o mais eficiente energeticamente. Diante do cenário energético do País, a preocupação com um possível desabastecimento e a realidade do aumento do seu preço, fez com que novas tecnologias se tornassem mais atrativas e novos hábitos fossem adquiridos.

A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) estima que somente com desperdício de energia elétrica por ineficiências, o Brasil gaste 4600 MW, valor equivalente a uma usina de Belo Monte. Além disso, de acordo com o Balanço Energético Nacional 2015 (BEN), aproximadamente 50% da energia do País é consumida por prédios, sendo que cada prédio consome em média 48% da energia elétrica com ar condicionado, segundo o Ministério de Minas e Energia. Diante de números tão expressivos, é necessário dar grande peso à eficiência energética desses sistemas, sem esquecer da necessidade de conforto e a necessidade de climatização dos ambientes.

O mercado de HVAC-R (sigla para ar condicionado) já previa a necessidade de balancear esta equação, com isso inovações tecnológicas foram desenvolvidas e produtos aprimorados, para que o condicionador de ar não seja o vilão da conta de energia. Alinhados com essa necessidade, empresas e associações surgiram com o objetivo de testar os equipamentos independentemente dos fabricantes, como a AHRI nos EUA e a Eurovent na Europa. 

Esses testes geram certificações que se tornaram valorizadas pelo mercado, além de listar os fabricantes com o melhor desempenho, dando início a corrida pela eficiência energética entre os fabricantes, que foram estimulados a incorporar o que há de melhor dentre as soluções e a buscar novidades, por meio de inovações tecnológicas. As certificações de prédios estimularam a utilização das melhores soluções, pois exigem níveis de economia de energia que são atingidos somente com as melhores práticas e equipamentos.

Para definir o sistema de ar condicionado ideal e o mais eficiente energeticamente, muitos aspectos devem ser analisados, em alguns casos o investimento inicial é crucial, pois grandes sistemas de ar condicionado representam aproximadamente metade do valor investido em equipamentos nas edificações, bem como no custo operacional do empreendimento ao longo de sua vida útil. No entanto, é indispensável analisar a vida útil do prédio, construído para durar décadas, e a vida útil média de um sistema de ar condicionado de grande porte, de 15 a 20 anos. Dessa forma, o custo acumulado ao longo da vida útil supera com facilidade o custo de aquisição dos produtos.

Com as atenções voltadas para eficiência energética e o conhecimento de que o investimento gera retorno a curto e médio prazo, diversas iniciativas têm sido adotadas pelo mercado. Cabe aos fabricantes a responsabilidade de desenvolver os melhores produtos e tecnologias se antecipando as necessidades dos consumidores corporativos ou privados, além de informar o mercado sobre a correta aplicação dos produtos desenvolvidos. 

As tecnologias não se resumem somente a aplicação de inversores de frequência aos produtos, mas todas as opções que permitam atingir os maiores níveis de eficiência energética possíveis, tanto em carga plena como em carga parcial. Também é importante o desenvolvimento de tecnologias que permitam projetos mais eficientes, com reaproveitamento de calor, automação de uso para evitar desperdícios como funcionamento sem usuários, e possibilidade de monitoramento contínuo com facilidade, para manutenção preventiva ao invés de corretiva. Fontes de energia alternativas têm se tornado tendência, tanto por motivos de custos como de planejamento energético do País, com opções a gás natural ganhando força.


Além da incorporação de tecnologias em produtos e projetos para economia de energia, existe também uma busca por refrigerantes alternativos. Embora a maior parte dos refrigerantes utilizados hoje em dia não danifique a camada de ozônio, os mais populares (como R-134a e R-410A) tem potencial de efeito estufa mil vezes maior que o CO2. Em uma boa instalação, independentemente de qual seja o produto, o refrigerante não vaza, mas caso ocorra um acidente, ou o serviço não seja realizado da forma correta, esse vazamento afetará a atmosfera com o equivalente a toneladas de CO2, já que instalações maiores têm tipicamente dezenas de quilos de refrigerante. Na Europa, existem tentativas de utilizar a Amônia como refrigerante (em locais abertos e isolados, pois a amônia é nociva aos seres humanos) e outros refrigerantes, como o R-32. Na Ásia, são realizados estudos para desenvolver equipamentos viáveis com o próprio CO2como refrigerante.

Em outra frente, cabe aos projetistas a utilização dos melhores produtos nas melhores condições possíveis, explorando todo o potencial de economia daquela tecnologia. Somente um projetista especialista em ar condicionado terá a capacidade de atingir esse máximo, sendo a aplicação especialmente importante em projetos mais complexos, como em sistemas de água gelada. A participação do projetista é fundamental em projetos que afetam a climatização, como a renovação de ar, ou mesmo o espaço destinado aos equipamentos. Também cabe aos demais projetistas buscarem as melhores práticas arquitetônicas, ao agente comissionador garantir que o sistema opere conforme projetado, a empresa de manutenção preservar o sistema e seus equipamentos nas condições de melhor funcionamento. Como uma aliada a todas as etapas existem as ferramentas de simulação, que cada vez mais proporcionam uma análise mais precisa do que traz bons resultados e do que não vale a pena devido aos custos proibitivos.

Por último, mas crucial no processo, o consumidor deve buscar continuamente as últimas novidades do mercado, em termos de produtos e práticas, pois as diferenças são significativas. É importante conscientizar que os gastos ao longo da operação do prédio devem ter peso maior na análise, que os gastos para aquisição dos equipamentos, pois o custo de operação certamente será maior. O setor está passando por uma onda de inovação, tanto na busca de aperfeiçoar as tecnologias existentes, como na busca de novas tecnologias, e o consumidor é quem deve se beneficiar disso. O futuro da eficiência energética em condicionadores de ar está mais próximo do que se imagina.

por Daniel Fraianeli, especialista de Ar Condicionado Comercial da LG Electronics

Arquitetura ecológica x Arquitetura sustentável


Apesar do versus no título, a arquitetura ecológica e a arquitetura sustentável não são antagônicas, ao contrário são tão parecidas em conceito que muitos consideram como expressões sinônimas, a diferença muitas vezes é mais um caso de ênfase do que uma definição precisa.

Por ser um questionamento frequente, vamos tentar esclarecer as diferenças e semelhanças destes dois termos.

Definição de Arquitetura ecológica:

Para melhor compreensão, começamos com o conceito de ecologia. A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos”, que significa casa, e “logos”, estudo. Em 1869, o cientista alemão Ernst Haeckel foi o primeiro a usar este termo para designar o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.

Logo, a arquitetura ecológica é aquela que tem cuidado especial com a integração do edifício com o meio ambiente, procurando causar o menor impacto possível à natureza.

Está associada à técnicas passivas de construção, como iluminação e ventilação natural, às estratégias verdes, como os jardins verticais e os telhados verdes, ao aproveitamento da água da chuva, e ao uso de materiais locais e naturais como por exemplo; a terra, o bambu, tijolos ecológicos, entre outros.


Definição de Arquitetura sustentável:

O conceito de sustentabilidade é mais novo e mais difícil de definir. O termo “sustentável” tem origem do latim sustentare, que significa sustentar, apoiar e conservar. A definição mais conhecida é a do relatório Brundland, (1987) da ONU – “desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem a suas necessidades e aspirações”.

Mas muitos estudiosos, discutem e complementam esta definição. Por exemplo Leonardo Boff no seu artigo Sustentabilidade: tentativa de definição disse: ” Esse conceito é correto mas possui duas limitações: é antropocêntrico (só considera o ser humano) e nada diz sobre a comunidade de vida (outros seres vivos que também precisam da biosfera e de sustentabilidade)”.

Outra definição muito usada é o tripé da sustentabilidade, que é formado por três elementos; econômico, ambiental e social. Esse conceito foi criado nos anos 1990 pelo sociólogo britânico John Elkingtonque.


Portanto a arquitetura sustentável é aquela que busca minimizar os impactos ao meio ambiente, sendo ecologicamente correta, mas também deve promover o desenvolvimento social e cultural, além de ser viável no âmbito econômico.

O tema dominante na construção sustentável é a eficiência energética e hídrica, para alcançá-la pode-se usar as mesmas técnicas passivas da construção ecológica, mas além disso, também pode ser adicionado o uso de novas tecnologias que otimizam a edificação, como por exemplo o uso de painéis solares fotovoltaicos, materiais fabricados em escala industrial e sistemas de automação, entre outros.

Tem que ser levado em conta também a saúde dos usuários, o ciclo de vida da edificação e dos materiais; incluindo a qualidade e a durabilidade, além dos fatores sociais, como por exemplo a condição de trabalho dos funcionários envolvidos na obra.


Afinal qual a diferença entre Arquitetura sustentável e Arquitetura ecológica?

Esta claro que os conceitos são semelhantes. Uma edificação ecológica pode ser sustentável e uma edificação sustentável pode ser ecológica, mas não necessariamente.

Uma construção ecológica pode não ser sustentável, quando, por exemplo, apesar de não agredir o meio ambiente o edifício tiver um ciclo de vida curto, ou a necessidade constante de manutenção que torne o uso financeiramente inviável, ou até quando não forem cumpridos os direitos dos trabalhadores.

Como dissemos no início, os conceitos são mais uma questão de ênfase e tem significados diferentes para cada pessoa. Para muitos a própria definição de arquitetura, da boa arquitetura, já quer dizer uma arquitetura sustentável ou ecológica.

O importante é ao projetar ter em mente todos os conceitos acima, independente do nome, até porque dificilmente uma edificação será 100% sustentável, por mais cuidado que se tenha ao pensá-la, sempre existe algum tipo de impacto, seja ele ambiental, social ou econômico. Mas o ideal é que seja o menor impacto possível.

Menino de 13 anos descobre forma mais eficiente de captar energia solar


Não, nós não erramos na conta! O jovem Aidan Dwyer tinha mesmo apenas 13 anos de idade quando desbancou a comunidade adulta científica e descobriu, sozinho, uma maneira mais eficiente de produzir energia solar.

Como? Apenas, observando a natureza. É que o projeto de Aidan para a produção de eletricidade a partir do sol imita a estrutura de uma árvore. O menino se deu conta de que as plantas têm formas irregulares e, mesmo assim, cumprem muito bem sua função de coletar luz solar para fazer fotossíntese. Então, por que as placas fotovoltaicas que usamos atualmente para produção de eletricidade precisam ser planas?

Eis a questão: Aidan descobriu que elas não precisam (e nem devem) ser retas. Após muita pesquisa na internet, o menino conseguiu montar a “placa fotovoltaica perfeita”: ela parece uma árvore (só que metálica) e possui painéis solares em diferentes níveis. Com a engenhoca (pasmem!) é possível produzir até 20% mais energia solar do que com os modelos atuais. É ou não é genial?

A ideia é tão boa que Aidan já virou celebridade no mundo científico: o garoto foi premiado pelo American Museum of Natural History, dos EUA, e até participou da conferência World Future Energy, da ONU. Nada como a simplicidade das crianças para nos mostrar que, às vezes, tudo o que precisamos fazer é observar e aprender com a sabedoria da natureza…

Assista, abaixo, à palestra do garoto na conferência PopTech.


5 Vantagens do Telhado Branco


O telhado branco, é uma solução prática e de baixo custo, para diminuir a temperatura nos ambientes, segundo o pesquisador Akbari Hashem, do Lawrence Berkley National Laboratory, dos Estados Unidos.

Estudos comprovam que pintar um telhado de branco pode reduzir entre 40% à 70% a temperatura nos ambientes, com capacidade de reduzir também em até 96% os raios UV, e refletir mais 80% os raios solares, no qual pode gerar uma economia de energia elétrica em torno de 30% nas edificações.

Para conscientizar a todos sobre a importância de combater o aquecimento global e incentivar as pessoas a pintarem seus telhados de branco foi lançado em 2009 a Campanha One Degree Less (Um Grau a Menos) pela ONG Green Building Council que é entidade sem fins lucrativos, que auxilia o desenvolvimento da construção sustentável. Outra medida de incentivo foi aplicada na Califórnia, Estados Unidos, onde existe uma lei que exige que os prédios comerciais tenham os telhados pintados de branco.

Imagem: obviousmag.org

Conheça as 5 Vantagens do telhado branco:

1. Diminuição das ilhas de calor

Ilhas de calor é o nome que se dá a um fenômeno climático que ocorre principalmente nas cidades com elevado grau de urbanização. Nessas áreas urbanas as temperaturas podem variar de 1 a 6ºC a mais em comparação as áreas rurais próximas.

2. Diminuição da emissão de CO2

CO2 é a representação química do dióxido de carbono (também conhecido como gás carbônico), é um composto químico constituído por dois átomos de oxigênio e um átomo de carbono. Atualmente é um dos grandes problemas da sociedade moderna em função da queima de combustíveis fósseis (diesel, gasolina, querosene, carvão mineral e vegetal). A grande quantidade de dióxido de carbono na atmosfera é prejudicial ao planeta, pois ocasiona o efeito estufa e, por consequência, o aquecimento global.

3. Reduz o consumo de energia

Os ambientes ficam menos quentes com o uso de telhado branco, refletindo a radiação solar, há uma menor necessidade do uso de aparelhos de ar condicionado, ventiladores e condicionadores de ar. Em média, gasta-se de 20 a 70% a menos de energia do que anteriormente para esfriar o ambiente.

4. Ajuda a refletir os raios solares

A cor branca reflete a radiação solar, reduzindo a absorção de calor. Quanto mais escura a tinta, mais a superfície absorve os raios solares e mais quente o ambiente fica.

5. Maior vida útil para os telhados

A aplicação é fácil, e logo após a aplicação pode sentir o efeito da diferença de temperatura. As tintas específicas impermeabilizam e protegem os telhados, evitando a proliferação de fungos. Normalmente a manutenção é aplicar a cada 5 anos.


Importante: Não esqueça de utilizar uma tinta de boa qualidade e adequada ao uso, pois a cobertura está sempre sujeita à intemperes. Tintas não apropriadas são suscetíveis ao aparecimento de fungos escuros, necessitando frequente manutenção, o que deixa de ser sustentável.

Pintar o telhado branco é uma boa opção, mas procure sempre um especialista para analisar o seu caso. Para quem vai construir, pode escolher um modelo de telha com alto índice de refletância solar (SRI acima de 78), ou se tem uma laje, outra opção seria o telhado verde.

Aluno da UECE desenvolve kit de Eficiência Energética


O aluno do curso de Mestrado Acadêmico em Ciências Físicas Aplicadas, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Laércio Peixoto do Amaral Júnior, e diretor técnico da empresa CONPSYS SOLUÇÕES EM ELETRICIDADE E TELECOMUNICAÇÕES desenvolveu um kit de Eficiência Energética alimentado por energia solar, que tem como finalidade o resgate da cidadania por meio da implementação de energias renováveis. O material foi desenvolvido pelo aluno sob orientação do professor Lutero Carmo de Lima, do Mestrado que é coordenado pelo também professor Emerson Mariano da Silva.

O kit foi desenvolvido no Laboratório de Energias Renováveis e usa painéis solares, controlador e inverso, e pode ser acoplado com lâmpadas eficientes e com bombas de irrigação para diversas aplicações na cidade e no campo. A pesquisa, que faz parte de um projeto de parceria com a Secretaria de Agricultura do Estado do Ceará, é constituído de duas lâmpadas Tuboled de 18W cada, que substitui as fluorescentes tradicionais, e três lâmpadas LED de 3W alimentadas com placas fotovoltaicas e seus acessórios (controladores, inversores, etc).

O diferencial foi a instalação do kit em um triciclo motorizado proporcionando a movimentação do kit em demonstrações junto as comunidades.

O resgate da cidadania está em proporcionar a redução de carga das unidades consumidoras dos cidadãos com direito a baixa renda, que hoje perdem o seu benefício em função do consumo mensal (ver tabela abaixo). Por desconhecimento, tais consumidores adquirem lâmpadas incandescentes de 100 W a R$ 1,00 e as utilizam para clarear a faixada das suas casas e seus compartimentos. Não sabem que uma única lâmpada de 100W consome 36 kwh se ligadas de 18h a 6 da manhã(12 horas/dia). Levando em consideração que ele possui pelo menos 5 lâmpadas desta em sua casa, corre o risco de perder integralmente o subsídio em sua conta de luz.


O kit (lâmpadas led), se ligado todo dia de 18 as 6h(12 horas/dia) representa um consumo mensal de 10,44 kWh mês, retornado o cliente para primeira faixa, qual seja, R$ 0,12 /kwh, isentando-o de ICMS e de contribuição iluminação.

Como valor agregado, o cliente poderá se tornar um microprodutor de energia, conforme resolução 482 da ANEEL, ou se tornar um cliente OFF-GRID (consumidor isolado da rede) para os casos em que não existe acesso a energia tradicional da concessionária local.

O kit faz parte de um projeto de parceria com a Secretaria de Agricultura do Estado do Ceará e já foi exposto na EXPOECE (2013), na sétima feira da agricultura Familiar (FECEAF-jul/2014) e na feira de Agronegócios de Brejo Santo (EXPOBREJO) sendo nesta última, agora no fim de agosto/2014 com apoio institucional do Sindienergia e com sucesso absoluto.


O Ceará dispõe de 3,3 milhões de clientes de energia tradicional (dados 2013) onde 1,5 milhões são baixa renda. Destes, 15 mil perderam integralmente o benefício e 750 mil perderam parcialmente o benefício por estarem com um consumo mensal entre 31 e 220 kwh). Eis o por que do resgate da cidadania.

Vantagens dos tijolos ecológicos


O que é um tijolo ecológico?

Os tijolos ecológicos mais conhecidos são os feitos com uma mistura de solo, cimento e água, e são sobre eles que vamos comentar. Os elementos são misturados de forma homogenia e compactados por prensas manuais ou hidráulicas, recebendo até 6 toneladas de pressão.

Também são chamados de tijolo modular ou tijolo de solo-cimento. Diferentemente do tijolo convencional não precisa ser cozido em fornos, eliminando assim a utilização de lenha e a emissão de gases de efeito estufa pela queima. Por norma técnica, os tijolos devem ter, no mínimo, resistência de 2.0 mpa.

10 Vantagens dos tijolos ecológicos:

1 – Não polui o meio ambiente. Não precisa ser cozido em fornos, eliminando assim a utilização de lenha e a emissão de gases de efeito estufa pela queima.

2 – Obra limpa. A construção modular favorece a limpeza e diminui a geração de entulho.

3 – Economia. Permite um melhor aproveitamento dos materiais evitando desperdícios. No custo final pode gerar uma economia de até 50% com relação a alvenaria convencional.

4 – Resistência. Pode ser até 6 x mais resistente do que o tijolo comum.

5 – Isolamento termoacústico. Os furos no meio dos tijolos formam câmaras de ar que auxiliam no isolamento térmico, regulando a temperatura interna e no isolamento acústico, diminuindo os ruídos externos.

6 – Diminuição do tempo de construção. Os encaixes favorecem o alinhamento e prumo da parede, podendo reduzir o tempo da construção em até 30% com relação a alvenaria convencional.

7 – Melhor acabamento. Suas faces lisas, dispensam acabamentos, pode ser utilizado apenas com um impermeabilizante. O assentamento dos azulejos também pode ser feito diretamente sobre os tijolos. Caso seja desejado algum acabamento, permite a redução da espessura da camada de reboco.

8- Maior segurança. As colunas são embutidas em seus furos, distribuindo melhor a carga de peso sobre as paredes.

9 – Facilitam as instalações elétricas e hidráulicas. Toda a tubulação é embutida em seus furos dispensando o quebra- qubra de paredes.

10 – Diminui a utilização de cimento e de madeira. No caso do cimento a economia pode ser de até 80% Da madeira de até 100% no uso das caixarias dos pilares, vergas e contra-vergas. 

Imagem: Ecoprodução


Cuidados a serem tomados na utilização dos tijolos ecológicos:

– Tanto o projetista, quanto o executor devem ter conhecimento básico do sistema modular e da sua técnica de aplicação e montagem. O projeto deve levar em conta as dimensões modulares do tijolo e ter especificações hidráulicas e elétricas bem planejadas.

– Ao escolher o fornecedor, certifique-se que o produto segue as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e passou por testes de compressão e absorção de umidade. Verifique também as dimensões.

– Assim como todos os materiais construtivos, deve-se analisar a adequação do uso em cada caso especifíco, e sempre contar com a consultoria de um arquiteto e engenheiro.

Grande projeto de Estradas Inteligentes na Holanda


O projeto do designer holandês Daan Roosegaarde ganhou o nome de Smart Higways (Rodovias Inteligentes), e promete revolucionar as estradas do futuro. Para começar, as faixas desenhadas na pista são pintadas com uma tinta especial que capta a luz solar durante o dia e a transforma em iluminação noturna que dura cerca de 10 horas. Com isso, a iluminação da rodovia passa a ser energeticamente eficiente, eliminando o uso das fontes tradicionais.


Além disso, a pista interage com o motorista, o informando sobre a temperatura do ambiente, a força do vento e até mesmo se a pista está escorregadia, através de representações de flocos de neve que brilham quando as temperaturas estão baixas. Uma faixa especial funciona como carregador de carros elétricos e luzes com sensores de aproximação acendem a cada passagem de veículos pelo trecho. Tal solução não só permite a economia de energia elétrica, como pode salvar vidas em zonas rurais, onde não existe iluminação.


Vale a pena ver mais sobre a rodovia no vídeo:


o QUE É Utilização racional de energia?


Para utilizar racionalmente a energia e como tal reduzir os consumos, não basta ter equipamentos energeticamente eficientes, é fundamental instala-los/utiliza-los corretamente e adaptar hábitos de consumo que promovam a racionalização energética.


  • Utilização racional de energia - Máquina de lavar / secar
  • Máquinas de lavar / secar roupa
Quando pretender adquirir uma máquina de lavar / secar roupa tenha sempre em atenção os seus consumos bem como o respectivo custo da energia (utilize o simulador de consumos para verificar a melhor opção). (Vídeo: Utilização racional da máquina de lavar roupa)
Caso a máquina não disponha de um sistema de pesagem da roupa, ativar a opção de meia carga sempre que ocorra uma lavagem com meia carga. Do ponto de vista energético, é sempre recomendável a lavagem com carga completa.  

A temperatura da lavagem deve ser ajustada em cada lavagem, de forma a preservar os tecidos e a reduzir o consumo de energia.

Utilize detergentes de pré-lavagem aplicados diretamente sobre as zonas mais sujas da roupa, em vez de programas intensos e a temperaturas elevadas.

A centrifugação é responsável por uma parcela significativa do consumo de energia num ciclo de lavagem, bem como pela deterioração dos tecidos, pelo que esta deverá ser reduzida ao mínimo, por outro lado se a roupa tiver muita água e se a máquina tiver um sistema de secagem será consumida mais energia na secagem.

No caso das máquinas de secar, o consumo de energia é maior quanto mais seca se quiser que fique a roupa. Ou seja, para poupar energia, mais vale deixá-la ligeiramente umedecida, até porque, desse modo, será mais fácil de passar.  

De forma a assegurar o correto funcionamento da máquina, limpe regularmente o filtro de escoamento de água.
  • Máquinas de lavar / secar louça  
Quando pretender adquirir uma máquina de lavar / secar louça tenha sempre em atenção os seus consumos bem como o respectivo custo da energia (utilize o simulador de consumos para verificar a melhor opção).

Tal como nas máquinas de lavar roupa, algumas máquinas de lavar louça dispõem de um sistema de pesagem que, em função da carga registada regulam a quantidade de água para lavagem o que permite uma redução do consumo de água e como tal de energia, as que não dispõem deste sistema permitem a opção de meia carga, que deverá ser ativada sempre que a máquina estiver nessas circunstâncias, sendo recomendada, do ponto de vista energético, a lavagem com carga completa.

A louça muito suja necessita de programas de lavagem mais demorados e agressivos, pelo que é de todo aconselhável que a louça seja previamente passada por água de forma a remover a sujidade maior, daqui resultando a utilização de programas de lavagem mais ligeiros e como tal menos consumo de energia. Por outro, lado a remoção dos resíduos maiores significa menos deposição no filtro de evacuação da água e como tal menos manutenção.

Sempre que armazenar louça suja no interior da máquina para futura lavagem, accione o programa de enxaguamento, pois que consome pouca energia e facilita grandemente a lavagem futura, na qual poderá recuperar a energia “investida”, pela utilização de um programa de lavar mais ligeiro.

Após o enxaguamento, mantenha a porta da máquina fechada para evitar que a louça seque.

Sempre que possível utilize um programa de lavagem alternado (tabuleiro superior / tabuleiro inferior), pois que utiliza menos energia e os resultados da lavagem são melhores.
Confira sempre a quantidade de sal e abrilhantador de forma a que a lavagem seja realizada nas condições adequadas, evitando assim futuras relavagens.

Antes de ligar a máquina, certifique-se de que os braços de lavagem rodam sem tocar na louça evitando danos nos braços e na louça.

Evite lavagens a alta temperatura nas louças mais frágeis como cristais, porcelanas, louças com pinturas, alguns plásticos e talheres com cabo de osso ou madeira, para evitar danos na louça e reduzir o consumo de energia.

Resguarde os detergentes da luz e da umidade, de forma a não se degradem as suas propriedades.

Uma vez por semana, limpe o filtro da sua máquina.



Quando pretender adquirir um frigorifico ou uma arca tenha sempre em atenção os seus consumos bem como o respectivo custo da energia (utilize o simulador de consumos para verificar a melhor opção).

O frio verificado no interior de um frigorifico ou de uma arca, é gerado pela permuta de calor entre o interior e o exterior do equipamento, daí resultando a libertação de calor pela grelha colocada na sua parte traseira. 

Para que as trocas de calor se realizem eficazmente, é fundamental que esta grelha se encontre limpa e que o ar circule livremente nessa zona, ou seja deve ser respeitada a distância à parede (indicada pela sua documentação técnica) e assegurar que o ar quente acumulado na parte superior dissipe livremente. É ainda fundamental que perto do frigorífico não existam fontes quentes como seja o fogão ou estar sob a incidência direta dos raios solares.

Nunca coloque alimentos quentes no interior de um frigorifico ou de uma arca.

Por estes equipamentos terem um regime de funcionamento contínuo, é fundamental que se assegure do perfeito estado de conservação do seu isolamento térmico, nomeadamente a borracha de vedação da porta (sempre a que abrir o frigorifico ou a arca deverá sentir uma ligeira prisão no movimento, caso contrário a borracha encontra-se danificada), evitando ao máximo a saída de ar frio. Deve ainda reduzir ao mínimo, o tempo de abertura da porta nos frigoríficos e arcas verticais.

O gelo acumulado nos tubos de refrigeração funciona como isolante térmico, pelo que é importante assegurar descongelamentos regulares (pelo menos 1 vez por ano) ou optar por um frigorífico equipado com um sistema No Froste, evitando assim a acumulação de gelo e como tal, consumos desnecessários.

A temperatura de funcionamento do frigorífico deverá ser regulada em função da temperatura exterior, sendo que em caso de ausência prolongada a temperatura deverá ser reduzida de forma a manter os alimentos em bom estado de conservação.

Evite a utilização de sacos plástico no acondicionamento de alimentos, pois que bloqueia a circulação do ar. Nunca encha em demasia o frigorífico nem guarde alimentos quentes.


Utilização racional de energia - Confecção de alimentos

Quando pretender adquirir um forno ou fogão tenha sempre em atenção os seus consumos bem como o respectivo custo da energia associada (utilize o simulador de consumos para verificar a melhor opção).

Sempre que seja atingida a fervura, reduza a intensidade da fonte de calor até ao ponto em que a fervura se mantenha no mínimo, uma vez que a temperatura de ebulição da água nunca é ultrapassada por mais intensa que seja a temperatura da fonte de calor.

De forma a minimizar as perdas energéticas, tape sempre os tachos e panelas quando está a cozinhar.

As panelas de pressão, por elevarem a pressão durante a cozedura, cozinham os alimentos mais rapidamente, como tal utilizam menos energia.

Para evitar perdas de energia, é importante garantir que o fundo dos recipientes abarque toda a extensão da chama/placa.

As placas eléctricas tipicamente têm uma inércia térmica elevada, ou seja demoram “muito” tempo a aquecer e a arrefecer, pelo que para assegurar uma boa eficiência energética do equipamento deve desligar a placa um pouco antes do término da cozedura. 

Estas placas transferem calor por condução térmica, assim é fundamental que o fundo do recipiente abarque toda a área de placa e que seja perfeitamente plano, garantido o contacto entre a placa e o utensílio de cozinha em toda a sua extensão.

À excepção das placas de indução, as placas vitrocerâmicas transferem calor por radiação, assim de forma a maximizar a sua eficiência, é aconselhável que o fundo dos recipientes utilizados seja escuro, uma vez que o preto é a cor que mais radiação absorve, por outro lado a sua base deverá ocupar toda a área da placa.

De forma garantir as elevadas performances energéticas dos fornos microondas, deve-se manter sempre limpo o interior destes fornos.  


  • Potência para climatização  
Antes de pensar em aquecer/arrefecer um espaço pense em evitar as fugas/entradas de calor, fechando portas e colocando cortinas.  

A eficiência de um ar condicionado, depende em grande medida da adequação da sua potência às características do local a climatizar e do número de ocupantes, pelo que, sempre que possível, é indicada a consulta de um técnico especializado, ainda assim poderá utilizar como referência os valores da Tabela: Potência para climatização.

Nota: Os valores apresentados têm em consideração uma ocupação média de 2 pessoas. Para cada ocupante a mais, adicionar 600 BTU’s.
  • Instalação de um sistema de ar condicionado
A máquina exterior deverá ser instalada num local arejado mas protegido da incidência direta dos raios solares, colocando, se necessário, uma pala de sombreamento.

A máquina interior deve ser instalada de forma a que o ar seja livremente projetado para área a climatizar, evitando a interposição de cortinas ou outras barreiras à livre circulação do ar.  

Deve-se evitar a incidência direta do ar nos ocupantes do espaço climatizado.

A instalação eléctrica deve dispor de um dispositivo de proteção por cada ar condicionado instalado. 
  • Manutenção do ar condicionado  
Os filtros do ar condicionado, quinzenalmente, deverão ser lavados com água e sabão neutro.

Para limpeza exterior deverá assegurar-se que o equipamento se encontra sem energia (desligando a tomada ou o respectivo disjuntor no quadro eléctrico) e só depois limpar com um pano macio embebido umedecido com água morna e sabão neutro. Por fim seque com uma flanela seca.

Anualmente deverá ser realizada uma manutenção interna a todo o sistema de ar condicionado, de forma a evitar a acumulação de resíduos no condensador e no evaporador, que prejudicam grandemente a sua eficiência e podem chegar a danificar o equipamento.    
  • Utilização do ar condicionado
Para garantir a eficiência do ar condicionado, é fundamental que mantenha as portas e janelas de acesso ao exterior fechadas.  

Se pretender ligar o ar condicionado após o ter desligado, aguarde pelo menos três minutos para evitar eventuais danos no equipamento. 

A temperatura de conforto térmico depende grandemente do estado físico e psicológico do individuo, da roupa que tem vestida, da sua actividade física, etc, no entanto, estatisticamente, verificam-se os 18 ºC para o Inverno e os 22 ºC para o verão como temperaturas de conforto, sendo que o ar condicionado verá estar regulado para valores desta ordem de grandeza.  

Caso existam crianças, será de todo aconselhado o bloqueio do comando do ar condicionado de forma a evitar a desregulação do sistema, e como tal, consumos energéticos exagerados.



Preferencialmente opte pela instalação de lâmpadas fluorescentes (compactas ou tubulares) porque apesar de serem mais caras consomem 5 vezes menos energia e duram 8 a 10 vezes mais que as lâmpadas incandescentes.

Sempre que possível, deverão ser instalados sistemas automáticos que em função da presença/ausência dos ocupantes dos espaços assim ative ou desative os sistemas de iluminação, desta forma evitam-se consumos desnecessários.  

Evite ao máximo a iluminação de áreas desocupadas da sua casa.

Adeque a potência das lâmpadas às necessidades de iluminação evitando utilizar lâmpadas de potência excessiva.

Prefira sempre a iluminação natural, pois é de melhor qualidade e gratuita.



Consuma apenas a quantidade de água estritamente necessária.

Caso disponha de em esquentador com sistemas de ignição manual, desligue a chama piloto logo que terminar a sua utilização.

Sempre que possível regule a temperatura da água quente de forma a evitar a utilização de água fria para a temperar.

No dia a dia opte por duches e reduza ao mínimo a sua duração.

Utilize economizadores de água nas torneiras e chuveiros.

Caso disponha de um termoacumulador, verifique regularmente o seu isolamento de forma a evitar perdas desnecessárias.

Caso o seu termoacumulador eléctrico não o permita, instale um dispositivo que permita programar o aquecimento da água em períodos noturnos.  

Preceda a uma revisão periódica do seu sistema de aquecimento de águas de forma a garantir o seu bom funcionamento.


Utilização racional de energia - Produção de energia

A generalidade dos sistemas autônomos e produção de energia necessitam de manutenção periódica, de forma a garantir o seu bom funcionamento e as adequadas condições de segurança. De forma a proceder à correta manutenção do seu sistema, certifique-se que o instalador lhe fornece toda a informação necessária e na posse dessa informação, compra à risca, todos os procedimentos de manutenção descritos nos manuais técnicos dos equipamentos e de acordo com a informação recolhida junto do seu instalador.


  • Consumo em Standby
É cada vez mais frequente a utilização de equipamentos comandados à distância, que estão sempre prontos a entrar em funcionamento, ou por outro lado equipamentos que incorporam sistemas electródicos em permanente funcionamento.  

Para que esta “maravilha” seja possível, o equipamento nunca estará desligado, mas antes em estado de Standby, ou seja, é necessário preservar um conjunto de funcionalidades em permanente funcionamento, de forma a que sempre que o utilizador o deseje, o equipamento entre de imediato em funcionamento, ou seja programado para se ativar autonomamente a uma determinada hora. Este conjunto de funcionalidades consome energia. Tabela: Consumo em Standby.

Podemos estimar que, por habitação, se consomem, em média, cerca de 36 Wh na alimentação eléctrica dos dispositivos de Standby, à primeira vista não parece excessivo, mas se pensarmos à escala nacional, tendo em conta que existem 3.391.000 habitações (fonte: Eurostat), concluímos que é necessário produzir 122 MWh para alimentar estes dispositivos, pouco mais de metade da energia produzida em todas as centrais hídricas do país em 2003 (cerca de 276 MWh).

Para evitar todo este desperdício energético, sempre que possível, desligue os equipamentos, garantindo que não permanece acesa nenhuma luz indicativa do seu estado de Standby. Sempre que se ausentar por grandes períodos (ex: férias), desligue os equipamentos da tomada de corrente ou no quadro eléctrico, por uma questão de segurança e porque muitos dos equipamentos eletrônicos, apesar de desligados, contiguam a consumir energia para, por exemplo, manter em funcionamento os seus relógios internos.