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Bosch vai neutralizar suas emissões de CO2 até 2020

Com a compra de energia limpa, objetivo é compensar todo o gás de efeito estufa emitido em 400 endereços no mundo.

O CEO do Grupo Bosch, Volkmar Denner: meta de zerar emissões líquidas de CO2 já em 2020

No mesmo dia em que divulgou os resultados financeiros de 2018 com faturamento global recorde, a Bosch anunciou que vai neutralizar todas as suas emissões de CO2 até 2020. O objetivo é chegar ao fim do ano que vem com a compensação total do gás de efeito estufa emitido em todos os 400 endereços do grupo alemão no mundo, incluindo unidades de engenharia, manufatura e administração. 
“Nós vemos a ação climática como nossa responsabilidade e acreditamos que este é o momento certo de agir. Não estamos começando do zero. Temos excedido nossas metas para a redução relativa das emissões de carbono. Agora chegou no momento de estabelecer metas absolutas. Que comece a contagem final”, afirmou Volkmar Denner, presidente mundial do Grupo Bosch.
A Bosch informa que já reduziu as emissões de carbono de suas operações globais em quase 35% desde 2007, mas ainda emite cerca de 3,3 milhões de toneladas de gás de efeito estufa por ano. Se atingir a meta autoimposta, será a primeira empresa industrial a zerar todas as emissões líquidas de CO2. Para isso, a estratégia do grupo é comprar e utilizar mais eletricidade de fontes limpas e renováveis, neutras em carbono, como hidrelétrica, eólica e solar. Até 2030, a Bosch vai direcionar cerca de € 1 bilhão para aumentar gradualmente a quantidade de energia renovável que gera e compra, além de investir € 1 bilhão em processos e maquinário para aumentar a eficiência energética de suas plantas. Ou seja, a neutralidade em carbono deverá custar cerca de € 2 bilhões nos próximos 10 anos. 

Empresas industriais globais como a Bosch podem contribuir de forma significativa para a redução do aquecimento terrestre, tendo em vista que a manufatura é responsável por cerca de 32% das emissões globais de dióxido de carbono, segundo dados da Agência Internacional de Energia. O setor industrial, portanto, tem alto potencial para ajudar países a atingir as metas do acordo climático de Paris ratificado em 2015, para manutenção do aquecimento global abaixo de dois graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. “Todos devem contribuir para a ação climática”, afirma Denner.

Capacidade de energia solar no Brasil avança 10 vezes em dois anos

Participação na matriz energética nacional passou de 0,1% para 1,4% entre 2016 e 2018

Foto: American Public Power Association/Unsplash

De acordo com o Caderno ODS 7 – O que mostra o retrato do Brasil?, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 2016 e 2018, a capacidade instalada de energia solar no Brasil pulou de 0,1% para 1,4% de toda a matriz energética nacional. No período, 41 mil novas usinas dessa fonte renovável foram instaladas, com boa aceitação.

Segundo José Mauro de Morais, autor do Caderno ODS 7, a participação percentual da energia solar ainda é pequena, porém mostra que o Brasil está acordando para a sua importância. Se somada a participação das fontes solar e eólica, os dados revelam que a capacidade de geração de energia elétrica dessas duas fontes renováveis já chegou a 10,2% em dezembro de 2018. Por causa desse aumento, as demais fontes de energia diminuíram sua participação relativa, especialmente a capacidade das usinas térmicas que usam combustíveis fósseis.

A pesquisa aponta ainda o que isso representa em consumo de energia. Nas residências, em função do número de domicílios que substituirão os chuveiros elétricos por aquecimento solar e por gás natural, no aquecimento de água, a conservação de energia elétrica deverá ser equivalente a 4% do consumo em 2027, quando comparado com o consumo de 2017. Enquanto isso, na energia elétrica, os ganhos de eficiência projetados permitirão, em 2027, economizar 41 TWh (terawatt-hora). Para efeitos comparativos, a economia corresponde à geração de uma usina hidroelétrica com potência instalada de cerca de 10 GW, equivalente à soma da parte brasileira da Usina Hidrelétrica (UHE) de Itaipu e da UHE de Xingó, em Alagoas/Sergipe.

Energia dos ventos

O país passou do 15º lugar no ranking mundial de capacidade instalada de energia eólica, em 2012, para a 8ª posição em 2017 (GWEC, 2018). Para 2024, foi projetado que a capacidade atingirá 19,042 GW, com base nos investimentos que estão sendo realizados para atender à demanda nos leilões de contratação de energia da Aneel e com as outorgas do mercado livre.

Menos petróleo

Quanto ao combustível total que deve ser poupado em 2027, a projeção é de cerca de 318 mil barris por dia, ou aproximadamente 10% do petróleo produzido no país em 2017, ou seja, o Brasil consumirá 116 milhões de barris de petróleo a menos em 2027.

Emissões de gás

O Brasil é uma das lideranças mundiais quando o assunto são fontes naturais de energia. A participação das renováveis na matriz energética elevou-se de 42,4%, em 2012, para 43,2%, em 2017, posicionando o setor de energia do Brasil como um dos menos intensivos em emissões de carbono do mundo. Isso significa que o país está bem próximo de efetivar o compromisso assumido no Acordo de Paris: alcançar participação de todas as energias renováveis na matriz energética de 45% em 2030.

Em um mundo primeiro, o Reino Unido declara uma emergência climática


Em uma vitória por protestos pacíficos e pelo planeta, o parlamento do Reino Unido é agora o primeiro órgão legislativo nacional do mundo a proclamar uma emergência de mudança climática. A decisão vem logo após os grandes protestos da Extinction Rebellion, que atingiu o tráfego de Londres durante uma semana no mês passado.

O líder do Partido Trabalhista Jeremy Corbyn propôs a declaração de emergência. “Hoje, temos a oportunidade de dizer: 'Ouvimos você'”, disse Corbyn ao parlamento. “Ao nos tornarmos o primeiro parlamento do mundo a declarar uma emergência climática, poderíamos, e espero que sim, desencadear uma onda de ação dos parlamentos e governos em todo o mundo.”

A declaração foi uma das várias exigências feitas pela Rebelião da Extinção. Extinção As outras demandas da Rebelião pedem que a Grã-Bretanha elimine todas as emissões de carbono até 2025 e que as assembleias de cidadãos sejam responsáveis ​​por elaborar essas iniciativas, em vez das potencias.

Michael Gove, secretário de meio ambiente da primeira-ministra conservadora Theresa May, reconheceu o perigo da mudança climática. “Não apenas saúdo a oportunidade que este debate proporciona, como também quero deixar claro que, deste lado da casa, reconhecemos que a situação que enfrentamos é uma emergência”, disse Gove. “É uma crise, é uma ameaça, que todos nós temos que nos unir para nos encontrar.”

Gove e Corbyn prometeram confrontar Donald Trump em sua posição ambiental quando o presidente dos EUA visitar o Reino Unido em junho. Muitos municípios e regiões do Reino Unido também declararam emergências climáticas, incluindo Escócia, País de Gales, Manchester e Londres, observando que o relógio está diminuindo para a habitabilidade da Terra por humanos. Como um sinal foi içado por uma criança de escola escocesa durante os protestos do mês passado disse: "Os dinossauros pensaram que também tinham tempo".

Via Reuters, The Guardian
Imagem via David Holt

Novo cartão de crédito limita gastos com base em emissões de carbono

Nesta primavera, a empresa de tecnologia financeira sueca Doconomy lançou o primeiro serviço bancário e cartão de crédito para gerenciar suas finanças pessoais e suas emissões diárias de carbono. O DO Black Card é um esforço colaborativo com a Doconomy, Mastercard e a Secretaria de Mudanças Climáticas da ONU. O cartão complementa os serviços bancários existentes dos usuários, mas o aplicativo que acompanha acompanha as emissões de carbono associadas a cada compra do cartão de crédito e limita o titular do cartão e os limites estabelecidos para eles mesmos.


O Cartão de Crédito DO não é apenas o primeiro a rastrear explicitamente as emissões de carbono associadas às compras de finanças pessoais; o cartão físico também é feito de materiais de origem biológica e impresso com tinta a ar, uma tinta reciclada feita com partículas poluidoras como a fuligem encontrado nas chaminés.

Em 2015, 175 países assinaram o Acordo de Paris das Nações Unidas, prometendo cortar suas emissões de carbono. Grandes empresas também estão desenvolvendo políticas para reduzir as emissões, mudar para energia renovável ou participar de programas de cap and trade. Os cidadãos de todo o mundo estão cada vez mais conscientes dos impactos da mudança climática e estão fazendo escolhas mais ecológicas em suas vidas diárias, como a redução do uso de plástico. No entanto, como menciona Doctonomy, o dinheiro é a nossa “ferramenta mais poderosa para enfrentar a mudança climática em nossa ação diária”. Através do lançamento deste cartão, a empresa “bancário com consciência” decidiu reduzir o consumo insustentável, reduzir as emissões de carbono e compensar. para emissões inevitáveis.

“As pessoas também estão pensando sobre o meio ambiente em suas vidas diárias, inclusive tomando decisões mais informadas sobre o que compram. É por isso que temos o prazer de saudar esta iniciativa da Doconomy”, disse a secretária executiva da ONU para Mudança Climática, Patricia Espinosa.

Os portadores de cartões também têm a oportunidade de doar diretamente para os projetos verdes certificados das Nações Unidas , como a substituição de fogões tradicionais a lenha por fogões eficientes no Malauí ou a construção de parques eólicos na Índia. Os portadores de cartão também recebem créditos para fazer compras “ecologicamente corretas” com as lojas participantes.

Via Dezeen

TECNOLOGIA VAI ENTREGAR FUTURO ENERGÉTICO DE BAIXO CUSTO NA ESCÓCIA


No dia 15 th de maio, nós vamos estar no Baixo Carbono Escócia Estratégia Conferência Projetos em Edimburgo. Na conferência, teremos o primeiro vislumbre da Lei de Mudanças Climáticas do governo escocês, que compromete a Escócia a reduzir suas emissões de CO2 em 66% até 2032.

O Projeto de Lei sobre Mudanças Climáticas estabelece uma estrutura de esquemas de eficiência energética de tecnologias sustentáveis ​​e renováveis, armazenamento de energia, habitação, planos de cidades inteligentes e responsabilizará os principais tomadores de decisão pelo desempenho ambiental de seus ativos, propriedades e instalações.

A estratégia estabelece dois novos objetivos para o sistema energético escocês até 2030: o equivalente a 50% da energia para o calor, transporte e consumo de eletricidade da Escócia a ser fornecido a partir de fontes renováveis ​​e um aumento de 30% na produtividade do uso de energia em todo o Economia escocesa.

Com essa visão, o Governo Escocês comprometeu-se com mais de 60 milhões de libras para fornecer soluções inovadoras de infraestrutura de energia de baixo carbono em toda a Escócia, como armazenamento de bateria elétrica, sistemas de aquecimento sustentáveis, residências inteligentes e carregamento de veículos elétricos.

Como fornecedor de Soluções Fotovoltaicas Solares Integradas, estamos particularmente interessados ​​em como o Governo abordará a eficiência energética e como tecnologias como a nossa serão usadas para melhorar o uso e o gerenciamento de energia nas casas, prédios, processos industriais e manufatura da Escócia. A estratégia coloca uma ênfase acentuada no papel econômico do setor de energia, benefícios e potencial tanto das tecnologias estabelecidas quanto daquelas que ainda estão surgindo - o apoio às novas tecnologias é fundamental para o Reino Unido atingir com sucesso as metas ambiciosas de CO2 e combater a pobreza de combustível.

A estratégia habitacional da Escócia representa uma enorme oportunidade para a BIPVco posicionar-se como um fornecedor premium de soluções solares integradas para as novas residências inteligentes energeticamente eficientes da Escócia. O governo escocês planeja construir mais de 50.000 casas a preços acessíveis até 2021, parte das 295.000 casas que precisarão ser construídas no Reino Unido todos os anos até 2037 para atingir as metas. A atividade escocesa de energias renováveis ​​está começando a aumentar, particularmente no novo setor de construção civil, onde as condições de planejamento muitas vezes significam que os construtores de casas incluem automaticamente tecnologias renováveis ​​para aquecimento e eletricidade em novos desenvolvimentos.

O governo escocês também usará uma revisão futura dos padrões de energia dentro do Regulamento de Construção e a próxima Estrutura de Planejamento Nacional examinará o papel da energia solar e de outras tecnologias renováveis. Uma das metas contínuas de energia renovável é que pelo menos 100.000 casas tenham adotado alguma forma de tecnologia de calor ou eletricidade renovável individual ou comunitária para aquecimento de espaço e ou água até 2020.

A "Lei de Casas Domésticas" do governo escocês também se comprometerá a combater a espinhosa questão da pobreza de combustíveis, melhorando a eficiência energética dos edifícios da Escócia. Como parte da Estratégia de Combate à Pobreza a Combustível do governo, o Projeto de Lei do Programa de Aquecimento Doméstico estabelecerá uma nova meta estatutária de pobreza de combustível para ajudar a garantir que progresso seja feito nessas questões e que o apoio seja dado àqueles que mais precisam de ajuda aquecer suas casas.

Com as soluções renováveis ​​alcançando agora o topo da agenda energética, a oportunidade de mercado está, sem dúvida, presente para inovadores e fornecedores de energia como nós. Com investimento adequado e uma estrutura robusta definida pelo governo, o caminho é claro para a tecnologia perceber a mudança. A BIPVco já está investindo, desenvolvendo e fornecendo a melhor tecnologia que ajudará a entregar nosso futuro energético de baixo custo.

Uso de energia renovável cresce, mas não impede recorde histórico de emissão de CO2

Energia solar apresenta as maiores taxas de crescimento, mas ainda representa uma fatia muito pequena da geração global de eletricidade

USINA À BASE DE CARVÃO. MATERIAL RESPONDE POR CERCA DE 30% DAS EMISSÕES DE CO2 RELACIONADAS À PRODUÇÃO DE ENERGIA, SEGUNDO A IEA (FOTO: PEXELS)

O uso de fontes renováveis de energia cresceu 7% em 2018, segundo o relatório anual da Agência Internacional de Energia (IEA) recém-divulgado. O aumento da demanda global por essas fontes foi equivalente a todo o consumo de energia elétrica no Brasil, na casa dos 450 TWh (terawatt-hora, ou a mil vezes um gigawatt-hora).

As fontes solar fotovoltaica, eólica e hídrica de energia representaram, cada uma, algo próximo de um terço do crescimento da energia renovável no ano passado. A bioenergia, gerada a partir de materiais orgânicos, representou os cerca de 5% restantes.

Mas, apesar da maior demanda pela energia renovável, esta ainda respondeu por uma parte menor (45%) do aumento da oferta energética global no ano passado. O restante é gerado por queima de carvão, outros combustíveis fósseis e gás natural.

A energia solar fotovoltaica foi a modalidade cuja demanda mais cresceu (em termos proporcionais) em 2018, segundo a IEA. Com alta de 31% no ano passado, ela dobrou sua capacidade instalada em apenas três anos, chegando agora a 534 GW. Deste total, 44 GW foram adicionados só pela China ano passado. O Brasil tem, ao todo, 2 GW de capacidade instalada para produção de energia solar fotovoltaica, e vem aumentando rapidamente sua participação nesse mercado.

Crescendo menos aceleradamente (12% em 2018), a energia eólica manteve ritmo semelhante ao visto no ano anterior, segundo a IEA. Mais popular no Brasil, que tem 14 GW de capacidade instalada em turbinas movidas pelo vento, essa fonte de energia também foi impulsionada pela China, que instalou mais 5 GW de capacidade de produção, chegando a 20 GW.

FONTE EÓLICA CRESCE, MAS AINDA REPRESENTA APENAS 5% DA GERAÇÃO GLOBAL DE ENERGIA (FOTO: THINKSTOCK)

Já a energia hidrelétrica, a mais utilizada por aqui, teve crescimento bem mais modesto no mundo todo — de apenas 3%. Ainda assim, trata-se da maior fonte de energia renovável, responsável por 60% de toda energia gerada a partir desses recursos.

Emissões de CO2 atingem recorde

Apesar dos números aparentemente favoráveis, a energia renovável ainda representa apenas um quarto de todo o consumo global. Considerado por ambientalistas o meio mais poluente de geração de energia, o carvãoainda é responsável pela maior parte da eletricidade gerada, e seu uso continuou crescendo em 2018.

Também por isso, apesar da adoção cada vez maior de fontes renováveis de energia, as emissões de CO2 relacionadas ao setor energético atingiram em 2018 o recorde histórico de 33,1 Gigatoneladas (GT) de dióxido de carbono — composto cuja presença no ar é considerada um dos maiores causadores do aquecimento global.

Tais emissões cresceram 1,7% no ano passado, a maior taxa vista desde 2013. Somente o CO2 adicionado no período, em relação a 2017, equivale a toda poluição gerada pela aviação internacional.

O uso das termelétricas cresceu 0,7% no ano passado, segundo a IEA, e fez com que o carvão respondesse por mais de 10 GT das emissões de CO2 — quase um terço do total.

Enquanto Estados Unidos e Europa reduziram sua dependência do carvão, a China, apesar de ter intensificado a sua troca por fontes de energia mais sustentáveis, ainda aumentou o uso das usinas à base de carvão em 5,3%. 

Somadas todas as fontes geradoras, o consumo de energia subiu 2,3% em 2018, impulsionado por um crescimento econômico mais robusto que o visto nos anos anteriores.
Ranking

Veja abaixo o ranking das fontes de energia mais usadas para a geração de eletricidade em 2018:

1 - Carvão (38% do total)
2 - Gás (23%)
3 - Hídrica (16%)
4 - Nuclear (10%)
5 - Vento/energia eólica (5%)
6 - Bioenergia e petróleo (3%)
7 - Solar fotovoltaica (2%)

Uso de energia renovável cresce, mas não impede recorde histórico de emissão de CO2

Energia solar apresenta as maiores taxas de crescimento, mas ainda representa uma fatia muito pequena da geração global de eletricidade.

USINA À BASE DE CARVÃO. MATERIAL RESPONDE POR CERCA DE 30% DAS EMISSÕES DE CO2 RELACIONADAS À PRODUÇÃO DE ENERGIA, SEGUNDO A IEA (FOTO: PEXELS)


O uso de fontes renováveis de energia cresceu 7% em 2018, segundo o relatório anual da Agência Internacional de Energia (IEA) recém-divulgado. O aumento da demanda global por essas fontes foi equivalente a todo o consumo de energia elétrica no Brasil, na casa dos 450 TWh (terawatt-hora, ou a mil vezes um gigawatt-hora).

As fontes solar fotovoltaica, eólica e hídrica de energia representaram, cada uma, algo próximo de um terço do crescimento da energia renovável no ano passado. A bioenergia, gerada a partir de materiais orgânicos, representou os cerca de 5% restantes.

Mas, apesar da maior demanda pela energia renovável, esta ainda respondeu por uma parte menor (45%) do aumento da oferta energética global no ano passado. O restante é gerado por queima de carvão, outros combustíveis fósseis e gás natural.

A energia solar fotovoltaica foi a modalidade cuja demanda mais cresceu (em termos proporcionais) em 2018, segundo a IEA. Com alta de 31% no ano passado, ela dobrou sua capacidade instalada em apenas três anos, chegando agora a 534 GW. Deste total, 44 GW foram adicionados só pela China ano passado. O Brasil tem, ao todo, 2 GW de capacidade instalada para produção de energia solar fotovoltaica, e vem aumentando rapidamente sua participação nesse mercado.

Crescendo menos aceleradamente (12% em 2018), a energia eólica manteve ritmo semelhante ao visto no ano anterior, segundo a IEA. Mais popular no Brasil, que tem 14 GW de capacidade instalada em turbinas movidas pelo vento, essa fonte de energia também foi impulsionada pela China, que instalou mais 5 GW de capacidade de produção, chegando a 20 GW.

FONTE EÓLICA CRESCE, MAS AINDA REPRESENTA APENAS 5% DA GERAÇÃO GLOBAL DE ENERGIA (FOTO: THINKSTOCK)

Já a energia hidrelétrica, a mais utilizada por aqui, teve crescimento bem mais modesto no mundo todo — de apenas 3%. Ainda assim, trata-se da maior fonte de energia renovável, responsável por 60% de toda energia gerada a partir desses recursos.

Emissões de CO2 atingem recorde

Apesar dos números aparentemente favoráveis, a energia renovável ainda representa apenas um quarto de todo o consumo global. Considerado por ambientalistas o meio mais poluente de geração de energia, o carvãoainda é responsável pela maior parte da eletricidade gerada, e seu uso continuou crescendo em 2018.

Também por isso, apesar da adoção cada vez maior de fontes renováveis de energia, as emissões de CO2 relacionadas ao setor energético atingiram em 2018 o recorde histórico de 33,1 Gigatoneladas (GT) de dióxido de carbono — composto cuja presença no ar é considerada um dos maiores causadores do aquecimento global.

Tais emissões cresceram 1,7% no ano passado, a maior taxa vista desde 2013. Somente o CO2 adicionado no período, em relação a 2017, equivale a toda poluição gerada pela aviação internacional.

O uso das termelétricas cresceu 0,7% no ano passado, segundo a IEA, e fez com que o carvão respondesse por mais de 10 GT das emissões de CO2 — quase um terço do total.

Enquanto Estados Unidos e Europa reduziram sua dependência do carvão, a China, apesar de ter intensificado a sua troca por fontes de energia mais sustentáveis, ainda aumentou o uso das usinas à base de carvão em 5,3%. 

Somadas todas as fontes geradoras, o consumo de energia subiu 2,3% em 2018, impulsionado por um crescimento econômico mais robusto que o visto nos anos anteriores.

Ranking

Veja abaixo o ranking das fontes de energia mais usadas para a geração de eletricidade em 2018:

1 - Carvão (38% do total)
2 - Gás (23%)
3 - Hídrica (16%)
4 - Nuclear (10%)
5 - Vento/energia eólica (5%)
6 - Bioenergia e petróleo (3%)
7 - Solar fotovoltaica (2%)

FONTE: ÉPOCA NEGÓCIOS

Energia renovável não é suficiente para resolver o problema de sustentabilidade do Bitcoin

A energia renovável não resolverá o problema de sustentabilidade do Bitcoin (BTC), de acordo com um especialista em blockchain Big Four, empresa de auditoria PwC, Alex de Vries. De Vries apresentou seu argumento em um estudo publicado no periódico sobre energia sustentável Cell, em 14 de março.


A pesquisa cita estimativas do site de Vries, segundo o qual o Bitcoin consumia de 40 terawatts-hora (TWh) a 62,3 TWh ao longo de 2018. Segundo o documento, isso equivale ao consumo de energia de países como a Hungria (40,3 TWH) e Suíça (62,1 TWh).

De Vries cita uma pesquisa publicada em 2014 que estima que o consumo de energia de todo o setor financeiro pode chegar a 650 TWh de energia por ano. Ainda assim, De Vries aponta que isso inclui data centers, agências bancárias e caixas eletrônicos. A estimativa de consumo de energia do Bitcoin considera apenas a mineração e não os caixas eletrônicos de Bitcoin e terceiros confiáveis, como bolsas, provedores de carteira e provedores de serviços de pagamento.

De acordo com os dados citados, os datacenters mundiais consumiram cerca de 194 TWh em 2014, e devem aumentar em cerca de 3% (para 200 TWh) até 2020. As instalações de mineração Bitcoin supostamente usam pelo menos 20% (40 TWh) desta capacidade.

De Vries também observa que a pegada de carbono de uma transação com Bitcoin supera a de uma transação bancária tradicional sem caixa. Ele afirma que, em tal contexto, o Bitcoin consome 491,4 kWh para 765,4 kWh por transação, enquanto uma transação não-caixa tradicional tem uma pegada de carbono de 0,4 kWh. Isso coloca a pegada anual de carbono do Bitcoin entre 19,0 e 29,6 milhões de toneladas métricas de CO2. 

A pesquisa conclui que os grandes custos de energia e externalidades do Bitcoin, como a rápida substituição do hardware de mineração, significam que a energia renovável é insuficiente para lidar com o problema de energia do Bitcoin. 

Em vez disso, de Vries sugere que há alternativas para energia do Bitcoin do Trabalho (PoW mecanismo) como prova da Estaca (PoS) pode impedir que “tanto o consumo de energia extrema, bem como o incentivo ao desenvolvimento especializado (propósito singular) [ASIC] hardware."

Em dezembro de 2018, cofundador da Ethereum (ETH) Vitalik Buterin afirmou que futuros blockchain com sharding baseados em PoS serão “milhares de vezes mais eficientes”.

Em maio de 2018, Alex de Vries publicou um artigo chamado “Problema Crescente de Energia do Bitcoin”, no qual ele afirmava que a rede da Bitcoin usaria meio por cento da energia mundial até o final daquele ano.

Endesa busca que 10% dos funcionários circulem em um carro elétrico

O Plano de Mobilidade Elétrica para Funcionários da empresa conseguiu que 663 trabalhadores circulassem com zero emissões

A empresa Endesa lançou a quinta edição do seu Plano de Mobilidade Elétrica para Colaboradores, com o objetivo de promover o uso de veículos elétricos na Espanha.

A empresa está buscando 200 funcionários para se juntar aos 663 trabalhadores que já aderiram aos Planos anteriores e para conseguir isso, em cinco anos, 10% da força de trabalho une a mobilidade elétrica de uma maneira particular.

Os carros elétricos ainda não chegam a 2% das vendas totais, mas o mercado de veículos elétricos está dobrando ano após ano na Espanha. Desse valor, seis de cada 100 carros elétricos vendidos na Espanha durante o período de vigência do Plano Endesa, lançado em 2015, foram adquiridos pelos trabalhadores da empresa. Madri é a Comunidade Autônoma com o maior número de boas-vindas (44% dos veículos comprados por funcionários foram vendidos), seguida pela Catalunha, Andaluzia e as ilhas, ambas as Ilhas Baleares e as Ilhas Canárias.

Em quatro anos, os veículos elétricos particulares dos funcionários da Endesa viajaram mais de 23 milhões de quilômetros e impediram a emissão para a atmosfera de mais de 3.400 toneladas de CO 2 recorrente a cada ano, bem como a emissão de partículas e NOx, contribuindo assim para a melhoria da qualidade do ar nas cidades.

A nova edição do Plano inclui acordos com diferentes fabricantes de carros elétricos, para que o funcionário possa escolher entre os sete modelos que foram oferecidos. Todos os modelos são 100% elétricos e com autonomias aprovadas de até 450 km, em alguns casos.

A Endesa também quer aumentar a conscientização sobre a necessidade de eletrificar o transporte e incentivar o uso de veículos elétricos, a empresa lhes dá preferência no estacionamento de sua sede corporativa.

Além disso, os funcionários podem optar por um incentivo econômico concedido pela empresa para colaboração na divulgação do Plano. Os funcionários também contam com o apoio de um escritório de projetos, criado desde a primeira edição, para atender a todas as solicitações de informações, acompanhar o funcionário e solucionar todas as suas dúvidas durante o processo.

E a empresa também ofereceu várias facilidades para a compra de um ponto casa que carrega através da solução abrangente veículo eléctrico que permite a instalação, manutenção, garantia e financiamento para menos de 1 euro por dia.

Pela primeira vez, os cientistas transformam o dióxido de carbono de volta no carvão


Quando se trata de captura e armazenamento de carbono, os pesquisadores têm se tornado criativos, transformando o dióxido de carbono em tudo, de CO ao ácido oxálico, para o processamento de elementos da terra, por exemplo. Agora, parece que eles estão voltando à sua origem, transformando-o em carvão sólido.

De volta às partículas de carbono

Pela primeira vez na história, uma equipe de pesquisa liderada pela RMIT University, em Melbourne, na Austrália, desenvolveu uma nova técnica que pode converter o CO2 de volta em partículas de carbono, diminuindo a poluição, removendo os gases do efeito estufa de nosso ambiente.

A solução oferece uma abordagem mais viável do que muitos dos sistemas atuais de captura e armazenamento de carbono que comprimem o CO2 em uma forma líquida com o objetivo de injetá-lo no subsolo. Essas abordagens têm muitas questões técnicas e de segurança e também são muito caras.

Embora não possamos literalmente voltar no tempo, transformar o dióxido de carbono de volta em carvão e enterrá-lo de volta no solo é como rebobinar o relógio de emissões “, disse Torben Daeneke, pesquisador da RMIT e membro do Conselho de Pesquisa da Austrália.

“Até o momento, o CO2 só foi convertido em sólido a temperaturas extremamente altas, tornando-o industrialmente inviável.”

A nova técnica é eletroquímica. Consiste em um catalisador de metal líquido especialmente projetado que vê o dióxido de carbono do gás convertido lentamente em flocos sólidos de carbono.

“Ao usar metais líquidos como catalisadores, mostramos que é possível transformar o gás novamente em carbono à temperatura ambiente, em um processo que é eficiente e escalável”, disse Daeneke.

“Embora mais pesquisas precisam ser feitas, é um primeiro passo crucial para a entrega de armazenamento sólido de carbono”.

Imagem: RMIT

Melhor ainda, os pesquisadores dizem que o carbono produzido também pode ser usado como um eletrodo.

“Um benefício colateral do processo é que o carbono pode conter uma carga elétrica, tornando-se um supercapacitor, por isso potencialmente poderia ser usado como um componente em futuros veículos”, disse o principal autor, Dr. Dorna Esrafilzadeh, pesquisador do vice-chanceler. na Escola de Engenharia da RMIT.

“O processo também produz combustível sintético como subproduto, que também pode ter aplicações industriais”.

Zero Carbon Homes esta custando aos consumidores £ 200 libras por ano


A decisão de descartar a política de casas de carbono zero está custando aos ocupantes de casas recém-construídas mais de 200 libras por ano, essencialmente três vezes a poupança-alvo do teto de preços da Ofgem.

Nova análise da Unidade de Energia e Inteligência Climática descobriu que o movimento da política, um dos primeiros recém-eleitos do governo conservador na primavera de 2015, custou aos proprietários de novas casas £120 milhões em custos adicionais até o momento.

E esse número deve subir para mais de 2 bilhões de libras até 2020, à medida que mais residências recém-construídas forem ocupadas.

A análise da ECIU descobriu que cada nova construção ocupada hoje custará um extra de £ 208 a 233 para aquecer, efetivamente três vezes a economia média de £ 76 por ano do teto de preços imposto pelo governo.

A política de Zero Carbon Homes deve entrar em vigor em 2016, tendo sido anunciada pela primeira vez em 2006 pelo então chanceler Gordon Brown. A política teria assegurado que todas as novas casas precisariam gerar tanta energia no local quanto consumissem, reduzindo drasticamente as contas de energia e proporcionando reduções vitais das emissões de carbono do ambiente construído.


Mas a política foi descartada apenas alguns meses antes de entrar em vigor, provocando reações iradas dos parlamentares da oposição e dos setores de energia e construção.

O secretário de ex-energia Ed Davey, que se tornou um crítico ferrenho da política de energia conservadora, perdeu a vaga na eleição de 2015, descreveu o abandono da política Zero Carbon Homes como a “pior coisa que os Conservadores fizeram” no outono de 2015 comparando a decisão com um campo empacotado de cortes de energia limpa.

Além disso, o ECIU aponta para o fato de que as emissões de carbono dos lares britânicos aumentaram de fato nos últimos dois anos, coincidindo com um período de tempo em que o Reino Unido não dispunha de um esquema abrangente de eficiência energética doméstica.

Jonathan Marshall, chefe de análise da ECIU, disse que sucessivos governos têm lutado para elaborar esquemas eficazes de eficiência energética doméstica, contrastando com a política da Zero Carbon Homes que "poderia ter feito uma diferença real".

“Assim como as novas casas à prova do futuro, a política economizaria dinheiro para as famílias, reduziria a vulnerabilidade da Grã-Bretanha aos choques de fornecimento de energia e reduziria as emissões de carbono.

“Lidar com novas construções é uma das maneiras mais fáceis de melhorar o estoque de residências com vazamento do Reino Unido, e a reintrodução dessa política também pode impulsionar empresas envolvidas em isolamento e aquecimento de baixo carbono”, disse Marshall.


Seus sentimentos foram repetidos por Paula Higgins, diretora executiva da Homeowners Alliance, que disse que as faturas de energia são uma das preocupações mais comuns levantadas pelos consumidores.

“Uma de nossas campanhas de longa duração é para casas novas e de melhor qualidade; padrões baixos, paredes finas e aquecimento inadequado são problemas que vemos vezes sem conta. As casas devem ser construídas de acordo com os mais altos padrões para estarem aptas para esta e para as futuras gerações; o governo e a indústria precisam reconhecer que é do interesse de todos acertar isso ”.

Como reinventar uma usina gigante movida a carvão para produzir energia verde?

O Reino Unido planeja acabar com a eletricidade a carvão até 2025. O que acontecerá com as enormes fábricas deixadas para trás? Uma instalação é pioneira na conversão para a energia verde.

A conversão da usina de energia Drax – de carvão em biomassa – custou R$ 3,8 bilhões — Foto: Chris Baraniuk

No trem em direção a um dos últimos locais do Reino Unido que ainda queimam carvão para produzir energia, passo por três fazendas solares. Também passo pela usina de carvão de Eggborough, que parou suas operações. Não há fumaça saindo de suas gigantes torres de resfriamento. Ela será fechada em setembro.

Mas a usina que vou visitar é diferente. Seu nome é Drax, por causa de um vilarejo de mesmo nome, e trata-se da maior usina de energia da Europa Ocidental. Em 2023, seus donos vão parar completamente de queimar carvão. Eles esperam que, em vez disto, a instalação consumirá apenas gás natural e biomassa – no caso, aglomerados de madeira triturados.

A União Europeia tem metas para reduzir a poluição nas próximas décadas e há a previsão de se fechar as usinas de energia a carvão em vários países para cumprir os objetivos. No Reino Unido, o governo planeja interromper a geração de eletricidade por carvão até 2025.

Uma história parecida ocorre em vários lugares no mundo. Muitas nações, incluindo os Estados Unidos, estão se afastando da energia a carvão à medida que outras fontes de energia se tornam mais baratas e as regulações ambientais esfriam o mercado de combustíveis fósseis.

Mas isso deixa uma grande questão: o que fazer com todas as antigas usinas?

No último século, essas unidades tiveram grande importância para o mercado global de energia. As usinas têm conexões caras a redes nacionais – e simplesmente derrubá-las pode não ser a medida mais inteligente. Muitas pessoas, incluindo os administradores da Drax, insistem que há outras saídas.

A dimensão da Drax é imponente. De cada lado das enormes construções que abrigam suas caldeiras e turbinas, estão seis torres de resfriamento. Um vapor branco segue em direção ao céu. No centro da instalação, está uma chaminé de 259 metros. E nos fundos, uma enorme pilha de carvão – o volume do depósito, no entanto, já é menor do que em tempos passados, segundo a equipe da usina.

O carvão é deixado ali até que seja levado para a estação de energia em correias transportadoras. Depois, é moído e queimado em altíssimas temperaturas. O forno aquece a água, transformando-a em vapor, que passa por um complexo sistema de tubulações e gira as turbinas a uma velocidade constante de 3.000 rotações por minuto. É uma maneira fácil de produzir eletricidade. Mas é uma maneira suja.

Mudança energética

Os dias do carvão na geração de eletricidade estão contados. Em abril, o Reino Unido ficou mais de três dias seguidos sem nenhuma energia produzida por carvão – uma redução que aconteceu muito mais rápido do que o esperado. Essa tendência significa que desde o início de 2018, o país tem conseguido um total de 1.000 horas sem energia a carvão, ultrapassando o nível do ano passado.

“Em 2012, a geração de energia por carvão foi de 45% do total da matriz energética”, disse Matthew Gray, do think tank Carbon Tracker. “Hoje, a quantidade é muito baixa”.

Da perspectiva de um operador da usina, no entanto, substituir o carvão não é fácil. Isso porque a biomassa é mais complexa de se manusear, explica o CEO Andy Koss.

“Ela entope as coisas”, diz Koss, lembrando de como as primeiras tentativas de mover a biomassa em transportadoras de carvão resultou em pedaços de madeira se desintegrando e virando poeira. A biomassa também precisa ser mantida seca o tempo todo, diferentemente do carvão.

O material também pode explodir à medida que se oxida, por isso, as pilhas devem ser constantemente verificadas quanto ao aumento de temperatura. A Drax gastou £700 milhões (R$ 3,8 bilhões) para garantir que a biomassa pudesse ser transportada por trajetos protegidos da chuva na usina.

E a estação de energia já investiu em quatro cúpulas, cada uma com 50 metros de altura, para depositar a biomassa. Todos os dias, 16 trens chegam lotados e depositam novos pedaços de madeira para garantir que o abastecimento da instalação permaneça no nível máximo.

Os vagões passam por galpões que se abrem automaticamente por meio de um mecanismo magnético. Os aglomerados de madeira passam por uma grade e são jogados em um depósito antes de serem levados para as cúpulas para o armazenamento temporário.

Em termos de operações de biomassa, “eu diria que é a maior do mundo”, afirma Koss. Na minha visita, a Drax tinha capacidade de produção de 2 gigawatts tanto com carvão quanto com biomassa. Ela agora completou sua quarta unidade de geração de energia por biomassa. As duas restantes vão, ao fim da adaptação, queimar gás.

A Drax tenta se apresentar como uma alternativa do que pode ser feito com as velhas usinas de carvão – nos lugares onde houver muita vontade e, de fato, dinheiro para pagar pelas conversões. Muitas unidades pequenas de carvão nos EUA recentemente se converteram para queimar gás – uma forma mais barata de transição do que para a biomassa.

E a Drax quer construir grandes baterias no local para estocar eletricidade. Há outros projetos semelhantes ao redor do mundo. Uma empresa canadense, a Hydrostor, desenvolveu projetos para transformar as antigas usinas de carvão em baterias de compressão de ar. O ar pode ser liberado para forçar a turbina da usina a se mover quando a eletricidade for necessária.

Há muitas outras ideias para reinventar antigas unidades de carvão. Em 2016, a China anunciou seus planos de converter algumas de suas instalações em estações de energia nuclear – embora não existam muitas notícias sobre o desenrolar das propostas desde então.

Na Dinamarca, a usina de carvão de Copenhagen será transformada em uma unidade 100% de biomassa. E no telhado de um incinerador, está sendo construída uma área de lazer com uma pista de esqui artificial.

Nem todas as conversões de usinas de carvão estão servindo à produção de energia. O Google está transformando uma unidade antiga no Alabama, nos EUA, em um centro de dados.

Rei do carvão

Também é verdade que, em alguns lugares, o carvão ainda se mantém forte. Embora tenha abandonado mais de cem usinas de carvão, a China ainda se baseia fortemente nos combustíveis fósseis como fonte de energia.

E a Alemanha, que decidiu fechar todas as estações de energia nuclear, atualmente produz mais de um quinto de sua energia a partir do carvão, incluindo o lignito – um tipo de carvão ainda mais poluente.

Um mapa interativo das estações de carvão no mundo do site ambiental CarbonBrief revela grandes usinas fechando nos Estados Unidos e na Europa Ocidental, mas muitas novas em construção na Ásia.

Enquanto isso, alguns mercados questionaram o carvão e depois retornaram a ele. Em 2015, o governo de New South Wales, na Austrália, vendeu grandes instalações de carvão. Ao mesmo tempo, políticos acreditaram que a unidade seria fechada em dez anos, mas os preços da eletricidade na região escalaram. A usina está agora avaliada em cerca de R$ 2,1 bilhões e seus novos donos não têm planos de fechá-la tão cedo.

No entanto, a fé depositada no carvão pode nem sempre ser recompensada. Na Polônia, a gigante da energia PGE tem investido pesado em infraestrutura de carvão, na esperança de continuar lucrando ainda por muitos anos com o mineral. Mas isso custa centenas de milhões de dólares num momento em que as energias renováveis, principalmente eólica e solar, estão rapidamente barateando.

Também é preciso se questionar o quão verde é, de fato, a conversão de algumas usinas de carvão.

É o caso da biomassa. Embora os pedaços de madeira liberem carbono quando são queimados, a biomassa é promovida como “verde” porque as árvores cortadas podem ser substituídas ao longo do tempo, posteriormente sequestrando o carbono da atmosfera.

Mas nem todos concordam que isso realmente a torne uma fonte de energia neutra em carbono. Até mesmo a página 33 do relatório anual da Drax revela que a biomassa libera mais CO2 por unidade de eletricidade gerada do que o carvão.

Repetindo os principais argumentos a favor da biomassa, um diretor da Drax afirma que isso é compensado pela reposição das florestas que forneceram a biomassa. Diz ainda que, depois de contabilizar as florestas reabastecidas e as emissões da cadeia de suprimentos, o uso de biomassa representa 80% menos CO2 emitido na comparação com o que seria liberado se o carvão tivesse sido usado.

Mas leva décadas até as árvores crescerem. Além disso, em escala global, as florestas estão se reduzindo em tamanho total. A capacidade das florestas mundiais de reabsorver o CO2 atmosférico está cada vez menor, e não maior.

“Concordo que isso seja ruim”, diz Koss. Mas com relação ao desmatamento, ele insiste, isso “está ocorrendo fora de nossas áreas de abastecimento. Não estamos relacionados a nada disso”.

Mas isso não é suficiente para convencer alguns ambientalistas. Especialistas ressaltam que precisamos cortar as emissões já, e não nas próximas décadas quando as árvores crescerem.

A Drax espera mitigar suas emissões de outra forma: com uma tecnologia de um piloto de armazenamento de captura de carbono de bioenergia (BECCS). Nesse caso, gases da queima de biomassa na usina irão, se tudo seguir como previsto, passar por um solvente que reage com o CO2, capturando-o antes que ele entre na atmosfera. Esse CO2 pode, então, ser restaurado para que o solvente possa ser usado na captura repetidas vezes.

Pode haver claramente vida após o carvão. Mas se quisermos aproveitar ao máximo essas velhas instalações, precisamos ser competentes, ter uma mentalidade verde e estar preparados para pagar antecipadamente por resultados importantes.

O carvão produziu energia por muitas décadas no mundo. Foi um símbolo da Revolução Industrial. Em vez de simplesmente varrê-lo para longe, poderíamos nos beneficiar do uso inovador das estruturas que a grande indústria está deixando para trás.

Fonte: G1

Conseguiram os veículos elétricos poupar 180 bilhões de Euros à UE


A utilização de veículos elétricos poderia levar a uma redução da poluição atmosférica e a uma poupanças de 180 biliões de euros em custos médicos para a UE.

Segundo um relatório da Deloitte e da InnoEnergy, a redução da poluição poderia poupar aos cidadãos da UE mais de 180 biliões de euros até 2025. O relatório argumenta que lidar com a poluição do ar poderia gerar benefícios tanto para a saúde como para a economia, sendo os veículos elétricos uma boa aposta.

O relatório Clean Air Challenge foi escrito em resposta às descobertas da Comissão Europeia de que o smog pode representar 1 em cada 10 mortes prematuras no mundo. Estima-se que os custos totais da saúde, relacionados com o smog, estejam entre os 242 e os 775 biliões de euros até 2020, o que representa 2,9% do PIB médio anual. Estes valores são calculados com base nas mortes prematuras, aumento das contas da saúde, doenças prolongadas, menor produtividade no trabalho e as ausências.

Diego Paiva, CEO da InnoEnergy, disse: “É chocante que nos dias de hoje, a poluição ainda represente um risco para a saúde das nossas comunidades. Colocando o enorme custo financeiro de lado, não há razão, com a tecnologia que temos hoje em dia, que os cidadãos não sejam capazes de respirar ar puro”.

Jerzy Buzek, presidente do Comité Europeu da Indústria, Pesquisa e Energia e ex-Presidente do Parlamento Europeu, disse: “Apesar da melhoria substancial nas últimas décadas, a poluição do ar ainda é responsável por mais de 400.000 mortes prematuras na Europa todos os anos. Venha essa poluição dos veículos, das indústrias, das habitações ou das centrais elétricas, a poluição do ar é o maior risco para a saúde ambiental na Europa”.

O relatório analisa com profundidade a questão da qualidade do ar em todo o continente, destacando soluções concretas e inovadoras de transporte e aquecimento para proteger os cidadãos europeus da poluição e do seu impacto na saúde. Embora muitas substâncias causam ar impuro, o relatório concentra-se em seis delas: NOx, SOx, BaP, PM10, PM2,5 e CO2, à exceção dos restantes o CO2 é associado ao efeito smog.

Na Europa, a poluição do ar resulta principalmente da combustão de hidrocarbonetos no transporte rodoviário e no aquecimento. Nas áreas urbanas, as emissões de NOx e NO2 são principalmente resultado do transporte rodoviário.

Combustão de hidrocarbonetos no transporte rodoviário

Houve um forte progresso tecnológico nas soluções de transporte limpos, mas, para conseguirem crescer, é necessário um apoio crescente e acelerado por meio de políticas de incentivo ou de mudanças fundamentais nos hábitos a nível individual.

Ações tomadas para enfrentar o desafio

Em 2016, o Parlamento Europeu votou a favor de novos limites, mais baixos do que os anteriores, para os principais poluentes atmosféricos. Isto deverá contribuir significativamente para melhorar a qualidade do ar em todo o continente e reduzir para metade o número de mortes até 2030. O Parlamento está também a trabalhar na legislação das emissões dos veículos e a negociar uma reforma para o esquema da troca de emissões. Há pouca confiança nos fabricantes de veículos, após o escândalo do grupo da VW, e isso está a gerar interesse nas alternativas.

O relatório sugere três soluções relacionadas aos veículos elétricos para fornecer a combinação ideal de mercado e atratividade tecnológica, bem como o impacto sobre a poluição. São elas: redes de carregamento interconectadas, diversas soluções de carregamento e veículos elétricos.

Isto significa que a área dos veículos elétricos pode beneficiar muito com esta pesquisa, seja por causa dos evidentes crescentes impactos do smog em termos financeiros e de saúde, ou porque é mais fácil aguentar os custos do investimento nas infraestruturas de carregamento do que aguentar os custos de não fazer nada.

Bom Jesus da Lapa recebe maior parque solar da América Latina


Enfim, o maior parque solar fotovoltaico da América Latina foi inaugurado na Bahia. Com capacidade instalada total de 158 MW, foram inauguradas oficialmente nesta quinta-feira (28), pela italiana Enel Green Power. A saber, o complexo possui duas usinas, sendo a de Bom Jesus da Lapa (80 MW) e Lapa (78 MW). Surpreendentemente, o empreendimento conta com mais de 500 mil painéis solares.

Localizadas no município baiano de Bom Jesus da Lapa, o Parque Solar Lapa começou as operações no mês de junho. No entanto, já atingiu sua capacidade plena de geração de energia, transformando a região em que nada se plantava em uma grande fazenda de placas solares – que captam a luz do sol e a transformam em energia.

“Em Bom Jesus da Lapa temos um sol com qualidade de intensidade que é um dos melhores recursos do mundo. Encontramos também uma terra que não tem uma vocação agrícola forte, o que evita a competição com este setor. Além disso, também estamos em um município onde os caminhos ficam próximos das linhas de transmissão, o que permite um escoamento melhor desta energia. Estas foram as razões fundamentais para a escolha do lugar”, destacou o presidente da Enel no Brasil, Carlo Zorzol.

Assim, as plantas geram energia suficiente para atender por um ano o consumo de pelo menos 166 mil residências. Ao mesmo tempo em que evita a emissão de cerca de 198 mil toneladas de CO2 na atmosfera. São mais de 500 mil painéis de geração de energia fotovoltaica instalados próximo à entrada da cidade.

Ao todo, U$S 175 milhões foram investidos na implementação do sistema, que é direcionada para o abastecimento do sistema nacional. Na época das obras, foram gerados 1,2 mil postos de trabalho, 44% sendo ocupado pela mão de obra local.

Desenvolvimento constante

Bem como, a empresa está agora na expectativa da aprovação de viabilidade técnica dos seus projetos que foram inscritos para participarem no próximo leilão de energia que acontece em dezembro. Apesar de não precisar – por questões competitivas – os municípios baianos onde estes investimentos devem ser feitos. Conforme Zorzol garante, há planos de trazer mais projetos de energia solar e eólica para a Bahia. De 2013 para cá, desde que foi implantada a primeira usina de energia eólica da Enel, foram investidos cerca de U$S 2 bilhões no estado, que concentra o maior volume de recursos concentrados na Região Nordeste.

Ao todo são nove parques eólicos e solares, com capacidade que chega a quase 950 MW. Só dois deles devem ficar prontos até o final do ano, um de energia solar em Tabocas do Rio Velho (Horizonte), e outro de energia eólica no município de Morro do Chapéu.

“Nós temos um bom potencial de projetos em usinas solares para o próximo leilão. Quase metade da nossa capacidade está na Bahia. A Enel tem participado de todos os leilões que aconteceram no Brasil para fontes renováveis desde 2010. A gente está trabalhando para participar no próximo leilão. Os projetos estão todos basicamente no Nordeste e a Bahia está incluída nisso”, explica Zorzol.

A inauguração em Bom Jesus da Lapa

O governador Rui Costa participou da cerimônia de inauguração ontem e disse que a geração de energia solar no semiárido transformou o que era problema em solução para gerar empregos e desenvolvimento na região. “Diferente de outros lugares do mundo, de onde se tira essa energia do litoral, aqui a nossa força está no semiárido. Traz desenvolvimento, renda e oportunidade de emprego para um contingente de pessoas que não viam possibilidade de produzir na agricultura. Hoje, com esse projeto, além de viabilizar energia limpa para o Brasil nós estamos gerando possibilidade de renda e emprego”.

Para o prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro, a cidade da Romaria se transformou também na cidade da energia.

“Nós somos a terceira maior romaria do Brasil e a primeira do sertão, a cidade cresceu em função disso. Todos que vinham para cá reclamavam do sol e do calor. Nunca imaginaríamos que o sol que tanto nos castigava tornaria a geração de energia solar o nosso segundo maior vetor de crescimento. Estas novas usinas abriram a porteira para que outros projetos possam chegar ao município após os próximos leilões”, afirmou o prefeito.

Fonte: Correio24h.

Os benefícios da energia eólica offshore


É cada vez maior o número de pessoas que já ouviu falar das energias renováveis e da energia eólica offshore ou onshore, mas muitas perguntam-se se este tipo de energia pode beneficiá-las a si ou à sua comunidade.

Existe muita informação que suporta a exploração da energia eólica offshore ou onshore. A energia eólica offshore pode oferecer uma melhor saúde aos moradores locais e empregos, além de ser uma melhor opção de fonte de energia para o meio ambiente.

Como Maryland usa a energia eólica

Dois projetos eólicos offshore foram aprovados perto do litoral de Ocean City, em Maryland. Os projetos são para produzir energia elétrica renovável suficiente para abastecer 147.000 habitações. Estes dois projetos irão permitir que Maryland reduza as suas emissões de carbono em 19.000 toneladas por ano. Infelizmente, Maryland encontra-se atualmente em quinto lugar dos estados mais poluentes do país e onde os índices de asma em adultos e crianças é muito preocupante. Compensar as emissões de carbono na área com a ajuda da energia eólica pode ajudar a melhorar os problemas de saúde relacionados com a qualidade do ar.

Este investimento resultará em 9.700 novos empregos e ajudará Maryland a tornar-se um líder na indústria da energia eólica e com uma fonte de energia limpa que durará por gerações.


Apostar na energia limpa

A energia eólica é uma solução renovável e limpa que acompanha a procura de energia que é necessária para abastecer as nossas habitações e empresas. As fontes tradicionais de energia, como o petróleo e o carvão, produzem subprodutos tóxicos desde a sua extração à transformação. O aproveitamento da energia eólica não produz poluição adicional que possa poluir o ar ou infiltrar-se no solo até às águas subterrâneas. Não há emissão de gases quando a eletricidade é produzida através da turbina eólica. Isso faz com que a energia eólica seja bastante apelativa para muitas comunidades.

Produzir mais que o necessário

Se as comunidades apoiarem o investimento em parque eólico, a energia eólica poderia produzir 20x mais do que a energia necessária pela população mundial. Esta fonte de energia renovável está a crescer a uma taxa de 25% ao ano e o custo operacional das turbinas é cada vez menor. A energia eólica tem um grande potencial doméstico, visto que pode proteger as comunidades contra quedas de energia, como acontece, por exemplo, nas ilhas isoladas que recebem energia por cabos submarinos.


A energia eólica é renovável

As fontes de energia tradicionais dependem de recursos que não são renováveis. À medida que a população cresce, a procura de energia aumenta, o que aumenta a pressão e procura sobre os recursos não renováveis. Em comparação, a energia eólica não é algo finito. O vento surge naturalmente. A energia eólica poderá ser utilizada como fonte de energia elétrica desde que o sol continue a brilhar.

O futuro e o potencial

Empregos bem remunerados são criados com o investimento na energia eólica. Em 2016, mais de 100.000 pessoas estavam empregadas no setor eólico dos EUA. A indústria eólica tem o potencial de crescimento capaz de gerar mais empregos em várias áreas, incluindo serviços de suporte, instalação, manutenção e fabricação. Países com altos índices de desemprego podem beneficiar do investimento em soluções de energia eólica.

Os custos associados à exploração da energia eólica diminuíram bastante, mas alguns locais não são adequados para um parque eólico. Pode ser necessário construir esses parques em locais remotos para retirar o melhor proveito. A poluição sonora e visual também pode influenciar algumas pessoas. Os engenheiros e as comunidades locais devem sempre considerar todos os benefícios e desafios antes de um investimento em energia eólica.

Companhia de energia de Helsinque se tornará completamente neutra em emissão de carbono


Na busca pela neutralidade de carbono, a cidade de Helsinque, na Finlândia, anunciou seus planos de ação para minimizar as emissões de gases do efeito estufa até 2035. A empresa de energia Helen Ltd, responsável pela calefação, energia e refrigeração distrital, tem como objetivo aumentar essa política, convertendo seus processos de produção de energia, em grande parte, de carvão e gás natural, em produção de energia neutra em relação ao clima, eliminando totalmente as emissões de dióxido de carbono até 2050.

A tarefa imediata da empresa é utilizar a produção de energia baseada em biomassa para garantir o fornecimento suficiente de energia térmica, especialmente porque a demanda por energia no inverno excede a do verão em quase dez vezes. Além disso, a Helen fechará sua usina Hanasaari, em grande parte alimentada por carvão, e desenvolverá as modificações para as novas usinas. As soluções a longo prazo envolvem reciclagem de energia, maior utilização de energia renovável produzida localmente e armazenamento de energia.

Aproveitando o calor contido em águas residuais purificadas, Helen é capaz de recuperar e produzir calor distrital na maior fábrica do mundo na Finlândia. Da mesma forma, esse princípio de reciclagem de energia é usado para capturar o calor excedente produzido pela radiação solar de centros de dados e propriedades para fornecer resfriamento ao distrito. As bombas de calor são responsáveis por produzir mais de 90% do resfriamento do distrito de Helsinque, demonstrando o potencial da tecnologia.


Aclamada como "a primeira do tipo" no armazenamento sazonal de energia, a antiga instalação de armazenamento de combustível Kruunuvuorenranta será convertida para armazenar água quente e morna em momentos de necessidade. Isso permite que os consumidores diminuam ou transfiram seu uso de eletricidade para períodos fora de pico. Rauno Tolonen, gerente de clima e eficiência energética da Helen, comenta: "Essas instalações de armazenamento são uma metáfora tangível de nossa transição de combustíveis fósseis para fontes de energia renováveis".

Outras estratégias, como as estações de recarga de carros elétricos, permitem que os proprietários de veículos elétricos transfiram energia à rede para armazenamento posterior, essencialmente fazendo com que os consumidores produzam energia. Em Helsinque, com o objetivo de satisfazer 15% da demanda de energia da cidade com a energia solar produzida por painéis solares instalados nas coberturas, bem como a pesquisa em andamento da Helen para possíveis pontos geotérmicos, há um desenvolvimento significativo para novas inovações.

Juntamente com as medidas tomadas pela empresa para estabelecer práticas sustentáveis envolvendo os produtores e os consumidores, a Finlândia pode atingir seu objetivo de se tornar neutra em carbono em um futuro próximo. Como Tolonen observa, "estamos em uma corrida contra o tempo para cumprir nossos compromissos climáticos".

Fonte: Cidade de Helsinque

Modelos climáticos futuros mostram hemisfério sul como provedor de energia eólica

Modelos climáticos futuros mostram hemisfério sul como provedor de energia eólica. Um estudo que usou dez modelos climáticos em escala global determinou que os recursos eólicos poderiam diminuir no próximo século nas regiões do Hemisfério Norte e aumentar drasticamente nas áreas do Hemisfério Sul.

Combinando modelos climáticos de ponta – um conjunto de modelos climáticos globais que formam a base dos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) – desenvolvido por um grupo de especialistas globais neste campo, a distribuição geográfica das mudanças futuras poderia ser prevista. do vento sob dois possíveis cenários de emissões de gases de efeito estufa: não-intervenção e mitigação.

Enquanto o vento produz apenas 3,7% do consumo mundial de energia, a capacidade global de energia eólica aumenta anualmente em aproximadamente 20%. Em busca do acordo de Paris, várias nações estão comprometidas com esta energia, a fim de reduzir as emissões de carbono e combater as mudanças climáticas.

No entanto, as avaliações realizadas até agora em relação à disponibilidade de vento no futuro basearam-se nas condições climáticas atuais, sem considerar quaisquer mudanças na circulação atmosférica derivadas da emissão de gases de efeito estufa resultantes da atividade humana.

Gás e energia solar devem ganhar espaço na matriz energética do Rio

A alternativa fotovoltaica está crescendo naturalmente – Coober/Divulgação

O gás natural e a energia solar devem ganhar mais relevância na matriz energética do Rio de Janeiro nos próximos 15 anos, segundo estudo do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ) e da Subsecretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.

O documento traça dois cenários, um de referência e outro alternativo, em que a busca por eficiência energética se dá de forma mais intensa. Para o pesquisador Amaro Pereira, do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, o estudo mostra que o estado precisa se beneficiar da disponibilidade de gás natural.

“O preço da energia no estado do Rio é muito alto, se comparado com os outros estados do Brasil. E o gás não é tão mais alto. Isso pode ser importante para a indústria, que está atrás de fontes que não sejam tão caras”.

Em 2016, o gás natural respondia por uma fatia de 34% das fontes de energia utilizadas no estado. Esse patamar deve subir para ao menos 40%, em 2031. No melhor dos cenários, o gás pode atingir 44% de participação, o dobro do petróleo e derivados. A conversão de veículos automotores para gás, a demanda industrial e o aumento da utilização de gás natural em chuveiros, por exemplo, devem contribuir para o cenário.

Energia solar

No que diz respeito à geração de energia elétrica, o gás natural deve ter um aumento de 19% para 29%. Quando o cenário de maior eficiência energética é considerado, o gás atinge 28% de participação, e a energia solar salta de 0% em 2016, para 6% em 2031. O cenário mais eficiente considera a revitalização das usinas de biomassa, que terão participação de 3% na geração de energia elétrica.

O superintendente de energia da Subsecretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Sergio Guaranys, defendeu que o poder público deve atuar para impedir que barreiras prejudiquem a busca por menores custos de energia.

“A política pública virá orientando e evitando criar barreiras para o desenvolvimento e a redução de custos. A política publica é não ser obstáculo para reduzir custos”.

Segundo a pesquisa, o Rio de Janeiro tinha, em 2017, 2,2 mil residências com painéis solares para geração de energia. Esse número deve aumentar de forma acelerada, chegando a 331,3 mil unidades em 2031.

“A alternativa fotovoltaica está crescendo naturalmente e bastante”, destacou o superintendente, que explicou que o preço dos terrenos no estado do Rio é alto, o que favorece unidades fotovoltaicas de pequeno porte.

Mais emissões de CO2

Mesmo no melhor cenário, que inclui o crescimento da energia solar e biomassa, as energias renováveis perderão espaço para as não renováveis no estado do Rio de Janeiro. Em 2016, 12% do total produzido no estado era de fontes renováveis em 2016, o que deve cair para 9% em 2031.

A grande dependência de fontes fósseis de energia já faz com que o Rio de Janeiro produza mais emissões per capita que a média nacional. Enquanto o Brasil emitiu 2,16 toneladas de CO2 para cada habitante em 2016, o Rio de Janeiro emitiu 4,03. Em 2031, essa emissão deve crescer mais de 50% e chegar a 6,44 toneladas para cada habitante. No melhor dos cenários, também haverá crescimento considerável, para 5,74 toneladas.

Fonte: Agência Brasil