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Infralobo reforça aposta nas energias renováveis


A Infralobo - Empresa de Infraestruturas de Vale do Lobo, E.M., informa em comunicado que concluiu a instalação de mais um conjunto de painéis fotovoltaicos, agora nos depósitos de água e respetiva estação de bombagem, os quais irão permitir que os consumos desta estrutura fundamental para a atividade da empresa, seja fornecida por energia solar, reforçando assim a sua aposta nas energias renováveis.

O investimento que rondou os 62 Mil Euros, consiste num sistema fotovoltaico de 92 painéis fotovoltaicos com um pico de energia de 28,5 Kwp e um banco de baterias reforçado com capacidade de armazenamento de 77 Kwp.


Saliente-se que atualmente a Infralobo já tem os seus principais equipamentos fornecidos por energia solar, nomeadamente os depósitos de água e estação de bombagem, as estações elevatórias e o edifício sede da empresa, tendo assim passado de uma taxa de autonomia de 2% em 2020, para 25% de autonomia em 2021.

Realça a Infralobo na sua missiva que, estes investimentos fazem parte do Plano de Descarbonização INFRALOBO 2021, aprovado no início do ano e que enumera uma série de medidas concretas na sua atividade diária e no Plano de Investimentos com vista a reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera, aumentando o recurso a fontes de energia limpa.


É um dado adquirido que a estas ações, enquadradas na Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas do Município de Loulé (EMAAC), somam-se outros projetos que têm permitido alcançar resultados positivos em termos de poupança de recursos naturais e redução de emissões poluentes.

Em suma, de acordo com a Infralobo, a meta é conseguir, até final de 2021, reduzir o consumo de combustíveis fósseis em 30% e, também, o número de viaturas afetas à sua atividade em 15% tendo em conta o início do plano de descarbonização.

Fonte: Diário Online RS

Energia solar cresce e aguarda lei para evitar retrocessos


Enquanto o projeto de lei PL 5829/19, que estabelece o marco legal da geração distribuída, tem sua votação travada na Câmara Federal, o segmento solar continua a registrar avanços e mantém pressão para evitar que mudanças planejadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) interrompa o crescimento do setor.

Nesta semana, levantamento divulgado pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) apontou que o Brasil acaba de ultrapassar a marca de 600 mil unidades consumidoras de energia solar fotovoltaica, que geram sua própria energia.

Segundo a entidade, já são 5,5 GW de potência instalada operacional de energia solar no País, gerando R$ 28 bilhões em novos investimentos e criando mais de 166 mil empregos. Mas, também na avaliação da Absolar, há muito o que avançar, já que dos consumidores de energia elétrica no Brasil, somente 0,7% usam sistemas solares.

A associação, junto a uma série de outras entidades do setor, defende a aprovação do marco legal como a melhor alternativa para manter o ritmo de crescimento e assegurar a geração de 500 mil empregos nos próximos três anos.

Tramitação

Desde a semana passada, diversas entidades tentam pressionar pela votação do PL 5829, mas parlamentares não chegavam a um acordo sobre o texto, até o o presidente da Câmara, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), garantir o encaminhamento da proposta para o plenário. Nesta quinta-feira (13) outras pautas ganharam prioridade e o projeto não foi discutido - o que agora está previsto para ocorrer na próxima semana.

Um dos acordos costurados é que o limite de potência máxima para projetos de geração distribuída ficará em 3 MW, e o período de transição para taxação do setor reduz de dez para oito anos, mas com garantia de 25 anos das regras atuais para quem já tiver a conexão.

A pressão contra o projeto vem de agentes ligados ao mercado de energia elétrica, que dizem que benefícios - como isenção para uso da fiação elétrica para injetar volume excedente gerado de energia solar - penalizam usuários comuns, que não têm benefícios.

O setor, porém, considera que essa tese desconsidera os investimentos feitos por geradores de energia solar com o próprio dinheiro e a segurança energética que a geração distribuída garante a todo sistema elétrico, além da geração de empregos. Entidades como o Inel (Instituto Nacional de Energia Limpa) cobram que esses elementos sejam considerados na conta antes de se taxar o setor.

Dessalinizador com energia solar gera água potável com 100% de eficiência

À exceção do material fototermal, o dispositivo foi inteiramente construído com materiais adquiridos no comércio. [Imagem: UNISA]

Água potável com energia solar

Engenheiros australianos desenvolveram uma técnica economicamente viável para extrair água potável da água salgada usando energia solar.

Eles demonstraram que o mecanismo pode fornecer água doce a partir da água do mar, de água salobra ou mesmo água contaminada.

Cada dispositivo pode fornecer água potável diária suficiente para uma família de quatro pessoas a partir de apenas um metro quadrado de fonte de água.

"Nos últimos anos, muita atenção tem sido dada ao uso da evaporação solar para produzir água potável, mas as técnicas anteriores eram muito ineficientes para serem úteis na prática," disse o professor Haolan Xu, da Universidade do Sul da Austrália. "Superamos essas ineficiências e nossa tecnologia agora pode fornecer água potável suficiente para atender a muitas necessidades práticas por uma fração do custo das tecnologias existentes, como a osmose reversa."

Evaporador solar

A base do sistema é uma estrutura fototérmica - que gera calor a partir do Sol - altamente eficiente, montada na superfície de uma fonte de água. O material converte a luz solar em calor concentrando a energia precisamente na superfície para evaporar rapidamente a parte superior do líquido.

Parece muito simples, mas tentativas similares anteriores esbarraram na perda de energia, com o calor dissipando-se no ar ao passar do coletor para a fonte de água.

"Anteriormente, muitos dos evaporadores fototérmicos experimentais eram basicamente bidimensionais; eles eram apenas uma superfície plana e podiam perder de 10 a 20 por cento da energia solar para a água bruta e o ambiente circundante.

"Nós desenvolvemos uma técnica que não apenas evita qualquer perda de energia solar, mas na verdade extrai energia adicional do volume de água e do ambiente circundante, o que significa que o sistema opera com 100% de eficiência para a entrada solar e consome outros 170% de energia da água e do meio ambiente," disse o professor Xu.

Para alcançar tamanha eficiência, a equipe fugiu do tradicional sistema 2D, criando um evaporador tridimensional, com o formato de bastão. O material é incorporado em fibras comuns, o que aumenta sua área útil e ainda o torna compressível, facilitando o transporte.

O material fototérmico é incorporado em fibras de algodão, aumentando sua área de contato.
[Imagem: Ting Gao et al. - 10.1002/solr.202100053]

Perda zero

Para os testes, os bastões de algodão embebido em material fototérmico foram colocados dentro de uma campânula de vidro, por sua vez posta ao Sol, sem usar concentradores ou lentes.

O resultado é que o calor excedente é levado para longe das superfícies superiores do evaporador, distribuindo calor para a superfície do bastão para favorecer a evaporação da água, resfriando assim sua superfície e alcançando perda zero de energia durante a evaporação solar.

Essa técnica de dissipação de calor significa que todas as superfícies do evaporador permanecem a uma temperatura mais baixa do que a água e o ar circundantes, de modo que energia adicional flui do ambiente externo - de mais alta energia - para o evaporador, de energia mais baixa.

"Somos os primeiros pesquisadores do mundo a extrair energia da água bruta durante a evaporação solar e usá-la para evaporação, e isso ajudou nosso processo a se tornar eficiente o suficiente para fornecer entre 10 e 20 litros de água doce por metro quadrado por dia," disse Xu.

Fonte: Site Inovação Tecnológica

Cúpula do Clima discute Energias renováveis: Solar ou eólica?



O tema foi bastante discutido na última Cúpula do Clima; Especialista afirma que uma completa a outra. Ou seja as duas fontes tem sua importância...porque quando uma diminuem a geração a outra está funcionando mantendo sempre uma geração mais linear possível.

Realizada nos dias 22 e 23 de abril e organizada pelo governo Joe Biden, dos Estados Unidos, a Cúpula do Clima ainda repercute no mundo todo devido às promessas ousadas para combater o aquecimento global.

Entre os projetos, líderes de importantes Nações afirmaram estar investindo em energias alternativas e limpas, como a eólica e solar. E por aqui? Qual o atual cenário de produção e distribuição destes tipos de energias?

É consenso dos cientistas que a energia eólica é importante porque é renovável e tem baixo impacto ambiental para a sua geração. Essa fonte de energia também está crescendo muito no Brasil.

Em 2020 o Brasil era o 8° país do mundo em termos de potência instalada de energia eólica. No início de 2021, haviam 695 parques eólicos e mais de 8.300 aerogeradores.

“Temos uma participação de 10.9% da nossa matriz energética, isso em potência instalada. Há uma previsão para 2025 de aumentar de 10.9 para 12.9’%, ou seja, 2% em 4 anos, passando de 18.482 megawatts para 23.651 megawatts”, explica Edval Delbone, coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).

A energia eólica está bem na frente da energia solar, que também é renovável. Porém a energia solar tem uma expectativa de crescimento com maior velocidade, mas ainda produz muito pouco, ou seja, enquanto a eólica está em 18.482 megawatts, a solar está em 3.958 megawatts.

Em 2020 o Brasil era o 14° país do mundo em termos de potência instalada de energia solar. Do total da matriz energética brasileira, 1,6% é produzido através de sistemas solares fotovoltaícos.

Qual a diferença entre eólica e solar?

A eólica é mais atrativa economicamente no nordeste e no sul, onde o vento tem uma velocidade bem maior comparado aos demais estados.

No estado de São Paulo é possível investir, porém ainda não é atrativo economicamente. Em relação à energia solar, o sol bate no Brasil em qualquer lugar, em qualquer estado a irradiação solar é boa, sobretudo no nordeste.

Portanto, a energia eólica depende do vento, que é mais comum na parte da tarde e de madrugada. Já a solar depende do sol, principalmente do meio dia, onde a incidência é maior e gera mais energia solar.

“Ambas são importantes e se complementam. No entanto, ainda não podemos abrir mão de outras fontes de energia firmes, como a usina hidrelétrica, no qual há reservatórios para armazenar água e energia a fim de garantir o abastecimento contínuo, até mesmo no período de estiagem, uma vez que os reservatórios estão cheios de água para produção de energia”, completa o engenheiro da Mauá.

Entendemos que as fontes renováveis sempre deram fontes assessorias as principais por questões de sua sazionalidade no tocante a precisar e depender das questões climáticas, sol e vento, para terem uma boa geração, então em qualquer intempéries climáticas como chuva que abaixa a radiação e zonas de massa de ar que diminuem as correntes de vento interferem na sua eficiência. Assim sendo precisamos sempre de um mix cada vez mais de fontes para uma maior eficiência e segurança energética do país.


Projetos renováveis, eólicos e solares, ganham mais espaços com o crescimento socioeconômico da América Latina

Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável, a América Latina pode aumentar sua capacidade de energia solar, instalada, em um fator de 40 vezes até 2050. Foto: DINO / DINO


O mercado de energias renováveis latino-americano passou por fortes transformações, nos últimos anos, com fatores de risco político, tendências de investimento, avanços tecnológicos e os impactos econômicos devido à pandemia da covid-19, segundo a BloombergNEF (BNEF), empresa de consultoria de mercados de energia atuais. De acordo com os dados da empresa, em 2019, o Brasil elevou o investimento na capacidade de energia renovável em 74%, US$ 6,5 bilhões, enquanto o México comprometeu US$ 4,3 bilhões, 17% acima, e o Chile US$ 4,9 bilhões, quatro vezes mais. Somente a Argentina conseguiu conter a tendência, com uma queda de 18%.

As economias da América Latina e do Caribe estão passando por um ponto de inflexão, após cerca de seis anos de desaceleração, incluindo dois anos de recessão, a região volta a mostrar sinais de crescimento, informa Diogo Martignago Mariath, graduado em economia (PUC-RS) e mestre em finanças e investimentos pela escola britânica Cass Business School.

"A região passou por uma grande tendência de desaceleração entre 2010 a 2016, movendo o crescimento em média de aproximadamente 6% em 2010, para território negativo entre 2015 e 2016. Essa mudança no padrão de crescimento da América Latina se deve, principalmente, à fragilidade econômica de dois de seus principais mercados, Brasil e Argentina, que sofreram durante esse período os efeitos de uma profunda crise política e econômica", explica Diogo, com mais de 10 anos de experiência em energias renováveis atuando no Brasil, América Latina, Europa e África.

A partir do ano de 2016, diz o especialista, as reformas econômicas e políticas implementadas no Brasil e na Argentina, aliadas ao bom desempenho de outros países da região, contribuíram para a retomada da trajetória de crescimento da América Latina. "Com cerca de 366 GW de capacidade instalada e abrangendo mais de 20 países, a América Latina continua na vanguarda do desenvolvimento de energia limpa. Mas, mandatos ambiciosos de energia limpa e leilões agressivos estão impulsionando o desenvolvimento na região e permitindo que projetos eólicos e solares alcancem preços baixos recordes", declara Mariath.

Segundo a International Energy Agency (IEA), o custo da produção de energia solar caiu 82% desde 2010, e o Brasil ocupa a sétima colocação global em capacidade instalada de energia eólica, um a cada 10 GWh consumidos no país vem do vento. A energia solar cresceu 212% em 2019 e, mesmo com a crise, outros 25% em 2020, hoje ela responde aproximadamente por 1,7% da matriz energética brasileira.

Conforme o mestre em finanças, que foi painelista em Londres pela Conferência de Energia Renovável na América Latina 2019, o México, a Colômbia, o Peru, o Brasil, o Uruguai, a Argentina e o Chile respondem por cerca de 80% da capacidade instalada da América Latina, e são os focos de investidores internacionais em energia limpa. E lembra que o Brasil e o México são os maiores mercados, atraindo maior atenção e foco dos investidores.

No Brasil, a energia eólica atinge a marca de 18 GW de capacidade instalada, 10,3% da matriz elétrica nacional, de acordo com dados apresentados pela Associação Brasileira da Energia Eólica, são 695 parques e mais de 8.300 aerogeradores. Uma década atrás o segmento ainda contava com menos de 1 GW de capacidade e hoje é a segunda maior, ficando atrás apenas da hidrelétrica que possui 58,7% do parque instalado no país.

"Os mercados estão se abrindo para novas oportunidades e compromissos com o setor privado. O investimento está atingindo novos recordes e, como resultado, os mercados estão adotando instrumentos financeiros inovadores, como títulos verdes e títulos de construção para preencher a lacuna no financiamento. E os investimentos em energia limpa na região também estão abrindo novas fronteiras para prestadores de serviços e fabricantes de equipamentos, ampliando, assim, o alcance da indústria e aumentando a riqueza", acrescenta Diogo Mariath, com experiência em análise de investimentos, desenvolvimento de projetos renováveis greenfield para participação em leilões de energia, projectfinance e aquisições

Dados da BNEF comprovam que o investimento na capacidade de energia renovável no mundo subiu para US$ 282,2 bilhões, em 2019, 1% acima dos US$ 280,2 bilhões de 2018, mesmo com um cenário de investimentos globais limitados. Durante a COP25 da Conferência Climática das Nações Unidas em Madri, uma nova iniciativa regional coordenada pela Organização Latino-Americana de Energias - OLADE, estabeleceu planos para atingir pelo menos 70% de energia renovável em eletricidade até 2030.

Energias renováveis crescem no ritmo mais rápido em 20 anos, diz AIE



A capacidade de produção de energia renovável cresceu em 2020 no ritmo mais rápido desde o início deste século, disse a Agência Internacional de Energia (AIE) nesta terça-feira (11). Por causa da expansão, a entidade revisou para cima sua previsão para o crescimento das energias eólica e solar para 2021 e 2022.

De acordo com a AIE, as energias renováveis foram a única fonte para a qual a demanda aumentou no ano passado, com os “lockdowns” para conter a covid-19 afetando o consumo de todos os outros tipos de energia.

Cerca de 280 gigawatts a mais de capacidade de produção de energia renovável foram criados em 2020, 45% a mais do que em 2019, informou a entidade com sede em Paris. Este foi o maior salto observado desde 1999.

O aumento ocorreu por causa da construção de fazendas eólicas e solares nas principais economias do mundo. Além disso, também houve uma corrida para concluir projetos renováveis antes do fim de subsídios governamentais na China, nos Estados Unidos e no Vietnã.

A AIE elevou suas previsões de crescimento para 2021 e 2022 em cerca de 25%. Para este ano, a expectativa é de um acréscimo de 270 gigawatts na capacidade de produção. A previsão para o próximo ano é de 280 gigawatts.

A crescente demanda por energia renovável é observada à medida que governos e empresas tentam cortar emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global.

“As energias eólica e solar estão nos dando mais razões para sermos otimistas sobre nossos objetivos climáticos, pois quebram recorde após recorde”, disse o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol.

Birol acrescentou que um maior uso de eletricidade com baixo teor de emissões de carbono é necessário para que o mundo atinja as metas propostas para reduzir o lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera.

Apesar de as energias renováveis estarem ganhando terreno, os combustíveis fósseis continuam sendo a fonte dominante no mundo. Em 2019, antes da pandemia, o petróleo, o gás natural e o carvão representavam 81% do consumo global, afirma a AIE. Espera-se que esse número caia para 76% até 2030, embora um aumento da demanda geral signifique uma maior utilização de energia com uso intensivo de carbono.

A AIE estima que a energia solar terá um papel fundamental na expansão da capacidade global de produção de energia renovável, com acréscimos em 2022 previstos para serem 50% maiores do que em 2019. A entidade também prevê um forte crescimento da energia eólica nos próximos dois anos, embora em uma taxa inferior a 2020.

No entanto, a AIE disse que espera que o crescimento da capacidade de produção na China se estabilize com o fim dos subsídios do governo, apesar da promessa de Pequim de atingir o pico das emissões de carbono antes de 2030.

O aumento dos investimentos na Europa, nos Estados Unidos, na Índia e na América Latina deve mais do que compensar qualquer queda nos gastos chineses em energia renovável, indicou a AIE. A União Europeia (UE) planeja desembolsar US$ 1 trilhão para atingir sua meta de ser neutra em carbono até 2050.
A avaliação da AIE ainda não leva em consideração o plano de US$ 2,3 trilhões em infraestrutura proposto pelo presidente americano, Joe Biden. Parte das medidas anunciadas pelo democrata visa combater as mudanças climáticas.

Se aprovado, a AIE avalia que o pacote de Biden deve impulsionar uma “aceleração muito mais forte da implantação de energias renováveis após 2022”.

Fonte: Valor

Trem Turístico Movido a Energia Solar Fará Trajeto Entre Argentina e Peru


Por Ruy Fontes

Para os amantes da mochila nas costas, paisagens exuberantes e passeios ecologicamente amigáveis, a notícia não poderia ser melhor.

Será inaugurado o primeiro trem turístico da América Latina movido a energia solar, batizado de “Tren de la Quebrada”.

As montanhas entre Jujuy, no noroeste da Argentina, até Cusco no Peru, poderão ser admiradas sem a emissão de poluentes pelo caminho.

Isso porque a tecnologia que transforma os raios solares em energia elétrica, o painel solar, vai equipar o teto dos vagões do trem, previsto para ser inaugurado em breve, segundo o governo da região.

A primeira fase de operação do trem movido a energia solar vai ter um investimento de 9 milhões de dólares.

Pablo Rodríguez Mesina, um dos coordenadores do projeto, já disse que “este é um grande desafio, por que estamos desenvolvendo uma tecnologia nova para o transporte ferroviário do futuro”.

A geração de energia fotovoltaica é a maior aposta para a preservação do meio ambiente, podendo alimentar qualquer tipo de transporte ou até mesmo qualquer casa ou empresa.

No Brasil, mais de 480 mil consumidores já entraram nesse futuro energético através da instalação de um kit de energia solar, o qual abastece empresas, agronegócios e, principalmente, as casas dos brasileiros.

Utilizando os chamados sistemas fotovoltaicos on grid, esses brasileiros conseguem gerar toda a energia que consomem, independentemente do tamanho ou tipo do seu imóvel.

Dessa forma, conseguem uma redução de até 95% no valor de sua conta de luz, além de ficarem imunes aos constantes aumentos, reajustes e até mesmo às bandeiras tarifárias.

Eles fazem parte do segmento de geração distribuída, regulado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 2012 e que, desde então, cresce mais a cada ano no Brasil.

E para quem acha que é um investimento inacessível, fica a dica de ouro:

O custo da energia solar nunca esteve tão baixo e você ainda pode se beneficiar de financiamentos que chegam a até 100% da compra de equipamentos, instalação e mão de obra.

Banco do Brasil lança soluções visando o uso de energia renovável


Financiamento para geração de energia solar e consórcio para aquisição de bens sustentáveis estão disponíveis

O Banco do Brasil lançou nesta segunda-feira (10/05) uma linha de crédito específica para aquisição de sistemas de geração de energia solar em residências e novos grupos de consórcio que estimulam a chamada Economia Verde.

Além desses lançamentos, o BB tem um portfólio completo de soluções que podem atender as necessidades em energia renovável e eficiência energética de todos os segmentos de clientes: pessoa física, pequenas e grandes empresas, produtores rurais e administração pública.

Crédito Energia Renovável

Elaborada para atender à crescente demanda por produtos de energia sustentável e responder à necessidade energética exigida pelo país, a linha BB Crédito Energia Renovável beneficia clientes pessoas físicas, que podem financiar até 100% do valor de sistemas fotovoltaicos, incluindo a instalação.

A linha de crédito tem as seguintes características:
– financiamento de até 100% do valor dos bens mais a instalação;
– parcelamento em até 60 meses;
– até 180 dias para pagamento da primeira parcela;
– juros a partir de 0,75% ao mês;
– valor contratado de R$ 5.000,00 a R$ 100.000,00.

A contratação é 100% digital e pode ser feita pelo App BB. A aquisição dos materiais e a montagem do projeto devem ocorrer em fornecedores que tenham convênio firmado com o BB. Já são cerca de mil parceiros cadastrados.

Consórcio Grupo Verde

O BB lança ainda novos grupos de consórcio cujos bens de referência estimulam a eficiência no uso de recursos naturais e baixa emissão de carbono, considerando os aspectos Ambientais, Sociais e de Governança (ASG) na estratégia dos negócios.

A comercialização desses novos grupos terá como consequência uma ação direta no meio ambiente, promovida pela BB Consórcios em parceria com a Fundação Banco do Brasil, no sentido de apoiar financeiramente instituições que realizam projetos na área de Meio Ambiente e que receberão apoio para a recuperação de áreas degradadas por meio do plantio de mudas de árvores. A cada cota de consórcio comercializada no Grupo Verde, serão plantadas dez árvores. Como a expectativa de consumo desses grupos é de 10 mil cotas vendidas até o final do ano, estima-se o potencial de plantio de até 100 mil árvores em 2021.

O novo produto da BB Consórcios está disponível na modalidade Trator/Caminhão e conta com a taxa de administração promocional no período em que estiver com status em formação e os bens de referência possuem índice de atualização pelo IPCA, com reajuste anual.

Vale lembrar que, assim como nos demais grupos e, seguindo a legislação vigente, a utilização da carta de crédito não fica condicionada à compra exclusiva do bem de referência escolhido. O cliente pode optar pela aquisição de qualquer bem móvel e sua contribuição para o meio ambiente já se dá na aquisição da cota e não na utilização da carta de crédito.

Programa Agro Energia

Para os produtores rurais o BB já conta com o Programa Agro Energia, destinado à implantação de usinas geradoras de energias alternativas e renováveis nas atividades solar, biomassa e eólica, permitindo assim aos clientes reduzirem os custos de produção por meio da utilização de energia limpa e renovável. O programa já contratou R$ 1,34 bilhão em operações.

Potência de energia solar no Brasil atinge 8,8 GW em abril, revela Absolar

Nos primeiros quatro meses do ano foram adicionados 1,1 gigawatts (GW) na capacidade instalada de energia solar no Brasil, incrementada pela Geração Distribuída, em uma corrida para escapar de possíveis novas regras que podem ser aprovadas pelo Congresso Nacional e tornar a operação mais cara. No total, a geração solar representou 1,8% da matriz elétrica brasileira em abril, atingindo 8,813 GW.


De acordo com a associação do setor, Absolar, a Geração Distribuída cresceu 17,8% de janeiro a abril, totalizando 5,485 GW, contra 4,654 GW em dezembro de 2020. Já a geração solar centralizada, que depende de leilões do governo, expandiu apenas 7,5%, para 3,327 GW.

Minas Gerais continua sendo o Estado líder em Geração Distribuída, com 17,8% dos projetos instalados, seguido de São Paulo (12,5%) e Rio Grande do Sul (12,4%).

O setor residencial continua sendo o principal motor da Geração Distribuída no Brasil, com 40% da potência instalada. Em seguida vem o comércio, com 36,7%; o segmento rural, com 13.1% e a indústria, com 8,5%.

Paraná incentiva uso de energias renováveis em propriedades rurais

As vantagens estão despertando a atenção de produtores do Estado que investem na instalação de usinas fotovoltaicas em suas propriedades.


A energia solar pode contribuir consideravelmente para reduzir as taxas de emissão de carbono de diversas atividades e ainda diminuir os custos nas propriedades rurais. Seu uso vem crescendo em todo o mundo e atualmente é considerada uma fonte energética renovável, sustentável e com muitas vantagens sobre outras fontes, como baixo custo de manutenção e uma vida útil prolongada.

Essas vantagens estão despertando a atenção de produtores do Estado que investem na instalação de usinas fotovoltaicas em suas propriedades. O Banco do Agricultor Paranaense, a lei que institui o Paraná Energia Rural Renovável e os programas da Copel, como o Paraná Trifásico e a contratação de pequenos geradores, também têm ajudado a impulsionar esse movimento no setor.

Para Natalin Magni, produtor rural de Ubiratã, o aproveitamento da energia solar já é uma realidade. Ele instalou 44 placas solares que podem gerar 2.200 kWh/mês em sua propriedade. Magni acredita que a energia seja suficiente para suprir todas as necessidades do seu sítio e ainda resultar em um saldo mensal que poderá ser usado como abate de outras contas de energia vinculada à Copel.

Para instalar a sua usina fotovoltaica, Magni buscou o apoio da unidade do IDR-Paraná de Ubiratã e recursos do Pronaf Mais Alimentos, via Banco do Brasil. O valor total do investimento ficou em R$ 76 mil, com sete anos para o pagamento que se inicia ano que vem.

De acordo com Jhonata Mendes Alves, servidor do IDR-Paraná que acompanha o produtor, o uso da energia solar vai trazer uma boa economia para Magni. "Esse tipo de sistema de geração instalado no imóvel consegue produzir a maior parte da energia que é consumida no local", afirmou.

O extensionista lembra que o valor do investimento para a instalação da usina fotovoltaica pode variar de acordo com cada projeto. Além disso, Alves acredita que uma boa pesquisa sobre preços de materiais no mercado pode diminuir esses custos.

O produtor ficou satisfeito com seu novo investimento e destacou a atuação dos extensionistas para fazer com que seu projeto se tornasse realidade. “Tomara que esta usina seja um estímulo para os demais produtores do município e que eles invistam em energias renováveis. Que este seja apenas o primeiro de muitos projetos”, afirmou Natalin Magni.

Jhonata Alves disse que esse projeto foi o marco inicial em energias renováveis para os demais produtores rurais do município. "Muita gente já vem buscando informações no IDR-Paraná. Em breve teremos mais usinas fotovoltaicas gerando energia limpa e melhorando ainda mais a qualidade de vida nas propriedades rurais do município", acrescentou.

Fonte: suinoculturaindustrial

O PROJETO DE LEI (PL) 5829/2019 E AS EMENDAS - GERAÇÃO PRÓPRIA: BENEFÍCIO PARA TODOS

Resumo do PL – geração própria

POR QUE É IMPORTANTE VOTAR A FAVOR?

O PL vai trazer segurança jurídica para os consumidores, empreendedores e investidores em geração própria. Vai colocar o Brasil no caminho do desenvolvimento sustentável e ajudar na geração de empregos e renda. Até o final de 2050 serão: 

  • Mais de 1 milhão de empregos; 
  • Mais de R$ 139 bilhões em investimentos;

Este PL está alinhado com recomendações da Resolução CNPE nº 15/2020, que estabeleceu diretrizes nacionais para políticas públicas de geração própria no Brasil. 

O PL contribui para a competitividade e sustentabilidade dos produtores rurais, motor do País. O setor rural já investiu mais de R$ 2,9 bilhões em energia solar e é responsável por 12,4% de todos os investimentos em energia solar de pequeno e médio portes no Brasil. São mais de 26 mil sistemas em todo o País, abastecendo mais de 36 mil consumidores rurais, com potencial para milhões de pequenos produtores rurais.

O Brasil mal começou a instalar telhados solares: dos mais de 86 milhões de consumidores de energia elétrica no País, apenas 0,6% usam o sol para produzir eletricidade.

Hoje, a geração própria não tem um marco legal que traga a força e segurança da legislação.

O PL nº 5829/2019 vem solucionar esta questão. Ele já está em regime de urgência e pode ser votado no Plenário a qualquer momento. Ao mesmo tempo que ele cria um bom fundamento para o marco legal, acreditamos que pode ser melhorado.

EMENDA PARLAMENTAR

1) Qual é a transição mais justa? 

Conforme constatado em diversos estudos internacionais, até determinados níveis de participação, a geração própria proporciona benefícios que diminuem os custos a todos os consumidores. De acordo com análise da ABSOLAR apresentada à Aneel, este percentual é de 10% no Brasil.

Dessa forma, é fundamental que a transição das condições de compensação considere, como marco inicial para as mudanças, esta participação, de modo a refletir as particularidades de cada região, beneficiando todas as regiões do País.

A metodologia é simples de ser calculada e implementada. Na Califórnia (EUA), a compensação da energia elétrica, sem o pagamento de custos adicionais, foi mantida até que a geração própria atingisse 5% em cada distribuidora do estado, trazendo aos consumidores uma economia de US$ 2,6 bilhões.

2) Qual o valor justo a ser pago?

A cobrança integral pela infraestrutura de distribuição (TUSD Fio B) - proposta no PL 5829/2019 - desconsidera relevantes benefícios técnicos da geração própria, que usa em média 50% da rede em comparação a um consumidor sem geração própria. Este valor permite incorporar, também, os demais benefícios técnicos, econômicos, sociais e ambientais proporcionados pela geração própria de energia.

A proposta de emenda do Dep. Evandro Roman, apoiada pelo setor, prevê o pagamento da metade dos custos da distribuição distribuição de energia elétrica (TUSD Fio B), em linha com o percentual efetivamente utilizado pelo consumidor, após a geração própria atingir 10% da energia elétrica de cada distribuidora.

 

POR QUE DEFENDER A GERAÇÃO DISTRIBUIDA?

O alinhamento do PL 5829 com a Resolução nº 15/2020 do CNPE, órgão máximo de assessoramento do Presidente da República para formulação de políticas e diretrizes de energia, composto por 10 ministérios, pode ser evidenciado através das seguintes características: 

Viabiliza o acesso não discriminatório à GD: pois permite que mais de 60 milhões de unidades consumidoras passem a ter viabilidade financeira nesta modalidade; 

Preza pela segurança jurídica: os que já instalaram seus sistemas, terão as regras mantidas por prazo correspondente à expectativa de funcionamento desses sistemas; 

Permite a correta alocação dos custos da rede, pois prevê a remuneração das concessionárias pelo uso da rede de distribuição e exige, da ANEEL que, em até 12 meses, emita regulamento com vistas a remunerar os benefícios da GD à rede elétrica, ao meio-ambiente e à sociedade; 

Traz previsibilidade ao setor e gradualidade na transição das regras, na medida que prevê prazo de 10 anos para transição entre as regras atuais e as novas, que será possível via Conta de Desenvolvimento Energético - CDE pelo prazo pré-estabelecido;

5 VERDADES E 5 MITOS

1° MITO - A regra atual de incentivo à geração própria de energia penaliza os consumidores comuns;

1° VERDADE - O aumento da geração própria de energia reduz gastos que são debitados na conta de luz de todos os consumidores, como perdas elétricas e investimentos em obras de grande porte. Além disso, reduz o acionamento de termelétricas caras e poluentes e que provocam o acionamento da bandeira vermelha na conta de luz;


2° MITO - Quem não tem energia solar, não tem nada a ganhar com a geração própria, só a perder;

2° VERDADE - Além de benefícios na sua conta de luz, com uma redução de custos do setor elétrico que chegará a mais de R$ 173 bilhões em 2050, a energia solar entrega para a sociedade empregos, renda, arrecadação e um planeta mais sustentável. Até 2050, a solar deverá gerar mais de 1 milhão de empregos, além de trazer mais de R$ 139 bilhões em investimentos;


3° MITO - Incentivos à geração própria contrariam os interesses da maioria dos brasileiros;

3° VERDADE - A pesquisa Ibope Inteligência 2020 revelou que 9 em cada 10 brasileiros querem gerar a própria energia em casa, limpa e renovável. Com o avanço do mercado de energia solar, ela se tornará cada vez mais popular, gerando economia para os brasileiros;


4° MITO - No Brasil, quem não tem condições de instalar painel solar acaba pagando um subsídio para energia solar que beneficia os mais ricos e as grandes empresas;

4° VERDADE - A energia solar está presente em residências, comércios, prédios públicos – como o MME, em Brasília –, projetos sociais – como o “Casa Verde e Amarela” – e em comunidades – como a Favela da Babilônia, no Rio de Janeiro. O preço dos módulos solares caiu mais de 80% nos últimos anos. A exemplo do que aconteceu com os celulares, o crescimento deste mercado levará a energia solar para mais gente, em todos os cantos do Brasil;


5° MITO - Empresários se aproveitam da geração própria para vender energia solar e receber subsídios pagos pela população;

5° VERDADE - Consumidores podem receber energia solar vinda dos próprios telhados ou de forma remota. Esta modalidade, produzida em fazendas solares, torna a energia solar ainda mais democrática, já que permite que quem mora de aluguel, quem não tem condições de investir em um sistema e até mesmo moradores de comunidades carentes se juntem e recebam a solar. ONGs, como a Revolusolar, que atuam em favelas do Rio de Janeiro, usam a modalidade compartilhada para levar energia limpa para quem mais precisa;

Juiz proíbe Estado de cobrar ICMS sobre energia solar, sob pena de multa diária de R$ 10 mil

Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso tramita projeto que pretende proibir cobrança da tributação

Por Lucione Nazareth/VG Notícias



Magistrado arbitrou multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da decisão

A cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sobre a energia solar em Mato Grosso, foi suspensa pelo juiz Carlos Roberto Barros de Campos, da 2ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá.

A decisão liminar, proferida nessa quinta (29.04), atende Mandado de Segurança impetrado por uma consumidora de energia solar, contra a Secretaria de Fazenda de Mato Grosso, o Estado de Mato Grosso e contra a concessionária Energisa Mato Grosso Distribuidora de Energia SA.

A consumidora alega que ela e os demais consumidores de energia solar foram pegos de surpresa nesse mês de abril ao receberem as respectivas faturas e se depararem com a cobrança de ICMS sobre a energia produzida por suas micro e mini usinas fotovoltaicas.

“A título de esclarecimento, carreamos aos autos as faturas de março e abril de 2021 da impetrante, a fim de demonstrar a diferença de cobrança efetuada nesse último mês, quando as autoridades coatoras começaram a descontar ICMS da energia solar distribuída e injetada na rede, retornando ao consumidor valor a menor do que o produzido” destaca.

A consumidora informa nos autos que a Energisa sustenta que a cobrança em questão diz respeito ao ICMS sobre a TUSD – tarifa de utilização do sistema de distribuição, que é um dos componentes da tarifa e que hoje representa 58% dela, ao passo que o outro componente (TE – tarifa de energia) representa 42%.

“Contudo, não se afigura crível que o usuário, ao consumir a energia outrora injetada na rede de distribuição, no sistema de compensação e na mesma quantidade inserida (conforme pontuado na Resolução nº 482 da ANEEL), seja compelido ao pagamento do imposto incidente neste tipo de operação. Assim, tendo em vista que não existe efetiva circulação jurídica de mercadoria em casos tais, forçoso seja afastada aludida cobrança, a fim de, sobretudo, evitar maior lesão ao patrimônio público” justifica a consumidora.

Em sua decisão, o juiz menciona que o Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre prestações de Serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) somente pode incidir em operações relativas a circulação jurídica-comercial de mercadorias, ou seja, ato de mercancia com a mudança de titularidade do bem.

O magistrado também cita decisão do Superior Tribunal de Justiça que há muito tempo sedimentou que “Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte.”

“Feita tais ponderações, a Resolução n. 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, possibilitou à unidade consumidora com microgeração ou minigeração ceder, por meio de empréstimo gratuito, parcela da energia produzida e não utilizada à distribuidora local e, posteriormente, compensá-las com o consumo de energia elétrica ativa em até 5 anos. Como se observa na Resolução, a relação jurídica entre o consumidor e a distribuidora de energia elétrica na modalidade de compensação da energia outrora injetada na rede de distribuição, não se caracteriza como ato de mercancia, porquanto se trata de um empréstimo gratuito” diz trecho da decisão.

Para o magistrado, “não importa o deslocamento físico para que haja incidência de tributo, pois o fato gerador do ICMS só ocorre com a efetiva circulação jurídica da mercadoria, qual seja, a transferência de propriedade”.

Em caso de descumprimento da medida liminar, o magistrado estipulou multa diária de R$ 10 mil. “Destarte, na modalidade de compensação da energia fotovoltaica outrora injetada na rede de distribuição prevista pela Resolução 482/2012 da ANEEL, inexiste a circulação jurídica-comercial de mercadorias, ou seja, ato de mercancia com a mudança de titularidade do bem, à autorizar a incidência do ICMS. Ex positis, CONCEDO a liminar vindicada; por conseguinte ORDENO que a autoridade coatora se abstenha de exigir o ICMS sobre a tarifa de utilização do sistema de distribuição da energia (TUSD) da unidade consumidora nº 6/1289623-9, no sistema de compensação de energia elétrica, no âmbito da mini e microgeração de energia fotovoltaica, sob pena de aplicação de multa diária de R$ 10.000,00 por descumprimento, sem prejuízo de outras sanções cabíveis” decide.

Projeto na Assembleia Legislativa

O deputado estadual Faissal Calil (PV), que apresentou um projeto de lei esta semana na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) que proíbe a cobrança da tributação, comemorou a decisão. O texto apresentado pelo parlamentar já foi aprovado em primeira votação na Casa.

“Quero agradecer ao Judiciário pela coerência em sua decisão e ficou do lado da população mato-grossense. Taxar o sol é ilegal e imoral, além de ceder a ganância das concessionárias. Estarei aqui e continuarei firme na defesa da população contra essa atrocidade. Em breve, nosso projeto será aprovado em definitivo na ALMT e acabaremos com isso em definitivo. Temos o apoio de todos os deputados da Casa nessa luta”, afirmou Faissal.

Equinor compra empresa polonesa de renováveis


A norueguesa Equinor concluiu a compra da empresa polonesa de energias renováveis Wento, por 91 milhões de euros, segundo comunicado desta quarta (5).

Os negócios da Wento incluem um pipeline líquido total de cerca de 1,6 gigawatts (GW) de projetos solares em diferentes estágios de desenvolvimento.

“Esta transação fortalecerá e diversificará nosso portfólio na Polônia, uma área emergente para a Equinor. Isso nos dá uma plataforma de crescimento onshore em um mercado de transição definido para um crescimento significativo de energias renováveis”, disse Pål Eitrheim, vice-presidente executivo de Soluções de Novas Energias da companhia.

Segundo a empresa, essa aquisição está alinhada com estratégia ​​de alcançar gradualmente posições onshore lucrativas em mercados de energia renovável, em busca da liderança na transição energética, além de auxiliar a Polônia nessa transição.

“Estamos ansiosos para crescer em conjunto no mercado de energias renováveis ​​polonês, cumprindo a ambiciosa estratégia de energias renováveis ​​de ambas as empresas”, afirmou Wojciech Cetnarski, CEO da Wento.

Projetos offshore no Báltico e Mar do Norte

Além dos projetos onshore, a Equinor vem fechando grandes negócios offshore na Polônia. O país tem a ambição de desenvolver 5,9 GW de energia eólica offshore até 2030, e até 11 GW até 2040.

Em parceria com a polonesa Polenergia, a companhia está envolvida em três projetos eólicos no Mar Báltico: MFW Bałtyk I, MFW Bałtyk II e MFW Bałtyk III. As duas empresa detêm cada uma 50% de participação nos três projetos.

A companhia norueguesa também está construindo aglomerados eólicos offshore de material no Mar do Norte, envolvendo Reino Unido e Noruega.

Além disso, a Equinor se juntou ao consórcio AquaVentus, que pretende produzir hidrogênio verde alimentado por 10 GW de energia eólica offshore instalada no mar norueguês.

Também no Mar do Norte, a companhia comunicou, em abril, que irá investir na eletrificação de parte de um dos maiores campos de petróleo e gás da região – o Troll West –, em parceria com Petoro, Shell, Total e ConocoPhillips.

O projeto inclui a eletrificação parcial da plataforma Troll B e a eletrificação completa do Troll C. A demanda de energia das plataformas será atendida a partir da costa, o que permitirá que os dois compressores de exportação de gás do Troll C, movidos por turbinas a gás, sejam substituídos por motores elétricos.

A petroleira norueguesa estima uma redução nas emissões de CO2 em quase meio milhão de toneladas por ano, o equivalente a mais de 3% das emissões totais da produção de petróleo e gás na Noruega.

Usina fotovoltaica é instalada no Parque do Sabiá em Uberlândia

Obra terá 628 placas fotovoltaicas e custará R$ 894 mil. Energia gerada será suficiente para abastecer cerca de 360 casas por ano.

Usina deve ficar pronta em setembro deste ano — Foto: Prefeitura de Uberlândia/Divulgação

Começou na última semana a instalação de uma usina fotovoltaica no Parque do Sabiá, em Uberlândia.

Serão instaladas centenas de placas no local, que gerarão energia para abastecer cerca de 360 casas por ano. A obra custará cerca de R$ 894 mil, que serão custeados pela Prefeitura.

A obra é realizada pela empresa Solar Power, que foi contratado pela Prefeitura sob licitação. A usina será instalada ao lado do Parque Aquático Deputado João Bittar Júnior e abastecerá todo o complexo do parque. Serão instaladas 628 placas de 395 watts, que serão responsáveis pela geração de 248 kilowatts de potência, totalizando uma geração média anual de 390 megawatts de energia.

A obra será fiscalizada pelas secretarias municipais de Governo e Comunicação e de Meio Ambiente e Serviços Urbanos.

A previsão é de que a geração de energia da usina pague o custo da obra em três anos e que, após o terceiro ano de funcionamento, ela ajude o município a economizar R$ 300 mil ao ano.

De acordo com o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP), a obra promoverá um forte impacto na cidade.

“Além de contarmos com uma fonte de energia renovável e limpa, seremos os responsáveis, portanto, pela geração da nossa própria energia com a capacidade de abastecer todo o complexo do Parque do Sabiá”, explicou.
Por G1 Triângulo e Alto Paranaíba

Aparelho de baixo custo usa a luz do Sol para remover o sal da água do mar


O planeta se chama Terra, mas 70% de sua superfície é coberta de água e a maior parte dela está nos oceanos e é salgada e imprópria para o consumo. A água doce representa apenas 2,5% desse total, o que torna a substância formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio uma das mais cobiçadas do mundo.

Uma solução para este problema pode vir do estudo publicado por cientistas chineses no Instituto Americano de Física, nos EUA. Eles desenvolveram um dispositivo movido a energia solar capaz de remover o sal da água.

“É um aparelho relativamente simples, que não requer altos investimentos e pode ser utilizado em grandes concentrações de água”, diz o professor Chao Chang, um dos responsáveis pelo projeto.

Esquema da unidade de dessalinização (Imagem: Reprodução/AIP)

Como funciona

O equipamento tem uma camada de óxido de nitreto de titânio (TiNO) capaz de absorver a energia que vem do sol. O TiNO é colocado sobre um tipo especial de papel impermeável que permite sua flutuação na água do mar.

O resto, a natureza se encarrega de fazer. Quando a luz solar atinge a superfície de titânio, ela aquece e vaporiza a água. Um recipiente de quartzo condensa e coleta o vapor, produzindo uma quantidade considerável de água doce.

"No campo da energia solar, TiNO é um revestimento absorvente solar comum, amplamente utilizado em sistemas solares de água quente e em unidades fotovoltaicas. Ele tem uma alta taxa de absorção solar e pode converter energia solar em energia térmica", explica o professor Chang.

Óxido de nitreto de titânio usado para absorver energia solar (Imagem: Reprodução/AIP)

A ideia

Os pesquisadores descobriram que era possível aplicar camadas de TiNO por meio de uma técnica conhecida como pulverização catódica de magnetron. Eles usaram um papel feito de fibras de madeira, muito utilizado na fabricação de fraldas descartáveis, para absorver a água salgada.

Com uma camada de TiNO na parte superior, um isolante térmico no meio e o papel poroso na parte de baixo, estava pronto o dispositivo movido a energia solar. Faltava apenas outra camada de isolamento, que foi feita utilizando uma espuma de polietileno com poros cheios de ar para reter o calor.

“O dispositivo também é ecologicamente responsável. O papel poroso usado como substrato pode ser reutilizado e reciclado mais de 30 vezes", diz o professor Chang.

Eficácia

A salinidade da água dos oceanos em condições normais é de aproximadamente 75 mil miligramas de sal por litro. A água potável que sai da torneira, depois de passar por todos os processos de purificação, tem uma salinidade próxima dos 200 miligramas por litro.

Dispositivo reduz a quantidade de sal na água do mar para menos de dois miligramas por litro (Imagem: Reprodução/AIP)

Nos testes feitos em laboratório, o dispositivo criado pela equipe do professor Chang conseguiu diminuir a quantidade de sal na água do mar para menos de dois miligramas por litro.

Atualmente, segundo a ONU, cerca de 2,2 bilhões de pessoas carecem de água potável em todo o planeta. Com um resultado tão promissor, combinado ao baixo custo de produção em grande escala, essa tecnologia de dessalinização movida a energia solar tem um potencial incrível para amenizar o problema da falta de água doce.

Fonte: AIP

No Ceará, 588 placas de energia solar são instaladas em estação de metrô da capital

Placas de energia solar que foram instaladas na estação do metrô, em Fortaleza
Foto: Governo do Ceará
As placas de geração de energia solar foram instaladas no Metrô de Fortaleza, no estado do Ceará, na Estação Juscelino Kubitschek

A Estação Juscelino Kubitschek, unidade localizada no Metrô de Fortaleza, capital do estado do Ceará, recebeu 588 placas de energia solar. O projeto de instalação das placas solares está em fase final e a empresa responsável receberá um aval da Enel para operar e realizar testes com o sistema fotovoltaico antes do funcionamento.

A instalação das placas de energia solar no metrô de Fortaleza, Ceará

Igor Ponte, diretor-presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos, disse que mesmo já tendo o metrô um sistema eletrificado, o que contribui muito para a redução de poluentes, a instalação das placas de energia solar no Metrô de Fortaleza, no Ceará, busca ainda mais consolidar o compromisso com o desenvolvimento sustentável e com o meio ambiente.

Toda a eletricidade gerada pelas placas de energia solar na Estação Juscelino Kubitschek será transferida para a rede elétrica da capital do Ceará e logo depois irá retornar para o metrô – será um crédito em produção elétrica, que resultará em descontos nas contas de luz da empresa responsável.

O governo do estado do Ceará estima que a eletricidade produzida pelas placas de energia solar na Estação Juscelino Kubitschek e em outra estação que irá receber também as placas será suficiente para cobrir a demanda de energia de pelo menos quatro estações da Linha Sul.

Outra estação no estado do Ceará receberá placas de energia fotovoltaica

A Estação Padre Cícero está sendo preparada para receber as placas de energia solar e os demais equipamentos necessários para a instalação do sistema. Cerca de 294 placas de energia solar serão instaladas no Metrô da capital do Ceará.

Entre as estações Juscelino Kubitschek e Padre Cícero, serão instaladas 882 placas de energia solar, distribuídas entre elas. A Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos já estuda a expansão do projeto de instalação de placas de energia para outras estações na capital do Ceará.

A Absolar divulgou que o estado de Minas Gerais possui cerca de 938,1 megawatts instalados de potência de energia solar na geração distribuída. Em todo o estado mineiro, cerca de 80.160 sistemas estão em operação distribuídos em 841 cidades, que atendem cerca de 110.520 consumidores. O estado de Minas Gerais agora está em primeiro lugar no ranking de estados com energia solar distribuída em todo o Brasil.

A Associação Brasileira de Energia Solar e Fotovoltaica ainda divulgou que o estado do Espírito Santo tem alcançado resultados notáveis ​​no segmento de energia fotovoltaica e na geração distribuída, o estado tem mais de 6.600 ligações operacionais, encontradas em todos os 78 municípios do estado. A Associação ainda acrescentou que hoje existem cerca de 7.612 consumidores de energia elétrica solar no estado do Espírito Santo.

Com fim de subsídio, aumentaram os pedidos de instalação de energia eólica e fotovoltaica

Dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel mostram que nos meses de janeiro a agosto do ano passado – período anterior à publicação da MP – cerca de 931 projetos para instalar usinas de energia solar e eólica foram apresentados, no qual esses pedidos tinham um potencial de 41 GW.

Isto logo após a aprovação da MP, que garante que essas usinas derivadas de recursos renováveis ​​alternativos tenham descontos nas tarifas de transmissão e distribuição. Isso torna a eletricidade que eles produzem mais barata – entre setembro do ano passado e março deste ano – o número de pedidos para a instalação de projetos de energia solar e eólica dobraram, chegando a 1.886 pedidos. O planejamento mostra que, caso forem aprovados, o potencial desses novos projetos chegaria a 85 GW de energia.

Reserva de ações da companhia de energia solar Rio Alto termina hoje. Vale investir?

Foto: Getty Images

Estreia na bolsa está prevista para quarta-feira (28), com o código RIOS3. A companhia é uma das maiores geradoras de energia solar fotovoltaica do Brasil.

Termina hoje (23) o período de reserva para pequenos investidores comprarem ações da Rio Alto Energias Renováveis antes da estreia na bolsa, prevista para quarta-feira (28), com o código RIOS3. A companhia é uma das maiores geradoras de energia solar fotovoltaica do Brasil.

Atualmente, a empresa possui, por meio do Fundo de Investimento em Participações Rio Alto, uma fatia de 14,8% em três usinas em funcionamento: Coremas I Geração de Energia, Coremas II e Coremas III, com uma capacidade total de geração de 93,6 megawatt-pico.

O negócio tem ainda 100% de participação em cinco ativos em construção que devem iniciar a operação este ano e somam 156 megawatt-pico de capacidade, e 100% em sete projetos em fase de estruturação: Sol do Agreste, Coremas IX, Coremas X, Santa Luzia 1, Santa Luzia 2, Santa Luzia 3 e Lagoa Tapada, com previsão de início das operações ao longo de 2021, 2022 e 2023 e capacidade de geração total adicional de 1.570 megawatt-pico.

Fundada em agosto de 2020, a Rio Alto Energias Renováveis teve receita de R$ 183 mil no ano passado e prejuízo de R$ 3,7 milhões. Considerando os resultados consolidados do Grupo Rio Alto, o prejuízo em 2020 foi de R$ 3,8 milhões, 65,4% menor que o prejuízo de R$ 11,1 milhões em 2019.

A casa de análises independente Eleven Financial aconselha não entrar na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), por entender que a relação entre risco e retorno não é atrativa e que existem outras opções mais atraentes no setor de energia. O analista Renato Pinto afirma, em relatório, que a maior parte dos resultados da companhia em 2024 virá dos projetos em desenvolvimento e que essa é a parcela que apresenta maior risco, na sua projeção.

Conforme Pinto, 50% da energia desses projetos ainda não foi contratada, assim como os contratos de financiamento ainda não foram estruturados. "Se compararmos com outras empresas do setor de energia, que têm histórico de resultados e são boas pagadoras de dividendos, a Rio Alto Energia não apresenta potencial de valorização atrativo e não será negociada com um desconto atraente que justifique sua recomendação", diz.

Contudo, na avaliação do analista, essa companhia será interessante de acompanhar a medida que seus projetos evoluírem, por ser um concorrente de baixo custo tanto no desenvolvimento quanto na operacionalização do negócio de geração solar.

A casa de análises independente Suno Research também recomenda não aderir à oferta, pelo fato de a maioria dos projetos estar em fase pré-operacional, em que o risco de execução é relevante. Além disso, na visão dos analistas Rodrigo Wainberg e João Daronco, há incertezas de governança e o preço é pouco atrativo, sem margem de segurança. No entanto, eles afirmam que vão continuar acompanhando o desenvolvimento dos projetos.

"A Rio Alto é uma das maiores empresas do setor de geração de energia fotovoltaica no Brasil. Ela está presente em um segmento muito promissor devido ao aumento de demanda por energia projetado para os próximos anos, consequência do crescimento econômico. Portanto, as energias renováveis são cada vez mais procuradas pelas empresas", dizem, em relatório.

Mais sobre a oferta

A oferta é primária, quando são emitidas novas ações e o dinheiro vai para o caixa da companhia. Do dinheiro captado, 90% irão para investimentos nos projetos de geração de energia solar em construção e desenvolvimento, 7,5% para reforço de caixa e capital de giro e 2,5% para investimentos em futuros projetos de energia solar.

Os acionistas atuais são Edmond Chaker Farhat Junior e Rafael Sanchez Brandão, que têm 50% cada e podem cair para até 21,8% cada se forem exercidos os lotes adicional e suplementar.

Para fazer a reserva de ações da empresa, basta o investidor avisar a corretora quantos papéis gostaria de comprar no IPO e por qual preço. O valor mínimo para participar da primeira venda de ações do negócio é de R$ 3 mil, e o máximo, de R$ 1 milhão.

A Rio Alto estabeleceu o intervalo indicativo de preço por ação entre R$ 15,87 e R$ 20,63. Nas ofertas de ações, as companhias e os bancos coordenadores testam uma faixa de preço. Se a venda acontecer no valor mais alto, significa que a demanda pelos papéis foi grande. Já se a venda acontecer no valor mais baixo, significa que a demanda pelos papéis foi pequena.

O valor será fixado na segunda-feira (26). Considerando o meio da faixa de preço, de R$ 18,25, e a oferta base de 44,1 milhões ações, a operação pode movimentar R$ 805 milhões. Além da oferta base, podem ser exercidos um lotes adicional de 8,8 milhões de papéis e um lote suplementar de 6,6 milhões de papéis.

A operação é coordenada por XP, BTG, Bradesco BBI e Credit Suisse.

Cuidados para investir

Investir em IPO é cilada se o investidor não entender a fundo o que está comprando, segundo analistas. Na avaliação deles, em geral, é mais seguro comprar ações de empresas já listadas, porque as companhias tendem a ter mais histórico de números e a se comunicar melhor com o mercado.

Mas há boas (só que mais raras) oportunidades nas ofertas para quem estiver disposto a estudá-las com atenção. Empresas que estreiam na bolsa são como "small caps", termo em inglês usado para se referir a ações de empresas consideradas menores quando comparadas às gigantes da bolsa.

Por estarem ingressando no mercado, essas companhias podem ter um futuro promissor pela frente, com alto potencial de crescimento e bom retorno para os acionistas. Muitas delas são inovadoras ou atuam em setores ainda não consolidados. E a vantagem de investir no IPO é a chance de conseguir um preço ainda mais barato pela ação.

Por outro, pode ser uma aventura de dar frio na barriga. Isso porque são ações que apresentam maior risco e volatilidade, além de terem menor volume de negociações na bolsa, ou seja, pode ser difícil vender os papéis sem ter que "dar desconto". Isso faz com que essas ações sejam mais indicadas para quem pode deixar o dinheiro investido em longo prazo.

Da mesma forma que podem ter um ótimo crescimento, isso pode simplesmente não acontecer, e o investidor pode perder muito dinheiro. Analistas aconselham só participar de IPOs de companhias de setores totalmente novos na bolsa, ou cujas ações estão mais baratas do que as das concorrentes já listadas.

É preciso conhecer as perspectivas para o setor, como a empresa ganha dinheiro, quais são as suas vantagens competitivas e quais são os riscos para o seu negócio. Para saber se o papel está barato na oferta, é preciso analisar múltiplos como o preço sobre o lucro.

Nada disso é simples. Os analistas levam dias para avaliar se vale a pena participar do IPO de uma empresa. Casas de análises como a Levante, a Suno Research e a Eleven Financial produzem relatórios pagos com essas avaliações para pequenos investidores.

Fonte: Por Júlia Lewgoy, Valor Investe

Painéis transparentes de energia solar podem aumentar a vida útil das placas fotovoltaicas, afirmam cientistas

Painel de energia solar transparente: Fonte Scientific
Cientistas criam painéis de energia solar transparentes usando nanocamadas que aumentam a eficácia das placas fotovoltaicas de 23% para 26%

Com a missão de aumentar a capacidade das placas fotovoltaicas, cientistas do Centro de Pesquisa Julich querem utilizar nanocamadas para criar painéis de energia solar transparentes. Atualmente, as células que estão disponíveis no mercado são construídas à base de silício cristalino, e entregam uma eficiência de 23% na retenção de energia solar.

De acordo com as pesquisas dos cientistas, os painéis de energia solar transparentes podem fazer com que essa eficiência chegue em torno de 26%. A princípio, parece pouco, mas já seria o suficiente para baratear a geração de energia nesse setor, por conta da redução dos custos de produção das placas fotovoltaicas.

Apesar de serem muito melhores do que antes, os painéis de energia solar ainda apresentam problemas na parte de absorver a luz solar e geração de energia. Nesse processo, uma quantidade grande de cargas positivas e negativas, ao se combinarem, são canceladas, ou seja, são desperdiçadas.

Painel Solar Transparente, Será que Realmente Presta?

Os painéis de energia solar, criados pelos cientistas, possuem camadas ultrafinas e maleáveis, além, claro, da transparência. Essas maleabilidade e transparência fazem com que a incidência da luz nas placas fotovoltaicas não seja reduzida.

Esse tipo de material gera uma condutividade elétrica muito alta, sendo mais eficiente do que as placas fotovoltaicas que temos instaladas nos telhados.

Segundo o professor Kaining Ding, nenhuma inovação até agora combina passivação, transparência e condutividade como o seu novo design. Nos testes que os cientistas fizeram em laboratório, as nanocamadas atingiram uma eficiência energética maior do que às das células de silício, que são as mais atuais do mercado.

Como são feitos os painéis de energia solar?

Para produzirem os painéis, os cientistas usaram uma faixa fina de dióxido de silício e aplicaram, na forma de pirâmide, uma dupla camada de nanocristais de carboneto de silício com temperaturas distintas. No final do processo, foi adicionada uma camada transparente de óxido de índio.

O que garante a eficácia na absorção e armazenamento da luz nas novas placas fotovoltaicas é justamente a sobreposição de camadas. Além disso, o contato entre as camadas elimina as etapas de recozimento em altas temperaturas, diminuindo o tempo de fabricação e aumentando a produção das células fotovoltaicas.

O mercado de energia solar

De acordo com a IEA, o uso de energia solar, em 2022, poderá ser de 30%, levando em conta países com uma grande capacidade instalada de geração, como a Alemanha, EUA, China e Japão.

O Brasil entrou, no ano passado, para o ranking de 20 países líderes em energia solar no mundo, com uma produção de cerca de seis mil megawatts. Embora tenha crescido em abundância, a energia solar ainda é representada por menos de 2% da matriz energética no Brasil.