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Portugal no impulso de armazenamento de energia nos leilões de Energia Solar

Galamba: Os leilões de PV de meados de 2019 e início de 2020 oferecem 1,35 GW e 700 MW, respectivamente (Crédito: Governo português)

Portugal vai lançar o seu sector de armazenamento de energia organizando o seu primeiro leilão dedicado no próximo ano, a PV Tech pode revelar.

João Galamba, secretário de estado de energia, disse a esta publicação que planeja oferecer 50-100MW de capacidade para renováveis ​​em 2020, em data ainda a ser decidida.

“Queremos mantê-lo totalmente aberto, atrair as melhores e mais inovadoras tecnologias”, disse Galamba, que substituiu o antecessor Jorge Seguro Sanchez em outubro de 2018.

"Pode ser baterias, pode ser qualquer outra coisa, desde que seja renovável e despachável - vamos deixar o mercado decidir qual é a melhor solução", acrescentou.

A sua declaração segue os recentes apelos de especialistas para que Portugal “avance” para tecnologias de armazenamento , para ajudar a gerir o excedente anual de 800-1.200 GWh na produção de energias renováveis ​​esperado até 2020; As opções de poder-para-gás são vistas pelos pesquisadores como particularmente promissoras.

Leilões de PV de 1.35GW (2019) e 700MW (início de 2020)

A unidade de armazenamento de energia surge no momento em que o governo socialista do primeiro-ministro António Costa trabalha para produzir um boom de energia solar fotovoltaica, cuja contribuição no ano passado (1,5% do consumo nacional de energia) foi muito superada pelo vento (23%).

Dois leilões específicos para PV neste ano e no próximo lançarão as bases do plano de Portugal, que requer o aumento da capacidade fotovoltaica de 572MW em 2018 para 1,6GW em 2021 e de 8,1GW-9,9GW em 2030.

Uma figura de 1,75 GW foi recentemente divulgada na imprensa, mas Galamba disse à PV Tech que os leilões em meados de 2019 e no início de 2020 oferecerão 1,35 GW e 700 MW, respectivamente. Isto representa a capacidade que Portugal pode acomodar com base nas estimativas que o operador da rede publicou num plano de investimento já aprovado, explicou o secretário de Estado.

O próximo passo, Galamba continuou, é um terceiro leilão durante o segundo semestre de 2020. A capacidade oferecida durante este terceiro exercício será definida por um novo plano de investimento no qual a operadora da rede está trabalhando, acrescentou.

Os termos completos de engajamento para o primeiro leilão de 2019 devem ser publicados no final de abril ou início de maio, disse Galamba. As empresas poderão colocar seus lances um mês antes do leilão e serão obrigadas a fornecer a localização exata da rede onde desejam construir, acrescentou.

O secretário de Estado revelou que a demanda já está sólida meses à frente. “Antes, quando concedíamos licenças através de um processo administrativo, a demanda já estava acima de 5 GW”, disse ele. “Agora que anunciamos o leilão, diferentes escritórios em Portugal nos dizem que a demanda é ainda maior, podendo até dobrar antes de realmente ser realizada”.

Leilão de duas camadas para atender a todos os gostos do PPA

De todos os países do sul da Europa, a Espanha acumulou a maior parte dos holofotes do recente retorno PV, alcançado na maior parte sem subsídios.

Galamba acredita que é também a hora de Portugal. “Nossa capacidade solar fotovoltaica instalada é muito baixa, mas somos o país da Europa com o maior potencial, com dois terços de nosso território recebendo mais de 1.800 horas de luz solar por ano”, disse ele.

Na Espanha, os desenvolvedores descobriram que pode ser uma luta para garantir fornecedores sólidos e financiamento bancário para projetos. Galamba argumenta que o design de duas camadas que Portugal escolheu para seus leilões de PV ajudará a mitigar esses problemas, acomodando as necessidades divergentes de cada desenvolvedor. 

Segundo ele, todo leilão terá duas modalidades separadas. Com um preço fixo, a primeira opção ajudará os produtores que lutam para conseguir PPAs ou financiamentos, enquanto a segunda opção - sem tarifas fixas - será uma boa opção para os produtores que já estão negociando ou negociando PPAs, disse Galamba.

“Com este modelo dual, deixamos o próprio mercado escolher a maneira pela qual eles querem participar. Acreditamos que isso garante que todos os modelos implementados sejam financiáveis ​​e que aqueles com PPAs existentes também tenham um lugar ”, acrescentou o secretário de Estado.

Leilões à parte, o vizinho ibérico da Espanha vai descer a rota dos subsídios públicos? As palavras de Galamba não indicam mudanças no horizonte além do atual status quo. "Nós respeitaremos todos os contratos e extensões de tarifa feed-in existentes, que foram decididos anos atrás, mas não estamos fornecendo novas extensões", disse ele.

João Galamba, secretário de estado da energia, discursará no evento Large Scale Solar Europeem Lisboa, Portugal, nos dias 26 e 27 de março, organizado pela Solar Media, empresa-mãe da PV Tech.

Efacec ganha quatro centrais fotovoltaicas do Minho aos Açores


A empresa da Maia vai executar quatro novos projetos de energia no mercado português, que equivalem à plantação de 70 mil árvores. Em "pipeline" tem outros contratos na Europa, na América Latina e em África,

A Efacec anunciou esta segunda-feira, 11 de fevereiro, que vai executar quatro novas centrais fotovoltaicas nos Açores, Beja, Vila Nova de Famalicão e Guimarães, equivalendo os "ganhos de sustentabilidade" com estes novos projetos à plantação de cerca de 70 mil árvores.

A nova central com capacidade de 600 kW que visa dar mais autonomia energética à ilha de Santa Maria resultou de um concurso público internacional lançado pela EDA Renováveis, enquanto a central fotovoltaica de Moura (com 1 MW), no Alentejo, foi adjudicada pela EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva.

Já os projetos de Famalicão e Guimarães, com uma capacidade de 1,43 MW e de 1 MW, respetivamente, são referentes a centrais fotovoltaicas do grupo TMG (área têxtil e automóvel). Em conjunto, informa a empresa da Maia em comunicado, vão "evitar a emissão de 5.850 toneladas de CO2, o equivalente à plantação de 37 mil árvores, gerando, ao mesmo tempo, energia para 1.049 habitações".

Apresentando-se como líder em autoconsumo solar fotovoltaico a nível nacional, a Efacec tem em "pipeline" alguns projetos na Europa, América Latina e África, sustentando ter como "vantagem competitiva o desenvolvimento de soluções chave-na-mão (EPC - Engineering, Procurement and Construction), com a possibilidade de incluir equipamentos fabricados ‘in house’" e oferecer serviços de assistência através da divisão de O&M.

Em junho de 2018, a companhia liderada por Ângelo Ramalho ganhou um contrato para a construção e operação de uma central solar no Chile, reforçando o posicionamento da empresa nacional no mercado das energias renováveis neste país da América Latina, onde passará a contar com uma potência instalada de quase 70 MW.

Imagina você mesmo instalando um Sistema de Energia Solar sem burocracia? Veja como é em Portugal


O Brasil precisa crescer muito ainda no que tange a geração de energia por fontes renováveis, no caso dos sistemas de energia solar fotovoltaica, o mecanismo de instalação de sistemas fotovoltaicos ainda se recai numa vasta necessidade de burocracias desde projetos elétricos do mais simples, no caso de projetos elétricos unifilares até projetos mais complexos como os trifilares e outros projetos necessários.

Alem, que para instalação de uma usina fotovoltaica de minigeração no território brasileiro, se faz a obrigação de responsabilidades técnicas, é fato que em projetos mais amplos e complexos esses profissionais se fazem necessário sem dúvida. Mais é notório e verdadeiro que em projetos mais simples como os de baixa tensão como os que são de até 1,5kWp ou 6 módulos de 250W, são sistemas mais simples e com uma tensão e corrente baixa, que poderiam ser instalados simplesmente como se fosse a instalação de um equipamento na tomada.

Na Europa, isso já é possível a burocracia juntos as agências controladoras de energia desburocratizarão a necessidade de profissionais ou empresas para instalação de projetos até 1,5kW em alguns países até 2kWp, podendo esses equipamentos serem comprados em até supermercados, levados para casa, com um manual e serem instalados pelo próprio consumidor, conectando ele simplesmente numa tomada, sem ter que por ou passar por circuitos mais complexos ou caixas de proteção.

Com essa possibilidade o aumento dos sistemas menores tomaram maior expressividade e amplitude, com isso o consumidor de baixa tensão pode com uma simples carta de informação a concessionária local, informar que a partir daquela data se tornará um auto-consumidor de energia por fontes renováveis. Após a instalação a concessionária local ao passar para fazer a leitura da sua conta de luz faz uma simples vistoria informando a concessionária que foi feita a ligação de forma correta.

É um grande avanço que já é realidade a mais de 4 anos em muitos painéis na Europa. E no Brasil quanto tempo isso vai demorar pra se enquadrar? Se demorou maus de duas décadas pra o uso de energia solar demorou pra chegar no Brasil imagina essa nova possibilidade de negócio? precisamos todos se unir e busca essa possibilidade juntos as agencias brasileiras.

Para mais informações e consultória na área pode entra informações pelo email: ecosolarenergiasrenovaveis@gmail.com ou raoni.pinheiro@gsenergias.com.br

Por Raoni Pinheiro

Reportagem Portuguesa:


Escola Superior de Enfermagem do Porto reduz pegada ambiental


Instituição de ensino superior adota a sustentabilidade energética como vetor estratégico para a construção de melhores e mais eficientes soluções para os seus estudantes e investigadores.

Dando resposta à vontade global de racionalização e eficiência na utilização de recursos naturais, a Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP) tem desenvolvido diversas iniciativas de combate às alterações climáticas, adaptando os seus edifícios de forma a torna-los energeticamente mais eficientes.

De facto, este impulso de adaptação de edifícios fundamenta-se na necessidade de um esforço coletivo em construir um mundo mais sustentável, mitigando o impacto ambiental inerente à atividade humana.

A pensar nisto, são várias as ações de intervenção que têm reduzido o consumo de recursos dos três edifícios públicos da ESEP garantindo, por um lado, poupanças energéticas significativas e, por outro, diminuindo a sua pegada ecológica.

Uma das medidas mais emblemáticas implementadas pela ESEP está relacionada com o aproveitamento das águas pluviais.

Entre 2011 e 2012, com vista a diminuir a utilização de água potável canalizada em vasos sanitários, foi instalado um reservatório para recuperação e filtragem de águas pluviais, com capacidade para armazenar cerca de 50 mil litros e cuja implementação permitiu uma poupança média anual de €2.200,00 na fatura da água.

Ainda no âmbito de racionalização de recursos, agora para aquecimento de águas sanitárias, foram instalados 12 painéis solares térmicos, permitindo diminuir a utilização de energia proveniente de fontes não renováveis e, ainda, possibilitando poupanças significativas na fatura de energia.

A pensar, também, no conforto de toda a comunidade da ESEP, foram implementadas medidas ao nível do isolamento térmico, instalando-se telhas térmicas, permitindo isolar a temperatura do edifício, reduzindo custos com a eletricidade.

Aprofundando o nosso comprometimento com o apoio à transição para uma economia de baixo teor de carbono, a ESEP implementou o Projeto de Eficiência Energética na ESEP, financiado pelo Fundo de Coesão da União Europeia, no âmbito do programa POSEUR – Programa Operacional para a Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos e que permitiu aumentar a eficiência energética associada à infraestrutura de outro edifício da ESEP, designado por Polo Dona Ana Guedes.

Entre 2017 e 2018 foram, então, colocados vão envidraçados, alterados os sistemas de iluminação interior e exterior para o sistema LED, remodelada a central térmica e instalado um sistema de produção fotovoltaico, permitindo aumentar a eficiência energética e, assim, obter uma redução efetiva dos custos energéticos.

Com a execução deste projeto, a ESEP obteve uma redução efetiva dos custos energéticos e da sua pegada de carbono, aumentado o seu grau de imunidade aos incrementos macroeconómicos dos custos energéticos e implementando, efetivamente, energias renováveis com um impacto visível no seu consumo energético.

Reforçando o seu comprometimento com a sustentabilidade do planeta, e com o objetivo de incentivar a sua comunidade a implementar medidas de aceleração da apropriação de energias de tração alternativas e ambientalmente mais favoráveis, em 2018, a ESEP apresentou candidatura para instalação de posto de carregamento para veículos elétricos na sua sede.

Este novo projeto, a concluir ainda este ano, foi cofinanciado pelo Fundo Ambiental, da responsabilidade do Ministério do Ambiente e Transição Energética, e visa fomentar o desenvolvimento sustentável pelo incentivo à introdução de veículos de baixas emissões, contribuindo para o cumprimento dos compromissos nacionais relativos às alterações climáticas.

Em 2019, novos projetos e empreendimentos encontram-se em preparação, procurando dotar a ESEP de soluções mais sustentáveis, construindo, paulatinamente, um espaço de aprendizagem e de ciência responsável e comprometido com a preservação do planeta no presente e para o futuro.

A Ilha Graciosa alimentada a 100% por energias renováveis


Apesar de ser um teste, a Ilha Graciosa (Portugal) foi abastecida por energia verde a 100%, produzida pelos painéis fotovoltaicos e pelo parque eólico da Serra Branca.

Representando um investimento de 24 milhões de euros, o projeto Graciosa Energy System prevê que cerca de 65% da energia disponível na ilha seja proveniente de fontes renováveis.

Trata-se do primeiro sistema mundial de energia híbrida, usando até 100% de energia proveniente de fontes renováveis, como o vento e o sol, que é armazenada em baterias, sistema este que poderá vir a ser implantado em outras ilhas em todo o mundo.

Tudo é comandado por inovador sistema de gestão de energia desenvolvido pela empresa alemã Younicos, tendo como objetivo a paragem da atual central térmica para produção de energia.

O projeto baseia-se na integração de produção eólica e solar com uma potência instalada de 4,5 MW e 1 MW, complementada por um conjunto de baterias de última que permitirão o armazenamento de energia com a potência de 3,2 MWh.

Nomeado de 'Graciólica' é um projeto com projeção a nível europeu, que irá para colocar a ilha Graciosa como a primeira ilha 100% verde na produção e armazenamento de energia sendo uma pioneira nas Regiões Ultraperiféricas.

Assista o vídeo:



Fonte: MeoBeachcam

Portugal aposta em plataformas flutuantes para capturar energia solar

Com cada vez mais demanda de consumo de energia em todo o mundo, há a necessidade de repensar os métodos de geração de energia atuais. Em Portugal, por exemplo, está surgindo uma proposta bacana: a instalação de plataformas flutuantes em espelhos d'água para captar energia solar — chamadas de Plataformas de Energia Solar Flutuante.


A ideia é começar a construir a novidade depois da finalização do maior parque eólico flutuante na costa de Viana do Castelo, o que deve acontecer em 2019. De acordo com previsões do Banco Mundial, nas próximas duas décadas haverá uma explosão na oferta e demanda de energia solar, em especial por meio dessa tecnologia flutuante.

Esses painéis solares previnem o crescimento de algas nas áreas represadas e também inibem a evaporação em climas mais quentes, prevenindo até 90% dessa evaporação graças à sua estrutura especialmente desenvolvida para esta finalidade. Ainda, a energia solar flutuante não ocupa espaço em terra e, portanto, não precisa de investimentos para a preparação do piso ou do solo para acomodar as estruturas dos painéis.

Já falando em desvantagens, aqui entra o custo. É que plataformas flutuantes e a fiação resistente à água são mais caras do que seriam em painéis terrestres. De qualquer maneira, o investimento vale a pena, porque o custo dos painéis está caindo no país — pioneiro desta tecnologia na Europa.


Entre 2016 e 2017, Portugal criou a primeira central do tipo na Barragem do Alto Rabagão. O sistema tem capacidade de 220 quilowatts no pico e produz 300 MWh por ano. A tecnologia vem apresentando, ainda, vantagens ambientais com a proteção da radiação solar no meio subaquático, com menor proliferação de algas e com redução do efeito eutrofizante, diminuindo as emissões de gases de efeito estufa. Ainda é uma solução mais cara do que painéis instalados em terra, é verdade, mas especialistas já vêm estudando soluções otimizadas para reduzir esse diferencial em um prazo não muito longo.

Assim, espera-se que, em um futuro próximo, vejamos mais e mais plataformas flutuantes de energia solar sendo construídas ao redor do mundo, com espelhos d'água se tornando painéis de captação de energia solar, que converte a luz do Sol em eletricidade por meio da tecnologia fotovoltaica — visando mais eficiência e menos dano para o meio-ambiente.

Fonte: pplware

Energia Solar Flutuante… de Portugal para o mundo


Com o consumo de energia a aumentar, com a necessidade maior de obtenção de energias limpas, os espaços em terra começam a ficar pintados com paisagens de painéis solares apontados à luz. Contudo, é nos espelhos de água onde a expansão será cada vez mais notada. Falamos nas plataformas de Energia Solar Flutuante.

Depois do projeto de construção, para 2019, do maior parque eólico flutuante ao lago da costa de Viana do Castelo, a cerca de 20 quilômetros, o país aposta agora na inovação também no campo da energia solar, com a introdução da energia solar flutuante e as centrais hidroelétricas.

O que são, para que servem e como se instalam as plataformas de energia solar flutuante

Foram instaladas em todo o mundo um total de 1,1 gigawatts (GW) de energia solar a partir do passado mês de setembro, de acordo com um novo relatório do Banco Mundial (PDF). Estes números são o equivalente à quantidade de capacidade de painéis solares tradicionais instalados em todo o mundo no ano 2000, segundo o relatório.

O futuro reclama a utilização da energia solar flutuante

O Banco Mundial espera que, depois de 18 anos de energia solar já a fazer parte da vida das pessoas, a explosão da energia solar flutuante aconteça nas próximas duas décadas. Isso porque a energia solar flutuante não é simplesmente “painéis solares na água”.

Os painéis solares previnem o crescimento de algas nas áreas represadas e inibem a evaporação em climas mais quentes. Há dados que mostram haver perdas nos grandes lagos no sudoeste dos EUA como Lake Mead e Lake Powell de 3237km² de água por evaporação por ano, como refere a Escola de Silvicultura e Estudos Ambientais de Yale.

É aqui que “floatovoltaics” (estrutura solar flutuante) pode prevenir até 90% dessa evaporação. Além disso, a energia solar flutuante evita ocupar espaço em terra que é igualmente outro custo a subtrair ao valor da energia recolhida.


Outro benefício da energia solar flutuante é a não necessidade de investir na preparação do piso, do solo para colocar as estruturas de painéis solares. Normalmente, os painéis de inclinação fixa são ligados a uma plataforma flutuante que está ancorada no fundo do reservatório. A maioria dos sistemas envia eletricidade através de inversores flutuantes, embora em algumas instalações menores os inversores estejam situados em terra.


O lado negativo é, obviamente, o custo. As plataformas flutuantes e a fiação resistente à água são mais caras nos painéis de água do que seriam nos painéis terrestres. Como os preços dos painéis fotovoltaicos solares vêm a cair, o custo extra para fazer um sistema flutuante pode evitar que esta aposta se torne muito cara.

Portugal foi pioneiro ao nível europeu

A primeira central fotovoltaica combinada de hidro e flutuação foi instalada em Portugal entre 2016 e 2017 na Barragem do Alto Rabagão.


Segundo a EDP (empresa que instalou os painéis), o sistema tem capacidade instalada de 220 quilowatts no pico (kWp) e produz 300 MWh por ano. O sistema resistiu a um aumento de 1 metro em condições adversas, como deu a conhecer a empresa em dezembro de 2017.

Esta tecnologia tem também inúmeras vantagens ambientais relacionadas com a proteção da radiação solar no meio subaquático, com menor proliferação de algas e a redução do consequente efeito eutrofizante, com diminuição de emissões de gases de efeito estufa. Ainda existe um caminho a percorrer para aproximar esta solução dos custos das opções convencionais em terra. No entanto, já estão a ser estudadas soluções otimizadas que permitirão reduzir esse diferencial num prazo não muito distante.

O Banco Mundial observa que um dos primeiros pares hidroelétricos e solares existe na central hidroelétrica de Longyangxia, em Qinghai, na China. Aqui, no entanto, as instalações solares foram construídas em 2013 e 2015, para que os painéis sejam instalados em terra. Mas a combinação hidro-solar ainda oferece uma visão de como a energia solar flutuante poderia funcionar noutras áreas.

O sistema híbrido é operado de forma que a geração de energia dos componentes hidráulicos e fotovoltaicos se complementam.

Escreve o Banco Mundial. Quando os painéis solares estão a produzir energia suficiente, a central hidroelétrica de Longyangxia reduz a quantidade de água que passa pelas turbinas, o que resulta em mais água atrás da barragem para operação durante as madrugadas.


O mercado de fotovoltaicos flutuantes tem crescido. Até este ano, nenhum sistema solar flutuante tinha capacidade de pico superior a 100 megawatts, mas a partir de 2018, vários sistemas solares flutuantes de 100 MW foram ligados à rede, sendo o maior deles um parque flutuante de 150 MW.

Os locais de minas inundados na China suportam a maioria das maiores instalações.

  • Observa o Banco Mundial.
O custo benefício é quem mais ordena

À medida que os custos diminuem, podemos ver mais energia solar flutuante. Pelo menos, temos o espaço para adicionar fisicamente muito mais, de acordo com o Banco Mundial. A organização escreveu que “a estimativa mais conservadora” da área de superfície disponível para a energia solar flutuante “é superior a 400 GWp, o que equivale à capacidade acumulada de energia solar fotovoltaica acumulada em 2017”.

Assim, estamos perante uma real transformação das áreas naturais, onde os espelhos de água passarão a painéis de captação solar. O mote é dado pela conversão de energia solar em eletricidade por via da tecnologia fotovoltaica, que tem vindo a evoluir de forma acelerada no sentido de menores custos e de melhor eficiência.

Fonte: pplware

Quando a energia solar é fonte de poupança na agricultura


Com os visíveis efeitos das alterações climáticas em Portugal, os produtores agrícolas têm percecionado um aumento nas despesas relacionadas com o consumo de energia e água. Com o objetivo de contrariar esta situação, a Boa Energia aposta na modernização dos recursos hídricos, através da implementação da solução Maslowaten, que permite alcançar ganhos energéticos nas explorações bem como reduzir custos de produção.

É uma solução inovadora e ecológica que consiste no uso de sistemas de bombagem fotovoltaica para irrigação agrícola, maximizando a utilização fotovoltaica em sistemas de bombagem e rega de larga escala, obtendo poupanças que poderão ultrapassar os 50%.

Este sistema de bombagem fotovoltaica permite, através de programação associada a um algoritmo, minimizar o impacto das interrupções associadas à produção de energia fotovoltaica. Assim, é garantida a segurança do abastecimento e a fiabilidade dos equipamentos a curto e longo prazo. O sistema poderá ser isolado ou integrado com apoio da rede ou gerador de rega já existente, sendo adaptada à sazonalidade e às necessidades de cada exploração.

“Sabemos que os agricultores portugueses têm sofrido com as recentes alterações climatéricas obrigando-os a fazer esforços acrescidos para conseguir assegurar as melhores condições para as suas explorações. Vemos e sentimos esses esforços principalmente no Verão. Fomos selecionados para integrar os seminários de transferência de tecnologia do projeto Maslowaten e sermos representantes desta solução em Portugal. 

Este sistema permite maximizar a utilização de energia fotovoltaica na agricultura e gerar poupanças que poderão chegar ou ultrapassar os 50%. Acreditamos que a modernização da agricultura em Portugal passará por ideias inovadoras aliadas à tecnologia e à sustentabilidade. Só assim estaremos todos mais comprometidos com a agricultura portuguesa” admite Miguel Aroso, cofundador da Boa Energia.

O Projeto Maslowaten, coordenado pela Universidade Politécnica de Madrid, conta ainda com a participação da Universidade de Évora.

A Boa Energia dedica-se a serviços e comercialização de equipamentos de energias renováveis e eficiência energética. Entre estas soluções, a empresa pretende apoiar os diferentes setores e sensibilizar a população portuguesa para a escolha para energias renováveis.

Fonte: Boas Notícias

1228 painéis solares permitem reduzir custos com energia nas Águas do Porto

Empresa municipal prevê reduzir factura do consumo energético e reduzir as emissões de CO2 para a atmosfera.
Os painéis estão instalados na cobertura dos três reservatórios de água

Desde meados de Julho que 1228 painéis solares instalados na cobertura dos três reservatórios da Águas do Porto, na Rua do Barão de Nova Sintra, em Portugal, estão a ajudar a empresa municipal a reduzir a factura do consumo energético. A estimativa é que no primeiro ano de funcionamento a central fotovoltaica permita poupar cerca de 50% dos custos da energia ativa, reduzindo as emissões de CO2 para a atmosfera em 217 toneladas por ano.

Foi em Abril do ano passado que a empresa municipal lançou um concurso para a “concepção e construção da central fotovoltaica no edifício sede das Águas do Porto”. O valor do investimento previsto era de 484 mil euros, mas segundo a informação enviada ao PÚBLICO pelo gabinete de imprensa da autarquia, o investimento total acabou por ficar-se nos “307 mil euros”. Um valor que, acrescenta a mesma fonte, deverá ser amortizado “em apenas oito anos”.

Considerado “um enorme passo na sustentabilidade econômica da empresa e ambiental da cidade do Porto”, a central está, por enquanto, a funcionar apenas para autoconsumo da empresa, mas o objectivo é que o excedente da energia produzida possa ser “exportado”.

Segundo os dados avançados pelo gabinete de imprensa, a energia ativa consumida pelas Águas do Porto é, atualmente de “cerca de 743,451 kWh/ano”. A estimativa é que a central fotovoltaica produza 462.396 kWh/ano, dos quais, 336.295 kWh/ano se destinam ao autoconsumo. “O restante valor energético poderá ser exportado”, lê-se na resposta escrita.

Portugal entre os mais competitivos na energia solar

O ministro da Economia disse hoje que Portugal é um dos países mais competitivos do mundo para produzir energia solar e está a ganhar novas centrais que permitirão sextuplicar a produção nacional até 2025 e sem subsídios estatais.

Manuel Caldeira, Cabral, ministro da Economia

“O que soubemos [Governo] fazer foi valorizar junto dos investidores internacionais o que são as condições naturais do país, fazer um enquadramento regulatório claro e transparente que atraísse o investimento e criar condições para que estes investimentos crescessem num país que, na energia solar, é dos mais competitivos do mundo”, afirmou Manuel Caldeira Cabral.

O ministro falava aos jornalistas no concelho de Ourique, no distrito de Beja, no Alentejo, onde hoje inaugurou a Central Solar Fotovoltaica Ourika!, a primeira grande central solar da Europa a produzir energia em regime de mercado, ou seja, sem tarifas garantidas ou outros subsídios estatais que acarretam custos para os consumidores e contribuintes.

A central solar, que foi a primeira a ser licenciada em Portugal para operar em regime de mercado e implicou um investimento de 35 milhões de euros, tem uma potência total instalada de 46 megawatts-pico e, durante 30 anos, vai produzir 80 gigawatts-hora de energia por ano, o suficiente para garantir o consumo de 25 mil famílias.

Segundo o ministro, em Portugal, já estão licenciados mil megawatts e há “pouco mais de mil megawatts em processo de licenciamento” para novas centrais solares que irão produzir sem subsídios.

Com os mil megawatts já licenciados, será possível “mais do que triplicar” até 2021 e “multiplicar por seis” até 2025 a capacidade de produção de energia solar em Portugal e “sem subsidiação”, admitiu.

“Isto demonstra que Portugal, hoje, é um país competitivo em termos de energias renováveis sem precisar de subsídios”, frisou, explicando que a “expansão muito forte do solar” e o ‘boom’ de novas centrais solares decorrem das “ótimas condições” do país para produção de energia solar, da evolução tecnológica e do “quadro regulatório estável, que dá confiança aos investidores” e lhe permite “ser competitivo a preços de mercado”.

“Portugal tem das melhores condições, não só na Europa, mas [também] a nível mundial, para produção de energia solar e o que se vê é que, de facto, os investidores responderam bem”, sublinhou.

“Esta estratégia que seguimos de um quadro regulatório sem subsídios vai, a prazo, contribuir para a descida do preço da energia em Portugal”, frisou, referindo que o Governo quer “continuar com uma estratégia consistente de aumentar o espaço das energias renováveis na produção”, mas “cada vez onerando menos os consumidores” e, neste sentido, as novas centrais a produzir “sem qualquer subsídio, portanto sem qualquer custo adicional para os consumidores”.

Por outro lado, as novas centrais “garantem” que Portugal vai passar a ser “cada vez mais um exportador de energia, um país que cumpre e até ultrapassa as metas ambientais que se propõe na União Europeia e, “progressivamente”, terá “custos de energia mais baixos, tornando as empresas mais competitivas e dando mais poder de compra às famílias”.

Fonte: Dinheiro Vivo

Primeira grande central solar da Europa sem tarifas garantidas já produz em Ourique

A primeira grande central solar da Europa a produzir energia sem tarifas garantidas ou outros subsídios estatais já está a funcionar no concelho de Ourique, no Alentejo, após um investimento de cerca de 35 milhões de euros.

A Central Solar Fotovoltaica Ourika!, que ocupa uma área de 100 hectares situada perto da aldeia de Grandaços, no concelho de Ourique, no distrito de Beja, ficou concluída em junho, começou a produzir energia no início deste mês e vai ser inaugurada na quinta-feira, disse hoje à agência Lusa fonte da empresa promotora, a MorningChapter.

Segundo a empresa, a central, que tem 30 anos de vida útil e uma potência total instalada de 46 megawatts-pico (MWp), distribuídos por 142 mil painéis solares, vai produzir 80 gigawatts-hora (GWh) de energia por ano, o suficiente para garantir o consumo de aproximadamente 25 mil famílias.

Trata-se da “primeira” central solar fotovoltaica “de grandes dimensões” a ser construída na Europa para operar em regime de mercado, ou seja, sem tarifas garantidas ou outros subsídios estatais que acarretam custos para os consumidores e contribuintes, refere a MorningChapter.

De acordo com a empresa, a central, que envolveu cerca de 150 trabalhadores na fase de construção e vai empregar “pelo menos cinco pessoas” nos serviços de operação e manutenção, é “pioneira”, porque “vem provar o novo paradigma para a energia solar na Europa” baseado no regime de mercado.

A central foi projetada para provar que é “possível” produzir energia através de uma grande central semelhante à de Amareleja, no concelho de Moura, também no distrito de Beja, que tem uma potência total instalada de 46,41 megawatts-pico (MWp) e chegou a ser maior do mundo, “mas sem o impacto negativo no preço da energia”, refere a empresa.

A central de Amareleja, no total dos seus 25 anos de vida útil, pode implicar um sobre custo em tarifas garantidas de aproximadamente 200 milhões de euros e que deverá ser pago por todos os portugueses, frisa a empresa.

Segundo a MorningChapter, a central está “alinhada com todas as exigências do novo regulamento de ligação de geradores às redes da União Europeia” e é a primeira ligada diretamente à rede nacional de transporte (RNT) de eletricidade, gerida pela empresa REN – Redes Energéticas Nacionais, ao contrário das já existentes, que estão ligadas à Rede Nacional de Distribuição, gerida pela empresa EDP Distribuição.

A energia produzida pela Ourika!, a primeira central solar a ser licenciada em Portugal para operar em regime de mercado, é vendida no mercado ibérico ou exportada para qualquer outro mercado da União Europeia.

A central tem dimensão para “fazer a diferença na redução da necessidade de importação de combustíveis, aumentando a independência energética nacional e europeia” tanto de gás natural importado da Rússia como de energia nuclear, frisa a empresa.

A inauguração, com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, vai decorrer a partir das 15:00 e incluir uma cerimônia de apresentação do projeto, no auditório da Biblioteca Municipal de Ourique, seguindo-se uma visita à central e o descerramento da placa de inauguração.

Fonte: Sapo24

Governo arranca com “nova vaga” de centrais solares que vão triplicar produção

A primeira grande central solar da Europa a produzir energia sem tarifas garantidas ou outros subsídios estatais já está a funcionar em Ourique Distrito de Beja, região do Alentejo, Portugal.

Foto: Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

O Governo vai assinalar quinta-feira o arranque de “uma nova vaga de centrais solares” com a inauguração da primeira sem tarifas garantidas de várias que começam a funcionar até 2021.

Em declarações à agência Lusa, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, salientou que esta “é a primeira de uma nova vaga de centrais solares que se estão a construir por todo o país e que já incluem mais de mil megawatts licenciados e outros mil megawatts em licenciamento”.

“Esse parque de 46 megawatts é o primeiro de um conjunto relativamente amplo de parques que vamos estar a inaugurar nos próximos três anos e que vão trazer um triplicar da capacidade solar até 2021 e, provavelmente, uma multiplicação por seis na capacidade de produção a partir de energia solar até 2025”, notou o governante.

Esta quinta-feira é, assim, inaugurada a primeira grande central solar da Europa a produzir energia sem tarifas garantidas ou outros subsídios estatais, que já está a funcionar no concelho de Ourique, no Alentejo, após um investimento de cerca de 35 milhões de euros.

A Central Solar Fotovoltaica Ourika, que ocupa uma área de 100 hectares situada perto da aldeia de Grandaços, no concelho de Ourique, no distrito de Beja, ficou concluída em junho e começou a produzir energia no início deste mês, informou à Lusa a empresa promotora, a MorningChapter.

A central, que tem 30 anos de vida útil e uma potência total instalada de 46 megawatts distribuídos por 142 mil painéis solares, vai produzir 80 gigawatts-hora de energia por ano, o suficiente para garantir o consumo de aproximadamente 25 mil famílias, adiantou a companhia.

De acordo com Manuel Caldeira Cabral, as outras centrais que já estão em construção têm uma dimensão que varia entre os 10 megawatts e os 200 megawatts e estão localizadas, essencialmente, no sul do país “devido a haver melhores condições de exposição solar”.

“O que esperamos é que ao longo de 2019 vários destes parques solares e destas centrais solares vão entrando em funcionamento”, acrescentou o governante.

Caldeira Cabral realçou que tanto no caso da central esta quinta-feira inaugurada como nas restantes estão em causa infraestruturas sem tarifa ‘feed-in’, isto é, sem subsídios à produção.

“O que fizemos foi criar condições de concurso para que quem queira investir nesta área o possa fazer. Criámos também condições transparentes para o licenciamento da ligação à rede, para dar confiança aos investidores, e o que vimos foi que, de facto, dadas as condições muito propícias que Portugal tem, há muitos investidores, quer nacionais, quer estrangeiros, que estão interessados em investir”, observou o governante.

Caldeira Cabral destacou ainda o “potencial de produção muito interessante” do país na área das renováveis, considerando que esta aposta no solar vai completar o mix energético do país, no qual a eólica ou hídrica já assumem “uma posição importante”.

Fonte: TSF Rádio Notícias

Central com 142 mil painéis solares inaugurada no Alentejo - Portugal

O governo inaugura uma ?nova vaga? de centrais solares que vão triplicar produção de energia.

É inaugurada hoje uma central solar gigante no Alentejo, que vai produzir eletricidade para 25 mil casas. Tem 142 mil painéis solares ao longo de quase 100 hectares junto à aldeia de Grandaços, no concelho de Ourique.

“Vai ser a primeira central com esta dimensão (na Europa) sem custos para os utilizadores”, diz o ministro da economia, Manuel Caldeira Cabral, à agência Lusa, “sem subsídios à produção. O que fizemos foi criar condições de concurso para quem queira investir nesta área”.

A central, que tem 30 anos de vida útil e uma potência total instalada de 46 megawatts distribuídos por 142 mil painéis solares, vai produzir 80 gigawatts-hora de energia por ano, o suficiente para garantir o consumo de aproximadamente 25 mil famílias, adiantou a companhia.?

Esse parque de 46 megawatts é o primeiro de um conjunto relativamente amplo de parques que vamos estar a inaugurar nos próximos três anos e que vão trazer um triplicar da capacidade solar até 2021 e, provavelmente, uma multiplicação por seis na capacidade de produção a partir de energia solar até 2025?, referiu o ministro da economia.

Fonte: Rádio Comercial

Barcos movidos a energia solar chegam a Tavira em Portugal

Ambos os barcos da Solar Moves foram fabricados pela empresa algarvia Sun Concept (Fotos: D.R.)

A mais recente empresa de passeios de barco de Tavira no Distrito de Faro, região e sub-região do Algarve em Portugal, Solar Moves, abriu portas no dia 1 de Maio deste ano. Os barcos desta empresa são pioneiros na cidade, uma vez que cada um possui seis painéis solares, fazendo com que naveguem a custo zero por milha. Para além disso, não consomem combustíveis fósseis e não produzem gases de efeito de estufa. Estamos assim perante o que a empresa chama de “passeios amigos do Ambiente”. O POSTAL esteve à conversa com o skipper dos barcos, Pedro Costa, que revelou quais os tipos de viagem disponíveis, como é que os barcos funcionam e qual tem sido o feedback dos que já tiveram oportunidade de passear com a Solar Moves.

Pedro Costa começa por revelar quais os objetivos principais da empresa: “pretendemos ser uma empresa inovadora e diferente, começando pelos barcos e por todo o leque de ofertas que temos a bordo. Depois, pretendemos proporcionar bons momentos às pessoas, demonstrando que as energias renováveis e, neste caso, os barcos solares são um bom caminho para o futuro.

‘Pretendemos coexistir com o Ambiente e não suplantá-lo’

Apesar de a ideia desta empresa não ter sido de Pedro, este conta ao POSTAL como surgiu. Um dos sócios-fundadores sempre teve vontade de criar um conceito de passeios marítimo-turísticos, virado para as preocupações ambientais e com uma forte componente histórica. “Ou seja, passeios apenas na Ria, sem saídas ao mar, com algo mais do que transportar pessoas do ponto A para o ponto B, mas sim de contar a História de tudo”, explica Pedro Costa. 

Esse mesmo sócio-fundador deparou-se com um carro eléctrico na estrada e foi nesse preciso momento que lhe surgiu no pensamento “e porque não um barco eléctrico?”. Posto isto, “a pesquisa foi imediata e o conceito e a construção dos barcos é de origem algarvia. Após o passeio de demonstração ficamos imediatamente rendidos e daí a ter os barcos na água foi um abrir e piscar de olhos”, refere o skipper dos barcos.

Cada barco possui seis painéis solares

Para além da vantagem de não poluírem nem a atmosfera, nem a Ria, estes barcos não fazem qualquer tipo de ruído, como nos explica Pedro Costa. “Os nossos barcos são eléctricos, temos baterias que são carregadas através dos painéis solares e os motores são eléctricos. Portanto, não há poluição, seja marítima, atmosférica ou sonora. Não há ruído, não existe o cheiro da gasolina, nem sequer fazemos espuma como os outros. É um passeio mais suave”.

O Ambiente é o factor mais importante para a Solar Moves e é ainda nesse sentido que dentro dos barcos, sempre que possível, não existem materiais de plástico ou de vidro, até as taças e as bases dos copos são feitas de madeira e cortiça. Para além disso, os vouchers da empresa são de papel reciclado e todas as frutas e sumos servidos a bordo são biológicos e da região. Como explica Pedro, a ideia da empresa é “coexistir com o Ambiente e não suplantá-lo”.
"Há seis opções de passeios pela Ria Formosa"
Quanto às viagens, a Solar Moves apresenta seis opções entre a Praia do Barril e Cacela Velha, que apenas são possíveis devido à autorização do Instituto da Conservação da Natureza e da Floresta. O primeiro, de 150 minutos, denomina-se “Tavira e as suas vilas Piscatórias” e tem como objectivo dar a conhecer a história da cidade, dos viveiros e das salinas. O segundo, “Cacela Velha”, com o mesmo tempo de duração, para além de dar a conhecer a história, apresenta uma experiência gastronómica com sabor a marisco e acompanhada de um bom vinho.

A terceira opção é para os amantes de pássaros, o passeio “Bird-watching”, dura 120 minutos e dá a conhecer as rotas migratórias de mais de 200 espécies de aves que todos os anos passam pelo Algarve. Neste passeio, o cliente tem a opção de pedir um especialista no assunto. O “Passeio Natureza”, de 150 minutos, trata-se de uma viagem, liderada por um especialista, que promete dar a conhecer o melhor da vida selvagem na Ria Formosa. 

Para os mais corajosos, a Solar Moves apresenta o “Mergulho no Mar”, um passeio de 120 minutos até à Ilha Deserta de Cabanas, que permite aos participantes conhecerem o fundo do mar com o auxílio de máscaras de oxigénio. Por fim, esta revela ser uma empresa versátil, que dá a opção aos clientes de apresentarem uma rota e um orçamento. Para além disso, existe ainda a opção de se realizarem passeios noturnos.

Fonte: Postal

Siemens vai equipar a maior central solar que está a ser construída em Portugal

A multinacional alemã foi contratada para construir, no prazo de um ano, a subestação da central fotovoltaica de Alcoutim, que produzirá energia equivalente ao consumo de 130 mil habitantes.

A Siemens assegurou o contrato para a construção da subestação que vai ligar à rede elétrica a maior central solar que está em construção em Portugal, o projeto Solara 4, no qual um consórcio sino-irlandês está a investir cerca de 200 milhões de euros.

A subestação permitirá ligar à rede de muito alta tensão a central fotovoltaica que está a ser construída em Alcoutim, e que terá uma potência de 220 megawatts (MW), informou a Siemens em comunicado. Será a maior central solar da Europa sem tarifas subsidiadas e uma das 20 maiores centrais solares do mundo.

O empreendimento é desenvolvido pela empresa irlandesa Welink e pela China Triumph International Engineering e deverá produzir energia suficiente para cobrir o consumo elétrico de 130 mil habitantes.

A construção da subestação deverá estar concluída no prazo de um ano, informa o comunicado divulgado pela Siemens.

A Solara4 é a maior central solar em construção em Portugal, embora haja já um outro projeto fotovoltaico em fase de licenciamento que, se aprovado, será ainda maior. Trata-se de uma central de 300 MW a construir em Ourique, no Baixo Alentejo.

Fonte: Expresso

Portugal: Renováveis representaram 61% da produção nacional

As Energias Renováveis continuam em destaque no segmento da energia.


Segundo a APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis, só no primeiro semestre de 2018 as energias representaram 61% do total da produção elétrica de Portugal Continental, um resultado bastante impulsionado pela maior disponibilidade de recursos, em especial, hídricos e eólicos.

No período em análise é ainda de destacar positivamente um conjunto de 623 horas, não consecutivas, o que equivale a 26 dias, em que a eletricidade renovável foi suficiente para, só por si, abastecer o consumo elétrico nacional.

Durante o primeiro semestre de 2018 ainda se destaca a aprovação pelas instituições europeias da meta de contribuição de energias renováveis para 2030, no âmbito da Diretiva das Renováveis. O valor acordado cifrou-se em 32 %, o que representa um aumento significativo face ao valor inicialmente proposto pela Comissão Europeia de 27%.

Repartição das Fontes na Produção de Eletricidade em Portugal Continental

Relativamente à repartição das fontes de produção de energia elétrica em Portugal Continental, como referido 61% correspondeu a energia renovável e os restantes 39% a energia fóssil. Dentro da energia renovável, a maior percentagem corresponde à energia eólica seguida da energia hídrica. Com menor percentagem está a energia solar e Bioenergia (energia obtida através da biomassa).

Mercado da Energia

Desde o início de janeiro até ao final de junho o preço médio do mercado spot Ibérico de eletricidade foi de 50,4 €/MWh. Esse valor caracterizou-se por ser 2 % inferior ao do período homólogo do ano anterior (51,4 €/MWh). Se a análise recair em junho verifica-se um preço médio de mercado de 58,48 €/MWh, um valor superior ao valor homólogo dos últimos anos.


É ainda de realçar as decisões tomadas na Diretiva de Eficiência Energética e no modelo de Governação da União da Energia também aprovadas no pacote legislativo para 2030, das quais se salientam:
  • A aposta no autoconsumo, que vê reconhecido o direito de não ser penalizado por custos de acesso à rede na componente da energia auto-consumida.
  • A definição de uma trajetória linear de penetração de energia renovável no seu mix para atingir a meta estabelecida até 2030.
  • A meta para a eficiência energética – 32,5% face aos valores de 1990, mostrando a necessidade de uma atuação concertada não só no setor da eletricidade, mas também no dos transportes e no aquecimento e arrefecimento.
Relatório Completo aqui

Fonte: pplware

Ambiente autoriza construção da maior central solar de Portugal

Projeto avaliado em €270 milhões será desenvolvido em Ourique. Mas ainda precisa de duas aprovações.


A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu uma declaração de impacto ambiental favorável à construção da maior central solar fotovoltaica do país e uma das maiores da Europa, com uma potência de 300 megawatts (MW). A luz verde do Ambiente chega, contudo, com algumas condições. E o promotor, a empresa International Solar Development Corporation (ISDC), tem ainda de obter um conjunto adicional de licenças antes de poder avançar com a construção da central em Ourique.

A aprovação da APA foi dada a 26 de abril. Mas a ISDC terá de reformular o desenho da central, com nova localização para a subestação, para preservar áreas de montado de azinho e não usar duas áreas classificadas como reserva agrícola nacional. O promotor também terá de assegurar a continuidade do acesso principal à povoação de Panóias e reavaliar o impacto visual negativo da central junto ao rio Sado. Essas condicionantes levarão a que o projeto fique com menos de 300 MW de capacidade, mas a empresa não sabe para já precisar qual a dimensão final da central.

A luz verde do Ambiente é um passo relevante no desenvolvimento do maior projeto de energia solar em curso em Portugal, que suplanta, inclusive, a central de 200 MW projetada para o concelho algarvio de Alcoutim (a construir por um consórcio entre uma empresa chinesa e uma irlandesa). O empreendimento de Ourique é da ISDC, uma empresa portuguesa com dois acionistas: a Alpac Capital (sociedade de capital de risco do empresário Pedro David) e a Feliteira (do empresário e professor universitário Mário Baptista Coelho, que participou no desenvolvimento da central solar da Amareleja).

VÁRIOS DESAFIOS

A construção da central de Ourique implicará um investimento de €270 milhões. Mas como irá a ISDC financiar o projeto? A empresa assegura que esse dossiê está tratado, mas recusa-se a detalhar quem são os investidores e financiadores. “Temos assegurado todo o investimento necessário para este projeto”, respondeu Pedro David ao Expresso.

Sendo esta uma central de larga escala em mercado (sem tarifas subsidiadas), dificilmente obterá financiamento sem apresentar garantias de que ao longo da vida útil do projeto ele libertará receita suficiente para cumprir o serviço da dívida. A maior garantia que um promotor pode dar a um investidor é assinar um contrato de longo prazo para a venda de energia a um determinado comprador. Pedro David não quis revelar ao Expresso se a ISDC já tem ou não algum comprador para a energia da central de Ourique. 

É uma missão complicada. As grandes elétricas terão reticências em comprometer-se a comprar por um longo prazo (10 ou 15 anos) toda a eletricidade de uma central de 300 MW (energia que terá alguma intermitência). Em alternativa, a ISDC poderá tentar contratar a venda da energia a vários compradores, à medida que as várias fases da central sejam concluídas.

O calendário do projeto prevê que no segundo semestre de 2018 sejam instaladas as infraestruturas da central. Em 2019 serão construídos os primeiros 100 MW, em 2020 outros 100 MW e em 2021 os últimos 100 MW.

Mas, para já, a ISDC apenas tem na mão a licença ambiental. Falta ainda obter outras autorizações. Por um lado, a empresa está a aguardar autorização do Ministério da Agricultura para poder num mesmo terreno fazer exploração agrícola e produzir energia solar. Pedro David assegura, contudo, que “o projeto não é de forma alguma posto em causa” pela decisão que aquele ministério venha a tomar. Depois, a ISDC precisará de obter licença de produção da direção-geral de Energia e Geologia (DGEG). Se essa autorização chegar a empresa terá de entregar ao Estado português uma garantia bancária, que apenas recuperará se e quando concretizar a construção da central.

E há ainda um ponto crucial para o projeto: ter ligação à rede de transporte de eletricidade. Para já a rede elétrica não está preparada para receber, em Ourique, uma central de 300 MW. O investimento terá de ser articulado com a REN — Redes Energéticas Nacionais e aprovado pelo Governo. “Apoiaremos todos os esforços no sentido de serem criadas as condições para Portugal poder ser um país líder em energias renováveis de venda em mercado livre”, comentou Pedro David.

Fonte: Expresso

Sol e nanopartículas transformam água salgada em potável

Por Nuno Patrício

O Sol é uma fonte de energia que pode ser aproveitada em várias vertentes. Uma das últimas descobertas é que esta energia pode ajudar a converter água salgada num líquido potável. A descoberta foi realizada por um grupo de investigadores das universidades de Yale e Rice.

Quando pensamos na fonte de energia proveniente do Sol e juntamos a componente água, surge logo a questão da evaporação. 

É precisamente com esse princípio que os investigadores das universidades de Yale e Rice estão a desenvolver este novo mecanismo de transformação e reaproveitamento dos recursos hídricos com elevado teor de sal.
Sol, nanoparticulas e água

O Planeta está a braços com um problema de escassez de água, ainda que, na sua constituição, dois terços sejam ocupados por este elemento químico. O problema é que, à partida, a água não é potável para o ser humano e atividades agrícolas.

Agora, o engenho e arte já conseguem superar este problema. Mas transformar este recurso torna-se caro e moroso e por isso estudam-se e inventam-se novos processos. 

É usando a energia do sol e as nanopartículas que os investigadores da Universidade de Yale e Rice desenvolveram um sistema que poderá ser aproveitado, fora da rede de distribuição normal, em áreas remotas ou em ambientes domésticos junto ao mar.

O sistema, apelidado como destilação por membrana solar nanofotónica ativada (NESMD - Nanophotonics-Enabled Solar Membrane Distillation), é constituído por uma membrana porosa de nanopartículas de carbono negro. 

As nanopartículas usam a energia solar para aquecer a água num dos lados da membrana, que filtra o sal e outros contaminantes não voláteis, ao mesmo tempo em que permite a passagem do vapor de água.

A investigadora do departamento de Física, no labortatório de Menachem Elimelech, em Yale, Akshay Deshmukh, refere que “em vez de aquecer a água antes de entrar no módulo, o sol aquece na própria superfície da membrana. Uma das grandes vantagens disso é que este módulo pode ser usado em qualquer lugar porque depende apenas da existência de luz solar".

 
A tecnologia está ainda a dar os seus primeiros passos, levando os investigadores a afirmar que este tipo de aparelho pode ser utilizado numa ampla gama de aplicações. Os usos potenciais para o sistema incluem o tratamento de água produzida por operações de extração de óleo e gás de xisto, bem como na reciclagem de água usada nas residências de áreas menos desenvolvidas.

Este tipo de equipamento poderá num futuro próximo ser de grande utilidade visto "requer uma energia mínima de bombeamento para a conversão ideal do destilado liquido, e há várias maneiras de otimizar ainda mais a tecnologia para torná-la mais produtiva e eficiente", afirma Naomi Halas, a engenheira biomédica da universidade de Rice, que lidera o projeto NEWT’snanophotonics research efforts.

Este projeto está a ser financiado através de uma doação de 18,5 milhões de dólares da National Science Foundation (NSF). O projeto NEWT foi fundado em 2015 para fornecer água potável a milhões de pessoas e tornar a produção de energia dos Estados Unidos mais sustentável e econômica.
Centrais dessalinizadoras usam sistemas de osmose inversa

Atualmente no processo de dessalinização, amplamente utilizado, a água salgada passa através de uma membrana e emerge, dessalinizada, do outro lado. 

Conhecido como osmose inversa ou reversa, o processo é muito eficiente em termos energéticos, mas não funciona bem em água com uma salinidade muito alta. 

Em Portugal, ilha de Porto Santo, Madeira, existe uma central deste tipo a funcionar, mas com uma capacidade limitada e com custos energéticos muito elevados.

Existem outros tipos de dessalinização que envolve processos térmicos em que a água é evaporada e depois condensada. É eficaz, mas esse método usa muita energia devido à quantidade de calor necessária. Os processos térmicos são frequentemente situados perto de centrais elétricas ou químicas que fornecem vapor como fonte de calor.

Há também destilação de membrana, que usa calor e membranas. Ele é capaz de dessalinizar água com alta salinidade usando calor residual ou de baixa qualidade. No entanto, ainda requer uma fonte de calor externa, o que significa que ela precisa estar conectada a alguma forma de infraestrutura de energia.

Porto Santo vai ser a primeira “ilha inteligente” do mundo

Renaul – Smart Fossil Free Island

O Grupo Renault e a EEM – Empresa de Eletricidade da Madeira, S.A. (EEM), produtor, e distribuidor de energia nas ilhas do arquipélago da Madeira, anunciaram o lançamento de um ecossistema elétrico inteligente para a ilha de Porto Santo, algo inovador a nível mundial.
A ilha de Porto Santo vai ser transformada num campo de testes para a transição do meio ambiente, através da eliminação dos combustíveis fósseis no fornecimento de energia elétrica.
Designado por “Porto Santo Sustentável – Smart Fossil Free Island”, tem como objetivo fazer a transição energética da ilha. A primeira Smart Island mundial usa os veículos elétricos, a segunda vida das baterias, o carregamento inteligente e a reversão do carregamento (V2G) para ser energeticamente independente e estimular a produção de energias renováveis.
Existe a intenção de implementar este ecossistema elétrico inteligente em todo o arquipélago da Madeira numa fase futura. Para a conceção deste ecossistema, o Grupo Renault utilizará não só os seus automóveis elétricos, mas também recorrerá a soluções tecnológicas testadas e comprovadas.
Numa primeira fase, 20 famílias/entidades voluntárias da ilha de Porto Santo usarão 14 unidades do modelo ZOE e seis unidades do Kangoo Z.E. em utilização quotidiana, viaturas que poderão ser carregadas de forma inteligente (smartcharging) em 40 postos de carregamento conetados, públicos e privados instalados na ilha.
Renault
Porto Santo Sustentável – Smart Fossil Free Island
Numa segunda fase, estes automóveis irão mais longe na sua interação com a rede elétrica e serão capazes de injetar eletricidade na rede nos picos de maior consumode eletricidade na ilha. Para além do carregamento inteligente, as viaturas também servirão de unidades de armazenamento temporário de energia.
Em terceiro lugar, as baterias em segunda vida, oriundas de modelos elétricos da Renault, irão armazenar a energia por definição intermitente produzida pelas centrais solares e eólicas do Porto Santo. Esta energia armazenada será restituída à rede quando tal for necessário.
FONTE: ZAP // Echo Boomer / Engadget