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Demanda por instalação de painéis solares movimenta mercado online

Portal oferece serviço que ajuda na busca de empresas que instalem de sistemas fotovoltaicos.
Instalação de painel solar residencial – Portal Solar

O constante aumento na quantidade de consumidores que desejam produzir energia elétrica em suas próprias casas têm movimentado o mercado de produção e venda de painéis solares. Diante deste cenário, empresas passam a desenvolver soluções para atender a demanda por energia limpa e caseira. 

Recentemente, o site Portal Solar lançou um catálogo do setor fotovoltaico com empresas que atuam na comercialização de insumos para a geração distribuída (energia obtida por meio da conversão direta da luz do sol em eletricidade) no Brasil. A plataforma já conta com 4.500 companhias cadastradas, das quais 700 possuem o “Selo Portal Solar”.

De acordo com o site, o objetivo é oferecer um instrumento ao mercado e aos consumidores no qual eles possam encontrar empresas fornecedoras e prestadoras de serviços de geração de energia solar com maior segurança e confiabilidade.

— O Selo Portal Solar valida a experiência e a credibilidade da instaladora, e deixa o consumidor mais seguro de que esta empresa possui um engenheiro experiente e responsável pelo processo — destacou Rodolfo Meyer, presidente do Portal Solar.

Atualmente, o Brasil tem aproximadamente 32.800 sistemas de geração solar conectados na rede [de geração distribuída, representando uma potência total instalada de 313,5 Megawatts (MW)]. No Portal Solar estão cadastrados 11.000 sistemas de geração solar.

O crescimento da geração de energia solar fotovoltaica vem crescendo a cada ano. Em 2016, o Brasil tinha 61,7 MW instalados. Em 2017, terminou o ano com 180 MW instalados, e atualmente já passou dos 300 MW. A expectativa do Portal Solar é que o mercado atinja este ano um total de 450 a 500 MW instalados.

Fonte: O Globo

Potência solar instalada do Ceará salta 57%; Estado é líder no Nordeste


Nos últimos seis meses, o Ceará cresceu quase 57% em relação à potência instalada de geração distribuída solar fotovoltaica. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a capacidade em novembro do ano passado era de 10,9 megawatts (MW), enquanto em junho de 2018 passou para 17,1 MW. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Ceará está posicionado em quinto lugar no País e em primeiro no Nordeste, representando 6,3% da potência nacional instalada.

O estado de Minas Gerais lidera neste quesito, com uma capacidade instalada de 60,6 MW. Em seguida, aparecem o Rio Grande do Sul (38,6 MW), São Paulo (34,6 MW), Santa Catarina (17,3 MW), Ceará (17,1 MW), Paraná (15,5 MW), Rio de Janeiro (14,5 MW), Goiás (9,4 MW), Pernambuco (7,9 MW) e Bahia (6,5 MW).

Segundo dados da Aneel, o Ceará possui aproximadamente 1.040 unidades consumidoras com geração distribuída, espalhadas por diversas cidades do Estado, como Fortaleza, Eusébio, brejo Santo, Trairi, Maracanaú, Barbalha, Russas, Iguatu, Sobral, Icó, Beberibe, Juazeiro do Norte, São Gonçalo do Amarante, entre outros municípios cearenses.

Brasil

De acordo com documento da Absolar, o País conta atualmente com uma potência instalada de 1,3 mil MW em usinas e sistemas solares fotovoltaicas de médio a grande porte, o que representa 0,8% da matriz elétrica nacional. “O Brasil fechou 2017 com R$ 5,5 bilhões em investimentos no setor solar fotovoltaico, com a criação de cerca de 20 mil empregos. 

Até o fim de 2018, a expectativa é que entre em operação 1,1 mil MW adicionais das usinas solares fotovoltaicas dos leilões de energia de reserva de 2014 e 2015”, acrescenta o relatório. O documento ainda afirma que os investimentos acumulados no Brasil neste segmento são de aproximadamente R$ 20 bilhões até o fim deste ano.

Novas Condições

As mudanças ao Programa Fundo Clima, anunciadas no início deste mês pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), representam um avanço para a fonte solar fotovoltaica no Brasil. Segundo o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, as novas condições de financiamento estão entre as mais competitivas do mercado para projetos de energia solar fotovoltaica. “O BNDES confirmou financiamentos de até 80% dos sistemas solares fotovoltaicos com equipamentos novos produzidos no Brasil, com taxas de juros entre 4,03% e 4,55% ao ano, prazo de amortização de até 12 anos e carência de até dois anos”, afirma.

“Estas condições posicionam o banco como uma das melhores opções atualmente disponíveis no Brasil para projetos solares fotovoltaicos e ainda ajudam a promover a cadeia produtiva nacional”, acrescenta.

O executivo esteve com dirigentes do BNDES, destacando a importância da rápida implementação da medida com os bancos repassadores dos recursos. “O financiamento tem vigência imediata e será disponibilizado principalmente pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e por Bancos de Desenvolvimento Regionais e Estaduais, em todo o território nacional. 

No entanto, é fundamental que estes bancos regulamentem com rapidez a medida, para que a sociedade possa acessar o crédito. Apesar do anúncio positivo do BNDES, recebemos informações de nossos associados de que as agências bancárias ainda não estão operando as linhas por falta de regulamentação interna”, afirma Sauaia.

Recursos da Primeira Fase

Para a primeira fase do programa, que vigora até 28 de dezembro de 2018, estão disponíveis mais de R$ 300 milhões em recursos orçamentários já alocados pelo BNDES. Caso a demanda supere este valor, poderá ser realizada uma nova alocação de recursos ao programa. “Já é um começo, mas precisaremos de mais recursos para atender as expectativas da sociedade brasileira e para apoiar a cadeia produtiva nacional”.

Fonte: Diário do Nordeste

Clube de MG investe em energia solar em busca de economia




Diante das constantes altas no preço da eletricidade e aumento das tarifas, o clube recreativo Max Min, de Montes Claros (MG), inaugura nesta sexta-feira (25), um sistema próprio de geração de energia. Ao todo, foram instalados 936 painéis fotovoltaicos ocupando uma área de 1.656 metros quadrados, destes, uma parte está servindo como cobertura do estacionamento, que tem capacidade para 124 automóveis e outra parte instalada sobre o telhado de um ginásio de tênis.

Com um investimento em de R$ 1,3 milhão que deverá ser pago num prazo de até oito anos, o sistema fotovoltaico possui capacidade instalada de 248,04 kWp, gerando anualmente cerca de 388.181 kWh, suprindo 74% do consumo de energia elétrica para o clube, o que representa uma economia de cerca de R$ 3,5 milhões nos próximos 25 anos, evitando a emissão de 4.950.363 quilos de dióxido de carbono para o clube mineiro.

“Passamos um ano buscando alternativas para solucionar nosso problema com o alto custo da energia. Depois de analisar várias opções, foi a energia solar que se mostrou a solução mais viável e estamos muito satisfeitos com o acordo que fechamos com a Engie”, afirmou Wagner Batista Castro, presidente do Max Min Clube. O contrato foi assinado em outubro de 2017 e a usina foi instalada em seis meses.

A cidade de Montes Claros localizada a 422km da capital Belo Horizonte, é a maior cidade da região do norte do estado, com 402 mil habitantes e apresenta altos índices de irradiação solar, sendo bastante favorável a instalação de sistemas de geração de energia solar na região.

O presidente da Engie Solar, Rodolfo de Sousa Pinto, destacou o pioneirismo do clube ao investir em um sistema fotovoltaico. “É muito importante destacar que o Max Min é um dos clubes pioneiros em Minas Gerais e no Brasil a buscar, na energia solar, a solução para o alto custo da eletricidade. Acreditamos que ações como esta ajudarão a popularizar a fonte solar no país, o que trará ganhos para o meio ambiente e para a economia”.


Além do investimento para a instalação do sistema fotovoltaico, o Max Min Clube também organizou um plano de aumento de eficiência energética, trocando as lâmpadas incandescentes e fluorescentes que são menos eficientes por lâmpadas LED que são mais eficientes e possuem uma vida útil maior. O projeto que ainda está em andamento, já gerou uma economia de 33% no valor da conta de energia elétrica apenas com a troca das lâmpadas.

Além da questão econômica, o presidente do clube também comemorou o fato da iniciativa propor o uso dos recursos naturais alinhados à preservação ambiental e a sustentabilidade, proporcionando bem-estar e segurança aos associados, colaboradores, parceiros e visitantes do clube: “São projetos importantes que estão alinhados com outras ações de preservação do meio ambiente, como o reaproveitamento de 90% da água. O clube leva muito a sério a sustentabilidade e quando conseguimos aliar com corte de gastos, é melhor ainda”, avaliou.

Instalações Solares no Mundo até o fim de 2016

Em 2016, o mundo contava com uma potência instalada solar de 301 GW, sendo 294 GW de FV e 7 GW de CSP. A geração total foi de 333 TWh, resultando num fator de capacidade médio de 14,4%.

Geração e Potência Instalada Solar no Mundo - 2016 

Dentre os 15 maiores em geração solar, a Grécia apresentou o maior percentual de geração solar em relação à sua geração total, de 8,2%, seguida da Itália (8,1%). A Espanha fica com o maior fator de capacidade, de 28,3%, em razão da presença de mais de 40% de potência instalada de CSP, boa parte com estoque de calor entre 7 e 8 horas, para gerar nos períodos sem sol. 

Os cinco primeiros países em potência instalada respondem por 74% do total mundial. Em 2018, o Brasil deverá estar entre os 15 países maiores geradores de energia solar, ao se considerar a operação da potência já contratada, de 2,6 GW. 

Em termos de área geográfica, os 301 GW de 2016, correspondem a um quadrado de 57 km de lado, incluindo painéis mais 40% de área de utilidades (143 W/m² e eficiência de 15% de absorção solar).

Capacidade Instalada e Fator de Capacidade, no Mundo 

O desenvolvimento tecnológico, o aumento do porte das instalações, e a expansão da CSP nos últimos anos, vêm proporcionando aumentos no fator de capacidade médio da geração solar mundial, atualmente passando dos 14%.


Principais avarias eléctricas e mecânicas em Aerogeradores


Os aerogeradores são equipamentos complexos mecânica e eletricamente projetados idealmente para um funcionamento ininterrupto de cerca de 20 anos, conheça as principais avarias eléctricas e mecânicas em Aerogeradores.

O tempo de paragem de um aerogerador por avaria equivale a um prejuízo de algumas centenas de euros por hora para o explorador do parque eólico.

Assim o objectivo das equipas de manutenção, coordenação e supervisão é minimizar os tempos de paragem maximizando assim o rendimento de cada aerogerador e consequentemente de um parque eólico.

As principais avarias durante o funcionamento de um aerogerador são essencialmente de natureza eléctrica, devido a equipamentos com defeito e desgaste natural e quebra de contatos eléctricos.


1. Pequenas avarias

Normalmente as avarias em aerogeradores são de natureza temporária que se solucionam em pouco tempo, normalmente em menos de 24 horas.

As avarias podem dever-se a:
  • Condições de Operação;
  • Má reparação de um determinado componente;
  • Falha do componente ou defeito no seu desenho;
  • Falha humana;
  • Paragem do Aerogerador por detecção em sensores de valores fora dos parâmetros normais de funcionamento de vibrações, temperaturas, correntes, tensões, etc;
  • Paragem devido a erros de leitura ocasionais.

1.1 Avarias e alarmes elétricos

As avarias e alarmes eléctricos que mais incidência possuem são os instrumentos de medição, como o anemômetro, sensor de direção do vento, sensor de vibração temperatura e pressão, sensor de velocidade de rotação, etc.

As possíveis causas que originam estas avarias são:
  • Um aviso real correspondente ao alarme;
  • Um mau ajuste num determinado sensor;
  • Um desajustamento do sensor no decorrer do funcionamento normal;
  • Devido a condições adversas da natureza, tal como, temperatura, umidade, gelo, etc.

FIGURA 1 – Avaria Eléctrica com Componente Queimado.

FIGURA 2 – Avaria Eléctrica devido a mau funcionamento no sensor de enrolamento dos cabos


1.1.1 Equipamentos de manobra elétrica

A aparelhagem de manobra existente num aerogerador é responsável pelo accionamento de centenas de contatos, estes equipamentos estão sujeitos a grande stress eléctrico e a um elevado número de manobras por dia.

Componentes como relés, contatores, electro-válvulas, magneto-térmicos, etc podem ocasionar uma avaria eléctrica devido a:
  • Falho por fatiga do componente;
  • Contacto eléctrico entre cabos e componente com defeito;
  • Em consequência de outros alarmes de sistema;
  • Falha súbita como sobre-intensidades na linha, tempestades eléctricas, etc;
  • Defeito por umidade ou sujidade;
  • Falta de manutenção preventiva;
  • Desgaste natural e número excessivo de manobras;
  • Equipamentos com defeito que geram sobre-intensidades e consequentemente danificam irremediavelmente os componentes de manobra dos mesmos.
No equipamentos eléctricos é importante a realização de relatórios termográficos de forma a detectar antecipadamente pontos e contatos com defeito que originam avarias num futuro.

FIGURA 3 -Imagem Termográfica que identifica um contato quente


1.1.2 Proteção pára-raios

Após uma tempestade eléctrica deve ser inspecionado todo o sistema eléctrico e pára-raios de forma a localizar possíveis avarias provocadas por um raio tal como componentes de medição e outros equipamentos sensíveis.

Os principais componentes a inspecionar são:
  • Protetores contra raios no aerogerador;
  • Quadros eléctricos;
  • Rolamentos principais “Main-Bearing”;
  • Estado das pás.
FIGURA 4 – Contato Elétrico não existente em cabo de proteção devido a pintura


1.1.3 Motores e ventiladores

As avarias que sofrem os motores e ventiladores devem-se a:
  • Sobre Intensidades devido ao funcionamento;
  • Derivação entre fases;
  • Problemas com os rolamentos.

1.1.4 Eletrônica de controlo de potência

As avarias em controladores, módulos de comunicação, UPS, IGBTs e Tiristores normalmente devem-se a:
  • Falhas de componentes em cadeia;
  • Sobre Tensões e Sobre Intensidades na linha de rede;
  • Qualidade reduzida dos componentes;
  • Tempestades eléctricas.

1.1.5 Componentes mecânicos-hidráulicos

São defeitos que ocorrem nos sistemas mecânico-hidráulicos normalmente por degradação no óleo e têm como consequências principais:
  • GERADOR – Sobre aquecimento, por falta de lubrificação ou umidade nos rolamentos, falta de refrigeração nos bobinados.
  • MULTIPLICADORA “GEARBOX” – Retentores danificados, conexões hidráulicas e filtros com defeito;
  • BOMBA HIDRÁULICA – Fugas e conexões danificadas;

2. Hidráulica

As principais avarias no sistema hidráulico são:
  • Bloqueio de componentes;
  • Degradação e rotura;
  • Fugas no circuito.
As avarias devem-se a:
  • Óleo contaminado, representa um total de 70-80% do total das avarias;
  • Má reparação anterior do sistema;
  • Sobrecarga do sistema e circuito.

FIGURA 5 – Mangueira Degradada


2.1 Conexões

Para evitar problemas durante o transporte e montagem todos os orifícios devem ser selados de forma segura. Todos os componentes expostos devem ser protegidos imediatamente após a desmontagem, principalmente as mangueiras.

As principais fontes de contaminação do óleo são:
  • Tampas e proteções caso não estejam fechadas de forma correta;
  • Desgaste de peças móveis (bombas e válvulas) pode levar à criação de partículas metálicas;
  • Em peças móveis partículas metálicas, restos de pintura podem contaminar todo o sistema;
  • Através do filtro de ar a água em suspensão pode juntar-se ao ar e ao óleo ou condensar-se no depósito do óleo.
Os retentores com o desgaste libertam partículas contaminando o óleo.

As partículas que se encontram no óleo dependendo do seu tamanho podem ocasionar diversos tipos de danos:
  • Partículas > 40 µm causam avarias onde bloqueiam válvulas de linha e válvulas como as PROPORCIONAIS;
  • Partículas >25-40 µm causam falhas intermitentes e podem bloquear válvulas de linha e válvulas proporcionais;
  • Partículas < 25 µm desgastam prematuramente todos os componentes do sistema, normalmente não provocam bloqueios.

2.2 Oxidação

Durante a operação normal, o óleo está exposto a condições que podem decompor o óleo por oxidação. Deve-se ao aquecimento e ao batimento do óleo na presença de ar, catalíticos metálicos ou água.

Os ácidos orgânicos que são solúveis no óleo e insolúveis na água aparecem após a oxidação, isto aumento o risco de corrosão em todos os componentes que integram o sistema.

A oxidação pode levar à formação de barros que formam depósitos em componentes, a oxidação produz ácidos carboxílicos que para neutralizar se adiciona substâncias básicas.


2.3 Presença de ar no óleo

As borbulhas de ar no óleo surgem habitualmente se o depósito é pequeno em relação à procura por sucção de óleo. As borbulhas de ar não terão tempo de flutuar até à superfície e abandonar o óleo antes do próximo pedido de sucção pela bomba.

Também podem entrar no sistema através de bombas deterioradas ou mangueiras danificadas, é normal a introdução de ar no sistema após a substituição de um componente com defeito.

O ar deve ser eliminado através da purga, a existência de ar em grande quantidade pode originar a destruição das bombas. Ao pressurizar as borbulhas de ar, estas explodem, o óleo impulsiona rapidamente criando pressões que podem alcançar os 400 bares. Caso este fenômeno ocorra dentro da bomba pode ocasionar danos graves na mesma.

Uma bomba pode ficar totalmente danificada após funcionar vários minutos com a existência de ar em grandes quantidades dentro do circuito hidráulico.

FIGURA 6 – Borbulhas AR no Óleo


3. Grandes avarias

As grandes avarias ocorrem em raras ocasiões, mas devido à sua gravidade podem deixar o aerogerador inutilizado durante longos períodos de tempo, pois afetam diretamente alguns componentes principais, tais como a multiplicadora, gerador, transformador, pás, etc.

O custo deste tipo de avarias é imenso pois podem inclusive necessitar ferramentas espaciais, trabalhadores qualificados e gruas.

As grandes avarias podem dever-se a:
  • Condições de Funcionamento;
  • Mal funcionamento de um componente;
  • Falha no desenho de um componente ou sistema;
  • Falha na qualidade e fabrico de um componente;
  • Falha humana grave.

3.1 Avarias elétricas

As grandes avarias mais comuns são de origem eléctrica e ocorrem nos seguintes componentes:
  • GERADOR – Defeitos no isolamento, maus contatos nos terminais e falha no isolamento do estator;
  • TRANSFORMADOR – Devido a sobre aquecimento por falta de refrigeração, falhas no isolamento, mau dimensionamento da potência nominal, ligações com defeito e defeitos no fabrico;
  • Dispositivo de Corte de Média Tensão – Falha em Fusíveis e possíveis fugas de SF6.

FIGURA 7 -Defeito no Isolamento do Transformador de Média Tensão

FIGURA 8 – Incêndio em Aerogerador Alegadamente provocado por defeito no Transformador MT


3.2 Avarias mecânicas

Na multiplicadora as principais avarias que podem ocorrer são as relacionadas com a degradação e consequente rotura das rodas dentadas e rolamentos por falta de lubrificação ou devido à introdução de objetos, que provocam danos, avarias ou desgaste. Também podem ser provocadas por fatiga, flexão e deformação plástica.

FIGURA 9 – Defeito nas Rodas Dentadas de Multiplicadora

Nas pás as principais avarias são as relacionadas com problemas nos rolamentos do sistema. Os danos nas pás devem-se a fissuras estruturais e impactos de raios de tempestades, outras razões são:
  • Falta de Lubrificação;
  • Contaminação da massa de lubrificação (água e outros resíduos);
  • Vibrações excessivas;
  • Dimensionamento errado dos rolamentos das pás;
  • Danos estruturais de desenho e fabrico;
  • Ângulos de Ajuste errados;
  • Impacto de aves e outros objetos.

FIGURA 10 – Danos em Pá de Aerogerador

Geralmente as avarias mecânicas devem-se ao desgaste produzido por uma má lubrificação ou quando os componentes são submetidos a sobre esforços. Os desgastes produzidos com o tempo têm elevados custos de reparação, nomeadamente no custo da mão-de-obra e tempo de paragem ao aerogerador.



4. Incêndios

Num ano típico costumam ver-se perdas totais – geralmente causadas por incêndios – dá-se como perda total quando uma unidade é totalmente consumida não podendo ser reparada.

Os incêndios são a 2ª maior causa de catástrofe nas turbinas eólicas


5. Condições climatéricas extremas

Em algumas circunstancias o clima é o responsável por problemas – por vezes os ventos fortes são excessivos para a maquina os poder suportar. Falhas nos travões e as pás viradas para cima ainda piora mais as coisas.

Condições climatéricas extremas numa turbina eólica


6. Falhas no gerador

As principais causas de problemas no gerador são:
  • O não cumprimento das práticas de manutenção recomendadas nos procedimentos de lubrificação, sistemas de coletores, etc.
  • Falhas mecânica ou elétricas do rolamento, falhas no rotor, falhas no sistema de refrigeração levando a excesso de calor e por sua vez a incêndio.
  • Os relâmpagos, vento, condições climáticas extremas, contaminação do lubrificante, etc.
  • O desalinhamento ou outra instalação inadequada, vibração excessiva, irregularidades de tensão, insuficiência no conversor, aterramento inadequado, excesso de velocidade (que leva a problemas nos rolamentos), etc.
  • Problemas de fabrico, tais como, componentes soltos, isolamento elétrico inadequado, falhas no rotor, a presença de outros componentes dentro da nacele que complicam serviço, etc.
  • Para os geradores com menos de 1000 kW, a falha mais comum é um problema no setor do rotor. Para os geradores com mais de 1000 kW, a falha mais comum é associada aos rolamentos. A manutenção é o fator crítico que afeta a vida de máquinas. Reparações adequadas também são essenciais para a fiabilidade e longevidade do gerador.

Gerador danificado devido a excesso de velocidade e consequente sobreaquecimento


7. Problemas com as pás

As principais causas que levam a problemas com as pás são: relâmpagos, danos por colisão com objetos, design mal elaborado, material de fabrico fraco.

Turbina eólica danificada por um relâmpago

A acumulação de insetos, óleo, e gelo nas pás também reduz a eficiência até menos 40%.

Falha numa pá


8. Problemas nos rolamentos – O calcanhar de Aquiles das turbinas

Não importa o modelo da turbina, os rolamentos são sempre um problema em todas elas.

Exemplo de um rolamento danificado

A principal razão de falhas com os rolamentos é a descamação (macropitting) visível a olho nu. Que por sua vez leva a outro tipo de escamação microscópica (micropitting).

Exemplo de um rolamento danificado

Exemplos de defeitos encontrados em rolamento

Existem muitas opiniões sobre as causas potenciais que originam este tipo de problemas:
  • Períodos de cargas pesadas e dinâmicas – levando a vibrações e variações bruscas de carga;
  • Mudanças rápidas de aceleração e desaceleração;
  • Falta de lubrificante;
  • Deformações estruturais;
  • Condições climatéricas: mudanças rápidas de temperatura, água salgada, vento, pó, etc…;
  • Marcha lenta.
Podem existir outros problemas/falhas que não estejam descritos acima, mas é certo que investigações estatísticas em turbinas eólicas onshores e offshores indicam claramente uma relação direta entre os problemas das turbinas e a velocidade do vento e as cargas pesadas e flutuantes/dinâmicas.


Ex-mineradoras de carvão recebem treinamento para empregos em energia renovável


Mais da metade da eletricidade dos Estados Unidos veio do carvão em 2000. Esse número despencou para cerca de um terço em 2016, e milhares de trabalhadores da indústria carbonífera perderam seus empregos. Mas os ex- trabalhadores de combustíveis fósseis têm habilidades que podem se traduzir bem em trabalhos como a instalação de painéis solares ou o trabalho em turbinas eólicas . Outros programas que ensinam aos antigos mineiros a codificação de computadores e a apicultura também estão ajudando na transição dos combustíveis fósseis para um futuro mais verde.

Os mineiros de carvão já encontraram papéis na Virgínia Ocidental e em Wyoming, e agora os programas de treinamento em energia alternativa nesses estados oferecem uma nova esperança. Por exemplo, há o Solar Holler em West Virginia, cujo objetivo, de acordo com seu site, é revitalizar as comunidades dos Apalaches com a energia solar. Eles estão trabalhando com a Coalfield Development para treinar pessoas para se tornarem instaladores de painéis solares. A Coalfield Development também está reabilitando prédios e iniciando um programa de agricultura, incluindo a transformação de uma antiga área de minas em uma fazenda de peixes movida a energia solar, de acordo com o The New York Times.


Ou existe a Goldwind Americas , uma fabricante de turbinas eólicas que oferece um programa de treinamento para mineradores de carvão que começou no início deste ano em Wyoming . Os mineiros poderiam ajudar a construir um enorme parque eólico, e a empresa empregará até 200 trabalhadores para manter a fazenda depois que ela for construída.

Cabeceiras dos Apalaches é outra organização que fornece uma alternativa para os antigos mineiros de carvão. Eles estão transformando um antigo campo em um apiário, com o objetivo de ajudar os trabalhadores do carvão e os veteranos a começarem no negócio de mel. No próximo ano, eles darão cerca de 150 colmeias para 35 trabalhadores, gratuitamente ou com um empréstimo sem juros.

O fundador da Solar Holler, Dan Conant, disse que a diversificação é importante na área - o programa solar até agora só treina 10 trabalhadores por ano. Há desafios na transição para um futuro de energia limpa, mas por enquanto, programas como os acima oferecem novos treinamentos e funções para os mineiros desempregados.

Via o New York Times e o Axios

Paraná regulamenta licenciamento ambiental para uso da energia solar


A geração de energia elétrica a partir de fonte solar agora pode ser licenciada no Paraná. A permissão para esse tipo de licenciamento no estado foi regulamentada pela portaria do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), assinada nesta terça-feira (7), durante a posse da nova diretoria do Programa Oeste em Desenvolvimento durante o Show Rural, em Cascavel.

A portaria nº 19/2017, assinada pelo presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, estabelece os procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de fonte solar para sistemas heliotérmicos e fotovoltaicos.

Para isso, são consideradas a geração distribuída, microgeração distribuída, minigeração distribuída, usinas com capacidade de produção acima de cinco megawatts, empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras, geração compartilhada e autoconsumo remoto.

“Havia uma solicitação muito grande do setor produtivo do estado para que a gente fizesse esse trabalho e a partir de hoje torna-se viável o licenciamento ambiental para essas atividades. A portaria permite, por exemplo, que produtores rurais possam instalar esses equipamentos para geração de energia solar e suprir uma possível falta de energia além de também a própria Copel poderá receber o excedente de energia”, explica o presidente do IAP.

De acordo com o presidente, a minuta da portaria foi elaborada por técnicos do IAP e depois submetida ao grupo técnico formado por pessoas do Programa Oeste em Desenvolvimento. “Como a demanda também é da região, existe uma Câmara Técnica criada dentro do Programa que discutiu a questão. Por isso, determinamos a participação de técnicos do IAP para a criação da portaria bem fundamentada”, explicou Tarcísio.

REGULAMENTAÇÃO

Os licenciamentos e estudos necessários para os empreendimentos são de acordo com a potência energética, levando em consideração que os empreendimentos de energia solar têm baixo potencial poluidor. A portaria foi instaurada a partir de resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cema), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e portarias anteriores do IAP.

Os empreendimentos de até 1 MW (megawatt) estão dispensados de estudos e de licenciamento ambiental. De 1 MW a 5 MW, é necessário apresentar um memorial descritivo para a autorização ambiental ou dispensa de licenciamento ambiental.

Já os empreendimentos com potência entre 5 MW e 10 MW, o relatório ambiental simplificado é exigido para a emissão das licenças prévias, de instalação e de operação, de acordo com a etapa da obra. A partir de 10 MW, são necessários o estudo de impacto ambiental e o relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA) para a emissão das licenças correspondentes.

"É importante ressaltar que esses licenciamentos citados na portaria são para empreendimentos sem supressão florestal e fora de áreas de ocorrência de espécies ameaçadas de extinção e de proteção integral de unidades de conservação. Caso o empreendimento se enquadre em uma dessas áreas ou precise realizar supressão florestal, serão exigidas outras autorizações e pareceres específicos", afirma a diretora de Licenciamentos Especiais do IAP, Edilaine Vieira.

OESTE EM DESENVOLVIMENTO

A assinatura da portaria ocorreu durante a posse da nova diretoria do Programa Oeste em Desenvolvimento, eleita para a gestão 2017/2018. No evento, tomaram posse o presidente eleito, Danilo Vendruscolo, e o vice-presidente Elias Zidek.

O Programa Oeste em Desenvolvimento é uma ação de governança regional que busca promover o desenvolvimento econômico da região por meio de um processo participativo, fomentado no território a cooperação entre os atores, públicos e privados, para o planejamento e a implementação de uma estratégia de desenvolvimento integrada.

O primeiro parque eólico offshore da América com turbinas acima de 90 metros de altura

Os EUA usam uma quantidade surpreendente de energia: cerca de 97 quatrilhões de BTUs, ou cerca de 18% do consumo total de energia do mundo. E a demanda só vai aumentar ao longo do tempo.

Sheringham Shoal parque eólico offshore perto de Norfolk, Inglaterra. Fonte: US Department of Energy

A maioria da energia consumida pelo país provém de combustíveis fósseis e não é renovável, mas os parques eólicos oferecem uma alternativa promissora.

A GE e a Deepwater Wind, desenvolvedora de turbinas offshore, se associaram para construir cinco enormes usinas eólicas e instalá-las no Oceano Atlântico. Eles compõem o primeiro parque eólico offshore na América do Norte, chamado de Block Island Wind Farm. As turbinas começaram a fornecer energia para a rede dos Estados Unidos da América em 12 de dezembro.

A equipe começou a instalar as turbinas a 30 milhas da costa de Rhode Island durante o verão, e a construção foi concluída no final de agosto. A fase de testes de quatro meses da fazenda, que produziu mais de um gigawatt-hora de energia, terminou em 02 de dezembro.


O parque eólico Block Island vai gerar 30 megawatts de energia, que é a quantidade necessária para alimentar todas as casas em Block Island, diz Eric Crucerey, gerente de projeto da fazenda.

Ele vai emitir cerca de 40.000 toneladas menos de gases de efeito estufa por ano do que os combustíveis fósseis para gerar a mesma quantidade de energia. Esse é o equivalente a tirar 150 mil carros da estrada.

O potencial para a energia eólica offshore nos EUA é enorme. De acordo com o Departamento de Energia dos USA, se construirmos em todo o espaço oceânico disponível, os ventos acima das águas costeiras poderiam fornecer mais de 4.000 gigawatts por ano. Isso representa mais de quatro vezes a produção anual de eletricidade do país.

As turbinas offshore oferecem muitas vantagens sobre aquelas em terra. Os ventos tendem a soprar com mais consistência no oceano, o que ajuda turbinas offshore a gerar mais energia.

As turbinas offshore também podem ser maiores do que as turbinas terrestres, permitindo-lhes produzir mais energia ao longo do tempo.

Para transformar esse poder em energia utilizável, as lâminas captam o vento e transferem-no para o gerador da turbina, que gera eletricidade a partir do movimento. A eletricidade é conduzida através de cabos enterrados sob o fundo do mar até uma estação terrestre. Lá, o poder pode fluir em uma grade elétrica.


Cada turbina Block Island pode gerar 6 megawatts de energia durante seu ciclo de vida – o suficiente para alimentar 5.000 casas. Cada turbina produz 21 mil toneladas menos de CO2 do que os combustíveis fósseis para gerar a mesma quantidade de energia.

Crucerey diz que cada gerador de 400 toneladas, é aproximadamente do tamanho de um ônibus escolar, e ficará a uma altura que é o dobro da estátua da liberdade (46,50 metros).


Os Estados Unidos ficam atrás da Ásia e da Europa em termos de energia renovável, diz Crucerey. Embora existam apenas cinco turbinas no novo Parque Eólico “Block Island” até agora, já é um grande marco para a indústria americana.


Confira acima o vídeo da construção do parque eólico em Block Island, na costa de Rhode Island.

Fonte: Businessinsider

Escalada para uma vida nas Grandes Turbinas Eólicas


Convertendo a energia cinética em energia elétrica à medida que elas rodam, as turbinas eólicas são uma parte crescente das soluções de energia renovável do mundo. A alpinista e técnica de turbina eólica Jessica Kilroy inspeciona, mantém e conserta essas gigantes turbinas eólicas. 

A partir de 2016, 6,6% da eletricidade dos Estados Unidos pode ser fornecida pela energia eólica, e em 2015, Iowa liderou em energia eólica limpa, gerando mais de 30% da eletricidade do estado a partir da energia eólica. Illinois e Texas também são líderes em energia eólica. Mais alguns fatos da Fundação Wind Energy:

  • Uma única turbina eólica pode abastecer 500 residências.
  • A partir de maio de 2016, os Estados Unidos abrigam 48.500 turbinas eólicas em funcionamento. Estas turbinas estão presentes em 40 estados e em Porto Rico.
  • Em 2015, a eletricidade gerada pela energia eólica evitou 132 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono (CO2) - o equivalente a reduzir as emissões de CO2 do setor energético em 6%, evitando o consumo de mais de 73 bilhões de galões de água.
  • Em 20 de dezembro de 2015, a energia eólica produziu mais de 40% da eletricidade no Texas por 17 horas seguidas, com um pico de 45%.
  • Em 2015, o Texas liderou a nação com mais de 24.000 empregos eólicos.
  • Técnico de turbina eólica é agora a profissão que mais cresce nos EUA.

A partir de 2017, 100.000 trabalhadores americanos têm empregos no setor de energia eólica, com veteranos sendo contratados “a uma taxa 50% maior que a média nacional”. Ela conta sua história neste episódio da Grande História: "Escalando Turbinas Eólicas para uma Vida":


Guia de como instalar energia solar residencial, dicas e orientações

Saiba quais as questões envolvidas para instalar um sistema fotovoltaico em casa


Você já pensou em produzir e consumir energia elétrica de forma mais sustentável? Se sim, é bem provável que a instalação de energia solar fotovoltaica como um sistema de energia tenha passado pela sua cabeça.

Os benefícios podem ser muitos, mas é preciso ter um direcionamento sobre os processos de compra, instalação e funcionamento da tecnologia. Por isso, mostramos para você os pontos mais importantes na hora de obtê-la em sua casa com o guia de como instalar energia solar residencial.

E o sol?

A primeira questão na hora de adquirir e instalar equipamentos residenciais que transformam a energia solar em energia térmica e/ou elétrica deve ser: a localização geográfica da residência.

A duração da incidência da radiação solar pode variar muito de local para local. Mesmo o Brasil sendo um país com pouca variação de radiação solar em seu território, existem locais em que é mais vantajoso o aproveitamento solar para aquecimento de água (Sul e Sudeste) e outros em que o melhor é a geração fotovoltaica de energia elétrica (Norte e Nordeste). Mas isso não significa que nas regiões Sul e Sudeste não seja possível a geração fotovoltaica de energia elétrica e que nas regiões Norte e Nordeste não seja possível o aproveitamento solar para aquecimento de água.

Aquecer água ou gerar energia elétrica?

Sendo assim, o segundo ponto a ser analisado trata da finalidade da instalação do sistema de energia solar: para aquecimento de água ou para geração de energia elétrica (sistema fotovoltaico). As tecnologias e os custos podem ser diferentes. Dentro do sistema fotovoltaico, existe o sistema fotovoltaico isolado da rede e o sistema fotovoltaico conectado à rede. O sistema isolado da rede requer cálculos mais específicos sobre a quantidade de energia que é consumida na residência e sobre a quantidade de energia necessária para que a edificação não fique sem energia, uma vez que não está conectada à rede.


O sistema conectado à rede utiliza energia elétrica da rede de distribuição quando não gera energia por meio do sistema fotovoltaico, e quando produz energia excedente, esta parcela é devolvida à rede de distribuição. Isso é um grande estímulo, pois os descontos são grandes para quem está conectado à rede, sem contar que o excedente ajuda na descentralização do sistema de produção de energia elétrica - o que pode ser uma saída viável para a produção de energia limpa no Brasil a longo prazo.

Para aquecimento de água por meio da radiação solar, existem os sistemas de energia solar térmica formados por coletores solares planos, que podem ser aplicados em residências.

Custo e escolhas

O custo para adquirir um sistema fotovoltaico isolado pode ser maior devido às baterias para armazenamento de energia. E o custo para adquirir um sistema fotovoltaico conectado à rede pode ser menor, sendo a rede de distribuição uma espécie de bateria infinita para o excedente de energia fotovoltaica. O tempo de retorno do investimento, no sistema fotovoltaico, pode variar entre 8 a 10 anos (a conta de energia não precisará mais ser paga).

Muitas vezes para realizar a escolha de um módulo fotovoltaico olhamos somente para a eficiência do módulo e o seu custo. De acordo com o Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito, a eficiência é um ponto importante, mas deve ser considerada como fator decisivo somente quando a área para instalação do painel fotovoltaico for restrita. Se este não for o caso, a vida útil e o custo devem ser analisados primeiro.


Minha casa suporta um sistema de energia solar?

O próximo passo refere-se à estrutura da residência, ou seja, se a edificação e o seu entorno estão adaptados para receber a instalação de um sistema de energia solar, pois isso pode comprometer o desempenho do mesmo.

No caso dos sistemas fotovoltaicos, as instalações urbanas são realizadas no telhado (rooftop). Interferências como ventos, partes da estrutura da edificação, sombras e superfícies reflexivas, podem diminuir a eficiência do sistema. A circulação de ar também é fundamental para que os módulos fotovoltaicos não esquentem excessivamente. 

Locais muito aglomerados dificultam essa circulação. O ideal é que a edificação esteja em um local cujo entorno seja mais livre. Para suportar o peso dos painéis fotovoltaicos, o telhado deve ser reforçado e não pode apresentar problemas estruturais que comprometam a segurança do equipamento e dos moradores.

Quanto ao espaço, uma superfície inclinada de aproximadamente 10 m² pode gerar até 1 kWp (energia suficiente para suprir a demanda de uma residência inteira que contenha equipamentos elétricos eficientes) e é satisfatória para instalar painéis fotovoltaicos no sistema isolado. No entanto, para os sistemas fotovoltaicos conectados à rede, o espaço requerido pode ser menor, já que a necessidade de energia fotovoltaica gerada irá diminuir. 

Os sistemas fotovoltaicos não necessitam de espaço adicional além daqueles já existentes nas edificações, portanto, podem se adaptar ao formato dos telhados e superfícies das construções.



Qual a melhor inclinação e orientação do painel solar?

Para não perder eficiência dos módulos fotovoltaicos e melhorar a captação de energia solar, a inclinação dos painéis é uma questão muito relevante. No caso do Brasil, localizado no hemisfério sul da Terra, o painel solar instalado na sua residência deve ter a face orientada para o norte verdadeiro (que não é o mesmo Norte dado pela bússola). Para países do hemisfério norte, o painel solar deve estar orientado para o sul verdadeiro.

Em relação ao angulo de inclinação, este deve ser igual à latitude do local em que o sistema fotovoltaico será instalado. No entanto, variações pequenas na inclinação não diminuem de maneira significativa a energia gerada, sendo que uma variação de 10° para mais ou para menos em relação ao valor da latitude não irá alterar a captação de radiação solar. Para regiões muito próximas a linha do Equador, a inclinação mínima deve ser de 10°.

Devido ao movimento aparente do Sol ao longo das estações do ano, existem controles que orientam os módulos para acompanhar o movimento solar, estes controles podem ser manuais ou automáticos.

Quais os componentes de um sistema fotovoltaico?
  • Bloco gerador: composto pelos módulos fotovoltaicos, cabos e por uma estrutura de suporte;
  • Bloco de condicionamento de potência: composto por conversores, inversores de tensão, retificadores, controladores de carga, seguidor de ponto de potência máxima, diodos de bloqueio e de passagem;
  • Bloco de armazenamento (opcional para sistemas conectados à rede): composto por baterias
O bloco gerador deve ser instalado no telhado da edificação. Os blocos de armazenamento e de condicionamento de potência devem ser instalados em um local coberto, protegido e de fácil acesso.


É sempre necessária a utilização de equipamentos de proteção para realizar a instalação dos painéis fotovoltaicos como: corda, capacete e estruturas seguras e fixas para prender a corda.

Integração da energia solar elétrica na arquitetura


A partir dos anos 90, quando a energia fotovoltaica começou a ter maior difusão, as limitações estéticas desta tecnologia foram consideradas um dos maiores obstáculos para a aceitação de arquitetos e usuários. Desde então, diferentes alternativas estão surgindo para a melhoria da imagem dos sistemas e sua integração à arquitetura.

O sistema fotovoltaico é muito versátil, já que o elemento captador pode atuar como revestimento de fachadas, elemento de fechamentos (coberturas planas ou inclinadas), elementos de sombras (pergolados, marquises, brises, etc). Ao utilizarem os módulos com estas finalidades, os arquitetos deverão especificar produtos que ofereçam garantia de estanqueidade e durabilidade similares às dos materiais convencionais. Quando integrados aos edifícios, além de gerar eletricidade, os elementos fotovoltaicos substituem os materiais tradicionais de acabamento e também podem ter função de iluminação diurna (células semitransparentes), sendo considerados materiais multifuncionais.

Fachada Sul do Office Solar International Doxford, Reino Unido – Fotos: Studio E

PROJETO E INSTALAÇÃO

Os produtos fotovoltaicos devem ser flexíveis a ponto de se adaptarem às exigências de dimensionamento dos projetos, responderem a certas propriedades estruturais e terem durabilidade igual ou superior à dos materiais que estão substituindo.

O arquiteto precisa pensar no sistema como um elemento standard que faz parte do edifício; o engenheiro estrutural deverá prever uma carga particular que requer um suporte estrutural especial feito sob medida; e a construtora deverá considerá-lo um sistema eletrônico que requer desenho técnico, especificação, encomenda e, em muitos casos, monitoração. A equipe deverá trabalhar de forma integrada desde o inicio.

Em estudo realizado pela IEA TAS 74, foi detectado que as grandes fábricas, complexos coorporativos e residenciais podem destinar em média ¼ da área do telhado para a localização do sistema fotovoltaico.

Academia Mont-Cenis, Herne Sodingen, Alemanha -Na cobertura, os vidros são elevados no verão, possibilitando a entrada de ventilação natural ao edifício

Os sistemas fotovoltaicos, assim como outras estratégias de sustentabilidade, são, na maioria das vezes, introduzidos ao projeto sem criar harmonia com o conjunto, podendo causar um impacto visual negativo, desvalorizando a arquitetura, de modo que se forem aplicados corretamente o resultado pode ser muito inovador.

Os arquitetos são os responsáveis por soluções criativas que permitam otimizar os níveis de conforto interior e reduzir o consumo de energia, sem renunciar à arquitetura moderna e à criação de novas formas, agregando, assim, valor à edificação.

Alguns exemplos de integração da energia solar fotovoltaica na arquitetura sustentável:

Fachada curva 22 Kw de Sistema Fotovoltaico, Instituto de Propaganda, Upper Austria, KW-Solartechnik, Áustria

Biblioteca Pompeu Fabra de Mataró, Catalunha, Espanha – Fachada revestida de painéis fotovoltaicos

Cobertura de varanda residencial – além de produção de energia elétrica os painéis fotovoltaicos estão funcionando como elementos de fechamento e já que são translúcidos permitem a entrada da luz do dia.

22 KWp de toldos de silicone amorfo em casas em Dordrecht, Holanda

Matéria enviada pela arquiteta Maíra Nazareth de Macedo – Mestre em Arquitetura Sustentável pela Universidat Politècnica de Catalunya e MBA em Gestão em Negócios Imobiliários pela ESPM.