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ANEEL fará audiência pública para debater regras de microgeração


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (22) a abertura de audiência pública para discutir alterações nas regras da mini e microgeração de energia elétrica, a chamada geração distribuída. Por esse modelo, o consumidor é quem produz a própria energia, a exemplo do uso de painéis solares. A audiência pública ocorrerá entre os dias 24 de janeiro e 19 de abril.

Pelas regras atuais, quem produz a própria energia pode injetar a energia excedente gerada na rede da distribuidora. Essa energia pode ser utilizada para abater até a totalidade da conta de luz de uma ou mais unidades do mesmo titular.

No modelo atual, os consumidores não pagam pelo uso da rede de fios das distribuidoras de energia. De acordo com a Aneel, a audiência tem por objetivo analisar diferentes alternativas para “o Sistema de Compensação de Energia Elétrica, previstos na Resolução Normativa 482/2012, tendo em vista a necessidade de definir uma forma de valoração da energia injetada na rede que permita o crescimento sustentável da geração distribuída no Brasil.”

Dados da Aneel mostram que, atualmente, há mais de 53 mil unidades consumidoras usando o sistema de micro ou minigeração distribuída e gerando um total de 660,13 MegaWatts (MW) de energia, a maior parte delas usam placas solares para gerar energia.

A distribuidora guarda essa sobra da energia para ser usada em momentos que o sistema não está gerando energia. Assim, a energia injetada na rede pelo micro ou minigerador acaba sendo valorada pela tarifa de energia elétrica estabelecida para os consumidores.

A proposta da Aneel é que as regras atuais sejam mantidas até que a potência de micro e minigeração distribuída instalada em cada distribuidora alcance determinado nível, tanto para sistemas remotos como locais (quando a compensação ocorre no mesmo endereço onde a energia é gerada).

Segundo a agência, “a manutenção das regras atuais indefinidamente pode levar a custos elevados para os demais usuários da rede, que não instalaram geração própria. Nesse sentido, seria necessária uma modificação nas regras após uma maior consolidação do mercado de geração distribuída.”

O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que as novas regras valerão para os novos usuários na geração distribuída. Para quem já está no mercado, valem as regras atuais. “Temos estabilidade regulatória, a regulação é para o futuro, para novos entrantes”, disse Pepitone para quem o crescimento da geração distribuída é um “movimento inexorável, que permite o empoderamento do consumidor”.

A revisão nos regulamentos terá sessões presenciais no dia 21 de fevereiro, em Brasília, e em 14 de março, em São Paulo. Uma terceira reunião será realizada em Fortaleza (CE), em 11 de abril.


Aneel abre audiência para analisar de regras para geração distribuída

Agência quer colher subsídios para encontrar alternativa de cobrança para o uso da rede de distribuição por microgeradores, os consumidores que produzem sua própria energia. foto: Rodrigo Nunes/Esp. CB/D.A Press

Como quem produz a própria energia, por meio de painéis fotovoltaicos ou outras fontes, utiliza a rede elétrica pagando pelo uso do fio o mesmo que os consumidores convencionais, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou, nesta terça-feira (22/1), a abertura de audiência pública para colher subsídios que permitam uma alteração regulatória na Resolução Normativa 482/2012, que trata das regras para micro e minigeração distribuída. 

As distribuidoras temem que, com o aumento exponencial de consumidores que geram a própria energia, o negócio das concessionárias seja prejudicado, com aumento de custo e, consequente, reflexo na tarifa rateada entre todos os brasileiros. Isso, porque a micro e a minigeração distribuída (realizadas por consumidores que também são produtores) utilizam a rede elétrica nas duas direções: tanto para consumir energia, quando não gera, quanto para injetar o excedente na rede. O pagamento pelo uso do fio, no entanto, é pela tarifa convencional.

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Desde o ano passado, o diretor geral da Aneel, André Pepitone, vem afirmando que a revisão da regulação sobre o tema é necessária que seria realizada em 2019. Hoje, a diretoria da agência deu o primeiro passo: abriu uma consulta pública. A audiência ocorrerá entre 24 de janeiro e 19 de abril deste ano, com sessões presenciais em 21 de fevereiro, em Brasília (DF) e, em 14 de março, em São Paulo (SP). Uma terceira reunião será realizada em Fortaleza (CE), em 11 de abril.

Alternativas

Segundo a Aneel, o “objetivo da tomada de subsídios é analisar diferentes alternativas para o sistema de compensação de energia elétrica, tendo em vista a necessidade de definir uma forma de valoração da energia injetada na rede que permita o crescimento sustentável da geração distribuída no Brasil”.

“Os estudos, porém, indicam que a manutenção das regras atuais indefinidamente pode levar a custos elevados para os demais usuários da rede, que não instalaram geração própria. Nesse sentido, seria necessária uma modificação nas regras após uma maior consolidação do mercado de geração distribuída”, afirmou o órgão regulador.

Pepitone destacou que, quando forem aprovadas, as novas regras valerão para os novos entrantes na geração distribuída. Para quem já está no mercado, valem as regras atuais. “Temos estabilidade regulatória, a regulação é para o futuro, para novos entrantes”, disse. Por conta disso, o crescimento de novos micro e minigeradores vem sendo exponencial desde o ano passado.

Energia Solar teve bom crescimento em 2018, passa de dois mil MW e projeta um ano ainda melhor


A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) confirmou que o Brasil ultrapassou a marca histórica de 2 mil megawatts (MW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica conectados na matriz elétrica nacional em 2018. E acredita que esta trajetória de crescimento seguirá em ritmo acelerado em 2019. 

Segundo a associação, o setor solar fotovoltaico ultrapassará a marca de 3 mil MW até o final do ano, atraindo ao País mais de R$ 5,2 bilhões em novos investimentos privados, com a instalação de mais de 1 mil MW adicionais em sistemas de pequeno, médio e grande porte. Com isso, diz a ABSOLAR, o crescimento anual do mercado será de 88,3% frente ao crescimento do ano de 2018, ajudando a acelerar a economia nacional.

O presidente do conselho de administração da associação, Ronaldo Koloszuk (foto), diz que “O mito de que a energia solar fotovoltaica era cara já caiu por terra. Já é uma das fontes renováveis mais competitivas do Brasil, com retornos sobre investimento entre 3 e 7 anos na geração distribuída. Com isso, a energia solar fotovoltaica crescerá mais de 80% em 2019 e será uma grande locomotiva de prosperidade, contribuindo para o progresso e desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil. 

Este será mais um ano radiante para o mercado solar fotovoltaico brasileiro, repleto de boas oportunidades, novos negócios, atração de investimentos e geração de mais empregos. O País tem um potencial solar privilegiado e poderá se tornar uma das principais lideranças em energia solar fotovoltaica no planeta ao longo dos próximos anos”.

No segmento de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica, composto por sistemas de pequeno e médio porte instalados em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos, a ABSOLAR projeta um crescimento do mercado de mais de 97% frente ao total adicionado em 2018, com a entrada em operação de 628,5 MW em 2019, totalizando 1.130,4 MW até o final do período. 

Com este avanço a participação do segmento de geração distribuída no mercado solar fotovoltaico brasileiro subirá de 21,9% até 2018 para 34,2% até o final de 2019, demonstrando a relevância cada vez maior deste mercado para o setor.

Já no segmento de geração centralizada solar fotovoltaica, composto por usinas de grande porte, a ABSOLAR projeta a adição de mais de 380 MW, número muito inferior às expectativas do mercado. O pequeno volume é resultado do cancelamento, pelo Ministério de Minas e Energia, de dois leilões de energia solar fotovoltaica que seriam realizados em 2016. 

A situação diminuirá a participação do segmento de geração centralizada no mercado solar fotovoltaico brasileiro de 78,1% até 2018 para 65,8% até o final de 2019, evidenciando o impacto negativo do cancelamento dos leilões de energia de 2016.

Aneel começa debate para mudar regras sobre geração distribuída a partir de 2020

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu nesta terça-feira uma audiência pública sobre proposta que prevê mudanças a partir de 2020 nas regras da chamada geração distribuída, modelo em que consumidores têm sua demanda atendida por painéis solares ou outras formas de geração própria.

Linhas de transmissão de alta tensão em Brasília 31/08/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino Foto: Reuters

A revisão nos regulamentos, que já era prevista, acontece em meio a um acelerado crescimento dessa modalidade de geração, que saiu quase do zero em 2012, quando as regras foram introduzidas, para mais de 660 megawatts atualmente, ou 53,5 mil sistemas instalados pelo país.

A geração distribuída (GD) tem atraído investimentos de grandes elétricas no Brasil, como Engie, AES e CPFL, da chinesa State Grid, entre outras, e movimentado ainda uma série de pequenos instaladores e vendedores de sistemas de geração, principalmente com placas solares.

Mas a modalidade sofre críticas das distribuidoras de energia, que alegam que os incentivos dados à tecnologia geram custos para elas e os demais consumidores.

"Em grandes linhas, o sinal (que queremos dar) é de que a geração distribuída é inexorável... estamos atentos ao que está acontecendo no mundo, e a realidade é que não podemos impedir seu avanço no Brasil. Pelo contrário, nós como agência reguladora estamos aqui para dar os sinais corretos", defendeu o diretor-geral da Aneel, André Pepitone.

"Temos que fazer isso com equilíbrio, para que não ocasione sobre custos ao consumidor... para permitir o avanço da GD aliado ao sinal econômico correto para o segmento de distribuição de energia", acrescentou.

Pela regra atual, toda energia gerada pelas instalações de geração dos consumidores é descontada da conta de luz.

A proposta da Aneel, apresentada pelo diretor Rodrigo Limp, é de que a partir de determinados patamares em termos de sistemas instalados a regra mude e alguns custos gerados pela geração distribuída sejam abatidos dos créditos gerados pelos consumidores, de forma a evitar custos maiores para os clientes que não adotaram a tecnologia.

Nesse modelo, haveria "gatilhos" que acionariam o novo e menos generoso cálculo para as compensações.

No caso de instalações de geração no mesmo endereço do consumidor, como placas solares em telhados, a regra mudaria a partir do atingimento de certa capacidade em sistemas na rede de uma mesma distribuidora.

Em instalações remotas, como fazendas solares construídas para atender clientes, também seria mantido o atual modelo até certo patamar em cada distribuidora, com a regra ainda endurecendo novamente no futuro após registrada uma segunda marca.

O objetivo, segundo Limp, seria permitir que a tecnologia se consolide antes da aplicação das regras mais severas --ele afirmou que deve ser possível ao Brasil chegar a 3,365 gigawatts em capacidade em sistemas de geração em telhados e 1,25 gigawatt em sistemas remotos antes de qualquer mudança prática.

Investidores do setor de energia solar pediam que não houvesse qualquer alteração nas normas, mas o diretor defendeu que manter o atual regulamento no longo prazo geraria custos bilionários para os consumidores que não possuem geração própria.

"Essa proposta não é de forma alguma uma proposta final da agência, muito pelo contrário, é o início de um debate", afirmou Limp.

A audiência pública sobre as regras ficará aberta até 19 de abril. Ela faz parte de um processo já previsto desde 2015, segundo o qual as normas passariam por uma revisão "com foco no aspecto econômico" até o final de 2019.

Os diretores da Aneel também ressaltaram que eventuais mudanças não impactarão clientes que já instalaram sistemas de geração distribuída, mas apenas para aqueles que o fizerem após a formalização das novas regras, a partir de 2020.

DISTRIBUIDORAS RECLAMAM

As distribuidoras de energia, principais opositoras de um crescimento mais acelerado na geração distribuída, alegaram que regras mais restritivas poderiam reduzir a velocidade, mas não impediriam o crescimento da tecnologia.

O diretor da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia (Abradee) Marco Delgado argumentou que alguns investimentos em GD têm se pago em até três anos e apresentado taxa interna de retorno de 20 por cento, enquanto mesmo o cenário menos generoso em incentivos aumentaria o prazo de payback em 2,5 anos e levaria o retorno a 12 por cento.

"Em nenhum cenário há estagnação (da tecnologia), o que estamos falando aqui é da velocidade (com que ela irá se desenvolver)", disse.

Energia solar fotovoltaica atinge marca histórica de 500 MW em microgeração e minigeração distribuída no Brasil


O Brasil acaba de atingir a marca histórica de 500 megawatts (MW) de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos.

Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica de forma renovável, limpa e sustentável, lidera com folga o segmento de microgeração e minigeração distribuída, com mais de 99,5% das instalações do País.

A energia solar fotovoltaica agrega inúmeros benefícios para o progresso do Brasil, dentre eles: redução de gastos com energia elétrica, atração de investimentos, geração de empregos locais de qualidade, redução de impactos ao meio ambiente, redução de perdas elétricas na rede nacional, postergação de investimentos em transmissão e distribuição e alívio do sistema elétrico em horários de alta demanda diurna, como nos meses de verão.

Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 75,5% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (16,8%), consumidores rurais (4,3%), indústrias (2,7%), poder público (0,7%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,01%).

Em potência instalada, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar fotovoltaica, com 43,2% da potência instalada no País, seguidos de perto por consumidores residenciais (35,7%), indústrias (10,3%), consumidores rurais (7,3%), poder público (3,2%) e outros tipos, como serviços públicos (0,3%) e iluminação pública (0,01%).

De acordo com a entidade, o Brasil possui hoje 49.177 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental a 60.090 unidades consumidoras, somando mais de R$ 2,6 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões do País.

O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, ressalta que o crescimento da microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica é impulsionado por três fatores principais: 
  1. a forte redução de mais de 83% no preço da energia solar fotovoltaica desde 2010; 
  2. o forte aumento nas tarifas de energia elétrica dos consumidores brasileiros, pressionando o orçamento de famílias e empresas; e 
  3. o aumento no protagonismo e na responsabilidade socioambiental dos consumidores, cada vez mais dispostos a economizar dinheiro ajudando, simultaneamente, a preservação do meio ambiente.

Fonte: ABSOLAR.

Governo do Piauí usará miniusinas de energia solar para reduzir gastos

Placa para geração de energia solar (Crédito: João Allbert)

Estado buscará diminuir as despesas da administração pública

Com o objetivo de expandir a oferta de produção de energia elétrica e de alavancar o Piauí como estado modelo em energias renováveis, a Superintendência de Parcerias e Concessões (Suparc), em conjunto com a Secretaria Estadual de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis (Seminper), iniciou 2018 com a missão de estruturar os estudos de viabilidade para a PPP de Geração de Energia Solar.

Na última reunião do Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas foi aprovada a proposição da Secretaria de Mineração que trata do desenvolvimento de estudos voltados para parceria com a iniciativa privada cujo objeto será a geração de energia a partir da implantação de miniusinas.

Esse projeto, além de colocar o Piauí como expoente de geração de energia solar como fonte matriz para abastecer os prédios públicos, a Parceria Público-Privada para implantação, operação e manutenção de miniusinas de geração de energia solar ainda pode atender aos projetos prioritários do Governo do Piauí. Com esse novo modelo, o Governo do Estado reduzirá, aproximadamente, 20% dos gastos com energia elétrica (cerca de R$ 7.109.943,30 por ano), recursos que podem ser direcionados para investimentos em outras ações. 

A superintendente de Parcerias e Concessões do Governo do Piauí, Viviane Moura, explica o propósito do projeto. "A intenção é que a Administração Pública estadual possa ser geradora de energia a partir do uso de um recurso natural em abundância no nosso estado e, com isso, consiga diminuir despesas e, potencialmente, gerar receitas", falou a gestora.

Na reunião realizada na sexta-feira (5), com representantes da Secretaria Estadual de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis (Seminper) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), foram definidos os principais pontos do plano de trabalho e do cronograma de ações para a estruturação dos estudos. Dentre os tópicos discutidos, estão os critérios para definição da localização das miniusinas e a forma de redução das perdas na geração de energia.

Energia solar

A energia solar de geração fotovoltaica é a menos consumida entre as formas renováveis que compõem a matriz elétrica do Brasil. Apenas 0,01% do que foi gerado no país em 2015 resultou dessa tecnologia, que usa painéis de silício para coletar raios de luz solar. Essa modalidade é, no entanto, a fonte preferida de quem escolhe gerar eletricidade para consumo próprio.

As condições hidrológicas desfavoráveis, com períodos de estiagem cada vez mais prolongados, fazem da energia solar uma alternativa ainda mais consistente, se for considerado que os períodos de seca estão associados ao aumento do potencial solar devido à baixa interferência de nuvens e radiação solar mais intensa, além disso, a energia solar não polui durante seu uso e as usinas necessitam de manutenção mínima.


O que muda na conta de energia após a instalação do sistema fotovoltaico?


Para as contas das unidades de baixa tensão, além das mudanças no layout, foram detalhadas informações sobre a instalação, quantidade de energia consumida e injetada na rede, saldo de créditos com a concessionária, entre outras.

Após a instalação do sistema fotovoltaico, sua fatura de energia passará por algumas alterações. Saiba quais são e entenda as informações adicionadas!

A partir da criação do “Sistema de Compensação de Energia Elétrica” regulamentado pela ANEEL em 2012 através da Resolução Normativa REN nº 482, os consumidores de energia passaram a ter a possibilidade de gerar a própria energia. Com esta possibilidade, todos os consumidores que instalaram seus sistemas fotovoltaicos puderam observar uma mudança na conta de luz. A mais facilmente percebida foi a redução no valor da conta. Contudo, houve outras mudanças. Novas informações foram acrescentadas à conta de energia e os consumidores passaram a acompanhá-la com maior frequência.

Este acompanhamento foi suficiente para perceber alguns erros nas faturas. Tanto no que diz respeito às informações de leitura, quanto às informações de faturamento.

Por este motivo, explicaremos as principais mudanças que ocorreram na fatura de energia (das unidades consumidoras atendidas em baixa tensão) que podem auxiliar a esclarecer dúvidas e identificar erros.

As principais modificações que ocorreram na fatura de energia depois da instalação do sistema fotovoltaico foram nos campos: Classe e Subclasse, Informações Técnicas, Informações Gerais e Valores Faturados. Vamos ver o que mudou em cada campo.


Como era e como ficou a conta de luz antes do Sistema Fotovoltaico?

Vejamos cada um dos itens que sofreram modificações na fatura de energia dos consumidores atendidos em baixa tensão.

Atenção! As informações analisadas neste blogpost são baseadas na fatura de energia da Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais S.A. O layout e as expressões utilizadas podem variar de acordo com a concessionária de sua região, mas representam os mesmos dados.

Figura 1 – Fatura antes da GD

  • 1. Classe e Subclasse
Também chamadas de Classificação da Unidade Consumidora.

Antes da GD: a classe a subclasse apresentavam o tipo de unidade consumidora e a configuração do circuito de alimentação (monofásico, bifásico ou trifásico).

Os tipos de unidade consumidora poderiam ser: Residencial, Industrial, Comercial, Rural, Poder Público ou Serviço Público.

Depois da GD: A subclasse ganhou uma denominação complementar. Todos os tipos de unidades consumidoras ganharam o complemento Ger. Distribuída, referente a unidade de geração distribuída de energia elétrica (em geral, os sistemas fotovoltaicos).

  • 2. Informações Técnicas
Também pode ser chamada de Discriminação da Operação.

Antes da GD: Nas informações técnicas havia apenas um tipo de registro de medição chamada Energia (kWh). E que correspondia apenas a Energia ativa consumida. Cabe destacar que dependendo da distribuidora de energia elétrica a expressão pode mudar para Energia Consumida, Energia Ativa Consumida ou, simplesmente, Energia. Todas elas referem-se ao mesmo significado e apresentam o valor de energia em kWh.

Depois da GD: Passou a apresentar, também, a Energia Injetada (em kWh), indicando o valor de energia que foi injetado na rede.

  • 3. Informações Gerais
Também chamada de informações sobre a fatura.

Antes da GD: Eram apresentadas informações das bandeiras tarifárias e outras informações sobre legislação.

Depois da GD: Passaram a ser apresentadas as informações sobre os créditos de energia, bem como sua validade.

Até momento, a única fonte de informação que registra os créditos de energia é a fatura.

  • 4. Valores faturados
Também chamado de descrição da operação.

Antes da GD: Os valores faturados apresentavam a quantidade de energia consumida, o respectivo valor do kWh (unidade de medida).

Depois da GD: Passaram a apresentar os valores faturados da quantidade de energia injetada na rede elétrica, com o respectivo valor do kWh e o valor final da energia injetada.

Dependendo da distribuidora de energia, esses valores podem ser apresentados de forma separada, indicando a Tarifa de Energia (TE) e a Tarifa do Uso do Sistema de Distribuição (TUSD).

Cada uma das parcelas que sofreram modificação estão destacadas na imagem abaixo:

Figura 2 – Fatura depois da GD


O que é importante observar?

É importante observar que o campo Informações Técnicas apresentam dados de leitura, enquanto que o campo Valores Faturados, apresenta os valores que foram considerados para aplicação da tarifa de energia e cálculo do valor da conta.

Os valores de energia injetada e consumida presentes nas informações técnicas são os mesmos que devem ser utilizados para o cálculo dos valores faturados. A estes valores serão acrescidos as bandeiras tarifárias, a contribuição de iluminação pública e os impostos. Entretanto, os valores de energia consumida apresentados no campo Informações Técnicas, devem ser os mesmos apresentados no campo Valores Faturados. O que também vale para a energia Injetada.

Outro campo importante de se observar é o de Informações Gerais. Pois, nele são apresentados os créditos de energia e a respectiva data de vencimento desses créditos. É importante verificar se os créditos estão sendo contabilizados de forma correta e a melhor forma para isso é observando e comparando com as informações das faturas anteriores. Neste campo, também será possível identificar as bandeiras tarifárias e a incidência de mais de uma, quando houver mudança de bandeira no meio do período de faturamento.


Concluindo

Após a instalação da GD há quatro principais modificações a serem observadas. Resumimos as mudanças na fatura de energia na tabela a seguir:


É importante ficar atento às modificações para identificar erros e confirmar que o faturamento está sendo realizado de forma correta.

DICA: Esse ano foi lançado o aplicativo da ANEEL, disponível na Google Play e na Apple Store e que, entre outras funções, apresenta a opção entenda sua conta:

Figura 3 – Aplicativo ANEEL


Agora que destacamos as mudanças na fatura de energia, o integrador pode acompanhar e auxiliar o consumidor final, explicando como foi o seu consumo e a economia gerada após o sistema instalado. E, ainda há a possibilidade de utilizar as informações dos sistemas de monitoramento para auditar a fatura mas, isso é tema para outro momento.

Até lá, deixe seu comentário informando se você já teve alguma dificuldade ao identificar estas informações na fatura, para explicá-las aos seus clientes ou outra dificuldade. Sua dúvida pode ser esclarecida em algum dos próximos posts.

Fonte: Gestor Solar

Microgeração de energia distribuída supera 17 mil conexões

Gerar a própria energia se tornou um grande negócio nos últimos anos. Atualmente, o Brasil apresenta 17.408 conexões, segundo a ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica). Dentre as classes de consumo (comercial, iluminação pública, industrial, poder público, residencial, rural e serviço público) o consumo residencial é o que mais se destaca, superando 13 mil conexões.

A opção por energia fotovoltaica – seja instalação comercial ou industrial – tem aumentado constantemente em todo território nacional. Os dados são atualizados constantemente pela ANEEL. Segundo a pesquisa, os estados que mais se destacam são:
  • 1° Minas Gerais - 3.858
  • 2° São Paulo - 3.363
  • 3° Rio Grande do Sul - 2.061
  • 4° Rio de Janeiro - 1.385
  • 5° Paraná - 1.300

Os estados com menos instalação do sistema de energia fotovoltaica são Amazonas com 7 conexões, Amapá com 8 e Acre com 10.

De acordo com Anaibel Novas, gerente da Unidade de Negócio de Energia Solar da multinacional austríaca Fronius, a população tem investido cada vez mais em energia sustentável devido a diversos fatores como: constantes secas, crise hídrica e aumentos das tarifas de energia elétrica.

O que falta para o Brasil

O país apresenta um grande potencial para a energia solar, mas ainda os pensamentos são direcionados para usinas hidrelétricas e termelétricas. “ O Brasil é um país rico em bases hídricas, diferente de outros países da Europa, por exemplo. Por esse motivo, as hidrelétricas são bem exploradas”.

A especialista conta que ainda faltam incentivos do governo em relação ao uso, conhecimento da população em energias alternativas e os benefícios da utilização da energia renovável que são incontáveis. “A Fronius tem realizado campanhas de conscientização sobre os benefícios da energia solar fotovoltaica e acredita que é possível um mundo totalmente abastecido por energias renováveis” explica.

Um grande exemplo disto, é que recentemente a Alternative Technology Association apontou que a Austrália deve transitar para uma rede elétrica 100% renovável até 2030, pois além de mais seguro, é muito mais rentável e sustentável. Infelizmente, neste quesito, o Brasil caminha a passos lentos. Atualmente a energia solar representa apenas 1% da matriz energética brasileira.

Muitas pessoas ainda questionam se o investimento vale a pena. Para Anaibel não há dúvidas. “Além de trazer redução de custos na conta elétrica, é comprovado que há valorização do imóvel, baixo impacto ambiental, energia inesgotável e redução das emissões de fases dos efeitos estufa. O investimento de R$ 12 mil em todo sistema fotovoltaico em uma residência é revertido em torno de sete a oito anos”, ressalta.

O Brasil tem um grande potencial para instalar desde pequenas e grandes redes de energia solar fotovoltaica. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) até 2024 cerca de 1,2 milhões de geradores de energia solar ou mais deverão ser instalados em casas e empresas em todo o Brasil, representando 15% da matriz energética brasileira e até o 2030 o mercado de energia fotovoltaica deverá movimentar cerca de R$ 100 bilhões. 

O país possui um grande potencial para movimentar este segmento. A radiação solar na região menos ensolarada é 40% maior do que na região mais ensolarada da Alemanha, por exemplo, que é um dos líderes no uso de energia fotovoltaica.

A energia solar fotovoltaica é agora, depois de hidráulica e eólica, a terceira mais importante fonte de energia renovável em termos de capacidade instalada no mundo. Mais de 100 países utilizam energia solar fotovoltaica. A China, Japão e Estados Unidos, atualmente, são os mercados de energia fotovoltaica, contribuindo com quase 6% de sua demanda de eletricidade. A Alemanha é o maior produtor, mas estima-se que em breve será superado pela China.

Fonte: Jornal Dia Dia

Ranking nacional coloca RS com segundo maior potencial para microgeração de energia solar


Divulgação Edelbrau
Cervejaria de Nova Petrópolis, Edelbrau instalou painéis solares neste ano
No último mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Rio Grande do Sul apareceu em segundo no ranking nacional de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração solar fotovoltaica. A classificação inclui residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos.

São mais de 50 megawatts aqui no Estado, que representam 14% do total do país. O primeiro lugar fica com Minas Gerais, com 78 megawatts no levantamento, mas com mais de 110 megawatts conforme a última atualização dos registros da Agência Nacional de Energia Elétrica. No caso do Rio Grande do Sul, já beira os 60 megawatts. 

Quanto ao número de unidades geradoras, o Rio Grande do Sul tem 4,7 mil. Nesta comparação, fica em terceiro no ranking nacional, atrás de Minas Gerais e São Paulo. 

Em potência instalada, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar, diz a Absolar. Já em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista.

A redução no custo do sistema nos últimos anos tem impulsionado a geração de energia solar. Além disso, consumidores estão querendo fugir dos aumentos de dois dígitos na conta de luz.

A partir de 2020, toda residência construída na Califórnia deve ser equipada com energia solar

No Brasil, matriz energética também avança, crescendo também a oferta de seguros para proteção dos equipamentos


O estado da Califórnia, nos EUA, acaba de aprovar uma lei que determina que toda residência construída a partir de 2020 seja equipada com sistemas de energia solar.

Com a nova medida, o estado da Califórnia prevê que a redução das emissões de carbono serão equivalentes à retirada de cerca de 115 mil carros movidos a combustíveis fósseis das ruas.

No Brasil, a utilização da energia solar também avança, com o País tendo atingido recentemente a marca histórica de 252MW de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração. Em 2016, o setor registrou um crescimento de 270%; em 2017, 304% e a projeção para 2018 é de 358%.

Em abril deste ano, o Governo Federal anunciou que os fundos constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-oeste vão ofertar R$ 3,2 bilhões em linhas de crédito para a instalação de placas para captar energia solar em residências nas três regiões, prometendo fortalecer ainda mais a matriz energética.

Para os interessados no Norte e Nordeste, os juros cobrados serão de 6,24% ao ano. Para as residências no Centro-Oeste, os juros serão de 7,33% ao ano. A busca do financiamento deve ser feita a partir dos bancos do Nordeste, da Amazônia (para a região Norte) e do Banco do Brasil (para a região Centro-Oeste).

E, de olho nesse crescimento, o mercado segurador já oferece seguro para painéis solares contra risco de engenharia e montagem e, mesmo, um seguro “all risks” que protege contra avarias causadas por fatores externos, como chuvas de granizo, raios, incêndios, entre outros fatores que podem danificar os equipamentos ao longo do primeiro ano de operação.

Fonte: segs

Energia solar fotovoltaica atinge marca de 300 MW em microgeração e minigeração distribuída no Brasil

País possui atualmente 32 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede.
Painel solar (Foto: Pixabay)

O Brasil acaba de atingir a marca histórica de 300 megawatts (MW) de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos.

Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica de forma renovável, limpa e sustentável, lidera com folga o segmento de microgeração e minigeração distribuída, com mais de 99,4% das instalações do País.

Em números de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 76,9% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (16,2%), consumidores rurais (3,4%), indústrias (2,5%), poder público (0,8%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,02%).

Em potência instalada, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar fotovoltaica, com 44% da potência instalada no País, seguidos de perto por consumidores residenciais (38%), indústrias (8,4%), consumidores rurais (5,6%), poder público (3,5%) e outros tipos, como iluminação pública (0,03%), e serviços públicos (0,5%).

De acordo com a entidade, o Brasil possui hoje 32.033 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental a 38.270 unidades consumidoras, somando mais de R$ 2,2 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões do País.

Foto: Divulgação / Ministério de Minas e Energia

O presidente executivo da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia, ressalta que o crescimento da microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica é impulsionado por três fatores principais: (i) a forte redução de mais de 75% no preço da energia solar fotovoltaica ao longo da última década; (ii) o forte aumento nas tarifas de energia elétrica dos consumidores brasileiros, pressionando o orçamento de famílias e empresas; e (iii) o aumento no protagonismo e na responsabilidade socioambiental dos consumidores, cada vez mais dispostos a economizar dinheiro ajudando, simultaneamente, a preservação do meio ambiente.

“Celebramos com otimismo este passo histórico para a fonte solar fotovoltaica no Brasil, com a certeza de que teremos um forte crescimento do setor nos próximos anos e décadas. O Brasil possui mais de 82 milhões de unidades consumidoras e um interesse crescente da população, das empresas e também dos gestores públicos em aproveitar seus telhados, fachadas e coberturas para gerar energia renovável localmente a partir do sol, economizando dinheiro e contribuindo na prática para a construção de um país mais sustentável e com mais empregos locais e qualificados”, comenta Sauaia.
Ranking Nacional Solar Fotovoltaico

Para acompanhar de perto a evolução da microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica nos estados brasileiros, a ABSOLAR desenvolveu um Ranking Nacional Solar Fotovoltaico, que compara as potências instaladas em cada unidade da Federação.

Atualmente, o Estado de Minas Gerais lidera o ranking nacional, com 22,9% da potência instalada no País, seguido pelo Rio Grande do Sul (14,5%), São Paulo (12,9%), Santa Catarina (6,22%) e Ceará (5,84%).

Fonte: Portal N10

CAESB economiza R$ 47,6 mil mensais com usina minigeradora fotovoltaica

Mais de 2 mil placas solares instaladas na sede da companhia podem produzir energia suficiente para poupar até 45% do gasto.
Com a instalação de uma usina minigeradora fotovoltaica, em Águas Claras, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) prevê economizar R$ 47.629,59 por mês em energia elétrica. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Com a instalação de uma usina minigeradora fotovoltaica, em Águas Claras, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) prevê economizar R$ 47.629,59 por mês em energia elétrica.

A usina conta com 2.188 placas solares, que podem gerar 700 quiloWatt-pico (kWp) — ou 0,7 MegaWatt-pico (MWp). Assim, é possível poupar até 45% do gasto na sede da Caesb (Centro de Gestão Águas Emendadas).

Segundo a técnica em eletricidade da Caesb Viviane Vieira, essa é a primeira instalação de energia fotovoltaica utilizada pela empresa pública.

“A sede ocupa o sétimo lugar no ranking das contas de energia da companhia, por isso começamos nela,” justifica a engenheira eletricista.

A legislação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), explica Viviane, determina que a minigeração de energia de uma companhia só pode prover até 5 megaWatt-pico (MWp) — isso deixa 4,3 MWp para serem usados em outras instalações da Caesb, já que 0,7 MWp vem da nova usina.

Inaugurada nesta semana, a usina custou R$ 3.417.417,59 — recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O investimento será pago em até cinco anos.

Ao lado do benefício financeiro, há o socioambiental. A economia equivale a 4.130.994 metros cúbicos de água usados, por ano, para gerar eletricidade.

Ela também evita a emissão de 669 toneladas de gás carbônico na atmosfera, anualmente — o mesmo que 4.011 árvores processam ou o que 664 carros lançam no ar, em igual período.

Além disso, os 700 kWp serviriam para abastecer cerca de 610 casas populares.

Fonte: Agência Brasília

Energia solar avança e começa a atrair famílias e empresas

Em cinco anos, número de projetos de microgeração de energia subiu de 23 para 30.900.

Painéis de energia solar: redução na conta de luz é incentivo (Getty images/Getty Images)

O empresário Luiz Figueiredo usou 1.150 painéis solares para cobrir o lago de sua fazenda e gerar a própria energia. O consultor Carlos Tabacow instalou 18 placas no teto de sua casa e ficou livre da conta de luz. No Rio, uma escola cobriu o telhado com 50 painéis e agora produz metade da energia que consome. Iniciativas como essas começaram a se espalhar pelo País e têm garantido uma escalada dos projetos de microgeração de energia solar no Brasil.

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que, de junho de 2013 para cá, o número de conexões de microgeração de energia subiu de 23 para 30.900 – sendo 99% desse montante de energia solar. Mais de dois terços das ligações foram feitas por consumidores residenciais. Eles veem nos painéis solares uma saída para ficarem menos vulneráveis ao encarecimento da energia elétrica no Brasil, cujo custo tem subido bem acima da inflação.

A exemplo do que ocorreu com a energia eólica, as “microusinas” solares só ficaram acessíveis a uma parte da população, com o barateamento dos equipamentos, quase todos importados. Hoje, para instalar um sistema solar numa residência média, o consumidor vai gastar cerca de R$ 20 mil. Ainda não é um custo que esteja ao alcance da maioria dos brasileiros, mas os prognósticos para o futuro são positivos.

Apesar da alta do dólar, que tem reflexo direto no custo dos projetos, mudanças nas diretrizes e políticas de alguns países, que estão reduzindo os subsídios à fonte solar, começam a derrubar o preço dos equipamentos, afirma o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia. Essas alterações vão elevar os estoques no mundo e o Brasil pode se beneficiar do movimento.

Mas, independentemente do atual momento conjuntural, as previsões para a energia solar no Brasil são promissoras por outros fatores. Recentemente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu um empurrão no setor ao decidir financiar pessoas físicas interessadas em microgeração de energia solar. O empréstimo tem taxas que variam de 4,03% e 4,55% ao ano, prazo de carência de 3 a 24 meses e 12 anos para pagar. “É uma linha que representa um marco histórico para o setor”, diz Sauaia.

Clima

Do ponto de vista climático, as condições também são favoráveis, uma vez que a irradiação solar no País é ideal para a produção elétrica. Essa vantagem aliada ao fato de que no futuro os consumidores estarão cada vez mais aptos a gerar a própria energia tem provocado uma corrida das empresas para conquistar um pedaço desse mercado, que ainda engatinha no País.

De olho nesse filão, as distribuidoras de energia, que hoje fazem a intermediação entre geradores e consumidores, decidiram criar novas empresas com foco na microgeração pegando carona no sucesso de companhias independentes que vinham surfando nessa onda sozinhas.

No ano passado, a CPFL Energia criou a marca Envo, para trabalhar o varejo. Por enquanto, a prioridade está nos arredores de Campinas, principal área de concessão do grupo. Só no primeiro ano de atuação, a companhia já atendeu 365 clientes. “São consumidores com perfis diferentes. Temos aposentados de olho na redução da conta de luz e pessoas mais jovens que defendem um papel mais sustentável da sociedade”, afirma a vice-presidente de Operações de Mercado do grupo, Karin Luchesi.

Outro grupo que aposta no avanço desse mercado é a francesa Engie, dona da ex-Tractebel (distribuidora de Santa Catarina). A companhia comprou uma empresa de projetos e instalação de sistemas solares em 2016 e desde então o negócio não para de crescer.

Em 2013, a empresa fez 200 sistemas; neste ano, cerca de 1.900, afirma o diretor de soluções da Engie, Leonardo Serpa. “O modelo de geração vem passando por grande transformação no mundo, agora com foco maior na geração distribuída (microgeração) e não mais na centralizada (grandes projetos).”

Redução na conta de luz

A possibilidade de gerar a própria energia elétrica e ao mesmo tempo reduzir a despesa mensal levou o consultor de imóveis Carlos Tabacow a investir nos painéis solares e praticamente zerar a conta de luz. Antes da instalação do sistema, ele gastava mensalmente cerca de R$ 600. Agora paga apenas R$ 40 pelo custo da distribuidora. “Em sete anos, terei retorno do investimento feito”, calcula o consumidor, que vê na microgeração um caminho sem volta. “No futuro, não vamos mais depender de concessionária. Cada um vai gerar a própria energia.”

Na Fazenda Figueiredo, em Cristalina, o projeto do agricultor Luiz Figueiredo não é suficiente para abastecer todo o consumo propriedade. Mas o projeto virou uma referência no mercado. As 1.150 placas solares cobrem boa parte do lago formado com água das chuvas e, além de produzir energia, ajudam a reduzir a evaporação da água – usada para irrigação no período de seca. “O governo já demonstrou interesse em replicar o modelo num trecho de elevação da Transposição do São Francisco”, disse Figueiredo, que gastou R$ 2 milhões no projeto.

Apesar do consumo da fazenda ser quatro vezes maior à produção do sistema, ele afirma que tem conseguido fazer uma boa economia. “Só com a bandeira vermelha (uma tarifa extra), meu gasto com a conta de luz sobe R$ 20 mil por mês.” Figueiredo planeja construir novas plantas solares. “Mas gosto de fazer tudo com o pé no chão, aos poucos.”

Geração remota

Ao contrário do fazendeiro, que tem espaço de sobra para instalar novos módulos fotovoltaicos, muitos consumidores têm limitações de área. E é nesse grupo de consumidores que muitas empresas estão de olho. A nova tendência é a geração remota. Uma empresa investe e constrói uma planta maior numa área e aluga para consumidores que estejam na mesma região de concessão. A ideia é que esse valor que será pago pelo cliente fique bem abaixo do que ele paga na conta de luz.

A Solar Grid, por exemplo, está finalizando um projeto em Januária, em Minas Gerais, para atendera uma das maiores redes de escolado Estado .”Nós investimos no projeto e garantimos a entrega da energia. Do outro lado, o consumidor tem desconto de até 50% (em relação à conta de luz) num contrato de 10 a 15 anos”, afirma o diretor da empresa, Digo Zaverucha. A empresa tem 500 projetos instalados no Paí se 150 em negociação, sendo metade referente a esse novo modelo de negócio em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e na Região Nordeste.

A concorrente Capitale Energia também tem projetos nesse formato. A empresa desenvolve um empreendimento fotovoltaico, de 1 megawatt (MW), que começará a ser construído em dois meses e entrará em operação em 10 meses. Essa unidade deverá atender 350 pontos de consumo.

O grupo também tem projetos com base em outras fontes de energia, como hídrica, na modalidade arrendamento. “Esse é um mercado que tem de ser incentivado e regulado, pois dá acesso a um número muito maior de consumidores”, afirma o sócio-fundador da empresa, Daniel Augusto Rossi. CPFL e Engie também entraram nesse nicho de mercado.

“Estamos num ritmo vertiginoso de crescimento do setor, mas temos de considerar que partimos de uma base pequena e temos em nosso horizonte um mercado de 83 milhões de consumidores. Ou seja, ainda atingimos um universo muito pequeno”, diz o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia. Isso significa, por outro lado, uma grande oportunidade de negócio para empresas que já estão aqui e para estrangeiras.

Fonte: Exame

ENERGIA SOLAR: SETOR AVANÇA NO BRASIL E TEM OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS

Setor tem espaço para empreendedores que desejam inovar e criar novos serviços


O empresário Luiz Figueiredo usou 1.150 painéis solares para cobrir o lago de sua fazenda e gerar a própria energia. O consultor Carlos Tabacow instalou 18 placas no teto de sua casa e ficou livre da conta de luz. No Rio, uma escola cobriu o telhado com 50 painéis e agora produz metade da energia que consome. Iniciativas como essas começaram a se espalhar pelo País e têm garantido uma escalada dos projetos de microgeração de energia solar no Brasil.

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que, de junho de 2013 para cá, o número de conexões de microgeração de energia subiu de 23 para 30.900 - sendo 99% desse montante de energia solar.

Mais de dois terços das ligações foram feitas por consumidores residenciais. Eles veem nos painéis solares uma saída para ficarem menos vulneráveis ao encarecimento da energia elétrica no Brasil, cujo custo tem subido bem acima da inflação.

A exemplo do que ocorreu com a energia eólica, as "microusinas" solares só ficaram acessíveis a uma parte da população, com o barateamento dos equipamentos, quase todos importados. Hoje, para instalar um sistema solar numa residência média, o consumidor vai gastar cerca de R$ 20 mil. Ainda não é um custo que esteja ao alcance da maioria dos brasileiros, mas os prognósticos para o futuro são positivos.

Apesar da alta do dólar, que tem reflexo direto no custo dos projetos, mudanças nas diretrizes e políticas de alguns países, que estão reduzindo os subsídios à fonte solar, começam a derrubar o preço dos equipamentos, afirma o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia. Essas alterações vão elevar os estoques no mundo e o Brasil pode se beneficiar do movimento.

Mas, independentemente do atual momento conjuntural, as previsões para a energia solar no Brasil são promissoras por outros fatores. Recentemente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu um empurrão no setor ao decidir financiar pessoas físicas interessadas em microgeração de energia solar. O empréstimo tem taxas que variam de 4,03% e 4,55% ao ano, prazo de carência de 3 a 24 meses e 12 anos para pagar. "É uma linha que representa um marco histórico para o setor", diz Sauaia.

Clima

Do ponto de vista climático, as condições também são favoráveis, uma vez que a irradiação solar no País é ideal para a produção elétrica. Essa vantagem aliada ao fato de que no futuro os consumidores estarão cada vez mais aptos a gerar a própria energia tem provocado uma corrida das empresas para conquistar um pedaço desse mercado, que ainda engatinha no País.

De olho nesse filão, as distribuidoras de energia, que hoje fazem a intermediação entre geradores e consumidores, decidiram criar novas empresas com foco na microgeração pegando carona no sucesso de companhias independentes que vinham surfando nessa onda sozinhas.

No ano passado, a CPFL Energia criou a marca Envo, para trabalhar o varejo. Por enquanto, a prioridade está nos arredores de Campinas, principal área de concessão do grupo. Só no primeiro ano de atuação, a companhia já atendeu 365 clientes. "São consumidores com perfis diferentes. Temos aposentados de olho na redução da conta de luz e pessoas mais jovens que defendem um papel mais sustentável da sociedade", afirma a vice-presidente de Operações de Mercado do grupo, Karin Luchesi.

Outro grupo que aposta no avanço desse mercado é a francesa Engie, dona da ex-Tractebel (distribuidora de Santa Catarina). A companhia comprou uma empresa de projetos e instalação de sistemas solares em 2016 e desde então o negócio não para de crescer.

Em 2013, a empresa fez 200 sistemas; neste ano, cerca de 1.900, afirma o diretor de soluções da Engie, Leonardo Serpa. "O modelo de geração vem passando por grande transformação no mundo, agora com foco maior na geração distribuída (microgeração) e não mais na centralizada (grandes projetos)."

Redução na conta de luz

A possibilidade de gerar a própria energia elétrica e ao mesmo tempo reduzir a despesa mensal levou o consultor de imóveis Carlos Tabacow a investir nos painéis solares e praticamente zerar a conta de luz. Antes da instalação do sistema, ele gastava mensalmente cerca de R$ 600. Agora paga apenas R$ 40 pelo custo da distribuidora. "Em sete anos, terei retorno do investimento feito", calcula o consumidor, que vê na microgeração um caminho sem volta. "No futuro, não vamos mais depender de concessionária. Cada um vai gerar a própria energia."

Na Fazenda Figueiredo, em Cristalina, o projeto do agricultor Luiz Figueiredo não é suficiente para abastecer todo o consumo propriedade. Mas o projeto virou uma referência no mercado. As 1.150 placas solares cobrem boa parte do lago formado com água das chuvas e, além de produzir energia, ajudam a reduzir a evaporação da água - usada para irrigação no período de seca. "O governo já demonstrou interesse em replicar o modelo num trecho de elevação da Transposição do São Francisco", disse Figueiredo, que gastou R$ 2 milhões no projeto.

Apesar do consumo da fazenda ser quatro vezes maior à produção do sistema, ele afirma que tem conseguido fazer uma boa economia. "Só com a bandeira vermelha (uma tarifa extra), meu gasto com a conta de luz sobe R$ 20 mil por mês." Figueiredo planeja construir novas plantas solares. "Mas gosto de fazer tudo com o pé no chão, aos poucos."

Geração remota

Ao contrário do fazendeiro, que tem espaço de sobra para instalar novos módulos fotovoltaicos, muitos consumidores têm limitações de área. E é nesse grupo de consumidores que muitas empresas estão de olho. A nova tendência é a geração remota. Uma empresa investe e constrói uma planta maior numa área e aluga para consumidores que estejam na mesma região de concessão. A ideia é que esse valor que será pago pelo cliente fique bem abaixo do que ele paga na conta de luz.

A Solar Grid, por exemplo, está finalizando um projeto em Januária, em Minas Gerais, para atender uma das maiores redes de escolado Estado ."Nós investimos no projeto e garantimos a entrega da energia. Do outro lado, o consumidor tem desconto de até 50% (em relação à conta de luz) num contrato de 10 a 15 anos", afirma o diretor da empresa, Digo Zaverucha. A empresa tem 500 projetos instalados no País e 150 em negociação, sendo metade referente a esse novo modelo de negócio em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e na Região Nordeste.

A concorrente Capitale Energia também tem projetos nesse formato. A empresa desenvolve um empreendimento fotovoltaico, de 1 megawatt (MW), que começará a ser construído em dois meses e entrará em operação em 10 meses. Essa unidade deverá atender 350 pontos de consumo.

O grupo também tem projetos com base em outras fontes de energia, como hídrica, na modalidade arrendamento. "Esse é um mercado que tem de ser incentivado e regulado, pois dá acesso a um número muito maior de consumidores", afirma o sócio-fundador da empresa, Daniel Augusto Rossi. CPFL e Engie também entraram nesse nicho de mercado.

"Estamos num ritmo vertiginoso de crescimento do setor, mas temos de considerar que partimos de uma base pequena e temos em nosso horizonte um mercado de 83 milhões de consumidores. Ou seja, ainda atingimos um universo muito pequeno", diz Rodrigo Sauaia. Isso significa, por outro lado, uma grande oportunidade de negócio para empresas que já estão aqui e para estrangeiras.

SP facilita financiamento de projetos de geração de energia solar

Nesta terça-feira (12), a Secretaria de Estado de Energia e Mineração e a Desenvolve SP assinaram convênio para facilitar o acesso a financiamento de projetos voltados para geração de energia solar. A partir de agora, pequenas e médias empresas poderão ampliar a produção em todo o território paulista.

Com o acordo, a Secretaria passa a se responsabilizar pela análise e orientação técnica de projetos que a Desenvolve SP receber para a implantação de sistemas de mini e microgeração distribuída e de energia fotovoltaica.

“As fontes renováveis são as energias do futuro. O governo de São Paulo já isentou a cadeia produtiva da indústria solar e agora dá mais um passo no fomento à geração fotovoltaica no Estado”, destaca o titular da pasta, João Carlos Meirelles.

Vale lembrar que a Desenvolve SP já oferece a Linha Economia Verde, que financia, além da compra, a instalação de equipamentos para produção de energia renovável, como placas solares, aerogeradores, biogás de aterro, entre outros. A ideia, segundo Álvaro Sedlacek, presidente do órgão, é tornar o trabalho dessas empresas cada vez mais eficiente e competitivo.

“São Paulo importa de outros estados cerca de 60% da energia elétrica que consome. Com essa parceria, queremos diminuir essa dependência ajudando as empresas paulistas a adaptarem seus sistemas e a gerarem ao menos parte da sua própria energia”, comenta Sedlacek.

A instalação desses sistemas permite a substituição da energia elétrica adquirida das concessionárias de distribuição e pode propiciar uma economia considerável devido a sua vida útil de 15 a 20 anos em média.

“Popularizar a geração distribuída, ampliar a segurança energética e simplificar o modelo regulatório para reduzir os custos da energia para a população. Esse é o desafio”, explica o subsecretário de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Junior.

Fonte: SP Notícias

Brasil ultrapassa 1,5 GW de energia solar fotovoltaica e abastece mais de 633 mil residências

Foto: DINO

A fonte solar fotovoltaica no Brasil desponta em um crescimento vertiginoso e já ultrapassamos a marca de 1,5 GW de capacidade instalada. O País deverá fechar o ano de 2018 com 2,4 GW em nossa matriz elétrica, com a contribuição das usinas solares fotovoltaicas dos leilões de energia de reserva de 2014 e 2015. A cada ano, junto a esta fonte renovável e limpa, crescem também os números de novos postos de trabalho, renda e de investimentos.

Há um ano, a energia elétrica gerada pela fonte era capaz de abastecer 60 mil residências brasileiras (compostas de 4 a 5 pessoas). Hoje este número é mais de 10 vezes maior, passando para mais de 633 mil residências. O Brasil celebra a marca de 30.039 sistemas de geração distribuída solar fotovoltaica conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental a 35.667 unidades consumidoras, somando mais de R$ 2,1 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos por todas as regiões do País. A novidade foi apresentada esta semana durante o Brasil Solar Power – Conferência & Exposição pelo Grupo UBM|CanalEnergia e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Segundo o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, somando os segmentos de mercado de geração distribuída e centralizada, os investimentos acumulados no Brasil neste setor fecharam 2017 com R$ 6 bilhões, e este ano devem atingir aproximadamente R$ 20 bilhões até final de 2018.

Embora tenha começado a acelerar seu desenvolvimento recentemente no Brasil, já entramos para o seleto grupo de 30 países com mais de 1 GW de potência instalada operacional desta fonte renovável e de baixo impacto ambiental. Considerando a potência adicionada apenas no ano de 2017, atingimos, pela primeira vez na história, o ranking dos 10 países que mais adicionaram projetos da fonte solar fotovoltaica em suas matrizes, incorporando aproximadamente 1 GW em um único ano. “Com isso, o Brasil caminha se tornar um protagonista mundial neste setor. Atualmente, a fonte ainda representa menos de 1% da matriz elétrica brasileira, mas levantamentos da empresa de pesquisa energética projetam, até o ano de 2030, este número subirá para mais de 10%”, afirma Sauaia.

No último ano, já foram gerados mais de 20 mil novos empregos diretor e indiretos, e a expectativa é de que este número se repita até o fim de 2018, sendo que a cada MW de energia solar fotovoltaica instalados, são gerados de 25 a 30 postos de trabalho. Sauaia destaca que esta é uma das maiores taxas de geração de emprego do setor elétrico. “A fonte solar fotovoltaica lidera a geração de empregos renováveis no mundo, com 3,4 milhões do total de 10,3 milhões de empregos de fontes renováveis no planeta”, observa.

Geração Distribuída- De acordo com a Absolar, a fonte solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica de forma renovável, limpa e sustentável, lidera com folga o segmento de microgeração e minigeração distribuída, com mais de 99,4% das instalações do País. Em números de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 77,4% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (16%), consumidores rurais (3,2%), indústrias (2,4%), poder público (0,8%) e outros tipos, como serviços públicos (0,2%) e iluminação pública (0,03%).

Já em termos de potência, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar fotovoltaica, com 42,8% da potência instalada no País, seguidos de perto por consumidores residenciais (39,1%), indústrias (8,1%), consumidores rurais (5,6%), poder público (3,7%) e outros tipos, como iluminação pública (0,03%), e serviços públicos (0,6%).

O crescimento da microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica é impulsionado por dois fatores principais: a redução de 75% no preço da energia solar fotovoltaica nos últimos 10 anos e o forte aumento do preço da energia elétrica dos consumidores, que desde 2012 acumula uma alta de 499%, segundo dados do Ministério de Minas e Energia.

Se aproveitarmos somente os telhados de residências brasileiras e instalarmos sistemas fotovoltaicos, a geração de energia seria 2,3 vezes a necessária para abastecer todos os domicílios do País. Para se ter uma ideia, enquanto o potencial técnico hidrelétrico nacional é de 170 Gigawatts (GW) e o eólico é de 440 GW, o potencial técnico solar fotovoltaico supera 28.500 GW, sendo maior do que o de todas as demais fontes combinadas. A título de comparação, a matriz elétrica brasileira atual possui aproximadamente 160 GW de capacidade instalada total, somando todas as fontes de geração.

Investimento- O investimento de aproximadamente 5 mil reais é suficiente para reduzir em 70% os gastos de energia elétrica para uma família de 4 pessoas de baixa renda. Para uma residência de classe média brasileira, seriam investidos de R$15 a 20 mil reais, com um retorno sobre o investimento de 5 a 7 anos.

Financiamento- Na última semana, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou mudanças no Programa Fundo Clima, permitindo pessoas físicas tenham acesso a financiamentos para a instalação de sistemas de geração solar fotovoltaica. Segundo o executivo da Absolar, as novas condições de financiamento estão entre as mais competitivas do mercado para projetos de energia solar fotovoltaica. “O BNDES confirmou financiamentos de até 80% dos sistemas solares fotovoltaicos com equipamentos novos produzidos no Brasil, com taxas de juros entre 4,03% e 4,55% ao ano, prazo de amortização de até 12 anos e carência de até 2 anos.

O BSP – Promovido pelo Grupo UBM|CanalEnergia e Absolar, o Brasil Solar Power – Conferência e Exposição se consolidou como o principal evento do setor fotovoltaico no Brasil e América Latina. Dentre seus participantes, 64% possuem forte poder de influência e decisão em suas empresas. O evento traz conferências simultâneas sobre geração centralizada e distribuída, workshops e feira de negócios; conta com a presença das principais lideranças nacionais e internacionais do setor, membros do governo, importantes players de mercado para tratar dos caminhos do segmento, modelos de negócios, regulamentação, novas tecnologias e opções de financiamento.

Fonte: Terra

Projeto zera impostos para energia solar e cria programa para 5 milhões de sistemas de cogeração até 2030

Instalação de placas fotovoltáicas no MME, parceria com a Absolar. Foto: Francisco Stuckert/MME

O Brasil pode zerar as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins sobre a energia elétrica fornecida pela distribuidora e compensada por empreendimentos de microgeração ou minigeração distribuída na unidade consumidora. A proposta faz parte do Política Nacional de Energia Solar Fotovoltaica (PRONASOLAR), projeto de lei 10370/2018, protocolado esta semana na Câmara pelo deputado Augusto Carvalho (SD/DF).

O parlamentar também propõe que, pelo prazo de 10 anos, os contribuintes poderão deduzir da base de cálculo do Imposto de Renda devido 25% das despesas realizadas com a aquisição de sistema solar fotovoltaico com potência de até 5.000 kW, conforme comprovação por meio de contrato registrado ou nota fiscal do referido sistema solar fotovoltaico.

“A Política Nacional de Energia Solar Fotovoltaica é uma política nacional de estado, que objetiva estabelecer uma estratégia estruturada para reconhecer e aproveitar o vasto potencial da fonte solar fotovoltaica no Brasil, tanto para a diversificação e segurança do suprimento elétrico nacional, quanto para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do país, alinhado às premissas de sustentabilidade, planejamento de longo prazo e redução de emissões de gases causadores do efeito estufa”, justifica o parlamentar.

A Pronasolar tem como meta a instalação de 1 milhão de sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica no Brasil até o final de 2025, representando potência nominal acumulada de pelo menos 4.500 MW e a instalação de 5 milhões de sistemas até o final de 2030, representando potência nominal acumulada de pelo menos 22.500 MW.

“Torna-se urgente o estabelecimento de um arcabouço legal com regras e objetivos claros, que tragam segurança jurídica, previsibilidade e continuidade ao desenvolvimento do setor solar fotovoltaico brasileiro. Esta medida fomentará a atração de novos investimentos privados, a geração de empregos locais e qualificados, com ganho de renda e de movimentação econômica nas escalas local, regional e nacional”, garante o parlamentar.

Ontem, o BNDES anunciou que o Programa Fundo Clima vai ofertar crédito para pessoas físicas investirem na instalação de sistemas de aquecimento solar e sistemas de cogeração. Os recursos poderão ser contratados em operações indiretas somente a através de bancos públicos. Cada cliente pode solicitar no máximo R$ 30 milhões a cada 12 meses.

No total, o juro é de 4,03% ao ano, isso incluindo taxas do BNDES e ainda dos bancos repassadores. Isso vale para pessoas físicas ou jurídicas com renda ou faturamento anual de até 90 milhões, e 4,55% ao ano, no caso de renda superior a R$ 90 milhões anuais.

O financiamento ainda propicia carência de três a 24 meses, com prazo máximo de 144 meses.

“Trata-se de mais uma ação do BNDES para incentivar o cidadão brasileiro a investir em sustentabilidade e economia de energia”, diz a nota divulgada pelo banco.

Fonte: E&P Brasil

Microgeração de energia elétrica terá isenção de ICMS no Paraná

A governadora Cida Borghetti encaminhou para a Assembleia Legislativa Projeto de Lei que visa a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o fornecimento de energia elétrica produzida por mini e microgeração. O documento foi assinado na tarde desta terça-feira (5), no Palácio Iguaçu, em Curitiba.

“Essa medida, além de incentivar toda a cadeia de produção de energia limpa no Estado, é benéfica também para o meio ambiente, pois vai ao encontro do nosso compromisso de redução dos gases do efeito estufa”, disse ela.
HISTÓRICO - Para dar benefícios aos microgeradores de energia, em 2015 o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) criou o Convênio ICMS 16/15, que permite aos estados concederem isenção do imposto incidente sobre a eletricidade trocada entre o cliente e a distribuidora. O Paraná aderiu à proposta no dia 16 de maio deste ano, durante reunião no Confaz em Brasília.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, Silvio Barros, disse que a adesão era uma demanda do setor produtivo estadual. “Com isso, estamos criando uma alternativa de geração de energia renovável limpa, onde o investimento para a geração é feito pelo contribuinte. Além disso, estamos, também, estimulando novos negócios, gerando empregos e turbinando nossa economia de uma forma ecologicamente correta”, disse.
Além do Paraná, os Estados de Santa Catarina e do Amazonas também aderiram ao mesmo convênio. Outras 20 unidades da federação já haviam feito adesão.
MEIO AMBIENTE – Para o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antônio Carlos Bonetti, o envio do projeto é um marco importante, pois cria segurança jurídica para a microgeração e dá ao Estado mais ferramentas para o combate aos efeitos das mudanças climáticas. “Temos cada vez mais convicção da importância da produção de energias limpas, e aqui no Paraná temos muitas possibilidades com a geração de energia solar, eólica, do biogás e do biometano”, afirmou ele.
A medida é válida para unidades que geram até 1 megawatt (MW) de potência instalada nas cidades ou em zonas rurais. O consumidor que optar por gerar a própria energia por meio de fontes renováveis poderá compartilhar a produção excedente na rede pública de abastecimento e obter descontos na conta de luz. O abatimento ocorre por meio da isenção do ICMS sobre a energia elétrica trocada entre consumidor e distribuidora.
 Fonte: Governo do PR