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Teresina e Manaus são as capitais que a energia solar traz maior retorno econômico


Neste início de ano, as cinco capitais nas quais os projetos de energia solar fotovoltaica de pequenos negócios, condomínios, hospitais, shopping centers e residência têm o melhor retorno no Brasil são: Teresina (PI), Belém (PA), Manaus (AM), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ).

Já, no caso das grandes unidades consumidoras atendidas em alta tensão, as cinco capitais mais atraentes para os projetos de energia solar são Manaus, Rio de Janeiro, Cuiabá, Goiânia, e Brasília. É o que apurou o Índice Comerc Solar de novembro, levando em conta os últimos reajustes autorizados no início do mês sobre as tarifas de eletricidade nas distribuidoras locais.

O Índice Comer Solar, que abrange todas capitais do País, além de outras quatro cidades paulistas, altera-se à medida em que são autorizados novos reajustes nas tarifas de eletricidade. O seu ranking leva em conta a irradiação solar de cada região, a tarifa de energia convencional cobrada no local, assim como a taxa de ICMS em vigor no estado.

16,4 mil de produtores de energia

“A energia solar fotovoltaica chegou para ficar”, afirma Cristopher Vlavianos, presidente do Grupo Comerc Energia e da Comerc Solar. Ele cita os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que indicam que a geração de eletricidade a partir da luz captada em painéis instalados nos telhados das casas ou no terreno do estacionamento das empresas já bateu na casa de 136 MW de potência instalada em 16,4 mil unidades no Brasil.

“O volume de energia produzida em projetos de energia solar fotovoltaica de geração distribuída já equivale à eletricidade produzida por uma hidrelétrica média. No entanto, o potencial de geração de energia solar pelo próprio consumidor no Brasil é, com as tecnologias atuais, pelo menos 12 mil vezes maior, ou de 164 GW”, acrescenta.

Ritmo exponencial de crescimento

O ritmo de novos projetos solares fotovoltaicos em todo o país está na casa dos 140% ao ano, já que o país detinha 57 MW de potência instalada ao final de 2016, conforme dados do Balanço Energético Nacional (BEN) de 2017*. “E deve se acelerar ainda mais nos próximos anos”, garante Vlavianos. “Quando o brasileiro se der conta das vantagens dessa geração e como o retorno de seu investimento é rápido, veremos uma demanda ainda maior por essa fonte energética”, afirma o executivo.

De acordo com o Índice Comerc Solar deste mês, o payback dos projetos de energia solar fotovoltaica de baixa tensão dá-se entre 3,1 anos a 7,6 anos nas principais capitais do País. 

Já, quando se tem em vista os projetos

Ranking Potencial Solar – Unidades Consumidoras atendidas em Baixa Tensão

As dificuldades para a expansão da energia solar no Brasil

Dois dos maiores empreendimentos da área foram inaugurados em 2017, mas falta estratégia mais ampla vinda do governo, de acordo com especialista.

NO INÍCIO DE 2018, PAÍS ULTRAPASSOU MARCA DE 1 GIGAWATT DE CAPACIDADE INSTALADA EM PROJETOS DE ENERGIA SOLAR

No segundo semestre de 2017, foram inaugurados no Brasil os dois maiores empreendimentos de energia solar da América Latina. As iniciativas, uma no Piauí e outra em Minas Gerais, são de empresas estrangeiras que ganharam o direito de implementar e operar as usinas, depois de vencerem leilões promovidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Em janeiro de 2018, a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) anunciou que o país havia ultrapassado a marca recorde de 1 gigawatt de capacidade instalada em projetos de energia solar em operação. De acordo com a entidade, apenas 30 países do mundo atingiram esta marca, que capacidade energética para abastecer 500 mil domicílios por um ano.

As inaugurações e a marca sugerem que a energia solar finalmente começa a prosperar no país, depois de anos ter sido vista, junto com a eólica, como algo secundário e extravagante, inclusive por governos que tinham nas hidrelétricas de grande porte seu principal paradigma de geração de energia. Segundo dados de 2015, apenas 0,01% da energia gerada no país veio de fontes solares, o que faz dessa alternativa a menos consumida entre as renováveis.

“O Brasil está mais ou menos 15 anos atrasado em relação ao setor fotovoltaico em outros países.” Rodrigo Sauaia Presidente da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica)

“Claramente, há uma tendência de crescimento na solar, a exemplo do que aconteceu com a eólica a partir de 2009”, disse ao Nexo Osvaldo Soliano, doutor em política energética pela universidade de Londres e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Ele lembra que o contexto é amplamente favorável às alternativas renováveis, incluindo o esgotamento do modelo de grandes hidrelétricas, do qual o governo federal agora se afasta, e a vigência do Acordo de Paris, compromisso assinado por 195 países com o objetivo de reduzir emissões de gases que contribuam para o aquecimento global.

“O Brasil é um importante mercado estratégico para o Grupo EDF, que pretende dobrar sua capacidade renovável na França e no mundo todo até 2030”, disse em agosto de 2017 o diretor geral da EDF Energies Nouvelles, Antoine Cahuzac. A EDF tem controle de 80% da usina solar de Pirapora, em Minas Gerais (os outros 20% são da sino-canadense Canadian Solar).

Atualmente, segundo Soliano, empresas de fora do país tendem a dominar os projetos maiores, pois já tocam operações internacionais de grandes escala e tem acordos de fornecimento para volumes de compra grande, permitindo alcançar um preço melhor para a energia final gerada que competidores nacionais em um leilão.

Potencial solar

O espaço para expansão do setor é gigantesco, baseado na medição da irradiação solar do país, ou insolação, que só perde para a Austrália no mundo.

Em comparação com a Alemanha, um dos países de referência em termos de incentivo à geração solar, o Brasil fica em vantagem: o país europeu tem índice de irradiação equivalente a 900 e 1.250 quilowatts-hora (KWh) por metro quadrado (m²) por ano, enquanto que aqui este número fica entre 1.500 e 2.400 KWh m²/ano.

“O pior sol do Brasil, que está lá no Paraná e tem uma irradiação de 1500 KWh m2/ano, é superior ao melhor sol da Alemanha”, comparou ao site da EBC o diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), André Pepitone.

Atrasos e percalços

“O Brasil está mais ou menos 15 anos atrasado em relação ao setor fotovoltaico em outros países”, afirmou ao Nexo o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia. O primeiro programa federal de energias renováveis, o Proinfa, lançado em 2002, deixou de fora a solar, selecionando apenas projetos referentes a biomassa, eólica e pequenas centrais hidrelétricas. Apenas em 2014 foi realizado o primeiro leilão que contemplou iniciativas na área da geração fotovoltaica.

EM TERMOS MUNDIAIS, ÍNDICE DE IRRADIAÇÃO SOLAR NO BRASIL SÓ FICA ATRÁS DA AUSTRÁLIA

Para Sauaia, de lá para cá, o setor solar tem se mostrado cada vez mais competitivo. Em dezembro de 2017, pela primeira vez as empresas da área conseguiram ofertar em um leilão energia mais barata que a gerada por biomassa, termelétrica ou pequena hidrelétrica.

Em novembro, o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Fabio Alves, declarou ao jornal O Globo que a perspectiva é de crescimento robusto de agora em diante. Segundo ele, a previsão é de um crescimento de cerca de 50 mil MW na capacidade de geração de energia no país, com metade desse total vindo de fontes eólica ou solar.

Entretanto, não há qualquer proposta ou estratégia mais ampla em relação à energia solar vinda do governo ou do Congresso. Ao contrário, o segundo semestre de 2017 registrou duas iniciativas em direções contrárias, vindas de Brasília.

Em agosto, congressistas aprovaram uma medida provisória editada pelo presidente Michel Temer que concede benefícios tributários, parcela dívidas e suspende a cobrança de impostos de empresas do setor petrolífero que atuam no país.

Entre os que votaram pelo decreto está o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), que propôs em 2016 uma emenda constitucional instituindo a cobrança de royalties da geração de energia eólica. Fortes defende também a ampliação da taxação também para a energia solar.

“É um retrocesso: de um lado temos parlamentares querendo tributar o sol e o vento. De outro lado, temos o governo isentando os combustíveis fósseis de impostos. Será que esse é o caminho que os brasileiros querem para um país?”, questionou Sauaia. O presidente da Absolar lembra que a área já conta com uma carga tributária maior sobre equipamentos.

Os dois maiores projetos:

PARQUE SOLAR NOVA OLINDA (RIBEIRA DO PIAUÍ-PI) - Em Ribeira do Piauí, a 380 quilômetros de Teresina, foi inaugurado em novembro de 2017 o maior parque solar em operação da América Latina. Com 930 mil placas de captação de energia fotovoltaica, o empreendimento é capaz de suprir 300 mil domicílios. A energia que as placas capturam é enviada para uma subestação da Chesf localizada no município vizinho de São João do Piauí. O parque é administrado pela empresa italiana Enel, que conseguiu autorização para a construção e operação do parque por meio de leilão realizado em 2015. A empresa conseguiu financiamento do Banco do Nordeste para o empreendimento, que custou cerca de US$ 300 milhões. O governo do Piauí contribuiu com aproximadamente US$ 80 milhões.

PIRAPORA II (PIRAPORA-MG) - Quando estiver em operação plena, a usina solar de Pirapora será a maior da América Latina. O projeto começou a funcionar em setembro, a segunda fase foi iniciada em outubro e a terceira e última etapa se concluirá ao final do primeiro semestre de 2018. Quem encabeça o projeto é uma parceria entre as empresas francesa EDF Energies Nouvelles e canadense Canadian Solar. A capacidade total de geração do projeto será suficiente para abastecer 420 mil casas por um ano. O empreendimento obteve financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no valor de R$ 529 milhões.

Fonte: Nexo

Governo usará miniusinas de energia solar para reduzir gastos

Estado buscará diminuir as despesas da administração pública.

Placa para geração de energia solar (Crédito: João Allbert)

Com o objetivo de expandir a oferta de produção de energia elétrica e de alavancar o Piauí como estado modelo em energias renováveis, a Superintendência de Parcerias e Concessões (Suparc), em conjunto com a Secretaria Estadual de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis (Seminper), iniciou 2018 com a missão de estruturar os estudos de viabilidade para a PPP de Geração de Energia Solar.

Na última reunião do Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas foi aprovada a proposição da Secretaria de Mineração que trata do desenvolvimento de estudos voltados para parceria com a iniciativa privada cujo objeto será a geração de energia a partir da implantação de miniusinas.

Esse projeto, além de colocar o Piauí como expoente de geração de energia solar como fonte matriz para abastecer os prédios públicos, a Parceria Público-Privada para implantação, operação e manutenção de miniusinas de geração de energia solar ainda pode atender aos projetos prioritários do Governo do Piauí. Com esse novo modelo, o Governo do Estado reduzirá, aproximadamente, 20% dos gastos com energia elétrica (cerca de R$ 7.109.943,30 por ano), recursos que podem ser direcionados para investimentos em outras ações.

A superintendente de Parcerias e Concessões do Governo do Piauí, Viviane Moura, explica o propósito do projeto. “A intenção é que a Administração Pública estadual possa ser geradora de energia a partir do uso de um recurso natural em abundância no nosso estado e, com isso, consiga diminuir despesas e, potencialmente, gerar receitas”, falou a gestora.

Na reunião realizada na sexta-feira (5), com representantes da Secretaria Estadual de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis (Seminper) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), foram definidos os principais pontos do plano de trabalho e do cronograma de ações para a estruturação dos estudos. Dentre os tópicos discutidos, estão os critérios para definição da localização das miniusinas e a forma de redução das perdas na geração de energia.

Energia solar

A energia solar de geração fotovoltaica é a menos consumida entre as formas renováveis que compõem a matriz elétrica do Brasil. Apenas 0,01% do que foi gerado no país em 2015 resultou dessa tecnologia, que usa painéis de silício para coletar raios de luz solar. Essa modalidade é, no entanto, a fonte preferida de quem escolhe gerar eletricidade para consumo próprio.

As condições hidrológicas desfavoráveis, com períodos de estiagem cada vez mais prolongados, fazem da energia solar uma alternativa ainda mais consistente, se for considerado que os períodos de seca estão associados ao aumento do potencial solar devido à baixa interferência de nuvens e radiação solar mais intensa, além disso, a energia solar não polui durante seu uso e as usinas necessitam de manutenção mínima.

Fonte: Com informações do Portal do Governo / Meio Norte

Brasil pode se tornar o único país do mundo a cobrar royalties pelo vento

Criticado por associação, projeto aprovado na CCJ da Câmara propõe a cobrança de royalties pela produção de energia eólica; setor vem crescendo e já chega a fornecer metade da energia consumida em um dia no Nordeste.

Parque de geração de energia eólica de Marcolândia, no Piauí: setor não emite CO2 e está em expansão no Brasil

Uma proposta de emenda constitucional aprovada neste mês na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pode tornar o Brasil o primeiro país do mundo a cobrar royalties pela produção de energia eólica.

O autor do projeto, deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), justifica o pedido de cobrança alegando que a exploração da energia eólica “gera significativas alterações nas áreas próximas às fazendas destinadas a essa atividade, de modo a limitar a realização de outras atividades econômicas”. Entre as atividades econômicas “limitadas” pela geração de energia aproveitando o vento , o deputado destaca o turismo.

“Em especial no litoral brasileiro, a exploração de energia limita especialmente o turismo, alterando as paisagens naturais e impedindo o acesso aos locais próximos às referidas fazendas”, destacou o relator do projeto na CCJ da Câmara, deputado Tadeu Alencar (PSB-PE), em em seu voto favorável à PEC.

“As limitações e restrições impostas pela exploração de energia eólica afetam todo o povo brasileiro, tornando necessário que os responsáveis por tais atividades compensem os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e a União, o que deve ocorrer através de justa participação no resultado econômico auferido, tal como ocorre com a exploração de petróleo ou gás natural e de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica”, completa.

O Brasil tem hoje capacidade de gerar 12,64 GW de energia por meio de seus 503 parques eólicos já instalados, sendo que há ainda outras 211 estações previstas para entrar em operação até 2020, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). O setor está em franca expansão: segundo relatório do Ministério de Minas e Energia, a produção desse segmento no País cresceu 33% somente no período entre 2016 e 2015.

Projeto ameaça setor, diz associação

Em nota, a presidente da Abeeólica, Élbia Gannoum, afirmou que a proposta em tramitação na Câmara representa uma ameaça à competitividade dessa fonte em relação aos demais setores geradores de energia (hidrelétrica, solar, termelétrica, etc.)

“A eólica está salvando o Nordeste do racionamento de energia uma vez que estamos vendo uma condição hídrica desfavorável na região. Com a taxação extra que está sendo proposta na PEC, há um grande risco de vermos a competitividade ser reduzida e com isso corre-se o risco de que se perca a disputa no leilões para outras fontes localizadas em outras regiões, o que é ruim para o Nordeste como um todo, pois a região perderia esses investimentos, afinal os aportes dependem dos investidores saírem bem sucedidos nesses certames”, afirmou a presidente da associação, Élbia Gannoum.

A preocupação especial com Nordeste se dá ao fato de que 67% da produção de energia eólica no Brasil está concentrada naquela região. A importância das eólicas para os nordestinos pode ser mensurada pelo recorde atingido no dia 14 de setembro deste ano: naquela data, o setor foi o responsável pelo fornecimento de 64% da energia consumida em todos os estados da região.

A proposta que sugere a cobrança de royalties pelo vento no Brasil já está pronta para ir ao plenário da Câmara, mas isso ainda não tem data para acontecer. O relator apontou em seu parecer que, caso a proposta venha a ser aprovada, a distribuição dos recursos arrecadados com a cobrança de royalties do setor gerador de energia eólica deverá ser definida por meio de outro projeto de lei.

Fonte: Economia – iG

Maior parque solar da América do Sul é inaugurado no Piauí

Parque Solar Nova Olinda tem capacidade para abastecer 300 mil casas

O Parque Solar Nova Olinda, de 690 hectares, conta com 930 mil painéis solares (Foto:Divulgação/Enel)

Com capacidade para abastecer 300 mil residências por ano, foi inaugurada na última terça-feira, 28, a maior usina solar da América do Sul. Localizado em Ribeira do Piauí (PI), o Parque Solar Nova Olinda, da italiana Enel, conta com um investimento de aproximadamente US$ 300 milhões. O parque tem 690 hectares e conta com 930 mil painéis solares.

O investimento em energia solar tem aumentado no Brasil, principalmente na região nordeste. A Enel, até o fim de 2017, vai inaugurar mais um parque de energia solar, totalizando quatro, entre os estados de Piauí e Bahia, com investimentos de quase US$1 bilhão. Ademais, outras empresas contam com projetos de construção de usinas nos estados da Bahia, Ceará e Piauí. Mesmo assim, a energia solar só corresponde a 1% da fatia de geração de eletricidade no Brasil.

Durante as obras, o Parque de Nova Olinda chegou a contar com 1.700 trabalhadores, com 40% deles representando a mão de obra local. Porém, agora, com o espaço já em funcionamento, a empresa contará com apenas 40 a 50 pessoas para cuidar da operação e manutenção dos equipamentos. A nova usina, que teve financiamento do Banco do Nordeste, tem contrato de venda de energia pelos próximos 20 anos, enquanto o retorno financeiro deve ser conseguido em apenas 10 anos.

Segundo a Enel, o novo parque solar vai evitar a emissão de cerca de 350 mil toneladas de CO2. Em todo o Brasil, a empresa tem capacidade instalada, em renováveis, de aproximadamente 2.276 MW, sendo 670 MW de energia eólica, 890 MW de energia hidrelétrica e 716 MW de energia solar.

O planejamento para 2026 prevê um aumento em cerca de 50 mil MW na geração de energia no país, com a metade das fontes sendo eólica ou solar, segundo o secretário de Energia Elétrico do Ministério de Minas e Energia, Fabio Alves.


A Enel tem apostado cada vez mais no Brasil para investir em energias renováveis. Por isso, contou com a importação de placas da China, tanto por serem mais baratas, quanto por acompanharem o movimento do sol, captando os raios solares, que é transformado em energia. Em seguida, cabos subterrâneos levam a energia até uma subestação dentro do parque, seguindo por 47 quilômetros até uma outra subestação, dessa vez da Chesf, para ser lançada no sistema.

“A China ganhou essa guerra e permitiu reduzir muito o custo dos projetos de energia solar. Os painéis representam hoje 30% do custo de um projeto. No passado, esse percentual era de 90%. Mas o Brasil pode agregar valor aos projetos com outras tecnologias”, explicou Antonio Cammisecra, responsável global da Energy Green Power, braço do grupo para energias renováveis.

Dona da antiga Ampla – responsável pela distribuição de energia na Região dos Lagos do Rio de Janeiro -, controladora da distribuidora do Ceará (ex-Coelce) e tendo adquirido recentemente a Celg, de Goiás, a Enel é apontada como forte candidata a compra de algumas distribuidoras da Eletrobras, como a Cepisa, no Piauí.

“A Enel é líder no mercado de geração solar brasileiro e queremos seguir contribuindo para o desenvolvimento das fontes de energia limpa no país, com inovação, sustentabilidade e compromisso com a segurança de nossas operações. Nova Olinda é o nosso projeto mais relevante. As transformações que o setor energético vem experimentando mostram que o crescimento da geração fotovoltaica é um caminho sem volta”, destacou o Country Manager da Enel Brasil, Carlo Zorzoli.


Inaugurado no Piauí maior parque de energia solar da América do Sul

Com capacidade para abastecer milhares de lares, a usina evita a emissão de cerca de 360 mil toneladas de CO2, gerando energia limpa.

Inauguração do Parque Solar Nova Olinda (Enel Green Power Brasil) (João Albert)

Em Ribeira do Piauí, o governador Wellington Dias participou nesta terça (28) da inauguração do Parque Solar Nova Olinda, maior usina solar em operação da América Latina. Com quase um milhão de painéis fotovoltaicos instalados em 690 hectares, a usina tem capacidade para produzir 600 GWh de energia por ano em meio ao semiárido piauiense.

Empregando cerca de 2 mil pessoas para sua construção, Nova Olinda contou com o apoio do Governo do Estado por meio de R$ 80 milhões em incentivos fiscais, num total de quase R$ 1 bilhão investido.


Na solenidade, Dias lembrou do processo progressivo que o Piauí viveu na última década. "O projeto Luz Para Todos foi lançado no Piauí porque éramos o Estado mais atrasado em energia elétrica. Hoje, ultrapassarmos os 1.600 megas que geram energia para o Piauí e para o Brasil. Uma energia limpa, resultado de um desenvolvimento com cuidado ambiental", pontuou o governador.

Em uma área equivalente a 700 campos de futebol, as placas fotovoltaicas de Nova Olinda possuem sistema de autoajuste informatizado, que acompanha a direção da radiação solar, captando assim mais energia.


Presidente da Enel no Brasil, empresa responsável pela execução e gestão da usina, o empresário italiano Carlos Zorzoli, acredita que a conclusão da Nova Olinda marca a entrada definitiva da energia solar no mercado energético brasileiro. "Encontramos no Piauí as condições para implantar um projeto dessa magnitude. Quando as autoridades trabalham em parceria com a iniciativa privada, os resultados são bons frutos", afirmou Zorzoli.

A capacidade elétrica do parque solar pode abastecer 300 mil famílias. Toda a potência produzida no parque é transmitida de sua subestação própria para a subestação da Chesf em São João do Piauí, por onde é fornecida para o sistema nacional de distribuição elétrica.

Usina gera emprego e forma profissionais

Nascido em São João do Piauí, Valdir de Sousa foi um dos beneficiados diretamente pela obra. Logo com a chegada da empresa ele se inscreveu no seletivo para ingresso de funcionários, entrando no projeto de construção e descobrindo a grandiosidade da obra. "Cresci profissionalmente. Antes trabalhava com administração, hoje sou um técnico em eletrotécnica, com formação dentro do projeto", contou.


"A cara do mundo hoje é produzir energia de fonte renovável. Hoje São João do Piauí e região têm esse privilégio. É legal para a cidade e para o mundo, produzindo algo que vai servir para o mundo", completou Valdir.

Parque supera capacidade elétrica da barragem de Boa Esperança

O parque solar de Nova Olinda supera a capacidade elétrica da barragem de Boa Esperança, o que demonstra a possibilidade das energias renováveis enquanto novos empreendimentos com impacto ambiental quase nulo, diferente da construção de hidroelétricas, por exemplo.

Nova Olinda evitou a emissão de 350 mil toneladas de CO2. Ainda foram plantadas 96 mil mudas de espécies nativas na área de instalação do parque.

Para o secretário de Mineração e Energias Renováveis, Luís Coelho, a inauguração do parque é um marco histórico para a energia solar no Piauí e no Brasil. "Se falássemos isso há um ano e meio, ninguém acreditaria. Outros parques maiores que esse vão surgir, estão em andamento. O Estado está trilhando o caminho certo, das energias renováveis", garantiu o secretário.

Representando o Ministério de Minas e Energias, o secretário de Energia Elétrica, Fábio Alves, prevê um aumento significativo de 30% na produção de energia no país para os próximos anos. "Metade desse aumento será ocasionado pela produção renovável e 80% desses empreendimentos serão no Nordeste", assegurou o representante da União.

Benefícios para os municípios

Os prefeitos de Ribeira e São João do Piauí contaram sobre os reflexos que o empreendimento tem trazido para os municípios.

"Essa usina veio para transformar a realidade do nosso município . Gerou emprego e renda e trouxe benefícios com o ISS, recursos importantes que dão estabilidade para a gestão municipal, com o pagamento do funcionalismo em dia e dos fornecedores, melhora a qualidade de vida das pessoas na Saúde e na Educação", avalia o prefeito de Ribeira, Arnaldo Araújo.

Para o prefeito de São João do Piauí, Nova Olinda traz reflexos que vão além da economia. "Não somente a economia, também ganha com isso a cultura, com o intercâmbio cultural de todos nós, nordestinos, com alguns europeus, italianos e espanhóis. A região Nordeste e a região de São João entram no campo internacional de tecnologia e cultura", destacou o prefeito Gil Carlos.

Novas fontes de energia

Os investidores em renováveis acreditam que, em muito pouco tempo, a energia solar será mais barata do que outras matrizes energéticas. Prova disso é a implantação das milhares de placas solares no sertão piauiense.

"É preciso diversificar a matriz energética, gerando resiliência e segurança. Gerar não só energia limpa como também fortalecer a segurança energética do Brasil, diversificando a matriz elétrica", explica o presidente da Enel.

Novos leilões energéticos

Resultado de articulação do Fórum dos governadores, onde Dias atua fortemente, o Governo Federal aponta para a abertura de novos leilões de renováveis. "Vamos ter um leilão de energias em dezembro queremos que em 2018, prossigamos novos leilões de energia para preparar o Brasil para as novas etapas de desenvolvimento", adiantou Dias.

Municípios piauienses como Lagoa do Barro, Queimada Nova e São Gonçalo do Gurguéia são possíveis palcos futuros de produção de energia renovável no estado.

Atrativo

O sol com boa incidência, a legislação e as linhas de transmissão elétrica já existentes no território do Piauí fazem do Estado um bom local para se investir em energia fotovoltaica.

"O governador soube alterar, junto à Assembleia, as leis de regulamentação, tornando o Estado atrativo para investimentos. O Piauí é a bola da vez das energias renováveis. Com energia eólica nos já estamos produzindo 1.300 mega watts espelhados pelo mundo", informou o secretário Luis Coelho.

De acordo com Coelho, mais de 1,3 mil cidadãos e empresários piauienses já produzem sua própria energia elétrica através da luz solar. Um investimento que a longo traz grande economia.

Exposição cultural

No hall de entrada da inauguração, uma exposição em linha do tempo contou em textos e ilustrações a história do Piauí. Um mapa da região também foi exposto identificando comunidades rurais e quilombolas, além de rios e sítios históricos próximos à região da usina fotovoltaica. Uma outra atração foi Tour VR Experience, nele os participantes puderam fazer um tour virtual pelo Parque Solar Nova Olinda.

Assista a Notícia:


No Nordeste, cresce investimento em energia renovável

Da Bahia ao Maranhão, projetos de fontes alternativas de energia elétrica ganham espaço e investimentos.

por Roberto Rockmann 

Foto: Stuckert
Parque de energia eólica
Parque eólico em Marcolândia, no Piauí. O Nordeste concentra a maior capacidade eólica do Brasil
Centenas de operários trabalham em ritmo acelerado para colocar em operação o primeiro complexo eólico do Maranhão. Localizado entre os municípios de Barreirinhas e Paulino Neves, com investimento de 1,5 bilhão de reais da Ômega Energia, os 96 aerogeradores, com potência de 220 megawatts, deverão marcar o início de uma série de projetos do setor no estado.
Outros dois complexos eólicos deverão ser erguidos em breve no Maranhão, cujo governo busca atrair fornecedores de equipamentos, com destaque para a montagem de painéis fotovoltaicos, de olho no interesse de investidores em potencial.
Para aproveitar a linha de transmissão construída para escoar a energia do parque eólico, em área de 100 hectares, várias empresas têm estudado a instalação do primeiro parque solar do estado, que poderá somar mais de 500 milhões de reais em investimentos, destaca o secretário maranhense de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo.
Em um momento de crise aguda, o investimento pode responder por mais de mil empregos.
Quem percorre de carro o interior e o litoral dos estados nordestinos depara-se com dezenas de parques eólicos e solares.
Energia
Parque de energia solar na Bahia (Foto: Carla Ornelas/GovBA)
Juntos, eles vão representar mais de 30 bilhões de reais em investimentos até o fim da década e posicionarão o Brasil entre os dez maiores geradores eólicos do mundo. A força dos ventos e do sol tem criado empregos, se convertido no maior vetor de investimentos da região e ampliado a segurança no abastecimento energético, essencial em decorrência da seca prolongada.
Em julho, a produção eólica respondeu por 12,6% de toda a energia demandada ao Sistema Interligado Nacional. No Nordeste, bateu-se um recorde: 64,2% da energia consumida na região, no último dia 30 de julho, foi proveniente dos ventos. Até 2008 e 2009, o suprimento energético era feito pelas fontes hidrelétricas, oriundas de usinas localizadas na Bacia do Rio São Francisco.
“O resultado tem sido excepcional, até porque a região é atingida por ventos excepcionais e razoavelmente constantes, o que proporciona capacidade de geração que se situa entre as melhores do mundo”, destaca Luiz Eduardo Barata, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema.

Com ventos contínuos e intensos, as usinas eólicas nordestinas chegam a operar em boa parte do tempo com fator de capacidade superior a 60%, o dobro da média mundial. Por várias décadas, o Ceará importava energia do sistema interligado. Com a construção de usinas eólicas nos últimos anos, o segmento passou a responder por um terço da matriz elétrica estadual e possibilitou ao estado exportar energia. Mas não é um caso isolado.
A capacidade instalada em energia eólica no Brasil alcança, atualmente, 11,7 gigawatts, perto de 7,5% da matriz nacional. Pouco mais de 80% dessa potência (9,6 gigas) está localizada em projetos no Nordeste. O Rio Grande do Norte, a Bahia e o Ceará produzem 7 gigawatts por meio de usinas instaladas. O volume só tende a crescer.
No momento, os parques em construção ou contratados no Brasil somam 6,31 gigas, e mais de 90% dessa carga sairá de projetos nordestinos, com destaque para a Bahia, com 3,4 gigas de usinas a serem instaladas nos próximos anos. Até 2020, o estado se tornará o mais produtor de energia eólica do País.
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Zorzoli, da Enel. Transferência de tecnologia é um caminho a seguir
Uma das maiores empresas do setor, a CPFL Renováveis tem 2,1 gigawatts de capacidade instalada em projetos de energia elétrica. Desse total, 1,3 giga provém de usinas eólicas com mais de 85% instalados no Ceará e Rio Grande do Norte. Em carteira são outros 2 gigas no Rio Grande do Norte, em Pernambuco e na Bahia. Cerca de 600 megawatts em projetos solares na Bahia também estão em carteira.
A empresa aguarda os detalhes do leilão de energia solar para analisar sua participação. Hoje, a concessionária tem um projeto piloto de 1 megawatt instalado em São Paulo. “Há mais incertezas em energia solar do que na eólica.
Temos um fabricante de painéis fotovoltaicos no Brasil, então precisamos estudar o financiamento, se é feito aqui ou no exterior, e como reduzir a volatilidade cambial”, aponta Gustavo Sousa,  diretor-presidente da companhia.
O novo cenário de aperto fiscal e a nova política de financiamento do BNDES deverão levar as empresas a buscar outras opções de crédito. Um dos instrumentos podem ser as debêntures de infraestrutura. A CPFL Renováveis emitiu 250 milhões de reais em julho, pela primeira vez, com prazo de cinco anos, voltadas para investidores qualificados. “O mercado de capitais terá de ser mais acionado”, destaca Sousa.
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Araújo, secretário de Indústria do Maranhão. Estado deve ter em breve seu primeiro parque solar
A empresa também conversa com bancos sobre a emissão de debêntures incentivadas no mercado solar, preparando-se para quando ingressar com mais firmeza no segmento, mas ainda há pouco conhecimento sobre a fonte.“Falta o histórico de desempenho, qual o fator de capacidade dos projetos, pois a energia solar dá os primeiros passos, enquanto as usinas eólicas têm conhecimento extenso entre os financiadores.”
A Casa dos Ventos cadastrou 214 projetos eólicos para os leilões de energia nova “A-4” e “A-6”, com perto de 6,2 gigawatts em empreendimentos situados nos estados da Bahia, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, onde estão os recursos eólicos mais competitivos, de acordo com a companhia.
A empresa atuará como desenvolvedora, por meio de parcerias com investidores, para a maioria dos projetos cadastrados, bem como analisa a sua participação isoladamente em um empreendimento. “Continuamos fornecendo projetos competitivos para os principais players do mercado, ao mesmo tempo que buscamos expandir a nossa base de ativos operacionais por meio de investimentos proprietários”, afirma Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios.
O potencial ainda é grande. Até 2026, segundo projeções da Empresa de Pesquisas Energéticas, órgão estatal de planejamento do setor elétrico, essa matriz terá expansão de 41 gigawatts, com predomínio das usinas eólicas e solares, que deverão responder por quase 19 gigas.
No início da década passada, um estudo apontou que o Brasil poderia chegar à potência instalada de 143 gigawatts em energia eólica, dez vezes mais do que a capacidade da usina de Itaipu, uma das maiores do mundo. Mas a medição baseava-se no uso de aerogeradores com altura inferior a 50 metros. Hoje são empregados equipamentos com mais de 100 metros. Quanto maior a altura, maior a velocidade dos ventos, o que amplia as possibilidades de exploração.
Novas tecnologias têm transformado o interior do Nordeste. Em setembro de 2015, em Tacaratu, no sertão de Pernambuco, um projeto pioneiro começou a gerar energia por meio da combinação de vários fatores: um parque híbrido explora turbinas eólicas, que podem gerar 80 megawatts, e placas fotovoltaicas, com potência instalada de 11 megawatts, o maior em operação no País. Juntas, as usinas, que consumiram mais de 600 milhões de reais, são capazes de gerar energia suficiente para abastecer 250 mil residências.
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Sousa, da CPFL Renováveis. Volatilidade do câmbio afeta energia solar
O governo de Pernambuco, que firmou convênios com a concessionária local e o Banco do Nordeste, pretende estimular a microgeração distribuída a pequenos negócios, selecionando fornecedores de equipamentos para as empresas interessadas em investir em painéis fotovoltaicos, que, por sua vez, poderão abater sua própria geração da conta de luz emitida pela companhia elétrica estadual. “Isso é uma garantia que reduz o risco de crédito e abre um enorme potencial”, acredita Luiz Cardoso Ayres Filho, secretário-executivo de Energia de Pernambuco.
O maior projeto brasileiro de energia solar é tocado pela italiana Enel, responsável por três parques solares na região. Em junho, o grupo deu início à operação do parque solar Lapa, na Bahia, com dois meses de antecipação em relação ao prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica. O empreendimento, que soma 158 megawatts de potência, é o maior em operação. No leilão de energia de reserva de 2015, foram contratados os projetos Horizonte (103 megas) e Nova Olinda (292 megas), atualmente em fase final de construção.
“Apoiamos a transferência de tecnologia de parceiros europeus com fabricantes nacionais para desenvolvermos alguns equipamentos que não existiam aqui, impusionando a cadeia de suprimento, antes incipiente. No médio prazo, com o mercado crescendo, esses fabricantes poderão vir aqui e isso contribuirá para a queda dos preços dos equipamentos”, explica Carlo Zorzoli, presidente da Enel.
A partir de 2020, prevê-se a instalação de mil megawatts-pico, potência usada para a fonte, por ano. Em 2026, o País poderia deter 10 gigawatts-pico de centrais solares e 3,5 gigas de geração distribuída solar, de acordo com estimativas do Plano Decenal, ainda em fase de elaboração. “O Brasil tem um potencial muito grande em energia solar. Mas países como Alemanha e China têm mais de 10 gigawatts instalados e aqui não chega a 10% desse total”, observa Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira da Energia Solar.
No início de agosto, os empresários do setor receberam boa notícia de Brasília. O governo estuda criar uma portaria para que as unidades a serem lançadas no programa Minha Casa Minha Vida nos próximos anos incorporem sistemas de energia solar. A expectativa é de que a portaria seja divulgada em breve.
Com entrega prevista de 400 mil unidades por ano de imóveis para a baixa renda, um mercado anual de 1,6 bilhão de reais poderá ser criado e contribuir para o adensamento da cadeia do segmento. “O Brasil tem capacidade para produzir inversores e módulos, mas microinversores ainda são importados e estão centrados nos Estados Unidos, Ásia e Israel. Assim, esses investimentos poderão contribuir para a atração de investimentos”, afirma Sauaia.
O País, que hoje tem pouco mais de 10 mil ligações de microgeração em residências e comércio, deverá ter mais de 800 mil daqui a uma década. O crescimento está no radar da SolarGrid, que tem participado de concorrências privadas de redes de educação e saúde interessadas em investir na instalação de painéis fotovoltaicos para produzir sua própria energia e reduzir a conta de luz.
No primeiro semestre de 2018, a empresa deve concluir 25 milhões de reais em investimentos para construir três plantas solares no norte de Minas Gerais, para abastecer cerca de 90 farmácias de uma rede de drogarias.
“Há outras concorrências que começam a surgir, como a de agências bancárias, e esse movimento deve se acelerar. Temos algumas concorrências de empresas no Nordeste”, diz Diogo Zaverucha, sócio da empresa. Se neste ano a movimentação do mercado corporativo ficar em 10 megawatts-hora-pico, em 2018 a capacidade pode ser dez vezes maior. O avanço das fontes eólica e solar, intermitentes, coincide com a mudança da matriz elétrica.
Enquanto isso, o governo sugere a privatização da Eletrobras, com destaque para a Chesf, que atua no Nordeste. Entre 2013 e 2018, é prevista a entrada de 20 mil megawatts de capacidade hídrica no sistema. Desses, 99% serão produzidos em usinas sem reservatórios. Os benefícios de investimentos do setor para outros segmentos, como navegação de rios, a captação de água ou a irrigação em bacias, ficarão mais restritos.

Campanha "Sol para Todos" realiza implantação de sistema solar fotovoltaico no Abrigo São Lucas

Instalação do sistema de energia solar no Abrigo São Lucas
Teve início a instalação do sistema de energia solar fotovoltaico no Abrigo São Lucas (Instituição Filantrópica que cuida de idosos). A iniciativa faz parte das ações da ONG Instituto Piauí Solar, que tem por objetivo promover a difusão de tecnologias energéticas renováveis apropriadas a realidade local e a preservação do meio ambiente.

A Universidade Federal do Piauí (UFPI), em parceria com o Instituto Piauí Solar (IPS) e o Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Energia Solar do Piauí (GIPES), que agrupa membros de diversos cursos da UFPI e do Instituto Federal do Piauí (IFPI), participa deste projeto por meio da campanha “Sol para Todos”, responsável por arrecadar fundos para a implantação desse sistema de energia solar no Abrigo São Lucas.

A equipe do projeto agradeceu a todos que colaboraram para a sua realização. “Agradecemos o apoio de todos. Juntos estamos levando energia solar para quem precisa”.
O projeto visa proporcionar desconto permanente na "conta de luz" da instituição, buscando também difundir essa tecnologia limpa e renovável de geração de energia elétrica que é a energia solar, divulgando os seus benefícios para a população piauiense, além de capacitar jovens na área.

Segundo o Prof. Dr. Marcos Antônio Tavares Lira, um dos organizadores da campanha, a UFPI participa do projeto por meio do grupo de pesquisa GIPES, que possui como membros professores de Engenharia Elétrica e Física e alunos de Engenharia Elétrica, de Produção e Física. O grupo, no âmbito da UFPI, organiza a cada dois anos o Workshop "Piauí Solar" e desenvolve várias ações com alunos de Iniciação Científica. 

Sistema foi adquirido por meio da campanha "Sol para Todos"

“A campanha "Sol para Todos" nasceu do anseio de que fosse realizado algo concreto relacionado à energia solar envolvendo alunos e professores, mas que também deixasse como resultado um produto que pudesse contribuir com uma instituição de caridade de Teresina”, explica o professor.

Tendo em vista o importante papel das instituições filantrópicas do Piauí e o gasto constante dessas instituições com energia elétrica, o Instituto Piauí Solar (IPS) e o Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Energia Solar do Piauí (GIPES) realizaram, em abril de 2016, uma consulta pública por meio de uma enquete na internet para escolher uma entidade filantrópica do Piauí a ser contemplada com um sistema de energia solar. Na ocasião, a Fundação Abrigo São Lucas foi a vencedora, com cerca de 23% dos votos.

Projeto visa diminuir gastos com a energia

O Abrigo São Lucas

A Fundação Abrigo São Lucas é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que presta serviços à sociedade há mais de 25 anos e tem como objetivo principal o acolhimento institucional a pessoas idosas, que se encontram em condições de exclusão social, promovendo uma convivência em grupo e integrando idosos que se encontram em situação de vulnerabilidade, expostos a riscos pessoais e sociais em decorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, dentre outras.

Com a instalação do sistema de energia solar a instituição terá abatimento na conta de luz e poderá reinvestir os recursos economizados em outras atividades e/ou suprir outras necessidades.

Fonte: http://ufpi.br/ultimas-noticias-ufpi/18975-campanha

Energia Solar, o futuro já chegou em Sebastião Leal


A cidade de Sebastião Leal, ganhou um novo espaço de energia solar. A usina fotovoltaica Cornélio Adriano Sanders, contribuirá para um futuro promissor, promovendo a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável, podendo criar novos pontos de trabalho para o município.


A usina possui 32 placas solares e tem uma potência de 8,48 KW e o tempo de vida útil previsto é de 30 anos. Em agosto de 2017, foi realizada a assinatura do contrato para a execução do projeto, o documento foi assinado pelo prefeito Angelo Pereira, pelo presidente do Grupo Progresso, Cornélio Sanders, e pelo diretor da Alsol Gustavo Almeida.


Na inauguração realizada no último sábado (30/09), o prefeito Angelo Pereira ressaltou: " Hoje foi um marco muito importante para o município, pois abriu uma nova perspectiva de geração de energia limpa e renovável".

Campanha "Sol para Todos" realiza implantação de sistema solar fotovoltaico no Abrigo São Lucas

Instalação do sistema de energia solar no Abrigo São Lucas
Teve início a instalação do sistema de energia solar fotovoltaico no Abrigo São Lucas (Instituição Filantrópica que cuida de idosos). A iniciativa faz parte das ações da ONG Instituto Piauí Solar, que tem por objetivo promover a difusão de tecnologias energéticas renováveis apropriadas a realidade local e a preservação do meio ambiente.

A Universidade Federal do Piauí (UFPI), em parceria com o Instituto Piauí Solar (IPS) e o Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Energia Solar do Piauí (GIPES), que agrupa membros de diversos cursos da UFPI e do Instituto Federal do Piauí (IFPI), participa deste projeto por meio da campanha “Sol para Todos”, responsável por arrecadar fundos para a implantação desse sistema de energia solar no Abrigo São Lucas.

A equipe do projeto agradeceu a todos que colaboraram para a sua realização. “Agradecemos o apoio de todos. Juntos estamos levando energia solar para quem precisa”.

O projeto visa proporcionar desconto permanente na "conta de luz" da instituição, buscando também difundir essa tecnologia limpa e renovável de geração de energia elétrica que é a energia solar, divulgando os seus benefícios para a população piauiense, além de capacitar jovens na área.

Segundo o Prof. Dr. Marcos Antônio Tavares Lira, um dos organizadores da campanha, a UFPI participa do projeto por meio do grupo de pesquisa GIPES, que possui como membros professores de Engenharia Elétrica e Física e alunos de Engenharia Elétrica, de Produção e Física. O grupo, no âmbito da UFPI, organiza a cada dois anos o Workshop "Piauí Solar" e desenvolve várias ações com alunos de Iniciação Científica. 

Sistema foi adquirido por meio da campanha "Sol para Todos"

“A campanha "Sol para Todos" nasceu do anseio de que fosse realizado algo concreto relacionado à energia solar envolvendo alunos e professores, mas que também deixasse como resultado um produto que pudesse contribuir com uma instituição de caridade de Teresina”, explica o professor.

Tendo em vista o importante papel das instituições filantrópicas do Piauí e o gasto constante dessas instituições com energia elétrica, o Instituto Piauí Solar (IPS) e o Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Energia Solar do Piauí (GIPES) realizaram, em abril de 2016, uma consulta pública por meio de uma enquete na internet para escolher uma entidade filantrópica do Piauí a ser contemplada com um sistema de energia solar. Na ocasião, a Fundação Abrigo São Lucas foi a vencedora, com cerca de 23% dos votos.

Projeto visa diminuir gastos com a energia

O Abrigo São Lucas

A Fundação Abrigo São Lucas é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que presta serviços à sociedade há mais de 25 anos e tem como objetivo principal o acolhimento institucional a pessoas idosas, que se encontram em condições de exclusão social, promovendo uma convivência em grupo e integrando idosos que se encontram em situação de vulnerabilidade, expostos a riscos pessoais e sociais em decorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, dentre outras.


Com a instalação do sistema de energia solar a instituição terá abatimento na conta de luz e poderá reinvestir os recursos economizados em outras atividades e/ou suprir outras necessidades.

Em Araripina, inaugurado um dos maiores complexos eólicos da América Latina


O governador Paulo Câmara participou, nesta sexta da inauguração do maior complexo eólico do Brasil: o Ventos do Araripe III. Com um investimento de R$ 1,8 bilhão da Casa dos Ventos, o projeto está localizado no alto da Chapada do Araripe, entre os estados de Pernambuco e Piauí.

Em solo pernambucano estão instalados cinco parques e 60 aerogeradores, com capacidade de gerar 359 MegaWatt (MW), abastecendo até 400 mil casas dos dois estados. Ao todo, a instalação do complexo foi responsável pela geração de 1,5 mil postos de trabalho, com prioridade da mão de obra local.

“O Ventos do Araripe III é um projeto que está totalmente conectado e dialogando com o futuro que a gente precisa. A energia eólica é a garantia de um meio ambiente limpo e é importante continuar nesse caminho, mostrando que é possível, mesmo em momentos difíceis, avançar com ideias inovadoras e que aproveitem a potencialidade de cada estado”, afirmou o governador Paulo Câmara, acrescentando que o projeto garantirá a sustentabilidade energética de Pernambuco.

Ao todo, são 14 parques e 156 aerogeradores, instalados em propriedades arrendadas de cerca de 70 famílias das cidades de Araripina e de Simões (PI), que se tornaram parceiras da Casa dos Ventos. O modelo permite que os moradores recebam mensalmente uma quantia calculada a partir da energia gerada. Ao todo, mais de R$ 5 milhões serão pagos anualmente aos moradores locais com propriedades arrendadas.


O presidente da Casa dos Ventos, Mário Araripe, destacou que o Ventos do Araripe III, com 87 mil hectares, é o maior parque eólico do País. “Esse complexo não tem igual no Brasil e se assemelha a poucos no mundo. A chapada pode, por exemplo, suprir Pernambuco com a energia produzida”, afirmou.

Também estiveram presentes na inauguração o governador do Piauí, Wellington Dias; os deputados federais Kaio Maniçoba e Tadeu Alencar; e as deputadas estaduais Socorro Pimentel e Roberta Arraes.

Brasil constrói ponte para a eficiência com novas usinas solares

Em 2017, o Brasil deve ter a capacidade de produzir seu primeiro gigawatt de energia solar fotovoltaica, estima a ABSolar (associação do setor).

O montante seria suficiente para atender a cerca de 800 mil residências, de acordo com Rafael Kelman, diretor da consultoria PSR.

Se confirmado, o marco vai representar um salto gigantesco sobre os 84 MW (megawatts) registrados em 2016 pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), do Ministério de Minas e Energia. O número, contudo, continua tímido se comparado aos 9,65 GW de capacidade das usinas hidrelétricas em 2015, último dado disponível.

Reforço para o segmento, a EGPB (Enel Green Power Brasil), subsidiária da italiana Enel, deve colocar em funcionamento neste ano quatro parques solares, adicionando 807 MW à capacidade instalada no país.

Três das estações ficam na Bahia e uma no Piauí. As plantas de Nova Olinda (PI), com 292 MW, e Ituverava (BA), de 254 MW, serão, segundo a empresa, as maiores da América Latina. A EGPB estima que, juntas, as quatro plantas serão capazes de gerar o suficiente para atender ao consumo anual de 845 mil famílias.

A empresa venceu leilões em 2014 e 2015 e investiu cerca de US$ 980 milhões nos projetos. “A vantagem do Brasil em relação à Europa é que o maior potencial solar está em áreas semiáridas do Nordeste não aproveitáveis para agricultura”, diz Carlo Zorzoli, presidente da Enel no Brasil.

DESAFIOS

O Brasil assumiu objetivos ambiciosos dentro do Acordo de Paris, ratificado no ano passado. A contribuição do setor energético inclui expandir a participação de energias renováveis na geração elétrica, além da hídrica, para pelo menos 23% até 2030. Em 2015, a oferta hídrica representava 64% da matriz brasileira; a solar não passava de 0,01%.

Ítalo Freitas, presidente da AES Tietê, diz que a empresa tem um investimento pronto para uma planta solar de 150 MW em Ouroeste (interior de São Paulo), mas que está em espera. Isso porque o governo cancelou o leilão para energia de reserva em dezembro último, após a EPE concluir que não havia necessidade.

“Com a entrada de megaprojetos e o derretimento da demanda pela crise, o governo pode esperar para avançar com novos leilões, o que desanima o mercado no curto prazo”, diz Kelman, da consultoria PSR.

Rodrigo Sauaia, presidente da ABSolar, ressalta que a manutenção dos leilões é fundamental. “Sem eles, nada vai avançar. É preciso ter um calendário que planeje o setor por, pelo menos, cinco a dez anos.”

Em nota, o Ministério de Minas e Energia disse que está sendo estudada a realização de um leilão de reserva de fontes renováveis ainda neste ano.

Fonte: O Estado de São Paulo | Bruno Benevides e Anaís Fernandes

Brasil bate próprio recorde e vai abrigar a nova maior usina de energia solar da América Latina


300 mil. Esse é o número de residências brasileiras que passarão a ser abastecidas por energia solar assim que a usina Nova Olinda começar a funcionar. Localizada no Estado do Piauí, a 377 quilômetros da capital Teresina, ela será a maior usina de energia solar da América Latina.

A obra é comandada pela empresa italiana Enel S.P.A, por meio de sua subsidiária Enel Green Power Brasil. A companhia foi a grande vencedora do leilão de energia solar promovido pelo governo brasileiro em agosto de 2015.

Segundo ela, a obra está estimada em US$ 300 milhões, o equivalente a quase R$ 1 bilhão, e logo mais estará finalizada. A usina Nova Olinda deve começar a funcionar já no segundo semestre de 2017 e ajudará a suprir, de forma sustentável, à crescente demanda energética do Brasil, que deve aumentar 4% ao ano até 2020.

Gerador de energia eólica pega fogo em Ilha Grande do Piauí


O caso aconteceu nesta segunda-feira.
Na tarde desta segunda-feira (19/12), um curto-circuito provocou um incêndio no aerogerador de um dos parques eólicos da Pedra do Sal, no povoado Labino, zona rural do município de Ilha Grande do Piauí. Uma moradora do povoado afirmou que por volta das 14h foi ouvido um barulho e às 16h a máquina começou a incendiar.


De acordo com informações, não houve feridos e ainda não se sabe o motivo do fogo ter iniciado. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada para controlar o incêndio na máquina. Em agosto deste ano, o mesmo aerogerador da empresa Ômega foi acometido pelo fogo. O equipamento foi consertado durante meses e pela noite, mas quase dois meses de funcionamento voltou a apresentar defeito.


Assista o vídeo de um acidente no Ceará: