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Companhia aérea fabrica filamentos para impressoras 3D a partir de garrafas PET utilizadas nos voos


A KLM é a primeira companhia aérea do mundo a reciclar garrafas PET para fazer ferramentas para manutenção e reparo de suas aeronaves. Garrafas vazias são coletadas ao final de cada voo e transformadas em filamentos, material usado nas impressoras 3D. Esse processo significa que uma garrafa de água vazia pode acabar como parte de um equipamento impresso em 3D que economiza tempo e dinheiro de engenharia e manutenção.

Da mesma forma que as impressoras normais usam tinta, as impressoras 3D precisam de filamentos para imprimir. A KLM costumava comprar esse material de fornecedores externos. Mas agora, as garrafas PET vazias de seus voos são entregues a uma empresa de reciclagem em troca de pellets de plástico de alta qualidade, que são o principal material de filamento. As toneladas de garrafas de plástico que são retiradas de aeronaves no aeroporto Schiphol, em Amsterdã, todos os anos são recicladas e viram esse filamento.

Impressoras 3D na E&M

A KLM Engineering & Maintenance utiliza impressoras 3D há algum tempo, de maneira a acelerar os processos de reparo e manutenção. Por exemplo, plugues especiais foram desenvolvidos para assegurar que os furos dos aros não sejam pintados quando as rodas do Boeing 737 são pintadas.

Fitas protetoras não são mais utilizadas nos serviços de revisão dos motores durante a manutenção das pás da turbina. Foram substituídas por uma capa impressa em 3D. E a ferramenta desenhada pela equipe para remover o bagageiro de bordo do Boeing 787 possibilita que a tarefa seja realizada por apenas um mecânico, ao invés de dois.

Menor custo de filamento

Atualmente, a E&M utiliza diariamente cerca de 1,5 kg de filamento de alta qualidade. Agora que a KLM fornece garrafas PET como matéria-prima, o custo deste filamento caiu de 60 euros / kg para apenas 17 EUR / kg. Ao trabalhar com a empresa de reciclagem Morssinkhof Rymoplast e o fabricante de filamentos Reflow, a KLM agora é capaz não só de ser inovadora em seu uso de impressão em 3D, mas também por tornar esse processo circular.

A KLM visa reduzir o volume de seus resíduos em 50% até 2030, em comparação com os níveis de 2011. Essa meta será alcançada produzindo menos resíduos em geral, e aumentando a quantidade que pode ser reciclada. Em 2018, a KLM reduziu o desperdício em 9%, e 28% do que restou foi reciclado.

“Estamos investindo continuamente em produtos e processos sustentáveis ​​e inovadores. Para nossos clientes, para a sociedade e para nossos próprios funcionários. É ótimo ver como somos capazes de produzir produtos úteis a partir de resíduos. ” Ton Dortmans, vice-presidente executivo de Engineering & Maintenance na KLM.

Estudante mexicana cria plástico de casca de laranja que se decompõe em 90 dias


A estudante mexicana Giselle Mendonza venceu um concurso nacional apresentando um bioplástico que ela criou da casca de laranja.

Giselle disse que sua ideia surgiu a partir de estatísticas que mostram o quanto o Oceano Pacífico acumula lixo plástico. “Há um grande acúmulo do tamanho da França. Por outro lado, as projeções apontam para o fato de que, em 2050, haverá mais resíduos plásticos no mar do que peixes”, disse a estudante.

Como o México é o quinto maior produtor de laranja do mundo, Giselle Mendoza pensou em como reaproveitar esse resíduo para criar um material muito útil para diversas finalidades, que é o plástico.

Produção

Para a produção do bioplástico funcionar Giselle fez parcerias com produtores de laranjas, garantindo que ela teria a matéria-prima do projeto sem investir nada. Hoje o México produz cerca de 4,5 milhões de toneladas de laranja, onde 40% a 65% se transformam em lixo.

Ela também considerou que a fruta é abundante em diversos países, o que facilita a fabricação do bioplástico.

Giselle disse que além da abundância, a laranja foi escolhida por outros fatores. É uma fruta com propriedade curativa e rica em celulose. Essas características permitem o uso do plástico em diversos setores, como agricultura, setor de embalagens e biomedicina.

O objetivo principal de Giselle é criar o bioplástico de casca de laranja para substituir as garrafas PET que são grandes poluentes em todo o planeta.

Para que você entenda melhor, uma garrafa PET leva cerca de 100 anos para se decompor. No caso do bioplástico criado por Giselle, o material precisa apenas de 90 dias para desaparecer completamente da natureza.

Giselle é aluna do Instituto Tecnológico de Monterrey e tirou o terceiro lugar no Prêmio Santander de Inovação Empresarial de 2019, além do primeiro lugar no Global Student Entrepreneur Awards (GSEA) no México.

Hoje a pesquisa do bioplástico é feita pela startup Geco, criada pela própria estudante, em 2018.

Plástico sustentável e comestível é desenvolvido por pesquisadores da Unicamp


De acordo com o estudo realizado pela organização WWF (World Wide Fund for Nature) baseado em uma pesquisa do Banco Mundial em 2019, o Brasil é o quarto país do mundo a produzir mais lixo plástico. Cerca de 11 mil toneladas deste tipo de lixo são produzidas anualmente e somente 1,28% é reciclado no país. Visando encontrar uma alternativa para o plástico não degradável, pesquisadoras da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) e da Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, desenvolveram um plástico biodegradável e comestível, composto por amido e gelatina.

O bioplástico é obtido pelo processo de extrusão em que o amido e gelatina são inseridos em uma máquina, onde são submetidos à alta pressão, sem adição de qualquer solvente. Em seguida, passam por um processo de sopro, que dá a forma de um biofilme. O desenvolvimento ocorreu durante o doutorado da pesquisadora Farayde Matta Fakhouri, orientada pela professora Lucia Helena Inoocentini Mei, da FEQ, e pela professora Fernanda Paula Collares Queiroz, da FEA.

Durante o doutorado, e após extensiva busca de dados em repositórios nacionais e internacionais, Farayde identificou que existiam bioplásticos flexíveis produzidos com outros polímeros biodegradáveis, mas não soprados apenas com materiais comestíveis. A ausência de um produto baseado em material comestível e não tóxico levou a pesquisadora a buscar o desenvolvimento de um processo que tornasse essa alternativa viável. Os resultados positivos levaram a uma solução inédita, baseada em amido e gelatina, que possibilitou que a Agência de Inovação Inova Unicamp requisitasse a patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). “O nosso plástico é atóxico e pode ser utilizado em brinquedos e artigos infantis depois de higienizado. Deste modo, se uma criança levar à boca, não haverá problema”, explica a professora Lucia Mei.

Draper Drone: conheça a tecnologia que ajuda a reduzir microplástico nos oceanos


Draper Drone, um protótipo de drone aquático, tem por objetivo combater a poluição de microplástico – que por ser tão pequeno se torna praticamente invisível a olho nu. Apesar de pequenino, os microplásticos são extremamente malígnos, por absorver toxinas, como por exemplo DDT, que são comumentes ingeridas pelos animais marinhos e acabam causando efeitos negativos para os animais e humanos – através da cadeia alimentar

A parceria entre Agência de Proteção Ambiental com Sprout Studios, pretende criar a solução autônoma de um drone que funciona embaixo d’água instalando sensores de microplásticos pelo oceano. Com as informações coletadas em tempo real por esses sensores, seria possível criar um banco de dados global para analisar e entender tendências de poluição. Isso ajudaria com a identificação das fontes de poluição bem como criação de possíveis soluções para a questão.

Para que isso aconteça, é preciso encontrar uma solução mais barata para produzir sensores de microplásticos. Foi ai que o time da Agência de Proteção Ambiental também está criando um sistema de identificação padrão para fazer a catalogalização automática no sistema para criar amostras diversas. Já a Sprout Studios entrou na parceria com seu design único.

Sozinha a tecnologia consegue scanear nove metros de água e catalogar microplásticos em seu banco de dados. Em 2019 o projeto foi premiado como TIME Best Inventation List.

Estudante transforma casca de camarão em bioplástico que se degrada em 33 dias


Durante um jantar em família, a estudante australiana Angelina Arora teve um momento ‘eureka’. “Cascas de camarão parecem plástico, né?“, disse ela no meio da refeição.

A impressão de Angelina acabou se tornando uma pesquisa científica muito bem embasada, que identificou na casca do camarão uma alternativa biodegradável ao plástico.

Na prática, Angelina transformou a casca, costumeiramente descartada por muitas pessoas durante o consumo do fruto do mar, em um bioplástico que se degrada completamente em 33 dias após o descarte.

A invenção da jovem de 17 anos foi recebida com louvor em sua escola e em competições de ciência e empreendedorismo na Austrália.

Angelina conta que já recebeu dezenas de propostas de indústrias e empresas que desejam levar sua tecnologia adiante. Por ser flexível, durável, insolúvel e transparente, o bioplástico de casca de camarão é a alternativa perfeita para embalagens plásticas comuns.

“Ainda estou finalizando os aspectos legais, como a patente, por exemplo, mas estou na fase em que produzi um protótipo final que pode ser distribuído comercialmente”, disse a jovem.

Como as conchas de ostras e outros resíduos de frutos do mar, os exoesqueletos de camarão são ricos em nitrogênio – o ingrediente mais importante para a fertilização dos vegetais.

Isso torna seu material especialmente útil para os agricultores, que poderiam usar o bioplástico em seus afazeres e depois descartá-lo nas lavouras e nas fossas de compostagem, fornecendo às culturas o nitrogênio necessário para maximizar os nutrientes e a imunidade das plantas.

A descoberta rendeu à Angelina o Prêmio BHP de Ciência e Engenharia da Austrália. Além disso, no ano passado, ela foi nomeada a Jovem Conservacionista do Ano da Sociedade Geográfica Australiana.

Conheça a máquina de cartão de crédito feita a partir de plástico retirado dos oceanos


Estima-se que até 2050 os oceanos terão mais plástico que peixes! Pensando nisso, a iZettle, fintech sueca que oferece soluções de meios de pagamentos, se juntou à Oceanworks, marketplace global para plásticos reciclados dos oceanos e criou a Ocean Reader, máquina feita com 75% de lixo resgatado dos mares Nórdico e Báltico.

Desde o início do projeto, já foram removidos mais de uma tonelada de plástico dos oceanos. Este é apenas o primeiro passo na campanha para ajudar pequenos negócios com produtos sustentáveis. A empresa espera que a iniciativa seja uma forma de incentivar toda a indústria a um uso consciente de plástico. A ambição da iZettle é que, até 2021, todos seus lançamentos contenham materiais reciclados.

“Na iZettle, acreditamos que a sustentabilidade vai além da importância em trazer soluções inovadoras do ponto de vista ambiental. Reconhecemos que essa é uma causa na qual vários pequenos negócios se especializam e se torna um diferencial para competirem com gigantes. Com este lançamento, mais uma vez contribuímos para o desenvolvimento econômico, ajudando as pequenas empresas a trabalhar de maneira mais inteligente e a crescer. Tenho orgulho em anunciar que a primeira maquininha de meios de pagamento feita de plástico retirados do oceano é da iZettle”, explica Maria Oldham, CEO da iZettle.

A empresa doará 20% de todas as vendas do Ocean Reader para a instituição Oceanworks. No Brasil, a máquina de cartões sustentável estará inicialmente disponível apenas para parceiros e clientes selecionados que apoiam essa causa.

6 maneiras bem simples para você produzir menos lixo

O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da china e da Índia


Os plásticos que hoje fazem parte do nosso cotidiano apareceram pela primeira vez nas prateleiras nas décadas de 1920 e 1930. Foram cem anos do primeiro grama até as quase 300 milhões de toneladas que produzimos todo ano. Os números impressionam. Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, na primeira década de 2000 a produção de lixo plástico se igualou ao montante dos últimos 40 anos. Ainda segundo a entidade, 79% desse lixo acabam nos rios, por onde chegam aos mares.

Um estudo divulgado no Fórum Econômico Mundial de Davos, em 2016, estima que, em 2050, haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. De acordo com os cientistas, a proporção de toneladas de plástico por toneladas de peixe era de uma para cinco em 2014, será de uma para três em 2025 e a maioria em 2050. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) diz em relatório que foram encontrados polímeros sintéticos no organismo de 800 espécies marinhas consumidas pelo homem.


O desastre não se restringe só aos mares: um trabalho realizado por pesquisadores das Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Rural de Pernambuco (UFRPE) analisou a ingestão de microplástico por bagres encontrados na região. Mais de 80% deles tinham detritos plásticos em seus intestinos, uma das maiores proporções para peixes de água doce já relatadas no mundo. “Nos últimos dois, três anos, tivemos pesquisas que identificaram microplástico em todos os mares do mundo, em todas as profundidades, inclusive na Antártida”, diz Anna Carolina Lobo, coordenadora do Programa Mata Atlântica e Marinho da WWF-Brasil.

A ingestão dessas pequenas partículas não fica só na vida aquática. O plástico já está dentro de nós. Uma pesquisa com oito indivíduos de oito países distantes uns dos outros, como Finlândia, Japão, Itália e Áustria, encontrou microplástico nas fezes de seis voluntários.

O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da Índia. Dos 11,3 milhões de toneladas de polímeros descartados, 98% são coletados, mas só 1,28% acaba sendo reciclado, segundo dados do Banco Mundial.

Em São Paulo, maior cidade do Brasil, 40% do lixo que vai para aterros – que têm por aqui só mais dez anos de vida útil – poderia ser reciclado, segundo o Recicla Sampa, movimento de conscientização para a reciclagem criado pelas concessionárias responsáveis pela coleta seletiva na cidade. “O consumidor precisa ser sensibilizado e educado. Não dá mais para as pessoas acharem que lixo é algo que eu jogo no cesto e ele desaparece”, acredita Anna. Ainda segundo o Banco Mundial, cada brasileiro produz, em média, 1 kg de lixo plástico por semana.


Para te ajudar a ter mais consciência ambiental, eis a seguir seis passos para você adotar no dia a dia – agora mesmo:

#1 Evite plásticos de uso único

Produtos de plástico usados uma única vez antes de ir para o lixo estão na mira das políticas ambientais atuais. algumas cidades do brasil já implementaram leis proibindo canudinhos. Os talheres plásticos são as próximas vítimas. leve uma xícara e/ou um copo para seu ambiente de trabalho. você economiza mais de uma dezena de copos plásticos por semana com esse gesto simples. se você faz questão de usar canudo, já são comuns no mercado os de metal e bambu, fáceis de carregar e limpar. copos dobráveis também são uma boa ideia.

#2 Identifique o plástico nos pequenos detalhes

Você já parou para pensar que o cotonete que você usa tem uma haste de plástico? Que, descartado com o lixo do banheiro, ele nunca vai ser reciclado? e que, daquele tamanho, ele pode facilmente acabar em um curso d’água e parar no oceano? Quebre esse ciclo! por exemplo, já existem marcas que produzem a haste em papelão. O filme plástico para conservar alimentos é outro vilão despercebido. Os papéis encerados prometem ser a nova alternativa queridinha no mercado de sustentáveis.

#3 Fuja também do microplástico

Produtos de beleza e higiene, como esfoliantes e pastas de dentes, contêm micropartículas de plástico que caem na rede de esgoto e acabam, invariavelmente, em rios ou oceanos. leia os rótulos para evitá-los e procure alternativas naturais, como esfoliantes caseiros feitos com fubá.

#4 Abandone a maldita sacolinha

Uma sacola plástica é usada, em média, por 12 minutos. depois é descartada e nunca mais desaparece do planeta. use uma sacola de pano ou caixa de papelão para trazer as compras para casa. na hora de comprar vegetais, abra mão do saquinho plástico à disposição nas gôndolas e leve-os soltos. não se preocupe, eles não vão fugir.

#5 Troque o plástico pelo vidro

Em vez de colecionar potes de plástico cujas tampas somem misteriosamente, guarde vidros de geleia e conservas para armazenar grãos, farinhas e até sobras de molho e sopas.

#6 Separe seu lixo

Minimize o impacto do lixo que não pode ser evitado. separe os recicláveis do orgânico e se informe sobre a frequência da coleta seletiva na sua rua. economize água ao lavar as embalagens. “O ideal é deixar as embalagens com restos de comida dentro da pia e aproveitar a água utilizada na lavagem da louça, a água de reúso. O objetivo é realmente reciclar em todos os sentidos”, explica Edson Tomaz de Lima Filho, presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana de São Paulo (AMLURB).

Corona pensa em você e no meio ambiente, eles dão cerveja para quem faz reciclagem de plástico!



Eles criaram uma série de máquinas de venda automática, nas quais você não paga com dinheiro para uma cerveja gelada e espumante. O que você tem a fazer é inserir três garrafas pet vazias nelas e você está apto à receber uma garrafa de Corona em troca.

As máquinas serão colocadas em diferentes pontos turísticos de lugares como Itália, Espanha, Caribe, América Latina e, claro, também no México.


Além dessa iniciativa ecológica que dá cerveja para reciclagem, a Corona já criou um pacote de seis latas com material biodegradável. A empresa anunciou que, durante os meses de junho, julho e agosto de 2019, venderá uma edição especial em nove países e se comprometeu a limpar um metro quadrado de praias para cada seis pacotes vendidos.

Essa limpeza será feita em 23 países, incluindo o México, e a meta é cobrir dois milhões de metros quadrados.


Já estamos coletando garrafas plásticas e esperando máquinas de venda de cerveja chegarem às nossas cidades. Vamos ver o quanto podemos beber enquanto reciclamos.

COSTA RICA: O PAÍS MAIS LIMPO DO MUNDO ATÉ 2021 ZERO PLÁSTICO E ZERO CARBONO


Não é de hoje – que, como alguns dizem, está na moda a questão ambiental – que a Costa Rica se dedica a explorar alternativas para o uso de recursos renováveis.

O pequeno país centro-americano vem sendo um grande exemplo ambiental no mundo, já que, desde 2014, 99% da energia do país é oriunda de fontes renováveis e há dois meses tem conseguido chegar a 100% de aproveitamento, segundo informou o Intelligent Living.

Há dois anos, o país decidiu, também, eliminar o plástico – o primeiro país do mundo a tomar tal atitude. Em 2018, a Costa Rica anunciou que, até 2021, pretende tornar-se o primeiro país do mundo também a ficar livre do carbono.

O Instituto de Eletricidade da Costa Rica (ICE) emitiu um comunicado argumentando que: “basear [a geração de eletricidade] em recursos renováveis permite que o país alcance uma das menores proporções de emissões de gases do efeito estufa para o consumo de eletricidade no planeta”.

O governo da Costa Rica, desde a década de 1980, é consciente de que a natureza é o seu principal ativo e vem fazendo desde então esforços para protegê-la: incluindo, entre outros, fechamento de parques zoológicos, reflorestamento e estabelecimento de áreas protegidas (25% da superfície total do país ).

A Costa Rica é abrigo de uma enorme biodiversidade e, por causa dela, o país vem demonstrado uma liderança ambiental ao buscar o reflorestamento, designando um terço do país de reservas naturais protegidas e retirando quase toda a eletricidade de energia hidrelétrica limpa.

No ano passado, no Dia Mundial do Meio Ambiente, o país anunciou seunovo plano nacional para erradicar todos os plásticos de uso único até 2021. O plástico já está sendo substituído por alternativas 100% recicláveis ou biodegradáveis e não à base de petróleo. Isso tem sido feito com o apoio técnico e financeiro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

A economista Mónica Araya, especialista em sustentabilidade da Costa Rica e diretora da Costa Rica Limpia, que promove energia renovável e transporte elétrico, explica que:

“Livrar-se dos combustíveis fósseis é uma grande ideia vinda de um pequeno país. Essa é uma ideia que está começando a ganhar apoio internacional com o surgimento de novas tecnologias. Em um país que já está se afastando rapidamente dos combustíveis fósseis, concentrar-se nos transportes - um dos últimos grandes desafios - poderia enviar uma mensagem poderosa ao mundo ”.

O presidente eleito este ano, Carlos Alvarado Quesada, está disposto a reduzir a carbonização, ao anunciar que a Costa Rica irá banir os combustíveis fósseis e tornar-se a primeira sociedade descarbonizada do mundo. Em um discurso, ele disse:

“A descarbonização é a grande tarefa de nossa geração e a Costa Rica deve ser um dos primeiros países do mundo a realizá-la, se não a primeira”.

A Costa Rica Faz faz parte da Wellbeing Economies Alliance, uma coalizão que inclui Escócia, Nova Zelândia e Eslovênia, que, em vez de enfatizar o PIB dos países, “procura assegurar que a política pública avance o bem-estar dos cidadãos no sentido mais amplo, promovendo a democracia, a sustentabilidade e crescimento inclusivo ”, informa uma recente coluna do economista Joseph Stiglitz.

Naturalmente a Costa Rica, por ser um país pequeno, mais facilmente consegue colocar em prática ações que asseguram o desenvolvimento sustentável, as quais são um modelo importante e fundamental para servir de experiência a países maiores e com necessidades energéticas mais robustas.

Folha de bananeira substitui plástico em mercearia de São Paulo


Solução foi implementada no setor de hortifrúti da Casa Santa Luzia.

Fundada em 1926, por um português, a Casa Santa Luzia é quase centenária. Tantos anos de existência não seriam possíveis se não fosse antenada às exigências do público. Exemplo disso, é a recente implantação de embalagens de folha de bananeira no setor de hortifrúti da loja. 

A folha de bananeira já foi bastante utilizada pela cultura indígena e caiçara, ou seja, não é exatamente uma novidade. Mas o mercado de embalagens no Brasil, para produzir em larga escala, sempre incentivou o uso de invólucros nada sustentáveis -, como os inúmeros plásticos que vemos diariamente nos supermercados. 

Foi após se deparar com a postagem, que viralizou nas redes sociais, que a Casa Santa Luzia se inspirou para implementar a solução. “Resistente, impermeável e flexível, ela também é biodegradável, ou seja, pode ser usada na compostagem ou, se descartada, irá se decompor naturalmente, de forma muito mais rápida em relação ao plástico”, salientou o empório ao compartilhar com seus clientes a novidade.

Supermercado na Tailândia que está testando a folha de bananeira como alternativa para evitar o uso excessivo de plásticos que embalam frutas e legumes.

Da inspiração à implementação

Entrevistamos Ana Maria Lopes, diretora da Casa Santa Luzia, que nos contou que foram os próprios funcionários a chamarem atenção para a ideia. A parte bacana da história é que a loja foi atrás de um fornecedor para verificar a viabilidade de implantação e a aceitação dos clientes. “Este fornecedor foi muito receptivo com a ideia e rapidamente nos enviou uma amostra e, na mesma semana, efetuamos a primeira compra”, diz Ana Maria. 

O resultado já pode ser visto na loja, localizada na capital paulistana, que até agora só recebeu elogios. “De imediato tivemos a aceitação do consumidor tornando possível manter o produto em linha”, conta Ana Maria. 

Um nicho a ser explorado 

A princípio pode parecer que faz pouca diferença substituir plásticos por folhas de bananeira, diante de tantos outros agentes poluidores, mas vamos aos fatos: Um terço do lixo doméstico no Brasil é composto por embalagens. São inúmeros os materiais que são descartados diariamente após serem usados uma única vez. Imagine o impacto em um mês, em um ano, em um país com mais de 200 milhões de habitantes.

Que há um enorme ganho econômico nas embalagens atuais não há novidade. Segundo a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), 38% dos ganhos da produção de embalagens veio do material plástico em 2017. Mas estamos em um momento da história que é preciso repensar o que parecia consolidado. Aliás, dar preferência a embalagens ecológicas não significa perda econômica. Segundo a diretora da Casa Santa Luzia, houve até um aumento na venda dos produtos e há planos de expandir a solução. “Existe abertura e negociação com outros fornecedores para futura expansão de mix de produtos”, conclui Ana Maria em entrevista ao CicloVivo.

Além dos números, nesta matéria falamos dos benefícios ambientais das folhas de bananeira.

Fonte: Ciclovivo, Foto: Agência Twist Entrevista: Mayra Rosa, Texto: Marcia Sousa

COMPETIÇÃO PREMIA ATLETAS POR COLETAREM LIXO ESPALHADO PELO OCEANO

A disputa acontece em uma praia em Marselha, na França, e é um grande exemplo para o resto do mundo.

No mundo, 25 milhões de toneladas de lixo são despejadas no oceano, todos os anos, segundo a Associação Internacional de Resíduos Sólidos (Iswa) (Foto: Pixels/ Reprodução)

A limpeza das praias e dos oceanos deve ser uma ação coletiva, realizada por qualquer um que frequente os ambientes. Para estimular a coleta de resíduos no meio ambiente, uma competição tomará conta da praia Catalans et l’Escale Borely, em Marselha, na França. Chamada de Le Grand Défi (O Grande Desafio, em português), a disputa acontecerá no dia 30 de maio de 2019 e a grande tarefa dos participantes é coletar a maior quantidade de lixo acumulado na região.

A ideia veio de Emmanuel Laurin, atleta francês fundador da Sauvage, uma organização em prol do meio ambiente. Em 2017, ele cobriu 120 quilômetros da costa do país, de Marselha a Toulon, coletando o lixo espalhado pelo Mar Mediterrâneo.

Agora o ativista desafia 20 equipes de nadadores e caiaquistas a percorrer os oito quilômetros da praia durante um ano. Por serem amadores, os participantes serão acompanhados por profissionais, como o jogador de basquete Pierre Pelos e as nadadoras Margaux Chrétien e Camille Lacourt.

Os prêmios serão divididos em três categorias: o primeiro para quem encontrar mais lixo, o segundo para quem achar os resíduos mais incomuns e o terceiro para aqueles que encontrarem o "Grand Saphir", um objeto feito de plástico reciclado escondido ao longo do percurso. Obrigatoriamente, os vencedores devem doar a quantia recebida para uma organização de proteção ambiental, escolhida pela equipe.

Apesar de ser realizada na França, a competição é um exemplo para o resto do mundo. De acordo com uma pesquisa comandada pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos (Iswa), 25 milhões de toneladas de lixo são despejadas nos oceanos anualmente. Só no Brasil, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), estima que cerca de 2 milhões de toneladas de dejetos são jogados nos mares todos os anos, o que torna a iniciativa francesa um enorme alerta mundial.

Sobras de plástico são recicladas para produção de mobiliário escolar

Pesquisadores da USP desenvolveram uma técnica de reciclagem de plásticos não reutilizáveis, que poderão ser empregados na produção de mobiliário escolar.


O material reciclado, produzido a partir dos resíduos gerados por uma indústria de calçados, é isolante térmico, elétrico e possui excelente resistência mecânica, além de ser antichamas. Só por aí já dá pra ver que é um produto incrível.

E além da fabricação de cadeiras e estantes, entre outros móveis, o material pode ser aplicado na construção civil, na construção de forros e paredes.

O plástico reciclado foi desenvolvido no Laboratório de Construção Civil (LCC) do IAU, em pesquisa coordenada pelo professor Javier Mazariegos Pablos. No que se refere ao comportamento frente à temperatura, existem dois tipos de plásticos (polímeros): os termoplásticos que, ao serem aquecidos, tornam-se maleáveis e, portanto, podem ser reutilizados. Já os polímeros termofixos, mesmo aquecidos, não são maleáveis e, portanto, não reutilizáveis. Mazariegos Pablos, os alunos de doutorado Gustavo Ribeiro Palma e Victor José dos Santos Baldan, e o arquiteto Everton Randal Gavino, ex-aluno do IAU, decidiram reciclar os polímeros termofixos, construindo mobiliários escolares.

A matéria-prima vem de uma indústria calçadista de Nova Hamburgo (Rio Grande do Sul), que utiliza polímeros termofixos para produção de saltos de sapatos, rodas de skate, entre outras coisas. E é justamente com as sobras desses materiais que os pesquisadores trabalham. “As indústrias não sabem o que fazer com essas sobras, e mandam tudo para os aterros sanitários”, conta o professor do IAU.

Isolante e resistente

Durante seu mestrado, Santos Baldan fez a caracterização completa desse material, verificando que se trata de um isolante térmico, isolante elétrico e antichamas, além de ter ótima resistência mecânica, características que o tornam excelente para utilização na construção civil. “A partir disso, foi criada uma metodologia que previa a caracterização completa do material, visando sua aplicação, por meio dos ensaios de condutividade térmica e elétrica e de flamabilidade”, relata. “A descoberta de que o material é antichamas foi de fundamental importância, o que garante a sua ampla aplicação, tendo em vista os acidentes recentes relacionados à proteção e combate a incêndios”.

Entretanto, a “fórmula certa” para reciclagem do material consistiu em encontrar a granulometria (tamanho do grão) ideal. Neste caso, duas granulometrias diferentes. “Misturar metade de grãos finos com metade de grãos grossos foi a solução, pois os grãos maiores sempre deixam vazios, que, por sua vez, são preenchidos pelos menores”, explica o professor.

Na mistura dos grãos, foi feita a adição de resina de mamona, prensada em uma prensa térmica por 15 minutos, a uma temperatura de 50 graus celsius (ºC), com força de 5 toneladas (ton). “O resíduo utilizado na pesquisa não era de dureza muito alta, por isso, o material confeccionado apresentava flexibilidade”, relata Santos Baldan. “Como a ideia do mestrado era aplicar o material desenvolvido como elemento de construção civil, a partir de algumas observações em laboratório, resolveu-se incorporar uma manta de fibra de vidro entre duas camadas do material, aumentando sua rigidez e resistência mecânica em cerca de 50%”.

Plástico X Reciclagem


Reciclar o plástico descartável não é a melhor solução, aponta o relatório “Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização”, divulgado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), em março. Produzir plástico virgem é mais barato que reciclar. Na Europa, o custo para reciclar uma tonelada de plástico gira em torno de R$ 4 mil, material vendido por R$ 2.340. O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, com 11,3 milhões de toneladas ao ano. Coletamos 91% desse lixo, porém só 1,28% são reciclados.

A produção cresceu a partir dos anos 2000 devido ao baixo custo do petróleo e do gás natural, matéria-prima do material. O plástico virgem gera mais lucro, só em 2016 foram produzidas 396 milhões de toneladas, equivalente a 2.200 garrafas para cada pessoa da Terra. A indústria não é responsabilizada pelos impactos negativos, o valor de produção não representa os custos totais do ciclo de vida do material, que chega a 400 anos.

Em média, 75% do plástico já produzido foram descartados, desse total, 20% foram coletados e 9% reciclados. A reciclagem gera empregos e movimenta milhões de dólares, mas não é a melhor solução para deter a poluição que mata milhares de animais marinhos.

A solução é política. O Estado deve apoiar o fomento de produtos biodegradáveis em substituição ao plástico descartável. Devemos aprimorar leis que proíbam os descartáveis, como é o caso do Projeto de Lei Orgânica (PLO) 366/2018, de nossa autoria, que proíbe o fornecimento de canudos plásticos em estabelecimentos comerciais de Fortaleza. 


O fim dos descartáveis deve iniciar com produtos de menor vida útil, por isso os canudos estão sendo proibidos em vários locais. Eliminá-los de forma gradativa é o primeiro passo para a redução do consumo, algo que depende, também, da consciência de cada um.

Baleia encontrada morta nas Filipinas, tinha 40 quilos de plástico no estômago

Os efeitos catastróficos do plástico nos oceanos tem feito muitas vítimas. Mesmo os seres humanos comem já alimentos com uma quantidade considerável de microplásticos. O futuro também irá mostrar que estamos a morrer lentamente com uma profunda intoxicação de plástico.


Prova de uma poluição generalizada, principalmente nos mares, foi agora descoberta uma baleia que tinha 40 quilos se plástico no estômago. 16 sacos de arroz, uma lona plástica usada em plantações de banana e sacos de compras foram alguns dos objetos de plástico retirados do interior da baleia.

Na passada sexta-feira, foi encontrada uma baleia na costa sudeste das Filipinas. O animal tinha 40 quilos de plástico no estômago, conforme foi dado a conhecer pela imprensa local.

O cetáceo, uma baleia-bicuda-de-cuvier, apareceu na sexta-feira à beira-mar no município de Mabini, na província de Valle Compostela, tendo sido submetido a autópsia no domingo.

Entre os objetos de plástico encontrados dentro da baleia estão 16 sacos de arroz, uma lona plástica usada em plantações de banana e sacos de compras, concluiu o Departamento de Pesca e Recursos Aquáticos da província.

O biólogo marinho Darrell Blatcheley afirmou que nos dez anos em que examinou baleias e golfinhos mortos, a maioria morreu na sequência da ingestão de plástico.

Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo e recicla apenas 1%

Estudo foi feito pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e divulgado nesta segunda (4). País produz 11 milhões de toneladas de lixo plástico por ano.

Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo; apenas 1,2% é reciclado.
Foto: Adneison Severiano/G1 AM

O Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia. O país também é um dos menos recicla este tipo de lixo: apenas 1,2% é reciclado, ou seja, 145.043 toneladas.

Os dados são do estudo feito pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF, sigla em inglês). O relatório “Solucionar a Poluição Plástica – Transparência e Responsabilização" será apresentado na Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA-4), que será realizada em Nairóbi, no Quênia, de 11 a 15 de março.

Veja os números:
Brasil produz 11.355.220 milhões de toneladas de lixo plástico por ano
Cada brasileiro produz 1 kg de lixo plástico por semana
Somente 145.043 toneladas de lixo plástico são recicladas
2,4 milhões de toneladas de plástico são descartadas de forma irregular
7,7 milhões de toneladas ficam em aterros sanitários
Mais de 1 milhão de toneladas não é recolhida no país
O Brasil é um dos países que menos recicla no mundo ficando atrás de Yêmen e Síria e bem abaixo da média mundial que é de 9%. Dentre os maiores produtos de lixo plástico, é o que menos recicla.

Países maiores produtores de lixo plástico no mundo — Foto: WWF
"O fato de o Brasil está no 4º lugar como gerador de lixo plástico do mundo e reciclar somente 1% é resultado da falta de políticas públicas adequadas que incentivem a reciclagem em larga escala"- Anna Carolina Lobo, coordenadora do Programa Mata Atlântica e Marinho do WWF-Brasil.
"Mas também da adoção de um trabalho conjunto com indústrias para desenvolver novas tecnologias, como plásticos de uso único ou plásticos recicláveis, ou substituir o microplástico de vários produtos. Além da própria sociedade enquanto consumidora porque podemos mudar o cenário de acordo com nossas atitudes do dia a dia", explica Lobo.
Segundo a ONG, a poluição pelo plástico afeta a qualidade do ar, do solo e sistemas de fornecimento de água, já que o material absorve diversas toxinas e pode levar até 100 anos para se decompor na natureza.

Plástico: descarte irregular ameaça oceanos e ecossistemas — Foto: Pixabay

O que fazer com tanto plástico?

Dentre as possíveis soluções estão a destinação correta, a reciclagem e a diminuição da produção de lixo plástico. O brasileiro produz, em média, 1 kg de lixo plástico por semana, uma das maiores médias do mundo.

Soluções como o banimento de canudinhos e descartáveis são boas iniciativas, mas o trabalho precisa ir além da proibição. Para Lobo, é importante reconhecer e valorizar esses projetos de lei, mas é preciso um trabalho com os estabelecimentos comerciais para que eles não continuem ofertando produtos plásticos e com o consumidor para que faça o descarte corretamente.
Para ela, os entraves no Brasil para uma taxa mais alta de reciclagem e descarte correto do lixo são muitos e passam por diferentes fatores: "Se a gente pensar que nem saneamento básico chegou para todo mundo, imagina a reciclagem. Tem também a falta de estrutura para fazer coleta seletiva em larga escala e a questão da educação ambiental de fazer a separação do lixo. E falta também uma conscientização por paste das empresas de que elas precisam ser responsáveis pelo produto durante todo o ciclo de vida".
Uma das ideias possíveis e mais baratas a curto prazo é voltar com o uso de embalagens retornáveis, como anunciado pelas gigantes da indústria alimentícia Coca-Cola e a Pepsico, que já testam em alguns países o serviço.

Plástico nos oceanos

Sem a destinação adequada, boa parte dos resíduos plásticos acabam nos oceanos. Segundo o relatório da WWF, o volume de plástico que chega aos oceanos todos os anos é de aproximadamente 10 milhões de toneladas, o que equivale a 23 mil aviões Boeing 747 pousando nos mares e oceanos todos os anos – são mais de 60 por dia.

Neste ritmo, até 2030, encontraremos o equivalente a 26 mil garrafas de plástico no mar a cada km2.
"De todo lixo encontrado no litoral brasileiro, a maior parte é plástico. Esse verão do fim de 2018/início de 2019 foi o recordista de animais mortos na costa brasileira- principalmente no litoral de São Paulo- e boa parte dos grandes mamíferos tinham plástico em seus estômagos", disse Anna Carolina Lobo, da WWF.

Por Tatiana Coelho, Fonte: G1

IKEA montou barcos remotos para limpar rios


A Ikea desenvolveu um barco de controle remoto projetado para limpar rios. Eles são chamados de Good Ship e modelado brinquedos baseados Bath SMÅKRYP, mas tem grande funcionalidade, relata Popmech.

Ikea usa uma tecnologia especial que permite que um barco para coletar 20 quilos de lixo, com isso em mente, podemos supor que um pequeno grupo de barcos poderia manter o rio em um estado relativamente puro. Com operador de controle remoto recebe uma "primeira pessoa" - com a câmera instalada no barco. 


Barcos Good Ship IKEA é usado na área de Deptford Creek (confluência do rio Tamisa em Reyvensborn) no sudeste de Londres. Como parte da iniciativa educacional Ikea dá às pessoas a oportunidade de dirigir barcos. No futuro, a empresa pretende doar barcos Hubbub caridade ambiental.

UM BASTA AOS DESCARTÁVEIS! CONHEÇA A 1ª CIDADE DO MUNDO A PROIBIR AS CÁPSULAS DE CAFÉ


Elas são práticas e ganham cada vez mais adeptos mundo afora.

Na Europa Ocidental, o consumo de cápsulas de café triplicou desde 2011. Consequentemente, triplicou também a geração de resíduos.

A fim de colocar um fim nessa praga – que, além de tudo, é de difícil reciclagem, por misturar plástico e alumínio -, a cidade de Hamburgo, na Alemanha, resolveu dar o exemplo e se tornou a primeira do mundo a proibir a compra e consumo das cápsulas de café.

Por enquanto, a medida só é válida dentro dos prédios públicos – uma vez que o governo não pode interferir no livre arbítrio dos consumidores. Mas já está dando o que falar, sendo um empurrãozinho e tanto para fomentar o debate sobre o assunto em todo o país.

“Para ter uma ideia do tamanho do desperdício de recursos, são usadas três gramas de plástico para fazer cada cápsula, que leva seis gramas de café. Nós, em Hamburgo, pensamos que isso não deve ser comprado com o dinheiro dos contribuintes”, disse Jan Dube, do Departamento de Meio Ambiente e Energia de Hamburgo, ao The Atlantic. Mais coerente impossível…

The Greenest Post

Durante o ano, a Alemanha reciclou 14,4 milhões de toneladas de plástico


Na Alemanha, foram reciclados 14,4 milhões de toneladas de plástico em 2017, consumindo 11,8 milhões de toneladas.

Isto é evidenciado por dados do Ministério Federal do Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança de Reactores Nucleares Alemães, relata unipack . 

Como parte do produto é exportado ou tem uma longa vida útil, por exemplo, turbinas eólicas, apenas cerca de metade do plástico consumido na Alemanha é de resíduos, ou seja, 6,15 milhões de toneladas em 2017. Aproximadamente 45,9% deles foram encaminhados para reciclagem (reciclagem), 52,7% foram queimados para energia.

Dos resíduos queimados, 17,9% do plástico foi usado como substituto do combustível, e outros 34,8% foram enviados para incineradores de resíduos para gerar energia.

Assim, o grau de reciclagem de plástico é de cerca de 46%. Em termos reais, são 2,8 milhões de toneladas de plásticos, dos quais 1,9 milhão de toneladas foram usados ​​na Alemanha para a produção de novos produtos plásticos. Este montante é devido à perda de peso devido à umidade, contaminação ou a atribuição de determinadas cores - isto é cerca de 30%.

Para embalagem, o grau de reciclagem é um pouco maior. Em 2016, mais de 50% das embalagens plásticas foram reprocessadas.

Às vezes, o grau de processamento do plástico é confundido com o grau de reciclagem (segunda matéria prima reciclada) usado na produção de produtos plásticos. Este último é de 5,6%. Esta é a quantidade de resíduos plásticos que vem de embalagens amarelas e sacos que são usados ​​na fabricação de novos produtos de plástico. Este valor refere-se à produção de plásticos, e não a resíduos que estão realmente disponíveis para reciclagem e, portanto, não são adequados para comparação com o grau de reciclagem.

VENDEDOR DE COCO CRIA CANUDO DE BAMBU E EVITA DESCARTE DE 8 MIL CANUDINHOS DE PLÁSTICO POR MÊS


O produto é artesanal e ainda pode virar adubo após utilizado. A novidade aumentou em 60% as vendas na barraca, segundo o vendedor.

Com proibição do uso de canudos de plástico em diversas cidades do Brasil, uma ideia inusitada e ecológica surgiu no centro de Belém. Trabalhando com a venda de cocos na praça Batista Campos há quase 30 anos, Said Trindade criou novos canudos feitos de bambu. O produto é artesanal e ainda pode virar adubo após utilizado. A novidade aumentou em 60% as vendas na barraca, segundo o vendedor.

“Eu pensei no canudinho de bambu num momento de desespero. Eu trabalho vendendo coco aqui na praça há mais de 30 anos. Eu só sei vender coco, não sei fazer mais nada e estava preocupado com a possível proibição dos canudinhos de plástico, como acontece em outras cidades. Nesse momento eu me lembrei do bambu. Eu sou de Concórdia do Pará e lá tem muito bambu”, relata o vendedor.

Segundo Said, o sucesso dos canudos veio pelas redes sociais. Ele conta que uma cliente gostou da ideia e fez uma postagem divulgando o produto. A repercussão foi rápida e deixou a barraca conhecida na praça. O sucesso foi tanto que as vendas cresceram mesmo em período de baixa temporada.

“Eu comecei a fazer os canudos em julho, mas ninguém tinha dado muita importância. Até que veio uma cliente aqui, gostou da ideia e postou nas redes sociais. No dia seguinte o canudo já era um sucesso. Em menos de seis horas, todos os canudos que eu tinha terminaram. Por conta disso, voltei pro interior e produzi mais canudos. Minhas vendas cresceram em 60% justo no período de chuvas aqui na região, quando eu vendo menos coco”, explica.

Fabricação

Said garante que o processo de fabricação dos canudos é simples. Após o corte do bambu, os canudos passam por um processo de higienização para eliminar possíveis bactérias. De acordo com o vendedor, isso tudo é feito em casa.

“Eu corto a junta do bambu em dois lugares, dispenso a junta e aparece o canudinho. Depois disso eu escaldo os canudos e coloco eles no álcool. Então eu lavo com água e sabão, eles são lixados e colocados na barraca”, conta.

Ao contrário de outros canudos reutilizáveis como os de inox ou papel, o canudo de bambu deve retornar à natureza. Cada cliente ganha o canudo de presente, mas os que não são levados são transformados em adubo no sítio do vendedor, em Concórdia do Pará, nordeste do Estado.

“Nós jamais lavamos os canudos. Eu acho que lavar o canudinho é muita falta de higiene. O canudo é uma coisa individual e descartável. Uma barraca que vende vários cocos por dia não pode fazer isso. Nós costumamos dar os canudos para os clientes. Os que sobrarem nós vamos guardar, triturar e transformar em adubo para o meu terreno em Concórdia. A nossa intenção é levar o mínimo de canudos para o lixo”, declarou.

Sustentável

Vendas na barraca aumentaram mais de 60% depois dos canudos de bambu — Foto: Reprodução/TV Liberal

Said diz que os canudos estão abrindo novas portas. Ele já recebeu um convite da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) para falar sobre a invenção. Além disso, o vendedor já está comercializando os canudos para outras barracas na praça.

“A procura pelo canudo é muito grande, e as outras barracas se sentem pressionadas a fazer algo parecido. Eu vou aproveitar isso é deixar a praça mais sustentável. Vou cobrar um valor simbólico de cada barraca para a produção do canudo, só envolvendo a mão de obra. Futuramente eu penso em vender para outras empresas fora da praça”.

O comerciante também tem noção de como sua iniciativa é importante para a preservação ambiental. O uso de canudos de bambu representa cerca de 8 mil canudinhos a menos no lixo em cada mês, somente na barraca de Said.

G1

DISNEY MAIS SUSTENTÁVEL


A gigantesca empresa de parques temáticos “Walt Disney Co.” anunciou que não vai mais usar canudos de plástico e aqueles palitinhos plásticos para mexer o café em todos os seus parques, estabelecimentos e escritórios.

Autoridades da Disney disseram em um comunicado à imprensa que a medida entra em vigor até o segundo semestre de 2019.
A ação faz parte do “compromisso de longa data com a administração ambiental”.
O plano vai eliminar mais de 175 milhões de canudos e 13 milhões de palitinhos anualmente, segundo a própria empresa.

A Disney também diz que está fazendo outros movimentos para reduzir os plásticos descartáveis.

Investimento que compensa

Apesar de serem as opções mais sustentáveis do mercado, as lâmpadas de LED ainda não são muito utilizadas devido ao seu preço mais elevado. O que algumas empresas vêm constatando, no entanto, é que o investimento compensa. A Faesa fez a troca de 6.171 lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED e hoje não possui nenhum outro tipo de lâmpada em todo o campus. A previsão de retorno do investimento era de 13 meses, mas todo o valor investido na troca foi recuperado com a economia no consumo de energia em apenas seis meses.

Modelos digitais

A tecnologia a serviço da saúde e da sustentabilidade tem apresentado avanços que proporcionam uma série de benefícios aos pacientes. Uma novidade quando o assunto é tratamento odontológico são os modelos digitais, que foram trazidos ao estado em primeira mão pela Odonto Scan. “Esse tipo de equipamento traz inúmeras vantagens, entre elas, a durabilidade e a possibilidade de troca de informações com outros especialistas de forma virtual. 

Esse material precisa ser arquivado pelos profissionais, especialmente durante o tratamento. Existem dentistas que chegam a alugar salas só para guardar os modelos tradicionais. Na versão digital, isso não é necessário”, explicou a empresária e especialista em radiologia odontológica Márcia Gabriella Barros.

Metro Jornal