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Entenda o impacto ambiental do lixo plástico para a cadeia alimentar

Plástico se fragmenta virando microplástico e causa uma série de prejuízos ambientais ao entrar na cadeia alimentar.


Imagem: "The cycle of petroleum" por Ingrid Taylar, licenciada sob CC BY 2.0

O impacto ambiental do lixo plástico no oceano e, consequentemente, na cadeia alimentar, se tornou uma verdadeira preocupação ambiental para governos, cientistas, ONGs e pessoas comuns do mundo inteiro.

Um estudo realizado durante seis anos pelo 5 Gyres Institute estimou que há cerca de 5,25 trilhões de partículas de plástico flutuando no oceano, o que é equivalente a 269 mil toneladas de plástico.

E o pior é que parte de todo esse plástico - no formato de microplástico - acaba entrando na cadeia alimentar e prejudicando diversos organismos, inclusive humanos.

O mais alarmante é que, uma vez no ambiente, os microplásticos absorvem substâncias químicas perigosas e são ingeridos por organismos marinhos, penetrando em toda a cadeia alimentar, inclusive a terrestre. Além de absorverem substâncias químicas perigosas persistentes e bioacumulativas, em muitos casos o próprio microplástico é feito de materiais perigosos para os organismos, como no caso de plásticos que contém bisfenóis.

Plástico na cadeia alimentar

Diferentes tipos de plástico marinho acabam em partes diferentes da cadeia alimentar. Sacolas de plástico, por exemplo, se parecem com águas-vivas e são consumidas pelas tartarugas.


Um quetognata (animal do fitoplancton) comendo uma fibra de microplástico. 
Fonte: Dr Richard Kirby

O lixo plástico pode viajar por longas distâncias. Um estudo mostrou que o microplástico presente no gelo Ártico percorreu quase mil quilômetros de uma praia da Noruega até chegar no gelo.

Anna Marie Cook, uma das cientistas líderes da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, acredita que as estimativas sobre a quantidade de plástico existente no oceano são subestimadas. Isso porque as estimativas são feitas com o uso de redes de arrasto de plástico da superfície do mar. Não são contabilizados os plásticos que afundam, o que faz com que o alcance do problema do microplástico na cadeia alimentar seja subestimado: "Um pouco mais de metade de todo o plástico afunda, seja no ambiente de sedimentos perto da costa ou no fundo do oceano", explica Marie Cook.

O plástico está presente em todo o planeta. Foi levado para as praias mais remotas e se acumula em regiões distantes, sendo descoberto em organismos mortos, desde peixes até pássaros e baleias.

O futuro não nos reserva boas notícias, já que a produção mundial de plástico cresce constantemente há mais de meio século, passando de aproximadamente 1,9 toneladas em 1950 para cerca de 330 milhões de toneladas em 2013. O Banco Mundial estima que 1,4 bilhões de toneladas de lixo são geradas globalmente a cada ano e, desse total, 10% é plástico. A Organização Marítima Internacional proibiu o despejo de resíduos de plástico (e da maioria dos outros lixos) no mar. No entanto, mesmo que seja descartado corretamente, uma parte do plástico que deveria ser depositado em aterros, incinerado ou reciclado escapa para o meio ambiente - e uma fração considerável desse plástico que escapa acaba no oceano.

Com os efeitos da exposição solar, da oxidação, da ação física de animais e ondas e dos choques mecânicos, o plástico que chega no oceano ou no ambiente terrestre vai gradualmente se fragmentando e se transformando em microplástico.

Mas a fragmentação de grandes peças de plástico não é a única maneira de os microplásticos acabarem no oceano. Nurdles - pastilhas de plástico utilizadas como matéria-prima para a produção de produtos plásticos - podem cair de navios ou caminhões e acabar no ambiente terrestre ou no oceano.

Microesferas utilizadas como esfoliantes em produtos de higiene pessoal, como produtos de limpeza para a pele, pastas de dentes e xampus, podem escapar da água das instalações de tratamento de água e parar no mar.

Até mesmo a lavagem de roupas feitas de tecidos de fibras plásticas pode ser fonte de microplástico para o oceano.

O atrito dos pneus dos carros com o asfalto e a lavagem da rua pela chuva também carrega microplástico para o mar. Entenda mais sobre esse tema na matéria: "Qual é a origem do plástico que polui os oceanos?"

Os organismos marinhos da cadeia alimentar consomem plásticos de vários tamanhos. Os menores - microplásticos - são pequenos o suficiente para serem confundidos com alimentos pelo zooplâncton. E essa é uma das vias de entrada do plástico na cadeia alimentar. Alguns organismos maiores confundem os nurdles (que normalmente medem menos de 5 mm de diâmetro) com ovos de peixe ou outras fontes de alimento.

Testes laboratoriais mostram que os aditivos químicos, poluentes e metais absorvidos na superfície do plástico ingerido podem desossar e se transferir para as tripas e os tecidos dos organismos marinhos.

Entretanto, no caso dos humanos, o plástico não prejudica o organismo somente pela sua entrada na cadeia alimentar, mas também pela transferência de substâncias perigosas de embalagens para os alimentos, esse é o caso do plástico feito a partir do bisfenol.

Uma pesquisa mostrou que substâncias nocivas e persistentes podem se bioacumular (aumentar a concentração no organismo) e biomagnificar (aumentar a concentração em níveis tróficos mais elevados) nos organismos.

Danos causados pelo plástico à cadeia alimentar

O pesquisador Mark Browne, da Universidade da Califórnia, mostrou que os microplásticos com tamanho de 3,0 e 9,6 μm de diâmetro podem parar no intestino de mexilhões e permanecer ali por mais de 48 dias. Um estudo de 2012, realizado por outro grupo, mostrou que os microplásticos absorvidos pelos mexilhões resultaram em uma forte resposta inflamatória.

A ecologista Heather Leslie, da Universidade Livre de Amsterdã, afirma que partículas de plástico podem induzir respostas imunotoxicológicas, alterar a expressão gênica (aumento do risco de câncer) e causar morte celular, entre outros efeitos adversos. "Os microplásticos podem passar pela placenta e pela barreira hematoencefálica e podem ser absorvidos no trato gastrointestinal e nos pulmões, locais onde os danos podem ocorrer", diz ela.

Mas, como afirmam alguns cientistas, não se sabe com segurança todo o potencial de danos que plástico podem causar na cadeia alimentar, sendo necessário realizar mais estudos e aumentar a visibilidade da questão.

O que fazer?

Para reduzir o lixo plástico na cadeia alimentar, o primeiro passo é praticar o consumo consciente, ou seja, repensar e reduzir o seu consumo. Já pensou em quantos supérfluos utilizamos no dia a dia que poderiam ser evitados?

Por outro lado, quando não for possível evitar o consumo, a saída é optar pelo consumo o mais sustentável possível e pela reutilização e/ou reciclagem. Mas nem tudo é reutilizável ou reciclável. Nesse caso, realize o descarte corretamente. Confira quais são os postos de coleta mais próximos de sua casa nos mecanismos de busca do Portal eCycle.

Mas lembre-se: mesmo com o descarte correto é possível que o plástico escape para o ambiente, então consuma com consciência.

Para saber como reduzir o seu consumo de plásticos, dê uma olhada no vídeo:


Fonte: New Link in the Food Chain? Marine Plastic Pollution and Seafood Safety

Bilionário gasta fortuna construindo iate que recolherá 5 toneladas de plástico por dia dos oceanos


Dono de mais de 65% da frota marítima do conglomerado financeiro Aker ASA, o norueguês Kjell Inge Røkke não nasceu rico. O empresário, que atualmente possui uma fortuna estimada em US$ 2,6 bilhões, começou trabalhando como pescador e seu maior sonho é retribuir todo o bem que o mar já fez a ele.

Como? Røkke pretende acabar com o lixo plástico dos oceanos! Para tanto, está investindo sua fortuna na construção do maior iate do mundo, que já nasce com uma função: recolher 5 toneladas de resíduos plásticos dos mares todos os dias.

E não é só isso! A embarcação atuará como um verdadeiro centro de pesquisa sobre os oceanos. Equipada com laboratório, auditório, drones aquáticos e aéreos, dois helipontos e um veículo subaquático autônomo, ela é capaz de acomodar até 60 cientistas por vez, que estudarão sobre temas como Mudanças do Clima, Pesca Exploratória e Biodiversidade Marinha.

Projetado para impactar o menos possível o meio ambiente, o iate – que já foi batizado deREV (Research Expedition Vessel) – deverá estar com 100% de sua capacidade operacional funcionando em 2020. E nós? Já estamos ansiosos para vê-lo em alto-mar.

Há microplásticos no sal, nos alimentos, no ar e na água. Saiba como eles surgem, mude hábitos e previna-se

Você pode não ver, mas os microplásticos estão lá e não se sabe ainda quais implicações podem causar


Que o plástico está presente em nosso cotidiano todo mundo sabe, é só olhar para celulares, roupas, computadores, embalagens de alimentos, potes de cosméticos, seringas médicas, equipamentos de engenharia, embalagens de remédios, sinalizadores de trânsito, enfeites, glitter... Essa lista poderia seguir por linhas e linhas. 

Mas o que nem todo mundo imagina é que os microplásticos também estão presentes no ar que respiramos, em alimentos como o sal ou a cerveja e até na água que bebemos: cerca de 83% da água de torneira do mundo inteiro está contaminada com microplásticos. Um estudo encontrou as pequenas partículas até na água engarrafada. 

Da sola do sapato ao ar que respiramos, não há dúvidas, há plástico em todo canto. Ilhas se transformam em depósito de lixo plástico, assim como terrenos e calçadas. Em 2050, o oceano poderá conter mais peso em plásticos do que peixes. A dúvida é saber se estamos no Antropoceno (a Era da Humanidade) ou na Era do Plástico.

Mas é verdade que os diversos tipos de plástico têm nos ajudado de muitas formas. Entretanto, assim como há prós, há contras em relação à utilização desse material.

E os contras estão relacionados a problemas de saúde gerados na produção, no contato com o plástico no dia a dia e nas perdas para o ambiente, incluindo o caso de descarte incorreto, que acaba sendo uma das fontes de contaminação de lençóis freáticos, ar, plantas, alimentos, água, entre outros.

Você não vê, mas ele está lá

O perigo maior é quando o plástico se fragmenta em pequenos pedaços, formando os microplásticos, que são invisíveis a olho nu.

Tóxicos

Quando escapa para o ambiente, o microplástico atua como captador de poluentes orgânicos persistentes (POPs) altamente nocivos. Dentre esses poluentes estão os PCBs, os pesticidas organoclorados, o DDE e o nonifenol.

Os POPs são tóxicos e estão diretamente ligados a disfunções hormonais, imunológicas, neurológicas e reprodutivas. Eles ficam durante muito tempo no ambiente e, uma vez ingeridos, têm a capacidade de se fixarem na gordura do corpo, no sangue e nos fluidos corporais de animais e humanos.

Cadeia Alimentar

Ingerir microplásticos contaminados não é muito difícil, uma vez que, desde o final da II Guerra Mundial, eles já estão contaminando o ambiente e fazem parte da cadeia alimentar.

Na Indonésia, trabalhadores da pesca já estão consumindo mexilhões contaminados por microplásticos. Mas não é somente na Indonésia, no Reino Unido e na Austrália, os mexilhões também estão contaminados por microplásticos. Quem come frutos do mar regularmente ingere cerca de 11 mil pedaços de microplásticos por ano.

Bisfenóis

Os bisfenóis, utilizados em larga escala pela indústria, estão presentes em tintas, resinas, latas, embalagens e materiais de plástico em geral. Quando escapam para o ambiente, além da poluição visual e física que causam, geram poluição química. Uma vez no ambiente e em nossos corpos, o bisfenol se comporta como um disruptor endócrino, podendo causar esterilização em animais, problemas comportamentais, diminuição da população, entre outros.

Risco para a vida animal

Quando os microplásticos contendo bisfenol vão parar no ambiente, podem causar reduções em populações de golfinhos, baleias, veados e furões, prejudicar o desenvolvimento de ovos de aves, causar deformidades sexuais em répteis e peixes, alterações na metamorfose de anfíbios e muitos outros danos.

Prejuízos à saúde humana

Os alimentos embalados por recipientes contendo bisfenol se contaminam e, quando os consumimos, ingerimos também o bisfenol, cujo consumo está, comprovadamente, associado a diabetes, síndrome do ovário policístico, cânceres, infertilidade, doenças cardíacas, fibromas uterinos, abortos, endometriose, déficit de atenção, entre muitas outras doenças.

Mas como os microplásticos vão parar no ambiente?
  • Na lavagem das roupas

Parte significativa das roupas são compostas por fibras têxteis sintéticas de plástico - um exemplo é o próprio poliéster. Durante a lavagem de roupas, por meio do choque mecânico, os microplásticos se desprendem e acabam sendo enviados para o esgoto, indo parar em corpos hídricos e no ambiente.
Pesca fantasma


A pesca fantasma, também chamada de ghost fishing em inglês, é o que acontece quando os equipamentos desenvolvidos para capturar animais marinhos como redes de pesca, linhas e anzóis são abandonados, descartados ou esquecidos no mar. Esses objetos, na maioria da vezes feitos de plástico, colocam em risco toda a vida marinha, pois uma vez preso nesse tipo de engenhoca, o animal acaba ferido, mutilado e morto de forma lenta e dolorosa. Sem lucrar nem alimentar ninguém, a pesca fantasma afeta cerca de 69.000 animais marinhos por dia no Brasil. Para, no fim das contas, ser outra fonte de microplástico. Estima-se que 10% do plástico presente no oceano tem origem na pesca fantasma. Saiba mais sobre esse tema na matéria: "Pesca fantasma: o perigo invisível das redes pesqueiras". 

  • No ar

As mesmas fibras têxteis de plástico também vão parar no ar. Um estudo de 2015, realizado em Paris, na França, estimou que, a cada ano, cerca de três a dez toneladas de fibras plásticas atingem as superfícies das cidades. Uma das explicações é que o simples atrito de um membro do corpo com o outro, quando a pessoa está vestida com roupas de fibras têxteis sintéticas plásticas, já seria o suficiente para dispersar os microplásticos na atmosfera. Essa poeira de microplásticos pode ser inalada, juntar-se ao vapor e ir parar na sua xícara de café e no seu prato de comida, por exemplo.

  • No atrito dos pneus

Os pneus de carros, caminhões e outros veículos são feitos de um tipo de plástico chamado estireno butadieno. Ao passarem pelas ruas, o atrito desses pneus com o asfalto gera emissão de 20 gramas de microplásticos a cada 100 quilômetros percorridos. Para se ter uma ideia, na Noruega, é emitido um quilo de microplásticos de pneu por ano por pessoa.

  • Tintas látex e acrílicas

Estudos mostraram que a tinta utilizada em casas, veículos terrestres e navios desprende-se destes por meio de intempéries e vai parar no oceano, formando uma camada bloqueadora de microplásticos na superfície oceânica.

A isto, podemos acrescentar as tintas látex e acrílicas utilizadas em artesanatos e os pincéis lavados nas pias.

  • Microesferas dos cosméticos

Sabonetes, cremes, pastas, géis e máscaras esfoliantes são um perigo para o ambiente. Esses produtos são feitos de microplásticos de polietileno que, após o uso, são despejados diretamente pela torneira na rede de esgoto. Mesmo quando há estações de tratamento, as microesferas de plástico dos cosmético não são retidas pela filtragem de partículas, pois são muito pequenas, e acabam indo parar no oceano. Esses produção já foram banidos em países como a Inglaterra.

  • Nurdles

Nurdles são pequenas bolinhas plásticas utilizadas na manufatura de vários itens plásticos. Diferente dos resíduos plásticos que se decompõem até se tornarem microplásticos, os nurdles são feitos já com um tamanho reduzido (cerca de 5 mm de diâmetro). Eles são a maneira mais econômica de transferir grandes quantidades de plástico para fabricantes de uso final do material em todo o mundo. O problema é que navios e trens despejam acidentalmente essas bolinhas em estradas ou no mar; ou a parte que sobra da produção não é tratada adequadamente. Se alguns milhares de nurdles caem no mar ou em uma rodovia, é praticamente impossível fazer a limpeza. Em uma pesquisa realizada no início de 2017, foram encontrados nurdles em 75% das praias do Reino Unido.

Material semelhante aos nurdles são os pellets, feitos da mesma maneira mas em formato cilíndrico. Os pellets também vão parar no ambiente devido às perdas no transporte e contaminam corpos hídricos, solo e animais.

  • Descarte incorreto

Durante o ano, pelo menos oito milhões de toneladas de lixo de resíduos de plástico que foram descartados incorretamente (ou que escapam pelo vento) vão parar nos oceanos, lagos e rios do mundo todo.

Esses descartes, se fossem encaminhados corretamente para a reciclagem, poderiam voltar para a cadeia energética, mas, uma vez no oceano, se fragmentam em microplásticos e acabam entrando na cadeia alimentar, inclusive humana.

Cada canudo, sacola, tampa, rótulo e embalagem descartados incorretamente se quebrarão e formarão microplásticos. O plástico não desaparece, só fica menor.

  • Canudinhos

Diariamente, são descartados um bilhão de canudinhos. Só no Estados Unidos, são jogados fora meio milhão de canudinhos por dia. Estima-se que os canudinhos compõem cerca de 4% de todo o plástico encontrado no oceano. 

Quando vão parar no ambiente (mesmo quando descartados em aterros, podem ser levados pelo vento), esses canudinhos, antes de virarem microplásticos, acabam indo parar no organismo de animais, inclusive em narinas de tartarugas.

O que fazer?
  1. O primeiro passo é diminuir o consumo de plástico na medida do possível;
  2. Não consuma animais marinhos e contribua com iniciativas que retirem redes de pesca e outros plásticos do mar;
  3. Troque sua escova de dentes de plástico por uma de bambu;
  4. No lugar de tecidos de fibra sintética, utilize algodão orgânico. Confira outras "Dicas para ter uma pegada ambientalmente correta com as suas roupas";
  5. Quando comprar alimentos, cosméticos e produtos em geral, prefira aqueles que venham em embalagens de vidro, que são consideradas sustentáveis. Saiba como tirar a cola do adesivo dos rótulos para facilitar a reutilização dos vidros;
  6. Reutilize! Pratique o upcycling, uma maneira de reinventar objetos;
  7. Tome cuidado com a reutilização de garrafinhas d'água, veja o porquê em nossa matéria: "Perigos de reutilizar sua garrafinha de água" - utilize garrafas não descartáveis para transportar sua água;
  8. Zere o consumo de itens de plástico supérfluos, como, canudinhos;
  9. Pegue e dê carona. Cada carro a mais é sinônimo de mais microplásticos no ar e na água;
  10. Zere o consumo de cosméticos com esfoliantes sintéticos, substitua-os por receitas naturais;
  11. Repense seu consumo e o que você pode fazer para reduzir o plástico presente na sua vida;
  12. Dê prioridade aos bioplásticos. Conheça o plástico verde, o plástico PLA e o plástico de amido;
  13. Descarte corretamente e encaminhe para reciclagem. Confira quais são os postos de coleta mais próximos de sua residência. Confira também nossa matéria: "O que é reciclagem e como ela surgiu?".
  14. Conheça a New Plastics Economy, uma que, aplicando os princípios da Economia Circular, visa reunir setores importantes do ramo do plástico para repensar e reformular o futuro, começando pelas embalagens.
Pressione empresas e governos para que garantam o retorno do plástico à cadeia de produção. Afinal de contas, nem todo plástico reciclável destinado corretamente é efetivamente reciclado.

Fontes: Folha de São Paulo e OrbMedia

Microplástico: um dos principais poluentes dos oceanos

Partículas quase invisíveis de microplástico são prejudiciais à vida marinha e ao ser humano


O que é microplástico

O microplástico, como o próprio nome diz, é uma pequena partícula de plástico. Esse tipo de material é um dos principais poluentes dos oceanos. Alguns pesquisadores consideram que o tamanho máximo do microplástico é de 1 milímetro, enquanto outros adotam a medida de 5 milímetros.

O grande problema é que, como mencionado em nossa matéria sobre a grande quantidade de plástico nos oceanos, o microplástico altera a composição de certas partes dos oceanos, prejudicando o ecossistema da região e consequentemente a saúde humana.

De onde vêm?

O microplástico que vai parar no oceano tem origem no descarte inadequado de embalagens; escape de embalagens de aterros por meio do vento e da chuva; lavagem de roupas de fibras de plástico como o poliester; escape de matéria primária de plástico como o nurdles; entre outras. Ao chegar à natureza, produtos como garrafas, embalagens e brinquedos que não foram descartados corretamente, passam por um processo de quebra mecânica realizada pela chuva, pelos ventos e pelas ondas do mar, que fazem com que os produtos se fragmentem em pequenas partículas plásticas que se caracterizam como microplástico.
Pesquisas informam que o descarte industrial inadequado de plásticos e até mesmo a perda de matérias primas que levam microplástico em sua composição, pellets plásticos por exemplo, que ao longo do processo logístico acabam dispersos no meio ambiente, também são fonte de poluição por microplástico. Um estudo realizado pela Fundação North Sea, em parceria com outras instituições, apontou presença de microplástico em produtos de beleza e higiene pessoal como esfoliantes, shampoos, sabonetes, pastas de dente, delineadores, desodorantes gloss e protetores labiais sob a forma de polietileno (PE), polipropileno (PP), politereftalato de etileno (PET) e nylon.

Os riscos

Pesquisas preliminares já apontam alguns dos riscos à saúde relativos à poluição gerada pelo microplástico. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa de Sistemas Ambientais da Universidade de Osnabrück, na Alemanha, aponta que esse tipo de material tem a capacidade de absorver produtos tóxicos encontrados nos oceanos como pesticidas, metais pesados e outros tipos de poluentes orgânicos persistentes (POPs), o que faz com que os danos à saúde da biodiversidade sejam muito maiores.

Plânctons e pequenos animais se alimentam do plástico contaminado e, ao serem comidos por peixes maiores, propagam a intoxicação. No fim da cadeia, quando o ser humano se alimenta desses peixes maiores, está ingerindo também o plástico e os poluentes que se acumularam ao longo da cadeia. Entre os problemas relacionados à intoxicação por POPs estão diversos tipos de disfunções hormonais, imunológicas, neurológicas e reprodutivas. Da mesma forma, os plásticos podem conter bisfenóis, que são conhecidos disruptores endócrinos muito danosos à saúde do ambiente e humana. Entenda mas sobre eles na matéria: "Conheça os tipos de bisfenol e seus riscos".

Mesmo sem estudos definitivos sobre o assunto, cientistas que participaram do First International Research Workshop on the Occurrence, Effects and Fate of Microplastic Marine Debris, realizado na Universidade de Washington, em 2008, concluíram que os impactos do microplástico na natureza são altamente nocivos. Dentre eles estão o bloqueio do trato digestivo de pequenos animais e a própria intoxicação por produtos presentes no plástico. Em ultima instância, isso poderia levar a um desequilíbrio na cadeia alimentar da região.
Como colaborar com a diminuição da contaminação

Ainda que haja muita pesquisa a ser feita, já é evidente a importância do debate e da conscientização sobre esse assunto. E você já pode começar a colaborar com a causa.

Utilize menos, reutilize e recicle produtos feitos de plástico. Contribua para o crescimento da coleta seletiva e pressione as autoridades da sua região. Conscientize-se de que suas ações contribuem com o destino de nossa espécie e daquelas que conosco coabitam o planeta.

Visite nossa seção Recicle Tudo para saber como dar o primeiro passo e informe-se sobre os pontos de reciclagem de cada tipo de material!

Assista ao vídeo e saiba mais sobre o assunto (em inglês).

Até quando? A ilha inabitada do Pacífico que tem quantidade RECORDE de lixo plástico (vindo do mundo todo)


O Oceano Pacífico é conhecido por concentrar grande quantidade de lixo produzido diariamente mundo afora. Isso porque, devido às correntes marítimas, os resíduos viajam por quilômetros e quilômetros após serem jogados (indevidamente, vale sempre lembrar!) nas praias. 

É por lá, no próprio Oceano Pacífico, que está localizada a ilha Henderson. Apesar de inabitada e visitada apenas em períodos de 5 a 10 anos para pesquisas, ela recebe 3.570 novos pedaços de plástico todos os dias (!). Segundo a Universidade da Tasmânia, responsável por pesquisa sobre o tema, a costa da ilha possui aproximadamente 671 pedaços de lixo a cada metro quadrado. Trata-se da maior densidade de plástico encontrado na face da Terra.


Considerada território britânico, a ilha faz parte do arquipélago Pitcairn Islands. Para ter noção do absurdo, a concentração humana mais próxima do local fica a cinco mil quilômetros de distância. Segundo os pesquisadores Jennifer Lavers e Alexander Bond, responsáveis pelo estudo, existem 37,7 milhões de pedaços de plástico no lugar, provenientes do mundo todo – inclusive América do Sul!

A pesquisa que revelou esses dados foi publicada online em editorial acadêmico da área. No texto, Jennifer ressalta: “O que acontece com a ilha Henderson mostra que nem mesmo os locais mais remotos do mundo estão escapando da poluição plástica”. Até quando?

Fonte: Universidade da Tasmânia

Fukushima ainda libera 300 toneladas de água radioativa diariamente, apenas para esfriar


Os efeitos do desastre nuclear de Fukushima ainda não pereceram. Além de já ter tornado o Oceano Pacífico tóxico, também vaza regularmente 300 toneladas de água radioativa.

Embora o desastre de Chernobyl fosse bem conhecido, as pessoas perderam o reconhecimento dos efeitos perigosos do colapso de Fukushima na TEPCO em 2011. Devido ao terremoto em 2010, três reatores nucleares causaram a maior liberação de radiação na água. Ao longo de 5 anos, produtos químicos radioativos piores que os de Chernobyl vazaram para o Oceano Pacífico. As estimativas do dano podem ter sido subestimadas pelas autoridades japonesas, há vários anos. De fato, a quantidade de radiação liberada para o Oceano Pacífico é maior do que quando os EUA testaram armas nucleares nas ilhas do Oceano Pacífico.

Todos os dias, Fukushima ainda vaza 300 toneladas de água radioativa no Oceano Pacífico. No entanto, a fonte desse vazamento não pode ser acessada por humanos ou robôs porque a fonte do vazamento é extremamente quente.

Preocupações começaram a surgir quando a parceria da TEPCO com a General Electric chegou à mesa. A General Electric (GE) sozinha é uma das maiores empresas do mundo e controla muitos fóruns econômicos e políticos. A falta de foco no desastre de Fukushima é pensada para ser explicada pela relação com o GE. No final, 1400 cidadãos japoneses processaram a General Electric pelo desastre de Fukushima.

O desastre de Fukushima e seus efeitos também chegam à América do Norte. Cientistas canadenses observaram um aumento de 300% na radiação na costa do Oceano Ocidental. Este montante aumenta a cada ano, afetando negativamente a vida marinha. No Oregon, EUA, a estrela do mar começou a perder pernas e morrer depois que a radiação de Fukushima chegou à Costa Oeste dos EUA em 2013. Em 2014, a radiação na água da Califórnia aumentou em 500%. Os funcionários do governo disseram que a radiação tinha uma "fonte desconhecida" e que não há necessidade de se preocupar.

Agora que os efeitos maiores de Fukushima chegaram ao outro lado do mundo, os cientistas começaram a se levantar contra a ignorância.

Fonte: Zerohedge

Após encalhar com 30 sacos plásticos no estômago, baleia precisa ser sacrificada


A imagem não é bonita de se ver. Menos bonito ainda é pensar em tudo o que ela representa. Mais um animal marinho foi vítima do descaso do bicho homem.

Moradores de uma ilha localizada perto da cidade de Berga, na Noruega, encontraram uma baleia encalhada na praia em estado bastante debilitado. Após zoólogos examinarem o bicho, conclui-se que ele precisaria ser sacrificado por já estar muito doente.

A notícia, que já era ruim, ficou ainda mais triste após descobrirem o motivo do adoecimento da baleia, que era da espécie bicuda-de-cuvier: segundo os pesquisadores da Universidade de Berga, após autópsia, o animal ficou doente e encalhou na praia por ingerir plástico em alto-mar.

Trinta sacolinhas, entre outros resíduos de plástico, foram encontrados na barriga do animal.

Pesquisas apontam que o ser humano descarta cerca de oito milhões de toneladas de plástico nos oceanos todos os anos. É tanto lixo tóxico à vida marinha que, se continuarmos nesse ritmo, até 2050 haverá mais plástico do que peixes em nossos mares.

Folha artificial consegue produzir oxigênio a partir de água e luz


A vida no espaço parece estar cada vez mais próxima da realidade, mas continua a haver um problema impeditivo: a falta de oxigênio.

As plantas não gostam de ambientes sem gravidade e viverem num local onde existe falta de oxigênio por tempo indeterminado não é muito viável. Foi por isto que Julian Melchiorri criou a Silk Leaf, uma folha artificial que consegue criar oxigênio de forma infinita, utilizando água e luz.


Melchiorri queria criar uma maneira de produzir oxigênio no espaço e que fosse compatível com o ambiente severo extraterrestre. Então criou uma folha artificial que tem cloroplastos suspensos no seu interior. Melchiorri utilizou uma fibra de seda para suspender os cloroplastos para que estes pudessem continuar a funcionar como se estivessem numa planta, mas localizados numa espécie de superestrutura.

“Extraí os cloroplastos das plantas e coloquei-os dentro de proteínas de seda. Como resultado tive o primeiro material fotossintético que vive e respira tal como as folhas das plantas”, indicou Melchiorri, citado pelo Inhabitat.


O projeto foi desenvolvido em colaboração o laboratório de seda da Tufts University (Massachusetts, EUA), no âmbito de num curso de design de engenharia do Royal College of Art.



Fonte: Green Savers

Britânico cria solução para combater a poluição com “protetor solar e lápis”


Samuel Burrow, de 16 anos, do Reino Unido, observando a quantidade de poluição de sua cidade decidiu criar uma alternativa para deixar sua cidade e consequentemente, também, o mundo mais limpo.

Burrow intitulou seu projeto de “Limpando o Mundo com Protetores Solares e Lápis”, porque ele propõe combinar óxido de grafeno e dióxido de titânio, que são usados em lápis e protetor solar, respectivamente.

A combinação proposta por Burrow é uma melhoria nas tintas de “auto-limpeza” de dióxido de titânio comercial, que são atualmente bastante caras e não muito eficazes.

A ciência por trás das tintas de dióxido de titânio, em geral, é que quando a luz solar os atinge, ele passa a ter fortes propriedades de oxidação, inclusive poluentes. A ideia é que você pode usar a pintura no exterior dos edifícios para fazê-los “comer poluição”.

Grafeno em si é insolúvel em água, embora, o que significa que não iria trabalhar em uma tinta à base de água. Mas Burrow hipotetizou que usar óxido de grafeno funcionaria, porque é solúvel em água, e a reação de dióxido de titânio à luz reduziria a grafeno depois que a tinta foi aplicada em uma superfície.


Com certeza, a experimentação de Burrow provou que o dióxido de titânio reduz o óxido de grafeno ao grafeno quando a luz o atinge. Isso sugere que uma pintura combinando os dois seria mais forte e mais eficiente do que as tintas de óxido de titânio usado hoje.

Este sistema não é inédito, já existem sistemas com o mesmo intuito, mas o que diferencia este dos outros é que o modelo é barato, acessível a qualquer pessoa.

Há infinitas formas de aplicações desta descoberta. Por exemplo, usar a mistura em uma esponja, poderia ajudar na purificação da água. Caso fosse mesclado à areia, ele poderia filtrar metais pesados também na água. E quando usado para pintar uma superfície, seria de grande ajuda na remoção da poluição do ar e como um pó, ele poderia simplesmente ser misturado à água e exposto ao sol a água se tornaria limpa.

“O projeto mostra a maneira mais fácil para implementação em áreas rurais e industriais, devido à sua facilidade de uso, além da manufatura relativamente barata e eficiente”, Burrow escreve em seu relatório.

Burrow foi um dos 18 adolescentes incrivelmente inteligentes que chegaram na final do prêmio de ciência do Google.

Dispositivo minúsculo ajuda transformar água poluída em potável


A água é o nosso recurso mais precioso. E, hoje cerca de 2,8 bilhão de pessoas em todo o mundo são afetadas pela escassez de água potável.

Um minúsculo dispositivo pode ajudar a mudar isso. Criado por pesquisadores da Universidade de Stanford (Califórnia, Estados Unidos), irá ajudar a transformar água poluída em potável. O aparelho usa energia solar para reduzir a contaminação por bactérias em mais de 99% na água.

Já existem métodos eficientes para desinfetar a água, mas eles também trazem problemas. Ferver a água, por exemplo, pode matar germes, mas consome combustível fóssil, o que nem sempre está disponível. Outro método é colocar a água em garrafas de plástico transparentes e deixar a radiação ultravioleta matar os germes, mas esta prática leva 48 horas e não é totalmente eficiente.

Em um esforço para encontrar uma técnica mais eficaz e eficiente em termos energéticos, o pesquisador Yi Cui e sua equipe desenvolveram o dispositivo com uma nanoestrutura arranjada de forma a se assemelhar a uma impressão digital feita de cobre, com um composto químico fotocatalítico chamado dissulfeto de molibdênio. Quando atingido pela luz, as estruturas liberam peróxido de hidrogênio e outros produtos químicos bactericidas, que destroem as bactérias nocivas e rapidamente se dissolvem.


“Nosso dispositivo parece um pequeno retângulo de vidro preto”, disse o principal autor e pesquisador Chong Liu em um comunicado de imprensa. “Nós só deixamos na água e colocamos sob o sol, e o sol faz todo o trabalho.”.

Embora seus experimentos mataram 99,99% das bactérias em 20 minutos, Cui admite que o dispositivo precisa de mais pesquisas e testes, já que o primeiro teste só foi executado em uma quantidade pequena de água e com apenas três tipos de bactérias, enquanto em um teste no mundo real haveria muito mais contaminantes.

Estudantes desenvolvem bactéria que come plástico dos oceanos e o transforma em água


A poluição nos oceanos é um problema grave. Segundo estudos recentes, é muito provável que até 2050 terá mais plástico do que peixes em nossas águas marítimas. Para a nossa sorte, não faltam pessoas muito visionárias trabalhando para reverter essa situação. Lembra do jovem de 21 que desenvolveu tecnologia que promete limpar o Oceano Pacífico até 2030?

Pois bem, a novidade do momento é uma bactéria, desenvolvida pelas estudantes Miranda Wang e Jeanny Yao. Trabalhando na ideia desde os tempos do colégio, hoje elas colhem os frutos e já possuem duas patentes, uma empresa e cerca de U$ 400 mil dólares de investimento inicial. Tudo isso com vinte e poucos anos!

Com cinco prêmios nas costas, a dupla ficou famosa por ser a mais jovem a ganhar o prêmio Perlman de ciência. Tudo graças ao protótipo de bactéria capaz de transformar plástico em CO2 e água. A tecnologia está sendo utilizada de duas formas: para limpar as praias e também para produzir matéria-prima para confecção de tecidos.

“É praticamente impossível fazer com que as pessoas parem de usar plástico. Nós precisamos de tecnologia capaz de quebrar o material. Tudo deveria ser biodegradável”, disse Wang.

A tecnologia em desenvolvimento é composta por duas partes. Primeiro o plástico é dissolvido e depois as enzimas de catalização quebram os componentes em pedaços mais maleáveis. Esses componentes são colocados em uma estação biodigestora, em que tudo será compostado. O processo leva, no máximo, 24 horas para acontecer.

Jovem de 21 anos desenvolve tecnologia que promete recolher todo o plástico do Oceano Pacífico


O cenário não é favorável para os oceanos. Segundo estudos recentes, se mantivermos o ritmo atual, até 2050 terá mais plástico do que peixe em nossas águas. Algo precisa ser feito para reverter este cenário, certo? Foi por isso que o jovem holandês Boyan Slat, então com apenas 19 anos, resolveu lançar uma vaquinha online para construir uma tecnologia capaz de limpar o oceano.

Conhecida como The Ocean Cleanup, a ideia é limpar em 10 anos, pelo menos, metade do Oceano Pacífico (onde se concentra a maior parte dos resíduos plásticos descartados incorretamente pelo ser humano). O plano é construir uma barreira flutuante que aproveita as correntes marítimas para bloquear o lixoencontrado nas águas. A iniciativa, lançada em fevereiro de 2013, já ganhou o apoio de pesquisadores e ambientalistas de todo o mundo.

Em setembro de 2014 foram arrecadados 2,2 milhões de dólares por meio de financiamento coletivo. 38 mil pessoas de 160 países diferentes colaboraram para que a ideia saísse do papel. O dinheiro tornou possível a construção do protótipo de 2 quilômetros de barreira (cerca de 2% do necessário para limpar o Pacífico inteiro), que ficou pronto em maio de 2015 e está localizado em uma ilha japonesa chamada Tsushima.

Assista, abaixo, ao vídeo que resume a jornada do jovem. Isso é que é fazer a diferença no mundo, não?


Tecnologia


Designer cria poste solar que purifica o ar enquanto ilumina


Imagine se fosse possível filtrar continuamente o ar poluído de uma cidade como São Paulo. O designer Tony Thomas Narikulam já imaginou e idealizou o Eco Mushroom ("cogumelo ecológico" em tradução livre) – um dispositivo que purifica o ar poluído ao seu redor.

À primeira vista, parece apenas um poste de luz moderno com design inovador e colorido. Mas não é só isso. O Eco Mushroom é um sistema compacto que além de iluminar a via com seus 4 LEDs, tem a capacidade de absorver dióxido de carbono (o mal falado CO2).

O ar poluído tende a ficar numa camada um pouco mais alta, acima da altura das pessoas, e se espalha criando uma faixa tóxica sobre nossas cabeças. Quatro entradas sugam o ar poluído que passa pelo purificador e é devolvido, agora limpo, numa altura mais baixa, mais ou menos na nossa altura.


A sucção e circulação do ar acontecem em função do motor DC (motor de corrente contínua sem escovas) que funciona movido por painéis de energia solar no topo do Eco Mushroom.

Um sistema de monitoramento interno envia indicações e alertas sobre a operação e manutenção do dispositivo. A sujeira detida no sistema é conduzida por um cano central, por gravidade, até um coletor na base do poste, que é removido para limpeza na manutenção periódica.


Já pensou, São Paulo sem aquela camada cinza no ar?

Contudo, ainda não há informações sobre a viabilidade comercial da tecnologia.

Fonte: RISEpad

Oceanos vão ter mais plástico do que peixes em 2050, diz estudo


Já conhecidos como lixões do mundo, os oceanos estão cada vez mais cheios de plástico e outros resíduos que nós jogamos insistentemente na natureza. Estima-se que hoje existam 150 milhões de toneladas de plástico nos mares. Diversas iniciativas tentam reverter a situação.

Mesmo assim, se nossos hábitos não mudarem — com urgência! —, o oceano terá mais plástico do que peixes até o ano de 2050. É o que diz o estudo realizado pela Fundação Ellen MacArthur, em parceria com a McKinsey. A pesquisa foi divulgado no Fórum Global de Economia.

Segundo o documento, atualmente despejamos oito milhões de toneladas de plástico nos oceanos por ano — o equivalente a um caminhão de lixo por minuto. Esse número tende a piorar ano a ano. Em 2030 será o dobro e, em 2050, o quádruplo (!).

Não precisa nem dizer que todo esse lixo fora de lugar acaba impactando negativamente o ecossistema aquático. Imagina o quanto de plástico é ingerido acidentalmente por animais marinhos (muitas vezes também consumidos por nós!). Um ciclo extremamente nocivo à saúde — nossa e do planeta!

Foto: epSos .de/Creative Commons

Nova usina captura gás carbônico e o transforma em combustível


Esta semana marcou a abertura de um projeto “piloto”de abastecimento de combustível na cidade costeira de Squamish, British Columbia. A nova usina não é como qualquer outra forma de geração de combustível verde. Esta usina é responsável pelo pioneirismo, uma indústria completamente nova de refino de combustíveis utilizando o dióxido de carbono capturado do ar.

Ela não foi projetada para ou capaz de reduzir os gases mensuráveis do efeito estufa na atmosfera. Em vez disso, a motivação da criação da usina é a produção de combustíveis para serem aplicados em transportes pesados, como aviões, caminhões e ônibus.

David Keith, o fundador da Carbon Engineering, empresa que construiu a usina piloto afirma que uma vez que a usina está em sua plena eficiência, o sistema será capaz de retirar cerca de uma tonelada de dióxido de carbono por dia. Também professor de Harvard em Física Aplicada, disse não ser novidade para conceitos de fontes de reengenharia do combustível e essas abordagens é crucial para a diminuição do aquecimento global.

Cerca de dois anos atrás, Keith foi um grande defensor público, pedindo mais pesquisas sobre geoengenharia e explorar a ideia de irrigar a baixa estratosfera com ácido sulfúrico para refletir a luz solar e compensar os efeitos de aquecimento.


Keith também explica que o seu sistema de captura de carbono não utiliza qualquer nova tecnologia, mas combina os processos industriais que já são utilizados em indústrias atuais. No entanto, o processo parece um pouco mais complicado do que o fabricação de papel. 

Essencialmente para o projeto, ventiladores puxam o ar para um líquido que reage com o CO² para criar uma solução rica em carbono. A solução concentrada é então purificada através de um processo em que é então transformada num gás CO² e o mesmo líquido é reutilizado no início do processo de extração do ar.

Isso é apenas a primeira parte deste processo, a parte 2 na verdade ainda está em fase de construção, porque requer que a usina instale um eletrolisador para recolher o hidrogênio para criar os combustíveis de hidrocarbonetos necessários para abastecer veículos de transporte.


Tais como painéis solares, o processo precisa ser bem implementado para que a usina seja economicamente valiosa. Mas, apesar de alguns ajustes aqui e ali para garantir a eficiência de desempenho, este é um enorme passo na produção de combustível.

Fonte: Technology Review e Carbon Engineering

A ministra do MMA Izabella volta a cobrar o fim dos “lixões”


O governo federal permanecerá aberto ao diálogo com os municípios na gestão dos resíduos sólidos. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reforçou, nesta quinta-feira (28/05), a importância de um trabalho conjunto nas cidades brasileiras para garantir o encerramento dos “lixões” – forma inadequada de disposição final de resíduos, que se caracteriza pela simples descarga do lixo sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública.

O posicionamento foi defendido em rodada de debates do último dia da 18ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Questões como o tamanho e a população residente nas cidades devem ser levadas em consideração. “É intolerável que o país ainda lide com o lixo dessa forma”, declarou a ministra. Para ela, a gestão dos resíduos deve priorizar, também, a recuperação de áreas degradadas e a promoção da qualidade de vida. “Os caminhos precisam buscar essa conversão”, explicou.

A ministra ressaltou o engajamento de todos os envolvidos com o assunto. De acordo, com Izabella, há um esforço generalizado dos governos locais para efetivar o encerramento dos lixões. “Essa agenda traz soluções que dialogam com todo o país e tenho visto todas as instâncias da administração envolvidas com a pauta”, analisou. “É preciso ter um olhar diferenciado.”

A Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). De acordo com a legislação, o prazo para fechamento dos lixões acabou em agosto de 2014. Desde então, os rejeitos precisam ter uma disposição final ambientalmente adequada. Além disso, as áreas ocupadas anteriormente pelos lixões precisam ser isoladas e recuperadas.

Deixar de encerrar os lixões gera insegurança jurídica para os municípios.

Segundo a Lei de Crimes Ambientais, quem causar poluição que possa resultar em danos ao meio ambiente, incluindo a disposição inadequada de resíduos sólidos, pode levar multa de R$ 5 mil a R$ 50 milhões. Os responsáveis poderão ser responsabilizados e é de competência constitucional que os municípios organizem e prestem os serviços públicos de interesse local, entre os quais se encontra a gestão de resíduos sólidos.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – 2028.1173
Por: Lucas Tolentino – Editor: Marco Moreira

Conheça a BitSeeds, moeda virtual que promete plantar UM BILHÃO de novas árvores no mundo


O desflorestamento cresce um acre por segundo. São cerca de 25 milhões de acres por ano. Os números são extremamente preocupantes, mas a moeda virtual BitSeeds pretende ajudar a resolver o problema ao plantar UM BILHÃO de árvores.

Seguindo a linha do BitCoins, moeda virtual internacional que está dando muito certo, a iniciativa poderá ser adotada por qualquer país, não prevê taxas adicionais e pode ser trocada por mercadorias ou serviços. Funciona da seguinte maneira: a cada ano, o BitSeeds irá distribuir 10% de juros para quem tiver a moeda. O objetivo é plantar uma árvore para cada BitSeed criado.

A partir do lançamento, cem milhões de BitSeeds serão guardadas para gerar lucro para a Rainforest Foundation, que usará o dinheiro para ajudar comunidades locais a conservar e recuperar florestas em uma escala antes impossível.

Segundo a iniciativa, as florestas tropicais são responsáveis por armazenar um quinto da água potável do mundo e produzir cerca de um quinto do oxigênio que respiramos todos os anos. Além disso, têm papel fundamental no equilíbrio climático. Já passou na hora de cuidarmos melhor delas, não?

Foto: Tadeu Pereira/Creative Commons

Contaminação de Urânio da Água Subterrânea continua sendo um Problema


Apesar da crença de que a água subterrânea natural expeliria o urânio remanescente em antigas usinas de energia, este não é o caso.

Os efeitos de diluição dos rios próximos são, além disso, muito menos eficazes do que o esperado. Em resposta a essa questão, estão em andamento pesquisas no Laboratório Nacional de Aceleradores SLAC do Departamento de Energia para entender por que as águas subterrâneas permaneceram contaminadas em níveis acima do esperado.

Os locais de urânio estão espalhados por todo o país no Novo México, Wyoming e Colorado, e alguns deles são bastante remotos e difíceis de alcançar. Isso é mais ou menos esperado para uma usina nuclear que pode ser a fonte de radiação, potencialmente causando uma ameaça à saúde pública.

As amostras são recolhidas a partir do solo usando brocas e, em seguida, raios-x são realizados para buscar a intensidade e o tipo de radiação que está presente. Vários exercícios em torno de uma propriedade permitem avaliar a maneira pela qual o urânio se espalhou e sua rapidez.

Dados esses níveis de urânio maiores do que o esperado, os cientistas estão se voltando ainda mais vorazmente contra os defensores da energia nuclear, citando esses novos exemplos como prova de que ainda não entendemos o suficiente para expandir a indústria de energia nuclear.

Além de sua despesa astronômica, causa sérios problemas de gestão de resíduos e de saúde, e é a fonte de grandes subsídios do governo que poderiam ser usados ​​para energia limpa.

POLUIÇÃO DA ÁGUA: A BOIA FOTOVOLTAICA QUE OXIGENA OS RIOS


Uma boia fotovoltaica transforma a energia solar em eletricidade e faz com que bombas oxigenem os rios poluídos. É este o projeto de um estudante da Argentina, premiado no internacional Solar Cities Congress de Buenos Aires. A boia tem como objetivo "revitalizar" os cursos d’água corrente, além de delimitar as áreas de navegação.

O inventor se chama Sebastián Zanetti e estudou arquitetura na Universidade de Buenos Aires. Ele testou o conceito da boia "oxigenadora”, chamada Água Viva, sobre o rio Matanza-Riachuelo, um dos dez lugares mais poluídos do mundo, de acordo com o Instituto Blacksmith, em 2013. No entanto, o projeto é obviamente adaptável a qualquer sistema natural ou artificial de águas correntes.

O modelo proposto é composto por uma boia flutuante equipada com um painel fotovoltaico que alimenta três bombas submersíveis para oxigenar a água. Estas bombas "animam” as águas aumentando a superfície de contato com o ar, favorecendo a oxigenação do rio.


"Eu tentei desenhar um objeto adaptável a qualquer sistema natural ou artificial que precise de oxigenação, e que necessite apenas da energia do sol para funcionar", disse o estudante. Uma ideia que demonstra como a energia renovável, para além das suas vantagens já conhecidas, é capaz de se adaptar a diferentes situações, inclusive representando, as vezes, a solução ideal para combater a poluição...não só do ar, mas também das águas.