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COMPETIÇÃO PREMIA ATLETAS POR COLETAREM LIXO ESPALHADO PELO OCEANO

A disputa acontece em uma praia em Marselha, na França, e é um grande exemplo para o resto do mundo.

No mundo, 25 milhões de toneladas de lixo são despejadas no oceano, todos os anos, segundo a Associação Internacional de Resíduos Sólidos (Iswa) (Foto: Pixels/ Reprodução)

A limpeza das praias e dos oceanos deve ser uma ação coletiva, realizada por qualquer um que frequente os ambientes. Para estimular a coleta de resíduos no meio ambiente, uma competição tomará conta da praia Catalans et l’Escale Borely, em Marselha, na França. Chamada de Le Grand Défi (O Grande Desafio, em português), a disputa acontecerá no dia 30 de maio de 2019 e a grande tarefa dos participantes é coletar a maior quantidade de lixo acumulado na região.

A ideia veio de Emmanuel Laurin, atleta francês fundador da Sauvage, uma organização em prol do meio ambiente. Em 2017, ele cobriu 120 quilômetros da costa do país, de Marselha a Toulon, coletando o lixo espalhado pelo Mar Mediterrâneo.

Agora o ativista desafia 20 equipes de nadadores e caiaquistas a percorrer os oito quilômetros da praia durante um ano. Por serem amadores, os participantes serão acompanhados por profissionais, como o jogador de basquete Pierre Pelos e as nadadoras Margaux Chrétien e Camille Lacourt.

Os prêmios serão divididos em três categorias: o primeiro para quem encontrar mais lixo, o segundo para quem achar os resíduos mais incomuns e o terceiro para aqueles que encontrarem o "Grand Saphir", um objeto feito de plástico reciclado escondido ao longo do percurso. Obrigatoriamente, os vencedores devem doar a quantia recebida para uma organização de proteção ambiental, escolhida pela equipe.

Apesar de ser realizada na França, a competição é um exemplo para o resto do mundo. De acordo com uma pesquisa comandada pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos (Iswa), 25 milhões de toneladas de lixo são despejadas nos oceanos anualmente. Só no Brasil, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), estima que cerca de 2 milhões de toneladas de dejetos são jogados nos mares todos os anos, o que torna a iniciativa francesa um enorme alerta mundial.

Uso de energia renovável cresce, mas não impede recorde histórico de emissão de CO2

Energia solar apresenta as maiores taxas de crescimento, mas ainda representa uma fatia muito pequena da geração global de eletricidade

USINA À BASE DE CARVÃO. MATERIAL RESPONDE POR CERCA DE 30% DAS EMISSÕES DE CO2 RELACIONADAS À PRODUÇÃO DE ENERGIA, SEGUNDO A IEA (FOTO: PEXELS)

O uso de fontes renováveis de energia cresceu 7% em 2018, segundo o relatório anual da Agência Internacional de Energia (IEA) recém-divulgado. O aumento da demanda global por essas fontes foi equivalente a todo o consumo de energia elétrica no Brasil, na casa dos 450 TWh (terawatt-hora, ou a mil vezes um gigawatt-hora).

As fontes solar fotovoltaica, eólica e hídrica de energia representaram, cada uma, algo próximo de um terço do crescimento da energia renovável no ano passado. A bioenergia, gerada a partir de materiais orgânicos, representou os cerca de 5% restantes.

Mas, apesar da maior demanda pela energia renovável, esta ainda respondeu por uma parte menor (45%) do aumento da oferta energética global no ano passado. O restante é gerado por queima de carvão, outros combustíveis fósseis e gás natural.

A energia solar fotovoltaica foi a modalidade cuja demanda mais cresceu (em termos proporcionais) em 2018, segundo a IEA. Com alta de 31% no ano passado, ela dobrou sua capacidade instalada em apenas três anos, chegando agora a 534 GW. Deste total, 44 GW foram adicionados só pela China ano passado. O Brasil tem, ao todo, 2 GW de capacidade instalada para produção de energia solar fotovoltaica, e vem aumentando rapidamente sua participação nesse mercado.

Crescendo menos aceleradamente (12% em 2018), a energia eólica manteve ritmo semelhante ao visto no ano anterior, segundo a IEA. Mais popular no Brasil, que tem 14 GW de capacidade instalada em turbinas movidas pelo vento, essa fonte de energia também foi impulsionada pela China, que instalou mais 5 GW de capacidade de produção, chegando a 20 GW.

FONTE EÓLICA CRESCE, MAS AINDA REPRESENTA APENAS 5% DA GERAÇÃO GLOBAL DE ENERGIA (FOTO: THINKSTOCK)

Já a energia hidrelétrica, a mais utilizada por aqui, teve crescimento bem mais modesto no mundo todo — de apenas 3%. Ainda assim, trata-se da maior fonte de energia renovável, responsável por 60% de toda energia gerada a partir desses recursos.

Emissões de CO2 atingem recorde

Apesar dos números aparentemente favoráveis, a energia renovável ainda representa apenas um quarto de todo o consumo global. Considerado por ambientalistas o meio mais poluente de geração de energia, o carvãoainda é responsável pela maior parte da eletricidade gerada, e seu uso continuou crescendo em 2018.

Também por isso, apesar da adoção cada vez maior de fontes renováveis de energia, as emissões de CO2 relacionadas ao setor energético atingiram em 2018 o recorde histórico de 33,1 Gigatoneladas (GT) de dióxido de carbono — composto cuja presença no ar é considerada um dos maiores causadores do aquecimento global.

Tais emissões cresceram 1,7% no ano passado, a maior taxa vista desde 2013. Somente o CO2 adicionado no período, em relação a 2017, equivale a toda poluição gerada pela aviação internacional.

O uso das termelétricas cresceu 0,7% no ano passado, segundo a IEA, e fez com que o carvão respondesse por mais de 10 GT das emissões de CO2 — quase um terço do total.

Enquanto Estados Unidos e Europa reduziram sua dependência do carvão, a China, apesar de ter intensificado a sua troca por fontes de energia mais sustentáveis, ainda aumentou o uso das usinas à base de carvão em 5,3%. 

Somadas todas as fontes geradoras, o consumo de energia subiu 2,3% em 2018, impulsionado por um crescimento econômico mais robusto que o visto nos anos anteriores.
Ranking

Veja abaixo o ranking das fontes de energia mais usadas para a geração de eletricidade em 2018:

1 - Carvão (38% do total)
2 - Gás (23%)
3 - Hídrica (16%)
4 - Nuclear (10%)
5 - Vento/energia eólica (5%)
6 - Bioenergia e petróleo (3%)
7 - Solar fotovoltaica (2%)

Uso de energia renovável cresce, mas não impede recorde histórico de emissão de CO2

Energia solar apresenta as maiores taxas de crescimento, mas ainda representa uma fatia muito pequena da geração global de eletricidade.

USINA À BASE DE CARVÃO. MATERIAL RESPONDE POR CERCA DE 30% DAS EMISSÕES DE CO2 RELACIONADAS À PRODUÇÃO DE ENERGIA, SEGUNDO A IEA (FOTO: PEXELS)


O uso de fontes renováveis de energia cresceu 7% em 2018, segundo o relatório anual da Agência Internacional de Energia (IEA) recém-divulgado. O aumento da demanda global por essas fontes foi equivalente a todo o consumo de energia elétrica no Brasil, na casa dos 450 TWh (terawatt-hora, ou a mil vezes um gigawatt-hora).

As fontes solar fotovoltaica, eólica e hídrica de energia representaram, cada uma, algo próximo de um terço do crescimento da energia renovável no ano passado. A bioenergia, gerada a partir de materiais orgânicos, representou os cerca de 5% restantes.

Mas, apesar da maior demanda pela energia renovável, esta ainda respondeu por uma parte menor (45%) do aumento da oferta energética global no ano passado. O restante é gerado por queima de carvão, outros combustíveis fósseis e gás natural.

A energia solar fotovoltaica foi a modalidade cuja demanda mais cresceu (em termos proporcionais) em 2018, segundo a IEA. Com alta de 31% no ano passado, ela dobrou sua capacidade instalada em apenas três anos, chegando agora a 534 GW. Deste total, 44 GW foram adicionados só pela China ano passado. O Brasil tem, ao todo, 2 GW de capacidade instalada para produção de energia solar fotovoltaica, e vem aumentando rapidamente sua participação nesse mercado.

Crescendo menos aceleradamente (12% em 2018), a energia eólica manteve ritmo semelhante ao visto no ano anterior, segundo a IEA. Mais popular no Brasil, que tem 14 GW de capacidade instalada em turbinas movidas pelo vento, essa fonte de energia também foi impulsionada pela China, que instalou mais 5 GW de capacidade de produção, chegando a 20 GW.

FONTE EÓLICA CRESCE, MAS AINDA REPRESENTA APENAS 5% DA GERAÇÃO GLOBAL DE ENERGIA (FOTO: THINKSTOCK)

Já a energia hidrelétrica, a mais utilizada por aqui, teve crescimento bem mais modesto no mundo todo — de apenas 3%. Ainda assim, trata-se da maior fonte de energia renovável, responsável por 60% de toda energia gerada a partir desses recursos.

Emissões de CO2 atingem recorde

Apesar dos números aparentemente favoráveis, a energia renovável ainda representa apenas um quarto de todo o consumo global. Considerado por ambientalistas o meio mais poluente de geração de energia, o carvãoainda é responsável pela maior parte da eletricidade gerada, e seu uso continuou crescendo em 2018.

Também por isso, apesar da adoção cada vez maior de fontes renováveis de energia, as emissões de CO2 relacionadas ao setor energético atingiram em 2018 o recorde histórico de 33,1 Gigatoneladas (GT) de dióxido de carbono — composto cuja presença no ar é considerada um dos maiores causadores do aquecimento global.

Tais emissões cresceram 1,7% no ano passado, a maior taxa vista desde 2013. Somente o CO2 adicionado no período, em relação a 2017, equivale a toda poluição gerada pela aviação internacional.

O uso das termelétricas cresceu 0,7% no ano passado, segundo a IEA, e fez com que o carvão respondesse por mais de 10 GT das emissões de CO2 — quase um terço do total.

Enquanto Estados Unidos e Europa reduziram sua dependência do carvão, a China, apesar de ter intensificado a sua troca por fontes de energia mais sustentáveis, ainda aumentou o uso das usinas à base de carvão em 5,3%. 

Somadas todas as fontes geradoras, o consumo de energia subiu 2,3% em 2018, impulsionado por um crescimento econômico mais robusto que o visto nos anos anteriores.

Ranking

Veja abaixo o ranking das fontes de energia mais usadas para a geração de eletricidade em 2018:

1 - Carvão (38% do total)
2 - Gás (23%)
3 - Hídrica (16%)
4 - Nuclear (10%)
5 - Vento/energia eólica (5%)
6 - Bioenergia e petróleo (3%)
7 - Solar fotovoltaica (2%)

FONTE: ÉPOCA NEGÓCIOS

Brumadinho: entenda os danos ambientais causados pela tragédia


Com 110 mortos e 238 pessoas desaparecidas, acidente gera consequências graves na preservação do meio ambiente.

Depois de Mariana em 2015, Brumadinho (MG) também sofreu com o rompimento da barragem de rejeitos e se encontra com boa parte da cidade imersa em uma lama formada por resíduos da mineradora Vale e água (pluma). Após se juntar ao rio e atingir o solo da cidade mineira, a lama tomou proporções maiores e tem se propagado nos rios da região eliminando a vida aquática e causando severos prejuízos ao meio ambiente.

Brumadinho devastado

Após o rompimento da barragem na sexta-feira (25) na Mina Córrego do Feijão, a lama que afetou gados, casas e veículos da cidade de Brumadinho, demarcou e devastou aproximadamente 125 hectares de florestas, segundo levantamento do Corpo de Bombeiros local. O que se iguala a aproximadamente a 125 campos de futebol atingidos pelos resíduos da mineradora, que também teve suas instalações atingidas.


Contabilizando 110 mortes e com um número ainda incerto de pessoas soterradas, a lama que atingiu a cidade está em constante avanço por meio dos rios e afetando, mesmo que indiretamente, a vida de outros povoados que dependem da vida aquática para sobreviver. Como é o caso do rio Paraopeba, um dos afluentes do rio São Francisco, que alimenta a aldeia Naô Xohã, formada por 27 famílias que têm a pesca como uma das principais formas de sobrevivência e alimentação. Os índios que vivem à margem do rio dependiam dos peixes que antes habitavam a afluente e que agora estão com odor e mortos.
Impactos no meio ambiente

A barragem com um volume estimado de 11,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos, causou danos ao meio ambiente irreparáveis. Após uma prévia perícia ambiental realizada no local, foi possível constatar que um grande volume de lama atingiu a vegetação remanescente da Mata Atlântica, considerado um dos biomas de maior biodiversidade.

A água antes consumida por animais diretamente no rio, se tornou imprópria para consumo e reduziu a disposição de oxigênio na água, o que afetou em cheio plantas e animais aquáticos. Além disso, o solo afetado tem uma grande chance de ter suas características alteradas, já que ao secar, a lama formará uma camada dura que afetará a fertilidade da terra.

Brumadinho e Mariana

A barragem de Brumadinho, construída em 1976, se encontrava desativada e com nenhuma atividade operacional. Porém, por não sofrer manutenção e ter um grande volume, se rompeu liberando os rejeitos assim como aconteceu na cidade de Mariana (MG), em 2015, integralmente afundada em lama.


Segundo a mineradora responsável por ambas as barragens, a Vale, assegurou que a obstrução possuía segurança física e hidráulica. Além disso, a empresa ainda ressaltou que a lama liberada não é tóxica ao meio ambiente.

Com uma produção de 40 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, a mineradora pode ser condenada a pagar uma multa de R$ 60 bi pelo rompimento das barragens em Mariana e Brumadinho. E, além disso, após reunião com o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, afirmou que fechará 10 barragens que utilizam o mesmo método de armazenamento que a de Brumadinho e Mariana.

Por Thamiris Galhardo

Cientistas encontram microplástico em 100% das tartarugas analisadas (de diferentes partes do mundo)!


Plástico é um velho problema nos oceanos! Estima-se que até 2050 terá mais plástico que peixes nos mares ao redor do mundo. Um novo estudo da Universidade Exeter and Plymouth Marine (Inglaterra) em parceria com o Greenpeace recentemente publicou um estudo que comprovou presença de microplásticos em 100% das tartarugas analisadas. 

No total, foram mais de 102 tartarugas dos três diferentes oceanos e sete diferentes espécies. Apenas tartarugas já mortas naturalmente ou por acidente foram consideradas no trabalho. Segundo os pesquisadores, o mais comum a ser encontrado é a fibra plástica que pode ser usada para fabricar roupas, pneus, filtros de cigarros e equipamento para pesca. 

Para Brendan Godley, autor do estudo, encontrar microplásticos é um claro sinal de que precisamos começar a nos esforçar mais para reduzir o lixo produzido globalmente. “O impacto dessas partículas nas tartarugas ainda é desconhecido”, Emily Duncan faz o contraponto. “Seu pequeno tamanho significa passar pelo intestino sem causar bloqueio, como é frequentemente reportado”, conclui. 

As tartarugas com maiores concentrações da substância foram encontradas no Mar Mediterrâneo, provavelmente com maiores taxas de poluição – apesar do estudo não ter amostra suficiente para concluir comparações geográficas. Ainda não é claro a fonte de ingestão das tartarugas (se direta ou indireta). 

O próximo passo ao grupo de pesquisadores é entender os efeitos do microplásticos em organismos aquáticos. Possivelmente as partículas podem transmitir contaminantes, bactérias ou vírus que podem afetar a tartaruga em um nível celular ou subcelular.

Foto: MarcelloRabozzi

Sustentabilidade: faltam fiscalização e punição para as empresas no Brasil

Acidente com a mina da Samarco, em Mariana, ainda não teve ninguém punido nem indenizações pagas após três anos do rompimento da barragem. Foto: Christophe Simon/AFP.
Os dois desastres ocorridos em barragens da Vale em pouco mais de três anos levantam dúvidas sobre o posicionamento das empresas brasileiras em relação à sustentabilidade. Estaria o setor produtivo do país pouco alinhado com o tema? O que aconteceu com a mineradora — uma das maiores do mundo — é regra ou exceção?

Professora de Sustentabilidade nos Negócios do Insper, Priscila Claro estuda o assunto há cerca de duas décadas. Hoje, avalia, as empresas brasileiras — pequenas, médias e grandes — estão alinhadas com o conceito de sustentabilidade e entenderam o seu significado do ponto de vista do impacto no negócio. O avanço do país nessa área se acentuou nos últimos 10 anos. “Um exemplo é de que muitas empresas brasileiras são reconhecidas no exterior, há bons exemplos”, diz.

O Índice de Sustentabilidade da Dow Jones faz uma avaliação constante do nível de comprometimento das empresas de capital aberto e divulga um ranking anual. Em 2018, 10 companhias nacionais estiveram entre as selecionadas na categoria de mercados emergentes. O domínio foi do setor financeiro, com nomes como Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco. Petrobras, envolvida em escândalos de corrupção, apurados pela Operação Lava-Jato, e Vale, protagonista em um intervalo muito pequeno de tempo de dois escândalos socioambientais, já fizeram parte do índice, mas desapareceram das edições mais recentes.

Priscila participou de uma pesquisa realizada pela Rede Brasil do Pacto Global e Capítulo Brasileiro dos Princípios para Educação Empresarial Responsável, que mostrou como as corporações estão tratando as metas de sustentabilidade em suas estratégias. O resultado foi divulgado no fim do ano passado. Chega a cerca de 40% o número de empresas entrevistadas, de diferentes portes e segmentos, que já faz ou pretende fazer algo nessa direção. “Isso mostra que há muitos pensando em adotar uma estratégia de sustentabilidade”.

Segundo a professora do Insper, o Brasil fica à frente de várias empresas americanas e europeias em quesitos de sustentabilidade, apesar de toda a “fraqueza das nossas instituições e os problemas ligados à corrupção.” As leis, afirma, são boas, mas precisam ser implementadas.

“Apesar do governo, das instituições fracas, o Brasil tem feito bastante. Mas é bom lembrar que o que acontece agora com Brumadinho e aconteceu em Mariana, acontece todo dia, em outras proporções, na Amazônia, com empresas explorando o que não é delas sem o risco de punição, por falta de fiscais.”

Uma forma de aumentar o comprometimento das empresas com o tema da sustentabilidade, segundo Priscila, é aumentar a responsabilização de executivos em caso de crimes corporativos, aumentando a punição. Por outro lado, defende a professora, falta também uma espécie de recompensa aos profissionais que zelam pela sustentabilidade em seus negócios. “Os executivos que fazem mais nessa área deveriam ter acesso a crédito mais barato, já que a chance de causarem riscos é menor”, pontua.

Haroldo Mattos de Lemos, coordenador do MBA Gestão Ambiental e Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV), também aponta a legislação e a fiscalização como formas de pressionar para aumentar o engajamento com o tema no ambiente corporativo. “É fácil mostrar para as empresas que aquelas que cuidam da questão ambiental e dos aspectos sociais, ou seja, da sustentabilidade, são mais lucrativas do que as outras no longo prazo”.

Muitas empresas ainda não levam isso em consideração e olham apenas para o lucro de curto prazo, analisa o especialista da FGV. “A Vale decidiu apenas agora mudar suas barragens, que eram feitas em um modelo muito perigoso, adotado por ela por ser mais barato. No geral, diretores financeiros das empresas, que têm bônus no final do ano, não querem fazer gastos que impactem no resultado no fim do ano. Essa filosofia precisa ser mudada. Se não tomarem cuidados sociais e ambientais, as empresas estarão sempre sob o risco, como aconteceu como a Vale”, afirma Mattos de Lemos.

Lição

O coordenador da FGV avalia que setores que passaram por algum tipo de desastre, de uma forma geral, têm aprendido a lição e se esforçado para melhorar seus métodos. Ele cita o exemplo da Petrobras, que passou por vários problemas de vazamento. Em 2001, por exemplo, uma plataforma, a P-36, no litoral fluminense, afundou depois de três explosões, causando 11 mortes. Mas a companhia de petróleo passou a investir mais nos cuidados ambientais e essas ameaças se tornaram cada vez mais raras. “Depois de vários problemas, o setor de petróleo e gás passou a levar mais a sério a sustentabilidade.”

Mattos de Lemos lembra que é comum em tempos de crise econômica, como a que o Brasil ainda enfrenta, que as empresas refaçam seus orçamentos e sacrifiquem duas áreas: meio ambiente e cultura. Ele alerta para os efeitos desse tipo de decisão e explica que a retomada do desenvolvimento do país deverá ter reflexos na volta dos investimentos nessas áreas.

A Sitawi, organização brasileira especialista em finanças sustentáveis, fez um levantamento que mostra como os investidores avaliam o potencial impacto aspectos como mudanças climáticas, gestão de lixo e uso de recursos naturais no desempenho dos negócios. As avaliações foram feitas para os seguintes setores: serviços especializados para o consumidor (educação), óleo e gás, construção (residencial), varejo, mineração, serviços de transporte, varejo de moda, metalurgia e siderurgia e produção de alimentos.

O levantamento, segundo Cristovão Alves, analista-chefe da Sitawi, mostra, por exemplo, como o setor de mineração está mais exposto a esse tipo de tragédia ambiental. “Não que seja mais grave quando acontece um acidente como o de Brumadinho do que se fosse com uma empresa de outro setor. Na verdade, esse é o tipo de risco já esperado pela natureza das operações de mineradoras. No caso da Vale, que é reincidente, o principal impacto na cabeça do investidor é de que essa é uma empresa mais arriscada, por isso ele passa a exigir uma melhor remuneração, um maior prêmio de risco”, explica.

Soma-se a isso uma série de incertezas sobre o que o acidente em Minas Gerais vai impactar quanto à fiscalização e legislação, além do impacto social. Por isso, Alves acredita que levará mais tempo para uma recuperação dos papéis da mineradora.

Fonte: Diário de Pernambuco

Surfista resgata baleia presa em rede de pesca em Laguna SC

No último domingo (14), começou a circular nas redes sociais o vídeo de uma baleia presa em uma rede de pesca, próximo ao Farol de Santa Marta, na cidade de Laguna, sul do Estado de Santa Catarina. O surfista, João Baiuka, resgatou o animal, após três horas de muito esforço, e o livrou das redes.


"Resgate de gigantes. Antes de qualquer coisa, o amor aos animais prevalece. Sem dúvida esse foi o resgate mais emocionante e difícil de toda a minha vida, agradecimento ao amigo @fhilippepeixoto e principalmente a Deus por nos guiar e pela proteção divina. Depois de muitas tentativas o animal quase veio a praia, mas as energias positivas nos ajudaram”, afirma o surfista em uma postagem no instagram.

Inglaterra testa ônibus que filtra o ar enquanto roda


O primeiro ônibus que filtra o ar do Reino Unido foi colocado em teste nas ruas da cidade britânica de Southampton. O objetivo da iniciativa é ajudar a combater os altos níveis de poluição do ar verificados em toda a região.

O filtro foi instalado no teto do ônibus Bluestar, operado pela empresa de transporte público Go-Ahead, e o objetivo é que limpe até 99,5% das partículas, informa a companhia. Segundo os técnicos que desenvolveram o filtro, o equipamento foi projetado para reter esse material contaminante enquanto o ônibus se move, deixando para trás um ar quase puro, garantem.

“Como o veículo remove as partículas ultrafinas do ar enquanto percorre sua rota, ele pode ajudar efetivamente na resolução do problema da qualidade do ar urbano. Imagine a mudança que poderíamos promover se todos os ônibus contassem com uma tecnologia como essa?”, destaca David Brown, CEO da Go-Ahead.

Para este projeto piloto, a cidade portuária de Southampton foi escolhida por ter sido alertada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no início deste ano, que ali se atingiu o limite máximo de poluição do ar tolerado. Em 2015, a municipalidade foi avisada – juntamente com as cidades de Derby, Birmingham, Nottingham e Leeds – que deve entregar planos de redução das suas altas taxas de contaminação do ar.

Especialistas estimam que a poluição causa até 40 mil mortes prematuras por ano no Reino Unido. No mês passado, um grupo de 17 líderes de Southampton pediu que o governo tome medidas urgentes, tendo em vista a “crescente crise de saúde pública relacionada à poluição”.

Emissão zero

A representante da organização ambiental ClientEarth, Andrea Lee, afirma que “é bom ver iniciativas inovadoras para limpar o ar sujo que respiramos. No entanto, isso não deve tirar a prioridade real de não causar poluição em primeiro lugar”. E concluiu: “Precisamos de veículos mais limpos nas vias. Em outras palavras, gostaríamos de ver os ônibus de emissão zero sendo usados como padrão.”

Após o período de testes de três meses da instalação da tecnologia no ônibus que filtra o ar é que será avaliada a eficácia real do filtro. A expectativa é de que o filtro ganhe um peso extra, devido à retenção dos poluentes, e este resultado será o indicativo do sucesso ou não do equipamento. Se o filtro for aprovado, o próximo passo, diz a Go-Ahead, será lançar o sistema para toda a sua frota de 4.600 ônibus.

Fonte: Mobilize

A reciclagem realmente ajuda a reduzir a poluição de plásticos nos oceanos?


Sim. Uma vez que 60 a 90% do lixo marinho é constituído por diferentes polímeros de plástico, uma das principais soluções para combater a poluição marinha em nossos oceanos seria reduzir nossa ‘pegada de plástico’ – o uso de plástico por pessoa –, inclusive através de esforços para reutilizar e reciclar todo o plástico em vez de jogá-los fora depois de um uso, bem como implementar uma melhor coleta de lixo em nossas costas.

Estimativas recentes mostram que o nosso mundo produziu cerca de 322 milhões de toneladas de plástico em 2015 – e cerca de 8 milhões de toneladas acabaram nos nossos oceanos. A reciclagem é uma das principais maneiras pelas quais todos podemos fazer nossa parte para enfrentar esse desafio global e reduzir a poluição.

Não jogue simplesmente o plástico fora; reduza, reutilize, recicle e repense seus hábitos de consumo. Descartar o plástico é um grande problema e não uma solução; o lixo não vai simplesmente sumir.


Mortes de animais marinhos sufocados por sacolas cai 67% no Quênia


Produzir e utilizar sacolas de plástico está proibido no Quênia desde agosto do ano passado e desde que a lei entrou em vigor já foram observados alguns resultados, como a queda drástica no número de mortes de animais marinhos por sufocamento provocadas por sacolas plásticas, por exemplo.

Antes da proibição de sacolas, três a cada 10 animais marinhos encontrados por profissionais haviam morrido por terem sufocado com sacolinhas. Até abril, oito meses após a sanção da lei, o número já havia caído para uma morte por sufocamento a cada 10 animais encontrados pelos ambientalistas. Diretamente, isso representa uma queda de 67% nas mortes por sufocamento.

Punição e multa

A decisão do Quênia ficou conhecida no mundo por ser considerada muito dura. A punição para quem burlar a lei é de $40 mil dólares americanos e até quatro anos de prisão. A multa pode ser aplicada em caso de fabricação, comercialização e até uso de sacolas plásticas no país.

Vale lembrar que o Quênia já foi um dos maiores exportadores de sacolas plásticas do mundo e tanto a indústria quanto a população do país ficaram impactados com a decisão. Apesar disso, a lei se manteve e já apresenta resultados positivos.

Quênia proíbe sacolas plásticas e número de animais marinhos sufocados por elas cai 67%


O Quênia, que já foi um dos maiores exportadores de sacolas plásticas do mundo, agora é referência global na proibição das mesmas. Desde agosto de 2017, o país africano sancionou lei que já é conhecida como a mais severa do mundo a respeito do assunto.

A medida prevê multa de até US$ 40 mil e prisão de até quatro anos para quem for pego comercializando, comprando e até mesmo usando sacolas plásticas. Sim: carregar sacolinhas no meio da rua passou a ser crime também!

Muita gente não gostou, a indústria reclamou, cidadãos foram presos… Mas passada a fase de adaptação, a medida trouxe uma série de benefícios para o país – e deverá inclusive ser replicada por outras nações, como Uganda, Tanzânia e Sudão do Sul.

Entre outros resultados positivos, a quantidade de animais marinhos que eram encontrados mortos por sufocamento provocado por sacolas plásticas caiu 67%. Antes, três a cada 10 animais encontrados pelos ambientalistas haviam morrido por conta de sacolinhas. Hoje, apenas oito meses após a proibição, essa taxa já caiu para um em cada 10. Imagina no longo prazo?

E mais: a prática (infelizmente muito comum nos países africanos!) de fazer cocô em sacos plásticos e descartá-los ao léo, por conta da falta de condições básicas de saneamento, diminuiu. Na capital de Nairóbi, por exemplo, o número de pessoas que passou a pagar para usar banheiros públicos aumentou de 300 para 400 por dia.

Ao redor do mundo, Irlanda, Escócia, Dinamarca, Alemanha, Portugal e Hungria também já impuseram leis para as sacolas plásticas, obrigando os consumidores a pagarem por elas, numa tentativa de estimular seu consumo consciente. Na América Latina, o Chile foi o primeiro (e, por enquanto, único) país a tomar a decisão.

Enquanto isso, no Brasil… nenhuma medida muito concreta foi tomada. Até quando?

Baleia ameaçada de extinção é encontrada morta com 29 quilos de plástico no estômago


Uma baleia da espécie cachalote – que, vale lembrar, está ameaçada de extinção – foi encontrada morta na costa de Múrcia, no sudeste da Espanha.

A notícia, que já era ruim, ficou ainda mais triste após descobrirem o motivo da morte do animal: choque gástrico, uma vez que a baleia possuía 29 quilos (!!) de resíduos plásticos em seu estômago. Entre eles, sacolas, redes de pesca e cordas.

De acordo com o Centro de Recuperación de Fauna Silvestre El Valle, que fez a autópsia do animal, as paredes internas do seu abdômen estavam completamente inflamadas devido à infecção causada por fungos e/ou bactérias provenientes de todo lixo que engoliu em alto-mar.

Pesquisas apontam que o ser humano descarta cerca de oito milhões de toneladas de plástico nos oceanos todos os anos. É tanto lixo tóxico à vida marinha que, se continuarmos nesse ritmo, até 2050 haverá mais plástico do que peixes em nossos mares.

Contra poluição, China anuncia plantio de floresta do tamanho da Irlanda (ainda em 2018!)


A China anunciou investimento para plantar 6,6 milhões de hectares de floresta ainda no ano de 2018. A área é equivalente ao tamanho da Irlanda!

Trata-se de mais um esforço do país para mitigar o impacto das mudanças climáticas. A ideia é que 23% do país esteja coberto por florestas até o ano de 2020 e 26% até 2035, segundo a Secretaria Nacional de Administração de Floresta. Atualmente o país têm 21,7% de área florestal.

O projeto é fruto de parceria entre o governo chinês e ONGs e especialistas em reflorestamento. Além desta, outras iniciativas já estão em andamento no país, como, por exemplo, a que pretende plantar árvores no Deserto de Gobi para evitar sua desertificação. 

Em 2014, a China declarou emergência nacional devido à poluição. Desde então, mais de US$ 1,4 bilhões foram investidos para melhorar a qualidade do ar no país – e, consequentemente, a qualidade de vida para seus habitantes. O país ganhou até uma torre que purifica o ar!

Foto: 伊特諾 雷/Crestive Commons

Mergulhadores flagram fundo do mar de ilha “preservada” da Ásia repleto de garrafas plásticas


Se está assim na Ilha de Xiaoliuqiu, imagina no resto do mundo? Localizada em Taiwan, no continente asiático, a porção de terra é conhecida como Pérola do Mar, exatamente por ser berço de corais e possuir uma diversidade incrível de fauna e flora, em que se destacam tartarugas verdes, estrelas do mar e ostras – que podem, inclusive, ser vistas facilmente na praia.

Dá para imaginar, portanto, a surpresa de mergulhadores ao flagrar um tapete de garrafas plásticas cobrindo o fundo do mar da ilha, que (vale lembrar!) é habitada por apenas seis mil pessoas. Xiaoliuqiu é uma das sete ilhas de corais com área superior a seis quilômetros quadrados no mundo, que demoraram centenas de anos para se formar – e, agora, tamanha riqueza natural está ameaçada por conta da falta de consciência do ser humano.


Estudo recente mostra que, apenas em 2015, o planeta produziu 6,3 bilhões de toneladas delixo plástico. Deste montante, apenas 9% foi reciclado e 12% incinerado. Alguém chuta para onde foram os outros 79%? Outra pesquisa promovida pela Fundação Ellen MacArthurapontou que, se continuarmos nesse ritmo, até 2050 teremos mais plástico do que peixes nos oceanos. Algo está bem errado, não?






China construiu o “maior purificador de ar do mundo” – e está funcionando


Oque foi chamado de ”o maior purificador de ar do mundo” por seus idealizadores agora está funcionando na cidade chinesa de Xian, na província de Shaanxi. A torre de 100 metros de altura já melhorou a qualidade do ar local, disse o cientista Cao Junji ao South China Morning Post, acrescentando que poderia ser uma ferramenta valiosa na luta do país contra a poluição do ar urbano. 

Estufas do tamanho da metade de um campo de futebol cercam a base da torre, na qual o ar poluído é puxado. A poluição atmosférica é aquecida na estufa pela energia solar, depois elava-se pela torre, passando por várias camadas de filtros de limpeza.

Como a Xian depende em grande parte do carvão para aquecimento, a poluição atmosférica pode tornar-se excepcionalmente espessa e prejudicial durante os meses frios. Apesar do menor nível de energia solar disponível durante o inverno, um revestimento especial nas estufas da torre permite absorver o que está disponível de forma mais eficiente e continuar puxando a poluição atmosférica durante todo o ano. 

Para determinar o impacto da torre na qualidade do ar local, Cao e sua equipe ergueram mais de uma dúzia de estações de monitoramento. A equipe descobriu que a redução média em PM2.5, que são partículas mais nocivas em poluição atmosférica, era de 15% durante períodos de poluição intensa.

Cao enfatiza que os resultados são apenas iniciais, enquanto outros detalhes serão divulgados em breve. Uma avaliação científica abrangente da eficácia da torre também está disponível. No entanto, o que se sabe é promissor.


Embora tenha havido outras torres semelhantes de remoção de poluição atmosférica, muitas das quais foram alimentadas por eletricidade a carvão, a torre Xian é única em suas necessidades de eletricidade muito limitadas.

“Apenas requer qualquer entrada de energia ao longo do horário de verão. A ideia funcionou muito bem na corrida de testes”, disse Cao. Enquanto os locais ficaram maravilhados com o tamanho da torre, é, de fato, uma versão em miniatura das torres de remoção de poluição que Cao e sua equipe esperam instalar em todas as cidades densas e maciças da China.

A versão em tamanho real pode atingir até 500 metros enquanto as estufas poderiam cobrir quase 30 quilômetros quadrados.

Chile é primeiro país da América Latina a proibir uso de sacolas plásticas


Não tem choro nem vela! No Chile, o uso de sacolas plásticas já está proibido em mais de 100 cidades e vilarejos ao longo da costa do país. O motivo é um só: tentar acabar com a poluição ambiental e com a matança de animais marinhos que acontece por conta do uso indiscriminado e descarte irresponsável das sacolinhas.

Segundo estudo realizado pela revista Science, oito milhões de toneladas de resíduos plásticos são jogadas nos oceanos todos os anos. Grande parte delas, além de contaminar os ecossistemas marinhos, matam os animais que por vezes ficam presos nas sacolinhas e são estrangulados por elas – ou ainda que as ingerem achando que se tratam de algum alimento.

Com a adoção da medida, o Chile ganha o nobre título de primeiro país da América Latina a proibir o uso de sacolas plásticas. A lei foi assinada em 2017 pela presidente Michelle Bachelet e prevê multa de até US$ 300 para quem desobedecer a nova norma.

A atitude, claro, é louvável, mas importante destacar que o Chile tem uma importante motivação econômica para tomá-la: isso porque o país é o maior exportador de salmão para o mercado brasileiro, além de vender em demasia outras espécies para o mundo – como mexilhão e truta arco-íris. Em 2016, os pescados representaram mais de 7,5% das exportações chilenas. Logo, manter seus ecossistemas marinhos preservados é também uma questão de dinheiro para o país.

Efeitos da proibição de sacolas plásticas já são percebidos no litoral do Quênia


Funcionários do parque marinho Melinde, no Quênia, elogiaram a recente proibição do uso de sacolas plásticas imposta pelo governo do país com o objetivo de aumentar os esforços de conservação ambiental ao longo do litoral. De acordo com eles, a quantidade de lixo plástico que chega ao oceano já caiu drasticamente dez semanas após o banimento.

“A proibição realmente ajudou nossa equipe na conservação do parque marinho e das praias de areia. Esperamos que a NEMA (Autoridade Nacional de Gestão Ambiental, na sigla em inglês) estenda a proibição às garrafas plásticas descartáveis ou limite seu uso”, disse a conselheira sênior do parque, Jane Gitau.

Durante uma ação de limpeza ao longo da praia de Coco, em Watamu, a equipe coletou 534 quilos de lixo plástico, um número muito menor do que havia sido coletado há dois meses.

Gitau afirmou que a maior parte dos resíduos coletados eram garrafas plásticas, provavelmente de visitantes da praia. “Sacolas plásticas são a principal causa da morte de tartarugas, elas confundem sacos plásticos com medusas, enquanto as garrafas plásticas costumam prendê-las até a morte”, disse ela.

De acordo com a conselheira do parque, as sacolas plásticas são, em parte, responsáveis pela diminuição das populações de peixes ao longo do litoral do Quênia. Ela lembrou que esses produtos “geralmente sufocam recifes de corais destinados a gerar alimentos para peixes, além de atuar como assentamento”.

Hoteleiros e trabalhadores da região também participaram da ação de limpeza organizada pelo Kenya Wildlife Service (KWS) com o objetivo de livrar as praias da poluição plástica.

Por ONU Brasil

Sistema vai aproveitar energia solar para transformar água poluída em hidrogênio


Hidrogênio é o elemento mais abundante e o combustível mais limpo do universo. Ao contrário dos combustíveis de hidrocarbonetos, tais como petróleo, carvão e gás natural, onde o dióxido de carbono e outros contaminantes são liberados na atmosfera quando utilizado.

O uso de combustível de hidrogênio produz apenas água pura (H2O) como subproduto. Infelizmente, o hidrogênio puro não existe naturalmente na Terra e, portanto, tem de ser fabricado. Historicamente, o custo de fabricação de hidrogênio renovável como combustível alternativo tem sido maior do que o custo da energia utilizada para fazê-lo. Este é o dilema da economia do hidrogênio, e que HyperSolar pretende abordar.

Por mais de um século, dividir moléculas de água em hidrogênio e oxigênio por eletrólise tem sido bem conhecido. Teoricamente, esta tecnologia pode ser usada para produzir uma quantidade ilimitada de combustível de hidrogênio limpa e renovável para alimentar um mundo livre de carbono. No entanto, na prática, a eletrólise só é realizada com água altamente purificada, para evitar que os poluentes contaminem ou travem o processo. E essa é uma das principais barreiras para a produção acessível de hidrogênio renovável.

Com o HyperSolar é possível usar qualquer fonte de água, até mesmo as provenientes dos oceanos, até água descartada pela indústria, e o resultado é um hidrogênio puro e pronto para ser usado como combustível.

A principal vantagem do HyperSolar é a redução dos custos. Ele é extremamente mais barato do que os convencionais. A energia solar, é produzida no próprio aparelho, através de nanopartículas protegidas por um sistema que evita a corrosão e o superaquecimento. Com isso o sistema se torna mais eficiente, precisando de menos elementos fotovoltaicos que os tradicionais.

A ideia principal é que o equipamento permita ser um sistema de produção de hidrogênio renovável linearmente escalável e auto-suficiente. Como resultado, ele destina-se a ser instalado em praticamente qualquer lugar na produção de combustível de hidrogênio para uso local. Este modelo distribuído de produção de hidrogênio irá abordar um dos maiores desafios da utilização de deste tipo combustível limpo em grande escala.

Poluição encolhe o sucesso de energia solar da Índia


Uma nova pesquisa descobriu que a poluição atmosférica e a poeira que deixam milhões de indianos doentes a cada ano também estão reduzindo a geração de energia solar em mais de 25%, muito além do que se pensava. 

A poluição do ar está diminuindo a capacidade da Índia de aproveitar o poder do sol, dizem os especialistas, minando bilhões em investimentos em energias renováveis à medida que o gigante com fome de energia emerge como uma superpotência solar.

No primeiro estudo deste tipo, cientistas estadunidenses e indianos mediram como partículas criadas pelo homem flutuando no ar e depositadas como sujeira em painéis solares se combinam para prejudicar gravemente a luz solar de se converter em energia.

Essa interferência causa uma queda acentuada na geração de energia. Nos níveis atuais da Índia, podem chegar a cerca de 3.900 megawatts de energia perdida - seis vezes a capacidade de sua maior fazenda solar, um campo gigantesco de 2,5 milhões de painéis.

"Um cálculo simples mostra que esta é uma grande quantidade de energia que vamos perder", disse o professor Chinmay Ghoroi, no Indian Institute of Technology em Gandhinagar. Essas enormes perdas só serão compostas assim que a Índia realizar suas grandes ambições solares, dizem os especialistas.

A Índia, o terceiro maior poluidor do mundo, está bancando a energia solar para eletrificar casas para centenas de milhões de seus cidadãos mais pobres sem aumentar sua pegada de carbono considerável.

No encontro do clima de Paris em 2015, a Índia prometeu cortes em suas futuras emissões e prometeu fornecer pelo menos 40% de sua energia a partir de energias renováveis até 2030 - um alvo que está no caminho de se exceder. Novos painéis estão sendo instalados tão rapidamente que a Índia espera mais do que a dupla capacidade este ano, ultrapassando o Japão como o terceiro maior mercado solar do mundo.

Mas com este crescimento espetacular vem "um aumento exponencial na quantidade total de dinheiro perdido" por causa da poluição do ar, disse Mike Bergin, professor da Duke University na Carolina do Norte, que liderou a pesquisa publicada em junho. "Estamos falando bilhões de dólares aqui, fácil", disse ele.

A poeira tem sido uma ameaça para projetos solares em estados do deserto como Rajasthan e Gujarat, onde os limpadores robotizados são implantados para garantir que os painéis sejam limpos após as tempestades de areia. Mas a nova pesquisa confirmou o que os instaladores solares haviam suspeitado por muito tempo - que o engasgamento de poluição causada por carros, usinas de carvão, queima de culturas e incêndios de lixo eram particularmente adeptos ao desperdício de energia.

Fonte: Energy World

Número de cidades que utilizam lixões aumenta pela primeira vez desde à implantação da Política de Resíduos Sólidos


Um total de 1.559 municípios brasileiros (quase 30% do total) recorreram aos lixões a céu aberto em 2016, o que significa que pela primeira vez em sete anos, desde a criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), houve aumento quanto à utilização dessas estruturas deficitárias. Os dados constam do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2016, divulgado na terça-feira, 29 de agosto, pela Associação Brasileiras das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Para efeito de comparação, 1.552 cidades utilizaram lixões em 2015. Atualmente, existem 2.976 lixões em operação em todo o território nacional. Outras 1.774 cidades enviaram os resíduos para outro destino inadequado: os aterros controlados, espaços que não possuem impermeabilização do solo ou sistemas de dispersão de gases e do chorume derivados da decomposição do lixo.

No total, 59,8% das cidades brasileiras fazem uso de destinos considerados inadequados para descarte de lixo.

O estudo mostra que o brasileiro produziu, em 2016, 1,04 kg de lixo por dia

Apesar de nove em cada 10 cidades brasileiras possuírem algum serviço de coleta de resíduos, houve queda de volume na destinação adequada no ano passado: de 58,7% para 58,4%. Por dia, cerca de 81 mil toneladas de resíduos foram enviadas para lixões ou aterros controlados.

Crise

O estudo mostra que o brasileiro produziu, em 2016, 1,04 kg de lixo por dia, queda de 2,9% quando comparado ao ano anterior. “Acreditamos que essa redução é fruto da crise econômica que reduziu o poder de compra da população”, avalia Carlos Silva Filho, diretor presidente da Abrelpe.

O dado seria animador se toda a gestão de coleta, destinação e recursos aplicados no segmento de limpeza também tivessem evoluído. O estudo estima que das 78,3 milhões de toneladas, 7 milhões de toneladas sequer tiveram coleta regular. “Todo esse lixo que não tem destinação adequada afeta a saúde de 100 milhões de brasileiros, é bem preocupante”, diz Carlos.

'Meio Big Mac'

O presidente da Abrelpe vê com preocupação a diminuição dos recursos aplicados para custear os serviços e a extinção de postos de trabalhos em comparação ao ano anterior.

“Para custear todos os serviços de limpeza urbano no ano de 2016, em média os municípios gastaram R$9,92 por pessoa, valor equivalente ao preço de meio BigMac, quando o ideal para cumprir as metas básicas da política nacional seria um valor médio de R$16 por pessoa”.

Além do baixo investimento, houve redução de 17.700 postos de trabalhos diretos. “Percebemos que de um lado não há um grau de conscientização elevado por parte dos gestores e do o outro não há investimento suficiente. A PNRS ainda carece de aplicação prática em vários pontos”, afirma o presidente da Abrelpe.

Aprovada em 2010, a PNRS estabelecia a extinção obrigatória dos lixões e a substituição dos mesmos por aterros sanitários até 2014, o que não se concretizou. A lei prevê, inclusive, que os municípios com menos recursos possam formar consórcios com cidades próximas a fim de compartilharem uma mesma estrutura. Hoje tramita no Congresso um projeto de lei que pretende prorrogar o prazo referente ao término dos lixões para a partir de 2018, a de pender do porte de cada prefeitura. 

Fonte: EcoD