O Quênia, que já foi um dos maiores exportadores de sacolas plásticas do mundo, agora é referência global na proibição das mesmas. Desde agosto de 2017, o país africano sancionou lei que já é conhecida como a mais severa do mundo a respeito do assunto.
A medida prevê multa de até US$ 40 mil e prisão de até quatro anos para quem for pego comercializando, comprando e até mesmo usando sacolas plásticas. Sim: carregar sacolinhas no meio da rua passou a ser crime também!
Muita gente não gostou, a indústria reclamou, cidadãos foram presos… Mas passada a fase de adaptação, a medida trouxe uma série de benefícios para o país – e deverá inclusive ser replicada por outras nações, como Uganda, Tanzânia e Sudão do Sul.
Entre outros resultados positivos, a quantidade de animais marinhos que eram encontrados mortos por sufocamento provocado por sacolas plásticas caiu 67%. Antes, três a cada 10 animais encontrados pelos ambientalistas haviam morrido por conta de sacolinhas. Hoje, apenas oito meses após a proibição, essa taxa já caiu para um em cada 10. Imagina no longo prazo?
E mais: a prática (infelizmente muito comum nos países africanos!) de fazer cocô em sacos plásticos e descartá-los ao léo, por conta da falta de condições básicas de saneamento, diminuiu. Na capital de Nairóbi, por exemplo, o número de pessoas que passou a pagar para usar banheiros públicos aumentou de 300 para 400 por dia.
Ao redor do mundo, Irlanda, Escócia, Dinamarca, Alemanha, Portugal e Hungria também já impuseram leis para as sacolas plásticas, obrigando os consumidores a pagarem por elas, numa tentativa de estimular seu consumo consciente. Na América Latina, o Chile foi o primeiro (e, por enquanto, único) país a tomar a decisão.
Enquanto isso, no Brasil… nenhuma medida muito concreta foi tomada. Até quando?
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