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Projeto estima instalar sistema de energia solar na Rodoferroviária de Curitiba-PR


Rodoferroviária de Curitiba vislumbra receber Energia Solar

Com o propósito de gerar energia através do sol, A Rodoferroviária de Curitiba poderá ter em breve um sistema fotovoltaico. Conquanto, o projeto foi apresentado nesta quarta-feira (25) à Copel pela Serra Verde Express.

“O complexo da Rodoferroviária tem uma área extensa que pode ser aproveitada para gerar energia limpa. Com grande redução de gastos com eletricidade a longo prazo”, disse Adonai Aires de Arruda Filho, diretor da Serra Verde Express, concessionária dos trens turísticos na ferrovia Curitiba/Paranaguá.

O presidente da Copel, Jonel Iurk, afirmou que a companhia vai estudar uma forma de participação e destacou o conceito do projeto. “Vai trazer um aumento importante de energia limpa na rede, uma alternativa moderna e sustentável”.

O empresário Adonai Aires de Arruda, da Holding HigiServ, grupo proprietário da Serra Verde, disse que o projeto também agrega valor ao potencial turístico do espaço. “A Rodoferroviária já é uma grande vitrine da cidade. Este projeto aumentará o conceito de cidade inteligente que Curitiba já trabalha”.

A área tem quatro prédios que podem ser usados no projeto: a oficina, a estação rodoferroviária e os dois prédios da rodoviária. Afinal, somente a área da rodoferroviária tem 9 mil metros quadrados de telhados. “Vamos trabalhar pelo aproveitamento máximo possível, tentando envolver todos os parceiros no projeto”, disse Adonai Arruda. Como resultado, tanto o complexo rodoferroviário como os cidadãos de Curitiba saem ganhando. Ademais o meio ambiente também agradece.

Fonte: bandab.com.br

Brasil caminha para ter a energia mais cara do planeta

Erros na política energética, altos impostos e estiagens recorrentes oneram tarifas no Brasil, tirando a competitividade da indústria e dificultando a retomada do crescimento.

Emerson Nogueira, diretor da OKE do Brasil. Empresa produz componentes de bancos automotivos e tenta otimizar processos para não sentir a conta da Copel. Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Há uma luz no fim do túnel, mas bem mais cara do que a que pagamos hoje. Uma sucessão de erros na política energética do Brasil nas últimas décadas e a sanha arrecadatória do governo federal e dos governos estaduais resultaram em uma das tarifas de energia mais caras do mundo, com tendência de agravamento para os próximos anos. Não é só o bolso do consumidor que sente: com o insumo tão caro, a produtividade e a competitividade das indústrias caem, afetando a retomada do crescimento que o país tanto persegue.

O cenário é preocupante porque o valor das indenizações que precisam ser pagas às concessionárias de transmissão que aderiram à Medida Provisória n.º 579 de 2012 já vão onerar as tarifas entre 5% e 7% até 2025. O valor pago pelos consumidores é para ressarcir investimentos feitos por empresas que aderiram à renovação antecipada de contratos, em um programa polêmico para reduzir as tarifas lançado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Além disso, o uso constante de usinas térmicas pela estiagem recorrente dos últimos anos pressiona por novos aumentos. O estudo mais recente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) sobre o custo de energia, de 2017, apontava que a energia do Brasil era a quinta mais cara do mundo. Se não forem feitas grandes alterações no setor, ela se tornará a mais cara, apontam fontes ouvidas pela reportagem.

De 13 reajustes a concessionárias concedidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2018, o percentual médio ficou em 15,22%, bem acima da inflação dos últimos meses. A inflação oficial (IPCA) do período entre julho de 2017 e maio de 2018 ficou em 2,68%. O maior impacto foi sentido pelos consumidores da Cemig, de Minas Gerais, com um efeito médio de 23,19% nos seus 8,3 milhões de unidades atendidas. Esse percentual, na verdade, corresponde à revisão periódica da companhia, realizada a cada cinco anos. Em março, durante discussão sobre a tarifa da Cemig, o próprio diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, admitiu que o valor das tarifas tem assumido um “patamar preocupante”.

Copel não é tão culpada assim pelos reajustes

Na Copel, que atende cerca de 4,5 milhões de unidades, o reajuste anual que está em vigor desde o último dia 24 teve um impacto médio de 15,99%, um pouco acima da média. A Light, no Rio de Janeiro, com 3,9 milhões de consumidores, teve reajuste médio de 10,36% em 2018; a Celpe, de Pernambuco, com 3,7 milhões de clientes, 8,89%; e a Enel, do Ceará, com 3,4 milhões de unidades, aumento médio de 4,96% na tarifa.

Entretanto, a Copel é a “menos culpada” pela alta recente da tarifa, ressalta João Arthur Mohr, gerente dos Conselhos Temáticos e Setoriais da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Do percentual médio de 15,99%, apenas 0,31% correspondem aos custos diretamente gerenciáveis pela companhia, que compõem a chamada “parcela B”. Na “parcela A” entram o custo de aquisição de energia, o custo com transporte de energia e encargos setoriais, com contribuição de 7,49%. O peso maior, porém, vem dos “componentes financeiros”: 8,19%, que englobam a variação cambial da energia de Itaipu e subsídios sociais.

“A situação está ruim e vai piorar, com um aumento de até 7% na energia, para pagar a indenização, independentemente de inflação. Se a inflação for de 3%, vamos pagar quase 10% de aumento na energia, tirando a competitividade da indústria e afetando o poder aquisitivo de todo o mundo”, afirma Mohr. Ele lembra que a primeira parcela da indenização foi cobrada em 2017, mas, como os custos da energia caíram, o baque foi pequeno. “Na verdade, era para ter redução de 2%, mas com os 7%, pagamos 5% de aumento. Como a inflação foi de 4%, estava próximo, pouca gente se importou”, destaca.

O fato é que o consumidor terá de pagar pelos erros da política energética implantada por Dilma, não há escapatória. Mas há também problemas mais antigos e outros recentes, praticados na gestão de Michel Temer. Um deles é o pagamento de outorgas em leilões de energia para definir o vencedor de uma licitação. Mohr critica a destinação do dinheiro arrecadado: o caixa único da União. “O governo federal fica feliz da vida quando há um leilão e consegue R$ 6 bilhões ou R$ 7 bilhões. Mas esse valor depois é cobrado do consumidor. 

Cada um de nós paga isso na tarifa, vai estar embutido no preço”, diz. No caso da Copel, isso representou 3,5% do reajuste. O setor produtivo do Brasil reivindica mudanças: quer que o valor da outorga seja direcionado à redução dos custos. No Congresso, conseguiram um projeto de lei que garante apenas 33% do que arrecadado em leilões; outros 33% seriam destinados à Eletrobras, para saneamento do caixa, e o restante para o Tesouro. “Estamos pagando pela ineficiência da Eletrobras e pela ineficiência do governo”, dispara Mohr.

Outro pedido das entidades reunidas sob o guarda-chuva da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é a retirada de subsídios sociais da conta da luz, que mantém programas como Luz para Todos, irrigação rural e as tarifas para famílias de baixa renda. No caso da Copel, por exemplo, os subsídios representaram 3,46% do reajuste. “Não somos contra, mas a cobrança está no lugar errado, na conta de luz, que deixa todos os produtos mais caros. Se tirar essa parcela, os produtos ficam mais baratos, as indústrias fabricam mais, há mais emprego e renda, e com a arrecadação de mais Imposto de Renda, o governo consegue dar os subsídios necessários”, diz o gerente da Fiep.

Redução de impostos sobre energia é urgente

Seguindo esse mesmo raciocínio, a indústria brasileira pede a diminuição de tributos incidentes sobre a energia elétrica. “O ideal seria que o Brasil fizesse como o Paraguai, que não está cobrando impostos, só o custo da geração, transmissão e distribuição, com redução de 50% no valor. O produto fica barato, gera emprego e impostos. Esses impostos gerados é que são usados para benefícios sociais. Provoca um círculo virtuoso na economia”, opina Mohr. As entidades sugerem uma redução gradual ano a ano dos impostos.

Os governadores também têm um papel crucial para o barateamento da energia elétrica. “Cada estado pratica uma alíquota, tem liberdade para atuar. Atualmente o Rio de Janeiro cobra 32% de alíquota de ICMS na faixa de consumo médio da indústria, em uma conta complexa. É um peso altíssimo. Minas Gerais, por exemplo, aplica 18%”, diz a especialista de Estudos Econômicos do Sistema Firjan, Tatiana Lauria.

No Paraná, a alíquota de ICMS sobre a energia é de 29%, uma das mais altas do Brasil. A Fiep reivindica uma mudança nesse porcentual, com o argumento de que o caixa estadual não perderá arrecadação. “Digamos que a energia custasse R$ 100, e desses, R$ 29 iam para o governo. Com o aumento médio de 16% na tarifa, o governo passa a arrecadar R$ 33,60. Então, se reduzir a alíquota para 25%, vai manter a mesma arrecadação que tinha, e ajuda o setor produtivo”, diz Mohr.

Chuvas

As usinas hidrelétricas (UHEs), fontes limpas e renováveis de energia, representam cerca de 70% da oferta de eletricidade no Brasil. Mas, atualmente, os 220 empreendimentos em operação respondem por 60,36% da geração, conforme o Banco de Informações da Aneel. Os períodos de estiagem, que foram mais críticos em 2014 e 2015, mas que também estão se repetindo agora em 2018, prejudicam o sistema, que precisa ser abastecido por usinas térmicas (UTEs), as quais ofertam energia ainda mais cara – e poluente, na maioria dos casos. Há cerca de 3 mil UTEs em operação atualmente, com participação de 26% na matriz elétrica.

Agora em junho de 2018, a bandeira tarifária do mês é vermelha, no patamar 2, justamente a mais cara, por conta do fim do período úmido no Sul do Brasil, o que eleva o risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto prazo. Isso significa acréscimo de R$ 5 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido. A sistemática das bandeiras tarifárias foi implantada a partir de 2015, com o objetivo de melhorar a transparência e conscientizar o consumidor sobre a importância da redução do consumo. A bandeira vermelha vigorou ininterruptamente de janeiro de 2015 a fevereiro de 2016; depois, em alguns meses esparsos de 2017, retornando agora, em junho.

O consumidor, na verdade, é duplamente penalizado pelo GSF: além de pagar a bandeira nos meses mais críticos de estiagem, a cada revisão anual de tarifas é onerado pelo maior custo da aquisição da energia. Também fruto da MP 579/12 de Dilma Rousseff, as usinas que renovaram as concessões passaram a ser responsáveis apenas pela manutenção das hidrelétricas; o risco hidrológico passou para o consumidor. Na época, o governo federal estimava reduzir as tarifas, mas sem controle sobre o volume de chuvas, o tiro saiu pela culatra, pela necessidade de se adquirir energia de outras fontes. Esse aumento de custos aparece na “parcela A” da tarifa.

O especialista em energia Ivo Pugnaloni, presidente do grupo Enercons, lamenta também a falta de planejamento de longo prazo no setor energético. Ele destaca a morosidade com que foram tratados os projetos das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) dentro da Aneel. “Nos últimos anos, cerca de 7 mil megawatts (MW) de projetos de PCHs foram disponibilizadas para construção. Estavam travadas por procedimentos inadequados, irregulares, detectados pelo TCU [Tribunal de Contas da União] em acórdão. A superintendência que era responsável por essa atividade e esse atraso foi extinta, e aí as coisas começaram a fluir de forma adequada”, observa.

Com mais usinas hidrelétricas, mesmo pequenas, não seria necessário o ligamento de tantas térmicas. Hoje, as PCHs respondem por apenas 3,17% da energia. Entre as energias renováveis, a eólica tem ganhado destaque, com 8% de participação. Outra “barreira” para as PCHs, diz Pugnaloni, é o interesse dos governos em arrecadar mais tributos. “A usina hidrelétrica funciona com água. Não é importada. Não paga ICMS para governos estaduais. O custo médio de geração de uma termelétrica é seis vezes mais do que a de uma PCH, mas há outros interesses”, afirma.

Custo Brasil e a energia elétrica

Os derivados de petróleo servem de insumo para cerca de 30% da energia gerada pelas usinas termelétricas, segundo dados da Aneel. Essa opção se reflete no aumento de custos para a indústria, sintetiza Pugnaloni. “Falta competitividade aos nossos produtos. Aí a culpa é colocada nos funcionários públicos, que são preguiçosos, é colocada no meio ambiente, nos órgãos do meio ambiente, defensores do meio ambiente e não é colocado no combustível que está sendo usado para geração de energia, que é o combustível fóssil”, critica.

Para o diretor da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK-PR), Andreas Hoffrichter, as deficiências na infraestrutura energética se somam a outros problemas estruturais que elevam o chamado “custo Brasil” e afastam o interesse de investidores estrangeiros. Além do alto custo do insumo, a oferta não é regular, aponta. “Os leilões de energia não são muito comuns. Uma vez que a oferta é pequena, os preços ficam muito altos. Na Alemanha, a energia custa um terço do que pagamos aqui. E temos grande ineficiência energética no Brasil. 

Grande porcentagem de perdas, em qualquer das fases, na geração, na distribuição e no consumo”, lamenta. Segundo ele, o país poderia tirar vantagem da sua matriz elétrica, da qual quase 70% é de fontes renováveis: hidrelétricas, eólicas, solar, cana-de-açúcar e outras fontes vegetais. “Mas quase tudo é hídrico, e metade das usinas são a fio d’água, não têm oportunidade de armazenar e por isso dependemos muito da temporada de chuvas. Como não dá para contar com isso, precisamos das termelétricas.

Hoffrichter também destaca a disparidade entre alíquotas de ICMS nos estados: “O Paraná é um dos estados que tem alíquota mais alta, e alguns cobram apenas 11%. Dependendo da região há energia mais cara ou barata, um fator crucial de competitividade”. A carga tributária total, em torno de 35% do consumo, é outro componente do custo Brasil, aponta, com efeitos diretos e indiretos. “Temos que não só arcar com o valor, mas também administrar. Na Alemanha, uma empresa gasta em torno de 260 horas de trabalho para cuidar dos impostos. No Brasil precisamos de no mínimo 2.660 horas, dez vezes mais”, compara.

Mudanças importantes no setor energético estão contempladas no novo marco regulatório do setor, em trâmite no Congresso Federal. Mohr, da Fiep, diz que o projeto já poderia ter sido votado, mas os parlamentares têm receio das consequências eleitorais. “O texto prevê fim de subsídios na conta de luz, para que sejam contemplados em outras frentes, mas os adversários políticos acabam se aproveitando e por isso há pouco interesse em votar.

Tatiana, da Firjan, pondera que, com mais tempo, a sociedade pode se informar melhor sobre o tema: “Pode haver mais debates, para que as soluções propostas fiquem mais transparentes e todos entendam a necessidade de mudanças. Mas é preciso a aprovação, para que se inicie uma nova fase no setor e tenhamos melhoria no longo prazo, porque no curto prazo não há muito o que fazer”.

REIVINDICAÇÕES

O que o setor produtivo pede:

– Votação do novo marco regulatório da energia no Congresso;

– Diminuição dos impostos incidentes, para incentivar a produção e consumo e, com isso, aumentar a arrecadação;

– Retirada de subsídios da conta de luz, também com a intenção de impulsionar a atividade econômica e investir na área social com o aumento da arrecadação;

– Pagamentos de outorga em leilões de energia 100% direcionados para redução de custos na geração, transmissão e distribuição;

– Parcelamento do reajuste de energia ao longo de seis meses;

– Redução da alíquota de ICMS de 29% para 25% no Paraná, de forma a manter a arrecadação estadual no mesmo patamar de antes do reajuste da tarifa da Copel.

Empresas buscam alternativas, como a indústria 4.0

A OKE do Brasil, multinacional fabricante de bancos automotivos instalada em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, está em momento de recuperação. A linha de produção opera em três turnos, de segunda a sábado, com cerca de 90 colaboradores. Isso significa máquinas ligadas quase ininterruptamente, com gasto de energia constante. Com o reajuste das tarifas da Copel no último dia 24, de 17,55% para consumidores industriais e de alta tensão, significa também mais custos.

“É difícil absorver, mas é o jeito, já que não há como repassar aos clientes, ainda mais em um mercado recessivo”, conta o diretor da empresa, Emerson Nogueira. O aumento da produção, em torno de 40% em 2018, é sustentado pelo aumento de exportações, um movimento facilitado pela alta do dólar. Não há como elevar os preços sem perder espaço, diz ele.

Para reduzir custos, a fábrica se utiliza dos recursos da indústria 4.0, isto é, otimização da produção com base em informações em tempo real da linha de produção. Outra frente de atuação são estudos para entrar no mercado livre de energia, sem dependência de concessionárias. Para isto, é preciso um grande consumo energético. “O mercado livre tem volatilidade, então precisamos analisar bem as vantagens e desvantagens. Mas, com o reajuste recente, já existe uma viabilidade para deixar a Copel”, conta. A empresa também espera uma redução nos impostos, já que não há muita margem para somente absorver custos.

A Laminort, indústria de lâminas com fábrica em Curitiba, onde faz a classificação do produto, também não tem como repassar aumento de custos para seus clientes, conta o gerente de comércio exterior Anderson Kroker. “Hoje o custo com energia gira em torno de 15% a 17% dos custos, com a nova tarifa chegará a 20%. Mas não tem como aumentar o preço, 80% do faturamento vem do exterior, e o cliente quer preço competitivo, não quer saber dos nossos problemas internos”, diz. A Laminort tem uma linha de beneficiamento no Pará, onde a energia tem um custo aproximado de 25%. “Lá já existe um projeto de energia solar, com retorno de três a quatro anos do investimento, mas no Paraná para viabilizar uma alternativa ainda não vale a pena”, diz.

Uma alternativa que ganhou um atrativo econômico no Paraná é a instalação de painéis fotovoltaicos, segundo João Arthur Mohr, gerente dos Conselhos Temáticos e Setoriais da Fiep. Em maio, o governo do Paraná aderiu ao Convênio ICMS 16/15, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que dá isenção do imposto incidente sobre fornecimento de energia elétrica produzida por mini e microgeração. “Uma instalação de painel fotovoltaico em casa se paga em quatro anos com a economia de energia. Há alguns requisitos técnicos, mas vale bastante a pena, e é uma alternativa para todos os consumidores em geral”, explica ele. A isenção vale também para projetos de energia eólica, hídrica e de biomassa.

O escritório de advocacia Andersen Ballão aderiu às placas fotovoltaicas no fim de 2016, com o objetivo principal da sustentabilidade ambiental, conta o sócio-fundador, Wilson José Andersen Ballão. “Sempre tive curiosidade de saber se poderiam ser aplicadas de forma não industrial. Sendo ou não indústria, poluímos, usamos bastante ar condicionado. Encontrei uma possibilidade quando ampliamos o escritório. Tinha planos de fazer um terraço verde, mas vi a possibilidade de colocar uma pequena usina fotovoltaica, fizemos um estudo e fomos para a frente”, relata.

Ballão conta que o escritório trabalha com várias multinacionais da Europa, que dão grande importância às questões ambientais, e que a instalação da mini usina causa impacto positivo sobre os clientes. No período, o escritório deixou de jogar no ar 4 toneladas de CO2 e, a cada mês, consegue uma economia de 30% na conta de luz. “Hoje nosso gasto mensal é de R$ 1.500. Sem a usina, seria de R$ 2.100, pelo menos”, conta. Ele destaca que hoje o custo de um projeto de painel fotovoltaico custa metade do valor do que alguns anos atrás, reforçando a viabilidade econômica da geração de energia mais limpa.

Há diversas classes de consumo de energia elétrica. Os maiores valores recaem sobre indústria e residências. Na média do Brasil, o reajuste acumulado não é tão alto por causa das diferentes alíquotas de ICMS aplicadas pelos governos estaduais.

Tarifas médias no Brasil

Em R$/MWh por classes de consumo:


Paraná

No Paraná, que tem uma das alíquotas de ICMS mais altas (29%), o custo da energia subiu bem acima da inflação. Veja as tarifas médias com impostos (federais e estaduais):
Residencial

Tarifas médias (R$/MWh) por classes de consumo:


Industrial

Tarifas médias (R$/MWh) por classes de consumo


Variação

No Paraná


Fonte: Gazeta do Povo

BRDE é o primeiro banco do país a operar o Fundo Clima

Maior demanda do Paraná tem sido por sistemas fotovoltaicos.


O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) é o primeiro banco do país a operar o Fundo Clima, com recursos do BNDES, para financiamento de projetos de pessoas físicas e jurídicas destinados à instalação de sistemas de geração fotovoltaico e de aquecimento solar, além de outros equipamentos cadastrados no subprograma do Fundo Clima “Máquinas e Equipamentos Eficientes”.

No Paraná, diversos projetos estão em análise, sendo a maior demanda por sistemas fotovoltaicos. A primeira operação aprovada foi o financiamento para a empresa Cerealista Coradini, do município de Bagé (RS) no valor de R$ 3,5 milhões, destinados à implantação de uma planta fotovoltaica de 1 MW, equivalente ao consumo residencial de 300 casas. 

O investimento total da Cerealista Coradini, que desde 2006 atua nos segmentos de beneficiamento de arroz e comercialização de grãos, será de R$ 6,5 milhões, contemplando as instalações e o projeto de eficiência energética. Em Santa Catarina, o BRDE aprovou financiamentos para sistemas geradores fotovoltaicos das empresas Arcari, Ferronato & Cia Ltda, de Xanxerê, e Kaliska Textil, de Guabiruba. A agência do BRDE de Santa Catarina protocolou a primeira operação de pessoa física do Fundo Clima.

Fundo Nacional

O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, ou Fundo Clima, é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima. Constitui-se em um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de apoiar projetos ou estudos e financiar empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas. O subprograma Máquinas e Equipamentos Eficientes do Fundo Clima permite financiar 80% dos itens apoiáveis, ao custo final de 4,03% ao ano, para beneficiárias finais com renda bruta de até R$ 90 milhões. Para beneficiárias finais com renda bruta acima R$ 90 milhões, o custo é de 4,55% ao ano.

O financiamento de fontes energéticas renováveis contribui para a estruturação de uma nova cadeia industrial brasileira, além de reforçar o compromisso com a sustentabilidade. “Trata-se de mais uma ação com recursos do BNDES para incentivar o cidadão brasileiro a investir em sustentabilidade e economia de energia”, afirma Orlando Pessuti, diretor-presidente do BRDE.

Fonte: Revista Amanhã

Paraná propõe prazo de isenção de ICMS a pequeno gerador de energia e frustra setor

Projeto que estabelece benefício de 48 meses está na ordem do dia para ser votado nesta segunda-feira (18) na Assembleia Legislativa.


O anúncio de que o Paraná sairia da condição de um dos únicos três estados que não incentivava a microgeração de energia renovável, por meio de isenção de ICMS, veio acompanhado de uma frustração para o setor. Quando aderiu ao convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) no mês passado – concordando em não cobrar a alíquota de 29% de quem gera mais energia do que precisa e resolve vender ao sistema elétrico – o governo paranaense condicionou o incentivo ao prazo de 48 meses. Todos os demais estados, com a exceção de Santa Catarina, não estabelecem o fim do benefício.

“É melhor que nada, mas colocará o Paraná na lanterna no incentivo às energias renováveis”, afirma Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O Paraná é um dos que menos tem sistemas de captação fotovoltaica – cerca de 2 mil unidades contra 3,6 mil no Rio Grande do Sul, por exemplo. Com a adesão ao convênio, o Paraná concordou em não cobrar ICMS de quem gerar até um megawatt (1 MW), seja de energia solar, eólica, hídrica ou de biomassa.

Sauaia alega que há uma demanda reprimida, de pessoas que gostariam de investir, mas que a falta de previsibilidade sobre a amortização das despesas acaba reduzindo a atratividade de novos empreendimentos. O governo, porém, alega ter motivos para estabelecer um prazo.

Como funciona

O presidente da Absolar explica que a instalação de equipamento doméstico custa, em média, de R$ 15 mil a R$ 20 mil. Normalmente a residência consegue reduzir em 80% os gastos com a rede convencional de energia elétrica e gera excedente de 50%. O que não é usado acaba sendo injetado no sistema geral, mas o gerador não recebe dinheiro por isso e, sim, créditos de energia elétrica para abater no futuro. Contudo, atualmente, ainda é preciso pagar imposto sobre a geração extra.

O setor trabalha para provar que, ao incentivar o investimento em energias renováveis, o governo paranaense arrecadará de outras formas, com a geração de empregos e com impostos nos demais componentes da cadeia produtiva, como equipamentos e a prestação de serviços. Por isso, a negociação para tentar tirar o prazo de 48 meses já começou. A expectativa é sensibilizar os deputados e o governo. “Já estamos dialogando e estamos confiantes de que será possível”, comenta o presidente da Absolar.

Além de ter sido estabelecido no teor do convênio, o prazo também consta no projeto de lei enviado pelo governo à Assembleia Legislativa – e que está na ordem do dia para ser votado nesta segunda-feira (18). Em abril, um projeto de lei de conteúdo semelhante havia sido aprovado pelos parlamentares, mas foi vetado pela governadora Cida Borghetti (PP), com o argumento de que iniciativas de origem parlamentar que gerem despesas ou renúncia fiscal, sem apontar compensação, são inconstitucionais. A proposta do deputado estadual Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia, era direcionada exclusivamente para a energia solar.

Meio termo

O secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Silvio Barros, afirma que o governo tem motivos para estabelecer um prazo. Primeiro, o Paraná seria o mais prejudicado pela regra que determina a cobrança de ICMS no local de consumo da energia. Ou seja, é o maior produtor de energia, mas não fica com o imposto correspondente ao que é gerado.

Além disso, o secretário considera que o prazo de 48 meses permitiria que fosse reavaliada, no futuro, se a projeção de renúncia fiscal está adequada. Para ele, o limite de tempo foi resultado de uma negociação, um meio termo melhor do que manter a cobrança do ICMS. “O inverso que seria danoso. Não estabelecer um prazo e depois decidir colocar um limite”, pondera. Para o secretário, caso fiquem provados os benefícios da isenção, o período de liberação de imposto pode ser estendido novamente, no futuro.

Legislação

Para que a medida passasse a valer, bastava que o convênio do Confaz fosse assinado e publicado um decreto governamental estabelecendo as regras. Mas a administração estadual informou que optou por propor uma legislação específica, entendendo que os deputados gostariam de discutir o assunto e que havia a intenção de garantir a isenção por força de lei.

O governo estima que a isenção vai representar a renúncia fiscal de R$ 1,5 milhão em 2018, R$ 4,5 milhões em 2019 e R$ 24 milhões em 2020. A compensação virá da reoneração de alguns tipos de operações de exportação.

Fonte: Gazeta do Povo

Microgeração de energia elétrica terá isenção de ICMS no Paraná

A governadora Cida Borghetti encaminhou para a Assembleia Legislativa Projeto de Lei que visa a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o fornecimento de energia elétrica produzida por mini e microgeração. O documento foi assinado na tarde desta terça-feira (5), no Palácio Iguaçu, em Curitiba.

“Essa medida, além de incentivar toda a cadeia de produção de energia limpa no Estado, é benéfica também para o meio ambiente, pois vai ao encontro do nosso compromisso de redução dos gases do efeito estufa”, disse ela.
HISTÓRICO - Para dar benefícios aos microgeradores de energia, em 2015 o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) criou o Convênio ICMS 16/15, que permite aos estados concederem isenção do imposto incidente sobre a eletricidade trocada entre o cliente e a distribuidora. O Paraná aderiu à proposta no dia 16 de maio deste ano, durante reunião no Confaz em Brasília.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, Silvio Barros, disse que a adesão era uma demanda do setor produtivo estadual. “Com isso, estamos criando uma alternativa de geração de energia renovável limpa, onde o investimento para a geração é feito pelo contribuinte. Além disso, estamos, também, estimulando novos negócios, gerando empregos e turbinando nossa economia de uma forma ecologicamente correta”, disse.
Além do Paraná, os Estados de Santa Catarina e do Amazonas também aderiram ao mesmo convênio. Outras 20 unidades da federação já haviam feito adesão.
MEIO AMBIENTE – Para o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antônio Carlos Bonetti, o envio do projeto é um marco importante, pois cria segurança jurídica para a microgeração e dá ao Estado mais ferramentas para o combate aos efeitos das mudanças climáticas. “Temos cada vez mais convicção da importância da produção de energias limpas, e aqui no Paraná temos muitas possibilidades com a geração de energia solar, eólica, do biogás e do biometano”, afirmou ele.
A medida é válida para unidades que geram até 1 megawatt (MW) de potência instalada nas cidades ou em zonas rurais. O consumidor que optar por gerar a própria energia por meio de fontes renováveis poderá compartilhar a produção excedente na rede pública de abastecimento e obter descontos na conta de luz. O abatimento ocorre por meio da isenção do ICMS sobre a energia elétrica trocada entre consumidor e distribuidora.
 Fonte: Governo do PR

Linha de crédito impulsiona construção de edifícios verdes


Os arquitetos Guido Petinelli e Sandra Pinho Pinheiro montaram um escritório de engenharia há oito anos. Com experiência no Canadá, Guido queria trazer para a região sul do Brasil o conceito de green buiding (construção sustentável).

“Nunca foi tão barato construir um prédio energeticamente eficiente, com painéis solares e otimização do gasto de energia”, diz ele. A Petinelli Engenharia elabora estudos e presta consultoria para planejar a construção de uma edificação de forma integrada, para que não gaste nada de energia elétrica depois de pronto, reduzindo inclusive o impacto ambiental.

A empresa hoje é responsável por metade dos empreendimentos certificados no Brasil pelo Green Building Council, principal plataforma utilizada para construções sustentáveis no mundo.

O objetivo da Petinelli é planejar a viabilidade econômica de um prédio sustentável, focando em eficiência energética, sem aumentar o custo das obras. E nada melhor do que ter um estudo de caso para ilustrar essa ideia. Foi assim que eles conheceram a Fomento Paraná, instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Estado.

Os empreendedores instalaram painéis de energia solar no telhado da sede da empresa, localizada no bairro Rebouças, em Curitiba, e captaram um financiamento da linha Fomento Energia, como reembolso do custo de implantação, para manutenção do capital de giro.

“Queremos oferecer este crédito barato e com prazo de carência para nossos clientes. A disponibilidade de crédito como esse da Fomento Paraná é fundamental para que indústrias e outras empresas invistam em green buildings”, afirma o arquiteto.

“Na medida em que o mercado financeiro se envolve, em especial a Fomento Paraná com esse produto excelente, vai beneficiar o cliente final”, explica Sandra.

EDIFÍCIOS VERDES – “Pensamos na integração do projeto como um todo, desde o tamanho das janelas, número de lâmpadas até a cor do piso, para termos eficiência energética”, afirma Guido. Segundo ele, o painel fotovoltaico (que transforma energia solar em energia elétrica) tornou-se uma commodity, o que reduziu muito os custos para se montar uma estrutura de captação, geração e consumo da energia.

“Temos clientes que são autossuficientes em energia. Ou seja, em menos de três anos já pagaram o investimento porque os painéis já geram energia suficiente para todo o gasto do prédio e o consumo de energia vem zerado”, destaca Rafael Sabetzki, engenheiro eletricista da Petinelli.

A título de comparação, para a cidade de Curitiba, um empreendimento comercial que consome 1.000 kWh por mês de energia, gasta aproximadamente R$ 700,00. Para utilizar energia solar, necessitaria de um sistema de aproximadamente 10 kWp ou 38 módulos fotovoltaicos, que representa uma área de 63 m².

FOMENTO ENERGIA – É uma linha de financiamento do Governo do Paraná para a aquisição de equipamentos para geração de energia a partir de fontes renováveis ou para substituição de lâmpadas e equipamentos para melhoria da eficiência energética. Permite financiar a aquisição e a instalação de todos os componentes de sistemas de micro e mini geração de energia elétrica fotovoltaica, eólica ou de biomassa.

MAIS CRÉDITO – Desde 2011, a Fomento Paraná contratou quase 29 mil operações de crédito com os empreendedores paranaenses da indústria, do comércio e do setor de serviços. Isso representa mais de R$ 960 milhões liberados para apoiar empresas de micro, pequeno e médio porte em todas as regiões do Estado.

Fonte: Diário dos Campos

Energia Solar é a aposta para equipamentos de irrigação


Pivôs funcionando 24 horas na fazenda sem estarem conectados à energia elétrica e novas tecnologias para controle e gestão do processo são algumas das soluções apresentadas na Agrishow, em Ribeirão Preto, por empresas fabricantes de equipamentos de irrigação.

O sistema integrado, que envolve energia gerada por painéis fotovoltaicos quando há luminosidade e por biomassa nos intervalos sem luz, está sendo desenvolvida pela Fockink, empresa gaúcha há 76 anos no mercado, que participa da feira desde a primeira edição, em 1994.

O sistema foi criado dentro da empresa de 800 funcionários, que tem 25 engenheiros trabalhando apenas com projetos de inovação. Os primeiros equipamentos integrados devem ser instalados no segundo semestre em fazendas do Mato Grosso.

A vedete da Fockink, empresa 100% nacional, no entanto, é um novo pivô com movimento contínuo, com mais vida útil e eficiência energética, utilizável em áreas de 3 a 250 hectares. “O equipamento gera uma economia de 50% em energia”, garante Oscar Strucker, gerente de marketing.

Pelo menos 15% dos negócios fechados pela marca no ano nascem na Agrishow, considerada a principal vitrine para a empresa que participa também de outras 10 feiras agrícolas por ano. Segundo Oscar, o produtor geralmente estuda dois ou três anos antes de colocar o primeiro pivô na fazenda. “O custo benefício é tão alto que, já no ano seguinte, ele volta com o mapa de sua área perguntando onde consegue instalar mais pivôs.”

A novidade em controle e gestão do processo de irrigação é o destaque do estande da Netafim, empresa de Israel fundada em 1965 e que atua em mais de 110 países, com soluções de irrigação por gotejamento ou aspersão. O equipamento NetBeat, lançamento global, recebe os dados enviados pelos sensores instalados no campo, transforma em sinais de rádio e envia para a nuvem, onde estão também os dados agronômicos sobre irrigação disponibilizados pela Netafim.

Segundo Danilo Silva, gerente de distribuição, com o NetBeat o produtor terá em mãos todos os dados necessários para programar a irrigação ou gerenciar a aplicação pelo celular ou computador. O equipamento será comercializado a partir do próximo semestre.

A Irrigabras, empresa de Barueri que vende pivô central há mais de 30 anos, aposta na eficiência e alta resistência de seus equipamentos para conquistar o cliente na feira. O equipamento também pode ser controlado à distância por internet.

A Irrigabrasil, de Pinhais (PR), apresenta como destaque na feira a barra irrigadora que substitui o aspersor canhão, gerando mais eficiência na aplicação.

Fonte: Revista Globo Rural

Cresce a procura por energia sustentável em Araucária

Placas são instaladas no telhado para captar a luz solar

A preocupação com a sustentabilidade e a geração de energia renovável cresceu muito nos últimos tempos e também está chegando com força em Araucária. A energia solar se expande mais rapidamente do que qualquer outra fonte de combustível. Segundo uma empresa do ramo que atua na cidade, a procura por orçamentos tem crescido, no entanto, devido ao valor final, nem todos fecham o projeto. “O problema é que o cliente ainda não consegue avaliar as vantagens que o sistema proporciona a longo prazo, ele quer um retorno imediato. Mas se ele consegue estabelecer o custo-benefício do sistema de captação da energia solar, fecha negócio na hora”, argumenta o responsável técnico da empresa.

Para que as pessoas consigam entender melhor os benefícios da energia solar, ele exemplifica o caso de um de seus clientes. “O cliente instalou recentemente um sistema e investiu 16 mil no kit instalado. Até então ele tinha este valor aplicado na poupança, rendendo em média R$ 50,00 por mês. Investindo em energia solar ele reduziu a fatura de energia de R$ 320,00 para R$ 80,00, ou seja, no primeiro mês de geração já teve um rendimento com a economia da fatura de energia de R$ 240,00. A aplicação bancária dele rendia no máximo R$ 50,00 por mês e a energia solar rendeu R$ 240,00 no mesmo período. 

“Pensando um pouco mais adiante, em seis anos a aplicação em poupança iria ter um rendimento médio de R$ 3.600,00, enquanto com a energia solar ele terá um rendimento médio de R$ 17.280,00, então o sistema já terá devolvido todo o valor investido e ainda terá o mesmo benefício por um período médio de 25 anos. Isso sem considerar as futuras inflações que terá na fatura de energia, que quanto mais caro ficar, maior ainda será o retorno do investimento. E esta é a vantagem que temos mostrado aos clientes, e se contratarem a empresa, ainda terão o suporte desde o projeto, até a instalação de equipamentos e a homologação junto à Copel”, esclarece.

Ele lembra ainda que ao optar pelo serviço, o cliente ainda terá o benefício de pagar a taxa mínima de energia por um período médio de 30 anos, que é a durabilidade média de um sistema de energia fotovoltaica (energia obtida através da conversão direta da luz em eletricidade), isso sem contar que estará ajudando o planeta utilizando uma energia limpa e de fonte inesgotável de energia, o sol. “O retorno médio de seis anos se aplica a residências, quando se trata de uma empresa com grande consumo de energia, o retorno se recupera em média quatro anos e meio. Importante ressaltar que não podemos instalar o sistema para tentar zerar a fatura, porque não é possível se livrar da taxa mínima de energia cobrada pela Copel”, acrescentou.

Cliente que optou pelo sistema já vê benefícios

Quando maior a potência do equipamento,
maior a economia de energia
Vadislau Rodakoski, que instalou o sistema há cerca de dois meses, diz que já está vendo resultados. Ele relata que quando teve a ideia de optar pela energia solar, buscou informações pela região na esperança de encontrar alguma residência que pudesse dar referências sobre custos X benefícios, porque também estava preocupado pelo fato de a região ter longos períodos sem sol. Até que conheceu a empresa que atua no ramo em Araucária e tirou as suas dúvidas.

“Resumindo, fechei o contrato e com apenas dois meses de utilização das placas solares já percebi uma redução considerável na conta de luz, mesmo tendo passado um período longo sem sol no primeiro mês, as placas geraram energia, e estamos otimistas diante aos dias mais longos de sol que ainda teremos. Instalei um sistema com oito placas e recomendo, porque apesar de ser um investimento alto no Brasil, dá retorno sim. E o sistema se torna ainda mais vantajoso quando se analisam os benefícios para o planeta, de optar por uma energia sustentável, que não causa danos ao meio ambiente”, justifica.

Vadislau ainda faz um comparativo, afirmando que antes pagava em média R$ 350,00 de energia e hoje paga R$ 145,00, ou seja, R$ 205,00 a menos. “Qual aplicação no valor de R$ 14.000,00 lhe renderia esse valor mensalmente?”.

Fonte: O Popular PR

Começa a funcionar o Sistema fotovoltaico na Câmara

Expectativa é que economia na conta de luz pague o investimento em três anos e meio.


Foi feita hoje (25) pela Companhia de Energia do Paraná (Copel) a verificação de ligações e liberação da Câmara de Vereadores de Cascavel para a utilização do sistema fotovoltaico que agora capta a energia solar para atender as necessidades do prédio do Legislativo.

A instalação feita pela empresa Viza e Cia Ltda, vai proporcionar uma economia de cerca de 50% na demanda mensal de energia elétrica da Casa.

Além do gasto menor com energia elétrica que poderá ser verificado a partir dos próximos meses o Sistema Fotovoltaico não demanda manutenção e a energia gerada se interliga à rede elétrica pública. Quando o gerador solar oferecer mais energia do que a necessária para o atendimento do consumo o excesso é injetado na rede elétrica gerando créditos energéticos.

O processo licitatório também possibilitou uma grande economia. O valor máximo previsto era de R$ 235.414,00 pela instalação do serviço, mas foi possível reduzir para R$ 155.709,70, um percentual de desconto de 33,85%. Segundo o Presidente da Câmara, Gugu Bueno (PR) a estimativa é que com a economia mensal com energia elétrica o cálculo é que o retorno do investimento se dará em cerca de 3 anos e meio.

“A busca é sempre por economia e se isso for possível através da geração de uma energia limpa e sustentável, o que é prontamente atendido pelo sistema fotovoltaico, muito melhor”, afirmou Gugu Bueno.

O equipamento adquirido tem uma garantia de 20 anos.

Fonte: CGN

Energia eólica cresce no país e já pode abastecer 22 milhões de casas

No Brasil, a água é o principal recurso de geração de eletricidade, mas os ventos já têm capacidade de produção semelhante à usina de Itaipu.


A energia gerada pelos ventos tem ganhado força no Brasil. Considerada complementar na matriz de produção elétrica nacional, que conta principalmente com a hidroeletricidade, a geração a partir da fonte eólica já é suficiente para abastecer cerca de 22 milhões de casas por mês no país.

O dado é da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), que também informou um fato inédito ocorrido em fevereiro deste ano: o segmento atingiu potência instalada (capacidade máxima de produção de uma fábrica) de 13 gigawatts (GW), volume quase igual ao produzido pela usina de Itaipu (14 GW), a maior hidrelétrica em território nacional.

No Brasil, a água é o principal recurso utilizado para produzir a eletricidade fornecida para residências, comércios e setor industrial. Toda essa energia gerada por recursos hídricos, assim como por outras fontes (eólica, solar, biomassa, gás natural etc.), é transmitida de norte a sul do país por meio do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Segundo a ABEEólica, o crescimento da geração elétrica por meio dos ventos conseguiu abastecer 11% de todo o território nacional no mês de setembro de 2017. Esse resultado tem como base a força de trabalho desempenhada por 518 parques eólicos e mais de 6.600 aerogeradores em operação.

“Além disso, abastecemos mais de 60% do Nordeste em vários momentos, na época que chamamos de ‘safra dos ventos’, que vai mais ou menos de junho a novembro”, explicou, em nota, Elbia Gannoum, presidente executiva da Abeeólica.

De acordo com dados do PDE 2026, publicação do Ministério de Minas e Energia (MME), a potência instalada do segmento eólico no Brasil chegará a 25,8 gigawatts (GW) em 2026 e terá participação de 12,5% na matriz total. Atualmente, o percentual é de 7,6%. Considerado detentor das condições mais favoráveis para esse tipo de produção, o litoral da Região Nordeste deverá registrar 90% da capacidade eólica total, estima a pasta.

Na avaliação do professor aposentado do curso de agronomia da Universidade de Brasília (UnB) Juan Verdésio, especialista em energias renováveis, as fontes eólica e fotovoltaica podem proporcionar segurança energética de forma complementar ao país, principalmente ao Nordeste, que atualmente sofre com déficit na geração de energia hidrelétrica, pois depende dos recursos hídricos do Rio São Francisco.

“O Nordeste é deficitário. Só tem usina no Rio São Francisco e, daqui a algum tempo, não será possível extrair água de lá para gerar energia. Ocorre, atualmente, o encaminhamento da eletricidade da Amazônia e da Região Sul para o Nordeste. Então, a produção eólica ajuda nesse sentido de dar segurança energética”, explicou.

O especialista também disse que a superfície terrestre é mais utilizada para a implantação de sistemas eólicos, mas o mar apresenta potencial considerável. “Há mais investimentos no litoral, em terra. Poderíamos ter usinas no mar, a turbulência do vento nesse ambiente é maior e acontece de forma mais uniforme. No exterior, existem muitas infraestruturas do tipo, mas requerem mais aplicação de recursos”, concluiu Juan Verdésio.


Ranking eólico nacional

Os líderes na produção de energia gerada pelos ventos em território nacional são: Rio Grande do Norte, primeiro colocado, com potência instalada de 3,7 gigawatts (GW); Bahia, na segunda posição, com 2,5 GW; e Ceará, em terceiro, com 1,9 GW.

Segundo o ranking mundial, divulgado em 15 de fevereiro deste ano pelo Global World Energy Council (GWEC), o Brasil ocupa o oitavo lugar. Em 2012, o país estava na 15ª posição.

Fonte: Metrópoles

Palmeira terá usina solar financiada pela iniciativa privada — um investimento de US$ 8 milhões

Empresas “alugam” energia produzida na usina e recebem créditos da Copel, reduzindo suas contas em até 25%.

Projeto da usina fotovoltaica de Palmeira-PR. Foto: FAAD Consultoria/Divulgação

Com pouco menos de 35 mil habitantes, a cidade de Palmeira, próxima a Ponta Grossa, no Paraná, terá a primeira usina fotovoltaica privada do Brasil a operar no modelo de Mini Geração Distribuída. Com a capacidade de gerar energia elétrica a partir da solar, o projeto é resultado de um consórcio entre empresas nacionais e internacionais, tocado pela curitibana FAAD Consultoria. A energia ali gerada será comercializada com empresas e indústrias paranaenses, distribuída pela Copel em regime de compensação.

A licença junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), obtida no último dia 3 de abril, permite o início das obras da primeira etapa do projeto: uma usina com capacidade inicial de 7,3 MWp (megawatts-pico, unidade utilizada para caracterizar painéis fotovoltaicos), e que proporciona a geração de 900 MWh, energia suficiente para abastecer o equivalente a oito mil residências. As obras devem começar em 60 dias, quando é esperado que cheguem os equipamentos vindos da empresa parceira alemã, Grass.

Para viabilizar o projeto, a FAAD foi atrás de empresas que estariam interessadas em “alugar” uma parte da energia produzida no Conerge, como foi batizado o empreendimento. A partir daí, reuniu assinaturas em um protocolo de intenção para demonstrar que havia demanda e então começar a busca por terrenos próximos, analisando onde havia necessidade e boas condições climáticas para a instalação do condomínio. Nesse momento, a consultoria também realizou a consulta de acesso junto à Copel, quando a distribuidora informa se é possível construir naquele local, o que é preciso implementar para a conexão, ou seja, estabelece os critérios técnicos.

Fonte: Gazeta do Povo

Governo tem bilhões para geração caseira de energia, mas exclui Sul e Sudeste

Plano com R$ 3,2 bilhões para financiar placas fotovoltaicas, que será lançado nesta quarta (4), vale apenas para Norte, Nordeste e Centro-Oeste.


O Ministério de Integração Nacional lança nesta quarta-feira (4) a principal iniciativa para difundir a microgeração de energia solar no Brasil até o momento. Trata-se da oferta de R$ 3,2 bilhões para financiar a instalação de placas fotovoltaicas em residências e estabelecimentos comerciais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. O que se espera é que com a facilitação do pagamento, cresça o número de pessoas que geram a própria energia, reduzindo em até 90% as despesas com energia elétrica.

No entanto, essa medida não chega aos estados do Sul e do Sudeste, visto que os recursos do financiamento vêm dos fundos constitucionais destinados ao desenvolvimento socioeconômico das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, além do Norte de Minas Gerais e do Norte do Espírito Santo. Os fundos constitucionais não chegam ao Sul e ao Sudeste porque têm como objetivo, justamente, diminuir a disparidade de desenvolvimento entre as cinco regiões do país.

De acordo com o presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Lopes Sauaia, a iniciativa do governo federal é extremamente estratégica e relevante para o setor, visto que o acesso ao crédito seria o grande gargalo para o avanço da energia solar no país.

“A instalação das placas fotovoltaicas contribui diretamente na redução dos gastos com energia elétrica, geração de empregos de qualidade e com a sustentabilidade ambiental, por ser uma energia limpa”, pontua Sauaia. Segundo dados do presidente, a tecnologia permite a redução de 80% a 90% dos gastos mensais com energia.

O investimento para a instalação das placas em uma residência tem diminuído, e hoje é de cerca de R$ 15 mil para qualquer região do país. De qualquer forma, segundo Sauaia, o investimento é recuperado em, aproximadamente, cinco anos, sendo que a tecnologia tem vida útil de 25 anos. “Nem todo o brasileiro tem esse recurso disponível para investir. Por isso o financiamento é tão importante”, reforça.

As linhas de crédito serão oferecidas pelo Banco do Nordeste, Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Brasil com juros muito abaixo das taxas de mercado e prazos mais longos de pagamento. Até então, o financiamento para viabilizar o uso da energia fotovoltaica só era permitido para pessoas jurídicas e agricultores.

Números desanimadores

Apesar do imenso potencial, o Brasil está atrasado quando se trata de geração de energia solar. Existem cerca de 82 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no país, das quais menos de 30 mil – 0,04% do total – podem gerar de energia solar fotovoltaica, o que representa 0,04% do total.

O governo federal estima que em 2026 cerca de 770 mil consumidores terão adotado os sistemas fotovoltaicos, totalizando 3,3 gigawatts (GW), o equivalente 0,6% do consumo nacional de energia.

Mas a Absolar acredita que este número está subestimado. E diz que com apoio dos governos e de políticas públicas, seria possível ultrapassar um milhão de consumidores de energia solar ainda em 2025, o que representaria 4,5 GW, ou 1% do consumo do país.

A situação do Paraná

Com a restrição legal da área de abrangência dos fundos constitucionais, o financiamento não chega às regiões Sul e Sudeste do Brasil. Por isso, a Absolar tem trabalhado junto ao BNDES, à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil para que essas instituições passem a oferecer linhas de crédito a preços competitivos, de modo que os brasileiros que morem nessas regiões possam investir em energia solar, passando a produzir a própria energia em suas residências.

Além do trabalho junto às instituições financeiras públicas, os próprios estados têm tomado ações para incentivar a população a gerar energia renovável. Neste sentido, uma das principais medidas diz respeito ao Convênio ICMS 16, de 22 de abril de 2015, que autoriza que os estados isentem de ICMS as residências e empresas que produzam a própria energia. Vinte e quatro estados brasileiros já aderiram a este termo. Apenas três não finalizaram a adesão, são eles: Paraná, Amazonas e Santa Catarina.

“O Paraná ainda precisa fazer sua lição de casa no que diz respeito à energia solar”, critica Rodrigo Lopes Sauaia, presidente-executivo da Absolar. Para reverter essa situação, está marcada para o próximo dia 10, terça-feira, às 9h, a audiência pública “Otimização pública das energias solar, eólica, biomassa e outras no estado do Paraná”, na Assembleia Legislativa do Paraná.

Durante o evento, serão discutidos o incentivo ao uso das energias renováveis no Paraná e as ações públicas que precisam ser desenvolvidas para o avanço dessas tecnologias.

Estados com maior capacidade de geração de energia solar

Minas Gerais – 50,7 megawatts (MW) de capacidade instalada
Rio Grande do Sul – 30,2 MW
São Paulo – 26,8 MW
Ceará – 12,8 MW
Santa Catarina – 12 MW
Paraná – 11,4 MW
Rio de Janeiro – 11,1 MW

Fonte: Gazeta do Povo

Carro ‘movido a sol’ roda pelas ruas curitibanas

Veículo é ‘abastecido’ a partir de placas fotovoltaicas instaladas no seu teto.

(Foto: Franklin de Freitas)

Um carro movido a energia solar pode parecer uma ideia tão louca ou utópica quanto carros voadores (que povoaram a imaginação daqueles que acompanharam os Jetsons). Mas não é. E a OMS Engenharia está tratando de provar isso aos curitibanos com o seu “Carro Movido a Sol”, que desde a última sexta-feira circula pelas ruas da Capital, fazendo a fiscalização entre as obras da empresa.

Por onde passa, o veículo amarelo rouba a atenção dos pedestres e motoristas. Acompanhado do dedo em riste e olhares curiosos, a pergunta “que carro é esse?” O Carro Movido a Sol é elétrico e foi adaptado para produzir energia fotovoltaica, com a instalação de placas solares no teto para geração dessa energia e aumento da autonomia da bateria.

“Esse modelo que a gente importou tem autonomia de 100 quilômetros com uma carga. Com a instalação do sistema fotovoltaico, ele rodará até 25% a mais com a mesma carga, chegando a fazer 125km”, explica Osmar Nascimento Costa, sócio da OMS Engenharia.

Para percorrer essa quilometragem, uma recarga de bateria custaria em torno de R$ 4,50 a R$ 5,00. Um valor bastante razoável, se considerarmos que um carro tradicional roda entre 10 e 15 quilômetros com um litro de gasolina, cujo valor já ultrapassa os R$ 4 em boa parte dos postos curitibanos.

Mas aí vem o pulo do gato: a OMS Engenharia possui um sistema de geração solar em seu telhado. E é a energia produzida por esse sistema que será utilizada para alimentar a bateria do carro movido a energia fotovoltaica da OMS. O custo de rodagem, com isso, será praticamente zero.

Fonte: Bem Paraná

Prefeitura busca economizar 10% na conta de luz com energia solar nas escolas

Projeto deve ser inaugurado até o fim deste ano e feito por meio de PPP. Seis empresas já estão interessadas.
TODOS OS PRÉDIOS da rede municipal de ensino devem utilizar energia solar CAMILA DE ALMEIDA

A Prefeitura de Fortaleza deve lançar, nesta semana, edital para escolher as empresas que farão estudo de viabilidade econômico-financeira para a Parceria Público-Privada (PPP) que será responsável pela geração de energia solar (fotovoltaica) nas escolas municipais. O projeto visa reduzir o valor da conta de energia das escolas, que atualmente custa cerca de R$ 11 milhões por ano aos cofres municipais. O montante representa 10% do que o Município gasta anualmente com luz elétrica, R$ 111 milhões.

O valor do investimento necessário à instalação de placas solares nos prédios da rede de ensino será definido no edital. O projeto já chamou a atenção seis empresas. De acordo com o secretário municipal de Governo, Samuel Dias, o processo terá início com o lançamento de uma Proposta de Manifestação de Interesse (PMI), etapa que antecede a PPP.

“O edital será o mais aberto possível, até mesmo a energia eólica pode entrar. O projeto vai contemplar toda a rede municipal de ensino, que hoje conta com 558 prédios”, afirma o secretário, ressaltando que, além se ser uma contribuição para o meio ambiente, a ação vai desonerar os cofres da Prefeitura. “Nossa expectativa é que tudo seja implantado até o fim deste ano. É algo que queremos para ontem”, observa.


Para o consultor na área de energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará da (Fiec) e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis do Ceará, Jurandir Picanço, o projeto beneficiará a Cidade. “É um programa elogiável. Espero que a Prefeitura tenha sucesso”, declara.

Segundo ele, o retorno do investimento em um projeto desta natureza é variável, pois depende das condições mais adequadas para a instalação das placas solares, como incidência de insolação e valor da tarifa paga à distribuidora de energia. “Quanto maior a tarifa da concessionária, que é a Enel, no caso do Ceará, mais rápido será o retorno. É um investimento que se paga, geralmente, de três a sete anos”, explica.

O valor dos projeto, acrescenta o especialista, também depende da dimensão do local a ser implantado. “Nas instalações de baixa tensão, que são as mais comuns, como residências, pequenas indústrias e padarias, varia de R$ 20 mil a R$ 600 mil, em função do consumo que se deseja”, exemplifica. “Para as escolas, que são de alta tensão, os custos dos projetos devem partir para R$ 300 mil por por prédio, em média”.

Iniciativa semelhante já se verifica em escolas do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul, que usam energia solar para diminuir os custos com energia. Em Fortaleza, a Escola de Tempo Integral (ETI) Professor Alexandre Rodrigues de Albuquerque, inaugurada em março do ano passado no bairro Siqueira, já conta com dez placas fotovoltaicas para produção da própria energia. Estimada em 4.500 kWh/ano, a produção gera uma economia de cerca de R$ 2 mil anuais.

No cenário nacional, Picanço avalia que o Brasil está caminhando bem no setor de energias renováveis, com destaque para o estado de Minas Gerais. Ele lembra que o Governo do Ceará já criou, em janeiro de 2017, o Fundo de Incentivo à Eficiência Energética e Geração Distribuída (FIEE) para aplicação de energias renováveis nos prédios públicos.

Conforme dados do Governo Federal, o Brasil tem pouco mais de 40% de sua energia gerada por fontes renováveis. Em relação à geração de eletricidade, as hidrelétricas ainda são as fontes principais, respondendo por 64% da produção. Uma matriz pouco diversificada pode resultar em problemas de abastecimento, causando insegurança energética.

Fonte: O Povo

Energia fotovoltaica se torna opção para empresas do varejo

Além de sustentável, produzir a própria energia é uma solução econômica.
Foto: DINO

Sustentável e econômica, a energia renovável está cada vez mais na pauta de empresas do varejo. Prova disso é que muitos empreendedores estão apostando na força do sol em favor de seus negócios. A rede de farmácias Pague Menos, por exemplo, fechou um acordo com a ForGreen Energia Renovável para o abastecimento de 160 lojas da marca com energia fotovoltaica. As lojas contempladas estão nos Estados de São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina.

Os projetos estão em fase de pré-execução e, em breve, começará a instalação das usinas. Os painéis são capazes de converter a energia solar em elétrica para suprir 100% do consumo das lojas. A potência total das usinas será de 4MW e o projeto vai demandar 476 mil kWh por mês. O excedente será transmitido para a rede de distribuição de cada concessionária de energia local para compensação do consumo quando o sistema fotovoltaico não estiver produzindo.

O desafio é grande, uma vez que uma usina para cada área de concessão nos quatro Estados terá que ser construída. Assim, serão quatro usinas em São Paulo (Eletropaulo, CPFL, EDP e Elektro), uma no Espírito Santo (EDP energia), uma no Paraná (Copel) e uma em Santa Catarina (Celesc).

O projeto engloba 12 mil painéis e pode ser ampliado. A economia projetada para a Pague Menos na conta de energia elétrica é de R$ 310 mil por mês com a iniciativa. “A tarifa de energia é uma preocupação para grandes empresas e a rede viu na geração própria uma oportunidade de contrapartida para seus investidores. Esse é um caminho que deve ser seguido por muitas empresas em um futuro próximo”, avalia Antônio Terra, diretor da ForGreen. A empresa foi fundada em 2013 e atua na geração de energia renovável, sobretudo a energia solar fotovoltaica, se destaca como referência na produção de energia limpa.

A rede Pague Menos é de Fortaleza (CE) e está entre as maiores redes de farmácia do país, com cerca de mil lojas e plano de expansão para 400 novas unidades neste ano. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a rede Pague Menos figura na terceira colocação na categoria “maior faturamento no varejo farmacêutico”.

Fonte: Terra

COPAGRIL I: Projeto-piloto de produção de energia solar entra em operação


Entrou em operação há poucos dias o Projeto-piloto de Produção de Energia Fotovoltaica da Copagril, o qual atende a Loja Agropecuária instalada no município de Quatro Pontes (PR). De acordo com o engenheiro ambiental da Copagril, Dimas José Detoni, o sistema instalado tem o propósito de alcançar autossuficiência na geração de energia limpa e renovável na referida unidade da cooperativa, em função do alto custo que esse insumo representa. “Nosso objetivo é gerar 100% da energia elétrica consumida naquela unidade”, assegura.

Conversão – A energia solar fotovoltaica é a energia obtida através da conversão direta da luz em eletricidade, considerada limpa em razão de não ser derivada de combustíveis fósseis. “Do ponto de vista do usuário é considerada uma energia firme, com o benefício da disponibilidade linear, o que garante maior confiabilidade”, acrescenta Detoni.

Potência – O projeto da Copagril foi homologado e aprovado pela Copel, consistindo-se em um sistema de geração de energia solar fotovoltaica conectada à rede elétrica (on-grid-tie).

Placas – Na cobertura do prédio da Loja Agropecuária Copagril de Quatro Pontes foram instaladas 60 placas de 325 Wp. Esse conjunto de módulos tem 19,5 kWp de potência, com capacidade de gerar até 2.340 kWh por mês, sendo a estimativa de performance 80% de eficiência. “O sistema entrou em operação no dia 06 de março e nosso plano é acompanhar o seu desempenho mensalmente para poder realizar comparativos com períodos equivalentes e fazer uma avaliação após 12 meses”, explana o engenheiro.

Expansão do projeto – Em caso de produção de energia excedente ela irá para a rede da Copel, gerando créditos que podem ser compensados em outras unidades consumidoras da cooperativa. Conforme o Dimas Detoni, em uma visão macro, o projeto-piloto permitirá estudar a possibilidade de novos investimentos nesse modal de geração de energia. “Vamos avaliar a viabilidade de expandir o projeto para outras unidades da Copagril”, conclui o engenheiro. (Imprensa Copagril)



Fonte: Sistema Ocepar

Maior parque de geração de energia eólica da região Sul será inaugurado no Paraná em 2019

Complexo de Geração Eólica Palmas II terá potência de 200 MW, a partir da energia gerada pelos ventos abundantes de Palmas, na divisa com Santa Catarina.

Geradores do Complexo Eólico Palmas. Novo complexo terá capacidade de geração de energia 80 vezes maior. Foto: Rafael Drake/Creative Commons

O município de Palmas, região Sudoeste do Paraná, deve ser contemplado com a segunda usina eólica instalada em seu território. Trata-se do Complexo de Geração Eólica Palmas II com potência total projetada de 200 MW (megawatts), o suficiente para abastecer um município de 240 mil habitantes. Essa potência é quase 80 vezes maior ao primeiro parque construído de forma pioneira pela Copel. O Palmas I, que entrou em operação em 1999, tem potência de 2,5 MW e era, até então, o único parque eólico do Sul do País.

Dessa forma, o Complexo de Geração Eólica Palmas II será a maior usina de energia eólica do Sul do Brasil, se estendendo sobre uma superfície de 16 mil hectares, que corresponde a mais da metade do município de Curitiba. De acordo com o projeto atual, o complexo será formado por sete parques individuais que terão 100 torres de 120 metros de altura cada.

O projeto se insere integralmente no município de Palmas, nas imediações do km 30 da PR-280, em áreas com incidência de ventos favoráveis, com velocidade média anual em torno de 7 m/s a 100 m de altura, o equivalente a 25 km/h.

De iniciativa privada, a investidora do empreendimento é a empresa Enerbios Consultoria em Energias Renováveis e Meio Ambiente, que tem sede em Curitiba. Os projetos de engenharia ficaram a cargo da sócia Enercons e os estudos energéticos são de autoria da Innovent, empresa alemã associada ao projeto. O investimento previsto para o empreendimento é de R$ 1,2 bilhão.

Segundo o engenheiro Ivo Pugnaloni, presidente da Enerbios e responsável técnico pelo projeto, os investimentos no parque eólico iniciaram há dez anos, com o arrendamento das terras e medição dos ventos. A mais recente atualização do empreendimento foi realizada no dia 01º deste mês quando a empresa venceu mais uma etapa do licenciamento ambiental prévio, em audiência pública convocada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que contou com a presença de mais de 200 pessoas.

Agora, a próxima etapa do projeto é a emissão da licença prévia ambiental, com a conclusão de alguns documentos complementares, esperados para os próximos sessenta dias. Depois, para que a obra seja de fato iniciada, é preciso obter, junto ao IAP, a licença ambiental de instalação, que é emitida assim que o órgão constatar que todos os programas ambientais que a empresa se comprometeu estão sendo cumpridos, o que deve acontecer já no segundo semestre de 2018.

“Estamos muito confiantes de que não vai haver problema algum com relação ao licenciamento ambiental da nossa usina. Isso porque contratamos uma das melhores empresas de estudos ambientais do Brasil, a paranaense Cia Ambiental”, destaca Pugnaloni.

Desafio na comercialização

A construção da usina eólica em Palmas, no entanto, esbarra em um grande desafio: a venda da energia elétrica produzida pelo empreendimento, que pode ser comercializada tanto em sistemas de leilão, um sistema regulado, para as 62 distribuidoras de energia do Brasil, como para o ambiente não regulado, ou mercado livre. Neste caso, a energia é vendida para comercializadoras que revendem o produto para grandes consumidores, como indústrias, supermercados e shoppings.

“Gostaríamos que o governo se interessasse pela mercadoria que estamos oferecendo aos seus consumidores”, afirma o empresário. “Nós temos pela frente o desafio de convencer os governantes dos benefícios da energia renovável, sobretudo da eólica”, acrescenta.

Um aceno positivo da Copel já foi dado para o empreendimento, durante a audiência pública. Na ocasião, o diretor de Desenvolvimento de Negócios, Harry Françóia Junior, afirmou que, desde o ano passado, o projeto Palmas II já está em avaliação pela companhia estatal quanto à viabilidade de aquisição de sua energia gerada para uso no mercado livre.

Se vencido o desafio da comercialização da energia, as obras iniciam imediatamente após a liberação do IAP, que deve acontecer ainda em 2018. E devem ficar concluídas em até um ano. Dessa forma, o Complexo de Geração Eólica Palmas II deve começar a operar já em 2019.

A concessão do empreendimento é de 25 anos. Durante este período, devem ser gerados 7.500 empregos diretos e indiretos na região. A mão de obra contratada vai desde a montagem e construção do parque, a manutenção e o monitoramento ambiental. Além dos empregos diretos, prevê-se a geração de empregos indiretos associados a atividades de serviços no município como alimentação, hotelaria e turismo.

As medidas de compensação ambiental

A construção de empreendimentos potencialmente poluidores ou que possam causar degradação ambiental deve ser seguida de medidas mitigatórias e de controle ambiental que garantam o uso sustentável dos recursos naturais. Esta necessidade é regulamentada pela Portaria IAP 38-2010 que prevê a realização de Estudos Prévios de Impacto Ambiental (EPIA) e Relatórios sobre o Meio Ambiente (RIMA).

Neste sentido, apesar de os empreendimentos eólicos se destacarem pelos reduzidos impactos ambientais, se comparados a empreendimentos de porte similar de exploração de outras fontes de energia, ainda sim, são necessárias a realização de medidas mitigatórias.

No caso do Complexo de Geração Eólica Palmas II, as medidas consistem, em linhas gerais, no cuidado com nível de ruído e distância de moradias; proteção contra colisão com pássaros; e cuidados na abertura de novos acessos. As estradas rurais já existentes nas propriedades em que o empreendimento se insere irão receber diversas melhorias, como alargamento, implantação de cascalhamento, sinalização e drenagem.

Empresário critica opção do governo pelas termoelétricas

A energia eólica é a fonte de energia que mais tem crescido no Brasil. Em 2017, a geração dessa fonte de energia cresceu 25%, se comparado ao ano anterior, segundo dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Para se ter uma ideia, a geração de energia eólica já supera a geração de hidroeletricidade no Nordeste.

No entanto, embora a expansão do setor de energia eólica seja considerável, os valores ainda são muito baixos para se dizer que há um processo de diversificação energética em curso no Brasil. De toda energia produzida no país, apenas 7% é gerada pelas usinas eólicas.

Para o engenheiro Ivo Pugnaloni, presidente da Enerbios, empresa de consultoria em energias renováveis, este valor poderia ser bem maior, caso o governo federal investisse na diversificação das fontes de energia. “Ao longo dos anos, o governo federal colocou preços muito baixos na energia renovável e admitiu preços muito altos na energia fóssil, gerada pelas termoelétricas”, criticou. “Para se ter uma ideia, a emissão de gases de carbono e particulados quadruplicou no Brasil no período de 2001 a 2014.”

A boa notícia é a nova portaria estabelecida pelo governo federal, que passou a vigorar em março deste ano, que estabeleceu novos valores anuais para empreendimentos de geração distribuída, conectados diretamente à rede de distribuição da empresa compradora da energia. A partir de então, o valor da energia eólica ficou em R$ 296/MWh.

Mesmo assim, o engenheiro afirma que a impressão que se tem é que há uma preferência pela geração de energia termoelétrica porque ela gera mais impostos a curto prazo, a partir da taxa cobrada sobre o combustível que alimenta esta indústria. Pugnaloni ressalta, entretanto, que esta preferência tem feito o consumidor pagar caro na conta, já que a energia elétrica do Brasil figura entre as mais caras do mundo.

Além disso, o encarecimento da energia barra o desenvolvimento da indústria, que permanece ocupando apenas 7% do PIB do país desde 1950. De acordo com o empresário, a conta de energia no país aumentou 450% desde 2002, sendo que a inflação no mesmo período foi de 150%. “O aumento de três vezes do custo da energia encarece o produto gerado no Brasil, tornando-o invendável, e garante a perda de competitividade para as indústrias brasileiras de todos os setores.”

Ainda segundo Pugnaloni, o apoio do governo às energias renováveis poderia retomar o crescimento do Brasil, privilegiando uma energia mais barata, que não agride o meio ambiente e que gera mais empregos no país.

As principais etapas de geração eólica

  1. A força do vento gira as pás da turbina que movimentam um rotor, o qual, através do eixo principal, move um gerador elétrico;
  2. Dentro da turbina há um multiplicador de velocidade que permite que o gerador produza eletricidade;
  3. A eletricidade é enviada por cabos que descem pelo interior da torre e se conectam a redes de energia que a transportam até uma subestação;
  4. A partir disso, a energia produzida adentra no sistema de distribuição e chega até nossas casas através da rede elétrica.
As vantagens da energia eólica
  • Opção viável e competitiva, contribui de forma importante como fonte complementar à matriz elétrica brasileira baseada na hidroeletricidade;
  • Permite que outras atividades econômicas sejam exploradas junto aos parques eólicos, como a agropecuária e o turismo rural;
  • Reduz a emissão de gases de efeito estufa, ao substituir combustíveis fósseis na operação do sistema;
  • Geradora de empregos e renda para população local;
  • A operação e manutenção dos parques eólicos possibilitam a formação de mão de obra qualificada na região.