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Sustentabilidade no teto de sua construção com um Telhados Verdes

A imagem pode conter: atividades ao ar livre

Por Camila Hungria

O Multipalco Theatro São Pedro, em Porto Alegre, diminuiu seus gastos com energia elétrica em cerca de 30% após implantar a estrutura.

Diminuição de temperatura e de gastos com energia, aumento da área de lazer e purificação do ar estão entre as vantagens de se instalar um telhado verde.

O conceito de arquitetura sustentável é uma tendência cada vez mais forte nas grandes cidades. Seguindo essa linha, os telhados verdes ganham a simpatia do público e cada vez mais são encontrados em empreendimentos de pequeno, médio e grande porte. 

A técnica consiste na aplicação e no uso do solo e da vegetação sobre uma camada impermeável na laje superior da edificação, e sua utilização traz benefícios como a melhoria térmica e a purificação do ar. Além disso, a área do telhado verde também pode ser utilizada como um espaço de lazer.

O conceito de telhado verde foi proposto na década de 20 pelo arquiteto francês Charles-Édouard Jeanneret, conhecido como Le Corbusier. Para ele, as cidades modernas estavam asfixiadas, sem áreas verdes suficientes, o que não contribuía em nada para uma boa qualidade de vida dos cidadãos. Após 90 anos, as cidades cresceram e viram o mesmo problema agravado. A grande concentração de prédios e as grandes áreas impermeabilizadas ocasionam problemas de excesso de calor, podendo chegar a variações de 10°C a 18°C acima da temperatura. 

“A implantação de telhados verdes é uma tendência da arquitetura e da construção civil, por ser funcional e de fundamental importância para solucionar problemas urbanos cada vez mais frequentes. O substrato implantado reassume o que seria um solo, e seus benefícios são reproduzidos”, explicou o engenheiro agrônomo João Manuel Feijó.

Projetos importantes, como a sede do MEC (Ministério da Educação), atual Palácio Gustavo Capanema, no Rio de janeiro (RJ), e o Edifício Matarazzo, um dos endereços mais famosos da cidade de São Paulo (SP), construído na década de 70, utilizam o telhado verde. Outro exemplo mais recente é o Shopping JK, também em São Paulo. O edifício abriga um dos maiores telhados verdes da América Latina, com cerca de 5 mil metros quadrados de vegetação no seu topo.

As vantagens de se implantar um telhado verde são inúmeras. No caso do Multipalco Theatro São Pedro, importante teatro da cidade de Porto Alegre (RS), após a implantação da estrutura, o gasto com eletricidade, devido à redução da temperatura no ambiente interno do teatro, que pode chegar a cai em 18°C, diminuiu cerca de 30%. Além disso, a vedação acústica do local também melhorou muito. “O custo para a manutenção do telhado verde é praticamente zero, com eventuais necessidades de rega em períodos de seca no verão”, explicou o coordenador do Multipalco, Roberto Moraes.

Entre as vantagens trazidas pelo telhado verde está a purificação do ar, que ocorre com a absorção de substâncias tóxicas pela vegetação e a liberação de oxigênio. Além disso, um telhado verde pode ser de grande ajuda na diminuição de enchentes e inundações nas cidades. “Quando chove, a água, em um ambiente normal, é absorvida pelas plantas e pela terra e depois evapora. Nas cidades, como as superfícies são impermeabilizadas, a água escoa causando enchente. Nos sistemas de telhados verdes, a água é captada e absorvida pela vegetação”, explicou Feijó.

Certificação e redução de impostos 

Uma recente iniciativa da prefeitura do Rio de Janeiro propõe incentivos fiscais para construções que atingirem alguns pré-requisitos de sustentabilidade, entre elas o telhado verde. Com a certificação Qualiverde, as construções sustentáveis poderão obter descontos de até 50% ou mesmo isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), além da redução do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). 

Segundo a Coordenadoria de Macroplanejamento de Planejamento Urbano da Secretaria Municipal de Urbanismo do Rio de Janeiro, o objetivo do selo é aumentar o número de edifícios sustentáveis na cidade do Rio de Janeiro. 

Economia na instalação 

Instalar um telhado verde em uma construção é uma iniciativa bastante econômica. Para uma obra nova, a instalação não traz custos extras. Caso a obra já esteja terminada, o telhado precisará ser adaptado e, nesse caso, sim, haverá um gasto mínimo que incluirá impermeabilização do telhado e implantação da vegetação. É possível colocar diversos tipos de vegetação no telhado. A mais comum é a grama, mas também pode-se usar plantas frutíferas ou hortícolas. “Ao optar por um telhado verde, estamos usando a natureza em nosso favor, o que é muito mais inteligente do que brigar contra ela”, finalizou Feijó.

Energias renováveis e Eficiência energética

Ações de eficiência podem gerar uma economia de 3% no consumo energético

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Economia de eletricidade por meio da arquitetura bioclimática pode chegar a 30% em edificações existentes readequadas e modernizadas, e a 50% em prédios novos, que contemplem essas tecnologias na fase de projeto

O setor industrial é o maior consumidor de energia elétrica brasileiro, respondendo por cerca de 46% do consumo, segundo estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Por sua vez, as edificações dos setores residencial, comercial e público são responsáveis por cerca de 45% do consumo de energia elétrica no Brasil, principalmente em forma de iluminação artificial e climatização de ambientes.

De acordo com a Eletrobrás, a economia de eletricidade conseguida por meio da arquitetura bioclimática pode chegar a 30% em edificações já existentes (se passarem por readequação e modernização) e a 50% em prédios novos, que contemplem essas tecnologias desde a fase de projeto. O Brasil dispõe hoje de um potencial de eficiência energética da ordem de 29,7 bilhões de kWh/ano, equivalentes a R$ 3,9 bilhões. Na indústria, o potencial de eficiência energética com eletricidade chega a 9,2 bilhões de kWh/ano ou R$ 1,193 bilhão.

Energia é um dos principais desafios da economia brasileira para crescer. Com a expectativa de retomada da indústria brasileira, impulsionada principalmente pelo PRÉ-SAL, é possível prever uma forte pressão na demanda de energia nos próximos anos, reforçada pelas políticas de expansão de infraestrutura em andamento e pela continuidade do processo de melhoria da renda e da qualidade de vida da população.

Nesse contexto, a implementação de ações de eficiência energética assume caráter estratégico e, segundo estudos da EPE, poderão contribuir, nos próximos anos, com uma economia de 3% no consumo energético, o que corresponderia a 21 mil GWh em 2018. Este número significa evitar a instalação de uma hidrelétrica de 4.500 MW (1,5 vezes a capacidade da usina de Jirau, no Rio Madeira).

Essa discussão está no eixo central dos debates do 3º Seminário Nacional de Energias Renováveis e Eficiência Energética - Desafios e soluções para o Brasil produzir mais com menos, que acontece no próximo dia 20 de agosto, no Centro Empresarial Rio, no Rio de Janeiro.

O debate é organizado pela Planeja & Informa Comunicação e pela Casa Viva Eventos com o objetivo de apresentar e discutir experiências, soluções e novas tecnologias para reduzir o custo da energia na indústria, comercio e edificações (públicas e residenciais), reduzindo o consumo ou substituindo fontes tradicionais no processo de produção e racionalizando o uso deste insumo no dia a dia das empresas.

O evento pretende reunir lideranças empresariais, gestores públicos e privados, técnicos e executivos do setor de energia; concessionárias de energia; empresas de engenharia industrial, construção e serviço; empresas de projetos e desenvolvimento tecnológico; fornecedores de equipamentos e materiais para engenharia elétrica, empresas e órgãos governamentais, nas três esferas, além de entidades de classe de engenharia, universidades, institutos de pesquisa e consumidores comuns.

Eletrosul Inaugura Usina de Energia Solar Fotovoltaica


Considerada uma fonte eterna de energia, amplamente disponível e gratuita, o Sol fornece em um único dia, mais energia que a demanda de todos os habitantes do planeta durante um ano. A luz solar, fonte de energia solar essencial para a sobrevivência do planeta, também pode nos prover eletricidade de forma limpa e renovável.

Tendo em vista os problemas ambientais causados pelos combustíveis fósseis, as crescentes dificuldades na obtenção de licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas, a redução nos custos de produção dos módulos fotovoltaicos e as condições extremamente favoráveis de irradiação de energia solar no Brasil, a energia solar se apresenta como uma fonte bastante interessante a ser explorada, tal como já acontece na Alemanha, Espanha, EUA e Japão, líderes no desenvolvimento e utilização desta tecnologia.


Por esta razão, a ELETROSUL, comprometida com o meio ambiente e com o objetivo de incentivar o desenvolvimento da energia fotovoltaica na América Latina, lançou o projeto MEGAWATT SOLAR, com financiamento do Banco de Fomento Alemão KfW Bankengruppe com fundo do Ministério BMU (Bundesministerium für Umwelt, Naturschutz und Reaktorsicherheit) e da Eletrobras e o apoio da Agência Alemã de Cooperação Internacional GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/LabSolar) e do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (IDEAL).

O projeto MEGAWATT SOLAR consiste na implantação de um sistema fotovoltaico integrado ao edifício sede da ELETROSUL, utilizando a área do telhado e dos estacionamentos adjacentes, e que será conectado à rede da distribuidora de energia elétrica local. A usina solar terá a capacidade instalada de aproximadamente 1 MWp (Megawatt pico¹).


O edifício sede da ELETROSUL será o primeiro prédio público brasileiro a utilizar o conceito BIPV (Building Integrated Photovoltaic) conectada à rede elétrica em larga escala.

Energia renovável desperta interesse do setor privado espanhol na Rio+20

O investimento empresarial em energias renováveis como fonte de criação de emprego e uma rede de cidades inteligentes são algumas das propostas que o setor privado espanhol apresentará na Cúpula Rio+20, que será realizada entre 20 e 22 de junho no Rio de Janeiro.

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Nesse sentido, o secretário espanhol de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, Gonzalo Robles, ressaltou nesta quarta-feira a importância de "reafirmar" o compromisso da Espanha em um marco legislativo estável que planifique e minimize o risco dos investimentos em energias renováveis a longo prazo. Robles participou do seminário "A contribuição do setor público-privado espanhol à agenda da Rio+20", que foi realizado nesta quarta-feira na capital espanhola.

Dentro deste seminário, diversas empresas espanholas líderes em energias renováveis apresentaram suas sugestões sobre o papel da Espanha na próxima Cúpula Rio+20. De acordo com os empresários espanhóis, o evento pode ser um catalisador para que o desenvolvimento sustentável se transforme em uma estratégia empresarial espanhola a longo prazo.

O diretor-geral da Aciona Energia, Alan Ripa, destacou que as energias renováveis são "abundantes, limpas e autóctones", além de fazer parte da solução para o problema energético. "Graças a estas características, as energias renováveis podem ajudar a superar os desafios energéticos e econômicos diante de uma possível queda da demanda energética", afirmou Ripa. "Desta forma, a Espanha, como um país líder neste setor, deve aproveitar sua posição para expandir sua capacidade de exportação", completou o diretor.

Segundo Riba, o investimento em energia renovável foi prejudicado pela crise, mas, mesmo assim, em poucos anos veremos que a geração de eletricidade de origem eólica, por exemplo, pode ser mais barata que as fontes convencionais.

A diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Gamesa, Susana Sanjuán, manifestou que as energias renováveis permitem a autossuficiência, geram benefícios e conformam uma parte decisiva na proteção ambiental. Além disso, "a energia eólica evitou a emissão de 22,8 milhões de toneladas de CO2 à atmosfera na Espanha. Entre o período de 2005 a 2010, 110 milhões de toneladas de CO2 poderiam ser evitadas", afirmou Susana.

O responsável de Mudança Climática de Gás Natural da Fenosa, Amado Gil, insistiu em fomentar o emprego verde onde as renováveis têm um grande papel e apostou na "coexistência" de empresas de energias renováveis e gasistas, ambas necessárias. Para Amado, a estratégia na luta contra a mudança climática deve se materializar em três conceitos: reduzir o impacto ambiental, segurança na provisão de energia e competitividade.