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Pesquisador brasileiro constrói fogão solar de baixo custo usando sucata


Na universidade federal do Rio Grande do Norte(UFRN) foi criado protótipos de fornos, fogões e secadores que funcionam por meio de luz solar. E já está funcionando perfeitamente.

O professor Luiz Guilherme Meira de Souza, que coordena o laboratório do curso de Engenharia Mecânica da universidade, pesquisa energia solar há décadas. E agora, ele afirma que o fogão ecológico desenvolvido no campus pode servir como substituto para o botijão de gás.

Os equipamentos desenvolvidos na UFRN foram construídos com materiais baratos, como sucata, espelhos e outros materiais. O resultado foi um sistema que transforma a radiação solar em calor, criando um efeito estufa. Logo, este calor é usado para aquecer água, cozinhar, secar ou assar os alimentos.

Francesa Voltalia fecha compra de 163 MW em turbinas eólicas junto à Siemens Gamesa.




A francesa Voltalia fechou contrato com a Siemens Gamesa para a compra de 163 megawatts em turbinas eólicas que serão utilizadas em uma série de parques da companhia atualmente em construção no Rio Grande do Norte, disse à Reuters nesta segunda-feira um executivo da empresa de energia renovável.
O negócio é para fornecimento a um complexo eólico da empresa cuja produção futura foi negociada com distribuidoras de energia em leilões para novos projetos de geração realizados pelo governo brasileiro no ano passado, e a Voltalia já tem se movimentado para disputar a próxima licitação oficial no país, em agosto.
A companhia deverá atuar no próximo leilão tanto como investidora, ao tentar viabilizar parques eólicos sozinha, quanto como desenvolvedora de projetos, ao tentar vender para terceiros empreendimentos ainda no papel.
“Temos tamanho suficiente para focar na construção dos parques que já ganhamos e também nos preparamos para participar no próximo leilão... temos três frentes simultaneamente: a construção; a participação com a Voltalia 100 por cento, sozinha; e também temos projetos para que clientes possam participar”, disse à Reuters o diretor-geral da empresa no Brasil, Robert Klein.
O leilão A-6, agendado para 31 de agosto, vai contratar novas usinas de geração para operação a partir de 2024.
Questionado sobre o apetite para o leilão, Klein não quis antecipar a estratégia da empresa, mas lembrou que um levantamento da consultoria ePowerBay divulgado nesta semana aponta que a Voltalia é o segundo desenvolvedor de projetos de energia com mais empreendimentos cadastrados para a licitação, atrás da Casa dos Ventos e à frente da Omega Energia, ligada à Omega Geração.
Com atuação em 18 países, a Voltalia investe em energia eólica, solar, hidrelétrica e biomassa.
No Brasil, a companhia tem 433 megawatts em operação, com foco em usinas eólicas, embora já tenha começado a estudar a entrada no segmento de geração solar.

PROJETOS EM ANDAMENTO
Os empreendimentos eólicos em construção pela Voltalia no Brasil somam 170,4 megawatts, dos quais 163 megawatts são do complexo Ventos da Serra do Mel, no Rio Grande do Norte, cujo fornecimento de turbinas foi acertado com a Siemens Gamesa —o valor do acordo entre as empresas não foi revelado.
O complexo vendeu cerca de 64 megawatts em capacidade no chamado leilão A-4, com entrega para a partir de 2021, e 91 megawatts no A-6, para a partir de 2023.
Mas a Voltalia trabalha para começar a colocar os parques em operação até três anos antes da data contratual, o que permitiria uma geração adicional de caixa com a venda da produção extra da antecipação no chamado mercado livre de eletricidade.
“As características de nossos parques fazem com que possamos antecipar em anos a entrada em operação, o que deixa os projetos muito competitivos”, disse Klein.
Os parques na Serra do Mel usarão 47 turbinas do modelo G-132 da Siemens Gamesa, cada uma com capacidade de 3,465 megawatts. O contrato com a fabricante é para fornecimento dos equipamentos e para a futura operação e manutenção do empreendimento.
No futuro, a Voltalia ainda terá espaço para buscar viabilizar em leilões uma expansão do complexo no Rio Grande do Norte, segundo Klein.
Ele adicionou que a previsão atual da empresa é chegar a 2020 com cerca de 600 megawatts em operação no Brasil, contra cerca de 430 megawatts atualmente, mas o apetite não para por aí.
“No Brasil, vamos continuar crescendo, olharemos as oportunidades em leilões e no mercado livre. Temos um portfólio de mais de 2 gigawatts em projetos”, afirmou o executivo.

Potencial energético do Rio Grande do Norte continua em expansão

O crescimento constante mostra que ainda há espaço para investimentos no setor.


Em janeiro de 2017, o Rio Grande do Norte possuía 122 parques eólicos em operação, gerando 3.311,6 MW. Contava com outros 16 parques em construção, programados para gerar 417 MW e, aguardando o início das obras, porém com contratos firmados, de 38 novos parques.

Em janeiro de 2018, as usinas de geração chegaram a 131 parques em operação, gerando 3.552,7 MW, enquanto havia 21 em construção (com expectativa de produção de mais 507,9 MW). Em 1º de maio, o Estado potiguar contabilizará 136 parques eólicos, gerando 3.678,9 MW.

O crescimento constante da produção de energia a partir das eólicas mostra que ainda há espaço para investimentos no setor, a partir dos leilões realizados pela Aneel. Quanto à produção de energia fotovoltaica, os quatro primeiros parques entraram em operação no final do ano passado; mas, há dezenas de projetos licenciados que deverão concorrer no próximo leilão de compra de energia.

Na avaliação do Coordenador da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Josenilson Araújo, os números confirmam que, apesar da crise econômica nacional, os investimentos em projetos de produção de energia limpa no Estado continuarão em expansão nos próximos anos.

Fonte: Portal N10

Energia eólica se torna fonte de renda extra para famílias no Sul do RS

Estado é o quarto em produção de energia eólica no país, atrás apenas da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte. Maior parte dos parques fica em Santa Vitória do Palmar, onde 150 produtores investiram na geração de energia elétrica pelo vento.

Moinhos ficam em meio aos animais nas propriedades rurais de Santa Vitória do Palmar 
(Foto: Reprodução/RBS TV)

A energia eólica se tornou uma importante fonte de renda para diversas famílias na Região Sul do Rio Grande do Sul. Em Santa Vitória do Palmar, onde se concentra a maior parte dos parques eólicos do estado, 150 produtores rurais garantem renda extra com o arrendamento da terra para a colocação dos equipamentos.

“Até agora está sendo ótimo para eles e para nós também, pelo que nos fornece. Melhorou tudo, as estradas, deram bastante ajuda, e até hoje dão”, afirma o produtor rural Thierre Terra.

O Rio Grande do Sul é o quarto estado no país em produção de energia eólica, ficando atrás apenas da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte. Ao todo, são 80 parques, que fazem parte de um plano estratégico de desenvolvimento da Região Sul, criado há três anos.

Os moinhos estão espalhas pelos campos, junto com os animais. A 120 metros do chão, transformam vento em energia elétrica, que vai até uma subestação e depois segue para vários lugares do Brasil. São 371 turbinas distribuídas em 20 mil hectares de terras arrendadas.

“Isso tem uma representatividade muito boa em questão de não poluentes, efeito estufa, uma energia renovável, inesgotável, que neste caso é o vento, certamente uma boa contribuição”, diz o gerente de operação, Hudson de Souza.

Conforme o professor de Gestão Ambiental da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Maurício da Silva, existe um déficit na geração de energia, principalmente para indústrias. Os parques eólicos são a saída para completar a necessidade do sistema nacional de energia elétrica.

“Ela faz parte da infraestrutura necessária aos investimentos públicos e privados que são parte do processo de desenvolvimento de qualquer região”, afirma.

Até o fim do ano, um novo leilão para a exploração de áreas deve ser feito em Santa Vitória do Palmar. A promessa é de novos empregos e renda extra para quem mora na região.

“Essa expansão da energia limpa vai trazer benefícios em muitas áreas, inclusive tecnologias e outros empreendimentos, atividades ligadas à agropecuária e energia”, assegura o secretário da Fazenda Santa Vitória do Palmar, Vanderlei Pereira.

Fonte: G1

BNDES detalha aplicação de US$ 1 bilhão em energia eólica

Com recursos, foram apoiados oito projetos, distribuídos por seis estados: Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul.
Energia eólica: juntos, projetos têm 1.323 megawatss de capacidade instalada, o que representa mais de 420 mil toneladas de CO2 equivalentes que deixarão de ser lançadas anualmente na atmosfera (Mimadeo/Thinkstock)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou hoje (2), no Rio de Janeiro, o seu primeiro Relatório Anual Green Bond – os chamados títulos verdes.

O documento, inédito entre bancos brasileiros, contém informações sobre projetos de energia eólica apoiados com US$ 1 bilhão, verba captada pelo BNDES no mercado internacional em 2017 e destinada a financiar projetos ambientalmente sustentáveis.

Segundo informações do banco, a captação em títulos verdes (green bonds) foi concluída em maio do ano passado no mercado internacional, com vencimento previsto para 2024. Trata-se da primeira operação deste tipo realizada por um banco brasileiro.

Com os recursos, foram apoiados oito projetos de geração de energia eólica, distribuídos por seis estados: Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. Juntos, os projetos têm 1.323 megawatss de capacidade instalada, o que representa mais de 420 mil toneladas de CO2 (Dióxido de Carbono) equivalentes que deixarão de ser lançadas anualmente na atmosfera.

Títulos convencionais

Ao detalhar a operação, o BNDES disse que os papéis têm características similares aos títulos convencionais, mas que os recursos obtidos foram destinados exclusivamente a projetos ambientalmente sustentáveis, atestados por uma empresa verificadora especializada na área ambiental. No caso do BNDES, destinam-se a projetos de geração eólica, novos ou já existentes na carteira do banco.

“Os investimentos em parques eólicos, sobretudo na região Nordeste, são um dos destaques do desempenho trimestral do BNDES, divulgado recentemente. Eles ajudaram a impulsionar os desembolsos do segmento de energia elétrica, que atingiram R$ 1,7 bilhão nos primeiros três meses do ano”, diz a nota da instituição.

Presença internacional

A avaliação do BNDES é de que os green bonds ajudam a consolidar a presença internacional do banco e proporcionam uma série de benefícios, como o de reforçar a prioridade dada pela instituição ao tema da sustentabilidade socioambiental, promover a difusão das melhores práticas de gestão socioambiental e incentivar o acesso de outros emissores brasileiros ao mercado de green bonds, além de construir um novo ponto de referência em sua estrutura a termo de taxa de juros internacionais.

O Green Bond Annual Report está disponível no site.

Fonte: Exame

Novas tarifas para energia elétrica entram em vigor e produtores rurais buscam alternativas

No Rio Grande do Sul, por exemplo, a Aneel aprovou o aumento médio de 22,47% para mais de 1,3 milhão de usuários.


Desde o dia 19 de abril já está em vigor a nova tarifa para energia elétrica aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que atinge vários estados, como Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Sergipe, Ceará, dentre outros. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a Aneel aprovou o aumento médio de 22,47% para os mais de 1,3 milhão de usuários em 118 municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), Centro-Oeste e Leste do Rio Grande do Sul. 

Diante desse cenário, muitos consumidores buscam alternativas para driblar esses aumentos no orçamento da família ou da empresa. Atualmente, uma das melhores alternativas é a energia limpa, como a energia solar.

Alternativa sustentável

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o investimento em energia solar bateu recorde no ano passado, 18% a mais que em 2016 e recebeu mais investimentos do que qualquer outro tipo de fonte de energia.

“Esses sistemas oferecem economia na conta de luz já no primeiro mês de uso e não tem reajuste tarifário. Além disso, tem uma vida útil superior a 25 anos e financiamentos para pagar em até 10 anos com juros de 2,5% ao ano, como é o caso dos produtores rurais. A vantagem é muito grande. É como sair do aluguel e ir para uma casa própria”, afirma o especialista em energia solar, Fernando Ronchi, diretor da Solar Inove, empresa cadastrada pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) para o fornecimento do sistema de energia solar fotovoltaica.

Energia solar fotovoltaica

De modo geral no Brasil, o custo total do sistema fotovoltaico é, em média, a metade do valor da energia elétrica convencional. Por exemplo, um sistema de energia solar fotovoltaico de 3.12 KWp tem um investimento de R$ 21 mil, que pode ser pago em até 10 anos. Em 25 anos (que é o tempo de garantia das placas), a energia gerada será de aproximadamente 118.800 Kwh, informou a Solar Inove.

Estimativas para 2024

Se dividirmos o valor do investimento pela energia gerada chegaremos ao preço de R$ 0,177/kWh ao longo desse período. Para se ter uma ideia, o valor do KW no Rio Grande do Sul, por exemplo, a média é de R$ 0,60. “Se formos literais, podemos concluir que a energia solar na verdade é gratuita. Nós pagamos é pelo sistema que transforma a energia solar em energia elétrica”, afirma Ronchi. De acordo com a Aneel, até 2024, serão mais de 800 mil unidades consumidoras que receberão créditos da energia solar, totalizando uma potência instalada de aproximadamente 3,2 GW.

Fonte: Sucessful Farming

Energia eólica cresce no país e já pode abastecer 22 milhões de casas

No Brasil, a água é o principal recurso de geração de eletricidade, mas os ventos já têm capacidade de produção semelhante à usina de Itaipu.


A energia gerada pelos ventos tem ganhado força no Brasil. Considerada complementar na matriz de produção elétrica nacional, que conta principalmente com a hidroeletricidade, a geração a partir da fonte eólica já é suficiente para abastecer cerca de 22 milhões de casas por mês no país.

O dado é da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), que também informou um fato inédito ocorrido em fevereiro deste ano: o segmento atingiu potência instalada (capacidade máxima de produção de uma fábrica) de 13 gigawatts (GW), volume quase igual ao produzido pela usina de Itaipu (14 GW), a maior hidrelétrica em território nacional.

No Brasil, a água é o principal recurso utilizado para produzir a eletricidade fornecida para residências, comércios e setor industrial. Toda essa energia gerada por recursos hídricos, assim como por outras fontes (eólica, solar, biomassa, gás natural etc.), é transmitida de norte a sul do país por meio do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Segundo a ABEEólica, o crescimento da geração elétrica por meio dos ventos conseguiu abastecer 11% de todo o território nacional no mês de setembro de 2017. Esse resultado tem como base a força de trabalho desempenhada por 518 parques eólicos e mais de 6.600 aerogeradores em operação.

“Além disso, abastecemos mais de 60% do Nordeste em vários momentos, na época que chamamos de ‘safra dos ventos’, que vai mais ou menos de junho a novembro”, explicou, em nota, Elbia Gannoum, presidente executiva da Abeeólica.

De acordo com dados do PDE 2026, publicação do Ministério de Minas e Energia (MME), a potência instalada do segmento eólico no Brasil chegará a 25,8 gigawatts (GW) em 2026 e terá participação de 12,5% na matriz total. Atualmente, o percentual é de 7,6%. Considerado detentor das condições mais favoráveis para esse tipo de produção, o litoral da Região Nordeste deverá registrar 90% da capacidade eólica total, estima a pasta.

Na avaliação do professor aposentado do curso de agronomia da Universidade de Brasília (UnB) Juan Verdésio, especialista em energias renováveis, as fontes eólica e fotovoltaica podem proporcionar segurança energética de forma complementar ao país, principalmente ao Nordeste, que atualmente sofre com déficit na geração de energia hidrelétrica, pois depende dos recursos hídricos do Rio São Francisco.

“O Nordeste é deficitário. Só tem usina no Rio São Francisco e, daqui a algum tempo, não será possível extrair água de lá para gerar energia. Ocorre, atualmente, o encaminhamento da eletricidade da Amazônia e da Região Sul para o Nordeste. Então, a produção eólica ajuda nesse sentido de dar segurança energética”, explicou.

O especialista também disse que a superfície terrestre é mais utilizada para a implantação de sistemas eólicos, mas o mar apresenta potencial considerável. “Há mais investimentos no litoral, em terra. Poderíamos ter usinas no mar, a turbulência do vento nesse ambiente é maior e acontece de forma mais uniforme. No exterior, existem muitas infraestruturas do tipo, mas requerem mais aplicação de recursos”, concluiu Juan Verdésio.


Ranking eólico nacional

Os líderes na produção de energia gerada pelos ventos em território nacional são: Rio Grande do Norte, primeiro colocado, com potência instalada de 3,7 gigawatts (GW); Bahia, na segunda posição, com 2,5 GW; e Ceará, em terceiro, com 1,9 GW.

Segundo o ranking mundial, divulgado em 15 de fevereiro deste ano pelo Global World Energy Council (GWEC), o Brasil ocupa o oitavo lugar. Em 2012, o país estava na 15ª posição.

Fonte: Metrópoles

Petrobras ainda resiste para investir em projetos renováveis

Enquanto grandes petroleiras globais diversificam o portfólio e apostam em fontes alternativas, a estatal brasileira segue priorizando exploração e produção de petróleo.

RICARDO CASARIN • SÃO PAULO

Contrariando a tendência global de grandes petroleiras, que estão fazendo investimentos significativos em fontes de energia renováveis, a Petrobras segue priorizando o petróleo em razão do momento econômico enfrentado pela companhia nos últimos anos.

“A nossa empresa é de energia, não de petróleo. Mas devido à crise, focamos no que somos melhores, que é a operação em águas profundas. Por questão de sobrevivência, tivemos que investir no que dá retorno”, declarou a gerente executiva de relacionamento com investidores da Petrobras, Isabela Rocha, em evento para acionistas em São Paulo, no final de março.

Em dezembro, a estatal aprovou seu plano de negócios e gestão para 2018-22, em que anunciou planos de investir US$ 74,5 bilhões no período. Desse total, 81% serão destinados à exploração e produção, 18% para refino e gás natural e 1% para todas as demais áreas.

Em resposta a questionamento do DCI, a estatal declarou que “a orientação da Petrobras de focar suas atividades no setor de petróleo e gás preserva as competências tecnológicas desenvolvidas pela companhia em outras áreas com potencial de desenvolvimento” e que “tem como uma de suas estratégias se preparar para um futuro baseado em economia de baixo carbono”.

O analista de mercado da Safira Energia, Lucas Rodrigues, aponta que além da questão econômica, o fato da Petrobras ser uma estatal torna qualquer mudança de foco mais lenta.

“Toda operação é mais burocrática em comparação a um fundo de investimento, por exemplo. Ainda mais pelo processo recente que a petroleira tem passado. A Petrobras tem buscado um portfólio de energia alternativa, mas ainda são iniciativas pequenas. Não ocorre no mesmo ritmo de outras empresas”, avalia.

A professora de finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais de São Paulo (Ibmec/SP), Rina Pereira, acredita que a estatal ainda quer aproveitar o potencial de petróleo e gás do País por um bom tempo.

“O cerne da Petrobras é esse. A empresa não é tradicionalmente uma companhia inovadora, mas deveria mudar o foco. Não sabemos se está preparada para essa mudança de estratégia.”

A Petrobras planeja a construção de uma planta piloto eólica offshore (alto-mar) para obter informações para subsidiar decisões futuras de empreendimentos no setor. A previsão é de que o projeto seja implantado até meados de 2021.

Atualmente, a empresa tem em operação uma usina piloto de geração de energia fotovoltaica. Instalada no Rio Grande do Norte, tem capacidade de 1 megawatt (MW) e, de acordo com a estatal, busca um maior desenvolvimento deste tipo de sistema de geração de energia.

Diversificação de fontes

Alinhado aos objetivos do Acordo de Paris, o Banco Mundial anunciou em dezembro do ano passado que não irá mais financiar a exploração e a extração de petróleo e gás depois de 2019.

Antes mesmo dessa decisão ser concretizada, já ocorria uma movimentação das principais empresas de petróleo do mundo de diversificar o portfólio e aumentar investimentos em fontes alternativas de energia.

Em julho de 2017, a Shell divulgou planos de investir até US$ 1 bilhão por ano em sua divisão de novas energias. No Brasil, a companhia atua na produção de biocombustíveis através da Raízen, uma joint venture com a Cosan.

Em novembro do ano passado, a ExxonMobil anunciou investimentos no mesmo valor em projetos de energia alternativa, incluindo biocombustíveis de algas marinhas e biodiesel feito de resíduos agrícolas.

Para Rodrigues, além das metas estabelecidas pelo acordo, esses investimentos também representam uma diversificação estratégica das petroleiras.

“Os custos de produção de fontes de energia eólica e solar estão se reduzindo a ponto de grandes conglomerados considerarem estes projetos como oportunidades de investimentos”, pondera o analista.

Rina aponta que essa estratégia também considera a escassez de petróleo no longo prazo. “As empresas estão diversificando pensando no futuro. O petróleo é um recurso finito.”

Em fevereiro, a BP Energy publicou um panorama do setor de energia, prevendo que o crescimento de países em desenvolvimento aumentará em um terço a demanda global por energia e que o mix de fontes será cada vez mais diversificado, com petróleo, gás, carvão e combustíveis não fósseis representando 25% cada.

“Testemunhamos uma crescente concorrência entre diversas fontes, impulsionadas pela abundância na oferta de energia e pelas melhorias contínuas em eficiência. A demanda energética será atendida pelo mix mais diversificado”, declarou o economista-chefe da BP, Spencer Dale, em coletiva de imprensa. A britânica tem empreendimentos em energia eólica, solar e biocombustível. No Brasil, opera três usinas de biocombustível, que possuem capacidade de 900 milhões de litros de etanol equivalente por ano.

“A estratégia da companhia é investir onde possa construir negócios comercialmente viáveis, em escala” declarou a BP, em nota, ao DCI.

Fonte: DCI

Energia eólica tem capacidade para atender 6 milhões de baianos

Bahia possui 182 projetos nos leilões de energia realizados pela Aneel só em 2017

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), aos 2,4 gigawatts de energia gerada na Bahia hoje serão somados outros 3,5 GW até 2020, o que tornará o estado o maior produtor de energia eólica, proveniente dos ventos, do País.

O superintendente de Atração e Desenvolvimento de Negócios da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), órgão do governo do estado, Paulo Roberto Britto Guimarães, afirma que ” o potencial eólico seria suficiente para atender 6 milhões de baianos”.

Esse potencial tende a crescer exponencialmente nos próximos dois anos. Com os novos projetos, a Bahia deve ter uma capacidade de produção de energia gerada pela força dos ventos de aproximadamente 50% do que é produzido pelo sistema controlado pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).

Condições favorecem

Dados da SDE mostraram que a Bahia possui 182 projetos nos leilões de energia realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) só em 2017.

Se considerados os contratos privados, o número salta para 237. O município de Sento Sé, a 689 quilômetros de Salvador, é o maior produtor de energia eólica no estado. São 37 parques, entre os que estão em operação e em implantação, que até 2020 gerarão 919,1 MW de energia.

Somando projetos já definidos e parques eólicos em construção, a Bahia terá um volume de realizações maior do que o Rio Grande do Norte, fazendo com que o estado vire referência em energia por vento.. As condições climática e geográfica da região também favorecem este cenário.

Atualmente, a Região Nordeste possui grande capacidade de produção de energia eólica. O Rio Grande do Norte e a Bahia hoje estão em primeiro e segundo lugares no ranking com 135 e 93 parques, respectivamente. Os outros sete estados da concentram, juntos, um total de 884 parques eólicos.

Fonte: A Tarde

Líder em geração, o RN espera por novos leilões para eólicas

O Rio Grande do Norte, maior gerador de energia eólica do Brasil, registra crescimento de 82% na geração, com 1.589 MW em 2016 em relação ao ano anterior. O crescimento se deve a entrada de novos parques que iniciaram a operação comercial junto ao Sistema Integrado Nacional, até novembro do ano passado. Dos 98 parques eólicos que entraram em operação no Brasil, em 2016, 35 foram no RN (918,00 MW). Em todo o país, a geração de energia eólica em operação comercial totalizou 3,6 GW – um crescimento de 53,4%, até novembro de 2016.


Se por um lado, o setor comemora a ampliação da energia dos ventos na matriz, por outro o clima é de incertezas quanto a retomada de novos leilões de energias renováveis e inclusão do RN nestes certames. Na última semana, governadores do Nordeste estiveram reunidos com o Ministério de Minas e Energias para reivindicar a realização de dois certames em 2017 – entre eles o 2LER 2016 cancelado ano passado. Ainda não há definição sobre o tema.

O diretor do Sindicato das Empresas do Setor Energético (SEERN) e do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia, Jean-Paul Prates, reforça a necessidade dos leilões para ampliar a oferta na matriz energética sem interrupções futuras em geração, em meio a manutenção da crise hídrica.

“É importante que os leilões mantenham a regularidade para ter recolocação de entradas de projetos em operação e evitar um gap (intervalo, em tradução livre do inglês) a partir de 2019”, afirma Prates.

Historicamente, de 2009 a 2014, a média anual contratada para energia eólica no Brasil, segundo dados do SEERN, foi de 2 GW. Em 2015, caiu para 1,1 GW. Em 2016, não houve. Isto por que o leilão exclusivo para geração de energias solar fotovoltaica e eólica, que iria acontecer em 19 de dezembro, foi cancelado pelo Governo federal que alegou “falta de demanda”, frente a projeção de sobra de 9 mil megawatts (MW) em 2020.

O Rio Grande do Norte tinha cadastrados 7,195 GW em 223 projetos eólicos e 58 projetos solares – 20% dos 1.260 empreendimentos inscritos para a disputa -, mas acabou excluído juntamente com os estados da Bahia e Rio Grande do Sul devido a insuficiência atual estrutura das linhas de transmissão usadas para escoar a energia.

A decisão foi contestada pelo SEERN, à época, que pediu a reconsideração dos cálculos de capacidade de escoamento remanescente mediante autorização dada em agosto, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para que a empresa Esperanza Transmissora de Energia assuma parte das obras de linhas de transmissão da Abengoa – espanhola que decretou falência – garante escoamento de 500 MW até 2017.

“Há tempo hábil para a revisão de cálculos sobre a capacidade de escoamento da produção para a inclusão do RN, visto que a resolução da Aneel autoriza a construção e conexão mesmo que parcial das linhas de transmissão necessárias à Esperanza se energizar”, lembra Prates.

Geração de Energia Eólica
Local   parques    mw
Brasil     98      2.514,49
RN         35        918,00
BA         22        539,85
PI          14        382,10
CE         13        311,03
PE         10        273,59
RS         04          89,92

Projeção para os Próximos Anos

Brasil 
Em construção: – 137 Parques Eólicos = 3.136,80 MW
Contratados (a construir): – 202 Parques Eólicos = 4.735,75 MW

RN 
Em construção: 16 Parques Eólicos = 417,00 MW
4 Parques Eólicos = 108 MW do 4° LER – 2011
5 Parques Eólicos = 113,40 MW do 18° LEN (A-5) – 2013
7 Parques Eólicos = 195,60 MW do 6° LER – 2014

Contratado:
38 Parques Eólicos = 918,40 MW
2 Parques Eólicos = 52,50 MW do 4° LER – 2011
16 Parques Eólicos = 431,00 MW do 18° LEN (A-5) – 2013
7 Parques Eólicos = 132,00 MW do 5° LER – 2013
7 Parques Eólicos = 166,40 MW do 20° LEN (A-5) – 2014
2 Parques Eólicos = 40,00 MW do 6° LER – 2014
1 Parque Eólico = 25,20 MW 8° LER – 2015
3 Parques Eólicos = 71,30 MW do Mercado Livre

Fonte: Tribuna do Norte

Chint apresenta projeto para instalação de fábrica de painéis solares no RN

Mais um passo importante foi dado para a instalação da fábrica chinesa de painéis fotovoltaicos no Rio Grande do Norte. Na última quinta-feira (09), o governador Robinson Faria participou da apresentação do projeto para a implantação da empresa no município de Extremoz.


O planejamento foi mostrado pelo diretor da Chint na América Latina, Jackie Xiang. Na primeira fase, o investimento da multinacional no RN será de R$ 112 milhões e ofertará 1.300 empregos diretos e indiretos. A fábrica será instalada numa área de 25 hectares e vai gerar por ano cerca de 200 MW. Durante a apresentação, Robinson destacou que a chegada da Chint representa a abertura de uma nova cadeia produtiva para o estado. “Hoje é mais um passo importante que concretiza nossa missão à China no início deste ano. Fomos em busca de investimentos para o Rio Grande do Norte e em breve uma das maiores empresas do mundo de energia solar iniciará a construção em nosso estado. A partir da Chint, novos investidores e empresas chegarão, gerando cada vez mais emprego e renda para os potiguares”, afirmou o governador.

O diretor da Chint, Jackie Xiang, informou os investimentos iniciais no projeto, o modelo da fábrica, os custos da construção e os equipamentos que serão adquiridos. Além disso, Xiang ainda ressaltou o ponto estratégico onde a empresa será instalada. “A localização é próxima à BR e ao aeroporto, o que vai facilitar o transporte de materiais, logística e a vinda de visitantes e clientes a fábrica”. Sobre os prazos, o diretor da Chint comunicou que “as obras serão iniciadas até o mês de fevereiro e a previsão para começar a produção é para novembro de 2018”.

O secretário de Desenvolvimento econômico do RN, Flávio Azevedo, enfatizou que “o estado proporciona um ambiente apropriado para novos investimentos e com a vinda da Chint, o Rio Grande do Norte inicia um novo processo na produção de energias renováveis, já que o estado potiguar é o maior produtor de energia eólica do país e agora, terá uma empresa que produz os equipamentos necessários para esse setor”.


“A Chint vai mudar a economia de Extremoz e proporcionar empregos para os moradores”, disse o prefeito do município, Joaz Oliveira.

No Nordeste, cresce investimento em energia renovável

Da Bahia ao Maranhão, projetos de fontes alternativas de energia elétrica ganham espaço e investimentos.

por Roberto Rockmann 

Foto: Stuckert
Parque de energia eólica
Parque eólico em Marcolândia, no Piauí. O Nordeste concentra a maior capacidade eólica do Brasil
Centenas de operários trabalham em ritmo acelerado para colocar em operação o primeiro complexo eólico do Maranhão. Localizado entre os municípios de Barreirinhas e Paulino Neves, com investimento de 1,5 bilhão de reais da Ômega Energia, os 96 aerogeradores, com potência de 220 megawatts, deverão marcar o início de uma série de projetos do setor no estado.
Outros dois complexos eólicos deverão ser erguidos em breve no Maranhão, cujo governo busca atrair fornecedores de equipamentos, com destaque para a montagem de painéis fotovoltaicos, de olho no interesse de investidores em potencial.
Para aproveitar a linha de transmissão construída para escoar a energia do parque eólico, em área de 100 hectares, várias empresas têm estudado a instalação do primeiro parque solar do estado, que poderá somar mais de 500 milhões de reais em investimentos, destaca o secretário maranhense de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo.
Em um momento de crise aguda, o investimento pode responder por mais de mil empregos.
Quem percorre de carro o interior e o litoral dos estados nordestinos depara-se com dezenas de parques eólicos e solares.
Energia
Parque de energia solar na Bahia (Foto: Carla Ornelas/GovBA)
Juntos, eles vão representar mais de 30 bilhões de reais em investimentos até o fim da década e posicionarão o Brasil entre os dez maiores geradores eólicos do mundo. A força dos ventos e do sol tem criado empregos, se convertido no maior vetor de investimentos da região e ampliado a segurança no abastecimento energético, essencial em decorrência da seca prolongada.
Em julho, a produção eólica respondeu por 12,6% de toda a energia demandada ao Sistema Interligado Nacional. No Nordeste, bateu-se um recorde: 64,2% da energia consumida na região, no último dia 30 de julho, foi proveniente dos ventos. Até 2008 e 2009, o suprimento energético era feito pelas fontes hidrelétricas, oriundas de usinas localizadas na Bacia do Rio São Francisco.
“O resultado tem sido excepcional, até porque a região é atingida por ventos excepcionais e razoavelmente constantes, o que proporciona capacidade de geração que se situa entre as melhores do mundo”, destaca Luiz Eduardo Barata, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema.

Com ventos contínuos e intensos, as usinas eólicas nordestinas chegam a operar em boa parte do tempo com fator de capacidade superior a 60%, o dobro da média mundial. Por várias décadas, o Ceará importava energia do sistema interligado. Com a construção de usinas eólicas nos últimos anos, o segmento passou a responder por um terço da matriz elétrica estadual e possibilitou ao estado exportar energia. Mas não é um caso isolado.
A capacidade instalada em energia eólica no Brasil alcança, atualmente, 11,7 gigawatts, perto de 7,5% da matriz nacional. Pouco mais de 80% dessa potência (9,6 gigas) está localizada em projetos no Nordeste. O Rio Grande do Norte, a Bahia e o Ceará produzem 7 gigawatts por meio de usinas instaladas. O volume só tende a crescer.
No momento, os parques em construção ou contratados no Brasil somam 6,31 gigas, e mais de 90% dessa carga sairá de projetos nordestinos, com destaque para a Bahia, com 3,4 gigas de usinas a serem instaladas nos próximos anos. Até 2020, o estado se tornará o mais produtor de energia eólica do País.
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Zorzoli, da Enel. Transferência de tecnologia é um caminho a seguir
Uma das maiores empresas do setor, a CPFL Renováveis tem 2,1 gigawatts de capacidade instalada em projetos de energia elétrica. Desse total, 1,3 giga provém de usinas eólicas com mais de 85% instalados no Ceará e Rio Grande do Norte. Em carteira são outros 2 gigas no Rio Grande do Norte, em Pernambuco e na Bahia. Cerca de 600 megawatts em projetos solares na Bahia também estão em carteira.
A empresa aguarda os detalhes do leilão de energia solar para analisar sua participação. Hoje, a concessionária tem um projeto piloto de 1 megawatt instalado em São Paulo. “Há mais incertezas em energia solar do que na eólica.
Temos um fabricante de painéis fotovoltaicos no Brasil, então precisamos estudar o financiamento, se é feito aqui ou no exterior, e como reduzir a volatilidade cambial”, aponta Gustavo Sousa,  diretor-presidente da companhia.
O novo cenário de aperto fiscal e a nova política de financiamento do BNDES deverão levar as empresas a buscar outras opções de crédito. Um dos instrumentos podem ser as debêntures de infraestrutura. A CPFL Renováveis emitiu 250 milhões de reais em julho, pela primeira vez, com prazo de cinco anos, voltadas para investidores qualificados. “O mercado de capitais terá de ser mais acionado”, destaca Sousa.
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Araújo, secretário de Indústria do Maranhão. Estado deve ter em breve seu primeiro parque solar
A empresa também conversa com bancos sobre a emissão de debêntures incentivadas no mercado solar, preparando-se para quando ingressar com mais firmeza no segmento, mas ainda há pouco conhecimento sobre a fonte.“Falta o histórico de desempenho, qual o fator de capacidade dos projetos, pois a energia solar dá os primeiros passos, enquanto as usinas eólicas têm conhecimento extenso entre os financiadores.”
A Casa dos Ventos cadastrou 214 projetos eólicos para os leilões de energia nova “A-4” e “A-6”, com perto de 6,2 gigawatts em empreendimentos situados nos estados da Bahia, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, onde estão os recursos eólicos mais competitivos, de acordo com a companhia.
A empresa atuará como desenvolvedora, por meio de parcerias com investidores, para a maioria dos projetos cadastrados, bem como analisa a sua participação isoladamente em um empreendimento. “Continuamos fornecendo projetos competitivos para os principais players do mercado, ao mesmo tempo que buscamos expandir a nossa base de ativos operacionais por meio de investimentos proprietários”, afirma Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios.
O potencial ainda é grande. Até 2026, segundo projeções da Empresa de Pesquisas Energéticas, órgão estatal de planejamento do setor elétrico, essa matriz terá expansão de 41 gigawatts, com predomínio das usinas eólicas e solares, que deverão responder por quase 19 gigas.
No início da década passada, um estudo apontou que o Brasil poderia chegar à potência instalada de 143 gigawatts em energia eólica, dez vezes mais do que a capacidade da usina de Itaipu, uma das maiores do mundo. Mas a medição baseava-se no uso de aerogeradores com altura inferior a 50 metros. Hoje são empregados equipamentos com mais de 100 metros. Quanto maior a altura, maior a velocidade dos ventos, o que amplia as possibilidades de exploração.
Novas tecnologias têm transformado o interior do Nordeste. Em setembro de 2015, em Tacaratu, no sertão de Pernambuco, um projeto pioneiro começou a gerar energia por meio da combinação de vários fatores: um parque híbrido explora turbinas eólicas, que podem gerar 80 megawatts, e placas fotovoltaicas, com potência instalada de 11 megawatts, o maior em operação no País. Juntas, as usinas, que consumiram mais de 600 milhões de reais, são capazes de gerar energia suficiente para abastecer 250 mil residências.
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Sousa, da CPFL Renováveis. Volatilidade do câmbio afeta energia solar
O governo de Pernambuco, que firmou convênios com a concessionária local e o Banco do Nordeste, pretende estimular a microgeração distribuída a pequenos negócios, selecionando fornecedores de equipamentos para as empresas interessadas em investir em painéis fotovoltaicos, que, por sua vez, poderão abater sua própria geração da conta de luz emitida pela companhia elétrica estadual. “Isso é uma garantia que reduz o risco de crédito e abre um enorme potencial”, acredita Luiz Cardoso Ayres Filho, secretário-executivo de Energia de Pernambuco.
O maior projeto brasileiro de energia solar é tocado pela italiana Enel, responsável por três parques solares na região. Em junho, o grupo deu início à operação do parque solar Lapa, na Bahia, com dois meses de antecipação em relação ao prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica. O empreendimento, que soma 158 megawatts de potência, é o maior em operação. No leilão de energia de reserva de 2015, foram contratados os projetos Horizonte (103 megas) e Nova Olinda (292 megas), atualmente em fase final de construção.
“Apoiamos a transferência de tecnologia de parceiros europeus com fabricantes nacionais para desenvolvermos alguns equipamentos que não existiam aqui, impusionando a cadeia de suprimento, antes incipiente. No médio prazo, com o mercado crescendo, esses fabricantes poderão vir aqui e isso contribuirá para a queda dos preços dos equipamentos”, explica Carlo Zorzoli, presidente da Enel.
A partir de 2020, prevê-se a instalação de mil megawatts-pico, potência usada para a fonte, por ano. Em 2026, o País poderia deter 10 gigawatts-pico de centrais solares e 3,5 gigas de geração distribuída solar, de acordo com estimativas do Plano Decenal, ainda em fase de elaboração. “O Brasil tem um potencial muito grande em energia solar. Mas países como Alemanha e China têm mais de 10 gigawatts instalados e aqui não chega a 10% desse total”, observa Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira da Energia Solar.
No início de agosto, os empresários do setor receberam boa notícia de Brasília. O governo estuda criar uma portaria para que as unidades a serem lançadas no programa Minha Casa Minha Vida nos próximos anos incorporem sistemas de energia solar. A expectativa é de que a portaria seja divulgada em breve.
Com entrega prevista de 400 mil unidades por ano de imóveis para a baixa renda, um mercado anual de 1,6 bilhão de reais poderá ser criado e contribuir para o adensamento da cadeia do segmento. “O Brasil tem capacidade para produzir inversores e módulos, mas microinversores ainda são importados e estão centrados nos Estados Unidos, Ásia e Israel. Assim, esses investimentos poderão contribuir para a atração de investimentos”, afirma Sauaia.
O País, que hoje tem pouco mais de 10 mil ligações de microgeração em residências e comércio, deverá ter mais de 800 mil daqui a uma década. O crescimento está no radar da SolarGrid, que tem participado de concorrências privadas de redes de educação e saúde interessadas em investir na instalação de painéis fotovoltaicos para produzir sua própria energia e reduzir a conta de luz.
No primeiro semestre de 2018, a empresa deve concluir 25 milhões de reais em investimentos para construir três plantas solares no norte de Minas Gerais, para abastecer cerca de 90 farmácias de uma rede de drogarias.
“Há outras concorrências que começam a surgir, como a de agências bancárias, e esse movimento deve se acelerar. Temos algumas concorrências de empresas no Nordeste”, diz Diogo Zaverucha, sócio da empresa. Se neste ano a movimentação do mercado corporativo ficar em 10 megawatts-hora-pico, em 2018 a capacidade pode ser dez vezes maior. O avanço das fontes eólica e solar, intermitentes, coincide com a mudança da matriz elétrica.
Enquanto isso, o governo sugere a privatização da Eletrobras, com destaque para a Chesf, que atua no Nordeste. Entre 2013 e 2018, é prevista a entrada de 20 mil megawatts de capacidade hídrica no sistema. Desses, 99% serão produzidos em usinas sem reservatórios. Os benefícios de investimentos do setor para outros segmentos, como navegação de rios, a captação de água ou a irrigação em bacias, ficarão mais restritos.

Gerar energia solar já é mais barato do que a conta de luz


O presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia, esteve em Natal para participar do Ciclo de Debates do Conselho Técnico-Científico do CERNE (Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia). Entrevistado pelos principais veículos de comunicação do Rio Grande do Norte, Sauaia falou sobre o crescimento da energia solar no país.

“Esta fonte de energia limpa renovável e de baixo impacto ambiental cresceu mais de 300% entre 2015 e 2016, e deverá crescer na mesma proporção este ano. Até o final do ano, a expectativa é que o Brasil supere 1GW de capacidade de geração operando no Brasil, o que o colocará entre o seleto grupo dos 25 países do globo que já superaram esta marca”, afirmou o especialista.

Sauaia também confirmou a viabilidade e atratividade desta fonte na geração distribuída. “Gerar energia solar fotovoltaica já é mais barato do que comprar energia da distribuidora na sua residência. O período de recuperação do investimento varia entre 5 a 10 anos, com uma vida útil de mais de 25 anos”, explicou.

O anúncio da vinda da fábrica da empresa chinesa Chint para o Rio Grande do Norte, anunciada pelo Governo do Estado há alguns dias, também foi objeto dos debates. “A vinda de uma empresa importante do mercado global de fabricantes de componentes elétricos tem um aspecto estruturante para toda uma cadeia produtiva intensa em empregos a serem gerados e em novos investimentos a serem feitos no Estado”, confirmou o diretor-presidente do Sindicato das Empresas do Setor Energético do Estado do RN (SEERN) e do CERNE, Jean-Paul Prates.

Durante a visita ao RN, Rodrigo Sauaia e Jean-Paul Prates também descerraram a placa alusiva à cooperação entre CERNE/SEERN e a ABSOLAR, que passou a contar com escritório regional em Natal.

Fonte: CERNE Press

Empresários chineses vão instalar fábrica de painéis solares no RN

Governador Robinson Faria recebeu diretores da companhia chinesa em seu gabinete (Foto: Demis Roussos)

A fábrica de módulos solares fotovoltaicos do grupo chinês Chint Eletrics será instalada numa área de 25 hectares no município de Extremoz, na Grande Natal. A confirmação do investimento, estimado em R$ 112 milhões e que deve ofertar 1.300 empregos diretos e indiretos no Rio Grande do Norte, foi feita nesta quarta-feira, dia 03 de maio, pelo governador Robinson Faria. Em seu gabinete, ele recebeu diretores da companhia chinesa.

Robinson e auxiliares visitaram a China em fevereiro deste ano. O objetivo foi manter contatos com os investidores e consolidar a atração da indústria. Na ocasião, foi assinado um protocolo de intenções com a empresa.

“Foi uma visita muito produtiva porque fizemos contatos importantes e apresentamos as potencialidades do Rio Grande do Norte, não só na área de energia, mas também em relação às exportações de frutas, peixes, camarão… A nossa missão comercial a China é bem-sucedida e a assinatura deste acordo de cooperação tecnológica e estratégica com a Chint vai gerar emprego e renda em nosso estado e atrair novos investimentos”, afirmou o governador.

Em fevereiro deste ano, Robinson também visitou a estação de trem na cidade de Hangzhou, onde o grupo Chint Eletrics Co tem uma fábrica. São 150 mil metros de placas fotovoltaicas que geram 40% da energia consumida pela estação.

Segundo a assessoria de comunicação do governo, a Chint possui instalações na Índia, Alemanha e Estados Unidos e vai atuar na América do Sul, América Central e África com a produção da fábrica no RN. “A Chint é uma das maiores empresas do mundo no setor e atua numa área de forte demanda para o desenvolvimento econômico, como a de energia, e que é básica para as demais atividades econômicas”, explicou Robinson.

Quando instalada, a unidade chinesa no Rio Grande do Norte será a primeira na América Latina. Segundo o governo, a Chint é a segunda maior fabricante de placas fotovoltaicas do mundo.

FONTE: G1

CPFL Renováveis e Gamesa comemoram marca de 2 GW eólicos no RN


A CPFL Renováveis, maior geradora de energia do Brasil a partir de fontes alternativas e a empresa espanhola Gamesa, referência na fabricação de aerogeradores, celebram juntas nesta terça-feira (06), o marco de 2 gigawatts de capacidade em operação, alcançados pela CPFL, e também em turbinas instaladas pela Gamesa em um mesmo complexo eólico.

A marca ocorreu com a entrada em operação comercial do complexo Campos dos Ventos e São Benedito, localizado no município de João Câmara, no Rio Grande do Norte.

O Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE) prestigiou o evento comemorativo realizado pela manhã em Natal. A cerimônia contou com apresentações de executivos das duas empresas. Após o evento, os convidados seguiram para a cerimônia de celebração dos 2GW no complexo eólico em João Câmara.

Com 110 torres distribuídas em nove parques, o complexo soma 231,0 MW de capacidade instalada e possui o maior fator de capacidade dentre os parques eólicos da CPFL Renováveis: 58,5%.

A Gamesa está presente em mais de 55 países, sendo referência na fabricação, instalação e gestão de serviços de operação e manutenção de projetos eólicos.

Fonte: CERNE Press

Rio Grande do Norte tem maioria dos parque eólicos do Brasil


Pela primeira vez uma equipe do Rio Grande do Norte escreve um capítulo na publicação ‘Brasil em Números 2016’ lançada na última quinta-feira (17), na Pinacoteca do Estado, em Natal. Referência nacional em energias renováveis, o RN hoje é o maior produtor nacional de energia eólica.

Até quarta-feira (16), dos 398 parques eólicos em operação comercial no Brasil, 115 estão instalados no Rio Grande do Norte. O diretor-presidente do Centro de Estratégias de Recursos Naturais e Energia (Cerne) Jean-Paul Prates e sua equipe foram os responsáveis pelo capítulo sobre energia. “É uma publicação oficial do resumo estatístico do país. Todos os setores estão nela”, pontuou.

O Brasil em Números é uma publicação bilíngue, em Português e Inglês, que é distribuídas com todas as embaixadas do país no mundo e para todas as instituições oficiais que divulgam os números do brasileiros no planeta.

“Pela primeira vez uma equipe de pessoas do Rio Grande do Norte, no caso do Cerne, foi convidada para escrever o capítulo de energia”, comemora Jean-Paul Prates. Segundo ele, isso é relevante sob duas formas: a primeira, é para o Cerne no sentido de torná-lo uma referência nacional no setor energético em termos de inteligência setorial, estatística e análise. E, também, porque sendo sediado em Natal tem uma importância grande. “Mas, principalmente, isso é importante para o estado do Rio Grande do Norte porque mostra que o estado adquiriu importância nacional no setor de energia.

Especialista em energia e também presidente do Sindicato das Empresas do Setor Energético do RN (SEERN), Jean-Paul Prates lembra que o estado era importador de energia até 2010 e era produtor de zero megawatts até 2007. “(Era) Um estado que saiu do zero, praticamente, e em poucos anos atingiu a condição de exportador regional de energia e referência no setor de energia renovável tendo já passado um bom período como referência no setor de petróleo e gás, também”, complementa.

Prates escreveu o capítulo em coautoria com o diretor Setorial de Engenharia e Infraestrutura Elétrica Milton Pinto, e o coordenador de Gestão de Dados e Estatísticas Setoriais do Cerne, João Agra Neto.

RN gera 32% da energia dos ventos no país

Segundo João Agra, os 398 parques eólicos em operação comercial até quarta-feira passada correspondem a 9,787 GigaWatts de potencia instalada. Os 115 parques do RN nessa data tinham 3,128 GW que correspondiam 31,96% de tudo que está sendo produzido no país, explicou.

No RN, segundo João Agra, os índices variam entre 31% e 32% na operação comercial, bem à frente do segundo colocado, a Bahia, que tem 68 parque em operação e gera uma potência de 1,6 GW. Ou seja, o RN tem quase o dobro sobre a potência da Bahia.

Diariamente, João Agra atualiza os indicadores de energia no site do Cerne com informações sobre investimento em energias renováveis, indicadores gerais do setor de energia elétrica no Brasil e energia solar fotovoltaica.

De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, entre janeiro e setembro deste ano, a produção das usinas eólicas em operação comercial no Brasil atingiu 3,383 Megawatts médios. Houve um crescimento de 55,4% no comparativo com o mesmo período de 2015.

A produção das usinas eólicas em operação comercial no país alcançou 3.383 MW médios entre janeiro e setembro de 2016, o que na comparação com o mesmo período de 2015 representa um crescimento de 55,4%. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a capacidade instalada dos 381 empreendimentos eólicos totalizou 9.713 MW, incremento de 37,7% na comparação com os 7.055 MW registrados em setembro de 2015, quando havia 276 projetos em operação.

Em setembro, dados consolidados da CCEE, por estado, indicaram que o RN permanece como maior produtor de energia eólica do país, com 1.619 MW médios produzidos, aumento de 59,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Depois, aparece o Ceará com 942 MW médios produzidos (+17,3%), a Bahia com 880 MW médios (+73,9%) e o Rio Grande do Sul que alcançou 602,6 MW médios (+42,7%) no mês de setembro.

O RN também tem a maior capacidade instalada de energia eólica do país com um total de 2.956 MW. O estado aumentou em 33,6% sua capacidade relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, aparece o Ceará com 1.881,6 MW (+226,8%), a Bahia com 1.750 MW (+45,6%) e o RS com 1.522,3 MW (+8,3%).

Brasil em números

A 24ª edição de Brasil em Números, lançada ontem em Natal para todo o país é uma publicação anual com informações sobre aspectos da realidade brasileira como Contas Nacionais, preços e características demográficas e socioeconômicas da população, entre outras. O livro pode ser acessado na Biblioteca ou adquirido na Loja Virtual do IBGE. O livro é ilustrada com obras do Museu Pinacoteca do Estado do Rio Grande do Norte, localizado no centro histórico da capital potiguar.

Fonte: Silvio Andrade | Novo Jornal

IFRN ultrapassa 1MWp em geração solar fotovoltaica


Na tarde do dia 31 de agosto, entrou em operação o minigerador fotovoltaico do Campus Caicó. Com potência instalada de 114 kWp, o gerador é composto de 440 painéis de 260 Wp, além de 4 inversores trifásicos de 25 kW. Os painéis, responsáveis pela conversão da luz solar em eletricidade, foram instalados sobre área de estacionamento, cobrindo cerca de 708 m².

Estima-se que produzirá cerca de 171,6 MWh anuais, o que representa 41% do total de energia elétrica consumida no Campus nos últimos 12 meses. Em termos monetários, haverá redução de quase R$ 55 mil na despesa anual da unidade. O benefício para o meio ambiente será evitar a emissão de 22 toneladas de CO2 na atmosfera, o que ocorreria caso toda a energia fornecida pelo gerador fotovoltaico fosse fornecido pelo sistema elétrico convencional.

“Com entrada desse gerador, o IFRN ultrapassou a marca de 1 MWp fotovoltaico em funcionamento”, comentou Franclin Róbias, engenheiro eletricista do Instituto. Segundo registros da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), atualmente no RN apenas a Usina Solar Alto do Rodrigues tem capacidade instalada superior. O Brasil tem apenas 8 usinas fotovoltaicas com capacidade entre 1MWp e 10 MWp. As maiores em operação no país são as usinas Fontes Solar I e II, com 5 MWp, cada.

Agora o Instituto tem 10 geradores fotovoltaicos distribuídos em suas unidades: Reitoria e, além do Campus Caicó, os campi Currais Novos; Canguaretama; Ceará-Mirim; São Paulo do Potengi; Parelhas; São Gonçalo; Pau dos Ferros e João Câmara. O gerador do Campus Lajes aguarda a conclusão dos trâmites finais junto à COSERN para autorizar o funcionamento.

A Instituição está realizando a aquisição de mais 3 geradores para os Campi Mossoró, Santa Cruz e Natal- Zona Norte. Uma licitação para contemplar as unidades Apodi, Cidade Alta, Ipanguaçu, Macau, Nova Cruz e Parnamirim está em andamento. A meta atual é cobrir com fonte renovável pelo menos 30% do consumo de energia elétrica de cada unidade do IFRN.


Energia solar no IFRN

O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) foi a primeira instituição pública do Estado a aderir ao sistema de compensação de energia regulamentado pela Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL. Conforme a REN 482/2012, um consumidor de energia elétrica que instale pequenos geradores em sua casa, condomínio ou empresa (como, por exemplo, painéis solares fotovoltaicos e pequenas turbinas eólicas) pode utilizar a energia gerada para abater o consumo de energia elétrica da unidade. Quando a geração for maior que o consumo, o saldo positivo de energia poderá ser creditado na fatura dos meses seguintes.


Fonte: Comunicação IFRN

EDP Renováveis começa a construir mais uma eólica no RN este mês

EOL Jaú tem 90 MW e até o fim do ano, EOL Alegria também começa a ser construída. Empresa deve participar do LER este ano.

Por Pedro Aurélio Teixeira

A EDP Renováveis vai iniciar este mês as obras do complexo eólico Jaú (90 MW), no Rio Grande do Norte e em até três meses, começa a construção de Aventura (30 MW). No ano que vem deve começar a implantação de Babilônia (140 MW), na Bahia. Ainda este ano, ela deve participar do leilão de reserva, embora não revele com qual projeto. 

Sem estabelecer uma meta de capacidade a ser alcançada no país, Renato Volponi, gerente regional da empresa, ressalta que apesar da atuação dela no país ainda ser considerada pequena na comparação com outros mercados em que atua, o ímpeto de crescimento é grande. "Em termos de disponibilidade e vontade de crescimento, estamos muito além do traço", afirma.

O executivo não considera a meta de contratação de 3 GW por ano ousada. Segundo Volponi, o valor parece alto devido ao momento do país, já que quando ele estava em franco crescimento, a contratação necessária era de 10 GW por ano. "Certamente as eólicas teriam mais de 3 GW em contratação. Pode parecer alto porque estamos em depressão, mas é um número que tem a proporção do Brasil", explica.

Já com usinas solares em outros países, a EDP Renováveis vislumbra viabilizar projetos dessa fonte no país, mas ainda espera o melhor momento. Volponi compreende as dificuldades que os investidores solares estão enfrentando, devido ao pioneirismo e pelo momento de crise que passa o país. "No momento está complicado para investir em solar", diz.

Em março deste ano, a EDP Renováveis colocou em operação o complexo eólico Baixa do Feijão (RN - 120 MW). Ela já possui usinas eólicas em operação na região Sul do país, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A Gamesa vai fornecer as turbinas para o parque Babilônia e a Wobben será a fornecedora de Aventura e Jaú. Volponi elogiou a volta do Banco do Nordeste do Brasil ao financiamento de usinas eólicas, mas a empresa ainda não formalizou ao banco nenhuma proposta.