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6 maneiras bem simples para você produzir menos lixo

O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da china e da Índia


Os plásticos que hoje fazem parte do nosso cotidiano apareceram pela primeira vez nas prateleiras nas décadas de 1920 e 1930. Foram cem anos do primeiro grama até as quase 300 milhões de toneladas que produzimos todo ano. Os números impressionam. Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, na primeira década de 2000 a produção de lixo plástico se igualou ao montante dos últimos 40 anos. Ainda segundo a entidade, 79% desse lixo acabam nos rios, por onde chegam aos mares.

Um estudo divulgado no Fórum Econômico Mundial de Davos, em 2016, estima que, em 2050, haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. De acordo com os cientistas, a proporção de toneladas de plástico por toneladas de peixe era de uma para cinco em 2014, será de uma para três em 2025 e a maioria em 2050. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) diz em relatório que foram encontrados polímeros sintéticos no organismo de 800 espécies marinhas consumidas pelo homem.


O desastre não se restringe só aos mares: um trabalho realizado por pesquisadores das Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Rural de Pernambuco (UFRPE) analisou a ingestão de microplástico por bagres encontrados na região. Mais de 80% deles tinham detritos plásticos em seus intestinos, uma das maiores proporções para peixes de água doce já relatadas no mundo. “Nos últimos dois, três anos, tivemos pesquisas que identificaram microplástico em todos os mares do mundo, em todas as profundidades, inclusive na Antártida”, diz Anna Carolina Lobo, coordenadora do Programa Mata Atlântica e Marinho da WWF-Brasil.

A ingestão dessas pequenas partículas não fica só na vida aquática. O plástico já está dentro de nós. Uma pesquisa com oito indivíduos de oito países distantes uns dos outros, como Finlândia, Japão, Itália e Áustria, encontrou microplástico nas fezes de seis voluntários.

O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da Índia. Dos 11,3 milhões de toneladas de polímeros descartados, 98% são coletados, mas só 1,28% acaba sendo reciclado, segundo dados do Banco Mundial.

Em São Paulo, maior cidade do Brasil, 40% do lixo que vai para aterros – que têm por aqui só mais dez anos de vida útil – poderia ser reciclado, segundo o Recicla Sampa, movimento de conscientização para a reciclagem criado pelas concessionárias responsáveis pela coleta seletiva na cidade. “O consumidor precisa ser sensibilizado e educado. Não dá mais para as pessoas acharem que lixo é algo que eu jogo no cesto e ele desaparece”, acredita Anna. Ainda segundo o Banco Mundial, cada brasileiro produz, em média, 1 kg de lixo plástico por semana.


Para te ajudar a ter mais consciência ambiental, eis a seguir seis passos para você adotar no dia a dia – agora mesmo:

#1 Evite plásticos de uso único

Produtos de plástico usados uma única vez antes de ir para o lixo estão na mira das políticas ambientais atuais. algumas cidades do brasil já implementaram leis proibindo canudinhos. Os talheres plásticos são as próximas vítimas. leve uma xícara e/ou um copo para seu ambiente de trabalho. você economiza mais de uma dezena de copos plásticos por semana com esse gesto simples. se você faz questão de usar canudo, já são comuns no mercado os de metal e bambu, fáceis de carregar e limpar. copos dobráveis também são uma boa ideia.

#2 Identifique o plástico nos pequenos detalhes

Você já parou para pensar que o cotonete que você usa tem uma haste de plástico? Que, descartado com o lixo do banheiro, ele nunca vai ser reciclado? e que, daquele tamanho, ele pode facilmente acabar em um curso d’água e parar no oceano? Quebre esse ciclo! por exemplo, já existem marcas que produzem a haste em papelão. O filme plástico para conservar alimentos é outro vilão despercebido. Os papéis encerados prometem ser a nova alternativa queridinha no mercado de sustentáveis.

#3 Fuja também do microplástico

Produtos de beleza e higiene, como esfoliantes e pastas de dentes, contêm micropartículas de plástico que caem na rede de esgoto e acabam, invariavelmente, em rios ou oceanos. leia os rótulos para evitá-los e procure alternativas naturais, como esfoliantes caseiros feitos com fubá.

#4 Abandone a maldita sacolinha

Uma sacola plástica é usada, em média, por 12 minutos. depois é descartada e nunca mais desaparece do planeta. use uma sacola de pano ou caixa de papelão para trazer as compras para casa. na hora de comprar vegetais, abra mão do saquinho plástico à disposição nas gôndolas e leve-os soltos. não se preocupe, eles não vão fugir.

#5 Troque o plástico pelo vidro

Em vez de colecionar potes de plástico cujas tampas somem misteriosamente, guarde vidros de geleia e conservas para armazenar grãos, farinhas e até sobras de molho e sopas.

#6 Separe seu lixo

Minimize o impacto do lixo que não pode ser evitado. separe os recicláveis do orgânico e se informe sobre a frequência da coleta seletiva na sua rua. economize água ao lavar as embalagens. “O ideal é deixar as embalagens com restos de comida dentro da pia e aproveitar a água utilizada na lavagem da louça, a água de reúso. O objetivo é realmente reciclar em todos os sentidos”, explica Edson Tomaz de Lima Filho, presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana de São Paulo (AMLURB).

Pesquisadores criam abelha-robô alimentada por energia solar


Pesquisadores do Laboratório de Microrobótica de Harvard criaram uma abelha-robô que utiliza energia solar e não precisa de um cabo de energia. A inovação ainda está sendo aperfeiçoada, mas, quando pronta para voar fora dos laboratórios, poderá auxiliar em operações de busca, salvamento e exploração ambiental.

Chamada de RoboBee X-Wing, a tecnologia é resultado de muito estudo para tornar o protótipo mais leve, menor e com novos recursos. Potencialmente, a RoboBee poderia voar dentro e fora d’água por anos por conta de suas células solares e par extra de asas.

Esta versão da abelha-robô pesa um quarto de um clipe de papel e pode bater suas asas 120 vezes por segundo — ainda longe do patamar do inseto real, que bate as asas entre 190 e 200 vezes por segundo.


Anatomia

O robô em forma de abelha consegue bater as asas graças as células solares que geram 5 volts de eletricidade e um micro transformador que fornece 200 volts. A voltagem faz com que os atuadores piezelétricos se movam igual a músculos.

Como sua energia é gerada por células solares, a RoboBee ainda não pode sair em missões — quando não está diretamente sob a luz ela não funciona. Os pesquisadores estudam ainda como manter o inseto biônico no ar por mais de dois segundos.


A abelha-robô poderá ir para a natureza quando a tecnologia das células solares for melhorada e as baterias diminuidas de tamanho. A anatomia do inseto robótico foi desenhada para ser ágil, manobrável e silenciosa, podendo, futuramente, conviver sem prejuízos com humanos.


Pesquisadores desenvolvem método para sintetizar grafeno a partir de casca de eucalipto abundante

Cientistas australianos e indianos desenvolveram um método de fabricação de grafeno solúvel de forma rentável e ecologicamente correta a partir de um dos recursos mais comuns da Austrália, as árvores de eucalipto.

As árvores de goma australianas poderiam ajudar uma futura geração de painéis solares super eficientes. Imagem: seagul / Pixabay

Um átomo camada espessa de átomos de carbono dispostos em uma formação hexagonal, o grafeno oferece a capacidade de transportar uma carga muito mais rápido do que outros materiais e há muita pesquisa sobre o material, com a síntese sustentável de folhas de grafeno de alta qualidade um tema quente.

Uma nova abordagem desenvolvida por pesquisadores da RMIT University na Austrália e do Instituto Nacional de Tecnologia da Índia, Warangal, usa o extrato de casca de eucalipto para sintetizar o grafeno, tornando-o mais barato e mais sustentável do que os métodos atuais. O pesquisador líder da RMIT, Suresh Bhargava, disse que o novo método poderia reduzir pela metade o custo atual de produção de US$ 100 / g.

“O extrato de casca de eucalipto nunca foi usado para sintetizar folhas de grafeno antes e estamos entusiasmados em descobrir que ele não apenas funciona, mas também um método superior em termos de segurança e custo total”, disse Bhargava, acrescentando a abundância de eucaliptos na Austrália, tornou-se um recurso barato e acessível para a produção de grafeno.

As características distintivas do material fazem dele um material transformador que pode ser usado no desenvolvimento de melhores painéis solares, bem como em eletrônicos flexíveis, chips de computador mais potentes, filtros de água e biossensores. “É um material notável, com grande potencial em muitas aplicações, devido às suas propriedades químicas e físicas, e há uma demanda crescente de produção em larga escala econômica e ambientalmente amigável”, acrescentou o pesquisador líder.

O material mais fino e mais forte conhecido, o grafeno também é flexível e transparente e conduz calor e eletricidade 10 vezes melhor que o cobre, tornando-o ideal para qualquer coisa, desde a nanoeletrônica flexível até as melhores células de combustível. Embora seja um bom exemplo para o desenvolvimento de células solares ultratinas altamente eficientes, o grafeno tem sido afetado por uma vida útil de portadora extremamente curta. Com os elétrons excitados pela luz do sol, movidos apenas por um picossegundo - um milionésimo de um milionésimo de segundo - os cientistas também estão procurando métodos para obter um melhor controle sobre a vida útil dos elétrons excitados.

Um método mais ecológico

A redução química é o método mais comum para sintetizar o óxido de grafeno, pois permite a produção de grafeno a um custo relativamente baixo a granel. No entanto, depende de agentes redutores que são perigosos para as pessoas e para o meio ambiente.

O professor Vishnu Shanker, do Instituto Nacional de Tecnologia de Warangal, disse que a química "verde" derivada do eucalipto evita o uso de reagentes tóxicos, potencialmente abrindo a porta para a aplicação do grafeno não apenas para dispositivos eletrônicos, mas também para materiais biocompatíveis.


Em seu experimento, os pesquisadores usaram uma solução de polifenol de eucalipto obtida a partir de um extrato de casca de eucalipto para desencadear a redução do óxido de grafeno esfoliado em grafeno solúvel sob condições de refluxo em meio aquoso. Isso levou à remoção efetiva das funcionalidades de oxigênio do óxido de grafeno.

Quando testado em um supercapacitor, o grafeno 'verde' produzido correspondeu à qualidade e desempenho do grafeno tradicionalmente produzido, sem os reagentes tóxicos.

Sais fundidos para converter termelétricas a carvão do Chile em usinas sustentáveis

O Programa Energético da Associação Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), em conjunto com a Agência Aeroespacial Alemã (DLR), propõe aos geradores e instituições do setor elétrico a implementação de uma tecnologia inovadora, que utiliza sais fundidos para reconversão das atuais usinas termelétricas a carvão em usinas renováveis.

Na proposta GIZ Chile, sais derreter por electricidade a partir de fontes renováveis, que são armazenados em tanques a temperaturas próximas de 500 ° C, para gerar vapor e, em seguida, convertê-la em energia quando necessário, para ser utilizado. Foto: Hugo Muñoz / GIZ

O recente anúncio do governo do Chile de remover o carvão da matriz elétrica até 2040 traz consigo uma série de desafios para a indústria, seja no sistema de transmissão, para trazer mais energias renováveis ​​para os centros de consumo; e outro fundamental é o destino das atuais usinas movidas a carvão e sua contribuição na geração de base.

Neste contexto, o Programa de Energia da Associação Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), juntamente com a Agência Aeroespacial Alemão (DLR), estão levantando geradores e instituições da implementação setor elétrico de uma tecnologia inovadora, que utiliza sais derretido para a reconversão das atuais usinas termelétricas a carvão.

Rainer Schröer, diretor do programa da GIZ, explica que "esta tecnologia integra lagoas de sal derretido, e as plantas de energia solar concentrada (CSP), infra-estrutura de termelétricas parar de funcionar, abrindo este uma nova alternativa para a descarbonização da matriz ".

Essa solução é chamada de "Carnot Battery" e foi apresentada como uma das alternativas na Tabela de Descarbonização do Ministério da Energia. "Agora estamos conversando com algumas empresas para apoiar um piloto no Chile dessas novas usinas termelétricas, para o armazenamento de energia renovável", diz Schröer.

Em abril deste ano e graças a um convite da GIZ, o Dr. Michael Geyer, assessor sênior para o desenvolvimento de projetos de energia solar e armazenamento de DLR, esteve no Chile e apresentou essa tecnologia para diferentes entidades e empresas.

Geyer explicou que essa tecnologia "proporciona mais flexibilidade, não gera emissões e aproveita a infra-estrutura existente de usinas termelétricas, reduzindo o impacto sobre o emprego. Além disso, os sais que são usados ​​para este tipo de aplicações são produzidos localmente ", disse ele.

O melhor dos dois mundos

Essa tecnologia é baseada em sais que são derretidos, usando eletricidade de fontes renováveis, que são armazenados em lagoas a temperaturas próximas a 500 ° C, para depois gerar vapor e convertê-lo em energia quando necessário, "seja nos horários de pico". demanda ou quando não há sol ou vento. A tecnologia usada para aquecer os sais pode ser bombas de calor ou resistências elétricas ", diz Rainer Schröer, da GIZ. A turbina a vapor e outros sistemas permanecem na fábrica, mantendo não apenas sua configuração, mas também toda a infraestrutura elétrica.

Vantagens para o Chile

É assim que as empresas geradoras estão vendo uma opção nesse desenvolvimento ", dados os baixos preços da geração renovável no norte do país e considerando que, por exemplo, 50% da capacidade de geração de carvão está na região de Antofagasta (Tocopilla e Mejillones), bem como os grandes centros de consumo de mineração, que gerariam um mercado atrativo ", explica Schröer.

Finalmente, Schröer argumenta que um dos pontos mais importantes desta tecnologia é que a conversão permitiria manter os empregos existentes, reduzindo assim o impacto sobre a comunidade como resultado do fechamento de usinas tradicionais, para que ela possa se tornar uma solução chave para a transição energética no Chile.

Economia sustentável deve focar na educação e fiscalização


Países defendem medidas para atingir desenvolvimento sustentável 

Representantes defendem o rigor na fiscalização ambiental para combater irregularidades 
FOTO: GOMES AVILLA/INSTITUTO BRASIL-ÁFRICA

Fatores como o crescimento não sustentável das indústrias e o mau uso dos recursos naturais provocam impactos negativos no meio ambiente. Para trocar experiências sobre o desenvolvimento sustentável, ministros, diretores e especialistas de vários países se reuniram, ontem (24), no Centro de Eventos do Ceará, na 1ª Conferência Ministerial Regional das Américas sobre Economia Verde, que vai até quarta-feira (26).

O evento funciona como uma rede estratégica para dar visibilidade a casos bem-sucedidos de investimento, além de ser um intercâmbio de soluções e experiências voltadas ao meio ambiente.

Entre os assuntos listados, estavam investimentos em educação e reforços em fiscalização, tidos como essenciais para consolidar a economia verde em todo o planeta, de acordo com os representantes. Especialistas afirmaram que países que conciliaram ações educativas e estimularam o diálogo entre o setor produtivo e a sociedade não enfrentam resistências em introduzir práticas ambientais que reduzam a poluição.

Oportunidades

O presidente do Instituto Brasil-África, João Bosco Monte, diz que a cidade foi escolhida para sediar o evento porque atualmente é destaque entre as demais. O fato, explica, pode suscitar outras possibilidades para o turismo sustentável e ecológico e para o desenvolvimento de negócios. "A beleza do evento é conhecermos o que tem de bom no nosso entorno. O Estado tem se apresentado como um hub de discussões, gerando muitas oportunidades para as empresas que têm relação com o assunto", pontua.

O Ceará tem se destacado no que diz respeito às produções agrícolas sustentáveis, principalmente no interior. Isso faz com que o Estado ganhe um destaque nacional quando comparado aos demais que aderem à economia verde, conforme a secretária de Política Agrária da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece), Rosângela Moura.

O PERC ainda é sustentável?

A degradação inicial induzida pela luz nos módulos PERC é atualmente objeto de intenso debate, mas os testes realizados na PI Berlin mostraram que o problema pode ser resolvido. O fundador e CEO, Paul Grunow, explica os efeitos, o foco e os resultados.

Câmara climática em PI Berlin. A degradação do LeTID é testada a temperaturas elevadas. Imagem: PI Berlin

Embora a degradação inicial tenha sido mais uma vez objeto de intenso debate, em essência não é novidade. Normalmente, a degradação induzida pela luz (LID) reduz a eficiência dos módulos em um a três por cento. Isso é subtraído diretamente do valor nominal dos módulos e os especialistas e os bancos levam isso em conta ao calcular as previsões de desempenho. Por este motivo, a medição de LID tem sido um componente chave do nosso teste de painel fotovoltaico.

Com PERC, no entanto, os módulos do problema é a aquisição de um novo urgência por causa do efeito de degradação induzida por luz e temperatura elevada (luz e degradação induzida pela temperatura elevada, LeTID), conhecida desde 2012, e é mais pronunciado no os módulos PERC do que nos LIDs da tecnologia anterior. Temperaturas mais altas e níveis de luz mais intensos podem acelerar bastante este processo no laboratório, daí o nome. Portanto, a velocidade de degradação depende da localização. O gráfico ilustra isso para os módulos sensíveis ao LeTID, comparando os valores medidos na Alemanha fria com a degradação acelerada no Chipre mais quente. LID e LeTID são distinguidos por três características:
  • O grau de degradação: é maior para módulos suscetíveis a LeTID (4-10%) e LID do que para módulos que sofrem apenas de LID (1-3%).
  • O LeTID ocorre uma ordem de grandeza mais lenta que a LID: Demora cerca de 1.000 horas no laboratório a 75 graus Celsius e no ponto de potência máxima (MPP) para que o LeTID atinja o grau de degradação total. Pelo contrário, a diminuição no desempenho devido ao LID é esgotada depois de alguns dias. As condições do campo são semelhantes, mas dependem do clima. O máximo de LeTID ocorre após 10 anos na Alemanha e quatro anos em Chipre, onde a temperatura média do módulo é 25 graus Celsius maior com uma irradiação proporcionalmente maior. LID, por outro lado, atinge seu máximo após alguns dias no campo em ambos os locais. Felizmente, o LeTID pode ser medido mais rapidamente no laboratório. O efeito pode ser acelerado aumentando a temperatura do módulo em pelo menos um fator de dois para cada 10 graus de temperatura e aumentando a injeção do transportador de carga. Este último pode ser alcançado alterando a operação no ponto operacional máximo para o "modo VOC" sem carga, em que as extremidades dos terminais do módulo formam um circuito aberto. Isso acelera o LeTID por um fator de aproximadamente 10.
  • Regeneração de LeTID com os mesmos parâmetros: As imagens EL na p. 66 ilustram como a degradação do LeTID é regenerada após atingir o ponto de degradação total - ao contrário do LID - mesmo sem alterar nenhum parâmetro externo. Esse ciclo também pode ser acelerado, aumentando a temperatura e mudando para uma operação sem carga, com a injeção de mais transportadores de carga.

O feedback ajuda?

Como os módulos também se regeneram no campo depois de atingirem o ponto de máxima degradação, é tentador pensar que o problema do LeTID é exagerado. Mas mesmo em um clima como o de Chipre, a regeneração leva oito anos, enquanto na Alemanha pode durar até 20 anos.

Portanto, a regeneração dos módulos sensíveis ao LeTID deve ser acelerada antes do comissionamento. Isso é possível no campo, mas até agora só foi demonstrado em módulos individuais sem carga, isolados termicamente e sem carga. O aumento resultante na injeção da portadora de carga e na temperatura do módulo acelerou o tempo de regeneração na Alemanha para seis meses. Em lugares mais quentes, como Chipre, essa abordagem pode ter sucesso em apenas dois meses. Mas esta não é uma opção muito fácil de usar. Estabilização no nível de célula ou módulo é melhor. O instalador da fábrica deve concordar com isso contratualmente e depois realizar verificações aleatórias aleatórias para garantir que os módulos instalados realmente se estabilizaram.

Embora o mecanismo físico por trás do LeTID ainda não seja totalmente compreendido, é um fato que as células estáveis ​​do LeTID podem ser produzidas pela adaptação do processo de produção da célula. A melhor maneira de conseguir isso é executar o ciclo de Leit em temperaturas suficientemente altas sob irradiação como a etapa final de produção ou condicionamento antes da classificação das células. Este processo foi originalmente desenvolvido para o LID. O processo quase não produz perda de eficiência e pode ser realizado por máquinas de produção disponíveis no mercado para fabricantes de células. Uma vantagem adicional é que também elimina a degradação do LID. A existência e eficácia de tal subprocesso pode ser verificada de forma rápida e eficiente no contexto de uma inspeção de fábrica. Outra possibilidade para os fabricantes de módulos é um ciclo de regeneração da degradação que é realizado aplicando corrente ao laminador. No entanto, esse processo é protegido por uma patente.

A regeneração antes da instalação também é importante, já que as grandes usinas com vários megawatts tendem a ser revendidas no mercado secundário depois de alguns anos. No pior dos casos, a venda ocorreria precisamente no ponto em que a degradação do LeTID atingisse seu máximo.

Se as células não são já regenerado durante a produção, de uma forma prática para o tratamento de degradação pode ser a correção do valor nominal da placa para a saída do módulo, dependendo do grau de degradação LeTID, como tem sido feito com tampa . Alternativamente, em vez de introduzir uma degradação inicial fixa nas simulações de desempenho, uma taxa de degradação anual aumentada pelo LeTID poderia ser introduzida. No exemplo da tabela da página 64, isso significaria subtrair 1,75% ao ano por quatro anos até atingir -7%, mais o valor padrão de -0,5% ao ano, o que explica o envelhecimento. dos materiais de encapsulamento e soldagem. No total, no exemplo anterior, isso significaria -2,3% ao ano em Chipre e -1,2% ao ano na Alemanha. Mas mesmo para esta solução, Os EPCs e investidores devem primeiro conhecer a extensão do efeito no módulo correspondente. Em qualquer caso, os testes são importantes.

Testes LeTID

Para saber como os módulos mais frequentes são protegidos contra o LID e o LeTID, adquirimos seis de cada um dos 10 tipos de módulos PERC no mercado aberto, dois deles policristalinos.

Nós os examinamos sob as condições de teste: Para acelerar o LeTID, expusemo-los na câmara climática a 75 ° C, no escuro sob uma corrente direta no ponto de máximo desempenho sob condições de teste padrão. Este teste acelerado também é proposto atualmente no esboço da segunda edição do padrão IEC 61215-2: Detecção do LeTID sob MQT 23.1, que requer a repetição do teste por 162 horas até a estabilização. Os módulos são considerados estabilizados se a redução de potência for inferior a um por cento da capacidade nominal. Atenção aos detalhes é essencial ao realizar esses testes. Conforme a amperagem aumenta, mais transportadores de carga são injetados e a taxa de degradação aumenta. Mas cuidado: a amperagem excessiva pode fazer com que o ciclo de degradação e regeneração passe despercebido. Frequentemente, os círculos especializados ouvem que os módulos monocristalinos são menos suscetíveis ao LeTID do que os módulos policristalinos. Uma degradação do LeTID superior a sete por cento é relatada, principalmente em módulos multi-PERC [Kersten 2015]. Mas até agora não pudemos observar nenhuma diferença significativa em nossos testes. Na verdade, muitas vezes encontramos o oposto, e um dos módulos multi-PERC sofreu muito pouco o LeTID.

Dos 10 tipos de módulos testados, os dois tipos de módulos policristalinos foram degradados em no máximo dois por cento após 1.000 horas, enquanto a distribuição entre os outros módulos mono-PERC variou de um a quatro por cento (ver o gráfico à esquerda). É possível que os fabricantes de produtos multi-PERC tenham tomado medidas para neutralizar esses efeitos, enquanto alguns fabricantes de produtos mono-PERC continuam concentrando seus esforços principalmente no LID e não estabilizam totalmente as células.

Neste contexto, a degradação adicional causada pelo LeTID é um argumento fundamental contra a tecnologia PERC? Não, a mudança para essa tecnologia era racional e ainda é porque é lucrativa. Mais e mais fabricantes estão omitindo qualquer menção ao PERC em suas próprias folhas de especificações, ou porque agora é padrão de qualquer maneira e não requer nenhuma menção especial, ou para evitar qualquer discussão sobre o LeTID. Além disso, essa degradação adicional pode ser eliminada com medidas de produção de células que são virtualmente neutras em termos de eficiência.

Nossa avaliação da situação é que o PERC é 100% financiado neste caso. Mas esta conclusão deve ser verificada por testes independentes e não apenas para os fabricantes, por meio de auditorias de fábrica e testes de laboratório qualificados.

Por enquanto, a viabilidade dos projetos também deve ser confirmada - por exemplo, por meio de testes aleatórios de laboratório - porque ainda não entendemos o que causa o problema.

No entanto, um esclarecimento científico definitivo do mecanismo deve ocorrer o mais rápido possível, uma vez que aumentaria a credibilidade e a confiabilidade das adaptações do processo para o PERC. Esse esclarecimento é particularmente importante para os fabricantes do PERC que não acreditam que eles sejam afetados, embora seus módulos tenham mostrado sensibilidade ao LeTID além do LID no teste PI Berlin.

tecnologias de geração de célula usando bolacha do tipo n, em vez de pastilhas de p-tipo como a bolacha do tipo n PERC, HJT ou n-PERT são células PERC princípio mais estáveis ​​em termos de degradação induzida luz Pelo menos a PI Berlin e outros laboratórios ainda não encontraram nenhuma indicação em contrário. Essas tecnologias têm um potencial maior de eficiência, mas são mais caras para os fabricantes de celulares devido aos custos mais altos de adaptação. Se o problema for resolvido melhor por melhorar o nosso entendimento da LeTID ou indo para a próxima geração de tecnologias celulares, esperamos que o conhecimento científico para acelerar a busca pela melhor solução.

Sobre o autor: Paul Grunow é co-fundador da PI Berlin.

Corona pensa em você e no meio ambiente, eles dão cerveja para quem faz reciclagem de plástico!



Eles criaram uma série de máquinas de venda automática, nas quais você não paga com dinheiro para uma cerveja gelada e espumante. O que você tem a fazer é inserir três garrafas pet vazias nelas e você está apto à receber uma garrafa de Corona em troca.

As máquinas serão colocadas em diferentes pontos turísticos de lugares como Itália, Espanha, Caribe, América Latina e, claro, também no México.


Além dessa iniciativa ecológica que dá cerveja para reciclagem, a Corona já criou um pacote de seis latas com material biodegradável. A empresa anunciou que, durante os meses de junho, julho e agosto de 2019, venderá uma edição especial em nove países e se comprometeu a limpar um metro quadrado de praias para cada seis pacotes vendidos.

Essa limpeza será feita em 23 países, incluindo o México, e a meta é cobrir dois milhões de metros quadrados.


Já estamos coletando garrafas plásticas e esperando máquinas de venda de cerveja chegarem às nossas cidades. Vamos ver o quanto podemos beber enquanto reciclamos.

As pessoas querem fazer um esforço para terem uma vida mais sustentável, mas a maior parte delas tem limitações financeiras

Helen Duphorn, Country Manager da IKEA Portugal, em entrevista à VISÃO. Foto: Luís Bar

A sustentabilidade ambiental e a redução de desperdício estiveram, desde sempre, no ADN da gigante retalhista IKEA. Ao longo dos anos, o grupo tem investido em parques eólicos, florestas certificadas, energia solar, empresas de reciclagem, entre outros, numa tentativa de se tornar cada vez mais verde. Quando as alterações climáticas e as necessidades urgentes de mudança de comportamento ocupam a agenda política e mediática, a VISÃO falou com Helen Duphorn, a country manager da IKEA em Portugal, para perceber a estratégia da empresa sueca que está na casa de muitos portugueses. A gestora salienta que Portugal fez uma mudança radical em termos de prioridades e preocupações, estando disposto a mudar comportamentos, mas salienta que a luta em prol dos Direitos Humanos, da igualdade de género e contra a violência doméstica são assuntos que andam de mãos dadas com a sustentabilidade ambiental.

A sustentabilidade é um tema para a IKEA há vários anos. Diria que é algo natural?

Absolutamente. O nosso principal objetivo, desde sempre, é ajudar as pessoas a melhorarem a sua vida em casa, o que significa que sempre tivemos e teremos de praticar preços acessíveis. Senão, não estamos a cumprir o nosso objetivo. A IKEA sempre foi muito boa a controlar os custos – e por isso é que só podemos contratar pessoas que partilhem dos nossos valores. Não há quaisquer luxos nesta empresa. Toda a gente está habituada a apanhar o autocarro, quando precisamos de voar para outro destino é sempre em classe econômica, cada um vai buscar o seu próprio café, não há quaisquer serviços extra que não sejam necessários. Seguimos exatamente os mesmo princípios na produção: tudo é pensado para que não se desperdice material, para que o processo de produção seja muito eficiente. Porque se não for assim, vai custar-nos dinheiro. 

É o mesmo no caso de não darmos boas condições de trabalho. E aqui não é apenas uma questão de dinheiro. Se queremos melhorar a vida das pessoas, temos de começar com os nossos colaboradores, e com os nossos fornecedores. Isso não é nada de novo. Pelo menos para nós. Por exemplo, eu fui responsável pela área das compras na Índia, Paquistão e Bangladesh, há 20 anos. E a parte fundamental do meu trabalho era garantir que as condições de trabalho – salários, subsídios de turnos, as próprias condições físicas – eram cumpridas.

E é possível manter preços baixos pagando um valor justo aos trabalhadores? Porque há muito a ideia de que, para ser justo na produção, tem de se cobrar muito pelo produto final.

Claro que é possível. Se não houver desperdício. E se isso for combinado com grandes volumes, não precisamos de margens enormes em cada um deles. É sempre suficiente, porque produzimos muito e vendemos muito. Há mais de 20 anos que pensamos desta forma. Digo isto para que perceba que a nossa visão acerca da sustentabilidade tem raízes muito profundas e antigas numa cultura de não haver desperdício. Tal como também temos uma cultura de cuidarmos uns dos outros, porque sabemos que, juntos, podemos realmente produzir o melhor resultado. Prestamos muita atenção ao que dizem os nossos colaboradores, os nossos fornecedores e os nossos clientes. 

Em média, temos uma relação de 10 ou 11 anos com os nossos produtores – que recebem, muitas vezes, a nossa ajuda quando precisam de fazer os investimentos necessários para serem mais sustentáveis. E, naturalmente, é importante que todas as pessoas que trabalham aqui percebam que somos consistentes, daí o grupo fazer investimentos em fontes de energia renováveis (parques eólicos, florestas certificadas, parques solares..). Se conseguirmos inspirar os nossos visitantes, os nossos consumidores, aí sim, é ainda melhor!

Sente que os consumidores portugueses estão mais sensíveis à questão do desperdício e da sustentabilidade ambiental?

Sim. Noto uma alteração, sobretudo, no último ano. Tem sido uma mudança muito rápida, e estes últimos meses foram surpreendentes. Claro que em Portugal as pessoas agora estão muito mais atentas à questão da sustentabilidade, querem ser mais responsáveis no consumo, em casa. Fizemos um inquérito enorme a consumidores da IKEA em vários países e essa preocupação é, efetivamente, real um pouco por todo o mundo. As pessoas querem fazer um esforço para terem uma vida mais sustentável, mas a maior parte delas tem limitações financeiras.

Há, muitas vezes, essa noção de que a sustentabilidade é algo para privilegiados…

É verdade, mas nós não aceitamos isso. Não pode ser assim.

Certo, mas então como é que as empresas podem trabalhar de forma a mostrar que é possível serem sustentáveis e rentáveis?

Bom, têm de começar por fazê-lo [risos]. E antes disso, o ponto de partida é pensar: que tipo de empresa quer ser? Porque está tudo nos valores e na identidade da empresa. Tal como uma pessoa: de que forma age com os seus amigos, com a sua família, com quem se cruza na rua? Temos isto na cabeça e isso reflete-se na forma como trabalhamos, como viajamos, como nos tratamos mutuamente no dia a dia. E depois, claro, se acreditamos no que estamos a fazer, podemos torná-lo real. E se se torna real, podemos convencer outros a seguir o mesmo caminho. Eu não acredito em empresas que acordam um dia e dizem “Ah, agora vamos ser supersustentáveis”. Não acredito nisso!

Mas as empresas têm um papel muito importante na sociedade...

Sim, e claro que acredito nele. Temos tantos colaboradores que vieram para cá porque acreditam na forma como trabalhamos… Quando falamos sobre sustentabilidade, há três pilares sobre os quais temos de nos focar. Primeiro, como cuidamos do nosso negócio? Isso tem que ver com o facto de tentarmos consumir o mínimo de energia e água, não desperdiçarmos comida nem material e, claro, trabalhar com todos os nossos colaboradores da forma mais sustentável possível; segundo, queremos estar socialmente comprometidos, não só nos lugares onde temos operações mas também além disso: apoiar lugares distantes onde houve desastres ambientais, por exemplo…; e, em terceiro lugar, tentamos trabalhar o nosso leque de produtos, para ajudar as pessoas neste caminho. 

Porque as nossas torneiras, efetivamente, permitem uma significativa poupança de água; porque se usarem as nossas caixas para comida, que toda a gente tem dinheiro para comprar, e que mantêm a qualidade dos alimentos muito mais tempo, reduzem imenso o desperdício alimentar e poupam muito dinheiro; já para não falar das lâmpadas LED, por exemplo… e também tentamos e esperamos ser uma inspiração no que toca à alimentação.

De que forma?

As nossas almôndegas vegetarianas – estamos a tentar ter mais opções de refeições sem carne – são atualmente o terceiro prato mais vendido no nosso restaurante e também dos produtos mais vendidos em loja, para quem as quer levar para casa. Basicamente, porque reduzimos o preço. Quando tornamos os produtos sustentáveis acessíveis, além de saborosos, as pessoas compram-nos. Eu não posso falar pelas outras empresas, só por nós.

No âmbito dessa vida sustentável, quais são os maiores desafios em Portugal?

Acho que os nossos desafios são mais ou menos os mesmos em qualquer lugar, porque o que me parece é que as pessoas querem, fundamentalmente, cuidar do meio ambiente. E querem, certamente, garantir um planeta para os seus filhos, pelo que não acho que nesse aspeto as pessoas sejam tão diferentes nos vários países. O que penso é que as pessoas não sabem realmente como o fazer. Precisam de informação, de ideias e de apoio para o conseguir. A maior parte das pessoas não tem dinheiro ilimitado, e, portanto, não pode investir em todas as soluções que aparecem; precisa de pensar duas vezes antes de gastar dinheiro. Fazer a diferença é conseguir fornecer soluções a um preço justo.

As pessoas estão, então, à procura de respostas e de quem as ajude nesse caminho?

Sim. E há ainda uma outra coisa que temos de ter em atenção, e que para nós é muito cara, que é a igualdade. Se estamos a falar de sustentabilidade, estamos a falar naturalmente também de Direitos Humanos e de dar oportunidades a toda a gente. Por exemplo, aqui sinto mesmo uma diferença em relação à Suécia, para não ir mais longe. As questões da igualdade de género, da violência doméstica, que ainda é pouco falada por cá, tendo em conta o panorama. Tudo está muito ligado quando falamos de sustentabilidade. 

Como é que alguém pode ter uma vida sustentável em casa se estiver preocupada com a própria segurança?

Uma das questões que me chamaram a atenção foi o facto de apostarem na economia circular.

or que razão um retalhista quer dar uma segunda vida aos seus móveis? Isso faz sentido em termos de negócio?

Todo o sentido [risos]. Nós estamos a produzir bons produtos, e queremos que eles durem muito, esperamos que as pessoas vivam felizes com o que compram. Se a sua irmã, a sua prima ou os seus amigos conseguirem usar mobília sua, em segunda mão, isso é incrível. Entre outras coisas, porque aumenta a confiança nas marcas. Se alguém estiver numa situação complicada e precisar de sair de casa, com filhos, por exemplo, e puder usufruir de produtos que já tenham sido usados porque continuam em boas condições, é uma ajuda preciosa....

Mas como é que uma operação sobrevive assim?


Porque as necessidades de conforto, de se sentir bem numa casa, são infinitas. Isso não significa que tenha de mudar imensas coisas, muitas vezes. Naturalmente, há situações diferentes em diversos países – é claro que na Índia temos centenas de milhares de pessoas com necessidades de mobilar a casa. Em Portugal, ou na Suíça, por exemplo, quando se visita alguém, por norma as pessoas estão muito orgulhosas das casas, é muito giro! Mas também acontece quase sempre apontarem para um quarto e dizerem: “Ah, este quarto não quero mostrar.” [Gargalhada.] E é precisamente aquele quarto que eu quero ver, porque significa que há ali espaço para novos produtos. 

É verdade que cada vez se vive mais em casas pequenas, porque toda a gente se está a mudar para as cidades, mas, na realidade, as vossas habitações não são assim tão pequenas. As pessoas têm tanto espaço que podiam usar de uma forma mais inteligente – sobretudo espaço de arrumação. Mesmo quando os casais dão o berço do bebé a uns amigos, ou passam a mesa da sala de jantar aos filhos, a verdade é que também estão a entrar numa outra fase da vida e vão precisar de outro tipo de mobília. Não é uma questão para nós. Efetivamente, encorajamos mesmo as pessoas a reciclarem e a repararem os seus produtos. E, além disso, garantimos uma relação com os nossos consumidores, o que os torna bons embaixadores da nossa marca.



Por Jornalista: MARGARIDA VAQUEIRO LOPES

Crise hídrica no Chile trava adaptação às mudanças climáticas

Governo chileno estima que país terá disponível até 37% menos água em 30 anos.


O lago Maule na cordilheira dos Andes, a 300 quilômetros de Santiago. O Chile lançou um plano de ação com o objetivo de resolver sua prolongada crise de água, em preparação para as negociações sobre o clima da COP25 (imagem: Centro de Cambio Global UC)

Segundo as projeções de mudanças climáticas no Chile, uma das principais consequências será a falta de água. Medições preliminares do governo estimam uma redução na disponibilidade do recurso de entre 10% a 37% hoje.

Essa redução obrigará o país a racionar o recurso que ainda não tem um inventário preciso em nível nacional, e a modificar, segundo os especialistas, o código de direitos de aproveitamento que hoje permite que a água esteja em mãos de entidades privadas.
Situação atual

A cada 30 anos, o Chile faz um balanço da disponibilidade de seus recursos hídricos. A Direção Geral de Águas (DGA) foi a encarregada de encomendar a elaboração do novo inventário, que ainda está em processo.

Dados preliminares indicam que, em três décadas, a disponibilidade diminuiu entre cerca de 10% e 37%. Contudo, em algumas regiões, essa porcentagem chega a 50.

Na região centro-sul do Chile, o impacto é mais evidente e direto, tanto pela quantidade concentrada de população como pelo tipo de atividades ali realizadas, assegura Eduardo Bustos, diretor de extensão do Centro Cambio Global da Universidade Católica.

“Os sinais de redução de precipitações em todos os modelos e cenários, em médio e longo prazo, são muito consistentes”, explica. O mesmo também vale para o aumento da temperatura.

Mas essa vulnerabilidade projetada já aconteceu. Essa região sofre há dez anos de uma “megasseca”. Apesar do caráter cíclico desse tipo de fenômeno, este em particular tem sido mais longo e com maior alcance geográfico – o que o converte numa anomalia que pode ser associada às mudanças climáticas, dizem os estudos.

É muito estranho que tenhamos uma sistema de gerenciamento hídrico que não reconhece a existência de um meio ambiente dinâmico

É nesse contexto que hoje o governo de Sebastián Piñera trabalha no Plano de Adaptação para os Recursos Hídricos, uma das noves estratégias setoriais encabeçadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) para combater as mudanças climáticas.

Estamos numa primeira etapa de elaboração e de levantamento de informação para realizar a análise com suporte técnico”, conta Carolina Urmeneta, chefe do setor de mudanças climáticas do MMA.

O objetivo, segundo ela, é ter um plano com indicadores monitoráveis e verificáveis até 2020, algo que hoje ainda não existe. Além disso, o governo chileno quer formular um marco jurídico para as medidas de adaptação às mudanças climáticas no tema da água.

A especialista acrescenta que o plano não considera mudar um dos aspectos mais polêmicos do manejo de água no Chile: sua propriedade.

1981 - O ano em que o Chile deu a empresas privadas direito de explorar água

Em 1981, durante o governo militar, formulou-se o Código de Águas – que ainda segue vigente. Nesse código considera-se o recurso como um bem social, mas também econômico, e permite que o Estado conceda direitos de aproveitamento de águas a entes privados, de forma gratuita e perpetue. Essa característica deu origem a um mercado da água, uma vez que quem detém o direito pode vendê-lo.

Atualmente, o setor agrícola é o principal usuário de água, seguido de longe pela indústria, mineração e pelo setor sanitário. Em muitos casos, essa situação legal caminha acompanha uma piora na disponibilidade do recurso para consumo humano. Isso aconteceu em Petorca, localizada cerca de 200 quilômetros ao norte da capital, devido ao alto volume de água utilizado pelo cultivo intensivo de abacate na região.

A discussão

A crise hídrica e os desafios climáticos do Chile abriram a discussão sobre a necessidade de se modificar o sistema de água, assunto em que os especialistas divergem.

“É muito ‘estranho’ que tenhamos um sistema de gestão da água que não reconheça a existência de um ambiente dinâmico, e onde não se possa ajustar a distribuição do recurso segundo o contexto”, opina Eduardo Bustos.

Enquanto isso, para Oscar Cristi Marfil, diretor da DGA, a situação do Chile não é diferente do resto do mundo. “O sistema chileno é parecido com o de outros países – como Austrália, África do Sul, Espanha e alguns estados dos Estados Unidos, que têm experiências bem-sucedidas, sobretudo em contextos de seca e escassez”, garante.

Nos países mencionados, a existência de mercados de água ajuda a reduzir os impactos negativos da seca, acrescenta Marfil.

As evidências científicas de projeções climáticas não estão sendo levadas em conta

“O Parlamento europeu os inclui em suas recomendações para racionalizar os recursos e superar o estresse hídrico, enquanto a China já conta com um mercado e uma plataforma associada para dar seguimento às transações”, diz.

A prioridade do governo, argumenta Marfil, é garantir o abastecimento de água para o consumo humano, mas também para a conservação do meio ambiente, e para a produção de bens e serviços.

“O Código de Águas ficou desatualizado porque faltam as ferramentas adequadas para enfrentar o aumento da periodicidade e intensidade das secas, o superconcessão de direitos e a demanda crescente”, explica.

Por isso, em janeiro passado, o governo apresentou no Senado um projeto de reforma do Código de Águas. O projeto busca melhorar a segurança hídrica, combater a especulação com os direitos de águas e acabar com a entrega gratuita de direitos – abrindo exceção para os pequenos agricultores e os serviços sanitários rurais.

Contudo, segundo Pilar Moraga, pesquisadora do Centro de Ciência do Clima e Resiliência e professora da Universidade do Chile, a reforma apresentada pelo governo piora a situação.

“Não se está levando em conta as evidências científicas das projeções climáticas. Estão distanciando a discussão de direitos da realidade biofísica que vive o Chile atualmente”, opina.

Para Moraga, os problemas do projeto de lei estão em manter o caráter perpétuo dos direitos de água – questão que a reforma proposta não mudará, segundo disse o ministro de Obras Públicas em janeiro passado.

Um exemplo é o que ocorre hoje no rio Perquilauquén, tributário do Maule, localizado 370 quilômetros ao sul de Santiago. Os direitos de água nessa região já estão sobreconcedidos e, segundo as projeções de mudanças climáticas, a situação se agravará. Essas foram as conclusões do trabalho realizado por Moraga junto com outros pesquisadores.

“A solução está em entender a água como um bem estratégico de interesse comum. Assim, deve-se buscar um acordo em seu uso produtivo, mas também para a conservação sustentável”, argumenta a pesquisadora.

1,000,000 pessoas no Chile não tem acesso regular a água potável

Atualmente, acrescenta ela, há várias comunidades que têm acesso à água apenas por meio de caminhões-pipa. A situação pode piorar caso o governo não tome as medidas necessárias.

Quase 47% das casas em zonas rurais não têm acesso a água potável, o que afeta cerca de um milhão de pessoas, garante o estudo Radiografia da água rural no Chile. A isso se soma o fato de que metade das regiões do país terão que enfrentar a escassez de água nos próximos anos.

De olho na COP25, o governo chileno criou sete mesas de trabalho científico, uma das quais está dedicada à questão da água. Embora as mesas tenham iniciado seus trabalhos em abril, os especialistas consultados para esta reportagem esperam que essa iniciativa crie novas ferramentas de gestão.

Governo do Reino Unido anuncia ambição de neutralidade de carbono 2050

Deixando o último hurra, a primeira-ministra do acidente de Brexit, Theresa May, anunciou um instrumento estatutário para emendar a Lei de Mudança Climática de 2008. Atualmente, a lei prescreve um corte de emissões de 80% até 2050, a partir de 1990. A nova lei terá como objetivo as emissões líquidas zero até 2050, fazendo do Reino Unido o primeiro país do G7 a aprovar tal legislação.

O Reino Unido será o primeiro país do G7 a consagrar uma lei de zero carbono na lei.

Está rapidamente se tornando uma tradição britânica para os primeiros-ministros se despedirem, deixando problemas intransponíveis na bandeja para seus sucessores. Theresa May, entregou Brexit por David Cameron, anunciou hoje uma ambição de carbono net-zero na Câmara dos Comuns.

May, é claro, está em sua turnê de despedida depois de repetidamente não conseguir uma maioria parlamentar para o acordo Brexit que ela negociou com a UE.

O primeiro-ministro disse que seu governo reagirá a um relatório encomendado pelo governo e produzido pela Comissão de Mudanças Climáticas (CCC). Como resultado das conclusões do relatório, o primeiro-ministro apresentará um instrumento estatutário para alterar a Lei de Mudanças Climáticas de 2008. Essa legislação exige que o Reino Unido reduza as emissões de gases do efeito estufa em 80% até 2050, usando as emissões de 1990 como linha de base. Um relatório do CCC produzido na época destacou os benefícios de tal mudança para a saúde pública e a poupança para o Serviço Nacional de Saúde com a melhoria da qualidade do ar, além de mencionar a redução da poluição sonora e o aumento da biodiversidade.

O que foi bom o suficiente em 2008, no entanto, não resiste ao escrutínio CCC por mais tempo. O comitê agora sugeriu uma ação mais ousada e diz que um cenário de carbono zero líquido até 2050 pode ser alcançado pelo mesmo custo da ambição anterior. O comitê pediu que as metas de veículos elétricos sejam antecipadas para 2035, para que a geração de energia limpa seja quadruplicada até 2050 e para a Escócia atinja emissões zero-zero em 2045. A CCC também deu conselhos sobre como melhorar a biodiversidade e o uso da tecnologia de captura de carbono. .

Negócios apoiam o movimento

A nova legislação fará do Reino Unido o primeiro país do G7 a legislar uma emissão líquida zero, disse o governo nesta manhã. May disse: “Permanecer não é uma opção. Atingir a net zero até 2050 é uma meta ambiciosa, mas é crucial atingi-la para garantir a proteção do nosso planeta para as gerações futuras ”.

O secretário de Estado para negócios, energia e estratégia industrial, Greg Clark, disse que o relatório deixa clara a viabilidade, bem como a necessidade da ambição. Em termos de emprego, ele disse, há 400 mil empregos no setor de baixo carbono e ele espera elevar esse número para dois milhões até 2030. Tecnologias de baixa emissão de carbono e energia limpa contribuem com £ 44,5 bilhões para a economia britânica a cada ano, segundo o relatório. ministro.

A Dame Carolyn Fairbairn, diretora-geral do grupo de lobby empresarial CBI, disse: “O negócio do Reino Unido está bem atrás do compromisso do governo de alcançar emissões zero líquidas até 2050. Essa legislação é a resposta certa para a crise climática global e as empresas estão prontas para jogar sua parte em combatê-lo. ”

A aparente adoção de uma legislação sobre mudança climática do PM de saída contrasta com as recentes políticas de seu governo, particularmente a reclassificação de energia solar residencial no Reino Unido.

Jack Dobson-Smith, da Associação Comercial Solar (STA), disse: “ O mercado doméstico está em uma situação mais frágil, com aumentos planejados de IVA para instalações de armazenamento solar e de bateria - onde o custo dos materiais está acima de 60% do custo total de instalação. - e não há garantias legais de remuneração das exportações de energia solar em pequena escala para a rede até o final do ano. É uma pena quando, mais do que nunca, o público precisa se sentir capacitado para agir. ”

Ele acrescentou que a indústria solar assumiria um papel vital na descarbonização do setor de energia do Reino Unido. O STA espera que de 4 a 7 GW de nova capacidade de geração fotovoltaica serão instalados nos próximos quatro anos. "A liderança estratégica em energia solar vem cada vez mais do governo local, dos prefeitos regionais e dos governos galês e escocês", disse Dobson-Smith.

Aumento da raiva pública

O porta-voz da STA disse que a maior tarefa para o governo se empenhar em realizar sua ambição de zero-rede seria criar “mercados e quadros regulatórios corretos para energia limpa para prosperar e se fundir com os setores de aquecimento e transporte”.

Num cenário de crescente protesto público por grupos incluindo as sextas - feiras para os grevistas da escola Future e o grupo de ação direta Rebelião da Extinção, o governo do Reino Unido parece disposto a dar à geração mais jovem uma opinião maior sobre o assunto.

"Pela primeira vez, os jovens terão a chance de moldar nossa futura política climática através do Grupo de Coordenação da Juventude", disse hoje um comunicado do gabinete do primeiro-ministro. “O grupo, criado pelo DCMS [Departamento de Digital, Cultura, Mídia e Esporte] e liderado pelo Conselho Britânico da Juventude, aconselhará o governo sobre as prioridades para a ação ambiental e dará um ponto de vista sobre o progresso até o momento dos compromissos existentes sobre clima; desperdício e reciclagem e perda de biodiversidade. [It] vai começar [sua] revisão em julho. ”

A Califórnia, quinta maior economia do mundo, prometeu emissões líquidas zero até 2045 e a França está trabalhando em uma lei para tornar sua economia neutra em carbono até 2050. Outros países europeus estão elaborando medidas semelhantes na esteira de ganhos significativos do Partido Verde na recente UE. eleições.

O novo governo finlandês prometeu recentemente neutralizar as emissões de carbono já em 2035. A UE provavelmente realizará uma meta de 2050 de neutralidade de carbono, mas a Finlândia terá sua presidência rotativa a partir de 1º de julho e poderá pressionar por um objetivo mais ambicioso.

Hidrogênio verde vai ao ar na reunião do G20 de ministros da energia nesta semana

Olá hidrogênio! Uma série de fatores está flutuando hidrogênio movido a energia renovável para o topo da agenda para ministros de energia em todo o mundo. A Austrália está entre os países mais bem posicionados para transformar o hype do hidrogênio na maior fonte de energia descarbonizada que o mundo já viu.

A Austrália está disposta a liderar o mundo na produção de hidrogênio verde, depois que o Japão e a Coréia do Sul levaram o combustível em seus requisitos de mistura de energia. 
Imagem: Roy Luck / Flickr.

Neste fim de semana, no resort de Karuizawa, na província de Nagano, no Japão, os ministros de Energia do G20 receberão um estudo da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre o estado do hidrogênio limpo, juntamente com recomendações de medidas práticas imediatas para acelerar o desenvolvimento de hidrogênio. hidrogênio como mecanismo de entrega e armazenamento de energia limpa mais significativo do mundo. Os proponentes afirmam que o hidrogênio é capaz de descarbonizar os principais setores industriais globais, do fornecimento de eletricidade ao transporte, agricultura e produção de aço.

Se tudo isso soa familiar, até o blog da IEA se refere à velha piada de que “o hidrogênio é o combustível do futuro - e sempre será”. Mas o governo australiano, o cientista-chefe Alan Finkel, a Agência Australiana de Energia Renovável, a Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO), Andrew Forrest da Fortescue Metals e vários centros de pesquisa em todo o país acreditam que o tempo do hidrogênio está próximo, por três razões:
  • A importância imperativa de descarbonizar a atividade humana é inegável, e áreas com recursos eólicos e solares exigem um método de exportação de energia além das linhas de transmissão para expandir seu alcance, alcance de aplicação e confiabilidade;
  • O Japão e a Coreia do Sul, países dependentes de importações de energia, estabeleceram roteiros para incorporar o hidrogênio como principal combustível em suas economias, juntamente com a demanda imediata por hidrogênio limpo a granel;
  • E, "paralelamente a essa atração", disse Daniel Roberts, líder da futura plataforma científica de sistemas de energia de hidrogênio CSIRO, o custo de "componentes tecnológicos-chave - em particular células de combustível e eletrólitos" - e energia renovável estão chegando a um ponto que está começando a vê-los se aproximar ou até chegar à paridade com alguns dos sistemas que estão buscando substituir”.

Roberts estava entre um painel de especialistas reunido na quinta-feira pelo Australian Science Media Center para explicar as oportunidades e desafios de uma indústria nacional de hidrogênio para escritores de ciência e repórteres, no interesse de informar corretamente o público australiano sobre o potencial do hidrogênio.


Um relatório recente do Conselho de Hidrogênio postulou uma demanda global potencial de 80 exajoules até 2050.

Uma exportação para substituir o carvão

O que quer que você pense do sentido ou não de abrir caminho em novas minas de carvão na Austrália, Ken Baldwin, diretor do Instituto de Mudança de Energia da Universidade Nacional Australiana, disse: “O futuro interessante que temos diante de nós é que mundo vai para uma economia neutra em carbono em meados deste século a demanda por carvão e gás e outras exportações de combustíveis fósseis acabará por declinar. O que irá substituí-lo?

O uso de células a combustível de hidrogênio para abastecer não apenas carros, mas ônibus, veículos pesados, trens, manuseio de materiais, como empilhadeiras e guindastes e transporte, está sendo explorado, se ainda não amplamente implantado, em todo o mundo.

A indústria de exportação de hidrogênio da Austrália já é uma realidade, diz Douglas MacFarlane, líder do programa de energia do Centro de Excelência para Eletromáquinas da Australian Research Council. Um programa de gaseificação de carvão marrom em Victoria que produz o que é conhecido como preto - ou seja, não renovável - hidrogênio é definido para ajudar a atender às necessidades energéticas dos Jogos Olímpicos de 2020 do Japão. E a Universidade de Tecnologia de Queensland exportou na semana passada seu primeiro hidrogênio verde, usando um conjunto fotovoltaico de energia solar concentrado desenvolvido pela Sumitomo Electric Industries do Japão para converter tolueno em metanol ciclohexano transportador de hidrogênio seguro para transporte.

Esse avanço representou um caminho potencial para superar as barreiras de custo e transporte para uma indústria de exportação em larga escala.

O que está mantendo a tampa no hidrogênio?

MacFarlane explicou que, embora o custo das energias renováveis ​​- particularmente solar - seja competitivo e declinante, o equipamento necessário para catalisar a água em suas partes de componentes de hidrogênio e oxigênio é caro e, até agora, não eficiente o suficiente para aproveitar ao máximo a energia necessária. conduzir o processo.

Além disso, disse ele, a tecnologia de baixa pressão de separação de água pode atualmente "produzir hidrogênio em dezenas de atmosferas", para um produto adequado para misturar diretamente hidrogênio com o suprimento de gás existente, semelhante à adição de etanol à gasolina. De acordo com MacFarlane, “700 atmosferas é o tipo de pressão que o hidrogênio precisa ter para os postos de combustível dos veículos elétricos”. A tarefa de P & D, disse ele, é reduzir o custo de geração de hidrogênio a uma pressão mais alta, adequada tanto para o reabastecimento quanto para a exportação.

O transporte apresenta outro desafio de custo, uma vez que os métodos de envio de hidrogênio em uma forma liquidificada que requer refrigeração em um grau extremo consomem muita energia. Desenvolver caminhos para a eficiente catálise de hidrogênio em amônia, disse MacFarlane, permitiria o movimento do hidrogênio “na tecnologia de transporte marítimo e tubulações que já está bem estabelecida na indústria de amônia para fertilizantes”.

Roberts concordou que “a amônia é quase uma solução pronta para ser transferida para o contexto energético”.

Steeling para novas exportações

Uma das maiores aplicações potenciais de hidrogênio da Austrália como energia renovável armazenada e prontamente disponível é a descarbonização do processo intensivo de conversão de minério de ferro em aço. A fabricação onshore desse produto de valor agregado da indústria mineral da Austrália forneceria uma exportação para preencher a lacuna deixada pela queda na demanda pelo carvão do país.


A produção onshore de aço limpo na Austrália pode ser conduzida diretamente por energia renovável, incluindo quantidades armazenadas como hidrogênio.

Isso faz parte da visão do Centro de Energia Renovável da Ásia, a capacidade de geração de 11 GW - 3,5 GW solar, 7,5 GW vento - proposto para a Pilbara no norte da Austrália Ocidental, com 8 GW da capacidade destinada à produção de hidrogênio e 3 GW para usuários de energia na região.

Uma característica do hidrogênio como meio de armazenamento de energia renovável, disse Roberts, é a capacidade dos eletrolisadores de absorver rapidamente o excesso de energia. "Eles podem responder muito rapidamente a flutuações na grade e armazenar o hidrogênio nos picos e usá-lo durante as calhas", disse ele. Isso significa que os eletrolisadores poderiam ser usados ​​para construir redes maiores e mais estáveis ​​baseadas em energia renovável, acrescentou ele.

Embora a Austrália seja única em seu notável potencial para gerar enormes quantidades de energia solar, o Chile e países do Oriente Médio também estão se preparando para explorar seus recursos solares para produção e exportação de hidrogênio.

Como parte de sua apresentação em painel para o Australian Science Media Center, MacFarlane incluiu um mapa de calor do mundo mostrando a Austrália como a maior massa de terra no caminho da maior intensidade solar. Ele havia sobreposto um pequeno quadrado amarelo à escala que representava 62.500 km - aproximadamente o tamanho das quatro maiores fazendas de gado da Austrália - e disse: "Se você colocar células solares comerciais comuns naquela área você pode gerar 25 patawatt horas por ano de energia" qual é a demanda total de eletricidade de todo o mundo - apenas daquela caixinha”.

Custo adicional de dessalinização

Seu ponto era que a Austrália tem a capacidade de energia renovável para construir uma indústria de hidrogênio e seus esforços de pesquisa estão focados na redução de custos e na demonstração da escalabilidade das tecnologias de separação de água.

"A outra coisa que nunca devemos esquecer no contexto australiano é o abastecimento de água", disse MacFarlane. Em grande escala, é óbvio que a Austrália teria que usar a água do mar para a produção de hidrogênio, o que significaria integrar o processo e o custo da dessalinização na equação de produção de hidrogênio.

Os três especialistas acreditam que a precificação do carbono no mundo é uma inevitabilidade e, quando imposta às fontes de combustíveis fósseis e processos movidos a combustíveis fósseis, tornará o preço do hidrogênio verde mais atraente. "A questão dos preços ainda não se esgotou totalmente", disse Baldwin, "a tecnologia está avançando rapidamente e os sistemas do governo ao redor do mundo estão caminhando para ter um preço no carbono eventualmente". Teremos que "ver o que acontece em um mundo com restrição de carbono ”, acrescentou.

A AIE diz que “ajudará os governos a elaborar as políticas certas” para o hidrogênio. Vamos ver esse fim de semana.