Por Que Quase Metade das Empresas Ainda Não Usa Energias Renováveis?

Hoje vamos falar sobre As energias renováveis são essenciais para o futuro sustentável do planeta. Mas, surpreendentemente, um estudo recente da CDP revelou que quase metade das grandes empresas globais ainda não utiliza eletricidade proveniente de fontes limpas, como solar e eólica. Vamos entender os motivos por trás desse atraso e o que pode ser feito para acelerar a transição.



Fundado em 2000, o CDP é uma organização global sem fins lucrativos que administra o sistema mundial de divulgação ambiental para empresas, cidades, estados e regiões. A entidade é membro fundador da iniciativa Science Based Targets, We Mean Business Coalition, The Investor Agenda e da iniciativa Net Zero Asset Manager


De mais de 900 empresas avaliadas pela CDP, apenas 53% afirmaram incorporar energias renováveis em seus processos produtivos. Isso significa que quase metade dessas empresas ainda depende exclusivamente de fontes de energia convencionais, como combustíveis fósseis.


"A eficiência energética ainda é uma alavanca pouco explorada para o progresso, com menos de 5% das empresas estabelecendo metas de eficiência." — Amir Sokolowski, CDP.


Segundo Amir Sokolowski, diretor de mudanças climáticas da CDP, mesmo metas simples, como melhorias na eficiência energética, ainda não são exploradas por muitas empresas. Apenas 5% das corporações estabeleceram metas concretas nessa área.


Na COP 28, os países estabeleceram metas ambiciosas para triplicar a capacidade renovável até 2030 e dobrar a eficiência energética. Mas o novo relatório da CDP mostra que o setor corporativo está avançando muito lentamente para alcançar essas metas.


Outro dado preocupante é que somente 10% das empresas analisadas se comprometeram com a neutralidade de carbono. Esse número é muito baixo, considerando os compromissos globais para conter o aquecimento global em 1,5°C até 2050.

 

A transparência é outro desafio importante. Apenas uma em cada quatro empresas avaliadas pela CDP possui verificação de terceiros para suas emissões relacionadas à energia. Sem essa transparência, é difícil criar mercados eficazes e projetar novos projetos de energias renováveis.


"O progresso em transparência é essencial para aumentar a ambição e projetar mercados eficazes." — Relatório da CDP.


Mas por que tantas empresas ainda não adotaram renováveis? Alguns dos principais motivos incluem:

  • Custos iniciais altos: A implementação de sistemas de energia renovável pode exigir investimentos significativos.
  • Complexidade regulatória: Em muitos países, a falta de incentivos e a burocracia dificultam a transição.
  • Falta de conhecimento: Algumas corporações não reconhecem os benefícios comerciais e ambientais de adotar fontes renováveis.


No entanto, as empresas que adotaram energias renováveis relatam benefícios claros, como:

  • Redução de custos operacionais a longo prazo.
  • Melhora da reputação corporativa e atração de investidores preocupados com ESG.
  • Cumprimento das regulamentações futuras, evitando penalidades.


Para acelerar essa transição, algumas ações são essenciais:

  • Estabelecer metas claras: As empresas devem definir objetivos para eficiência energética e uso de renováveis.
  • Incentivar parcerias: Governos e setor privado precisam colaborar para oferecer incentivos financeiros e tecnológicos.
  • Priorizar a transparência: Verificar e divulgar as emissões de carbono é fundamental para conquistar a confiança de stakeholders.


Estamos em um momento crítico na luta contra a crise climática. O setor corporativo desempenha um papel central nesse desafio. Adotar energias renováveis não é apenas uma obrigação ambiental, mas também uma estratégia inteligente para garantir a sustentabilidade e a competitividade das empresas no futuro.


"Juntos, podemos transformar desafios em oportunidades!"

 
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Plano Nacional Impulsiona Ônibus Elétricos no Brasil

Um tema de extrema relevância para o Brasil e o mundo: a transição para a eletromobilidade no transporte urbano. Mais especificamente, vamos explorar o Plano Nacional de Ônibus Elétricos, lançado recentemente pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

 


Esse plano traz 100 recomendações que podem transformar o setor de transporte público brasileiro e impulsionar o país na liderança da eletrificação veicular. Vamos entender por que esse documento é tão importante e quais são seus principais pontos.

 

Num Contexto do Plano Nacional de Ônibus Elétricos, temo que O Brasil é um dos maiores produtores globais de ônibus, com forte presença no mercado latino-americano. Apesar disso, enfrentamos um grande desafio: a transição para veículos elétricos. Por que isso é importante?

 

Primeiro, a eletrificação do transporte urbano é essencial para reduzir emissões de gases de efeito estufa e combater as mudanças climáticas. Além disso, a ausência de um plano nacional dificultava a atração de investimentos, atrasando a introdução de ônibus elétricos em nossas cidades.

 

Agora, com este plano, temos uma estratégia clara que promete nortear políticas públicas para eletrificação do transporte público nos próximos anos.

 

O Plano Nacional de Ônibus Elétricos apresenta 100 recomendações detalhadas. Mas quais são os principais objetivos?

 

  1. Incentivar a Indústria Nacional:

 

    • Uma das metas mais ambiciosas é alcançar um índice de nacionalização de 80% nos ônibus elétricos em até 10 anos. Isso significa fortalecer a produção local e reduzir a dependência de importações.
    • Entre os itens mais relevantes está a nacionalização progressiva de baterias e a padronização de plugues e conectores, essenciais para garantir eficiência e compatibilidade no mercado interno.

 

  1. Fomentar a Inovação e Pesquisa:

 

    • O plano destaca a necessidade de desenvolver novas competências tecnológicas, adaptar processos produtivos e intensificar as atividades de pesquisa e desenvolvimento. 
    • Isso permitirá que o Brasil não apenas acompanhe a transição global, mas lidere o mercado latino-americano de eletromobilidade.

 

  1. Promover Sustentabilidade e Economia Circular:

    • A reciclagem de baterias é um dos pilares do plano, pois garante que a transição para veículos elétricos não venha acompanhada de impactos ambientais indesejados.

 

  1. Capacitar Trabalhadores e Modernizar o Transporte Público:

 

    • Para viabilizar a transição, será necessário qualificar profissionais para trabalhar com novas tecnologias, desde a fabricação até a manutenção.

 

    • Além disso, o plano busca melhorar o transporte público como um todo, proporcionando um serviço mais eficiente e sustentável para os usuários.

 

Incentivos e Atração de Investimentos


Um ponto central do plano é a criação de um ambiente favorável para investimentos. Para isso, o documento propõe:

 

  • Incentivos Fiscais: Empresas que decidirem fabricar componentes localmente, como baterias e motores elétricos, poderão contar com benefícios fiscais que reduzem custos e tornam o Brasil um mercado atrativo para a produção.

 

  • Linhas de Crédito Favoráveis: Condições especiais de financiamento serão oferecidas às companhias interessadas em se estabelecer no país ou expandir suas operações para atender à demanda por ônibus elétricos.

 

  • Parcerias Internacionais: O plano também prevê a criação de uma plataforma de exportação, incentivando o Brasil a se tornar um fornecedor global de veículos elétricos e componentes.

 

Metas para o Futuro


O plano se organiza em horizontes de 5, 10 e 15 anos, considerando o grau de maturidade tecnológica de cada componente do ônibus elétrico.

 

  • Nos primeiros 5 anos:
    • Implementação de programas de fiscalização de emissões para garantir que a frota atenda aos padrões ambientais.
    • Início da nacionalização de componentes estratégicos e padronização de conectores.
    • Capacitação de trabalhadores para lidar com novas tecnologias.

 

  • Em 10 anos:
    • Alcançar a meta de 80% de nacionalização dos componentes dos ônibus elétricos.
    • Estabelecimento de um ecossistema sólido de pesquisa e inovação no setor.
    • Ampliação significativa da frota elétrica nas grandes cidades.

 

  • Em 15 anos:
    • Consolidar o Brasil como um dos líderes mundiais na produção e exportação de ônibus elétricos.


O Papel da Sustentabilidade na Transição


Um dos pontos mais interessantes do plano é o foco na sustentabilidade, indo além da simples eletrificação.

 

  • Redução de Emissões:
    A substituição dos ônibus movidos a combustíveis fósseis por elétricos tem potencial para reduzir drasticamente as emissões de gases poluentes nas cidades, melhorando a qualidade do ar e a saúde pública.

 

  • Economia Circular:
    A reciclagem de baterias é essencial para evitar o acúmulo de resíduos e garantir o reaproveitamento de materiais valiosos, como lítio e cobalto.


Os Benefícios para o Usuário Final e a Sociedade condiz com o impacto da transição para ônibus elétricos vai muito além da tecnologia. Ele afeta diretamente a vida das pessoas.

 

  • Transporte Público Melhorado:
    Ônibus elétricos são mais silenciosos e têm menor custo operacional, o que pode levar a serviços mais eficientes e confortáveis para os passageiros.

 

  • Inclusão Social:
    A modernização do transporte público também contribui para a inclusão social, ao tornar as cidades mais conectadas e acessíveis.


O Plano Nacional de Ônibus Elétricos é um marco na transição energética do Brasil. Ele nos mostra que, com planejamento e políticas públicas eficazes, é possível liderar a eletrificação do transporte urbano, promovendo inovação, sustentabilidade e benefícios sociais.

Se o Brasil conseguir implementar essas 100 recomendações, estaremos no caminho certo para consolidar nossa posição como referência global em eletromobilidade.

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China Impulsa Energias Renováveis no Brasil com 72% dos Investimentos

A crescente influência das companhias chinesas de energia no Brasil, com destaque para um dado impressionante: 72% dos projetos desenvolvidos por esses investidores no país estão focados em fontes renováveis e sustentabilidade. Vamos explorar o que isso significa para o setor energético brasileiro e como isso impacta o futuro da transição energética.

 


O Cenário Atual da Energia no Brasil


O Brasil tem uma matriz energética já considerada uma das mais limpas do mundo, com destaque para a energia hidrelétrica, eólica e solar. Entretanto, para atender à crescente demanda por energia e cumprir metas climáticas, o país precisa expandir ainda mais seu uso de fontes renováveis.

 

É nesse contexto que os investidores chineses entram em cena, trazendo capital, tecnologia e experiência para impulsionar projetos de energia limpa em solo brasileiro.


A Presença Chinesa no Setor Energético Brasileiro

Nos últimos anos, empresas chinesas têm se destacado como players importantes no mercado de energia brasileiro. Elas atuam em diversas frentes, como:

  • Energia Solar: Implantação de grandes usinas fotovoltaicas em regiões com alta incidência solar, como o Nordeste.
  • Energia Eólica: Desenvolvimento de parques eólicos, especialmente no litoral brasileiro, aproveitando os fortes ventos da região.
  • Transmissão de Energia: Construção e operação de linhas de transmissão para integrar as novas fontes renováveis ao sistema elétrico nacional.

Essas empresas não apenas investem, mas também transferem tecnologia e geram empregos locais, contribuindo para o desenvolvimento econômico.

 

Por que 72% dos Projetos são Renováveis?

Esse número impressionante, 72% dos projetos focados em energias renováveis e sustentabilidade, reflete uma estratégia alinhada com tendências globais e necessidades locais.

  1. A Demanda por Energia Limpa no Brasil:
    • O Brasil é um mercado atraente para investidores, devido ao seu enorme potencial para energias renováveis, especialmente solar e eólica.
    • Além disso, a demanda por energia sustentável é impulsionada por consumidores mais conscientes e por políticas climáticas globais.

 

  1. A Estratégia Sustentável da China:
    • A China tem investido fortemente em energia limpa como parte de seu compromisso com a redução de emissões de carbono.
    • Os investimentos no Brasil fazem parte dessa estratégia global, ampliando sua liderança no setor energético renovável.

 

Benefícios para o Brasil

Os investimentos chineses trazem uma série de benefícios para o Brasil:

  • Aumento da Capacidade Energética:
    Com novos parques eólicos e usinas solares, o Brasil pode expandir sua oferta de energia limpa, garantindo mais segurança energética.

 

  • Transferência de Tecnologia:
    As empresas chinesas compartilham tecnologias avançadas, acelerando o desenvolvimento do setor energético brasileiro.

 

  • Desenvolvimento Sustentável:
    Ao focar em energias renováveis, os projetos contribuem para a redução de emissões de gases de efeito estufa e para a preservação ambiental.

 

  • Geração de Empregos:
    Desde a construção até a operação, esses projetos criam oportunidades de trabalho em diversas regiões do país, muitas vezes em áreas que carecem de investimentos.


Embora os benefícios sejam claros, existem desafios que precisam ser enfrentados:

 

  • Integração ao Sistema Elétrico:
    Com a expansão de fontes renováveis, é essencial garantir que a infraestrutura de transmissão e distribuição acompanhe esse crescimento.

 

  • Regulamentação e Burocracia:
    A atração de mais investimentos depende de um ambiente regulatório estável e ágil, algo que ainda precisa ser aprimorado no Brasil.

 

  • Independência Energética:
    Embora os investimentos estrangeiros sejam bem-vindos, é importante que o Brasil continue fortalecendo sua própria capacidade de inovação e produção tecnológica.

 

O Futuro da Energia no Brasil com Investimentos Chineses

O futuro é promissor. Com o apoio das companhias chinesas, o Brasil pode não apenas atender à crescente demanda por energia, mas também se posicionar como líder global na transição energética.

Ao mesmo tempo, esses investimentos ajudam o país a cumprir metas climáticas, como o compromisso de zerar as emissões líquidas até 2050.

A presença das companhias chinesas no setor de energias renováveis do Brasil é um exemplo claro de como parcerias globais podem impulsionar a transição para um futuro mais limpo e sustentável.

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Painéis Solares para 4.000 famílias de pequenos agricultores de 60 cidades

Olá, pessoal! Sou Raoni Pinheiro, engenheiro especialista em Energias Renováveis e Sustentabilidade. Hoje quero conversar sobre uma iniciativa incrível que está transformando vidas no Nordeste do Brasil. Trata-se de um projeto que leva energia solar para pequenos agricultores, promovendo inclusão, sustentabilidade e economia para milhares de famílias. Vamos entender como isso funciona e por que é tão importante.



O Nordeste brasileiro tem características únicas: é uma região com altos índices de radiação solar e, ao mesmo tempo, desafios econômicos para muitas famílias de pequenos agricultores. Nesse cenário, surge um programa inovador que busca instalar painéis solares em propriedades rurais, beneficiando diretamente cerca de 4.000 famílias em 60 cidades.


Essa iniciativa não só melhora o acesso à energia, mas também reduz custos para os agricultores, permitindo que eles utilizem o dinheiro economizado para investir em suas produções, em educação ou na qualidade de vida.


O Nordeste é uma das regiões com maior potencial para geração de energia solar no mundo. A abundância de sol praticamente o ano todo faz com que essa tecnologia seja uma solução natural para os desafios locais.


Mas o que diferencia essa iniciativa é o foco na democratização. Enquanto grandes empreendimentos de energia solar frequentemente beneficiam grandes corporações, este projeto direciona os benefícios diretamente às famílias de agricultores, tornando a energia uma ferramenta de empoderamento social.


Vamos falar de números. A instalação de painéis solares pode reduzir significativamente os gastos com energia elétrica. Isso é especialmente importante para agricultores que dependem de bombas de irrigação e outros equipamentos para suas plantações.


Além disso, o impacto ambiental é notável. Ao optar pela energia solar, essas famílias contribuem para a redução das emissões de carbono, ajudando na luta contra as mudanças climáticas e promovendo um modelo de desenvolvimento mais sustentável.


Apesar dos avanços, é importante mencionar as críticas que surgiram em torno do que algumas entidades chamam de “modelo predatório” da energia solar. Esse modelo refere-se a práticas que priorizam lucros corporativos em detrimento do benefício real para comunidades locais.


Por isso, projetos como este se destacam ao colocar as pessoas no centro das decisões. É um exemplo de como podemos avançar na transição energética de forma justa e inclusiva, garantindo que os benefícios alcancem quem realmente precisa.


Essa iniciativa é apenas o começo. O sucesso desse projeto no Nordeste pode servir como inspiração para outras regiões do Brasil e até do mundo. Imagine o impacto se mais comunidades rurais tivessem acesso a tecnologias limpas e acessíveis. Seria um grande passo para reduzir desigualdades e promover a sustentabilidade em escala global.


A transição energética é um desafio e uma oportunidade. Projetos como esse, que leva energia solar para pequenos agricultores no Nordeste, mostram que é possível unir inovação tecnológica, sustentabilidade e justiça social.


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O fluxo de hidrogênio: pesquisadores de Harvard dizem que os custos do H2 estão subestimados, entenda mais!

 


Pesquisadores da Universidade de Harvard dizem que os custos do hidrogênio estão subestimados devido à variabilidade não contabilizada de armazenamento e distribuição entre os setores, enquanto a Kore Infrastructure que pretende atingir um custo nivelado de hidrogênio (LCOH) entre US$ 1/kg e US$ 2/kg.

Pesquisadores da Universidade de Harvard determinaram que os custos prospectivos do hidrogênio são significativamente subestimados porque a maioria dos cenários não leva em conta os custos de armazenamento e distribuição e sua variabilidade entre os setores. “Aos preços atuais entregues, o hidrogênio verde é uma estratégia de redução proibitivamente cara, com custos de redução de carbono de US$ 500 a US$ 1.250 por tonelada de CO2 entre os setores”, disseram os pesquisadores em seu estudo , que foi publicado na Joule . “Mesmo que os custos de produção caiam para US$ 2/kg, as oportunidades de redução de carbono de baixo custo permanecerão limitadas aos setores que já usam hidrogênio, como amônia, a menos que os custos de armazenamento e distribuição também diminuam.”

A Kore Infrastructure que pretende produzir 20.000 toneladas métricas de hidrogênio até 2030 e espera que seu LCOH varie entre US$ 1/kg e US$ 2/kg. A tecnologia de pirólise lenta da Kore aquece a biomassa a 1.000 F (537,8 C) sem oxigênio, permitindo que o hidrogênio, o oxigênio e o carbono na biomassa reajam e formem um biogás. Este biogás consiste principalmente de hidrogênio, metano, monóxido de carbono e dióxido de carbono, com um valor calorífico cerca de metade do gás natural. A empresa planeja lançar sua primeira instalação comercial de produção de hidrogênio em 2024, usando resíduos orgânicos como matéria-prima em um processo de circuito fechado.

A Masdar assinou acordos com três empresas norueguesas para explorar oportunidades de hidrogênio verde.Ela assinou um acordo com a ICP Infrastructure, uma gestora de fundos de infraestrutura apoiada pelo Aker Group, para explorar oportunidades de parceria e investimento eminfraestrutura de energia verde na Europa, incluindo potenciais colaborações em energias renováveis ​​nos países nórdicos.Um segundo acordo, assinado com a Aker Horizons Asset Development, explorará oportunidades de desenvolvimento e investimento conjunto ao longo da cadeia de valor “power-to-green-hydrogen”. A Masdar também assinou um acordo com a Yara para explorar oportunidades de colaboração e investimento ao longo da cadeia de valor “power-to-green-ammonia”.


A Korea Hydro & Nuclear Power (KHNP) assinou um acordo coma CzechHydrogen Technology Platform (HYTEP) para “nuclear e cooperação empresarial, desenvolvimento de tecnologia e suporte empresarial em outros campos de hidrogênio; e melhoria da política e regulamentações de hidrogênio e troca de informações”. As duas empresas também concordaram em construir conjuntamente infraestrutura de hidrogênio limpo e desenvolver tecnologia de hidrogênio na Europa.

A Uniper e a Sasol teriam cancelado seu projeto de combustível de aviação sustentável (SAF) baseado em hidrogênio de 200 MW na Suécia. Da mesma forma, a McPhy também recentemente descartou um projeto de hidrogênio verde de 24 MW, apenas sete dias após anunciá-lo, de acordo com relatos da mídia.


A diferença entre lixo, resíduo e rejeito e como é feito o seu gerenciamento


Saber a diferença entre lixo, rejeito e resíduo proporciona uma gestão eficiente e de qualidade. O lixo é tudo aquilo que não se quer mais e joga fora. Já o resíduo é aquilo que não serve para você, mas para outros pode se tornar matéria-prima de um novo produto ou processo. O rejeito é um tipo específico de resíduo, onde foram esgotados todas as possibilidades de reaproveitamento ou reciclagem. Neste artigo vamos entender melhor qual é esta diferença. Confira!

Lixo, resíduo e rejeito são palavras normalmente usadas como sinônimos. Porém existem diferenças entre elas. Saber diferenciar três simples palavras pode mudar a visão que do seu empreendimento sobre o que sobra dos processos e atividades organizacionais.

Você pode estar jogando dinheiro fora se não souber a diferença entre lixo, rejeito e resíduo. No mercado, há fornecedores e compradores dos mais diversos tipos de materiais, e aquele seu coproduto, pode ser muito valioso para outra organização.

Veja abaixo o que abordaremos neste artigo: diferença entre lixo, resíduo e rejeito para onde destinar corretamente o lixo, rejeito e resíduo qual é a situação do Brasil nos dias atuais em relação aos resíduos e rejeitos.


Qual a diferença entre lixo, resíduo e rejeito?

Saber a diferença entre os termos proporciona uma gestão eficiente e de qualidade,

Vamos, então, às explicações sobre as diferença entre lixo, resíduo e rejeito.


O que é lixo?

A palavra lixo vem do latim lix que significa “cinza”. De acordo com o dicionário, lixo significa tudo àquilo que não se quer mais e se joga fora, sendo consideradas coisas inúteis, velhas e sem valor.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define o lixo como os restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo se apresentar no estado sólido e líquido, desde que não seja passível de tratamento.

O termo lixo no âmbito técnico não é utilizado e com todo conhecimento e tecnologia disponíveis hoje, grande parte do que é gerada em processos produtivos e afins pode ser de alguma forma reaproveitada ou reciclada, sendo considerado como resíduo e, quando isso não é possível, considera-se como rejeito.


O que é resíduo?


A definição de lixo tem haver com tudo aquilo que não apresenta nenhuma serventia para quem o descarta. Por outro lado, o que não serve para você pode se tornar para o outro, matéria-prima de um novo produto ou processo, ou seja, resíduo sólido.

Resíduo então é tudo aquilo que pode ser reutilizado e reciclado e, para isto, este material precisa ser separado por tipo, o que permite a sua destinação para outros fins. Podem ser encontrados nas formas sólida (resíduos sólidos), líquida (efluentes) e gasosa (gases e vapores).

Segundo a ABNT, NBR 10.004:2004, resíduos sólidos são aqueles que “resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções, técnica e economicamente, inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.”

Os resíduos são complexos e diversos e, para efeitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), são classificados quanto:

**I - quanto à origem: **
  • resíduos domiciliares: originados de atividades domésticas em residências urbanas;
  • resíduos de limpeza urbana: originados da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
  • resíduos sólidos urbanos: resíduos domiciliares e de limpeza urbana;
  • resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades. Não incluem nessa categoria os resíduos de limpeza urbana, os de serviço de saneamento básico, os de saúde, construção civil e de transporte;
  • resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, exceto os sólidos urbanos;
  • resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;
  • resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;
  • resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;
  • resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;
  • resíduos de serviços de transportes: originados em portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;
  • resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios;

**II - quanto à periculosidade: **
  • resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
  • resíduos não perigosos.

O que é rejeito?

O rejeito é um tipo específico de resíduo, onde quando todas as possibilidades de reaproveitamento ou reciclagem já tiverem sido esgotadas e não houver solução final para o item ou parte dele e, portanto, as únicas destinações plausíveis são encaminhá-lo para um aterro sanitário licenciado ambientalmente ou incineração, que devem ser feitas de modo que não prejudique o meio ambiente.


Para onde destinar corretamente o lixo, rejeito e resíduo?

Com a tecnologia atual disponível, é possível tratar os mais diversos tipos de resíduos das mais diversas formas. As formas de destinação adequadas que ocorrem no país são:

  • Compostagem
É um tipo de destinação, que ocorre por meio de um processo controlado de decomposição microbiana que transforma matéria orgânica em adubo ou ainda ração animal, reduzindo o envio de resíduos para aterros.

Muito utilizado quando os resíduos são compostos por grande quantidade de matéria orgânica, como por exemplo, restos de alimentos.

  • Co-processamento em fornos de cimento
É um tipo de destinação por meio da queima de resíduos em fornos de cimento com temperaturas acima de 1.200 °C, para reaproveitamento de energia, em que o material é utilizado como substituto ao combustível. Ou ainda para reaproveitamento como substituto da matéria-prima, em que os resíduos a serem eliminados apresentem características similares às dos componentes normalmente empregados na produção de clínquer.

Esta alta temperatura permite a destruição de quase toda a carga orgânica.

Este método não é permitido para queima de organoclorados, resíduos urbanos, radioativos e hospitalares.

  • Reciclagem
Uma das formas de destinar corretamente os resíduos é pela reciclagem, que é o processo de transformação dos resíduos sólidos, que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos.

  • Incineração
É conhecida como uma forma de destinação adequada, sendo basicamente uma decomposição térmica dos resíduos, com o objetivo de reduzir o volume e a sua toxicidade.

Por meio da incineração, é possível obter a redução de resíduos em até 5% do volume e 15% do peso original e ainda é possível recuperar a energia contida nos resíduos.

Por outro lado, o investimento é elevado, já que possui um alto custo de operação e manutenção, além de mão de obra especializada.

Para conhecer mais sobre tipos de tratamento de resíduos, leia o estudo sobre o setor no site da ABETRE.

Agora veja algumas formas de disposição final:

  • Aterro comum ou lixão
É uma forma de disposição final inadequada dos resíduos sólidos, visto que se caracteriza pela disposição de resíduos sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública.

Apesar de ainda existirem muitos lixões em todo país, esta forma de dispor não é recomendada.

  • Aterro controlado
É o aterro comum, porém com pequenas adaptações. O solo não é protegido contra a decomposição dos resíduos e não há controle dos gases, faz-se apenas um recobrimento dos resíduos com material inerte diariamente. Esta forma de disposição final também é considerada inadequada.

  • Aterro Sanitário
É a principal forma de disposição final adequada existente hoje, visto que é uma técnica que não causa danos ou riscos à saúde pública e à segurança.

É uma solução economicamente viável e que causa menos impactos ao meio ambiente, porém possui vida útil de curta duração, exige grandes extensões de terra e controle e manutenção constantes.

Os aterros sanitários recebem resíduos de classe II A e II B, não inertes e inertes, respectivamente. Os resíduos perigosos, classe I, são encaminhados para aterros industriais, que possuem formas de disposição final mais específicas devido as características dessa classe de resíduos.


Qual é a situação do Brasil nos dias atuais em relação aos resíduos e rejeitos?

Mais de 80% do material que vai para aterros poderia ter outra destinação, como por exemplo, a reciclagem e a compostagem. Isso quer dizer que a maior parte daquele material que convencionamos chamar de “lixo”, na verdade poderia ter outros usos, transformando um passivo ambiental em geração de receita, reciclando e reaproveitando itens.

Mesmo com a Política Nacional de Resíduos sólidos em vigência desde 2010, com prazo para aplicação vencido em 2014, a situação do destino dos resíduos no Brasil pouco mudou. Cerca de 40% de todo resíduo gerado no país ainda é depositado em locais considerados inadequados, como lixões e aterros controlados. Ainda no ano de 2014, 1.559 municípios brasileiros tinham lixões.


E como reverter essa situação?

Um caminho para a solução dos problemas relacionados com os resíduos é apontado pelo Princípio dos 5 R’s. São nada mais do que a adoção de atitudes práticas no dia a dia para termos um mundo mais sustentável. Vejamos o que significa cada R:

1º Repensar

A responsabilidade ambiental nos faz refletir sobre os nossos hábitos de consumo. Isso não é muito diferente dentro de uma empresa que busca alcançar a sustentabilidade ambiental.

A ação repensar busca a reflexão sobre os processos socioambientais de produção, desde a aquisição da matéria prima, passando pelos processos e condições de trabalho (ou seja, modo de produzir), pela distribuição dos produtos, até o descarte dos resíduos. É necessário, também, repensar como o seu cliente descartará o produto no fim de seu ciclo de vida.

2º Recusar

Recusar na política dos 5R’s consiste na etapa de não aceitar produtos ou tratamento de resíduos que tenham um significativo impacto ambiental. A empresa deve dá preferência por adquirir produtos e serviços que não agridam o meio ambiente.

O ato de recusar incentiva os fornecedores a buscar tecnologia que melhore seus processos, tornando-os menos agressivos ao meio ambiente.

3º Reduzir

Quando reduzimos o consumo, consequentemente, reduzimos a geração de resíduos. O ponto chave ao reduzir os resíduos é identificar nas etapas do processo de fabricação os pontos de desperdício ou melhorias que aumente a eficiência.

Outro meio de reduzir é comprar somente aquilo que é necessário, verificando seu estoque e necessidade.

4º Reutilizar

A ação de reutilizar na política dos 5Rs permite a empresa diminuir seus custos de aquisição e de destinação, uma vez que não será necessário adquirir a matéria prima para fabricação ou pagar pelo tratamento e disposição em aterros sanitários.

Contribui para o desenvolvimento tecnológico, uma vez que será desenvolvido meios de reaproveitar essas sobras sem diminuir a qualidade dos produtos.

5º Reciclar

Na política dos 5 R’s o ato de reciclar deve ser o último procedimento adotado pelas empresas. O importante é diminuir o máximo de resíduos gerados.


Onde minha empresa se encaixa nesse cenário?

Com o agravamento da atual crise econômica, problemas relacionados à má gestão de resíduos acarretam em aumento da poluição, riscos de saúde pública e aumento nos gastos públicos de saneamento básico.

Mesmo diante deste cenário, o mercado é exigente frente às obrigações legais que precisam ser cumpridas e o empresário, que quer ter um diferencial competitivo para conseguir fornecer para grandes organizações, precisa reduzir custos, criar novas oportunidades e evitar problemas como multas e perda de clientes, além de está em dia com a legislação ambiental vigente e buscar métodos eficazes para uma correta e adequada gestão de resíduos.

As ações de preservação ou de redução dos resíduos e rejeitos, bem como os demais impactos ao meio ambiente devem ser realizadas com uma política sustentável de modo que não prejudiquem o crescimento econômico da empresa e possam impulsionar sua competitividade frente ao mercado atual.

A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) vinculado à certificação ambiental favorece não apenas um ambiente mais sustentável, mas também as empresas certificadas, os fornecedores, os clientes e os órgãos ambientais, ou seja, todas as partes interessadas se beneficiam de um sistema como esse.

E para colocar um sistema de gestão ambiental nas empresas, utiliza-se a norma internacional ISO 14001, que foi projetada para ajudar na adequação de responsabilidades ambientais aos seus processos internos e dar continuidade ao crescimento das empresas, mantendo-as bem-sucedidas comercialmente.


O que é ISO 14001?

Esta norma é baseada no ciclo PDCA do inglês “plan-do-check-act” - planejar, fazer, checar e agir - e utiliza terminologia e linguagem de gestão conhecida, apresentando uma série de benefícios para a organização.

A estrutura de um sistema como este permite realizar uma correta e adequada gestão dos resíduos gerados nos processos, atendendo às expectativas de responsabilidades corporativas cada vez mais elevadas dos clientes, assim como aos requisitos legais ou regulamentares.

No Brasil, esta norma é conhecida como NBR ISO 14001 e, recentemente, teve sua versão atualizada, e a ABNT disponibilizou um arquivo sobre a nova versão, intitulado como Introdução à ISO 14001 2015 pdf.

A norma evoluiu ao longo dos anos para atender as necessidades do mercado, veja a evolução até a última lançada NBR ISO 14001:2015:

1996 – Primeira versão da norma, com o objetivo de definir critérios para implantação do Sistema de Gestão Ambiental e gerenciamento dos impactos ambientais das atividades das organizações;

2004 – Revisão e atualização de conceitos e definições. O grande destaque dessa versão é o conceito de desempenho ambiental.

2015 – A nova versão da ISO 14001 2015, publicada em setembro de 2015, tem como destaques: o alinhamento da Gestão Ambiental à estratégia da empresa, a gestão de riscos e a busca pela maior compatibilidade com as demais normas ISO.

Empresas certificadas ISO 14001 atendem as suas necessidades socioeconômicas em equilíbrio com a proteção do meio ambiente, veja quais são os objetivos dessa norma:

proteger o meio ambiente com a prevenção ou mitigação dos impactos ambientais adversos; mitigar os potenciais efeitos adversos das condições ambientais na organização; auxiliar a organização no atendimento aos requisitos legais e outros requisitos; aumentar o desempenho ambiental; controlar ou influenciar o modo que os produtos e serviços da organização são projetados, fabricados, distribuídos, consumidos e descartados, utilizando uma perspectiva de ciclo de vida que possa prevenir o deslocamento involuntário dos impactos ambientais dentro do ciclo de vida; alcançar benefícios financeiros e operacionais que resultem na implementação de alternativas ambientais que reforçam a posição da organização no mercado; comunicar as informações ambientais para as partes interessadas pertinentes, conhecidos como steakholders.



O que é tratamento de resíduos sólidos? Como a Política Nacional de Resíduos Sólidos trata esse assunto? Quais são as formas de tratamento? Como se tornar um especialista na área e se destacar no mercado?

Resíduos sólidos, um dos maiores problemas enfrentados na atualidade. A falta de conscientização e a escassez de profissionais especializados intensifica a problemática. A consequência do inadequado tratamento dos resíduos traz a deterioração da qualidade das águas e dos solos. Por outro lado, para os profissionais que têm a visão holística do segmento, o mercado é promissor e está cada vez mais aquecido, o que soa como música para os especialistas em tratamento de resíduos sólidos.

A busca por soluções na área dos resíduos é crescente. Se gerenciado de forma adequada, os resíduos adquirem valor comercial, desta forma podem ser introduzidos no mercado como matéria-prima para geração de novos produtos. Além disso, trará resultados satisfatórios no âmbito social, ambiental e econômico.

“Você tem o que é preciso para mudar essa realidade, mesmo que esteja começando”

Você se imagina atuando no mercado de resíduos sólidos? Se esse assunto lhe chama a atenção, conheça um pouco mais sobre o mercado de resíduos sólidos.


O que é Tratamento de Resíduos Sólidos?

Consiste em um conjunto de métodos, operações e uso de tecnologias apropriadas, aplicáveis aos resíduos, desde sua produção até o destino final, com o objetivo de mitigar o impacto negativo sobre a saúde humana e o meio ambiente e transformá-los em um fator de geração de renda como a produção de matéria prima secundária. Dessa forma podemos denominar de tratamento de resíduos as várias tecnologias existentes.


Como a Política Nacional de Resíduos Sólidos trata esse assunto?

De acordo com o Art. 9° da Lei 12.305/2010, o Tratamento de Resíduos Sólidos tem a quinta prioridade na gestão e gerenciamento de resíduos a ser aplicada no Brasil. Veja:

“Lei 12.305/2010 Art. 9 Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

1° Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a implantação de programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental.

2° A Política Nacional de Resíduos Sólidos e as Políticas de Resíduos Sólidos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão compatíveis com o disposto no caput e no § 1o deste artigo e com as demais diretrizes estabelecidas nesta Lei. “

Quais são as formas de tratamento?

Para aprofundar um pouco mais sobre o assunto podemos separar as formas de tratamento de resíduos em 3 grupos: Tratamento Mecânico, Tratamento Bioquímico, Tratamento Térmico. Aprofunde um pouco mais sua visão, veja:

Tratamento Mecânico

No tratamento mecânico são realizados processos físicos geralmente no intuito de separar (usinas de triagem) ou alterar (reciclagem) o tamanho físico dos resíduos. Neste processo não ocorrem reações químicas entre os componentes como nos muitos casos do tratamento térmico.

Os maiores exemplos de tratamento mecânico de resíduos são encontrados no setor de reciclagem. Muitas vezes, o processo de reciclagem de produtos são divididas em várias etapas que agem de maneira interdependente. Em alguns casos como na reciclagem de resíduos eletrônicos, os processos mecânicos costumam ser complexos.

De uma forma geral, podemos classificar as formas de tratamento mecânico de resíduos de acordo com sua finalidade. Vejamos alguns exemplos abaixo:

Diminuição do tamanho das partículas: 
  • Quebra, trituração, moinhos;
  • Aumento do tamanho das partículas: aglomeração, briquetagem, peletagem;
  • Separação da fração física: Classificação;
  • Separação pelo tipo de substância;
  • Mistura de substâncias: extrusão, compactação;
  • Separação de fases físicas: sedimentação, decantação, filtração, centrifugação, floculação;
  • Mudança de estados físicos: condensação, evaporação, sublimação.

Tratamento Bioquímico

O tratamento bioquímico ocorre através da ação de grupos de seres vivos, (em sua maioria micro-organismos como bactérias e fungos mas também organismos maiores como lesmas e minhocas), que ao se alimentarem dos resíduos, quebram suas moléculas grandes transformando-as em uma mistura de substâncias e moléculas menores. Dependendo de alguns fatores como por exemplo a temperatura, pressão e acidez dessa mistura de substâncias (moléculas), as substâncias resultantes desse processo podem reagir entre si quimicamente, caracterizando assim o processo bioquímico.

Em alguns casos só ocorre o processo biológico, em outros somente o químico. Isso vai depender da tecnologia e metodologia utilizada.

Os processos de tratamento bioquímico mais conhecidos são:

Biodigestão: 

Decomposição da matéria orgânica na ausência de oxigênio nos chamados Biodigestores ou Centrais de Biogás.
  • Biodigestor para resíduos sólidos orgânicos urbanos
  • Biodigestor para resíduos sólidos orgânicos rurais
  • Biodigestor para resíduos com alto teor de celulose

Compostagem: 

Decomposição da matéria orgânica na presença de oxigênio em Usinas de Compostagem.
  • Usina de compostagem de Salerno na Itália
  • Usina de Compostagem de Bremen na Alemanha

Tratamento Térmico

No tratamento térmico, os resíduos recebem uma grande quantidade de energia em forma de calor a uma temperatura mínima que varia de acordo com a tecnologia aplicada (Temperatura de reação) durante uma certa quantidade de tempo (Tempo de reação) tendo como resultado uma mudança nas suas características como por exemplo a redução de volume, devido a diversos processos físico-químicos que acontecem durante o processo.

Podemos diferenciar 5 principais processos de tratamento térmicos separados em função da temperatura de operação e o meio onde ocorre o processo. São eles:

Secagem: Retirada de umidade dos resíduos com uso de correntes de ar. Ocorre na presença do ar atmosférico e temperatura ambiente.

Pirólise: Decomposição da matéria orgânica a altas temperaturas e na ausência total ou quase total de oxigênio. As temperaturas do processo podem variar de 200 a 900°C.

Gaseificação: Transformação de matéria orgânica em uma mistura combustível de gases (gás de síntese). Na maioria dos processos não ocorre uma oxidação total da matéria orgânica em temperaturas variando entre 800 e 1600°C.

Incineração: Oxidação total da matéria orgânica com auxílio de outros combustíveis a temperaturas variando entre 850 e 1300°C

Plasma: Desintegração da matéria para a formação de gases.


Conheça algumas tecnologias para tratamento de resíduos sólidos

Comumente no Brasil, as tecnologias para tratamento de resíduos sólidos mais utilizados são: o tratamento mecânico, bioquímico e térmico. O objetivo maior das tecnologias de tratamento de resíduos é diminuir o impacto negativo no meio ambiente e para a saúde humana, além de, em alguns casos, gerar retorno financeiro para as organizações. Neste artigo você conhecerá algumas tecnologias para tratamento de resíduos sólidos.

Para cumprir com as leis vigentes e aplicáveis aos resíduos sólidos (Lei nº 12.305/10), deve-se analisar e pesquisar o melhor método para tratar seus resíduos.

Sendo a quinta prioridade no gerenciamento de resíduos, as tecnologias podem consistir em: disposição final ou tratamento intermediário, para diminuir a periculosidade dos mesmos, possibilitando a sua reutilização ou reciclagem.


O que diz a Lei 12.305/2010 sobre tratamento de resíduos?

De acordo com a Lei dos resíduos sólidos, as prioridades da gestão e gerenciamento dos resíduos tem a seguinte ordem de prioridade:
  • não geração;
  • redução;
  • reutilização;
  • tratamento;
  • disposição final.

Sendo a quinta prioridade no gerenciamento de resíduos, o tratamento utiliza tecnologias apropriadas para neutralizar a periculosidade do resíduo, possibilitando muitas vezes a reutilização e reciclagem.

A Lei 12305/2010 define que para o tratamento de resíduos sólidos:

“§ 1o Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a implantação de programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental.

Portanto, tendo em vista o cumprimento da Lei, o tratamento dos resíduos é uma atividade essencial para que uma empresa esteja de acordo com a legislação, além de estar construindo uma boa imagem perante os clientes e público em geral.

Caso a empresa não cumpra com a legislação, sofrerá com implicações que geram prejuízos financeiros e desgaste na imagem de seus serviços e produtos e consumidores.


Tecnologias para tratamento de resíduos sólidos

As tecnologias para tratamento de resíduos sólidos mais utilizadas pode ser separado em 3 grupos: tratamento mecânico; tratamento bioquímico; e tratamento térmico.

Geralmente todos os bens de consumo são resíduos sólidos em potencial. Tudo que é produzido pela atividade humana e consumido em residências, comércios e indústrias, após não ter mais utilidade, pode ser separado, selecionado e processado, resultando em resíduo sólido.

E esses resíduos devem ter seu tratamento ambiental correto, vejamos os tipos de tratamento: reciclagem: consiste na reintrodução dos resíduos no processo de produtos. Gera economia de energia nos processos de produção, e diminui a utilização de matéria-prima.

A reciclagem é o processo de reaproveitamento do resíduo que não serve mais para o processo, com mudanças em seus estados físico, físico-químico ou biológico, de modo a atribuir características para que se torne novamente matéria-prima ou produto;

biodigestores: consiste na decomposição da matéria orgânica na ausência de oxigênio nos Biodigestores. Esse processo tem várias tecnologias;

compostagem: realizado através de processo biológico de decomposição da matéria orgânica, o resultado final é um composto orgânico, podendo ser utilizado no solo sem ocasionar riscos ao meio ambiente.

Muito utilizado na zona rural. Mas no meio urbano, deve ser realizado uma triagem e livrar o componente orgânico de componentes tóxicos ou perigosos;

aterro sanitário: forma de disposição final dos resíduos sólidos no solo, em local estratégico e com técnicas de engenharia, seguindo normas operacionais para evitar danos à saúde público e impactos ambientais;

incineração: processo que consiste redução de peso e volume do lixo pela combustão controlada. Esse método ainda é mais utilizado para o tratamento dos resíduos hospitalares e industriais, no caso do Brasil;

Há tecnologias para tratamento de resíduos sólidos capazes de realizar a gestão de resíduos com ecoeficiência as etapas desde: coleta, seleção, tratamento, reintrodução nas cadeias produtivas e destinação final dos rejeitos. Vejamos: combustíveis derivados de resíduos: o tratamento térmico dos resíduos gera energia térmica em duas fases: logo no início da separação dos materiais recicláveis, matéria orgânica e resíduos não recicláveis, serão encaminhados para a incineração.

Esses materiais são triturados e depois incinerados a temperatura de aproximadamente 1000°C.

Os gases emitidos são neutralizados pelo processo de filtragem, sendo lavados com água alcalina. Esses gases limpos são lançados na atmosfera e os resíduos inertes são levados para um decantador e podem ser aproveitados na produção de material de construção civil. tecnologias de separação e classificação de resíduos: utilizam tecnologias de sensores óticos para diferenciar os tipos de materiais e acelerar a separação dos materiais recicláveis. Esta tecnologia pode ser utilizada para resíduos domésticos, industriais, comerciais, limpeza urbana e construção civil.

Esta tecnologia pode ser utilizada na aplicação da eliminação dos resíduos clorados e metais e na homogeneização do valor calorífico do combustível; plasma térmico: é uma tecnologia que pode ser utilizada para o processamento de resíduos perigosos como: lama, cinzas de incineração, lixo hospitalar, sucatas metálicas, resíduos de produção de alumínio e outros metais.

Uma chama é lançada diretamente sobre os resíduos, produzindo a dissociação das ligações moleculares dos resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, orgânicos ou inorgânicos, perigosos ou não, alterando a composição química original para compostos mais simples.

No processo das duas câmaras, os resíduos são inseridos em uma primeira câmara onde a parte orgânica é gaseificada e parte inorgânica é fundida.

Os gases e líquidos são lançados em uma segunda câmara através do reator de plasma. Os gases são lavados e os metais voláteis e gases ácidos são incinerados; produção de adubos orgânicos: os adubos são muito eficientes na recomposição dos solos e pastagens e na melhoria da fertilidade da agricultura. Esta é uma tecnologia muito versátil que pode ser aplicada para a produção independente.

A importância da classificação dos resíduos para a escolha da tecnologia para tratamento


Para descobrir qual o melhor tratamento para o seu resíduo, deve-se primeiramente classificá-lo de acordo com a NBR 10004, para identificar se são: perigosos, resíduos inertes ou não inertes, sendo as classificações: Classe I, II A e II B, respectivamente.

E, para classificar os resíduos deve-se fazer uma amostra representativa (NBR 10.007) e realizar os procedimentos para classificação (NBRs: 10.005 e 10.006). A norma NBR 10.004, divide os resíduos nas classes abaixo:
  • Classe I – resíduos perigosos
  • Classe II A – resíduos não inertes
  • Classe II B – resíduos inertes

Os resíduos perigosos deverão ter tratamento especial, devido às suas características. E os resíduos não inertes, mesmo tendo esse nome sugestivo, não devem ser descartados de qualquer forma, pois podem causar impactos ambientais negativos.

É importante destacar que as empresas devem classificar os resíduos corretamente, para não sofrerem punições legais junto aos órgãos ambientais por destiná-los de forma incorreta. E, também uma forma de cumprir a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

As instituições que classificam corretamente seus resíduos possuem mais rentabilidade nos seus negócios, pois assim conseguem identificar os resíduos que podem ser vendidos e os que não podem ser vendidos, além de realizarem o tratamento correto.

Para a venda dos resíduos, o empreendedor pode utilizar a plataforma Mercado de Resíduos, que é um software criado para estabelecer o encontro entre as empresas geradoras de resíduos e os compradores de resíduos.