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As dificuldades para a expansão da energia solar no Brasil

Dois dos maiores empreendimentos da área foram inaugurados em 2017, mas falta estratégia mais ampla vinda do governo, de acordo com especialista.

NO INÍCIO DE 2018, PAÍS ULTRAPASSOU MARCA DE 1 GIGAWATT DE CAPACIDADE INSTALADA EM PROJETOS DE ENERGIA SOLAR

No segundo semestre de 2017, foram inaugurados no Brasil os dois maiores empreendimentos de energia solar da América Latina. As iniciativas, uma no Piauí e outra em Minas Gerais, são de empresas estrangeiras que ganharam o direito de implementar e operar as usinas, depois de vencerem leilões promovidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Em janeiro de 2018, a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) anunciou que o país havia ultrapassado a marca recorde de 1 gigawatt de capacidade instalada em projetos de energia solar em operação. De acordo com a entidade, apenas 30 países do mundo atingiram esta marca, que capacidade energética para abastecer 500 mil domicílios por um ano.

As inaugurações e a marca sugerem que a energia solar finalmente começa a prosperar no país, depois de anos ter sido vista, junto com a eólica, como algo secundário e extravagante, inclusive por governos que tinham nas hidrelétricas de grande porte seu principal paradigma de geração de energia. Segundo dados de 2015, apenas 0,01% da energia gerada no país veio de fontes solares, o que faz dessa alternativa a menos consumida entre as renováveis.

“O Brasil está mais ou menos 15 anos atrasado em relação ao setor fotovoltaico em outros países.” Rodrigo Sauaia Presidente da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica)

“Claramente, há uma tendência de crescimento na solar, a exemplo do que aconteceu com a eólica a partir de 2009”, disse ao Nexo Osvaldo Soliano, doutor em política energética pela universidade de Londres e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Ele lembra que o contexto é amplamente favorável às alternativas renováveis, incluindo o esgotamento do modelo de grandes hidrelétricas, do qual o governo federal agora se afasta, e a vigência do Acordo de Paris, compromisso assinado por 195 países com o objetivo de reduzir emissões de gases que contribuam para o aquecimento global.

“O Brasil é um importante mercado estratégico para o Grupo EDF, que pretende dobrar sua capacidade renovável na França e no mundo todo até 2030”, disse em agosto de 2017 o diretor geral da EDF Energies Nouvelles, Antoine Cahuzac. A EDF tem controle de 80% da usina solar de Pirapora, em Minas Gerais (os outros 20% são da sino-canadense Canadian Solar).

Atualmente, segundo Soliano, empresas de fora do país tendem a dominar os projetos maiores, pois já tocam operações internacionais de grandes escala e tem acordos de fornecimento para volumes de compra grande, permitindo alcançar um preço melhor para a energia final gerada que competidores nacionais em um leilão.

Potencial solar

O espaço para expansão do setor é gigantesco, baseado na medição da irradiação solar do país, ou insolação, que só perde para a Austrália no mundo.

Em comparação com a Alemanha, um dos países de referência em termos de incentivo à geração solar, o Brasil fica em vantagem: o país europeu tem índice de irradiação equivalente a 900 e 1.250 quilowatts-hora (KWh) por metro quadrado (m²) por ano, enquanto que aqui este número fica entre 1.500 e 2.400 KWh m²/ano.

“O pior sol do Brasil, que está lá no Paraná e tem uma irradiação de 1500 KWh m2/ano, é superior ao melhor sol da Alemanha”, comparou ao site da EBC o diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), André Pepitone.

Atrasos e percalços

“O Brasil está mais ou menos 15 anos atrasado em relação ao setor fotovoltaico em outros países”, afirmou ao Nexo o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia. O primeiro programa federal de energias renováveis, o Proinfa, lançado em 2002, deixou de fora a solar, selecionando apenas projetos referentes a biomassa, eólica e pequenas centrais hidrelétricas. Apenas em 2014 foi realizado o primeiro leilão que contemplou iniciativas na área da geração fotovoltaica.

EM TERMOS MUNDIAIS, ÍNDICE DE IRRADIAÇÃO SOLAR NO BRASIL SÓ FICA ATRÁS DA AUSTRÁLIA

Para Sauaia, de lá para cá, o setor solar tem se mostrado cada vez mais competitivo. Em dezembro de 2017, pela primeira vez as empresas da área conseguiram ofertar em um leilão energia mais barata que a gerada por biomassa, termelétrica ou pequena hidrelétrica.

Em novembro, o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Fabio Alves, declarou ao jornal O Globo que a perspectiva é de crescimento robusto de agora em diante. Segundo ele, a previsão é de um crescimento de cerca de 50 mil MW na capacidade de geração de energia no país, com metade desse total vindo de fontes eólica ou solar.

Entretanto, não há qualquer proposta ou estratégia mais ampla em relação à energia solar vinda do governo ou do Congresso. Ao contrário, o segundo semestre de 2017 registrou duas iniciativas em direções contrárias, vindas de Brasília.

Em agosto, congressistas aprovaram uma medida provisória editada pelo presidente Michel Temer que concede benefícios tributários, parcela dívidas e suspende a cobrança de impostos de empresas do setor petrolífero que atuam no país.

Entre os que votaram pelo decreto está o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), que propôs em 2016 uma emenda constitucional instituindo a cobrança de royalties da geração de energia eólica. Fortes defende também a ampliação da taxação também para a energia solar.

“É um retrocesso: de um lado temos parlamentares querendo tributar o sol e o vento. De outro lado, temos o governo isentando os combustíveis fósseis de impostos. Será que esse é o caminho que os brasileiros querem para um país?”, questionou Sauaia. O presidente da Absolar lembra que a área já conta com uma carga tributária maior sobre equipamentos.

Os dois maiores projetos:

PARQUE SOLAR NOVA OLINDA (RIBEIRA DO PIAUÍ-PI) - Em Ribeira do Piauí, a 380 quilômetros de Teresina, foi inaugurado em novembro de 2017 o maior parque solar em operação da América Latina. Com 930 mil placas de captação de energia fotovoltaica, o empreendimento é capaz de suprir 300 mil domicílios. A energia que as placas capturam é enviada para uma subestação da Chesf localizada no município vizinho de São João do Piauí. O parque é administrado pela empresa italiana Enel, que conseguiu autorização para a construção e operação do parque por meio de leilão realizado em 2015. A empresa conseguiu financiamento do Banco do Nordeste para o empreendimento, que custou cerca de US$ 300 milhões. O governo do Piauí contribuiu com aproximadamente US$ 80 milhões.

PIRAPORA II (PIRAPORA-MG) - Quando estiver em operação plena, a usina solar de Pirapora será a maior da América Latina. O projeto começou a funcionar em setembro, a segunda fase foi iniciada em outubro e a terceira e última etapa se concluirá ao final do primeiro semestre de 2018. Quem encabeça o projeto é uma parceria entre as empresas francesa EDF Energies Nouvelles e canadense Canadian Solar. A capacidade total de geração do projeto será suficiente para abastecer 420 mil casas por um ano. O empreendimento obteve financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no valor de R$ 529 milhões.

Fonte: Nexo

Carnaval de Salvador terá trio elétrico com energia solar


A dupla Juan e Ravena chega ao Carnaval de número 16 da carreira com uma proposta de respeito e preservação ao meio ambiente, desde a montagem do trio (o primeiro a utilizar energia solar) e do “pranchão” para o Furdunço até o figurino de Juan e Ravena, feito com material reciclável.

Juan e Ravena irão começar a folia na quinta-feira de Carnaval, puxando o Furdunço no circuito Barra-Ondina. O “pranchão” será feito com material retirado do ferro-velho, em Camaçari, com reaproveitamento do aço, ferro e alumínio, além de madeira reciclável para as caixas de som. A iluminação terá painéis fotovoltaicos carregados por energia solar. Além disso, o “pranchão” será puxado por um jipe antigo também decorado com materiais recicláveis.

Canções

Após o Furdunço, na quinta de Carnaval, a dupla, dona de um estilo bem praiano, vai desfilar no trio independente na segunda, no circuito Barra-Ondina, e na terça, no Campo Grande. No repertório, músicas como “Sexta-feira”, que já ficou em primeiro lugar em algumas rádios da cidade, e “Trança no cabelo”, ambas no estilo que mistura axé com ragga e de autoria de Juan e Ravena, que também são instrumentistas. Além disso, os irmãos pretendem levar para a folia regravações, com arranjos próprios, de canções como “Sina”, de Djavan, e “Apenas um rapaz latino-americano”, de Belchior.

Fonte: bahia.com

Limpeza de placas beneficia energia solar

Os estudantes Michelle Melo e João Lucas de Souza contam com a orientação da professora Danielle Delgado

Com elevado índice de radiação solar, a Bahia ainda figura em 10º lugar no ranking de geração de energia a partir do sol, com mais de 220 sistemas fotovoltaicos, segundo levantamento divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O alto potencial do estado e o uso de minissistemas de geração distribuída, entretanto, fazem com que a invenção de um sistema de limpeza das placas e painéis solares seja certeza de sucesso no setor.

O projeto PSClean, desenvolvido pelos estudantes baianos Michelle Melo e João Lucas de Souza, já foi duplamente premiado. Eles desenvolveram um sistema automatizado para limpeza e arrefecimento de painéis solares, que ganhou o Prêmio Arlindo Fragoso, do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), e do concurso “Uma Ideia na Cabeça, Uma Inovação na Mão”, do Instituto Federal da Bahia (Ifba).

Invenção

Agora, em 2017, o reconhecimento vem do Grupo A TARDE, após inscrição do projeto, em agosto, durante a edição em Salvador da Campus Party, evento tecnológico internacional.

A ideia dos estudantes de Paulo Afonso, no norte do estado, e de outros cinco pesquisadores e grupos de pesquisa, está entre as selecionadas pelo Grupo A TARDE, dentro da ação A TARDE Inovação e Tecnologia, lançada no evento. Desde então, os projetos vinham sendo analisados pela curadoria, que divulga agora os vencedores, após analisar a autenticidade de cada proposta.

Todas as ideias estão sendo apresentadas em reportagens diárias, publicadas esta semana em A TARDE e também veiculadas na rádio A TARDE FM (103,9). “Nosso diferencial é o sistema de bocal móvel que amplia e direciona o fluido de limpeza ao painel fotovoltaico, economizando-se água e quantidade de bocais”, explica Michelle Melo, graduanda em engenharia elétrica no Ifba.

Segundo ela, os outros sistemas precisam, em média, de três bocais fixos por painel. Na Campus Party, o projeto PSClean foi um dos apresentados na chamada Campus Future, espaço destinado a divulgação e exposição de projetos acadêmicos de universitários que tenham destaque pela tecnologia, sejam inovadores, criativos e também tenham impacto social relevante.

A invenção dos estudantes baianos, que contam com a orientação da professora Danielle Delgado, já está patenteada, com processo protocolado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).

Vantagem

Com a divulgação do projeto, os estudantes esperam mais apoio para pesquisa, visando ao aperfeiçoamento para ampliar ainda mais a eficiência do sistema.

Já para a inserção no mercado, é preciso despertar a atenção de investidores, inclusive quanto à viabilidade, diante do baixo custo dos materiais utilizados e o interesse do setor que, no país, só utiliza sistemas manuais de limpeza. “Somente os países desenvolvidos já atuam com sistemas automatizados como o nosso”, frisa Michelle. “É feita a limpeza de forma eficiente e sem riscos de choque ou acidentes ao se evitar a intervenção humana”, completa.

Michelle destaca ainda a vantagem da adoção do sistema em ambientes em que as usinas solares se encontrem em áreas de difícil acesso e em outros em que a limpeza dos painéis seja necessária, com intervalos de tempo de limpeza de painéis conforme região onde estejam instalados.

Fonte: A Tarde

Parque solar Ituverava entra em operação na Bahia


A Enel, por meio de sua subsidiária de energia renovável Enel Green Power Brasil Participações Ltda. (EGPB), iniciou a operação de mais 546 MW de projetos solares fotovoltaicos no Brasil, sendo 254 MW do parque solar Ituverava, e 292 MW do parque solar Nova Olinda, que são os maiores parques solares da América do Sul atualmente em operação. Ituverava fica no município de Tabocas do Brejo Velho, na Bahia, e Nova Olinda está localizada no município de Ribeira do Piauí, no Piauí.

"O início da operação de Nova Olinda e de Ituverava é um marco importante da nossa presença no Brasil, na medida em que confirma nossa liderança no mercado fotovoltaico do país, assim como nosso compromisso e habilidade de desenvolver de forma rápida e eficiente os projetos que ganhamos”, afirma Antonio Cammisecra, presidente da Enel Green Power.

A construção da planta solar de Ituverava exigiu investimentos de cerca de US$ 400 milhões. O parque é financiado por recursos próprios do grupo, assim como por um financiamento de longo prazo fornecido pelo Banco da China e Santander, apoiado pelo China Export & Credit Insurance Corporation Sinosure e garantido pela Enel. A planta é composta de cerca de 850 mil painéis distribuídos em uma área de 579 hectares e, uma vez em plena operação, será capaz de produzir mais de 550 GWh, o suficiente para atender às necessidades de consumo de mais de 268 mil lares brasileiros, evitando a emissão de mais de 318 mil toneladas de CO2 na atmosfera.

Piauí

A Enel investiu aproximadamente US$ 300 milhões de dólares na construção de Nova Olinda, por meio de recursos próprios do grupo, assim como por um empréstimo de longo prazo concedido pelo Banco do Nordeste. O parque solar, que é composto por quase 930 mil painéis solares em uma área de 690 hectares na região do semiárido, será capaz de produzir mais de 600 GWh por ano quando estiver em plena operação, o suficiente para atender às necessidades de consumo de cerca de 300 mil lares brasileiros.

Brasileiros poderiam ter economizado R$ 2 bi com energia solar


A Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), em meio a outra crise do setor elétrico nacional, revelou um estudo que avalia os impactos causados pela inserção planejada da fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira, tomando por base o período histórico entre janeiro de 2013 e maio de 2017, que indica que caso a fonte tivesse sido implantada antes no país, os brasileiros poderiam ter economizado cerca de R$ 2 bilhões nas contas de energia.

O estudo da ABSOLAR foi baseado na análise dos dados publicados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A iniciativa integra as recomendações da entidade para o estabelecimento, pelo governo federal, de um programa nacional para o desenvolvimento do setor solar fotovoltaico brasileiro.

Ainda, o estudo revela que se as primeiras usinas solares tivessem entrado em operação em 2013, a necessidade por termelétricas poderia ter sido reduzida consideravelmente, estimada em até 8 bilhões de reais, reduzindo também as emissões de gases de efeito estufa, que com a redução de seu uso entre 2013 e 2017, e a utilização da fonte solar, evitaria a liberação de 15,4 a 17,9 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, e com isso, o Brasil também cumpriria suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, acordadas em Paris, durante a COP21, em 2015. 

Parque Solar de Ituverava, em Tabocas do Brejo Velho na Bahia.

Segundo o Presidente da ABSOLAR , Rodrigo Sauaia, a população Nordestina se beneficiaria por conta dos longos períodos de estiagem que castigam os reservatórios de suas hidrelétricas, pois têm a maioria da sua energia vinda das usinas termelétricas, de funcionamento mais caro, acarretando na elevação do custo da energia para o consumidor.

Nestes últimos anos, as termelétricas foram reativadas em virtude da escassez de água nos reservatórios das hidrelétricas, principalmente na região Nordeste e Sudeste. Ainda este ano, o país anunciou o estabelecimento da bandeira tarifária vermelha de patamar 2, maior nível tarifário do setor, o que também indica o aumento da utilização das termelétricas para suprir a demanda do país.

A medida, foi retomada em 2017 visando evitar um novo apagão, sendo também reajustados os valores das bandeiras em razão da demanda energética. Como resultado, os consumidores brasileiros terão de pagar uma conta extra que já soma centenas de milhões de reais para cobrir os custos mensais de operação.

Além da economia, é importante entender que a energia solar está cada vez mais em expansão, e, além disso, é uma fonte de energia limpa e inesgotável, não agride o meio ambiente, tornando-se assim, mais vantajosa em relação as outras. Economize energia e reduza sua conta em 95%.

No Nordeste, cresce investimento em energia renovável

Da Bahia ao Maranhão, projetos de fontes alternativas de energia elétrica ganham espaço e investimentos.

por Roberto Rockmann 

Foto: Stuckert
Parque de energia eólica
Parque eólico em Marcolândia, no Piauí. O Nordeste concentra a maior capacidade eólica do Brasil
Centenas de operários trabalham em ritmo acelerado para colocar em operação o primeiro complexo eólico do Maranhão. Localizado entre os municípios de Barreirinhas e Paulino Neves, com investimento de 1,5 bilhão de reais da Ômega Energia, os 96 aerogeradores, com potência de 220 megawatts, deverão marcar o início de uma série de projetos do setor no estado.
Outros dois complexos eólicos deverão ser erguidos em breve no Maranhão, cujo governo busca atrair fornecedores de equipamentos, com destaque para a montagem de painéis fotovoltaicos, de olho no interesse de investidores em potencial.
Para aproveitar a linha de transmissão construída para escoar a energia do parque eólico, em área de 100 hectares, várias empresas têm estudado a instalação do primeiro parque solar do estado, que poderá somar mais de 500 milhões de reais em investimentos, destaca o secretário maranhense de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo.
Em um momento de crise aguda, o investimento pode responder por mais de mil empregos.
Quem percorre de carro o interior e o litoral dos estados nordestinos depara-se com dezenas de parques eólicos e solares.
Energia
Parque de energia solar na Bahia (Foto: Carla Ornelas/GovBA)
Juntos, eles vão representar mais de 30 bilhões de reais em investimentos até o fim da década e posicionarão o Brasil entre os dez maiores geradores eólicos do mundo. A força dos ventos e do sol tem criado empregos, se convertido no maior vetor de investimentos da região e ampliado a segurança no abastecimento energético, essencial em decorrência da seca prolongada.
Em julho, a produção eólica respondeu por 12,6% de toda a energia demandada ao Sistema Interligado Nacional. No Nordeste, bateu-se um recorde: 64,2% da energia consumida na região, no último dia 30 de julho, foi proveniente dos ventos. Até 2008 e 2009, o suprimento energético era feito pelas fontes hidrelétricas, oriundas de usinas localizadas na Bacia do Rio São Francisco.
“O resultado tem sido excepcional, até porque a região é atingida por ventos excepcionais e razoavelmente constantes, o que proporciona capacidade de geração que se situa entre as melhores do mundo”, destaca Luiz Eduardo Barata, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema.

Com ventos contínuos e intensos, as usinas eólicas nordestinas chegam a operar em boa parte do tempo com fator de capacidade superior a 60%, o dobro da média mundial. Por várias décadas, o Ceará importava energia do sistema interligado. Com a construção de usinas eólicas nos últimos anos, o segmento passou a responder por um terço da matriz elétrica estadual e possibilitou ao estado exportar energia. Mas não é um caso isolado.
A capacidade instalada em energia eólica no Brasil alcança, atualmente, 11,7 gigawatts, perto de 7,5% da matriz nacional. Pouco mais de 80% dessa potência (9,6 gigas) está localizada em projetos no Nordeste. O Rio Grande do Norte, a Bahia e o Ceará produzem 7 gigawatts por meio de usinas instaladas. O volume só tende a crescer.
No momento, os parques em construção ou contratados no Brasil somam 6,31 gigas, e mais de 90% dessa carga sairá de projetos nordestinos, com destaque para a Bahia, com 3,4 gigas de usinas a serem instaladas nos próximos anos. Até 2020, o estado se tornará o mais produtor de energia eólica do País.
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Zorzoli, da Enel. Transferência de tecnologia é um caminho a seguir
Uma das maiores empresas do setor, a CPFL Renováveis tem 2,1 gigawatts de capacidade instalada em projetos de energia elétrica. Desse total, 1,3 giga provém de usinas eólicas com mais de 85% instalados no Ceará e Rio Grande do Norte. Em carteira são outros 2 gigas no Rio Grande do Norte, em Pernambuco e na Bahia. Cerca de 600 megawatts em projetos solares na Bahia também estão em carteira.
A empresa aguarda os detalhes do leilão de energia solar para analisar sua participação. Hoje, a concessionária tem um projeto piloto de 1 megawatt instalado em São Paulo. “Há mais incertezas em energia solar do que na eólica.
Temos um fabricante de painéis fotovoltaicos no Brasil, então precisamos estudar o financiamento, se é feito aqui ou no exterior, e como reduzir a volatilidade cambial”, aponta Gustavo Sousa,  diretor-presidente da companhia.
O novo cenário de aperto fiscal e a nova política de financiamento do BNDES deverão levar as empresas a buscar outras opções de crédito. Um dos instrumentos podem ser as debêntures de infraestrutura. A CPFL Renováveis emitiu 250 milhões de reais em julho, pela primeira vez, com prazo de cinco anos, voltadas para investidores qualificados. “O mercado de capitais terá de ser mais acionado”, destaca Sousa.
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Araújo, secretário de Indústria do Maranhão. Estado deve ter em breve seu primeiro parque solar
A empresa também conversa com bancos sobre a emissão de debêntures incentivadas no mercado solar, preparando-se para quando ingressar com mais firmeza no segmento, mas ainda há pouco conhecimento sobre a fonte.“Falta o histórico de desempenho, qual o fator de capacidade dos projetos, pois a energia solar dá os primeiros passos, enquanto as usinas eólicas têm conhecimento extenso entre os financiadores.”
A Casa dos Ventos cadastrou 214 projetos eólicos para os leilões de energia nova “A-4” e “A-6”, com perto de 6,2 gigawatts em empreendimentos situados nos estados da Bahia, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, onde estão os recursos eólicos mais competitivos, de acordo com a companhia.
A empresa atuará como desenvolvedora, por meio de parcerias com investidores, para a maioria dos projetos cadastrados, bem como analisa a sua participação isoladamente em um empreendimento. “Continuamos fornecendo projetos competitivos para os principais players do mercado, ao mesmo tempo que buscamos expandir a nossa base de ativos operacionais por meio de investimentos proprietários”, afirma Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios.
O potencial ainda é grande. Até 2026, segundo projeções da Empresa de Pesquisas Energéticas, órgão estatal de planejamento do setor elétrico, essa matriz terá expansão de 41 gigawatts, com predomínio das usinas eólicas e solares, que deverão responder por quase 19 gigas.
No início da década passada, um estudo apontou que o Brasil poderia chegar à potência instalada de 143 gigawatts em energia eólica, dez vezes mais do que a capacidade da usina de Itaipu, uma das maiores do mundo. Mas a medição baseava-se no uso de aerogeradores com altura inferior a 50 metros. Hoje são empregados equipamentos com mais de 100 metros. Quanto maior a altura, maior a velocidade dos ventos, o que amplia as possibilidades de exploração.
Novas tecnologias têm transformado o interior do Nordeste. Em setembro de 2015, em Tacaratu, no sertão de Pernambuco, um projeto pioneiro começou a gerar energia por meio da combinação de vários fatores: um parque híbrido explora turbinas eólicas, que podem gerar 80 megawatts, e placas fotovoltaicas, com potência instalada de 11 megawatts, o maior em operação no País. Juntas, as usinas, que consumiram mais de 600 milhões de reais, são capazes de gerar energia suficiente para abastecer 250 mil residências.
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Sousa, da CPFL Renováveis. Volatilidade do câmbio afeta energia solar
O governo de Pernambuco, que firmou convênios com a concessionária local e o Banco do Nordeste, pretende estimular a microgeração distribuída a pequenos negócios, selecionando fornecedores de equipamentos para as empresas interessadas em investir em painéis fotovoltaicos, que, por sua vez, poderão abater sua própria geração da conta de luz emitida pela companhia elétrica estadual. “Isso é uma garantia que reduz o risco de crédito e abre um enorme potencial”, acredita Luiz Cardoso Ayres Filho, secretário-executivo de Energia de Pernambuco.
O maior projeto brasileiro de energia solar é tocado pela italiana Enel, responsável por três parques solares na região. Em junho, o grupo deu início à operação do parque solar Lapa, na Bahia, com dois meses de antecipação em relação ao prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica. O empreendimento, que soma 158 megawatts de potência, é o maior em operação. No leilão de energia de reserva de 2015, foram contratados os projetos Horizonte (103 megas) e Nova Olinda (292 megas), atualmente em fase final de construção.
“Apoiamos a transferência de tecnologia de parceiros europeus com fabricantes nacionais para desenvolvermos alguns equipamentos que não existiam aqui, impusionando a cadeia de suprimento, antes incipiente. No médio prazo, com o mercado crescendo, esses fabricantes poderão vir aqui e isso contribuirá para a queda dos preços dos equipamentos”, explica Carlo Zorzoli, presidente da Enel.
A partir de 2020, prevê-se a instalação de mil megawatts-pico, potência usada para a fonte, por ano. Em 2026, o País poderia deter 10 gigawatts-pico de centrais solares e 3,5 gigas de geração distribuída solar, de acordo com estimativas do Plano Decenal, ainda em fase de elaboração. “O Brasil tem um potencial muito grande em energia solar. Mas países como Alemanha e China têm mais de 10 gigawatts instalados e aqui não chega a 10% desse total”, observa Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira da Energia Solar.
No início de agosto, os empresários do setor receberam boa notícia de Brasília. O governo estuda criar uma portaria para que as unidades a serem lançadas no programa Minha Casa Minha Vida nos próximos anos incorporem sistemas de energia solar. A expectativa é de que a portaria seja divulgada em breve.
Com entrega prevista de 400 mil unidades por ano de imóveis para a baixa renda, um mercado anual de 1,6 bilhão de reais poderá ser criado e contribuir para o adensamento da cadeia do segmento. “O Brasil tem capacidade para produzir inversores e módulos, mas microinversores ainda são importados e estão centrados nos Estados Unidos, Ásia e Israel. Assim, esses investimentos poderão contribuir para a atração de investimentos”, afirma Sauaia.
O País, que hoje tem pouco mais de 10 mil ligações de microgeração em residências e comércio, deverá ter mais de 800 mil daqui a uma década. O crescimento está no radar da SolarGrid, que tem participado de concorrências privadas de redes de educação e saúde interessadas em investir na instalação de painéis fotovoltaicos para produzir sua própria energia e reduzir a conta de luz.
No primeiro semestre de 2018, a empresa deve concluir 25 milhões de reais em investimentos para construir três plantas solares no norte de Minas Gerais, para abastecer cerca de 90 farmácias de uma rede de drogarias.
“Há outras concorrências que começam a surgir, como a de agências bancárias, e esse movimento deve se acelerar. Temos algumas concorrências de empresas no Nordeste”, diz Diogo Zaverucha, sócio da empresa. Se neste ano a movimentação do mercado corporativo ficar em 10 megawatts-hora-pico, em 2018 a capacidade pode ser dez vezes maior. O avanço das fontes eólica e solar, intermitentes, coincide com a mudança da matriz elétrica.
Enquanto isso, o governo sugere a privatização da Eletrobras, com destaque para a Chesf, que atua no Nordeste. Entre 2013 e 2018, é prevista a entrada de 20 mil megawatts de capacidade hídrica no sistema. Desses, 99% serão produzidos em usinas sem reservatórios. Os benefícios de investimentos do setor para outros segmentos, como navegação de rios, a captação de água ou a irrigação em bacias, ficarão mais restritos.

Geração solar fica mais competitiva e atrai interesse de empresas baianas


A busca da economia de energia por uso de sistema solar tem crescido entre empresas e instituições baianas. Somente na companhia Ecoluz, especializada na consultoria, elaboração e instalação de projetos na área, foram encomendados estudos de viabilidade econômica por instituições que atuam em diversos segmentos em Salvador, a exemplo dos shoppings Barra e Bela Vista, Secretaria da Fazenda do Estado e Santa Casa da Misericórdia, provedora do Hospital Santa Izabel e do Cerimonial Rainha Leonor (Pupileira).

Em julho, a concessionária Trilha, revendedora da montadora Troller em Lauro de Freitas, deve começar a operar um sistema próprio a partir de energia produzida com placas fotovoltaicas instaladas a mais de 860 quilômetros da concessionária. A usina foi instalada na fazenda do grupo no município de São Félix do Coribe, no oeste do estado.

A geração remota, quando as placas são instaladas fora do local de consumo, funciona assim: a empresa produz a energia solar e, depois, transfere para o sistema de distribuição da Coelba, no caso, em São Félix do Coribe, recebendo, por outro lado, no prédio da concessionária, na RMS, a compensação, em créditos, pela produção gerada para a Coelba no oeste baiano.

A economia de energia prevista para a concessionária, com a geração solar remota, pode chegar a 95%, segundo informou o empresário Rodrigo Firpo, da empresa Conecta Sol, contratada pela Trilha para também contribuir na execução do projeto. “É um dos primeiros modelos de geração remota da Bahia, tendo na ponta um sistema exclusivamente para geração, sem unidade consumo no local”, frisou Firpo. A previsão é de geração de 8 mil kW/mês.

O sistema de energia solar também já é uma realidade no Hospital da Bahia, em Salvador. No caso do hospital, parte da energia consumida já é compensada por um pequeno sistema de placas fotovoltaicas instaladas em área onde antes funcionava um antigo estacionamento.

Tendência mundial 

Para o diretor da Ecoluz, o engenheiro eletricista Luiz Carlos Lima, o crescimento da produção própria de energia a partir da captação solar “é uma tendência mundial que agora começa a ser seguida na Bahia. “Com índices elevados de irradiação solar, sobretudo no semiárido, o estado ainda tem um enorme potencial de expansão desse mercado”, diz. Na própria sede da Ecoluz, no bairro do Saboeiro, foi instalada uma usina que pode gerar 15,6 kWp, ou seja, 15.600 watts no pico.
“A Bahia tem um enorme potencial de expansão desse mercado. Luiz C. Lima, diretor da Ecoluz.
“Produzimos para abastecer o escritório e ainda sobra”, conta Lima, que também instalou junto com outros dez amigos um sistema de geração compartilhada que atende sua casa, no caso, com geração remota, a partir de uma usina solar instalada na Fazenda Ecoluz, também no oeste baiano. Segundo ele, também vem sendo cada vez mais frequente o aluguel de terrenos improdutivos na região do semiárido para instalação de usinas para geração remota.

Na Bahia, entretanto, ainda não há fábricas de placas fotovoltaicas, atualmente produzidas no Brasil apenas em São Paulo (Canadian e BYD), Ceará (JA Solar) e Alagoas (DYA Solar). Todas, entretanto, importam o componente básico do sistema, o microcondutor wafer. No caso da Ecoluz foi firmada uma join-venture com a empresa francesa Exosun, especializada em sistemas de apoio e assistência para centrais fotovoltaicas.

Microgeração de energia ultrapassa 10,5 mil conexões

O Brasil deve chegar até o final de 2017 com 11.780 consumidores com micro ou minigeração distribuída. Até o último dia 23 de maio, já eram 10.561 unidades conectadas. A geração de energia solar fotovoltaica responde por 80,7% do total de instalações. O restante é dividido por sistemas de energia eólica, biogás, biomassa, hídrica e cogeração qualificada.

A maior concentração de sistemas do tipo está no estado de Minas Gerais, com 2.263 instalações. Em seguida, aparecem São Paulo, com 2.116. A Bahia figura em 10º lugar no ranking, com 223 sistemas em operação, segundo levantamento feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

95%

Esta é a estimativa de economia de energia prevista para a concessionária, com a geração solar remota, segundo informou o empresário Rodrigo Firpo

Salvador 

Em Salvador, a maior usina de energia solar está instalada no Estádio de Pituaçu, que tem gerado uma economia média de R$ 120 mil por ano para o governo estadual. O sistema tem capacidade para gerar 400 kWp.

A segunda maior usina da cidade funciona na sede do Instituto Federal da Bahia (Ifba), no Barbalho, com produção de 175 kWp, “que gera economia de R$ 15 mil aos cofres públicos”, como assegura o engenheiro eletricista Marcelo Cad, diretor de engenharia e manutenção da instituição.

Interior 

Dos 21 campi do instituto no estado da Bahia, 16 contam com sistemas de minigeração de energia solar, em cidades como Camaçari, Simões Filho, Ilhéus, Eunápolis e Irecê.

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Fonte: Jornal A TARDE

Brasil constrói ponte para a eficiência com novas usinas solares

Em 2017, o Brasil deve ter a capacidade de produzir seu primeiro gigawatt de energia solar fotovoltaica, estima a ABSolar (associação do setor).

O montante seria suficiente para atender a cerca de 800 mil residências, de acordo com Rafael Kelman, diretor da consultoria PSR.

Se confirmado, o marco vai representar um salto gigantesco sobre os 84 MW (megawatts) registrados em 2016 pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), do Ministério de Minas e Energia. O número, contudo, continua tímido se comparado aos 9,65 GW de capacidade das usinas hidrelétricas em 2015, último dado disponível.

Reforço para o segmento, a EGPB (Enel Green Power Brasil), subsidiária da italiana Enel, deve colocar em funcionamento neste ano quatro parques solares, adicionando 807 MW à capacidade instalada no país.

Três das estações ficam na Bahia e uma no Piauí. As plantas de Nova Olinda (PI), com 292 MW, e Ituverava (BA), de 254 MW, serão, segundo a empresa, as maiores da América Latina. A EGPB estima que, juntas, as quatro plantas serão capazes de gerar o suficiente para atender ao consumo anual de 845 mil famílias.

A empresa venceu leilões em 2014 e 2015 e investiu cerca de US$ 980 milhões nos projetos. “A vantagem do Brasil em relação à Europa é que o maior potencial solar está em áreas semiáridas do Nordeste não aproveitáveis para agricultura”, diz Carlo Zorzoli, presidente da Enel no Brasil.

DESAFIOS

O Brasil assumiu objetivos ambiciosos dentro do Acordo de Paris, ratificado no ano passado. A contribuição do setor energético inclui expandir a participação de energias renováveis na geração elétrica, além da hídrica, para pelo menos 23% até 2030. Em 2015, a oferta hídrica representava 64% da matriz brasileira; a solar não passava de 0,01%.

Ítalo Freitas, presidente da AES Tietê, diz que a empresa tem um investimento pronto para uma planta solar de 150 MW em Ouroeste (interior de São Paulo), mas que está em espera. Isso porque o governo cancelou o leilão para energia de reserva em dezembro último, após a EPE concluir que não havia necessidade.

“Com a entrada de megaprojetos e o derretimento da demanda pela crise, o governo pode esperar para avançar com novos leilões, o que desanima o mercado no curto prazo”, diz Kelman, da consultoria PSR.

Rodrigo Sauaia, presidente da ABSolar, ressalta que a manutenção dos leilões é fundamental. “Sem eles, nada vai avançar. É preciso ter um calendário que planeje o setor por, pelo menos, cinco a dez anos.”

Em nota, o Ministério de Minas e Energia disse que está sendo estudada a realização de um leilão de reserva de fontes renováveis ainda neste ano.

Fonte: O Estado de São Paulo | Bruno Benevides e Anaís Fernandes

ENGIE investe em complexo eólico na Bahia

Em poucas semanas a empresa começará a implantação de seu maior investimento em energia eólica no Brasil.


Nas primeiras semanas de setembro a Engie Brasil dará início as obras do Complexo Eólico Campo Largo, localizado nos municípios baianos de Umburanas e Sento Sé. Na última quarta-feira, 24 de agosto, a diretoria da Engie reuniu-se com o governador da Bahia, Rui Costa, para explicar os investimentos que fará no estado durante a implantação do Complexo Eólico.

Campo Largo ocupará uma área de 44 mil hectares, equivalente a 2/3 da área da Ilha de Santa Catarina, onde se situa a cidade de Florianópolis, sede da Engie Brasil Energia. Na primeira fase do projeto, serão 326,7 MW de capacidade instalada, 121 aerogeradores e cerca de R$ 2 bilhões de investimento.

O diretor presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, ressaltou, no encontro com o governador, que esse é o primeiro empreendimento da companhia na Bahia e que a ambição da empresa é seguir investindo no estado. "Campo Largo prevê outras duas fases que poderão fazer esse complexo chegar a 800 MW de capacidade instalada de fonte eólica, além do nosso plano de aproveitar a energia solar no mesmo local", disse Sattamini. "Esses novos investimentos estão condicionados à realização de leilões promovidos pelo Governo Federal e ao aumento de demanda no mercado livre de energia, mas nossa estratégia de crescimento passa pela ampliação da oferta de energia eólica e solar", complementou Sattamini.

Seguindo sua política de responsabilidade socioambiental, a Engie prioriza a contratação de mão de obra local com a finalidade de gerar renda próximo aos seus empreendimentos. "Neste contexto já temos iniciativas para formação de mão de obra local, em parceria com o Senai, e reiteramos que já temos contratadas empresas baianas para as diversas áreas nesse início de trabalhos", afirmou o diretor de Geração da Engie Brasil Energia, José Laydner, cuja diretoria é responsável pela implantação dos projetos da companhia.

Brasil terá a maior usina de energia solar da América Latina, com investimentos de US$ 300 milhões.

A geração solar está dando saltos quânticos no Brasil e tem na europeia Enel seu principal impulsionador. Hoje, a companhia – via sua subsidiária Enel Green Power Brasil Participações Ltda – tem a maior usina desse tipo, a Fonte Solar, com capacidade para 11 MW. Nova Olinda é mais de 26 vezes maior. Outra grande usina em construção – a de Ituverava, na Bahia – terá 254 MW ou 23 vezes a capacidade atual da Fonte Solar. Voltando à maior planta da América Latina: com data de entrega em 2017, a empresa aporta US$ 300 milhões e gera 600 GWh/ano.

“O início da construção de Nova Olinda é um outro passo adiante para o nosso grupo no Brasil, confirmando a nossa liderança no mercado de energia solar no país “, afirmou Carlo Zorzoli, Country Manager da Enel para o Brasil. “O governo brasileiro tem desenvolvido um processo atrativo e bem-estruturado de leilões e temos construído o nosso sucesso no País com base na nossa tecnologia líder de mercado, excelência em financiamento e reputação para um engajamento sustentável com stakeholders. Vamos continuar investindo para crescer de maneira sólida no setor de energia no país.”

De acordo com o executivo, Nova Olinda tem uma estruturação financeira que envolve quatro empresas de propósito específico (SPE, da sigla em inglês) e está localizada na cidade de Ribeira do Piauí, no estado nordestino, em uma área de 690 hectares e de forte incidência solar. Quando pronta, sua capacidade de geração plena poderá atender o consumo de energia anual de cerca de 300 mil lares médios brasileiros.

A usina de energia solar será apoiada por um contrato de compra de energia (Power Purchase Agreement, – PPA sigla em inglês) de 20 anos, que prevê a venda da energia gerada pela usina para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O Grupo Enel venceu a concessão do PPA, após o Leilão de Reserva, em agosto 2015, juntamente com o direito de assinar PPAs para os parques solares de Horizonte (103 MW) e Lapa (158 MW). Com o fechamento desses empreendimentos, o grupo consolidou-se como o principal player da indústria de energia solar no país.

Portalb1.

Projeto de microgeração vende energia solar no mercado livre


Os consumidores de energia elétrica têm, desde 2012, a possibilidade de instalar sistemas próprios, como placas fotovoltaicas ou mini-turbinas eólicas, para produzir a própria eletricidade. A microgeração, regulamentada pela Resolução Normativa 482/12 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já ganhou adeptos, e funciona por meio do mecanismo net metering, modalidade em que o consumidor recebe créditos de consumo proporcionais à energia por ele gerada. Mas uma nova forma de viabilizar a microgeração de energia já é realidade na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) desde o início deste ano.

“Temos acompanhado um projeto piloto que consiste na instalação de placas fotovoltaicas em um condomínio residencial para a venda de energia para o sistema. Os montantes de geração têm sido comercializados no âmbito do mercado livre”, explica o gerente executivo de Cadastro e Contratos da CCEE, Marcos Peres.

O projeto, autorizado pela Resolução Autorizativa 4.385/13 da Aneel, consiste na instalação de 9 mil painéis solares nos condomínios Praia do Rodeadouro e Morada do Salitre, ambos em Juazeiro, na Bahia,com um total de 2.103 kWp em potência. Os sistemas de geração são conectados ao sistema da Coelba e possuem equipamentos de medição para apuração dos montantes gerados.

A geração de energia solar pelo projeto piloto será avaliada pela Aneel após o segundo ano de operação, quando o empreendedor responsável, Brasil Solair, deverá encaminhar à agência um relatório sobre o desempenho do sistema de geração, com detalhamento das soluções de medição e comunicação de dados utilizadas; e também relatórios sobre as dificuldades encontradas e análises de custos, benefícios e viabilidade econômica da iniciativa.

Desenvix Renováveis vê melhora em 2014 e se prepara para crescimento

Empresa espera reverter o prejuízo de R$ 32,5 milhões em 2013 para um lucro líquido de cerca de R$ 22 milhões


A Desenvix Energias Renováveis prevê melhora de seus resultados este ano e se prepara para investir mais fortemente em novos projetos de geração de eletricidade a partir de 2015 que vem, disse o presidente da companhia, Robert Coas.

A empresa, controlada pela Jackson Empreendimentos, pela norueguesa SN Power e pelo Funcef, espera um aumento de 30 por cento no Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) deste ano em relação ao ano passado e reverter o prejuízo de 32,5 milhões de reais em 2013 para um lucro líquido de cerca de 22 milhões de reais neste ano.

"Estamos preparados para a expansão a partir de 2015. A gente vê excelente potencial de crescimento, principalmente no setor de renováveis", disse o presidente da empresa, Robert Coas, à Reuters, nesta quinta-feira.

Segundo ele, em 2014 a empresa completou um período de reestruturação em que otimizou custos operacionais e trabalhou no alongamento da dívida.

Além disso, o crescimento da empresa prestadora de serviços de operação e manutenção de usinas do grupo, a Enex, nos últimos anos, tem colaborado para melhorar os resultados da companhia.

A Enex, que detinha carteira de clientes de 1.155 megawatts ao final de 2013, atualmente tem um portfólio de 1.871 MW, totalizando 75 usinas operadas pela empresa.

A partir de 2015, Coas disse que a Desenvix deverá voltar a crescer principalmente por meio de novos projetos de geração de energia renovável, como eólicas, pequenas centrais hidrelétricas e solar.

A Desenvix não participará dos leilões de energia de novos projetos de geração neste ano mas, para o ano que vem, um dos próximos projetos que poderá desenvolver é a expansão de 30 MW de um parque eólico de 95 megawatts (MW) que possui na Bahia.

Além disso, a Desenvix tem em seu portfólio um projeto solar de 30 MW que seria instalado associado a esses parques na Bahia, que será desenvolvido se as condições para a fonte solar no país forem favoráveis.

O governo federal realizará neste ano um leilão de energia de reserva no qual a solar não competirá com outras fontes para vender a energia, o que pode possibilitar a efetiva entrada da fonte solar na matriz elétrica brasileira.

Mas o preço-teto que a energia solar poderá praticar no leilão ainda não foi divulgado e será determinante para a real participação dos investidores, conforme especialistas do setor têm destacado.

Coas considera que um preço-teto que poderia viabilizar a entrada da fonte solar no país atualmente está entre 250 e 300 reais por megawatt-hora.

Alstom inicia terceiro turno em fábrica na Bahia


Com a mudança, a capacidade local de fabricação e montagem subirá de 600 MW para 900 MW por ano.

A Alstom anunciou a adoção do terceiro turno em sua fábrica localizada em Camaçari (BA), voltada ao atendimento da demanda proveniente da instalação de novos projetos eólicos no País. Com isso, a capacidade local de fabricação e montagem subirá de 600 MW para 900 MW por ano. A fábrica foi inaugurada em 2011, com capacidade de produção de 300 MW, mas já no ano seguinte dobrou o ritmo de trabalho.

A Alstom prevê investimento adicional de 3 milhões de euros na adequação das operações em Camaçari ao longo dos próximos quatro meses. O ritmo das atividades da fábrica da Alstom acompanha a evolução da geração de energia a partir de complexos eólicos, reflexo do êxito desses projetos nos leilões de energia realizados nos últimos anos.

Ao final do mês passado, eram 153 as usinas eólicas em operação no Brasil. Em agosto de 2013, o País possuía 85 usinas eólicas em operação, segundo boletim mensal divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).A capacidade instalada de energia eólica no Brasil, incluindo projetos que ainda não estão em operação em função de problemas com linhas de transmissão, deve atingir a marca de 7 GW até o final do ano, conforme projeções da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).


O número é praticamente o dobro da capacidade instalada no País ao final de 2013.

"Esta expansão demonstra o compromisso da Alstom em construir um cluster eólico no estado da Bahia e em ajudar o mercado brasileiro a ter uma matriz energética sustentável e ecologicamente correta", destacou em nota o vice-presidente responsável pela energia eólica da Alstom na América Latina, Pierre-François Chenevier.

A Alstom, além do complexo baiano, inaugurou no ano passado sua primeira fábrica de torres eólicas na América Latina, na cidade de Canoas (RS).

A expectativa da Alstom é gerar aproximadamente 50 postos de trabalho com a criação do terceiro turno em Camaçari, onde são produzidos naceles e hub, equipamentos utilizados na confecção dos aerogeradores.

Energia eólica tem futuro promissor no Nordeste


Roberto Temperini - Região que registra ventos fortes e constantes, o Nordeste brasileiro tem um futuro promissor na oferta de energia eólica. Abrigando mais de 70% da potência instalada em operação da fonte, outros 2.796 MW - quase uma usina de Santo Antônio, no rio Madeira - estão em construção.
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A transmissão vinha sendo o calcanhar de aquiles do desenvolvimento eólico na região. Um descasamento no cronograma de obras que iriam escoar energia eólica para o sistema interligado nacional criou a estranha situação de se ter parques eólicos prontos para funcionar, mas sem ter como transmitir a energia. Mas isso é passado.

"A entrada da SE Igaporã no último dia 29 foi um grande passo para resolver essa questão. Em 2013, o governo mudou a metodologia do leilão, transferindo a responsabilidade da transmissão para os donos dos parques e esse descasamento não vai mais ocorrer", comemora a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Élbia Melo.

Outra questão que foi alvo de discussão foi o meio ambiente. Apesar de ser uma fonte limpa e renovável, a energia eólica sofreu restrições ambientais sobretudo para instalação em regiões litorâneas, rota migratória de aves. Em razão disso, as usinas estão indo para o interior, onde os ventos são tão bons ou até melhores do que os do litoral.

A ida para o interior nordestino, para áreas geralmente pouco desenvolvidas economicamente, está levando investimentos para lá. A construção dos parques exige toda uma cadeia de suprimento e de mão de obra que está rendendo dividendos para essas regiões. "A interiorização das eólicas é bem vinda", avalia Adão Linhares, presidente da Câmara Setorial de Energia Eólica do Ceará.

Fabricantes de equipamentos, transporte, refeição, operação e manutenção dos parques, escolas técnicas, tudo isso traz desenvolvimento às regiões onde as eólicas são instaladas, sobretudo empregos. "Cada megawatt produzido pode abastecer com energia até mil famílias, gera dez empregos diretos e 15 indiretos na fase de construção e gera de 2 a 3 empregos diretos e indiretos nas fases de operação e manutenção dos parques", mostra o diretor-geral do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Jean-Paul Prates, que calcula que o segmento já tenha gerado 50 mil empregos no país e que vai gerar mais 3 a 4 mil ao ano.

Para continuar levando desenvolvimento às regiões, entretanto, alguns gargalos precisam ser resolvidos. Um deles é a infraestrutura. Estradas sem capacidade de receber equipamentos de grande porte ou mal conservadas, pontes estreitas e falta de ferrovias são fatores que encarecem os projetos, pois exigem soluções alternativas.

A Abeeólica montou um grupo de trabalho para pensar essas questões e trazer soluções. A associação espera apresentar em três meses um estudo sobre os custos e a competitividade da cabotagem para transporte de equipamentos eólicos. Outras questões também são analisadas. "Na Bahia identificamos que não havia escolta pública suficiente para acompanhar o transporte dos equipamentos. O governo da Bahia então permitiu o uso de escoltas privadas, agilizando o processo", conta Élbia.

As 105 usinas em construção na região estão localizadas na Bahia, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Pernambuco. A maior parte é de usinas de alta ou média viabilidade, segundo o relatório de fiscalização mensal da Agência Nacional de Energia Elétrica. Isso significa que esses projetos estão com questões cruciais como início das obras e licença ambiental equacionadas ou com obras não iniciadas ou licenciamento ambiental em andamento, respectivamente.

O Estado que abriga a maior potência instalada em empreendimentos eólicos em construção é o Rio Grande do Norte, com 1.300 MW, distribuídos em 43 projetos. Conta com outros 1.200 MW em funcionamento e é também o primeiro nesse quesito. "Somos a maior matriz eólica do Brasil, com 45,49% da energia produzida a partir da fonte", diz Prates.

Os potiguares também têm os dois maiores parques do país - Santa Clara e Ventos Potiguares, com 188 MW e 169,6 MW, respectivamente - mas devem perder esse posto entre julho e agosto para um parque da Renova, na Bahia, de 294,6 MW.

A Bahia também tem se destacado e disputa com o Rio Grande do Norte a liderança no segmento. O Estado tem o maior número de projetos inscritos no leilão A-5 - entrega da energia cinco anos à frente - que o Ministério de Minas e Energia vai promover no dia 12 de setembro. São 255 eólicas, uma capacidade de 6.291 MW. O Rio Grande do Norte, 3.427 MW. Esses projetos ainda vão passar pelo crivo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O ambiente do segmento eólico é muito competitivo, tanto entre os investidores quanto entre os Estados. Nesse último caso, a fórmula que deu certo foi a atuação do governo estadual no sentido de resolver os principais gargalos.

GERAÇÃO EÓLICA TEM AUMENTO DE 7,8% EM FEVEREIRO DE 2014

O Brasil gerou mais de energia eólica do que o registrado no mesmo mês de 2013.


O Brasil gerou, em fevereiro, 7,8% a mais de energia eólica do que o registrado no mesmo mês de 2013, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Dos 734 megawatts (MW) gerados a partir do vento pelas 91 usinas desse tipo em operação no país, 71% (ou 521 MW médios) têm como origem no Nordeste. A Região Sul está em segundo lugar, com 28% de participação na geração (203 MW médios).

Desde fevereiro de 2013, foram agregadas mais 12 usinas eólicas às 79 que operavam no Sistema Interligado Nacional. Com isso, a capacidade total instalada desse tipo de fonte energética apresentou crescimento de 17,3% no período, chegando a 2.250 MW.

As eólicas brasileiras têm um fator de capacidade médio (proporção entre a geração efetiva e a capacidade total) de 33% – mesmo índice obtido pelos Estados Unidos, considerado bom por se tratar de uma fonte de menor estabilidade. Na China, a média registrada é 18%; na Alemanha, 19%; e na Espanha, 24%. Em nota, a CCEE informa que esses números colocam o Brasil “à frente de países com grande potencial na modalidade”.

O Nordeste foi a região brasileira que apresentou maior crescimento anual da capacidade instalada para essa fonte energética: 1.461 MW – um salto de 20,2% em comparação a fevereiro de 2013. Os estados com maior participação na geração média em fevereiro são o Ceará (243 MW médios), o Rio Grande do Sul (150 MW médios), o Rio Grande do Norte (143 MW médios), a Bahia (105 MW médios) e Santa Catarina (50 MW médios).

Fonte: Ambiente e Energia

Renova brasileira pede permissão da ANEEL para mais 30 MW

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) recebeu um pedido de autorização para um projeto fotovoltaico de 30,24 MW da Renova Energia. A usina solar será localizada no estado da Bahia.


Especializada em energia renovável Renova Energia SA empresa solicitou a permissão da Agência Nacional de Agência de Energia Elétrica (Aneel) para a realização de um parque fotovoltaico de 30,24 megawatts (MW), conforme publicado na semana passada no boletim oficial.

A usina solar de Caetité III estará localizada no estado da Bahia, no leste do país. Neste estado brasileiro, a Renova planeja várias centenas de megawatts de energia fotovoltaica. Em maio, a empresa já pediu permissão para construir a usina de Caetité V, também com 30,24 megawatts. E em fevereiro, a empresa enviou à Aneel oito projetos fotovoltaicos, com potência total de 241,92 megawatts, também no estado da Bahia. Nestas fábricas, módulos cristalinos e de película fina serão instalados, de acordo com um comunicado da empresa a partir do mês de fevereiro.


A Renova sustenta que o lançamento de licitações para usinas fotovoltaicas no Brasil daria um impulso a essa indústria no país. O governo brasileiro considerou a abertura de licitações para essa tecnologia, porém um calendário para elas ainda não foi divulgado. 

A empresa brasileira Renova, listada na Bolsa de Valores de São Paulo, é uma das maiores do setor eólico no Brasil, onde instalou centenas de megawatts de usinas desta tecnologia. O maior parque eólico do país, com capacidade de 293,6 megawatts, foi inaugurado por esta empresa em julho do ano passado. Em energia eólica, a Renova participou de licitações e também realizou projetos no mercado livre brasileiro.

Na energia fotovoltaica, a Renova colocou em operação seu primeiro projeto no início deste ano. A instalação, que está sob o esquema de geração distribuída, tem uma potência de 25,65 kilowatts e está localizada no estado de Goiás. O sistema fotovoltaico, no qual módulos monocristalinos foram instalados, fornece eletricidade para a usina de mineração de ouro da Yamana.