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Prefeitura busca economizar 10% na conta de luz com energia solar nas escolas

Projeto deve ser inaugurado até o fim deste ano e feito por meio de PPP. Seis empresas já estão interessadas.
TODOS OS PRÉDIOS da rede municipal de ensino devem utilizar energia solar CAMILA DE ALMEIDA

A Prefeitura de Fortaleza deve lançar, nesta semana, edital para escolher as empresas que farão estudo de viabilidade econômico-financeira para a Parceria Público-Privada (PPP) que será responsável pela geração de energia solar (fotovoltaica) nas escolas municipais. O projeto visa reduzir o valor da conta de energia das escolas, que atualmente custa cerca de R$ 11 milhões por ano aos cofres municipais. O montante representa 10% do que o Município gasta anualmente com luz elétrica, R$ 111 milhões.

O valor do investimento necessário à instalação de placas solares nos prédios da rede de ensino será definido no edital. O projeto já chamou a atenção seis empresas. De acordo com o secretário municipal de Governo, Samuel Dias, o processo terá início com o lançamento de uma Proposta de Manifestação de Interesse (PMI), etapa que antecede a PPP.

“O edital será o mais aberto possível, até mesmo a energia eólica pode entrar. O projeto vai contemplar toda a rede municipal de ensino, que hoje conta com 558 prédios”, afirma o secretário, ressaltando que, além se ser uma contribuição para o meio ambiente, a ação vai desonerar os cofres da Prefeitura. “Nossa expectativa é que tudo seja implantado até o fim deste ano. É algo que queremos para ontem”, observa.


Para o consultor na área de energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará da (Fiec) e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis do Ceará, Jurandir Picanço, o projeto beneficiará a Cidade. “É um programa elogiável. Espero que a Prefeitura tenha sucesso”, declara.

Segundo ele, o retorno do investimento em um projeto desta natureza é variável, pois depende das condições mais adequadas para a instalação das placas solares, como incidência de insolação e valor da tarifa paga à distribuidora de energia. “Quanto maior a tarifa da concessionária, que é a Enel, no caso do Ceará, mais rápido será o retorno. É um investimento que se paga, geralmente, de três a sete anos”, explica.

O valor dos projeto, acrescenta o especialista, também depende da dimensão do local a ser implantado. “Nas instalações de baixa tensão, que são as mais comuns, como residências, pequenas indústrias e padarias, varia de R$ 20 mil a R$ 600 mil, em função do consumo que se deseja”, exemplifica. “Para as escolas, que são de alta tensão, os custos dos projetos devem partir para R$ 300 mil por por prédio, em média”.

Iniciativa semelhante já se verifica em escolas do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul, que usam energia solar para diminuir os custos com energia. Em Fortaleza, a Escola de Tempo Integral (ETI) Professor Alexandre Rodrigues de Albuquerque, inaugurada em março do ano passado no bairro Siqueira, já conta com dez placas fotovoltaicas para produção da própria energia. Estimada em 4.500 kWh/ano, a produção gera uma economia de cerca de R$ 2 mil anuais.

No cenário nacional, Picanço avalia que o Brasil está caminhando bem no setor de energias renováveis, com destaque para o estado de Minas Gerais. Ele lembra que o Governo do Ceará já criou, em janeiro de 2017, o Fundo de Incentivo à Eficiência Energética e Geração Distribuída (FIEE) para aplicação de energias renováveis nos prédios públicos.

Conforme dados do Governo Federal, o Brasil tem pouco mais de 40% de sua energia gerada por fontes renováveis. Em relação à geração de eletricidade, as hidrelétricas ainda são as fontes principais, respondendo por 64% da produção. Uma matriz pouco diversificada pode resultar em problemas de abastecimento, causando insegurança energética.

Fonte: O Povo

Nove cidades brasileiras aderiram ao Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia em Brasília

Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia em colaboração com ICLEI América do Sul.

Nove cidades brasileiras assinaram, em Brasília (Brasil), a adesão ao Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia (GCoM), a maior aliança global de cidades comprometidas com o combate ao aquecimento global e que já conta com 9.149 cidades.

Itacoatiara (AM), Nova Santa Rita (RS), Alexânia (GO), Indiaroba (SE), Serra Talhada (PE), São Cristóvão (SE), Lauro de Freitas (BA), Camocim (CE) e Juruti (PA) foram as localidades que se comprometeram a promover ações locais diante do fenômeno e a estar presentes nas discussões internacionais sobre sustentabilidade.

Cidades durante a cerimônia de comprometimento com o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia

A prefeita de Camocim, Mônica Gomes Aguiar, assegurou que “fazer parte do Pacto significa poder trocar experiências com os municípios mais avançados nas discussões sobre desenvolvimento sustentável” e convidou diferentes atores a “investir para que as cidades possam se desenvolver de maneira sustentável”.

Prefeita Moema Gramacho, de Lauro de Freitas/BA

Como parte desse movimento global, as cidades devem agora seguir um roteiro para implementar ações em seu município nos próximos 3 anos, como a preparação de inventários de gases de efeito estufa, análise de vulnerabilidade e planos de ação climática e de energia. Para isso, as cidades terão acesso a treinamento e apoio técnico de organizações como o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, a Associação Brasileira de Municípios, a Frente Nacional de Prefeitos, a Confederação Nacional de Municípios e o GCom-LAC, para desenvolver essas etapas o próximo ano.

Prefeito Alysson Silva, de Alexânia/GO

A cerimônia de assinatura das 9 cidades aconteceu durante o Painel sobre os ODS nos municípios, promovido pela Associação Brasileira de Municípios (ABM), no dia 27 de novembro, na capital do Brasil. A mesa foi composta pelo Ministro Conselheiro da União Européia no Brasil, Thierry Dudermel, o Diretor Executivo da ABM, Eduardo Tadeu Pereira, e a Coordenadora de Relações Institucionais e Comunicação do ICLEI América do Sul, organização que preside o Comitê Consultivo Nacional do Pacto no Brasil, Daniela Ades.

Prefeito Henrique Gomes Costa, de Juruti/PA

O prefeito de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e Presidente da Associação Brasileira de Municípios, Ary Vanazzi, garantiu que “estamos trabalhando para ajudar os municípios a se prepararem melhor, se conhecerem melhor e buscarem a aplicação de políticas relacionadas aos ODS em suas populações”. Vanazzi acrescentou, além disso, que a ABM assumiu o “compromisso com nossos prefeitos, para que eles sejam incluídos, se capacitem, e também defendam o Pacto de Prefeitos, o que contribui para uma melhor convivência na construção de nossas cidades”.

Daniela Ades, coordenadora de Relações Institucionais e Comunicação do ICLEI América do Sul, durante sua intervenção na cerimônia

O painel abordou a implementação dos ODS nos municípios, que se concentraram na experiência do projeto Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável.

Sobre o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia

O Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia reúne formalmente o Compacto de Prefeitos e o Pacto de Prefeitos da União Europeia, as duas principais iniciativas de cidades para ajudar as cidades e os governos locais em sua transição para uma economia de baixo carbono demonstrar seu impacto global. Liderados pelo enviado especial do Secretário-Geral das Cidades e Mudanças Climáticas das Nações Unidas, Michael R. Bloomberg, e o Vice-Presidente da Comissão Europeia, Maroš Šefčovič, a coalizão compreende mais de 9.149 cidades em 6 continentes e 120 países, representando mais de 700 milhões de pessoas ou 10% da população mundial. Obtenha mais informações em http://pactodealcaldes-la.eu. O Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia na América Latina e no Caribe é o capítulo da América Latina e do Caribe que trabalha para estabelecer o Pacto Global na região.

Energia solar ajuda no tratamento de pacientes

Além da mãe e da filha, outras 29 famílias fazem parte do projeto, que também inclui a instalação de nobreaks.

A realidade da família de Taynara, de 10 anos, mudou há cerca de dois anos, quando passou a integrar o projeto desenvolvido pela Associação Brasileira de Atrofia Muscular Espinhal (Abrame) e pela Enel 
( Fotos: Kleber A. Gonçalves )

Diagnosticada com atrofia muscular espinhal, doença degenerativa que atinge neurônios motores, a pequena Taynara, de 10 anos, sobrevive graças a aparelhos. Respirador, máquina de tosse, equipamento de aerossol e oxímero, este último utilizado para medir pulsação, fazem parte da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) montada em casa pela mãe, Edinayana, para driblar pelo menos algumas das limitações que a condição trouxe à filha. A resiliência, contudo, tem grandes custos. Não bastassem os gastos para a aquisição, a carga energética exigida pela estrutura fizeram com que o pagamento das contas de luz do lar se tornasse inviável.

Os equipamentos instalados têm redução de
até 70% nas contas de luz das casas participantes
A realidade da família mudou há cerca de dois anos, quando passou a integrar o projeto desenvolvido pela Associação Brasileira de Atrofia Muscular Espinhal (Abrame) e pela Enel para implantar placas solares nas casas de pacientes que demandam equipamentos de suporte à vida. A iniciativa, que substitui a energia elétrica pela solar para alimentar os equipamentos, tem gerado redução de até 70% nas contas de luz das casas participantes, conforme informações da entidade.

No caso de Edinayana e Taynara, somente após a possibilidade de diminuir do valor da tarifa, a dona de casa conseguiu transferir a filha do hospital, onde passou cerca de 6 anos internada, para casa. “Ela depende muito de energia. Todos os aparelhos são ligados. Se fosse para sair do hospital sem o projeto, eu tinha ficado, porque realmente não tinha condições de pagar a conta. O valor total daria uns R$ 800,00 ou mais. Hoje, nossa conta é de R$ 380,00. Deu uma diminuída”, afirma Edinayana.

Além da mãe e da filha, outras 29 famílias fazem parte do projeto, que também inclui a instalação de nobreaks, para evitar quedas de energia, e a substituição de aparelhos eletrônicos antigos, que consomem mais energia, por produtos modernos e mais econômicos. “Em uma casa só com UTI domiciliar, a conta dá em torno de R$ 500,00 a R$ 700,00. Tínhamos um problema muito grande, porque ninguém consegui pagar e a Enel não podia cortar a energia, já que eram equipamentos de suporte à vida. Sempre buscamos uma solução, até que veio esse projeto, que é pioneiro”, afirma Fátima Braga, presidente da Abrame.

O responsável pela área de eficiência energética da Enel, Odailton Arruda, explica que cada usina solar instalada nos domicílios tem potência de 1.250 watts, suficiente para alimentar equipamentos hospitalares e aparelhos de ar-condicionado, outra necessidade dos pacientes, que costumam sofrer com escaras, lesões na pele causadas pela permanência do corpo em uma mesma posição por longos espaços de tempo.

Cadastro

“Vimos que existiam esses clientes eletrodependentes com grande dificuldade de pagar a conta e fizemos a parceria com a Abrame, que dá atenção às pessoas com atrofia. Além dos painéis, conseguimos fazer um cadastro com todos os endereços desses pacientes, para que, se um dia cair a energia, possamos correr e repor”, explica.

Segundo Arruda, a empresa estuda a possibilidade de ampliar o projeto para outras pessoas com o mesmo tipo de dependência. “Estamos vendo se podemos dar continuidade. Vamos ter que fazer todo o processo novamente, de saber quem precisa e fazer a instalação dos equipamentos, mas possivelmente isso ocorrerá em um menor espaço de tempo, pois já aprendemos”.

Fonte: Diário do Nordeste

Pague Menos: exemplo de uso do condomínio solar

Um mercado para geração de energia solar em pequenas usinas compartilhadas por consumidores e empresas começa a nascer no Brasil. Ele atende quem não tem espaço ou telhado para instalar placas de energia solar em sua casa ou escritório.

Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) o país conta com 41 usinas do tipo em operação, com capacidade de até 5 megawatts. O modelo passou a ser viável após norma da agência reguladora do setor definir, no ano passado, regras para a geração distribuída em local diferente daquele onde ela será usada.

Consumidores dividem um mesmo sistema de geração de energia que pode ter até 5 megawatts de potência instalada. A energia gerada é enviada para a rede elétrica e dá direito créditos equivalentes para o consumidor abater de sua conta de luz. Os créditos só podem ser usados em regiões atendidas pela mesma distribuidora de energia do local onde está instalada a usina.
O presidente da Absolar, (associação do setor de energia solar), Rodrigo Sauaia, afirma que, além de tornar a energia solar viável para mais pessoas, o modelo permite ter acesso a ela com menos investimentos. Isso porque, enquanto uma instalação de placas solares em residência custa a partir de R$ 15 mil, a associação a um condomínio solar tende a custar menos, pois a empresa que instala o projeto compra equipamentos em escala maior, reduzindo, portanto, os custos.
No primeiro projeto da start-up NewSun, que está desenvolvendo usina na cidade de Franca (interior de São Paulo), consumidores poderão comprar cotas da usina e receber mensalmente créditos para abater de sua conta de luz. Cada cota sairá por R$ 7.900 e dá direito a, em média, 170 kilowatts/hora mensais, explica Fernando Berteli, presidente da empresa.
Segundo ele, o prazo de retorno do dinheiro investido nas cotas da usina vai de quatro a seis anos. A usina da empresa, feita com apoio da Investe SP (agência do governo do Estado que busca atrair investimentos), ocupará área de 120 mil metros quadrados, terá capacidade instalada de 5 megawatts, suficientes para atender cerca de 4.000 casas. As obras para construção da usina devem ser concluídas em março.
DESCONTOS
A rede de farmácias Pague Menos passou a contratar energia de condomínios solares em 2016, em projeto com a Enel Soluções (braço da Enel que atua na área de geração distribuída) na cidade de Tabuleiro do Norte (CE). A unidade tem capacidade para atender 40 lojas da rede no Estado. Atualmente, fornece energia para 22 unidades, que conseguiram reduzir a conta de luz em cerca de 30%, diz Eduardo Dias, gerente-executivo da rede, responsável pelo setor financeiro.
Dias afirma que a empresa tem como objetivo diminuir em 20% sua conta de luz, atualmente em cerca de R$ 70 milhões ao ano, obtendo energia de usinas do tipo em todos os Estados até 2019. No modelo de contratação adotado por Enel Soluções e Pague Menos, os investimentos (de cerca de R$ 7 milhões)ficaram a cargo da primeira.  Nesse tipo de contrato, a energia é contratada por prazo longo (de ao menos 15 anos) por preço inferior ao cobrado pela distribuidora de energia do Estado, o que oferece economia para a contratante.
Fonte: Folha de S. Paulo

Agricultor usa energia solar de forma criativa no campo

As células solares foram ligadas a uma bateria de veículo, que ajuda no bombeamento de água para a plantação.
Ernane cavou um poço, mas os motores para levar a água até o roçado trabalham com 220 Volts, impossível de se instalar por falta de energia ( Fotos: Marcelino Júnior )

Morador do Sítio Furnas, a cerca de cinco quilômetros de Taperuaba, distrito deste Município de Sobral no Norte do Estado do Ceará, o agricultor Ernane Pinto Vasconcelos, 68, aprendeu cedo a utilizar da criatividade para lidar com as dificuldades impostas pela árdua vida no campo.

Acostumado, desde criança, com a lida diária da roça, Ernane segue investindo no cultivo de arroz, milho, feijão, hortaliças, frutas e verduras para seu sustento. Mas, sem energia elétrica, o agricultor ficava impossibilitado de ampliar sua produção, por meio da irrigação. Dessa forma, contava apenas com o período das escassas chuvas para potencializar a plantação, que nunca usou agrotóxicos.

Placas Solares

Para ter um melhor aproveitamento das precipitações da quadra chuvosa, que chegaram a 600 mm, neste ano, na região, Ernane escavou um poço profundo; mas os motores mais comuns para levar a água até o roçado trabalham com 220 Volts, impossível de se instalar pela falta de energia no local. Numa oportunidade única, o agricultor encontrou células de placas solares que tinham sido descartadas, por uma escola na comunidade, por estarem danificadas e sem utilização.

A ideia foi consertar o equipamento e encontrar um meio de utilizá-lo no campo. Após alguns testes, Ernandes comprou a fiação necessária e ligou as placas a uma bateria comum, de veículo, com 12 Volts, recarregável. Outras pequenas peças de autos, como coroas, piões e correntes, também foram necessárias para finalizar a engenhoca.

Mesmo com apenas o conhecimento básico sobre instalações elétricas, o resultado do improviso do agricultor foi positivo, o que ampliou as possibilidades de produção para o agricultor, que utiliza o equipamento, com sucesso, há quatro anos. “Eu fiz um esquema para controlar a voltagem, que, dependendo da intensidade dos raios solares, pode aumentar muito a energia distribuída pela bateria até os motores, responsáveis pelo bombeamento da água do poço até a plantação, sempre verdinha”, explica o agricultor, que viu na necessidade diária, a criatividade necessária ao empreendimento.

Demanda

Além da busca pela melhoria das condições de manutenção do sítio onde mora, Ernane revela que, por conta dos custos, ainda não tem os recursos financeiros necessários para incrementar as atividades no campo.

“Na época, eu fiz uma pesquisa, e pela minha necessidade, para dar conta de toda a demanda por energia, aqui do sítio, eu precisaria de umas 20 placas como as que utilizo. Mas elas são caras, chegando a cerca de R$ 900 a R$ 1.000, cada célula de 250 Watts”, revelou.

“Eu considero o seu Ernandes um agricultor experimentador, aquele que está sempre em busca de novidades para inovar. Esse sistema montado por ele ajuda na irrigação de uma forma diferenciada. O mais incrível é que ele consegue plantar até arroz, nessas condições, além de tudo por aqui ser orgânico. Quando ele não tem Sol o suficiente para mover a engrenagem, conta, ainda, com a ajuda da energia eólica por meio de um catavento, feito por ele mesmo, que é uma segunda fonte de energia renovável para o ano inteiro.

Duas saídas criativas, ainda mais para quem mora distante. Ele, com certeza, é um grande exemplo para a agricultura familiar aqui de Taperuaba”, parabenizou o engenheiro agrônomo Dário Leite Costa, que, vez ou outra, tem trocado algumas informações e ideias sobre técnicas de cultivo com o experiente agricultor.

Enquete

- O que acha do uso da energia solar na roça?

“Eu estranhei, no início, mas, com o tempo, vi que era uma forma simples de dar conta da roça. Já serve de exemplo para os outros moradores que não têm condições de investir em instalação de rede elétrica”

José Rodrigues de Sousa

- Agricultor

“O investimento é caro para a instalação de equipamentos de irrigação, por isso, ser criativo é uma vantagem. Ele serve como inspiração para mim e outros jovens, que aprendemos muito com suas ideias”

Fonte: Diário do Nordeste

No Nordeste, cresce investimento em energia renovável

Da Bahia ao Maranhão, projetos de fontes alternativas de energia elétrica ganham espaço e investimentos.

por Roberto Rockmann 

Foto: Stuckert
Parque de energia eólica
Parque eólico em Marcolândia, no Piauí. O Nordeste concentra a maior capacidade eólica do Brasil
Centenas de operários trabalham em ritmo acelerado para colocar em operação o primeiro complexo eólico do Maranhão. Localizado entre os municípios de Barreirinhas e Paulino Neves, com investimento de 1,5 bilhão de reais da Ômega Energia, os 96 aerogeradores, com potência de 220 megawatts, deverão marcar o início de uma série de projetos do setor no estado.
Outros dois complexos eólicos deverão ser erguidos em breve no Maranhão, cujo governo busca atrair fornecedores de equipamentos, com destaque para a montagem de painéis fotovoltaicos, de olho no interesse de investidores em potencial.
Para aproveitar a linha de transmissão construída para escoar a energia do parque eólico, em área de 100 hectares, várias empresas têm estudado a instalação do primeiro parque solar do estado, que poderá somar mais de 500 milhões de reais em investimentos, destaca o secretário maranhense de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo.
Em um momento de crise aguda, o investimento pode responder por mais de mil empregos.
Quem percorre de carro o interior e o litoral dos estados nordestinos depara-se com dezenas de parques eólicos e solares.
Energia
Parque de energia solar na Bahia (Foto: Carla Ornelas/GovBA)
Juntos, eles vão representar mais de 30 bilhões de reais em investimentos até o fim da década e posicionarão o Brasil entre os dez maiores geradores eólicos do mundo. A força dos ventos e do sol tem criado empregos, se convertido no maior vetor de investimentos da região e ampliado a segurança no abastecimento energético, essencial em decorrência da seca prolongada.
Em julho, a produção eólica respondeu por 12,6% de toda a energia demandada ao Sistema Interligado Nacional. No Nordeste, bateu-se um recorde: 64,2% da energia consumida na região, no último dia 30 de julho, foi proveniente dos ventos. Até 2008 e 2009, o suprimento energético era feito pelas fontes hidrelétricas, oriundas de usinas localizadas na Bacia do Rio São Francisco.
“O resultado tem sido excepcional, até porque a região é atingida por ventos excepcionais e razoavelmente constantes, o que proporciona capacidade de geração que se situa entre as melhores do mundo”, destaca Luiz Eduardo Barata, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema.

Com ventos contínuos e intensos, as usinas eólicas nordestinas chegam a operar em boa parte do tempo com fator de capacidade superior a 60%, o dobro da média mundial. Por várias décadas, o Ceará importava energia do sistema interligado. Com a construção de usinas eólicas nos últimos anos, o segmento passou a responder por um terço da matriz elétrica estadual e possibilitou ao estado exportar energia. Mas não é um caso isolado.
A capacidade instalada em energia eólica no Brasil alcança, atualmente, 11,7 gigawatts, perto de 7,5% da matriz nacional. Pouco mais de 80% dessa potência (9,6 gigas) está localizada em projetos no Nordeste. O Rio Grande do Norte, a Bahia e o Ceará produzem 7 gigawatts por meio de usinas instaladas. O volume só tende a crescer.
No momento, os parques em construção ou contratados no Brasil somam 6,31 gigas, e mais de 90% dessa carga sairá de projetos nordestinos, com destaque para a Bahia, com 3,4 gigas de usinas a serem instaladas nos próximos anos. Até 2020, o estado se tornará o mais produtor de energia eólica do País.
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Zorzoli, da Enel. Transferência de tecnologia é um caminho a seguir
Uma das maiores empresas do setor, a CPFL Renováveis tem 2,1 gigawatts de capacidade instalada em projetos de energia elétrica. Desse total, 1,3 giga provém de usinas eólicas com mais de 85% instalados no Ceará e Rio Grande do Norte. Em carteira são outros 2 gigas no Rio Grande do Norte, em Pernambuco e na Bahia. Cerca de 600 megawatts em projetos solares na Bahia também estão em carteira.
A empresa aguarda os detalhes do leilão de energia solar para analisar sua participação. Hoje, a concessionária tem um projeto piloto de 1 megawatt instalado em São Paulo. “Há mais incertezas em energia solar do que na eólica.
Temos um fabricante de painéis fotovoltaicos no Brasil, então precisamos estudar o financiamento, se é feito aqui ou no exterior, e como reduzir a volatilidade cambial”, aponta Gustavo Sousa,  diretor-presidente da companhia.
O novo cenário de aperto fiscal e a nova política de financiamento do BNDES deverão levar as empresas a buscar outras opções de crédito. Um dos instrumentos podem ser as debêntures de infraestrutura. A CPFL Renováveis emitiu 250 milhões de reais em julho, pela primeira vez, com prazo de cinco anos, voltadas para investidores qualificados. “O mercado de capitais terá de ser mais acionado”, destaca Sousa.
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Araújo, secretário de Indústria do Maranhão. Estado deve ter em breve seu primeiro parque solar
A empresa também conversa com bancos sobre a emissão de debêntures incentivadas no mercado solar, preparando-se para quando ingressar com mais firmeza no segmento, mas ainda há pouco conhecimento sobre a fonte.“Falta o histórico de desempenho, qual o fator de capacidade dos projetos, pois a energia solar dá os primeiros passos, enquanto as usinas eólicas têm conhecimento extenso entre os financiadores.”
A Casa dos Ventos cadastrou 214 projetos eólicos para os leilões de energia nova “A-4” e “A-6”, com perto de 6,2 gigawatts em empreendimentos situados nos estados da Bahia, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, onde estão os recursos eólicos mais competitivos, de acordo com a companhia.
A empresa atuará como desenvolvedora, por meio de parcerias com investidores, para a maioria dos projetos cadastrados, bem como analisa a sua participação isoladamente em um empreendimento. “Continuamos fornecendo projetos competitivos para os principais players do mercado, ao mesmo tempo que buscamos expandir a nossa base de ativos operacionais por meio de investimentos proprietários”, afirma Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios.
O potencial ainda é grande. Até 2026, segundo projeções da Empresa de Pesquisas Energéticas, órgão estatal de planejamento do setor elétrico, essa matriz terá expansão de 41 gigawatts, com predomínio das usinas eólicas e solares, que deverão responder por quase 19 gigas.
No início da década passada, um estudo apontou que o Brasil poderia chegar à potência instalada de 143 gigawatts em energia eólica, dez vezes mais do que a capacidade da usina de Itaipu, uma das maiores do mundo. Mas a medição baseava-se no uso de aerogeradores com altura inferior a 50 metros. Hoje são empregados equipamentos com mais de 100 metros. Quanto maior a altura, maior a velocidade dos ventos, o que amplia as possibilidades de exploração.
Novas tecnologias têm transformado o interior do Nordeste. Em setembro de 2015, em Tacaratu, no sertão de Pernambuco, um projeto pioneiro começou a gerar energia por meio da combinação de vários fatores: um parque híbrido explora turbinas eólicas, que podem gerar 80 megawatts, e placas fotovoltaicas, com potência instalada de 11 megawatts, o maior em operação no País. Juntas, as usinas, que consumiram mais de 600 milhões de reais, são capazes de gerar energia suficiente para abastecer 250 mil residências.
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Sousa, da CPFL Renováveis. Volatilidade do câmbio afeta energia solar
O governo de Pernambuco, que firmou convênios com a concessionária local e o Banco do Nordeste, pretende estimular a microgeração distribuída a pequenos negócios, selecionando fornecedores de equipamentos para as empresas interessadas em investir em painéis fotovoltaicos, que, por sua vez, poderão abater sua própria geração da conta de luz emitida pela companhia elétrica estadual. “Isso é uma garantia que reduz o risco de crédito e abre um enorme potencial”, acredita Luiz Cardoso Ayres Filho, secretário-executivo de Energia de Pernambuco.
O maior projeto brasileiro de energia solar é tocado pela italiana Enel, responsável por três parques solares na região. Em junho, o grupo deu início à operação do parque solar Lapa, na Bahia, com dois meses de antecipação em relação ao prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica. O empreendimento, que soma 158 megawatts de potência, é o maior em operação. No leilão de energia de reserva de 2015, foram contratados os projetos Horizonte (103 megas) e Nova Olinda (292 megas), atualmente em fase final de construção.
“Apoiamos a transferência de tecnologia de parceiros europeus com fabricantes nacionais para desenvolvermos alguns equipamentos que não existiam aqui, impusionando a cadeia de suprimento, antes incipiente. No médio prazo, com o mercado crescendo, esses fabricantes poderão vir aqui e isso contribuirá para a queda dos preços dos equipamentos”, explica Carlo Zorzoli, presidente da Enel.
A partir de 2020, prevê-se a instalação de mil megawatts-pico, potência usada para a fonte, por ano. Em 2026, o País poderia deter 10 gigawatts-pico de centrais solares e 3,5 gigas de geração distribuída solar, de acordo com estimativas do Plano Decenal, ainda em fase de elaboração. “O Brasil tem um potencial muito grande em energia solar. Mas países como Alemanha e China têm mais de 10 gigawatts instalados e aqui não chega a 10% desse total”, observa Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira da Energia Solar.
No início de agosto, os empresários do setor receberam boa notícia de Brasília. O governo estuda criar uma portaria para que as unidades a serem lançadas no programa Minha Casa Minha Vida nos próximos anos incorporem sistemas de energia solar. A expectativa é de que a portaria seja divulgada em breve.
Com entrega prevista de 400 mil unidades por ano de imóveis para a baixa renda, um mercado anual de 1,6 bilhão de reais poderá ser criado e contribuir para o adensamento da cadeia do segmento. “O Brasil tem capacidade para produzir inversores e módulos, mas microinversores ainda são importados e estão centrados nos Estados Unidos, Ásia e Israel. Assim, esses investimentos poderão contribuir para a atração de investimentos”, afirma Sauaia.
O País, que hoje tem pouco mais de 10 mil ligações de microgeração em residências e comércio, deverá ter mais de 800 mil daqui a uma década. O crescimento está no radar da SolarGrid, que tem participado de concorrências privadas de redes de educação e saúde interessadas em investir na instalação de painéis fotovoltaicos para produzir sua própria energia e reduzir a conta de luz.
No primeiro semestre de 2018, a empresa deve concluir 25 milhões de reais em investimentos para construir três plantas solares no norte de Minas Gerais, para abastecer cerca de 90 farmácias de uma rede de drogarias.
“Há outras concorrências que começam a surgir, como a de agências bancárias, e esse movimento deve se acelerar. Temos algumas concorrências de empresas no Nordeste”, diz Diogo Zaverucha, sócio da empresa. Se neste ano a movimentação do mercado corporativo ficar em 10 megawatts-hora-pico, em 2018 a capacidade pode ser dez vezes maior. O avanço das fontes eólica e solar, intermitentes, coincide com a mudança da matriz elétrica.
Enquanto isso, o governo sugere a privatização da Eletrobras, com destaque para a Chesf, que atua no Nordeste. Entre 2013 e 2018, é prevista a entrada de 20 mil megawatts de capacidade hídrica no sistema. Desses, 99% serão produzidos em usinas sem reservatórios. Os benefícios de investimentos do setor para outros segmentos, como navegação de rios, a captação de água ou a irrigação em bacias, ficarão mais restritos.

Parque solar de Apodi terá capacidade de geração de 162 MW no Ceará

Com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O Banco do Nordeste aprovou ontem o projeto de financiamento do Complexo de Energia Solar de Apodi que está sendo construído em Quixeré, no Vale do Jaguaribe, a 218 quilômetros de Fortaleza (CE).


O contrato para liberação de R$ 477,4 milhões do foi assinado hoje (24.10.2017), na sede do banco, em Fortaleza. Esse montante representa aproximadamente 65% do custo total da planta. O restante será bancado pelos sócios na proporção da participação de cada um deles.Tem capacidade de geração de 162 MW, suficientes para para atender 160 mil residências. O projeto foi assegurado no processo de leilão licitado pela Aneel em novembro de 2015.

O projeto pertence e empresa Apodi Participações composta pela pernambucana Kroma Energia; pela paraibana Êxito Importadora e Exportadora S/A (do grupo Federal Petróleo); e pela goiana RP Participações, ligada ao grupo Total Energia. Juntas, as três empresas detêm 12,5% do negócio, enquanto as multinacionais as norueguesas Scatec Solar e Statoil respondem por 87,5%.

Rodrigo Mello, diretor da Apodi Participações, destaca a relevância do acordo com a Scatec Solar e com a Statoil. “São duas grandes corporações no mercado global de energia. O complexo, em Quixeré, é o primeiro negócio da Scatec no Brasil. Para nós, tê-los como sócios só mostra a solidez e a relevância do nosso projeto, além da possibilidade cada vez mais concreta de construirmos novas parcerias”, reforça.

Mello recorda que toda a concepção do complexo foi desenvolvida pela Kroma Energia, missão que foi delegada à empresa pelos demais sócios. “Vencemos o leilão licitado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em novembro de 2015”, recorda. “A partir daí, caímos em campo em busca de parceiros para desenvolver o negócio. Já tínhamos uma conversa bastante adiantada com a Êxito. Na sequência, a RP Participações se integrou ao grupo”, detalha.

– Primeiro negócio concreto da parceria firmada entre o consórcio Apodi Participações e as norueguesas Scatec Solar e Statoil, o Complexo de Energia Solar Apodi deverá abrir caminho para uma união de longo termo. Essa é a intenção dos sócios brasileiros, que já vislumbram, por exemplo, a ampliação da capacidade instalada da planta de Quixeré a partir de oportunidades num novo leilão de energia elétrica a ser realizado pelo governo brasileiro ainda este ano.

Concluída a fase de projeto, a estimativa de investimento total para deixar a Apodi operacional até novembro de 2018 – data limite estabelecida no leilão –, foi de R$ 700 milhões. “Naquele momento, entendemos que deveríamos procurar sócios no mercado”, observa. Vários players do setor, dentro e fora do Brasil, foram consultados, mas a conversa com os noruegueses se mostrou mais assertiva. Aconteceu em meados de 2016. No final daquele ano, um pré-acordo foi assinado. “Em maio último, batemos o martelo”, diz.

Em paralelo, Scatec Solar e Statoil também conversavam sobre uma possível parceria no Brasil. As duas empresas formalizaram, no começo de outubro, uma joint venture para atuar no mercado de energia solar no país, especificamente no Complexo de Apodi. A Statoil assinou um acordo para adquirir 40% da participação da Scatec Solar no negócio. A Statoil também terá 50% de participação na empresa de engenharia que irá executar o projeto, permitindo-a participar da elaboração e realização de novos projetos em energia solar no futuro.

A Scatec Solar, que investe em mercados emergentes, até então não operava no País. A empresa é um produtor independente de energia solar com sede em Oslo, na Noruega. Com usinas em operação produzindo 322 MW de energia, desenvolve, constrói, possui, opera e gerencia usinas. Já tem um histórico de instalação de cerca de 600 MW.

Atualmente produz 322 MW oriundos de usinas na República Tcheca, África do Sul, Ruanda, Honduras e Jordânia. Com uma presença global estabelecida, a empresa está crescendo rapidamente com uma carteira de projetos e um pipeline de mais de 1,8 GW em desenvolvimento nas Américas, África Ásia e Oriente Médio.

Já a Statoil tem uma forte presença na exploração de petróleo no litoral brasileiro. É uma das principais produtoras, sendo operadora do campo de Peregrino e de blocos exploratórios na Bacia de Campos, na Bacia de Santos e na Bacia do Espírito Santo. Com capacidade de produção de 100 mil barris por dia, Peregrino é um dos maiores campos de óleo operado pela Statoil fora da Noruega. O complexo de Apodi é o primeiro projeto de energia solar da multinacional no mundo.

Foi firmado um Contrato de Reserva de Energia (CER) para 20 anos com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com preço de entrega da energia de R$ 302/MWh, corrigido pelo IPCA.

O investimento terá um impacto direto na economia de Quixeré, cidade com pouco mais de 20 mil habitantes. Durante a fase de obra, o Complexo Apodi vai gerar 1,1 mil empregos diretos. A proposta dos investidores é de que pelo menos 40% dessa força de trabalho seja oriunda da cidade.

A escolha do município aconteceu como consequência da parceria comercial desenvolvida por anos entre a Kroma e a Cimento Apodi, empresa do Grupo M. Dias Branco. O grupo é dono do terreno de 800 hectares onde está sendo instalado o complexo. Além da preocupação na contratação da mão de obra local, outro cuidado importante foi com a questão ambiental. O projeto obedeceu a todas as regulamentações ambientais.

Fonte: Jornal do Commercio | Fernando Castilho

Coema aprova projeto de energia solar para Aquiraz


O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) aprovou a instalação do Complexo Fotovoltaico Steelcons Sol do Futuro. Considerado de grande porte, o projeto de produção de energia solar da empresa Steelcons Energy deverá ser construído no distrito de Patacas, no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Composto por três usinas terá 300 mil painéis fotovoltaicos, numa área de 151 hectares, o complexo deverá para produzir 90 mil megawatts (aproximadamente 13 gigawatts hora/mês), o suficiente para abastecer uma cidade de 50 mil residências.

O investimento será de R$ 400 milhões e o início do fornecimento da energia está previsto para novembro de 2018.

De acordo com o estudo apresentado pela empresa, o complexo está localizado em área antropizada - cujas características originais (solo, vegetação, relevo e regime hídrico) foram alteradas por consequência de atividade humana - distante 9,5 quilômetros da comunidade indígena da Lagoa da Encantada e a 3,5 quilômetros da área de preservação do Rio Pacoti. O projeto prevê 61% de impactos positivos, na fase de instalação. Na fase de operação, serão gerados 250 empregos diretos e mil indiretos.

Pedidos de vistas

Os estudos de impacto ambiental dos projetos do Complexo Eólico Serra da Ibiapaba, da empresa Millennium Wind II Participações Ltda, e da Mina de Calcário (Quixeré), de interesse da empresa Mineração Belocal Ltda, também foram submetidos ao Coema. Mas não foram votados por pedidos de vistas de dois conselheiros.

Os estudos deverão voltar à pauta do Conselho na próxima reunião, prevista para o dia 8 de junho. Até lá, as empresas interessadas ficam impedidas de receber o licenciamento exigido por lei e emitido pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

O projeto de geração de energia eólica, da empresa Millennium Wind II Participações Ltda, deverá ser instalada nos municípios de Carnaubal e Guaraciaba do Norte.

Já o projeto de produção de energia solar, de interesse da empresa Steelcons Energy Sol do Futuro, está previsto funcionar no município de Aquiraz. 

As duas regiões se destacam no Estado pelo número de usinas de energia limpa e renovável em funcionamento.

O Coema deverá analisar também o Projeto para Mina de Calcário, de interesse da empresa Mineração Belocal Ltda, que deverá beneficiar o município de Quixeré, na região do Jaguaribe. As reuniões do Coema são abertas ao público.

Árvore solar gera energia para abastecer bicicletas na UECE


A energia solar fotovoltaica tem ganhado espaço principalmente por ser uma energia proveniente da luz do sol, gratuita, limpa, inesgotável, favorecendo o seu emprego na geração de eletricidade. Além disso, é um sistema de fácil manutenção, sendo possível também o seu armazenamento em baterias, e conjuntamente, gera a redução de impactos ambientais, devido à redução de gases poluentes dos motores a combustão.

Diversos projetos têm ganhado espaço não só pela sustentabilidade como também pela inovação na utilização da energia solar, entre eles, o projeto da Universidade Estadual do Ceará (UECE), que inaugurou no mês passado, no Campus de Itaperi, a sua primeira “Árvore Solar”. Este projeto foi desenvolvido em parceria com o Programa de Mestrado Acadêmico em Ciências Físicas Aplicadas da Universidade, a Eco Soluções em Energia, associada à Incubadora de Empresas da UECE (IncubaUECE), que conta com o apoio técnico em arquitetura da Projec.

O equipamento é composto por dez placas solares, que irão gerar 500 kW/mês de potência, utilizadas inicialmente, para alimentar a bateria de até dez bicicletas elétricas. Estas, ainda, quando carregadas por completo, apresentam uma autonomia de até 5 horas, alcançando velocidades de até 45 km/h.


O projeto visa promover maneiras mais sustentáveis de ajudar no deslocamento dos funcionários da equipe de segurança da UECE disponibilizando as bicicletas elétricas para facilitar sua locomoção ao longo do expediente. Durante o dia, quando as bicicletas estiverem conectadas à árvore, os painéis carregarão a sua bateria, após carregadas, a energia produzida é repassada para a rede, gerando créditos. Ao anoitecer, as bicicletas também podem ser carregadas a partir dos créditos em energia armazenado na rede da distribuidora local.

Desde que o problema da poluição se tornou evidente, os combustíveis fósseis se tornaram vilões por serem grandes emissores de partículas poluentes, o que torna os veículos movidos a eletricidade uma alternativa atraente, trazendo grandes vantagens não só para o meio ambiente pela diminuição da emissão de gases poluentes, como também para o consumidor, pela sua eficiência energética e manutenção.

Ainda, segundo estudos da primeira fase do Programa de Mobilidade Elétrica, do projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da CPFL Energia, que estuda os impactos da utilização de veículos elétricos, o uso destes veículos é cerca de 4 vezes mais barato do que a de um carro movido por meio de combustíveis fósseis. 


O coordenador científico do projeto Árvore Solar, é o professor Lutero Carmo de Lima, do Mestrado Acadêmico em Ciências Físicas Aplicadas da UECE. De acordo com o pesquisador, a iniciativa é inovadora no Brasil, mas não na Europa. “A inovação aqui para a gente é você colocar um equipamento dentro de uma universidade e essa universidade servir de experiência para quando você deslocar isso aqui para as comunidades, prefeituras”, explica.

Caso o projeto tenha sucesso, ele pode ser difundido pelo campus de Itaperi e posteriormente, possa também se espalhar para o restante da comunidade. O produto ainda em testes será validado a partir da sua viabilidade econômica e científica por meio da fomentação da produção do conhecimento científico acadêmico.

Coema aprova licença para quatro usinas de energia solar em Russas (CE)

O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) aprovou, nesta quinta-feira (9), o parecer da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) favorável ao licenciamento (prévio) do complexo de usinas de energia fotovoltaica Solar Res Moreira, do consórcio Russas Energia Solar SPE Ltda. O complexo formado por quatro unidades deverá ser instalado no município de Russas, numa área de 337 hectares.


Quando estiverem em funcionamento, as usinas gerarão juntas 114 megawatts de energia, o equivalente à demanda de 50 mil casas.Uma das vantagens apresentadas pelo consórcio é a localização do empreendimento, em Caraúbas, na margem da BR-116, a cinco quilômetros da sede e a seis da subestação da Chesf. 

Outro aspecto positivo apontado é a taxa de insolação, satisfatória para dar sustentabilidade econômica ao empreendimento, mesmo em períodos de chuva. Segundo estudos da empresa, 600 empregos serão gerados na fase de instalação, podendo beneficiar direta e indiretamente os 370 moradores das seis comunidades da área de influência das usinas.

Irmãos usam caixas de leite para reduzir a temperatura nas casas (e economizar energia)


Após o consumo do leite, muitos de nós descartamos suas embalagens, não é? Não para os estudantes do Instituto Federal do Ceará – IFCE, que fica em Aracati, a 150 quilômetros de Fortaleza.Eles estão transformando as caixas de leite em pequenos isolantes térmicos para reduzir a temperatura ambiente, assim, economizar energia.

A iniciativa simples por sua vez é de baixo custo e foi pensada pelos irmãos gêmeos Diego e Gabriellen de Vasconcelos como uma alternativa para diminuir o desconforto em relação às altas temperaturas que castigam aquela região do sertão cearense.As embalagens são acomodadas entre as telhas e caibros e/ou ripas. Com isso, os raios solares são refletidos e, consequentemente, ajudam a diminuir a temperatura do local.

Para você ter uma ideia, de acordo com um estudo realizado pela Universidade de Campinas, 16 caixinhas longa vida de leite são suficientes para ter um metro quadrado de manta isolante, e pode chegar a diminuir a temperatura em até oito graus. Sensacional, não é?


“Há várias maneiras de resfriar um ambiente, mas em Aracati a população não tem uma condição financeira alta”, explicou o professor e orientador Antônio Sabino, que também destacou que a população ‘abraçou’ a causa. “Tivemos uma ótima aceitação na campanha de arrecadação dos materiais”, completa Sabino.

Primeira cidade inteligente do Brasil será inaugurada ainda este ano


Ainda este ano, o Brasil dará um importante passo no cenário tecnológico e ambiental, pois será inaugurado a primeira cidade inteligente do país em Croatá, cidade localizada no interior do Ceará. Com o nome Croatá Laguna EcoPark, o complexo será construído dentro dos padrões do programa governamental “Minha Casa, Minha Vida” e abrigará até 21 mil habitantes.

Duas empresas italianas serão responsáveis pelo projeto, a Planeta Idea e a SocialFare, que contam com o apoio do Centro de Empreendedorismo da Universidade de Tel Aviv (em Israel).

De acordo com os responsáveis, a ideia é que a cidade seja apresentada como um modelo referencial para novos municípios, inteiramente preparada para atender às necessidades do seu morador – com áreas de lazer, comércio e serviços públicos.


Ainda de acordo com os seus administradores, Croatá Laguna EcoPark deve ser reconhecida por sua estrutura projetada com tecnologia de ponta. Isto significa dizer que transporte público, áreas de entretenimento, geração de energia, qualidade do ar e até empregabilidade já estão sendo pensadas para serem os mais avançados.

Com o projeto, será o fim das habitações construídas em séries. A viabilidade será estratégica, os corredores mais verdes para que o meio ambiente seja preservado e as ciclovias estarão por toda a cidade, assim como espaço de sobra aos pedestres.

A infraestrutura também contará com tratamento de águas residuais, aproveitamento de águas pluviais, serviço de mobilidade, coleta inteligente de resíduos, energia solar e eólica, monitoramento da qualidade do ar e da água, infraestrutura digital com Wi-fi grátis, redes inteligentes de eletricidades e água, bem como câmeras e sensores, totens interativos e iluminação pública inteligente. Já na questão alimentícia, a cidade será composta por hortas compartilhadas.

O complexo ficará a apenas 55 quilômetros de Fortaleza. Segundo os criadores, a cidade se baseia em quatro pilares: Arquitetura, Tecnologia, Inclusão Social e Meio ambiente.

O residencial terá 150 casas. De acordo com a Planet Smart City, e o valor dos lotes residenciais serão, inicialmente, de R$ 24.300.

Fortaleza começou a testar carros elétricos compartilhados


O minicarro exposto em um shopping de Fortaleza, Zhidou EEC L7e-80 chama a atenção das pessoas, afinal todos querem conhecer o modelo 100% elétrico e que será compartilhado.

“É um carro muito pequeno, ocupa um espaço bem menor na cidade. Poderia colocá-lo em qualquer lugar. Dá vontade de levar para casa. Quando eu e meu filho o vimos, disse que ele daria certinho para a gente”, conta o professor Assis Oliveira, de 41 anos.

Zidhou tem capacidade para carregar duas pessoas (motorista e carona), há outros modelos como ele como o BYD e6, mais espaçoso e que leva 5 pessoas. Ambos são importados da China e operam com placa de testes e experiência (placa na cor verde), pelo fato de ainda não serem homologados no Brasil.

O engenheiro da Prefeitura de Fortaleza responsável pelo projeto, Sued Lacerda, explica que a fase de testes serve exatamente para chamar a atenção da população e também para que os futuros usuários se familiarizem com os modelos e com a forma de funcionamento do sistema:

“Esta fase está sendo muito positiva. A população está muito curiosa e boa parte está interessada e procurando informações no estande. Já temos quase 200 cadastros. Eu acompanhei um usuário e ele ficou muito satisfeito e curioso pelo fato de o carro não fazer muito barulho. Gostou também da praticidade de o carro ser automático.”

Os testes foram feitos no modelo BYD e6. As portas do veículo são destravadas por um aplicativo e o carro começa a funcionar ao apertar em um botão na lateral do volante. No painel aparece as informações sobre a carga da bateria e o consumo em quilowatts (kW). A bateria do modelo leva 3 horas para carregar completamente e tem autonomia de 250 quilômetros. Outra diferença do modelo é o freio de mão, que fica do lado do pé esquerdo. E é por esses novos detalhes que o teste do modelo é obrigatório.

BIOGÁS GERADO PELO LIXO COMEÇA A SER PRODUZIDO EM ATERRO SANITÁRIO NO CEARÁ


Inaugurada, hoje (11), no estado do Ceará, a primeira etapa da usina que ligará o sistema que trata os gases oriundos do lixo para produzir biometano.

O biometano tem características semelhantes ao gás natural. Ele começará a ser produzido no Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (Asmoc), localizado na Região Metropolitana de Fortaleza. O projeto, que recebeu o nome de Gás Natural Renovável Fortaleza (GNR Fortaleza), é uma parceria do governo estadual, da prefeitura de Fortaleza e de empresas privadas.

Márcio Schittini, diretor da Ecometano, uma das empresas participantes do projeto, disse que, nesta primeira fase, serão instalados cerca de 150 drenos verticais e horizontais nas áreas do aterro para captar os gases(um total de 200) e direcioná-los a uma unidade de tratamento onde será produzido o biometano.

Segundo Schittini, “num primeiro momento, o gás terá uso industrial. Em seguida, chegará nas casas, nos táxis e, se almejarmos algo mais positivo, esse gás pode substituir o diesel usado nas frotas de ônibus e de caminhões de coleta.”

Nesta primeira fase, o biometano ainda não está sendo usado como produto. Mas Hugo Nery, diretor de serviços ambientais da Marquise, outra empresa parceira, comemora que o processo inaugurado hoje já provoca um impacto positivo. “O gás captado aqui ainda não está sendo aproveitado da forma como é previsto no projeto, mas já não está poluindo o ambiente da forma original porque o estamos transformando em CO2, que é 25 vezes menos poluente que o metano.”

Outro destaque da produção de biometano é que o projeto vai além da vida útil do aterro sanitário. “O biogás continua sendo produzido por muitos anos depois que o aterro acaba. O projeto tem uma vida útil, mas o planejamos para durar, pelo menos, 30 anos”, explica Schittini.

A finalização das obras da usina deve ocorrer até o fim de 2017 e a primeira fase tem investimento inicial de R$ 100 milhões.

PETROBRAS ANUNCIA PRODUÇÃO DE BIODIESEL FEITO DE ÓLEO DE PEIXE


Na contramão dos problemas que a Petrobras atravessa, a empresa continua batendo recordes de extração de petróleo e também foca em outras formas de desenvolver combustível, algo fundamental para o meio ambiente que não suporta tantos gases nocivos à atmosfera, gerados pela queima de combustíveis fósseis. A novidade agora é a produção de biodiesel a partir do óleo de peixe. Em nota divulgada, a estatal informou que a produção do biodiesel de óleo de peixe irá beneficiar, a princípio, 300 piscicultores cearenses ao garantir a compra de 15 toneladas de resíduos de gordura de peixe todos os meses.

Mas antes de continuarmos, você sabe o que é biodiesel? Trata-se de combustível formado por esteres de ácidos graxos, esteres alquila (metila, etila ou propila) de ácidos carboxílicos de cadeia longa. É um combustível renovável e biodegradável, obtido comumente a partir da reação química de lipídios, óleos ou gorduras, de origem animal ou vegetal, com um álcool na presença de um catalisador (reação conhecida como transesterificação). Pode ser obtido também pelos processos de craqueamento e esterificação.

Segundo a Petrobras a produção do biodiesel ocorrerá pela Petrobras Biocombustíveis na Usina de Quixadá, localizada no Ceará. A matéria-prima essencial do combustível será o óleo extraído das vísceras de peixe de nome OGR, sigla para óleos e gorduras residuais de peixe. Em dezembro de 2014 a companhia recebeu 4,5 toneladas do produto para a criação de biodiesel.

Este volume é devido ao contrato firmado com a Cooperativa dos Produtores do Curupati, no município de Jaguaribara no centro-sul do Ceará. Na data de 18 de dezembro último, foi assinado convênio com a Secretaria da Pesca e Agricultura do Ceará para assistência técnica aos piscicultores dos açudes do Castanhão e de Orós.

A intenção do projeto é alcançar 300 piscicultores, metade de todos os profissionais da região, o Castanhão, que tem áreas produtivas nos municípios de Jaguaribara, Jaguaretama e Alto Santo; e o Orós, nos municípios de Orós e Quixelô, ambos na bacia hidrográfica do Rio Jaguaribe até o final do ano.

Além de gerar trabalho e valor de mercado, as ações da Petrobras estão conectadas com o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, necessário para conseguir o Selo Combustível Social do Ministério do Desenvolvimento Agrário. E também uma parceria da estatal com o Ministério da Pesca e Aquicultura, da Secretaria da Pesca e Aquicultura do Estado do Ceará, da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec), do Núcleo Tecnológico da Universidade do Ceará, do Banco do Nordeste, do Banco do Brasil, do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) e das prefeituras de Jaguaribara e de Orós.

BNDES financia R$ 254 mi para usinas eólicas no Ceará


Os municípios cearenses de São Gonçalo do Amarante e Amontada deverão receber a construção de cinco novas centrais geradoras de energia eólica. Isso deverá ocorrer em breve, pois o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já aprovou um financiamento de R$ 254 milhões para aa obras civis. As usinas – que serão controladas pela Ventus Energia Renováveis S.A, vencedora do leilão de energia de reserva de 2009 –, têm capacidade instalada de 121,8 MW. O BNDES financiará 50,2% do valor total dos investimentos, de R$ 503 milhões, e os recursos movimentarão de maneira significativa as economias dos dois municípios e, até mesmo, do Estado.

Os cinco parques eólicos contarão com 58 aerogeradores, fornecidos pela Suzlon Energia Eólica do Brasil, e são divididos em dois complexos: o Complexo Icaraí (Central Geradora Eólica Icaraí I S/A e Icaraí II S/A) e o Complexo Taíba (Central Geradora Eólica Taíba Águia S/A, Central Eólica Geradora Taíba Andorinha e Central Geradora Eólica Colônia S/A). Além do grande volume de recursos que estarão circulando nas áreas onde as usinas serão instaladas, haverá a geração de centenas de postos de trabalho, muitos deles qualificados.

CAPACIDADES


O Complexo Icaraí, em Amontada, tem capacidade geradora de 61,5 MW e o Taíba, localizado em São Gonçalo do Amarante, de 57,6 MW. Ambos estão conectados ao sistema de distribuição da Companhia Hidro E létrica do São Francisco (Chesf). Com o apoio, o BNDES contribui para a diversificação da matriz energética brasileira, com uma fonte limpa e renovável, e para a redução das emissões de gases de efeito estufa por MW/h de energia gerada no sistema interligado. Além disso, os investimentos trazem benefícios econômicos e sociais aos municípios cearenses, estimulando o desenvolvimento da região.

CARTEIRA

O BNDES possui, atualmente, uma carteira com 51 projetos de financiamento de geração eólica, totalizando 5,5 mil MW e investimentos totais da ordem de R$ 25 bilhões. Trata-se de um setor prioritário para a diretoria de assuntos estratégicos do banco. O aumento de seu peso na matriz energética brasileira tem contribuído para a instalação de uma indústria de fornecedores nacionais de aerogeradores, além de permitir aumento da oferta de energia, a partir de fonte renovável e limpa, contribuindo de maneira significativa para o meio ambiente.