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Conta de luz vai ficar mais cara: reajuste de 50% da ANEEL


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (21) um reajuste nos preços das bandeiras tarifárias amarela e vermelha, nos patamares 1 e 2 — a bandeira verde continua no mesmo patamar. Atualmente, o Brasil opera em bandeira amarela, então a população sentirá a diferença.

Segundo o G1, o maior aumento de preço aconteceu na bandeira amarela, que pulou R$ 1 para R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh). É um aumento de 50%. A bandeira vermelha também sofreu aumentos: R$ 3 para R$ 4 a cada 100 kWh (33%) no patamar 1 e R$ 5 para R$ 6 por 100 kWh (20%) no patamar 2.

Entenda as diferenças: 
  • Sistema de bandeiras: adotado pela Aneel para indicar se o consumidor pagará mais, já que o valor da energia precisaria ser repassado ao consumidor final;
  • Bandeira verde, sem alteração: custo baixo, coberto pela tarifa regular;
  • Bandeira amarela: aumento no custo de produção de energia;
  • Bandeira vermelha: aumento maior no custo de produção, ligado principalmente ao volume de chuvas e ao nível dos reservatórios.
O reajuste que será repassado aos consumidores deve evitar que a conta da bandeira tarifária fique deficitária em 2019, afirma o o diretor-geral da Aneel, André Pepitone. Os últimos dois anos foram de déficit: R$ 4,4 bilhões (2017) e R$ 500 milhões (2018).
“A revisão é necessária para que não haja um déficit ainda maior em 2019, que terá que ser pago nas tarifas de energia em 2020”, afirma Pepitone.

Comercializadoras terão que se adequar as novas regras de operação


CCEE, Aneel e MME anunciaram ações de curto prazo para entrar em vigor em 2020, visando aumento da segurança do mercado de energia.


As novas comercializadoras e as que já operaram no mercado de energia terão que se adequar aos novos critérios para participação na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Os temas ainda estão em discussão, porém três medidas de curto prazo em estudo foram anunciadas oficialmente nesta quarta-feira, 22 de maio, em evento em São Paulo, pelas autoridades do setor elétrico. 

Estiveram presentes no evento o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Cyrino; o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altireri; e o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone. 

“O MME está muito atendo as questões que envolvem a comercialização de energia, especialmente em situações que geram incerteza sobre a liquidez e a segurança de mercado. O setor elétrico precisa ser um ambiente de negócios seguro, pois essa segurança e esse alinhamento entre os diversos segmentos garantem os investimentos na expansão do sistema e o atendimento aos consumidores”, disse Cyrino. 

As ações envolvem a implementação de chamada de margem semanal. Isso significa que toda semana as comercializadoras precisarão aportar garantias financeiras que façam frente às exposições das empresas. A segunda medida será aprimorar e desenvolver indicadores que permitam os agentes “olhar para a situação operacional de cada empresa”. A terceira ação será criar critérios mais rigorosos para criação de novas comercializadoras. No entanto, as empresas que já operam no mercado também terão que se adequar as novas exigências. Um tempo será concedido para essa transição. 

Segundo André Pepitone, esses critérios serão embasados considerando regras previstas na instrução 461/07 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A B3, bolsa de valores de São Paulo, tem contribuído nesse processo de aprimoramento do mercado de energia. “Hoje as regras permitem uma alavancagem muita grande das comercializadoras”, frisou o diretor da Aneel. 

Todo esse movimento em relação à necessidade de aumentar a segurança do mercado ganhou força no início desse ano, quando algumas comercializadoras apresentaram default e instalaram uma crise no ambiente bilateral de negociação de energia. O ambiente multilaretal, lembrou Pepitone, não foi afetado, porém houve o entendimento que essa inadimplência coloca em risco a “saúde do mercado”. 

De acordo com Rui Altieri, três comercializadoras estão em processo de desligamento por descumprimento de obrigações financeiras no mercado. Há cinco comercializadoras que estão em operação assistida, ou seja, não estão impedidas de operar, mas precisam atender a exigências excepcionais por parte da CCEE. 

Altieri contou que as ações de monitoramento dos contratos evitaram R$ 39,4 milhões de possíveis inadimplências. O executivo contou que R$ 11,8 milhões foram arrecadados com aplicação de penalidades. Disse também que existem outros 43 agentes em “condição especial de acompanhamento, por uma série de motivos”. Esses agentes foram convocados pela CCEE e alguns compromissos foram formalizados. Altieri não revelou quais foram esses compromissos. 

Na reunião dessa quarta-feira, técnicos da CCEE e da Aneel detalharam como acontecerá a operacionalização dessas novas regras. Pepitone reforçou que todas as ações de curto prazo propostas serão alvo de rodadas de discussão com o mercado e passarão por audiência pública antes de entrar em vigor em janeiro de 2020. 

Pepitone pontou, contudo, que essas propostas foram desenhas em comum acordo com diversos atores do segmento de geração e comercialização, inclusive com a contribuição da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abracel). A CCEE informou que proposta de chamada de margem semanal será apresentada protocolada formalmente na Aneel até o final deste mês.

Aneel converte dívida de R$ 3 bi da Eletrobras em crédito


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu ontem transformar uma dívida bilionária da Eletrobras em créditos. No lugar da empresa pagar R$ 3 bilhões, a estatal irá receber esse mesmo valor. O dinheiro será pago por um fundo do setor elétrico abastecido com recursos da conta de luz e pelo Tesouro Nacional.

A medida da Aneel se refere a custos embutidos nas tarifas e usados para bancar o gasto com combustível de usinas termelétricas em regiões isoladas do país. No ano passado, o governo editou uma medida provisória (MP) que autorizou a estatal a ter reembolsadas despesas para compra de combustíveis realizadas por sua subsidiária no Amazonas. A MP foi editada em novembro para facilitar a venda dessa e de outras cinco distribuidoras da Eletrobras.

PAGAMENTO ATÉ 2021

Fiscalizações realizadas pela Aneel apontaram irregularidades nos gastos das distribuidorado Amazonas coma compra de combustíveis entre 2009 e 2016. Segundo a Aneel, a Amazonas Energia compro umais combustível do que o recomendado para as usinas e pagou valores mais altos do que os praticados por postos do varejo. Na fiscalização, o órgão regulador mandou a distribuidora devolver R$ 3 bilhões ao fundo setorial.

Para ajudar no processo da venda da Amazonas e atrair investidores, o governo decidiuflexibilizaras normas para permitir o reembolso das despesas, uma parte por meio das tarifas e outra parte por meio do Tesouro Nacional.

Agora, após recálculo da Aneel, a Eletrobras passou a ter o direito de receber R$ 1,6 bilhão do fundo e $ 1,35 bilhão do Tesouro. O índice de correção será discutido entre a Eletrobras e a pasta. O pagamento poderá ser feito até 2021 e de forma parcelada.

Indústria se anima com promessa de energia barata


Anunciada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como uma das medidas para retomar o crescimento do País, o “choque da energia barata” já movimenta a indústria.

Sob a liderança da Associação Brasileira de Grandes Consumidores (Abrace), empresários têm levantado dados para a equipe econômica na esperança de acelerar as iniciativas para abrir o mercado de gás e acabar com o monopólio da Petrobras na área.

Mesmo sem um plano ainda estruturado, Guedes tornou o assunto público, deixando claro que não vai aceitar propostas intervencionistas que criem ou ampliem subsídios, como a famosa Medida Provisória 579, de 2012. Lançada pela ex-presidente Dilma Rousse, ela reduziu a conta de luz em 20% em 2012, mas acabou resultando num reajuste de 50% em 2015.

Em entrevista ao Estadão, o ministro armou que deseja promover um “choque liberal na energia”, com o aumento da concorrência e fomentando investimentos no setor.

Seu foco, armou, é baratear em até 50% o custo do gás natural para “reindustrializar” o País.

O anúncio de Guedes pegou alguns de seus auxiliares de surpresa, já que o tema ainda não está maduro dentro da equipe econômica. Há, por ora, iniciativas que já vinham sendo tocadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), com regulamentações do setor, e pela Petrobras, com a venda de ativos.

A fala de Guedes, porém, foi suciente para animar o setor privado. Em carta assinada por 15 associações, o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, reconhece que medidas de intervenção e o uso de estruturas estatais para nanciar o setor já se esgotaram e se mostraram inecientes.

O grupo defende medidas que elevem a competição e a competitividade no setor, além do enfrentamento de questões como privilégios e subsídios que, na avaliação dele, elevaram o insumo a um nível “insustentável”. “Não é uma redução de custos por mágica, mas por mérito”, disse.

Segundo a Abrace, cada R$ 1 a menos no custo da energia representa um aumento da riqueza nacional de quase R$ 4 bilhões em dez anos. “Preços competitivos de gás e energia podem agregar 1% de crescimento anual ao PIB e gerar 12 milhões de empregos no mesmo período”, diz o documento.

A entidade destaca que, para a indústria, a energia aumentou três vezes mais que a inação desde 2000. No caso do gás, o aumento foi quase sete vezes superior à inação no período.

Para Pedrosa, o ministro tem liderança para promover a modernização do setor, com apoio de governadores e do setor privado. A carta é assinada por associações de indústrias de alimentos, cloro, têxtil, vidro, ferroligas, cerâmica, veículos, mineração, aço e de defesa do consumidor.

O presidente da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Milton Rego, disse que o custo da energia é essencial para o setor. Segundo ele, o Brasil produziu no ano passado 700 mil toneladas de alumínio, menos da metade dos 1,7 milhão de 2008.

“Temos de abrir o mercado. Casos como vimos em São Paulo, com reajuste da ordem de 30%, acontecem porque temos pouquíssimos players no mercado, e eles compram tudo de uma empresa só: a Petrobras.”

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo, disse que o setor é o maior consumidor de gás do País. “Não queremos energia barata, mas, sim, energia competitiva. Somos totalmente contra mais subsídios e intervenções”, disse Figueiredo.

O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, disse que a ideia do ministro é bemvinda, mas também levanta preocupações.

“Só vamos baixar o preço se houver aumento de oferta. Não é com a caneta do ministro, do regulador ou do presidente. Já vivemos isso antes e sabemos quem paga a conta no nal”, disse, em referência à MP 579.

O presidente da Abegás, Augusto Salomon, disse esperar que o governo cumpra os contratos de concessão com as distribuidoras até o m. Ele destacou que os próprios Estados têm participação relevante nessas empresas.

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, reconheceu que o gás é um custo importante para a indústria e que o tema está sendo debatido com o governo.

“Estamos trabalhando com os Ministérios da Economia, de Minas e Energia e ANP para mudar esse ambiente, esse arcabouço institucional, tanto no que diz respeito às regulações, às leis e, principalmente à Constituição, para que esse potencial de riqueza do Brasil seja explorado”, disse.

O número de pessoas sem eletricidade caiu abaixo de 1 bilhão pela primeira vez em 2018


Este ano, em outubro, a Agência Internacional de Energia, uma organização intergovernamental da OCDE que é uma das mais influentes think tanks do mundo da política energética, anunciou uma descoberta surpreendente: Dados globais coletados em 2017 mostram que o número de pessoas sem eletricidade caiu abaixo de 1 bilhão pela primeira vez.

Isso não é coisa pequena.

Quase certamente, você teve um tempo recentemente, onde você foi atrasado devido à falta de eletrificação. Seus fones de ouvido sem fio ficaram sem energia em seu trem ou viagem de ônibus para casa do trabalho, talvez, e você teve que apenas olhar silenciosamente para a parte de trás da cabeça da pessoa sentada à sua frente por 30 minutos. 

Ou seu telefone morreu enquanto você estava fora em um longo passeio de bicicleta, e você tinha que sentir o caminho de volta para casa, acabando por passar uma hora no que deveria ter levado 20 minutos. Mas esses são problemas minúsculos comparados àqueles enfrentados por pessoas sem acesso à eletricidade. Muitos dos fundamentos da vida que aqueles nas partes mais ricas do mundo tomam como garantidos são impossíveis sem o poder.


Há algumas vantagens óbvias, como refrigerar sua comida e ter acesso a redes de comunicação. Mas há provavelmente impactos maciços a jusante que são menos aparentes.

Sem eletricidade, seu dia é inteiramente determinado pela ascensão e queda do sol. Isso pode parecer idílico para aqueles afetados por telas de roubo de sono, mas para aqueles sem pontos de venda, a pesquisa sugere que é uma barreira significativa para avançar economicamente e academicamente. Um estudo recente do Banco Mundial, por exemplo, descobriu que a falta de eletrificação confiável estava custando ao Paquistão US $ 4,5 bilhões por ano (pdf) em produto interno bruto. Um estudo acadêmico publicado em 2017 constatou que, no Camboja, o acesso à eletrificação rural (paywall) aumentou o consumo médio das famílias (que os pesquisadores levaram para sugerir um aumento na renda familiar) e ajudou as crianças a permanecer na escola por mais tempo, em média.

A última descoberta está de acordo com o que o economista Tim Squires descobriu em 2015, quando, como estudante de doutorado na Brown University, publicou um documento descobrindo que o acesso expandido à eletricidade em Honduras de 1992 a 2005 (pdf) levou a aumentos significativos na freqüência escolar realização educacional. 


As razões por que são intuitivas, uma vez que você as vê na sua frente: Imagine chegar em casa da escola às 3 da tarde e ter que fazer suas tarefas antes do jantar. Metade do ano - e a maior parte do ano letivo - o sol terá se acertado quando as tarefas terminarem e você não conseguir ler a lição de casa no escuro. Querosene, velas e baterias são muito caros, e fontes baratas de combustível, como lenha, carvão, estrume e outras biomassas, emitem poluentes atmosféricos que podem ser extremamente prejudiciais à saúde.

Isso nos leva a outro grande problema exacerbado pela falta de eletrificação: problemas de saúde. A Organização Mundial da Saúde coloca de forma sucinta : “O acesso não confiável à eletricidade leva à deterioração da vacina, interrupções no uso de dispositivos médicos e diagnósticos essenciais e falta da iluminação e comunicação básicas para procedimentos maternos de entrega e emergência”. Um mundo eletrificado é um mundo mais saudável.

Nem todos os estudos concordaram com a crença de que o acesso à eletricidade curará tudo o que aflige as partes mais pobres do mundo. Um estudo recente e rigoroso do Quênia rural, por exemplo, descobriu que a eletrificação não teve “impactos significativos de médio prazo nos resultados econômicos, de saúde e educacionais”. Entretanto, ao mesmo tempo, o estudo admitiu que seus dados sugeriam “ Os atuais esforços para aumentar a eletrificação residencial no Quênia rural podem reduzir o bem-estar social ”, o que não poderia prejudicar um país como o Quênia, que está no 20% do PIB per capita do mundo .

Havia 7,55 bilhões de pessoas vivas em 2017, e 87% delas tinham acesso à eletricidade. Os 1 bilhão restantes de pessoas sem acesso à eletricidade tendem a viver nos países mais pobres do planeta. Segundo a Agência Internacional de Energia , cerca de 600.000 deles vivem na África Subsaariana:


QUARTZO

A boa notícia é que, especialmente com os custos de energia renovável em queda livre, é perfeitamente possível trazer energia para quase todo o mundo. Há dúzias de exemplos nas últimas duas décadas para imitar. O Laos e o Nepal, por exemplo, deixaram de ter quase nenhuma eletricidade no ano 2000 e ambos ficaram mais de 90% eletrificados em 2017. 

A Índia e a Indonésia, dois dos países mais populosos do mundo, passaram de 55% eletrificados em 2005 para 87% e 95%, respectivamente, em 2017. E o Quênia levou apenas 10 anos para aumentar a parcela de sua população que tinha acesso à eletricidade de 18% em 2007 para 73% em 2017.



CURSO DE ELETRÔNICA GERAL





DESCRITIVO

Neste curso de eletrônica não abordamos só a parte referente as grandezas elétricas, conceitos dos componentes, testes e aplicações práticas de circuitos em bancada. Nosso curso é mais abrangente e vai além do convencional que é ministrado atualmente por muitas escolas presenciais e cursos online na internet. 

Este curso visa atender técnicos de diversas áreas de atuação, pois o conceito de eletrônica irá auxiliar bastante na compreensão de vários circuitos. Muitas placas eletrônicas podem ser reparadas invés de serem simplesmente substituídas, isto representa uma margem maior de ganhos para o profissional, e de maior reconhecimento em sua área de atuação. 

O Curso é completo com mais de 160 aulas e mais de 50 horas de conteúdo, ao final ensinamos o aluno a montar 2 projetos uma fonte de bancada e um testador de cristais osciladores, este curso o aluno tem direito a certificado e suporte pós curso durante 3 meses.


CRONOGRAMA DO CURSO


  • Tensão elétrica
  • Diferença de potencial elétrico
  • Corrente elétrica
  • Resistência elétrica
  • Resistores
  • Circuitos resistivos série e paralelo
  • Defeitos em resistores 
  • Lei de Ohm
  • Potência elétrica
  • Notação científica 
  • Resistores ajustáveis
  • Defeitos em resistores ajustáveis
  • NTC e LDR
  • Corrente Contínua e Corrente Alternada
  • Funcionamento do osciloscópio 
  • Capacitores 
  • Circuitos capacitivos e resistivos em DC (Corrente contínua).
  • Tipo de capacitores 
  • Análise de defeitos em circuitos resistivos capacitivos 
  • Campo eletromagnético.
  • Indutância e reatância indutiva
  • Indutores (bobina) em DC
  • Circuitos com indutores em DC
  • Defeitos em Indutores em DC
  • Indutores em AC (Corrente-Alternada)
  • Capacitores em AC.
  • Reatância Capacitiva
  • Filtros Passivos; Filtro LPF e Filtro HPF
  • Transformadores
  • Análise de formas de onda 
  • Diodo (semicondutor)
  • Polarização direta e reversa
  • Circuitos com diodo
  • Defeitos em circuitos com diodos.
  • Diodo retificador (Meia-onda; Onda-completa e Ponte).
  • Diodo Zener
  • Circuitos com diodo Zener
  • Defeitos em circuitos com diodo Zener.
  • LED; Circuitos com LED e Driver LED
  • Transistor - NPN e PNP
  • Polarização em transistores
  • Circuitos transistorizados e com transistores
  • Circuitos de comando e acionamento transistorizados
  • Defeitos em circuitos de comando e acionamento.
  • Transistor regulador de tensão
  • Circuitos reguladores de tensão Fonte negativa.
  • Defeitos em circuitos reguladores com transistores
  • Circuitos reguladores e estabilizadores de tensão
  • Circuitos integrados reguladores de tensão
  • CI 79XX; CI LM317 e CI LT1083
  • Realimentação negativa (feedback)
  • Circuitos com realimentação negativa
  • Fonte de tensão regulada estabilizada com realimentação negativa
  • Defeitos em fontes (estabilizadas) reguladas com realimentação negativa
  • Projeto de fonte ajustável regulada para baixa corrente até 30V 2ª
  • Projeto de fonte ajustável regulada com realimentação negativa (maior corrente, até 30V 5A).
  • Amplificadores Classe A
  • Defeitos em Amplificadores Classe A
  • Amplificadores Classe AB
  • Introdução a eletrônica digital
  • Portas lógicas
  • Amplificadores Operacionais (comparadores de tensão e em realimentação negativa)
  • Circuitos integrados (CI 555)
  • Circuitos Osciladores
  • Cristais osciladores
  • Memórias (ROM, RAM, EPROM e FLASH NAND)
  • Processadores e Microcontroladores
  • Introdução a lógica de programação e microcontroladores
  • Projeto de circuito de comando de acionamento remoto microcontrolado.
  • Transistor MOSFET Canal N e Canal P PWM
  • Conversores DC-DC (Fontes Chaveadas)
  • Conversor DC-DC STEP UP
  • Conversor DC-DC STEP DOWN
  • Conversor DC-DC INVERTER
  • Conversor DC-DC Charge Pump
  • Fonte standby Fly-back; Fonte PFC e Fonte half-bridge (VS) 
  • Utilização de estação de ar quente e de solda
  • Utilização do sugador de solda 
  • Ferramentas auxiliares de bancada (pinças, alicates, fluxos e demais insumos)
  • Abordagem sobre o multímetro e capacímetro
  • Abordagem sobre o medidor de ESR “Capacheck” (aula a ser gravada ainda)
  • Abordagem sobre o uso da fonte de bancada 
  • Parte prática relativa a soldagem de componentes de tecnologia THT e SMD

160 aulas e 50 horas de conteúdo


BENEFÍCIOS

Conceito Diferenciado

Viemos com um conceito diferenciado, apresentando a eletrônica ao aluno como um diferencial para este raciocinar problemas simples e também complexos, analisar diversos circuitos práticos envolvendo a teoria de eletrônica, mas também prezando a parte prática.


Aplicamos inclusive

Técnicas de soldagem com estação de ar quente, e estação de solda, mostrando na prática, aliado a outros insumos como fluxo de solda, estanho, sugador de solda, pinças e diversos materiais auxiliares. Mostramos na prática estes conceitos para que o aluno entenda a utilização correta destes equipamentos e saiba como cuidar para prolongar a vida útil de suas ferramentas.


Além do Convencional

Neste curso de eletrônica não abordamos só a parte referente as grandezas elétricas, conceitos dos componentes, testes e aplicações práticas de circuitos em bancada. Nosso curso é mais abrangente e vai além do convencional que é ministrado atualmente por muitas escolas presenciais e cursos online na internet.


Ganhos para o Profissional

Este curso visa atender técnicos de diversas áreas de atuação, pois o conceito de eletrônica irá auxiliar bastante na compreensão de vários circuitos. Muitas placas eletrônicas podem ser reparadas invés de serem simplesmente substituídas, isto representa uma margem maior de ganhos para o profissional, e de maior reconhecimento em sua área de atuação.


O curso vai capacitar você a fazer analise em

Formas de Onda nos conversores DC-DC, Defeitos em conversores DC-DC, Esquemas elétricos de placas de circuito eletrônico, Placa de controle de refrigeradores , Placa de controle de portão automático, Placa INVERTER de Ar condicionado, Placa de notebook, Placa mãe de desktop, Fonte flyback (televisores LCD e LED) e Placa principal de Celulares.


VANTAGENS DO CURSO
  • Aula Teóricas e Praticas - Você vai aprender tanto na teoria quanto na pratica o teste e funcionamento dos componentes eletrônicos.
  • Profissionais Qualificados - Professores com formação técnica e superior
  • Certificado de Conclusão - Ao concluir o curso você recebera certificado de conclusão de curso profissionalizante.
  • Suporte Pós Curso - Ao final do curso você terá direito a 3 meses de suporte grátis pelo nosso fórum.
  • Desenvolvimento de Projetos - Ao final do curso vamos desenvolver dois projetos práticos, fonte de bancada e testador de cristais osciladores.
  • Direito a Atualizações - Durante o prazo de 2 anos você tem acesso a todas as aulas da plataforma e atualizações do curso.
  • Bônus 1 - Dentro do curso terá o Bônus 1 com aulas exclusivas sobre o uso das ferramentas do técnico em eletrônica.
  • Bônus 2 - Dentro do curso terá o Bônus 2 com aulas exclusivas sobre o técnicas de soldagem com estação e ar quente e solda.


O que é pago na fatura de energia?


Apesar de parecer que o valor pago na conta de luz é referente apenas à energia consumida, é importante saber que, na verdade, há outros custos que compõe o valor final pago na fatura de energia. Neste post, vamos explicar cada um deles.

Segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) o valor pago na conta de luz precisa atender aos custos com a geração de energia, ao transporte e às outras parcelas importantes para a manutenção e funcionamento do setor elétrico.

Vamos listar e detalhar cada uma dessas parcelas, mas para que possamos entendê-las, primeiro, vamos entender a estrutura básica do setor elétrico.
Como a energia chega até as unidades consumidoras?

De acordo com a ANEEL, a energia consumida no Brasil pode ser oriunda de oito fontes diferentes. A partir das unidades geradoras, a energia precisa ser transportada até os centros de consumo para depois ser distribuída entre as unidades consumidoras.

Este processo pode ser observado na Figura 01.
Figura 01 – Estrutura básica do setor elétrico. Fonte: ANEEL.

Como se pode observar, o consumo de energia depende da operação e manutenção de toda essa estrutura. Por isso, o preço final pago na fatura de energia considera cada um desses custos.

O que está embutido no preço da energia?

O preço final apresentado na fatura de energia leva em consideração:
Tarifa de energia, definidos pela ANEEL:
  • Geração;
  • Transporte (e as respectivas perdas);
  • Transmissão;
  • Distribuição;
  • Os encargos do setor elétrico, definidos por lei; e
  • Os tributos, definidos por lei.

Conforme a ANEEL, a formação dos custos é organizada em duas parcelas mais os tributos, como mostra a Figura 02.
Figura 02 – Composição do valor final da energia elétrica. Fonte: ANEEL.

Os custos para o fornecimento da energia são calculados pela ANEEL e devem garantir o fornecimento de energia com qualidade. Além disso, deve assegurar que os prestadores de serviços tenham ganhos suficientes para cobrir custos operacionais e para remunerar os investimentos necessários para expansão e garantia do atendimento aos consumidores.

Nos custos de transmissão e distribuição estão inclusas as perdas técnicas e não técnicas que também devem ser remuneradas.

O que são os tributos e para que servem?

Para entender melhor o que é pago na fatura de energia, você precisa entender quais são os tributos e para que servem. Na conta de luz estão presentes tributos federais, estaduais e municipais, neste caso, o papel da distribuidora é apenas de recolher estes valores e repassar às autoridades competentes pela sua cobrança.

Estes são os Tributos do Setor Elétrico:
  • Tributos Federais
Dentre eles estão o PIS (Programa de Interação Social) destinado a financiar o seguro desemprego, e o COFINS (Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social) destinado a financiar despesas da área da saúde, previdência e assistência social. O valor médio em Junho de 2018 foi de 0,82% para o PIS e 3,81% para o COFINS, lembrando que, esse percentual varia mensalmente e esse cálculo é divulgado no site de sua concessionária.

  • Tributos Estaduais
Regulamentado por cada estado, é o ICMS (Imposto Sobre a Circulação de Mercadoria e Serviços) previsto na Constituição Federal de 1988, sua alíquota é diferente em cada estado.

  • Tributos Municipais
Contribuição para Custeio do Serviço de iluminação Pública (COSIP) ou simplesmente CIP, sendo regulamentada por lei específica aprovada pelas Câmaras Municipais de cada município brasileiro e pela câmara distrital, no caso do DF.

O que são encargos setoriais?

São contribuições definidas por leis, aprovadas em Congresso Nacional, são eles:
  • CCC – Conta de Consumo de Combustíveis: Subsidia a geração térmica, principalmente na região norte (Sistemas Isolados).
  • RGR – Reserva Global de Reversão: Indeniza ativos vinculados à concessão e fomenta a expansão do setor elétrico.
  • TFSEE – Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica: Provêm recursos para o funcionamento da ANEEL.
  • CDE – Conta de Desenvolvimento Energético: Propicia o desenvolvimento energético a partir de fontes alternativas.
  • ESS – Encargos de Serviços do Sistema: Subsidia a manutenção da confiabilidade e estabilidade do Sistema Elétrico Interligado Nacional.
  • PROINFA: Subsidia as fontes alternativas de Energia.
  • P&D – Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética: Promove pesquisas científicas e tecnológicas relacionadas à eletricidade a ao uso sustentável dos recursos naturais.
  • ONS – Operador Nacional do Sistema: Promove recursos para o funcionamento do ONS.
  • CFURH – compensação financeira pelo uso de recursos hídricos: Compensa financeiramente o uso da água e terras produtivas para fins de geração de energia elétrica.
Royalties de Itaipu: Paga a energia gerada de acordo com o Tratado Brasil/Paraguai.

Para saber mais sobre cada um destes encargos, acesse o link da ANEEL

O que são as bandeiras tarifárias?

De acordo com a ANEEL, as bandeiras tarifárias correspondem a um sistema que sinaliza aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica.

Sua função é repassar aos consumidores os custos pelo uso de fontes de energia mais caras.

O funcionamento é simples: as cores das Bandeiras (verde, amarela ou vermelha) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade.

Quando a Bandeira está verde, as condições hidrológicas para geração de energia são favoráveis e não há qualquer acréscimo nas contas. Se as condições são um pouco menos favoráveis, a Bandeira passa a ser amarela e há uma cobrança adicional, proporcional ao consumo, na razão de R$ 1,00 por 100 kWh (ou suas frações). 

Já em condições ainda mais desfavoráveis, a Bandeira fica vermelha e o adicional cobrado passa a ser proporcional ao consumo na razão de R$ 3,00 por 100 kWh (ou suas frações),para a Bandeira vermelha – patamar 1; e na razão de R$ 5,00 por 100 kWh (ou suas frações), para a Bandeira vermelha – patamar 2.

O funcionamento das bandeiras tarifárias são ilustradas na Figura 03.
Figura 03 – Bandeiras tarifárias. Fonte: ANEEL.

Antes das Bandeiras, essas variações de custos só eram repassadas no reajuste seguinte, o que poderia ocorrer até um ano depois. Com as Bandeiras, a conta de energia passou a ser mais transparente e o consumidor tem a informação no momento em que esses custos acontecem.

Mais informações sobre as bandeiras tarifárias estão acessíveis no site da ANEEL.

Concluindo

O valor final da energia elétrica é composto pelas seguintes parcelas:
Tarifa de energia, definidos pela ANEEL:
  • Geração;
  • Transporte (e as respectivas perdas);
  • Transmissão;
  • Distribuição; e
  • Os encargos do setor elétrico, definidos por lei; e
  • Os tributos, definidos por lei.
Independente de a unidade consumidora possuir ou não sistemas de geração distribuída, estas são as parcelas a serem pagas.

Contudo, quando a GD é inserida, o sistema de compensação de energia elétrica (definido na Resolução nº 482 da ANEEL) permite que o benefício econômico que promove a redução no valor da fatura de energia tenha reflexos na remuneração dessas parcelas.

Quer produzir sua energia elétrica? Veja por que este é um ótimo momento!

Mais de 40 mil imóveis se beneficiam da energia solar para economizar com eletricidade. Custo hoje é de 17% do que era no início da década

INSTALAÇÃO DE MÓDULO FOTOVOLTAICO, RESPONSÁVEL POR CAPTAR A ENERGIA SOLAR (FOTO: SEAN GALLUP/GETTY IMAGES)

A energia solar é a fonte de eletricidade cujo uso mais cresce no Brasil. Não só por ser limpa e atrativa para investimentos, mas também por permitir que cada consumidor produza sua própria energia e chegue a reduzir seus custos em até 90%. Regulamentada em 2012 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a possibilidade de geração distribuída, em que a energia gerada e não consumida nas pontas do sistema vai para a rede elétrica, gerando créditos para quem produziu, vem trazendo mais e mais famílias e empresas para um modelo mais sustentável de consumo energético.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil conta com 1,7 mil megawatts de capacidade instalada para produção de energia com sistema solar fotovoltaico. Isso representa apenas cerca de 1% da matriz energética nacional, mas o crescimento é rápido: só no ano passado, foram cerca de 900 megawatts adicionados, o que coloca o país como o décimo que mais adicionou capacidade produtiva em todo o mundo no período, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA).

E a expansão seguirá acelerada: com investimentos que ultrapassam R$ 5 bilhões, mais 1,1 mil megawatts terão entrado em operação ao final de 2018, praticamente dobrando, em apenas um ano, a produção de eletricidade desse modo.

Embora a maior parte da geração de energia em sistemas fotovoltaicos – aqueles em que os painéis como os vistos na foto acima captam a energia solar e a levam em forma de eletricidade para dentro das casas – seja “centralizada”, a partir de grandes usinas, a que é feita pelos próprios consumidores também já conquistou seu espaço: responde hoje por 350 megawatts do total (praticamente o dobro do ano passado), segundo a Absolar. São 37,1 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, beneficiando 44,7 mil unidades consumidoras (há meios de geração compartilhada em que um mesmo sistema beneficia mais de uma casa).

Ou seja: energia limpa, gerada na própria casa ou negócio, barateando a conta de luz e cada vez mais disseminada. Conversamos com Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar, a entidade que reúne as empresas especializadas na instalação dos sistemas de geração de energia solar, para tirar as principais dúvidas sobre como entrar nesse mercado. Veja as respostas para as principais dúvidas abaixo.

Do que estamos falando, afinal?

Você já deve ter visto o sistema de aquecimento de água utilizando placas que captam a energia solar, e um pequeno reservatório. Conhecidos como boilers, esses equipamentos normalmente usados em áreas rurais mantêm a água aquecida para ser usada nas residências sem o gasto de energia elétrica. Não é, no entanto, deste tipo de energia solar que estamos falando quando o assunto é geração de energia elétrica com base em sistemas fotovoltaicos. “Muitas pessoas ainda relacionam a energia solar com o aquecimento de água, e não é isso. Quando falamos em energia solar fotovoltaica, é a conversão direta da irradiação solar em energia elétrica, por meio de equipamentos específicos que são instalados”, explica Sauaia.

Quais equipamentos são necessários?

Há quatro componentes principais nos sistemas fotovoltaicos, além dos cabos e conectores necessários para que todos funcionem no mesmo sistema:
  • Módulo fotovoltaico: são as placas coletoras (às vezes também chamados de painéis solares), que recebem a irradiação solar;
  • Rastreador solar: também chamado de “estrutura de suporte”, ele orienta as células do módulo fotovoltaico conforme a movimentação do sol durante o dia, seguindo o astro durante o dia, mais ou menos como fazem os girassóis;
  • Inversor: responsável por transformar a energia solar em corrente elétrica, é um quadro normalmente localizado numa das paredes externas do imóvel e fica ligado, por um lado, aos módulos solares, e, por outro, ao quadro de energia, para distribuir a eletricidade;
  • Medidor bidirecional: o famoso “relógio de luz”, que mede o consumo. Mas, nesse caso, não apenas da energia enviada para dentro do imóvel. Também é medido o que não foi utilizado e acabou sendo levado à rede elétrica.
DOS MÓDULOS FOTOVOLTAICOS, A ENERGIA SOLAR VAI AO INVERSOR QUE A TRANSFORMA EM ELETRICIDADE E DISTRIBUI POR MEIO DO QUADRO ELÉTRICO. DEPOIS, O QUE NÃO É CONSUMIDO VAI PARA A REDE ELÉTRICA, GERANDO CRÉDITOS PARA O CONSUMIDOR (FOTO: ABSOLAR)


Como instalar tudo isso?

Segundo Rodrigo Sauaia, não é preciso se preocupar muito com as tecnicalidades. Há, afirma, milhares de empresas especializadas na instalação e gestão de sistemas fotovoltaicos espalhadas pelo Brasil que cuidam de todo o processo. “Basta pegar a conta de energia elétrica e leva-la a uma empresa especializadas em energia solar fotovoltaica. Ela vai então analisar e fazer uma cotação para que o consumidor avalie quanto ele precisaria investir no sistema”, diz o presidente da Absolar.

A empresa cuida de todos os equipamentos, com exceção do medidor bidirecional, que é de responsabilidade da distribuidora de energia. Mas, segundo o executivo, boa parte das companhias especializadas fazem também a intermediação desse processo, assim como o contato com a distribuidora para ligar a rede elétrica à instalação fotovoltaica. 

Quanto custa? E quanto se pode economizar?

Todo esse processo, afirma o presidente da Absolar, costuma sair em torno de R$ 15 mil, gerando uma economia de 80% a 90% na conta de luz. “Isso pensando em uma residência da média brasileira, para uma família de quatro pessoas”, esclarece. Dependendo do tamanho do imóvel, do consumo de energia e dos equipamentos usados, é necessária uma quantidade maior de módulos fotovoltaicos, o que encarece o processo.

Mas, uma vez feito, o investimento tende a “se pagar”, na forma de redução da conta de energia elétrica, em “mais ou menos quatro a sete anos”, de acordo com o especialista.

Há, entretanto, outras formas de se contratar o serviço, sem necessariamente fazer o investimento todo. Foi regulamentado recentemente o processo de geração compartilhada de energia, em que consumidores se unem em uma cooperativa para construir uma pequena central de geração. Nesse caso, a própria empresa fornecedora banca a compra dos equipamentos, e um contrato a longo prazo garante que os consumidores a paguem num prazo maior. É bom ressaltar, entretanto, que nesse caso a economia mensal é menor, já que essa espécie de financiamento será paga juntamente com a energia gasta.

É possível zerar a conta de luz? Ou ter créditos de energia?

Sim e não. Os consumidores terão seu sistema fotovoltaico projetado para gerar a maior economia possível na conta de luz tendo por base a energia consumida anualmente e a demanda média do imóvel. Isso significa que em alguns meses o sistema pode gerar mais economia e em outros meses, menos.

Assim, se consumir menos do que é produzido pelo sistema fotovoltaico, o consumidor pode abater quase completamente a conta de luz – mas não deixará de pagar o “custo disponibilidade” da energia elétrica, uma taxa mínima cobrada pelas empresas para prestar o serviço de distribuição. Por isso se fala em uma redução de, no máximo, 90%.

Mas, ainda assim, é possível gerar créditos com excedentes de energia. A luz excedente é depositada na rede para que outros usuários a utilizem, e os créditos gerados podem ser usados por até 60 meses. Por exemplo: um pouco da energia produzida durante o dia gera crédito para consumo durante a noite, quando não há como captar a luz solar.

CASAS COM CAPTAÇÃO DE ENERGIA SOLAR. CONTA DE LUZ PODE CAIR ATÉ 90% (FOTO: MIGUEL VILLAGRAN/GETTY IMAGES)


Qualquer região do Brasil ou tipo de imóvel pode produzir a energia dessa forma?

De acordo com o presidente da Absolar, sim. Como a geração de energia depende da incidência de luz solar, algumas regiões do planeta, dependendo da inclinação no globo, podem ter sua produção prejudicada. Mas não é o caso do Brasil, que, apesar da sua grande extensão, não ocupa os extremos da Terra.

Quanto aos imóveis, mesmo quem mora em apartamento ou de aluguel pode se beneficiar, por meio da geração compartilhada. O mesmo vale para quem quer abastecer de energia uma empresa com várias unidades. Ele explica que a geração de energia em um local pode gerar crédito para abater o consumo em outro, comouma casa de campo gerando créditos para um apartamento na cidade."A única exigência é que os imóveis estejam todos sob a mesma titularidade e sejam atendidos pela mesma distribuidora de energia”, explica.

E se a tendência não se confirmar e o país deixar de investir nesse tipo de energia?

É bastante difícil que isso aconteça. Não só pela necessidade ambiental ou porque no mundo inteiro a energia solar fotovoltaica vem crescendo a ritmos acelerados, mas porque investimentos a longo prazo vêm sendo feitos por aqui e barateando o custo da energia. “Hoje, essa energia custa apenas 17% do que custava em 2010”, diz Sauaia.

Em seu relatório anual sobre o setor energético, a Bloomberg prevê que as energias solar e eólica, combinadas, deverão representar 50% da produção mundial em 2050. No Brasil, o presidente da Absolar prevê que, em 2030, os sistemas fotovoltaicos pulem para 10% da matriz energética.

Como obter mais informações?

Dependendo da região, a distribuidora de energia pode ter exigências específicas para a geração distribuída de energia. E elas são obrigadas pela regulamentação do setor a ter um espaço em seu site na internet com as orientações a respeito. Por isso, é importante procura-las, assim como consultar as empresas especializadas em energia fotovoltaica da sua cidade.

Dicas para aumentar a eficiência energética durante o aquecimento e arrefecimento

Aumentar a eficiência energética da sua casa é um ótima maneira de contribuir para um desenvolvimento sustentável. Confira estas nossas dicas.

Aumentar a eficiência energética da sua casa não só vai ajudá-lo a ser mais amigo do ambiente e a reduzir a sua pegada de carbono, mas também pode resultar em algumas poupanças na sua conta de eletricidade, deixando-o com mais dinheiro disponível no final do mês.

Há toda uma gama de diferentes maneiras de aumentar a eficiência energética da sua casa, muitas das quais nem sequer envolvem cortar no uso de eletricidade. Ao fazer algumas alterações inteligentes nos seus aparelhos da sua casa, poderá consumir menos energia e, assim sendo, gastar menos dinheiro, mesmo sem se aperceber.

Para muitos donos de casas, o assunto da eficiência energética é um dos assuntos que mais querem aprender sobre. Aqui ficam algumas dicas:

A sua casa de banho

Quando se fala das divisões que mais consomem energia, a casa de banho está definitivamente no topo da lista. Aumentar a eficiência energética da sua casa de banho é uma das melhores maneiras de economizar energia e aquecer a água necessária sem que gaste muito dinheiro ou cause danos ao meio ambiente. A instalação de aquecedores de água eco-friendly ou aquecedores de toalha de banho, podem tornar a sua casa de banho num local mais verde e mais eficiente.

Aquecimento da sua casa

Aquecer a sua casa, especialmente durante os meses mais frios, pode tornar-se num enorme acréscimo na sua conta de eletricidade. No entanto, nem sempre é plausível desligar o aquecimento durante o Inverno, a fim de economizar dinheiro – ninguém gosta de andar pela casa embrulhado na manta e com cinco pares de meias!

Em vez de deixar o aquecimento da sua casa a funcionar quando não está, concentre-se em ter uma temperatura agradável e confortável para quando voltar, investir num termostato programável é uma ótima maneira de aumentar a eficiência energética da sua casa.

Quando se trata do aquecimento da sua casa, os termostatos programáveis podem ser configurados para aquecer a sua casa em determinados momentos do dia, tornando mais fácil voltar para casa para um ambiente mais quente e confortável sem um enorme custo financeiro associado.

Auditorias à eficiência energética

Uma das melhores maneiras de descobrir quais as áreas que poderiam ser melhoradas, quando se trata de aumentar a eficiência energética no aquecimento e arrefecimento da sua casa, é através da realização de uma auditoria à eficiência energética.

Uma auditoria à eficiência energética envolve a verificação da sua casa a fim de encontrar áreas que podem estar a provocar uma diminuição da eficiência energética da sua casa, por exemplo, áreas onde o ar quente e frio pode estar a ser perdido, fazendo com que os seus sistemas de aquecimento e de arrefecimento usem mais energia e, com isso, aumentem a sua conta de eletricidade.

Ao realizar uma auditoria à eficiência energética à sua casa, os primeiros lugares que deve olhar são à volta das portas e janelas. Portas e janelas mal vedadas têm um enorme impacto sobre eficiência energética e sobre a quantidade de energia que usa na sua casa.

Encontrar essas áreas problemáticas e repará-las é o primeiro passo a dar para a redução das quantidades de energia que consome e, tornando-se assim, mais amigo do ambiente no que toca ao aquecimento e arrefecimento da sua casa.

Tornar-se amigo do ambiente nem sempre implica produzir a sua própria energia, mas implica fazer escolhas inteligentes quando se trata da energia que usa, a fim de aumentar a eficiência energética e provocar uma diminuição na quantidade de energia consumida.

Novas tecnologias vão modificar a forma como consumimos energia elétrica

Setor debate as ações necessárias para preparar a regulação e os negócios para essa nova realidade.


O surgimento e a popularização de novas tecnologias estão transformando a indústria de energia elétrica mundial e forma como a sociedade consome eletricidade. Essas novas tecnologias foram batizadas de recursos energéticos distribuídos. Na prática, elas permitem que o consumidor assuma um papel mais ativo e o setor elétrico brasileiro precisa se preparar para essa transformação. Nesta quarta-feira, 3 de outubro, os agentes do setor estiveram reunidos em São Paulo para debater as ações necessárias para preparar a regulação e os negócios para essa nova realidade.

“O que se fala lá fora é que em algum momento toda a estrutura do setor elétrico vai mudar”, disse João Carlos Mello, presidente da consultoria Thymos Energia, durante 7º Encontro Nacional de Consumidores de Energia, evento promovido pelo UBM/Grupo CanalEnergia. “Portanto, precisamos debater sobre como avançar na regulação para abraçar esse novo consumidor”, completou.

No modelo atual, o consumidor é passivo; sua ação rotineira é apertar o interruptor e honrar com o pagamento da conta de luz no final do mês. Com barateamento das tecnologias de produção de energia individual e de armazenamento, a tendência é que o consumidor será mais independente da concessionária local, passando a gerir o seu consumo com mais eficiência, por tanto, por um custo menor.

“O setor que já vivencia mudanças significativas e não tenho dúvida que passará por novas mudanças no futuro, principalmente por conta das novas tecnologias de armazenamento de energia, veículos elétricos e o desenvolvimento das smart grids. Esses avanços tecnológicos vão conduzir para uma mudança no papel do consumidor, com uma gestão mais ativa”, disse Rodrigo Limp, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão responsável pela regulação e fiscalização do setor elétrico no Brasil.

O termo smart grid se refere a um conjunto de tecnologias de monitoramento da rede elétrica que permite uma troca intensa de informações entre concessionária e consumidor. Em posse desses dados, diversas ações estratégicas podem ser tomadas em prol de um setor elétrico mais ágil e eficiente.

Atualmente existem diversas formas para o consumidor produzir sua própria energia. A mais tradicional é o uso de geradores que queimam combustíveis fósseis. Porém, esses geradores ocupam espaço, emitem ruídos e gases de efeito estufa. Hoje, com a redução de custos da tecnologia fotovoltaica, milhares de consumidores brasileiros estão instalando placas solares em suas casas, comércios e indústrias – produzindo energia limpa e pagando menos impostos.

Segundo a Aneel, existem atualmente 39,5 mil unidades consumidoras que produzem sua própria energia, representando uma capacidade instalada de 478 MW, o equivalente a uma hidrelétrica de médio porte. Limp informou que isso significa que para cada 2 mil unidades consumidoras brasileiras, pelo menos uma tem um sistema de produção de energia individual. “Na Austrália, é um gerador distribuído para cada seis consumidores. Temos muito em que avançar”, disse.

A Aneel vem adaptando suas regras para permitir a penetração dessas novas tecnologias, sempre com o cuidado de preservar o equilíbrio entre os diversos negócios existentes. Estão regulamentados temas como geração distribuída, recarga de veículos elétricos, pré-pagamento de energia, o uso de medidos eletrônicos, sendo que outras ações estão em andamento.

Neste momento, o setor brasileiro discute a abertura do mercado livre. Nesse mercado, o consumidor pode escolher o fornecedor de energia. Esse serviço já está disponível para consumidores com grandes demandas de eletricidade, como a indústria de automóveis, química e mineradoras.

Segundo Talita Porto, conselheira da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), há 12.530 unidades consumidoras no mercado livre. Por outro lado, o Brasil tem 83 milhões de unidades consumidoras no mercado cativo, situação em que o consumidor é atendido pela concessionária local.

O consumo do mercado de energia no Brasil soma 63.174 MW médios, sendo que 19.050 MW médios é a fatia do mercado livre, ou, 30% do consumo total. Mantidas as regras atuais, há estudos indicando que o mercado livre poderia chegar até 46% do consumo nacional.

Fonte: Agência CanalEnergia - Wagner Freire

Pequenas atitudes para economizar energia geram grandes resultados

A energia é um recurso indispensável e de grande importância para todos, mas deve-se pensar em seu uso de forma inteligente e sustentável. Tanto com o intuito de preservar o meio ambiente como também para a economia financeira.


Uma das melhores opções quando se fala em economia de energia são as lâmpadas de LED, que geram economia de até 80%, o que proporciona um grande custo-benefício. Além de proporcionar qualidade, este tipo de lâmpada oferece uma iluminação totalmente planejada para o seu ambiente ficar harmônico.

Embora essa seja uma das melhores alternativas, há outras formas de economizar a energia e gerar redução na conta de luz. Pequenas atitudes e mudanças em seus hábitos no dia a dia podem ajudar nesta missão de economizar luz elétrica. E claro, o seu bolso agradece, e o planeta, principalmente.

Confira dicas simples e faça a diferença:

DENTRO DE CASA
  • Evite tomar banhos longos, tente tomá-los por no máximo 10 minutos. E no caso do chuveiro queimar ou quebrar, não faça gambiarras, conserte-o, pois remendos consomem mais ainda a energia;
  • Não deixe as luzes dos cômodos acesas sem necessidade;
  • Aproveite a luz do dia, deixe as cortinas e portas abertas;
  • Pinte e decore as paredes interna, e também os tetos, com cores suaves e claras. Elas refletem e espalham luz para o ambiente;
  • Opte por cortinas brancas, elas clareiam o ambiente;
  • Deixe sempre limpos os lustres e globos transparentes para que a potência das lâmpadas seja bem aproveitadas;
  • Troque as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, pois elas duram mais e consomem menos energia;
  • A máquina de lavar roupa e o ferro consomem muita energia, por isso, espere acumular roupas e faça o trabalho em uma única vez;
  • Caso você possua ar-condicionado em casa, mantenha os filtros sempre higienizados;
  • Ainda sobre o ar-condicionado, use o termostato para regular a temperatura e evitar a sobrecarga do aparelho;
  • Tente evitar ao máximo colocar o fogão e a geladeira próximos, juntos podem interferir no consumo de energia;
  • Sempre mantenha a borracha de vedação da geladeira em bom estado;
  • No inverno, regule a temperatura da geladeira ajustando o termostato, isso evita o desperdício. E não forre as prateleiras, isso evita o esforço redobrado do eletrodoméstico;
  • Tente evitar ao máximo deixar a geladeira aberta por muito tempo, pois quanto mais tempo aberta, mais demorado será o processo de resfriamento dela;
  • Em dias secos, evite usar umidificadores elétricos, opte por panos úmidos pendurados no recinto e uma bacia com água;
  • Não deixe seus aparelhos eletrônicos em stand by, apesar de desligados podem representar um gasto mensal de até 12%;
  • Por fim, quando for viajar, desligue a chave geral da sua residência para não gastar energia de forma desnecessária.

FORA DE CASA
  • Que tal instalar um sistema solar de aquecimento de água para abastecer toda sua casa?;
  • Utilize fotocélulas em ambientes externos para que as luzes acendam somente a noite. (As fotocélulas detectam presença de movimento).

NO SEU TRABALHO
  • Nunca use papéis novos para rascunho, prefira os usados;
  • Prefira aparelhos que consumam menos energia, como notebooks, computadores, impressoras e copiadoras.
  • Nunca esqueça de desligar o monitor do computador ou colocar a máquina em modo economia de energia quando não estiver no ambiente;
  • Para finalizar, ao final de todo expediente, tire os aparelhos das tomadas.
  • Anotou as dicas? Comece hoje mesmo a economizar e ajude o nosso planeta!


Brasil caminha para ter a energia mais cara do planeta

Erros na política energética, altos impostos e estiagens recorrentes oneram tarifas no Brasil, tirando a competitividade da indústria e dificultando a retomada do crescimento.

Emerson Nogueira, diretor da OKE do Brasil. Empresa produz componentes de bancos automotivos e tenta otimizar processos para não sentir a conta da Copel. Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Há uma luz no fim do túnel, mas bem mais cara do que a que pagamos hoje. Uma sucessão de erros na política energética do Brasil nas últimas décadas e a sanha arrecadatória do governo federal e dos governos estaduais resultaram em uma das tarifas de energia mais caras do mundo, com tendência de agravamento para os próximos anos. Não é só o bolso do consumidor que sente: com o insumo tão caro, a produtividade e a competitividade das indústrias caem, afetando a retomada do crescimento que o país tanto persegue.

O cenário é preocupante porque o valor das indenizações que precisam ser pagas às concessionárias de transmissão que aderiram à Medida Provisória n.º 579 de 2012 já vão onerar as tarifas entre 5% e 7% até 2025. O valor pago pelos consumidores é para ressarcir investimentos feitos por empresas que aderiram à renovação antecipada de contratos, em um programa polêmico para reduzir as tarifas lançado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Além disso, o uso constante de usinas térmicas pela estiagem recorrente dos últimos anos pressiona por novos aumentos. O estudo mais recente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) sobre o custo de energia, de 2017, apontava que a energia do Brasil era a quinta mais cara do mundo. Se não forem feitas grandes alterações no setor, ela se tornará a mais cara, apontam fontes ouvidas pela reportagem.

De 13 reajustes a concessionárias concedidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2018, o percentual médio ficou em 15,22%, bem acima da inflação dos últimos meses. A inflação oficial (IPCA) do período entre julho de 2017 e maio de 2018 ficou em 2,68%. O maior impacto foi sentido pelos consumidores da Cemig, de Minas Gerais, com um efeito médio de 23,19% nos seus 8,3 milhões de unidades atendidas. Esse percentual, na verdade, corresponde à revisão periódica da companhia, realizada a cada cinco anos. Em março, durante discussão sobre a tarifa da Cemig, o próprio diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, admitiu que o valor das tarifas tem assumido um “patamar preocupante”.

Copel não é tão culpada assim pelos reajustes

Na Copel, que atende cerca de 4,5 milhões de unidades, o reajuste anual que está em vigor desde o último dia 24 teve um impacto médio de 15,99%, um pouco acima da média. A Light, no Rio de Janeiro, com 3,9 milhões de consumidores, teve reajuste médio de 10,36% em 2018; a Celpe, de Pernambuco, com 3,7 milhões de clientes, 8,89%; e a Enel, do Ceará, com 3,4 milhões de unidades, aumento médio de 4,96% na tarifa.

Entretanto, a Copel é a “menos culpada” pela alta recente da tarifa, ressalta João Arthur Mohr, gerente dos Conselhos Temáticos e Setoriais da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Do percentual médio de 15,99%, apenas 0,31% correspondem aos custos diretamente gerenciáveis pela companhia, que compõem a chamada “parcela B”. Na “parcela A” entram o custo de aquisição de energia, o custo com transporte de energia e encargos setoriais, com contribuição de 7,49%. O peso maior, porém, vem dos “componentes financeiros”: 8,19%, que englobam a variação cambial da energia de Itaipu e subsídios sociais.

“A situação está ruim e vai piorar, com um aumento de até 7% na energia, para pagar a indenização, independentemente de inflação. Se a inflação for de 3%, vamos pagar quase 10% de aumento na energia, tirando a competitividade da indústria e afetando o poder aquisitivo de todo o mundo”, afirma Mohr. Ele lembra que a primeira parcela da indenização foi cobrada em 2017, mas, como os custos da energia caíram, o baque foi pequeno. “Na verdade, era para ter redução de 2%, mas com os 7%, pagamos 5% de aumento. Como a inflação foi de 4%, estava próximo, pouca gente se importou”, destaca.

O fato é que o consumidor terá de pagar pelos erros da política energética implantada por Dilma, não há escapatória. Mas há também problemas mais antigos e outros recentes, praticados na gestão de Michel Temer. Um deles é o pagamento de outorgas em leilões de energia para definir o vencedor de uma licitação. Mohr critica a destinação do dinheiro arrecadado: o caixa único da União. “O governo federal fica feliz da vida quando há um leilão e consegue R$ 6 bilhões ou R$ 7 bilhões. Mas esse valor depois é cobrado do consumidor. 

Cada um de nós paga isso na tarifa, vai estar embutido no preço”, diz. No caso da Copel, isso representou 3,5% do reajuste. O setor produtivo do Brasil reivindica mudanças: quer que o valor da outorga seja direcionado à redução dos custos. No Congresso, conseguiram um projeto de lei que garante apenas 33% do que arrecadado em leilões; outros 33% seriam destinados à Eletrobras, para saneamento do caixa, e o restante para o Tesouro. “Estamos pagando pela ineficiência da Eletrobras e pela ineficiência do governo”, dispara Mohr.

Outro pedido das entidades reunidas sob o guarda-chuva da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é a retirada de subsídios sociais da conta da luz, que mantém programas como Luz para Todos, irrigação rural e as tarifas para famílias de baixa renda. No caso da Copel, por exemplo, os subsídios representaram 3,46% do reajuste. “Não somos contra, mas a cobrança está no lugar errado, na conta de luz, que deixa todos os produtos mais caros. Se tirar essa parcela, os produtos ficam mais baratos, as indústrias fabricam mais, há mais emprego e renda, e com a arrecadação de mais Imposto de Renda, o governo consegue dar os subsídios necessários”, diz o gerente da Fiep.

Redução de impostos sobre energia é urgente

Seguindo esse mesmo raciocínio, a indústria brasileira pede a diminuição de tributos incidentes sobre a energia elétrica. “O ideal seria que o Brasil fizesse como o Paraguai, que não está cobrando impostos, só o custo da geração, transmissão e distribuição, com redução de 50% no valor. O produto fica barato, gera emprego e impostos. Esses impostos gerados é que são usados para benefícios sociais. Provoca um círculo virtuoso na economia”, opina Mohr. As entidades sugerem uma redução gradual ano a ano dos impostos.

Os governadores também têm um papel crucial para o barateamento da energia elétrica. “Cada estado pratica uma alíquota, tem liberdade para atuar. Atualmente o Rio de Janeiro cobra 32% de alíquota de ICMS na faixa de consumo médio da indústria, em uma conta complexa. É um peso altíssimo. Minas Gerais, por exemplo, aplica 18%”, diz a especialista de Estudos Econômicos do Sistema Firjan, Tatiana Lauria.

No Paraná, a alíquota de ICMS sobre a energia é de 29%, uma das mais altas do Brasil. A Fiep reivindica uma mudança nesse porcentual, com o argumento de que o caixa estadual não perderá arrecadação. “Digamos que a energia custasse R$ 100, e desses, R$ 29 iam para o governo. Com o aumento médio de 16% na tarifa, o governo passa a arrecadar R$ 33,60. Então, se reduzir a alíquota para 25%, vai manter a mesma arrecadação que tinha, e ajuda o setor produtivo”, diz Mohr.

Chuvas

As usinas hidrelétricas (UHEs), fontes limpas e renováveis de energia, representam cerca de 70% da oferta de eletricidade no Brasil. Mas, atualmente, os 220 empreendimentos em operação respondem por 60,36% da geração, conforme o Banco de Informações da Aneel. Os períodos de estiagem, que foram mais críticos em 2014 e 2015, mas que também estão se repetindo agora em 2018, prejudicam o sistema, que precisa ser abastecido por usinas térmicas (UTEs), as quais ofertam energia ainda mais cara – e poluente, na maioria dos casos. Há cerca de 3 mil UTEs em operação atualmente, com participação de 26% na matriz elétrica.

Agora em junho de 2018, a bandeira tarifária do mês é vermelha, no patamar 2, justamente a mais cara, por conta do fim do período úmido no Sul do Brasil, o que eleva o risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto prazo. Isso significa acréscimo de R$ 5 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido. A sistemática das bandeiras tarifárias foi implantada a partir de 2015, com o objetivo de melhorar a transparência e conscientizar o consumidor sobre a importância da redução do consumo. A bandeira vermelha vigorou ininterruptamente de janeiro de 2015 a fevereiro de 2016; depois, em alguns meses esparsos de 2017, retornando agora, em junho.

O consumidor, na verdade, é duplamente penalizado pelo GSF: além de pagar a bandeira nos meses mais críticos de estiagem, a cada revisão anual de tarifas é onerado pelo maior custo da aquisição da energia. Também fruto da MP 579/12 de Dilma Rousseff, as usinas que renovaram as concessões passaram a ser responsáveis apenas pela manutenção das hidrelétricas; o risco hidrológico passou para o consumidor. Na época, o governo federal estimava reduzir as tarifas, mas sem controle sobre o volume de chuvas, o tiro saiu pela culatra, pela necessidade de se adquirir energia de outras fontes. Esse aumento de custos aparece na “parcela A” da tarifa.

O especialista em energia Ivo Pugnaloni, presidente do grupo Enercons, lamenta também a falta de planejamento de longo prazo no setor energético. Ele destaca a morosidade com que foram tratados os projetos das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) dentro da Aneel. “Nos últimos anos, cerca de 7 mil megawatts (MW) de projetos de PCHs foram disponibilizadas para construção. Estavam travadas por procedimentos inadequados, irregulares, detectados pelo TCU [Tribunal de Contas da União] em acórdão. A superintendência que era responsável por essa atividade e esse atraso foi extinta, e aí as coisas começaram a fluir de forma adequada”, observa.

Com mais usinas hidrelétricas, mesmo pequenas, não seria necessário o ligamento de tantas térmicas. Hoje, as PCHs respondem por apenas 3,17% da energia. Entre as energias renováveis, a eólica tem ganhado destaque, com 8% de participação. Outra “barreira” para as PCHs, diz Pugnaloni, é o interesse dos governos em arrecadar mais tributos. “A usina hidrelétrica funciona com água. Não é importada. Não paga ICMS para governos estaduais. O custo médio de geração de uma termelétrica é seis vezes mais do que a de uma PCH, mas há outros interesses”, afirma.

Custo Brasil e a energia elétrica

Os derivados de petróleo servem de insumo para cerca de 30% da energia gerada pelas usinas termelétricas, segundo dados da Aneel. Essa opção se reflete no aumento de custos para a indústria, sintetiza Pugnaloni. “Falta competitividade aos nossos produtos. Aí a culpa é colocada nos funcionários públicos, que são preguiçosos, é colocada no meio ambiente, nos órgãos do meio ambiente, defensores do meio ambiente e não é colocado no combustível que está sendo usado para geração de energia, que é o combustível fóssil”, critica.

Para o diretor da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK-PR), Andreas Hoffrichter, as deficiências na infraestrutura energética se somam a outros problemas estruturais que elevam o chamado “custo Brasil” e afastam o interesse de investidores estrangeiros. Além do alto custo do insumo, a oferta não é regular, aponta. “Os leilões de energia não são muito comuns. Uma vez que a oferta é pequena, os preços ficam muito altos. Na Alemanha, a energia custa um terço do que pagamos aqui. E temos grande ineficiência energética no Brasil. 

Grande porcentagem de perdas, em qualquer das fases, na geração, na distribuição e no consumo”, lamenta. Segundo ele, o país poderia tirar vantagem da sua matriz elétrica, da qual quase 70% é de fontes renováveis: hidrelétricas, eólicas, solar, cana-de-açúcar e outras fontes vegetais. “Mas quase tudo é hídrico, e metade das usinas são a fio d’água, não têm oportunidade de armazenar e por isso dependemos muito da temporada de chuvas. Como não dá para contar com isso, precisamos das termelétricas.

Hoffrichter também destaca a disparidade entre alíquotas de ICMS nos estados: “O Paraná é um dos estados que tem alíquota mais alta, e alguns cobram apenas 11%. Dependendo da região há energia mais cara ou barata, um fator crucial de competitividade”. A carga tributária total, em torno de 35% do consumo, é outro componente do custo Brasil, aponta, com efeitos diretos e indiretos. “Temos que não só arcar com o valor, mas também administrar. Na Alemanha, uma empresa gasta em torno de 260 horas de trabalho para cuidar dos impostos. No Brasil precisamos de no mínimo 2.660 horas, dez vezes mais”, compara.

Mudanças importantes no setor energético estão contempladas no novo marco regulatório do setor, em trâmite no Congresso Federal. Mohr, da Fiep, diz que o projeto já poderia ter sido votado, mas os parlamentares têm receio das consequências eleitorais. “O texto prevê fim de subsídios na conta de luz, para que sejam contemplados em outras frentes, mas os adversários políticos acabam se aproveitando e por isso há pouco interesse em votar.

Tatiana, da Firjan, pondera que, com mais tempo, a sociedade pode se informar melhor sobre o tema: “Pode haver mais debates, para que as soluções propostas fiquem mais transparentes e todos entendam a necessidade de mudanças. Mas é preciso a aprovação, para que se inicie uma nova fase no setor e tenhamos melhoria no longo prazo, porque no curto prazo não há muito o que fazer”.

REIVINDICAÇÕES

O que o setor produtivo pede:

– Votação do novo marco regulatório da energia no Congresso;

– Diminuição dos impostos incidentes, para incentivar a produção e consumo e, com isso, aumentar a arrecadação;

– Retirada de subsídios da conta de luz, também com a intenção de impulsionar a atividade econômica e investir na área social com o aumento da arrecadação;

– Pagamentos de outorga em leilões de energia 100% direcionados para redução de custos na geração, transmissão e distribuição;

– Parcelamento do reajuste de energia ao longo de seis meses;

– Redução da alíquota de ICMS de 29% para 25% no Paraná, de forma a manter a arrecadação estadual no mesmo patamar de antes do reajuste da tarifa da Copel.

Empresas buscam alternativas, como a indústria 4.0

A OKE do Brasil, multinacional fabricante de bancos automotivos instalada em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, está em momento de recuperação. A linha de produção opera em três turnos, de segunda a sábado, com cerca de 90 colaboradores. Isso significa máquinas ligadas quase ininterruptamente, com gasto de energia constante. Com o reajuste das tarifas da Copel no último dia 24, de 17,55% para consumidores industriais e de alta tensão, significa também mais custos.

“É difícil absorver, mas é o jeito, já que não há como repassar aos clientes, ainda mais em um mercado recessivo”, conta o diretor da empresa, Emerson Nogueira. O aumento da produção, em torno de 40% em 2018, é sustentado pelo aumento de exportações, um movimento facilitado pela alta do dólar. Não há como elevar os preços sem perder espaço, diz ele.

Para reduzir custos, a fábrica se utiliza dos recursos da indústria 4.0, isto é, otimização da produção com base em informações em tempo real da linha de produção. Outra frente de atuação são estudos para entrar no mercado livre de energia, sem dependência de concessionárias. Para isto, é preciso um grande consumo energético. “O mercado livre tem volatilidade, então precisamos analisar bem as vantagens e desvantagens. Mas, com o reajuste recente, já existe uma viabilidade para deixar a Copel”, conta. A empresa também espera uma redução nos impostos, já que não há muita margem para somente absorver custos.

A Laminort, indústria de lâminas com fábrica em Curitiba, onde faz a classificação do produto, também não tem como repassar aumento de custos para seus clientes, conta o gerente de comércio exterior Anderson Kroker. “Hoje o custo com energia gira em torno de 15% a 17% dos custos, com a nova tarifa chegará a 20%. Mas não tem como aumentar o preço, 80% do faturamento vem do exterior, e o cliente quer preço competitivo, não quer saber dos nossos problemas internos”, diz. A Laminort tem uma linha de beneficiamento no Pará, onde a energia tem um custo aproximado de 25%. “Lá já existe um projeto de energia solar, com retorno de três a quatro anos do investimento, mas no Paraná para viabilizar uma alternativa ainda não vale a pena”, diz.

Uma alternativa que ganhou um atrativo econômico no Paraná é a instalação de painéis fotovoltaicos, segundo João Arthur Mohr, gerente dos Conselhos Temáticos e Setoriais da Fiep. Em maio, o governo do Paraná aderiu ao Convênio ICMS 16/15, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que dá isenção do imposto incidente sobre fornecimento de energia elétrica produzida por mini e microgeração. “Uma instalação de painel fotovoltaico em casa se paga em quatro anos com a economia de energia. Há alguns requisitos técnicos, mas vale bastante a pena, e é uma alternativa para todos os consumidores em geral”, explica ele. A isenção vale também para projetos de energia eólica, hídrica e de biomassa.

O escritório de advocacia Andersen Ballão aderiu às placas fotovoltaicas no fim de 2016, com o objetivo principal da sustentabilidade ambiental, conta o sócio-fundador, Wilson José Andersen Ballão. “Sempre tive curiosidade de saber se poderiam ser aplicadas de forma não industrial. Sendo ou não indústria, poluímos, usamos bastante ar condicionado. Encontrei uma possibilidade quando ampliamos o escritório. Tinha planos de fazer um terraço verde, mas vi a possibilidade de colocar uma pequena usina fotovoltaica, fizemos um estudo e fomos para a frente”, relata.

Ballão conta que o escritório trabalha com várias multinacionais da Europa, que dão grande importância às questões ambientais, e que a instalação da mini usina causa impacto positivo sobre os clientes. No período, o escritório deixou de jogar no ar 4 toneladas de CO2 e, a cada mês, consegue uma economia de 30% na conta de luz. “Hoje nosso gasto mensal é de R$ 1.500. Sem a usina, seria de R$ 2.100, pelo menos”, conta. Ele destaca que hoje o custo de um projeto de painel fotovoltaico custa metade do valor do que alguns anos atrás, reforçando a viabilidade econômica da geração de energia mais limpa.

Há diversas classes de consumo de energia elétrica. Os maiores valores recaem sobre indústria e residências. Na média do Brasil, o reajuste acumulado não é tão alto por causa das diferentes alíquotas de ICMS aplicadas pelos governos estaduais.

Tarifas médias no Brasil

Em R$/MWh por classes de consumo:


Paraná

No Paraná, que tem uma das alíquotas de ICMS mais altas (29%), o custo da energia subiu bem acima da inflação. Veja as tarifas médias com impostos (federais e estaduais):
Residencial

Tarifas médias (R$/MWh) por classes de consumo:


Industrial

Tarifas médias (R$/MWh) por classes de consumo


Variação

No Paraná


Fonte: Gazeta do Povo