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GERADOR DE ENERGIA REENGE - ENERGIA VERDE




O Gerador Síncrono

O REENGE é um Gerador de Energia portátil e autônomo que não polui o meio ambiente por não utilizar combustível. Possui sistema de controle de rotação indutivo, para economia de energia inteligente. Fácil manutenção, armazenamento, com rodas para melhor manuseio. Indicado para locais sem energia de rede, podendo atuar como fonte suplementar ou principal. 

Excelente para ser usado em produtos eletrônicos que exijam estabilidade de energia. possibilitará a geração de energia renovável através do não consumo de fontes fosseis, transferindo essa energia para utilização na própria edificação quando necessária e devolvendo para a rede elétrica o excedente gerado, conectando na Rede Pública nos padrões de Geração de Energia Distribuída de acordo com a regulação da ANEEL, com o uso de um Painel de Transferência de Energia, assim, reduzindo a conta de luz com uma energia limpa e sustentável.

O Conceito

Na busca de desenvolver um gerador infinito, que todos sonham, ainda enfrentando barreiras técnicas para obter o gerador ideal. Baseado em fontes de energias limpas, temos geradores de alto rendimento, como solar, eólicas e hídricas. Estes geradores possuem matrizes de geração não constantes, tornando assim, a geração sazonal, partindo da eficácia dos geradores síncronos eletromagnéticos – usados na eólica – partimos para resolver o problema da fonte matriz. Que deve ser limpa, constante e de fácil acesso, a solução para resolver a diferença entre a potencia real da elástica, foi usar uma fonte de energia de corrente continua com bateria recarregável, tornando assim a fonte constante, a potencia elástica próximo a nula e o coeficiente de arrasto do gerador próximo a relação 0,25j / 1,5W.

A proporção Joule / Watt, permitiu gerar tensões continuas de 12V com correntes próximas a 200A, o que possibilitou criar um gerador continuo como fonte limpa de energia, e cuja longevidade está próxima de cinco anos.

No diagrama em bloco temos a seguintes disposições:

1 – Motor elétrico 12 V – Matriz.

2 – Bateria de partida para tirar gerador da inercia (Start)

3 – Gerador Assíncrono modelo Gaiola com rotor Magnético.

4 – Circuito Eletrônico (Mosfet) para Transformar CC em AC.

5 – Transformador de Potencia In = 12V / 200A out = 220V 18A.

*Potencia R.M.S. de 2400W – Vale lembrar que na transformação elevatória a potencia de entrada é muito próxima a da saída.











Os preços dos sistemas fotovoltaicos caíram 8% no Brasil no primeiro semestre do ano

A capacidade instalada cumulativa de instalações fotovoltaicas de até 5 MW de energia atingiu 958 MW no Brasil, segundo a consultoria Greener. Cerca de um terço dessa capacidade foi instalada no primeiro semestre deste ano. A maioria dos projetos de geração distribuída está sendo realizada com módulos PERC e meia célula.

Segundo relatório elaborado pela consultora brasileira Greener, os preços dos projetos fotovoltaicos no telhado e outros projetos fotovoltaicos de geração distribuída continuam em queda no Brasil.

Na primeira metade do ano, a capacidade total implantada de projetos fotovoltaicos de até 5 MW de tamanho foi de 366,2 MW. Isso foi suficiente para elevar a energia instalada cumulativa da geração de energia solar distribuída (DG) para 954,6 MW no final de junho, que quase igualou os 393,5 MW de capacidade solar em pequena escala adicionados ao longo do ano passado .

Os estados com maior potência instalada continuam sendo Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.

As importações de módulos e investidores continuam crescendo

O relatório também indica que 1.267 MW de painéis fotovoltaicos foram enviados ao Brasil no primeiro semestre, um aumento de 24% em relação ao volume que chegou no mesmo período do ano passado. Segundo o relatório, as importações trimestrais foram muito mais evidentes no segundo trimestre, quando atingiram cerca de 762 MW.

Os módulos policristalinos ainda representam 69% das importações de painéis, seguidos pelos módulos policristalinos PERC, com uma participação de 14%, e os módulos mono e mono padrão PERC padrão, com cotas de 11% e 6%, respectivamente.

Greener também relata um crescimento de 154% nas importações dos investidores, de 412 MW no primeiro semestre do ano passado para 1.069 MW no mesmo período de 2019. Analistas afirmaram que o aumento acentuado deveu-se principalmente ao segmento de a geração distribuída, na qual, no ano passado, foram enviados mais dispositivos produzidos no Brasil.

Os preços continuam caindo

O relatório acrescenta que a redução de custos no segmento de geração distribuída permaneceu constante, pois os preços médios caíram mais 8,9% durante o primeiro semestre.

O preço médio do projeto de 4 kW, por exemplo, caiu de BRL 5,23 (US$ 1,30) /Wp em janeiro para BRL 5/Wp em junho. Desse valor, BRL 1,89/Wp corresponde ao preço do sistema solar e o restante BRL 3,11 é representado pelos custos de instalação.

Para um sistema de 50 kW, o preço caiu de BRL 4,05/Wp para BRL 3,66, enquanto para uma instalação de 1 MW, a conta foi reduzida de BRL 3,62/Wp para BRL 3,26.

O governo brasileiro está apoiando a geração distribuída por meio do Contrato 16/15 (Contrato ICMS 16/2015), que isenta os proprietários de sistemas solares com capacidade de geração de até 1 MW para pagar o imposto estadual sobre as vendas de ICMS sob o regime de medição líquida, que é aberto a projetos de não mais de 5 MW.

O regulador nacional de eletricidade, ANEEL, pretende instalar 886,7 23 sistemas solares sob as regras de medição líquida até 2024.

Nova série de leilões de energia solar no Brasil ofereceu muita clareza ao setor

O número de mercados que registram os números de instalação da escala GW a cada ano cresceu de apenas três em 2010 para quase 20 em 2019. Imagem: revista pv / Martin Markstein

O Ministério das Minas e Energia do Brasil (MME) decidiu que a PV pode participar nos dois leilões de energia planejada (os leilões A-4 e A-6) este ano, ao mesmo tempo em que prevê um calendário claro para os leilões a serem realizados em 2019. 2021, para um total de seis leilões. Este é um claro afastamento das decisões anteriores do ministério de permitir que a PV participe em apenas um dos leilões realizados em 2018 - o A-4.

Embora o leilão A-4 deste ano possa ter uma capacidade atribuída menor do que no ano passado, em que cerca de 800 MW de capacidade foram alocados, os dois leilões combinados devem entregar consideravelmente mais de 1 GW de nova capacidade. A associação solar local ABSOLAR recomendou pelo menos 2 GW.

Mas capacidade não é tudo. Ambos os leilões também podem oferecer preços finais mais baixos em comparação aos R$ 118 / MWh (US$ 35,20 na época, agora US$ 30,40) da rodada anterior. O leilão A-6, com prazo de seis anos para o comissionamento de projetos, pode ser particularmente interessante em termos de sinais de preços nos mercados fotovoltaico brasileiro e latino-americano.

Um novo aspecto dos leilões deste ano será o tipo de contratos que a energia solar receberá. O governo brasileiro decidiu que os PPAs serão concedidos “por quantidade” em vez de “por disponibilidade”, como nas rodadas de aquisições anteriores. O contrato de quantidade, diferentemente do contrato de disponibilidade - no qual o risco é assumido pelo comprador da eletricidade - é um acordo financeiro padrão. O contrato de disponibilidade exigirá que os geradores de energia apresentem lances em BRL / kWh. O risco de entrega física, anteriormente assumido pelo despachante central do ONS, será assumido pelos proprietários das usinas. Isso significa que o PV suportará mais riscos, mas isso também pode ser visto como mais uma prova da maturidade da tecnologia.

Boas notícias para os negócios de energia solar em larga escala não vêm exclusivamente do lado do leilão. De acordo com a ABSOLAR, associação local de energia solar, vários PPAs privados para projetos de energia solar em escala pública já foram assinados. Embora a ABSOLAR não forneça detalhes sobre esses PPAs ou sobre as partes envolvidas, a associação alega que existem acordos para centenas de megawatts de capacidade que já foram assinados, com contratos que abrangem de 10 a 15 anos.

Mas este é apenas mais um exemplo das múltiplas opções que o mercado brasileiro de energia pode oferecer aos desenvolvedores e investidores de energia solar no próximo ano. Um modelo de negócios emergente interessante pode estar reservando parte da capacidade de um projeto para venda em leilão, com o restante reservado para negociar eletricidade no mercado livre, presumivelmente a preços mais altos.

Enquanto isso, projetos de geração distribuída, que no Brasil incluem todas as instalações solares de medição líquida de até 5 MW, também continuarão a gerar mais volume e preços de instalação mais baixos. Embora o governo esteja agora planejando reduzir as tarifas líquidas de medição, planeja introduzir limites de capacidade onde a rede está mais congestionada. Se implementadas, essas medidas poderiam estender o período de retorno dos sistemas de GD de cinco para seis anos, de acordo com cálculos feitos pela consultoria local Greener. Isso provavelmente fará pouco para deter o maior crescimento da energia solar nos telhados do Brasil. Enquanto isso, o Brasil se tornou o segundo maior mercado da América Latina em março, depois de atingir o marco de 2,5 GW.

Solar por US$ 17,30 / MWh no leilão do Brasil: é um recorde mundial?

Os analistas examinaram o resultado do recente leilão A-4, que entregou, em teoria, o preço mais baixo do mundo para energia solar a partir de um exercício de aquisição de energia. As duas usinas em questão, no entanto, venderão 70% e 50% de sua produção fora do negócio de energia assinado no leilão.

As vendas de energia fora do PPA negociado turvaram as águas quando se trata de determinar se o Brasil estabeleceu um novo marco.

O mais recente leilão A-4 do Brasil , realizado em 27 de junho, teoricamente produziu a menor oferta de eletricidade já registrada para projetos de energia solar em larga escala em um leilão de energia - surpreendentes US $ 0,0173 / kWh. Esse resultado, no entanto, não teve a mesma ressonância de outros registros registrados na América Latina e no Oriente Médio e suscitou preocupações no setor solar brasileiro.

Associação doméstica PV ABSOLAR disse que o leilão produziu preços médios fora dos níveis de referência para a energia solar no Brasil ea organização também destacou os menores volumes de energia solar contratada garantida pela contratação, em comparação com os leilões anteriores.

A principal razão para questionar a validade do 'recorde mundial' é o fato de os dois projetos fotovoltaicos envolvidos venderem pelo menos metade da energia gerada para o Mercado Livre de Energia Elétrica - o Mercado Livre de Energia Elétrica - onde a eletricidade é comercializada entre os geradores. e offtakers livres das taxas contratadas estabelecidas no leilão. Esse valor recorde se aplica apenas à proporção de energia gerada por cada projeto que é fornecida ao Mercado de Energia Elétrica - o Mercado Regulado de Energia Eléctrica.

Os projetos vencedores

Um dos projetos recordistas foi a instalação solar de 40 MWac Jaibes planejada para o estado de Minas Gerais e de propriedade da fabricante canadense canadense de módulos solares Canadian, que ofereceu uma oferta final de BRL73,60 / MWh (US $ 19,60). Esse preço, no entanto, estará relacionado apenas à metade da energia gerada, com o saldo vendido sob um contrato privado de compra de energia (PPA) de longo prazo para um cliente não especificado - provavelmente a um preço mais alto.

O segundo projeto de manchete - a usina solar de 163 MWm Milagres para o estado do Ceará - foi selecionado em virtude de uma oferta de BRL64,99 / MWh (US $ 17,30). Essa planta venderá apenas 30% de sua produção na tarifa acordada no leilão, o restante será vendido no Mercado Livre de Eletricidade.

Enquanto os beneficiários que recebem energia pela tarifa baixa serão satisfeitos - e o governo se orgulhará de sua conquista -, não está claro se a indústria solar global considerará US $ 17,30 (US $ 0,0173 / kWh) um novo marco genuíno.

Uma combinação de fatores

De acordo com Marcio Takata, CEO da consultoria brasileira Greener, os baixos preços finais foram o resultado de um grande aumento na competitividade observado no leilão, que viu o volume de geração de energia de projetos pré-selecionados subir de 20 GW no ano passado A-4. leilão para 26 GW. Ao mesmo tempo, a quantidade de capacidade de geração de energia solar alocada caiu significativamente, de cerca de 800 MWac para cerca de 200 MWac.

O CEO da Greener, Marcio Takata.

"Esses dois fatores combinados foram muito importantes para a redução de preço que levou a ofertas tão baixas", disse Takata à revista pv . Tais propostas só foram sustentáveis ​​devido à grande proporção de energia gerada que poderia ser vendida no mercado livre de eletricidade, acrescentou o CEO. "Isso está dando aos donos do projeto a oportunidade de trabalhar com níveis de preços que podem garantir a bancarização do projeto", disse ele.

Takata acrescentou, o fato de projetos bem-sucedidos no leilão garantirem a prioridade de conexão à rede também permitiu o registro de tarifas de energia baixas. “Essas instalações têm um prazo de quatro anos para iniciar operações comerciais e agora a prioridade de conexão à rede é muito importante, enquanto os projetos que estão planejados para operar exclusivamente no Mercado Livre [de Eletricidade] nunca recebem essa certeza”, disse ele.

Mas o CEO da Greener não descartou a importância de elevações contínuas na produção de módulos solares cada vez mais eficientes. “A evolução dos módulos solares, mas também da cadeia de fornecimento de energia fotovoltaica, está permitindo a instalação de mais usinas de energia solar [de melhor desempenho] ​​com capex mais eficiente [custos de despesas de capital]”, disse ele. “A competitividade acirrada do leilão e a possibilidade de vender energia fora do PPA do leilão, no entanto, devem ser consideradas as principais razões para as baixas ofertas do exercício de compras.”

Conheça Marcio Takata em nossa Quality Roundtable @ Intersolar South America - terça-feira, 27 de agosto.

Junte-se a Marcio Takata, juntamente com Emiliano Bellini, nosso editor na América Latina e no Brasil, enquanto co-moderam as discussões sobre o desenvolvimento de um caminho prático para projetos solares bem sucedidos, para alcançar o extenso potencial de energia solar na região.

Quando perguntado se o lance mais baixo poderia ser considerado um recorde mundial, Takata disse que o assunto era controverso. "É de fato o menor preço para a energia solar já registrado em todo o mundo e o menor preço já registrado em leilões A-4 aqui no Brasil", disse ele. “Mas também deve ser levado em conta que a maior parte da energia gerada da usina será vendida para o Mercado de Energia Livre a preços mais altos, o que significa que o preço médio de venda do projeto da energia produzida será significativamente maior do que o final do leilão. preço."

Quanto a saber se os dois projetos solares selecionados no leilão seriam bancáveis, a Takata disse que muito dependerá dos preços no Mercado Livre de Energia; a duração dos contratos que os proprietários de projetos poderão garantir; e a qualidade dos compradores. "O rating do comprador da energia será crucial para definir riscos e custos de financiamento", disse ele.

O presidente-executivo da ABSOLAR, Rodrigo Lopes Sauaia. ABSOLAR

Outro fator que pode ter contribuído para a queda do preço da energia foi a possibilidade de os dois projetos não serem inteiramente novos.

“Temos informações de que parte dos projetos contratados será a expansão dos projetos existentes”, disse o diretor executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, logo após o leilão. “ Isso tornou possível que um preço mais ousado na competição fosse possível. ” Em uma entrevista anterior à revista pv, Sauia havia destacado como os desenvolvedores no Brasil foram atraídos pela possibilidade de combinar contratos de leilões com PPAs a preços mais elevados no mercado livre. O CEO ressaltou que essa combinação já havia sido vista na indústria eólica no Brasil. " Isso é ótimo para os financistas, eles adoram isso " , acrescentou Sauaia. "Eles têm uma visão de quanto retorno terão por 20 anos. E isso ajuda a financiar o projeto. "

Os desenvolvedores são criativos

De acordo com Manan Parikh, analista de energia e renovável da empresa de dados de mercado Wood Mackenzie, o fato de os dois projetos venderem 30% e 50% de seu poder através do contrato A-4 colocaria os fatores de capacidade para cada instalação acima de 28%. . “ Ao considerar o fato de que o total de megawatts-hora oferecido é superior a 20 anos - e incorporando um fator de capacidade conservador de 23% - a Jaiba e a Milagres venderiam 66% e 40% de sua produção via o PPA, respectivamente ” , disse Parikh à revista pv.

Com o aumento da eficiência e o uso de módulos bifaciais, os fatores de capacidade totalmente possíveis até 2022/2023 podem chegar a 28% em ambos os projetos, disse o analista da WoodMac, dados os recursos solares em ambos os estados. “ Isso significaria que a Jaiba vende apenas metade de sua produção através do PPA, enquanto cada seção Milagres contribuiria com um terço de sua capacidade para o PPA anual ” , disse ele.

Quando perguntado se $ 0,0173 / kWh constitui um recorde mundial, Parikh foi equívoco. "Sim, no sentido de que é o menor preço contratado que vimos através de uma rodada organizada de aquisições como a A-4", ele disse, "e não no sentido de que nem toda a geração será vendida a esse preço. "

O analista apontou a oferta recorde do México de US $ 18,93 / MWh - feita em um leilão de 2017 - também para um projeto que planejava vender parte de sua energia gerada fora do PPA concedido no exercício de aquisição - o esquema PV da Pachamama de Neoen.

Parikh disse que o resultado final é que o verdadeiro valor de tais projetos não pode ser quantificado com precisão, porque é difícil avaliar as intenções do desenvolvedor até que o ativo esteja operando e os compradores sejam revelados - algo que nem sempre ocorre. "Mesmo assim, os termos de preços de um acordo bilateral podem ser mantidos em sigilo", acrescentou Parikh.

Brasil foi o 11° país que mais investiu em energia solar fotovoltaica em 2018


Em 2018, o Brasil quase entrou na lista dos 10 países que mais investiram em energia solar fotovoltaica. Está em 11º lugar, segundo infográfico da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar).

No ano passado, o país investiu em 1,2 gigawatts (GW) de potência instalada de energia solar, acumulando, atualmente, 2,4 GW. Conforme a Absolar, isso significa que a energia limpa a partir dos raios solares por meio de painéis fotovoltaicos já é a sétima maior fonte do Brasil, ultrapassando a nuclear.

Projeções dão conta de que, se seguir nessa velocidade de instalação de painéis fotovoltaicos, no ano que vem, a energia solar terá ultrapassado também a produzida por carvão mineral. Hoje, são 83 mil telhados solares no Brasil.

Vantagens

Além das vantagens ambientais, a energia solar traz benefícios econômicos e estratégicos, de acordo com a Absolar. Para o meio ambiente, a geração solar é limpa, renovável e sustentável, sem emissões de gases de efeito estufa, sem resíduos e sem ruídos. Não precisa de água para operar, aliviando a pressão sobre recursos hídricos escassos e tem baixo impacto ambiental.

Do ponto de vista econômico, promove redução de gastos com energia elétrica para a população, empresas e governos federal e estaduais, trazendo economia para a sociedade. Também lidera a geração de empregos locais de qualidade, adicionando de 25 a 30 empregos por megawatt/ano (MW). Ainda atrai capital externo e novos investimentos privados ao país.

Na esfera estratégica, a diversificação da matriz elétrica brasileira com uma nova fonte renovável aumenta a segurança no suprimento de energia, reduz perdas e postergação de investimentos em transmissão e distribuição e alivia a demanda em horário diurno, reduzindo custos aos consumidores.

Confira o infográfico da Absolar com dados de 2018


CCEE faz reunião para ‘estimular’ STJ a tomar decisão sobre GSF


Disputa sobre o risco hidrológico é prioridade máxima da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.


A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) esteve reunida com a presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) com objetivo de prestar esclarecimentos ao judiciário sobre a disputa envolvendo geradores hidrelétricos e o pagamento do risco hidrológico por essas empresas no mercado de curto prazo de energia elétrica. 

O tema está judicializado desde 2015 e acumula um passivo de R$ 7 bilhões no mercado de energia, prejudicando a normalidade das liquidações da CCEE e negócios no mercado de energia. A CCEE informa que nos últimos 12 meses grande parte dos agentes recebeu apenas 3% dos créditos. O setor de biomassa, por exemplo, não se sente estimulado a produzir mais energia mesmo possuindo capacidade para tal, justamente por conta dessa indefinição sobre o recebimento dos valores. 

Durante participação no Ethanol Summit nesta segunda-feira, 17 de junho, em são Paulo, o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, disse que acha muito difícil uma solução administrativa para o GSF e está apostando “muito no judiciário”. A expectativa é que com uma decisão do STJ possa se chegar a um acordo com os agentes para por um fim a esse passivo. 

A reunião com o STJ, que aconteceu há três semanas, segundo Altieri, contou com a participação de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério de Minas e Energia. O executivo explicou que dos R$ 7 bilhões judicializados, apenas R$ 4 bilhões estão represados na CCEE, pois R$ 3,5 bilhões já foram pagos aos agentes. Além disso, o impacto financeiro está precificado pelas empresas, uma vez que os valores estão todos provisionados nos balanços. 

“Apresentamos os dados na tentativa de estimular o judiciário a tomar uma decisão”, disse Altieri. “A decisão que se espera é que o risco hidrológico seja tratado como risco hidrológico”, completou.

A expansão da geração elétrica passa pela energia nuclear

Técnicos dizem que é importante manter os investimentos em energia nuclear - Angela Fernanda Belfort

Técnicos defendem a importância de concluir a Usina Nuclear de Angra 3 - Foto: Agência Brasil

A expansão da energia nuclear no Brasil prevê a conclusão de Angra III e a implementação de quatro novas usinas nucleares, segundo informações que devem fazer parte do Plano Nacional de Energia (PNE) 2050, que aponta diretrizes para o setor e que será lançado ainda este ano. “A definição da localização dos novos empreendimentos deve ocorrer a partir de 2021”, diz o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Reive Barros. A previsão é que duas dessas unidades seriam instaladas no Nordeste e outras duas no Sudeste.

As quatro usinas novas acrescentariam uma capacidade instalada de geração de 4 mil megawatts (MW). Ou seja, cada local escolhido receberia duas usinas com capacidade instalada para 2 mil MW. Para um empreendimento desse porte, o investimento estimado fica em torno de US$ 11 bilhões, o que corresponde a R$ 42,3 bilhões, com o dólar a R$ 3,85, cotação da última sexta-feira (14).

O Atlas Potencial Nuclear Brasileiro apontou mais de 40 áreas que poderiam receber as futuras usinas. “Existem áreas potenciais em Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe”, diz o presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, referindo-se ao Nordeste. “Itacuruba é um dos sítios com potencial que poderia ter estudos mais aprofundados”, cita. Localizada a 340 km do Recife, Itacuruba fica no Sertão do São Francisco e possui população de cerca de 5 mil habitantes.

A implementação desses empreendimentos vem sendo alvo de discussões do setor elétrico desde 2007. Na época, o então governador Eduardo Campos (PSB), que esteve à frente do Estado entre 2007 e 2014, chegou a dizer que poderia ser feita uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) alterando a lei que proíbe a implantação de usina nuclear no Estado antes de explorar todas as possibilidades de geração de energia por fontes renováveis. Em março de 2011, ocorreu o acidente na usina de Fukushima, no Japão, o que esfriou a discussão. Depois veio a crise econômica (2015-2017), que deixou o Estado sem recursos e postergou os investimentos.

O governo de Pernambuco informou, por nota, que desconhece estudo que cita Itacuruba como possível local de instalação de usina nuclear e “ressalta que a Constituição Estadual, através do Artigo 216, veda a instalação de usinas nucleares em todo o território pernambucano”. A nota também diz que é necessária “avaliação criteriosa” para “identificar de que forma o Estado pode exercer participação em prol do desenvolvimento energético do País”.

CONFIANÇA

Outra razão que justifica a expansão da energia nuclear é trazer mais confiança para o sistema elétrico brasileiro, segundo os técnicos. A nuclear é considerada energia de base: produz por grande parte do tempo ininterruptamente. A atual ampliação da geração do setor elétrico se baseia nas renováveis, como a eólica e solar, que são intermitentes e podem parar a produção, porque a matéria-prima de ambas depende da natureza. “Não há competição entre as renováveis e nuclear, porque cada uma cumpre papel diferente. Não há uma melhor do que a outra. O importante é o bom aproveitamento das renováveis e nuclear combinando da maneira mais inteligente para buscar a descarbonização do sistema elétrico o mais rápido possível”, resume Leonam. O Brasil está entre os 195 países que se comprometeram a reduzir as emissões de carbono.

Por exemplo, quando os parques eólicos ou solares param de produzir, várias térmicas – incluindo as que queimam diesel – começam a gerar energia para suprir o que não pode ser gerado pelas renováveis. As térmicas a diesel lançam emissões de carbono, que é poluente. As térmicas produzem energia mais cara do que as renováveis, contribuindo para alta na conta de energia.

A energia nuclear pode gerar riqueza e novas tecnologias. O Brasil possui a 6ª maior reserva de urânio (a matéria-prima da energia nuclear). “O impacto econômico gerado pelo Programa Nuclear Brasileiro é importante para um País que tem 13 milhões de desempregados. Essa expansão vai nos dar oportunidades para observar as externalidades econômicas que podem surgir”, afirma o superintendente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Energia, Felipe Gonçalves.

70% do mix de energia do estado de Santa Catarina é renovável

Para apoiar ainda mais o desenvolvimento de energias renováveis, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável criou a Direção de Minas e Energia.

Janaína Cônego / SDR Xanxerê

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável criou a Diretoria de Minas e Energia, que proporcionará ainda mais segurança energética e promoverá um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico.

O anúncio foi feito durante o Fórum Regional sobre Geração Distribuída com Fontes Renováveis, realizado em Florianópolis entre as quartas e quintas-feiras, com o apoio institucional do Governo do Estado. O secretário da SDS, Lucas Esmeraldino, ressaltou que o Programa SC + Energia, criado em 2015, já faz parte das ações dessa nova diretoria, o que leva a fortalecer as ações e o uso de energia renovável no estado.

Criada há quatro anos, a SC + Energía tem como objetivo acelerar e facilitar o processamento de instalações de energia renovável, e atualmente conta com cerca de 140 projetos, totalizando aproximadamente 3,4 GW de energia em fontes hidrelétricas, eólicas, solares e de energia. biomassa no estado.

"O que demonstra a firmeza, a vontade e a seriedade com que o governo passa a lidar com esse segmento em Santa Catarina", afirmou. Segundo Esmeraldino, o fortalecimento da SC + Energia, aliado a outras ações da Secretaria, permitirá a ampliação de sua rede de atendimento em todas as regiões do estado.

"Teremos nossa própria equipe de subsídios que responderá a cada solicitação em 30 dias. Outra questão é a proximidade do Secretariado ligada, especialmente com IMA e questões de licenças ambientais, que irão promover ainda mais o desenvolvimento econômico do Estado ", acrescentou o vice-Amandio da Silva Junior, que representou o secretário da carteira o Fórum.

Enel fecha venda de 540 MW de energia renovável no Brasil

A empresa vendeu ao CGNEI chinês cerca de 740 milhões de dólares para as usinas solares Nova Olinda (292 MW) e Lapa (158 MW), além de um parque eólico de 90 MW.

A usina fotovoltaica Ituverava de Enel no Brasil. Enerray.

Enel Green Power Brasil Participações Ltda, uma subsidiária brasileira da empresa italiana Enel renováveis, sexta-feira passada vendeu 100% de três plantas renováveis ​​plenamente operacionais, totalizando 540 MW para a China CGN Energy International Holdings Co. Limited.

A operação, que já foi anunciada em janeiro deste ano, foi fechada por um total de 2.900 milhões de reais, equivalentes a cerca de 740 milhões de dólares, "valor igual ao valor dos ativos da empresa", segundo Enel anuncia em uma declaração.

usinas de energia solar são vendidos Nova Olinda (292 MW), localizada no Piauí nordeste brasileiro e Lapa (158 MW), localizada no estado Bahia nordeste brasileiro.

Enel disse que a operação faz parte do Plano Estratégico 2019-2021 do Grupo: "Esta operação visa maximizar e acelerar a criação de valor através de giro dos ativos para liberar recursos que podem ser investidos em novos projetos, enquanto a Enel vai continuar com atividades de gerenciamento de planta em ativos vendidos ".

Ambos os projetos obtiveram um PPA de 20 anos no leilão de maior sucesso realizado pelo governo brasileiro, que de agosto de 2015 e venderá a energia gerada para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Neste leilão, a Enel foi a maior vencedora, com três diferentes projetos solares premiados, totalizando 553 MW.

Conta de luz vai ficar mais cara: reajuste de 50% da ANEEL


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (21) um reajuste nos preços das bandeiras tarifárias amarela e vermelha, nos patamares 1 e 2 — a bandeira verde continua no mesmo patamar. Atualmente, o Brasil opera em bandeira amarela, então a população sentirá a diferença.

Segundo o G1, o maior aumento de preço aconteceu na bandeira amarela, que pulou R$ 1 para R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh). É um aumento de 50%. A bandeira vermelha também sofreu aumentos: R$ 3 para R$ 4 a cada 100 kWh (33%) no patamar 1 e R$ 5 para R$ 6 por 100 kWh (20%) no patamar 2.

Entenda as diferenças: 
  • Sistema de bandeiras: adotado pela Aneel para indicar se o consumidor pagará mais, já que o valor da energia precisaria ser repassado ao consumidor final;
  • Bandeira verde, sem alteração: custo baixo, coberto pela tarifa regular;
  • Bandeira amarela: aumento no custo de produção de energia;
  • Bandeira vermelha: aumento maior no custo de produção, ligado principalmente ao volume de chuvas e ao nível dos reservatórios.
O reajuste que será repassado aos consumidores deve evitar que a conta da bandeira tarifária fique deficitária em 2019, afirma o o diretor-geral da Aneel, André Pepitone. Os últimos dois anos foram de déficit: R$ 4,4 bilhões (2017) e R$ 500 milhões (2018).
“A revisão é necessária para que não haja um déficit ainda maior em 2019, que terá que ser pago nas tarifas de energia em 2020”, afirma Pepitone.

Comercializadoras terão que se adequar as novas regras de operação


CCEE, Aneel e MME anunciaram ações de curto prazo para entrar em vigor em 2020, visando aumento da segurança do mercado de energia.


As novas comercializadoras e as que já operaram no mercado de energia terão que se adequar aos novos critérios para participação na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Os temas ainda estão em discussão, porém três medidas de curto prazo em estudo foram anunciadas oficialmente nesta quarta-feira, 22 de maio, em evento em São Paulo, pelas autoridades do setor elétrico. 

Estiveram presentes no evento o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Cyrino; o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altireri; e o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone. 

“O MME está muito atendo as questões que envolvem a comercialização de energia, especialmente em situações que geram incerteza sobre a liquidez e a segurança de mercado. O setor elétrico precisa ser um ambiente de negócios seguro, pois essa segurança e esse alinhamento entre os diversos segmentos garantem os investimentos na expansão do sistema e o atendimento aos consumidores”, disse Cyrino. 

As ações envolvem a implementação de chamada de margem semanal. Isso significa que toda semana as comercializadoras precisarão aportar garantias financeiras que façam frente às exposições das empresas. A segunda medida será aprimorar e desenvolver indicadores que permitam os agentes “olhar para a situação operacional de cada empresa”. A terceira ação será criar critérios mais rigorosos para criação de novas comercializadoras. No entanto, as empresas que já operam no mercado também terão que se adequar as novas exigências. Um tempo será concedido para essa transição. 

Segundo André Pepitone, esses critérios serão embasados considerando regras previstas na instrução 461/07 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A B3, bolsa de valores de São Paulo, tem contribuído nesse processo de aprimoramento do mercado de energia. “Hoje as regras permitem uma alavancagem muita grande das comercializadoras”, frisou o diretor da Aneel. 

Todo esse movimento em relação à necessidade de aumentar a segurança do mercado ganhou força no início desse ano, quando algumas comercializadoras apresentaram default e instalaram uma crise no ambiente bilateral de negociação de energia. O ambiente multilaretal, lembrou Pepitone, não foi afetado, porém houve o entendimento que essa inadimplência coloca em risco a “saúde do mercado”. 

De acordo com Rui Altieri, três comercializadoras estão em processo de desligamento por descumprimento de obrigações financeiras no mercado. Há cinco comercializadoras que estão em operação assistida, ou seja, não estão impedidas de operar, mas precisam atender a exigências excepcionais por parte da CCEE. 

Altieri contou que as ações de monitoramento dos contratos evitaram R$ 39,4 milhões de possíveis inadimplências. O executivo contou que R$ 11,8 milhões foram arrecadados com aplicação de penalidades. Disse também que existem outros 43 agentes em “condição especial de acompanhamento, por uma série de motivos”. Esses agentes foram convocados pela CCEE e alguns compromissos foram formalizados. Altieri não revelou quais foram esses compromissos. 

Na reunião dessa quarta-feira, técnicos da CCEE e da Aneel detalharam como acontecerá a operacionalização dessas novas regras. Pepitone reforçou que todas as ações de curto prazo propostas serão alvo de rodadas de discussão com o mercado e passarão por audiência pública antes de entrar em vigor em janeiro de 2020. 

Pepitone pontou, contudo, que essas propostas foram desenhas em comum acordo com diversos atores do segmento de geração e comercialização, inclusive com a contribuição da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abracel). A CCEE informou que proposta de chamada de margem semanal será apresentada protocolada formalmente na Aneel até o final deste mês.

Brasil perde oportunidade relacionada a energia solar



O Brasil perde oportunidade em energia solar, o tipo de energia barata e simples do tipo “faça você mesmo” parece ser uma boa maneira de ajudar as comunidades pobres. Mas as autoridades da alfandegária brasileira não entendem isso.

Desde 2009, quando o governo do presidente Lula lançou um programa nacional chamado Luz para Todos, o Brasil ampliou a eletricidade para quase todos os cantos deste vasto país. Os custos extras de estender a rede para regiões mais distantes foram distribuídos entre todos os usuários.

Mas 47 localidades, com uma população total de 3 milhões de pessoas, ainda permanecem desconectadas da rede nacional, a maioria delas em comunidades pequenas e remotas na Amazônia.

Eles incluem os cerca de 300 mil moradores de Boa Vista, capital do estado mais ao norte de Roraima, que obtém a maior parte de sua energia de uma barragem hidroelétrica na fronteira com a Venezuela.

Mas com esse país experimentando um caos crescente, com freqüentes apagões, a oferta tornou-se instável. Quando a energia baixar deve ser usado usinas termelétricas caras movidas a óleo diesel, o petróleo trazido pela rodovia a partir de Manaus, a 750 quilômetros ao sul.

Embora Roraima aproveite ainda mais horas de sol e ventos fortes do que o resto do Brasil, essas alternativas renováveis têm sido amplamente ignoradas.

Boa Vista, porém, é uma exceção. A maioria dos que não estão conectados à rede nacional vive em comunidades pequenas e isoladas na região amazônica. Alguns têm geradores a diesel, barulhentos, poluentes e caros, ligados por apenas 2 ou 3 horas por dia.

As desvantagens de viver sem um suprimento regular de energia são muitas – as crianças não podem estudar à noite, a comida não pode ser preservada em geladeiras ou freezers, as capturas de peixe não podem ser vendidas, porque sem congelador elas apodrecem.

Postos de saúde não podem estocar remédios ou vacinas. Não há TV nem acesso à internet. Sem uma bomba, as pessoas gastam muito tempo em atividades como carregar água.

A proposta de privatização da empresa nacional de energia Eletrobrás também poderia encerrar o plano de fornecer acesso universal, porque as empresas com fins lucrativos não desejarão distribuir os custos por meio de tarifas mais altas.

Villi Seilert, pesquisador de energia solar, acredita que essa solução de cima para baixo não é a resposta. Juntamente com o engenheiro Edson Kenji Kondo, da Universidade Católica de Brasília , ele desenvolveu o que eles chamam de uma fábrica solar social, um sistema de mini-fábricas que podem ser baseadas em comunidades de baixa renda, fabricando painéis solares baratos.

A ideia nasceu durante um projeto de start-ups que desenvolvia projetos inovadores no contexto da mudança climática, que ao mesmo tempo oferecia empregos decentes para pessoas de baixa renda.

No começo eles fizeram painéis solares com caixas recicladas. Em seguida, eles desenvolveram um painel fino com 6 células fotovoltaicas, com apenas 4,55 mm de espessura e pesando apenas 1,75 kg, facilitando o transporte e a montagem. Isso é chamado de i920W-Slim.

Atendendo às necessidades básicas

Um micro-sistema desses painéis montado em um telhado gera 165 quilowatts de eletricidade por mês, o consumo médio de uma família de baixa renda no Brasil.

A ideia é que as comunidades locais possam entender facilmente a tecnologia, produzir seus próprios painéis e gerar sua própria eletricidade, sem depender de empresas ou técnicos externos.

Seilert calcula que 1.000 mini-fábricas poderiam ser instaladas em 5 anos – fornecendo não apenas energia, mas também empregos .

Ele diz que dois monitores podem treinar até 10 pessoas em um curso de seis dias, cobrindo princípios gerais, técnicas de soldagem e circuitos de montagem.

O local de treinamento e a fábrica podem ser configurados em qualquer espaço coberto disponível. O forno para queimar o vidro pode ser um forno de pizza com regulador de temperatura, transportável na traseira de um carro. Cada painel custará cerca de US $ 40, US $ 28 para componentes, incluindo vários que precisam ser importados da China.

Infelizmente, e inexplicavelmente, a autoridade aduaneira brasileira insiste em taxar esses componentes importados em 50%, como se fossem itens de luxo, não elementos básicos para um sistema de energia de baixo custo.

Pouca ajuda oferecida

O custo básico da instalação de uma fábrica solar social varia entre US $ 2.000 e US $ 3.000, mais o custo de acumuladores ou baterias de armazenamento.

Seilert espera persuadir autoridades locais, ONGs e comunidades locais a dar uma chance a seu projeto. Ele está tentando persuadir a autoridade alfandegária a baixar a tarifa de importação sobre os componentes importados, o que reduziria o custo total.

Mas enquanto a energia solar está definitivamente ganhando terreno no Brasil, com projetos surgindo em lugares diferentes, o governo permanece ligado à economia de combustível fóssil, não querendo oferecer a renováveis ​​nem uma fração dos subsídios, incentivos e isenções fiscais que eles dão a esse setor. .

Assim, cabe a pioneiros como Seilert lutar por reconhecimento, e a ONGs e autoridades locais esclarecidas para financiar projetos. Uma das poucas mini-fábricas que foram instaladas com sucesso está em uma prisão no estado central de Minas Gerais, onde os reclusos perto do final das suas frases aprendem a fazer os painéis solares.

BRASIL ALCANÇA 10 MIL EMPRESAS QUE ATUAM EM ENERGIA SOLAR

Levantamento do Portal Solar indica que companhias já geraram cerca de 6 mil postos de trabalho nos últimos 12 meses.


O Brasil acaba de atingir a marca de 10 mil empresas que atuam com energia solar. Essa é a conclusão de um levantamento feito pelo Portal Solar. De acordo com a empresa, os segmentos que mais se destacam são equipamentos e serviços para a geração distribuída. A estimativa é que assim o setor emprega cerca de 20 mil profissionais, com investimentos acumulados que ultrapassam R$ 24 bilhões entre os empreendimentos de grandes usinas e sistemas de autogeração em residências, comércios e indústrias.

No caso específico das empresas de engenharia e instalação (geração distribuída), o levantamento do Portal Solar mostra que foram criados aproximadamente 6 mil empregos somente nos últimos 12 meses. Somente o setor de geração solar distribuída já recebeu cerca de R$ 3,4 bilhões em investimentos desde 2012.

“Na nossa última pesquisa, concluída no final de abril com mais de 1,5 mil empresas participantes, verificamos que 41,2% delas trabalham com energia solar fotovoltaica a menos de um ano, 27,1% de um a dois anos, 19,5% de dois a três anos, e apenas 12,3% atuam mais de quatro anos. Outro dado é que 6% ultrapassaram a marca de 50 sistemas instados, 57,9% instalaram de 10 a 50 sistemas e 36,4% ainda não completaram três instalações”, destacou o CEO do Portal Solar, Rodolfo Meyer.

O estudo tem como base o número de credenciamentos no Portal Solar, marketplace do segmento. O portal possui uma média mensal de acesso de 200 mil pessoas, que movimentam cerca de R$ 25 milhões em compra e venda dos mais de 6 mil itens disponíveis. A estimativa da empresa é de que dos quase 75 mil sistemas fotovoltaicos instalados até hoje nos telhados brasileiros, cerca de 25 mil foram submetidos para certificação no portal.

FONTE – Canal Energia

Sociedade precisa ser preparada para a transição energética, diz Thiago Barral

Presidente da EPE, Thiago Barral, durante o Diálogos da Transição

A sociedade precisa ser preparada para a transição energética e os agentes envolvidos precisam ter clareza para explicar a alocação de custos e benefícios. A avaliação é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, que participou nesta terça-feira, 14, do primeiro encontro da série Diálogos da Transição, organizado pela epbr e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds).

“A Irena tem estudos que mostram os países que saem ganhando e os que saem perdendo com a transição energética. A África sai perdendo. São questões que precisam ser enfrentadas. É fundamental que as políticas sejam desenhadas levando consideração, desde a sua origem, o aspecto da equidade para tratar com sensibilidade. Eu acho que hoje ainda não estamos preparados. Temos uma missão grande para preparar a sociedade, sobretudo para aproveitar as oportunidades”, comentou o presidente da EPE.

Esse ponderação de custos e benefícios, na visão de Barral, deve ser aplicada aqui. “O Brasil viveu uma crise e a economia tomou um tombo de 7%. Essa é uma contribuição que o Brasil dá para o controle de emissões, que não é desprezível. [Mas] o brasileiro está pagando caro, com desemprego, com redução da economia do país. Dito isso, não é desculpa para deixar de olhar a expansão das renováveis na matriz energética de uma forma geral”.

O executivo destacou também que apesar da grande participação de fontes renováveis na matriz energética, a transição para uma economia de baixo carbono depende de um ambiente de negócios favorável, com disposição para promover inovações no mercado e fomentar investimentos.

“Existem várias estratégias que nos fazemos nos estudos da EPE. Não é uma única, mas começa com um desenho de mercado que precifique corretamente os requisitos do sistema. Se não, a gente trava todas as inovações que são a base da transição energética. Sem inovação, não tem transição”.

Barral afirmou ainda que nos últimos anos acontece uma continua redução dos custos e dos preços das energias renováveis, sobretudo das fontes eólica e solar. “ Na nossa visão, essas fontes vão ser o carro chefe da expansão, pelo seu mérito econômico”, completou.


O presidente da EPE defendeu, contudo, o mix de energias na matriz. “Agora, ela tem que estar combinadas com outras fontes. O nosso desenho de mercado precisa evoluir para reconhecer essa nova realidade, de uma matriz cada vez mais com fontes variáveis ou não despacháveis e aí, portanto, isso afeta a dinâmica de oferta e demanda de energia elétrica e a precificação da energia precisa ser aderente a isso”, comenta.

Thiago Barral afirmou também que, “se o Brasil votar a crescer de forma acelerada, o país vai precisar de uma ambição maior em eficiência energética e dar conta, como o mundo não está dando conta, de atender o crescimento da demanda prioritariamente com renováveis” ,afirmou.

A EPE é um estatal que funciona como uma consultoria para o governo na formação de políticas energéticas. Thiago Barral assumiu a presidência da empresa em janeiro – o primeiro funcionário de carreira a assumir esse posto.

Diálogos da Transição são uma série de eventos promovidos pela epbr e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Veja todo conteúdo em epbr.com.br/transicao.

Leilão de energia elétrica A-6 é marcado para 26 de setembro


Agência Brasil – O leilão para compra de energia elétrica de novos empreendimentos, denominada de A-6, foi marcada para o dia 26 de setembro deste ano. A portaria do Ministério de Minas e Energia estabelecendo as diretrizes para o leilão está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (8). A promoção do leilão cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O documento define que os empreendedores que pretenderem participar do leilão, propondo a inclusão de projetos de geração de energia, deverão requerer o cadastramento e a habilitação técnica dos projetos à Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O prazo para a entrega de toda a documentação está marcado até as 12h do dia 17 de maio.

De cordo com a portaria, o edital, que será elaborado pela Aneel, deverá prever que não poderão participar do leilão de energia nova A-6, de 2019, os empreendimentos de geração que entrarem em operação comercial até a data de publicação do edital. O início do suprimento de energia elétrica de novos empreendimentos ocorrerá a partir de 1º de janeiro de 2025.

Renováveis estabilizam expansão em 2018, aponta AIE

Pela primeira vez em cerca de 20 anos não há crescimento de volume adicionado sobre o ano anterior, foram 180 GW adicionados em 2018, mesmo volume de 2017.


Depois de quase duas décadas de forte expansão anual, as fontes renováveis não apresentaram aumento ante o ano anterior. De acordo com levantamento da Agência Internacional de Energia (AIE), o volume total acrescido em 2018 foi equivalente ao reportado em 2017. Houve o incremento de 180 GW em novas capacidades de geração por meio da energia solar fotovoltaica, eólica, hídrica, bioenergia e outras fontes renováveis.

Segundo comunicado da AIE, “isso é apenas cerca de 60% das adições líquidas necessárias a cada ano para atingir as metas climáticas de longo prazo”. E ainda que “o inesperado achatamento das tendências de crescimento que suscita preocupações quanto ao cumprimento das metas climáticas de longo prazo”. Essa foi a primeira vez desde 2001 que o crescimento da capacidade de energia renovável não aumentou ano a ano.

Cálculos da agência apontam a necessidade de crescimento em mais de 300 GW em média por ano entre 2018 e 2030 para alcançar as metas do Acordo de Paris, de acordo com o Cenário de Desenvolvimento Sustentável (SDS). Mas a análise mostra que o mundo não está fazendo o suficiente. No ano passado, as emissões de CO2 relacionadas à energia aumentaram em 1,7% para uma alta histórica de 33 gigatoneladas. Apesar do crescimento de 7% na geração de eletricidade a partir de fontes renováveis, as emissões do setor elétrico cresceram para níveis recordes.

A AIE relatou que desde 2015 o crescimento exponencial da energia solar fotovoltaica global compensou os aumentos mais lentos da energia eólica e hidrelétrica. Mas o crescimento da energia solar fotovoltaica se estabilizou em 2018, adicionando 97 GW de capacidade e ficando aquém das expectativas. A principal razão, destacou, foi uma mudança repentina nos incentivos de energia solar fotovoltaica da China para conter os custos e enfrentar os desafios de integração da rede para alcançar uma expansão fotovoltaica mais sustentável.

A China adicionou 44 GW de energia solar fotovoltaica em 2018, em comparação com 53 GW em 2017. O crescimento foi estável nos Estados Unidos, mas as adições de energia solar aumentaram na União Europeia, México, Oriente Médio e África, que juntos compensaram a desaceleração na China. Apesar disso, o país oriental respondeu por quase 45% do aumento da capacidade total de eletricidade renovável no ano passado. Com novas linhas de transmissão e maior demanda de eletricidade, as adições de eólicas da China aumentaram no ano passado, mas a expansão da energia hidrelétrica continuou a desacelerar, mantendo uma tendência observada desde 2013.

As adições de capacidade na União Europeia, o segundo maior mercado de energias renováveis, registaram um ligeiro declínio. A solar cresceu em comparação com o ano anterior, enquanto as adições de eólicas diminuíram. Os desafios de transição de políticas e a mudança dos incentivos renováveis ​​resultaram em um crescimento mais lento da energia eólica onshore na Índia e da energia solar fotovoltaica no Japão.

Nos Estados Unidos, o terceiro maior mercado, as adições de capacidade renovável aumentaram ligeiramente em 2018, impulsionadas principalmente pela expansão mais rápida da energia eólica onshore, enquanto o crescimento da energia solar fotovoltaica ficou estável.

POR MAURICIO GODOI, DA AGÊNCIA CANALENERGIA.

Corrida contra o tempo com a Geração de Energia

O Brasil poderá gerar mais de 1 milhão de empregos, diretos e indiretos, na área de eficiência energética (EE) até 2030. A informação consta em um estudo inédito desenvolvido pelo Ministério das Minas e Energia (MME) em parceria com o governo da Alemanha, a fim de apresentar o atual cenário do setor no país e o potencial de geração de vagas dedicadas a EE na próxima década. A projeção apontada acima foi obtida considerando-se um cenário em que o país consiga atingir a meta estabelecida no Acordo de Paris, firmado em 2015. Em sua NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada), o governo assumiu compromissos, como o aumento da participação de fontes renováveis em sua matriz energética e a promoção em 10% da eficiência energética no setor elétrico. Entretanto, o estudo apontou que o número de vagas ainda está longe do esperado para atingir esse objetivo. Dessa forma, mais do que um prognóstico otimista para o setor, a análise do MME demonstra que o país precisa de novas inciativas do mercado, programas de capacitação e políticas efetivas, se quiser se desenvolver no setor de eficiência energética nos próximos anos.

Na prática, atualmente, o país possui 11 mil vagas específicas para profissionais capacitados para planejamento e execução de projetos de EE. Para atingir a meta estabelecida, precisaria ter alcançado – ainda em 2018 – 27 mil posições no setor. Em relação aos empregos diretos, o número atual é de 130 a 140 mil empregos. Para cumprir a NDC, esse número deveria chegar a 450 mil até 2030. Segundo o MME, a quantidade de pessoas que gerenciam esses projetos é consideravelmente menor em relação ao número de profissionais que os executam (em torno de 1% a 25%), o que demanda a necessidade de mais qualificação para a implementação de novas iniciativas e estratégias no país. A estimativa apontou, ainda, que há de 30 a 60 mil profissionais buscando capacitação na área, mas ainda que estes profissionais se tornem qualificados, não há postos de trabalho para abarcar a demanda.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, apesar de a perspectiva de geração de empregos apontar para a criação de vagas em diferentes níveis de qualificação, uma parcela importante, de 25% a 60%, deverá ser voltada para profissionais com curso superior. Quanto à região do país, não houve avaliação específica, sendo considerado apenas que a maioria dos empregos será gerada em áreas de maior produção industrial. Já em relação às áreas com maior chance de criação de vagas, a construção civil foi a apontada como a que tem maior potencial.

Na avaliação do coordenador de Atividades Técnicas do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Edson Pereira dos Santos, o país tem condições de qualificar mão-de-obra e potencial para desenvolver o setor. Na instituição de qualificação profissional, por exemplo, existem atualmente capacitações na área de eficiência energética desde a formação básica até o nível de gestão, incluindo uma pós-graduação com vivência internacional na Alemanha, na qual o profissional também atua. Os cursos, em sua maioria, são oferecidos nas unidades de São Paulo, mas há também qualificações no Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, de acordo com a demanda de cada região.

Entretanto, de acordo com Edson Santos, a questão da eficiência energética ainda é subestimada pelas empresas brasileiras. Segundo o profissional, por se tratar de ações que trazem resultados no médio e longo prazos, há uma dificuldade para entender como a otimização do consumo de energia pode ter um retorno compensador para as organizações. Ele destaca ,ainda, que hoje existem linhas de financiamento para esse fim, mas pouco movimento do mercado. Para Santos, essa “é uma questão cultural” e é preciso haver uma mudança de postura das instituições para que o setor se desenvolva mais no cenário nacional.

“No Brasil, existem várias ações ainda não iniciadas. Se você pegar empresas de diferentes portes, pequenas, médias e grandes, a questão da eficiência energética ainda não é tratada com a devida relevância. Pouco conhecimento, poucos profissionais dedicados à implementação de melhorias, de gestão. Então, a partir do momento que as organizações enxergarem que as ações de eficiência energética não são custos e sim investimentos, acho que tem um cenário promissor para desenvolver novas oportunidades, incluindo o mercado de trabalho. 

Hoje, as organizações não têm efetivamente uma função dedicada para a gestão, para as ações de eficiência energética, então, isso acaba sendo colocado juntamente com outras atribuições, do tipo gestão de manutenção, gestão de produção, não têm uma área definida. E para isso existem algumas frentes, existem fomentos que estão sendo feitos para incentivar as organizações nos quesitos de eficiência energética, no quesito de gestão de energia, algumas ações do tipo Procobre, do próprio Procel, a própria Eletrobras, algumas instituições de ensino também, o próprio Senai, USP, Unesp, que visam apresentar um cenário de oportunidades na área de eficiência energética”, afirma o coordenador do Senai.

Questionado sobre a estimativa de geração de empregos na área de EE apresentada pelo Ministério de Minas e Energia, Edson Santos afirma que, em sua opinião, as tendências de geração de energia a partir de fontes renováveis e de construções sustentáveis podem fomentar a área nos próximos anos e fazer com que aumente tanto a procura, quanto a oferta de empregos.

“Tem várias instituições se antevendo a isso, se preparando para isso, em diferentes níveis, operacional, prática e estratégica, e novos títulos vão surgindo. Hoje, o que eu sinto como experiência é que o mercado ainda não está demandando esses profissionais. Então nós estamos colocando os profissionais formados no mercado, mas a demanda ainda está retida. Mas, a partir do momento em que isso se demasiar em aumento, em crescimento, em geração de novos empregos, provavelmente mais pessoas vão procurar essas formações. Que eu vejo que é a bola da vez. A questão de energia e a segurança energética é a bola da vez, tanto quando eu falo de geração, quanto quando eu falo em consumo. Então a geração eficiente, a gestão da geração, smartgrid, smart home, prédios sustentáveis, green buildings, isso tudo desenvolve um cenário de oportunidades e sempre aquele que se preparar, se capacitar na frente acaba absorvendo as melhores oportunidades”, avalia.

A engenheira paulista Carmen Miranda de Oliveira está entre os profissionais em busca de qualificação, apostando no desenvolvimento da eficiência energética no Brasil. Instrutora de formação profissional, ela decidiu se especializar com a pós-graduação em Eficiência Energética na Indústria oferecida pelo Senai. Em sintonia com que o estudo do MME indicou, ela acredita que a geração de vagas pode aumentar nos próximos anos, desde que haja maior estímulo para o setor.

“Acho que o Brasil está começando a se movimentar, pois foram criadas diversas vagas no setor. O que está faltando mesmo é uma melhor divulgação e incentivo para aplicar melhorias. Creio que, com esse incentivo, podemos superar fácil as expectativas na geração de vagas até 2030”, afirma a engenheira eletricista.

Iniciativa inédita

O estudo “Potencial de Empregos Gerados na Área de Eficiência Energética no Brasil de 2018 até 2030” foi resultado do projeto Sistemas de Energia do Futuro, desenvolvido por meio de uma parceria entre o Ministério de Minas e Energia do Brasil e o Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, através da GIZ, Agência de Cooperação Alemã. A ação integrada vem sendo desenvolvida desde 2017 com o objetivo de promover o uso de energias renováveis e a eficiência energética no sistema brasileiro de energia, interagindo com entidades como Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Ministério da Educação (MEC) , Senai, além de associações setoriais. O projeto atua em quatro frentes, sendo uma delas diretamente ligada à educação profissional, buscando estimular as instituições de ensino a desenvolverem cursos profissionalizantes na área.

“A ideia é que essas instituições de ensino estejam preparadas para atender a demanda desses setores por profissionais devidamente qualificados, garantido a inserção dessas fontes na matriz energética e a implementação de ações de eficiência energética com qualidade e segurança. No âmbito dessa linha, tendo em vista que até então não se tinha conhecimento de nenhum estudo que apontasse a quantidade atual de pessoas trabalhando com eficiência energética e a quantidade necessária para que o país atinja a NDC, entendeu-se necessário conhecer esses números para que ações possam ser desenvolvidas com maior embasamento”, explica a assessora técnica da GIZ, Roberta Knopki.

Nesse contexto, o MME afirma que tem atuado de forma a promover o setor de eficiência energética, buscando identificar os entraves que impedem o mercado de se desenvolver e buscando soluções para fomentar a criação de empregos.

“Estamos desenvolvendo uma série de ações, em diversos setores. Para mencionar apenas os setores abrangidos pelo estudo, o Ministério tem estudado a possibilidade de tornar obrigatória a etiquetagem de edificações, o que gerará um número enorme de profissionais capazes de realizar o diagnóstico energético e a certificação de edificações para a obtenção da etiqueta. No setor industrial, estamos trabalhando junto ao mercado de motores elétricos reparados, a fim de disseminar boas práticas e conscientização para o bom uso desses serviços”, afirma a coordenadora-geral de Eficiência Energética do MME, Samira Sousa, destacando que o estudo analisou apenas os setores industrial e de edificações.

A necessidade de certificação compulsória em eficiência energética para edificações também é vista de forma otimista pelo gerente do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), Marcel Siqueira. Ele avalia que o programa, que é responsável por desenvolver ações que visam ao uso racional de energia e por atestar a eficiência de equipamentos, também pode ser um impulsionador de geração de vagas.“O Procel tem um grande potencial de induzir o mercado, então, ao contrário de algumas ações de eficiência energética que visam só a implementação de maneira muito pontual, o Procel trabalha também, não só na implementação, mas desenvolvendo metodologias, desenvolvendo novas práticas de eficiência energética, e tudo o que é gerado em termos estruturantes, que serve para ser utilizado também por outros agentes e para outros programas de eficiência energética”, ressalta.

Débora Anibolete, para o Procel Info

Uso de energia renovável cresce, mas não impede recorde histórico de emissão de CO2

Energia solar apresenta as maiores taxas de crescimento, mas ainda representa uma fatia muito pequena da geração global de eletricidade

USINA À BASE DE CARVÃO. MATERIAL RESPONDE POR CERCA DE 30% DAS EMISSÕES DE CO2 RELACIONADAS À PRODUÇÃO DE ENERGIA, SEGUNDO A IEA (FOTO: PEXELS)

O uso de fontes renováveis de energia cresceu 7% em 2018, segundo o relatório anual da Agência Internacional de Energia (IEA) recém-divulgado. O aumento da demanda global por essas fontes foi equivalente a todo o consumo de energia elétrica no Brasil, na casa dos 450 TWh (terawatt-hora, ou a mil vezes um gigawatt-hora).

As fontes solar fotovoltaica, eólica e hídrica de energia representaram, cada uma, algo próximo de um terço do crescimento da energia renovável no ano passado. A bioenergia, gerada a partir de materiais orgânicos, representou os cerca de 5% restantes.

Mas, apesar da maior demanda pela energia renovável, esta ainda respondeu por uma parte menor (45%) do aumento da oferta energética global no ano passado. O restante é gerado por queima de carvão, outros combustíveis fósseis e gás natural.

A energia solar fotovoltaica foi a modalidade cuja demanda mais cresceu (em termos proporcionais) em 2018, segundo a IEA. Com alta de 31% no ano passado, ela dobrou sua capacidade instalada em apenas três anos, chegando agora a 534 GW. Deste total, 44 GW foram adicionados só pela China ano passado. O Brasil tem, ao todo, 2 GW de capacidade instalada para produção de energia solar fotovoltaica, e vem aumentando rapidamente sua participação nesse mercado.

Crescendo menos aceleradamente (12% em 2018), a energia eólica manteve ritmo semelhante ao visto no ano anterior, segundo a IEA. Mais popular no Brasil, que tem 14 GW de capacidade instalada em turbinas movidas pelo vento, essa fonte de energia também foi impulsionada pela China, que instalou mais 5 GW de capacidade de produção, chegando a 20 GW.

FONTE EÓLICA CRESCE, MAS AINDA REPRESENTA APENAS 5% DA GERAÇÃO GLOBAL DE ENERGIA (FOTO: THINKSTOCK)

Já a energia hidrelétrica, a mais utilizada por aqui, teve crescimento bem mais modesto no mundo todo — de apenas 3%. Ainda assim, trata-se da maior fonte de energia renovável, responsável por 60% de toda energia gerada a partir desses recursos.

Emissões de CO2 atingem recorde

Apesar dos números aparentemente favoráveis, a energia renovável ainda representa apenas um quarto de todo o consumo global. Considerado por ambientalistas o meio mais poluente de geração de energia, o carvãoainda é responsável pela maior parte da eletricidade gerada, e seu uso continuou crescendo em 2018.

Também por isso, apesar da adoção cada vez maior de fontes renováveis de energia, as emissões de CO2 relacionadas ao setor energético atingiram em 2018 o recorde histórico de 33,1 Gigatoneladas (GT) de dióxido de carbono — composto cuja presença no ar é considerada um dos maiores causadores do aquecimento global.

Tais emissões cresceram 1,7% no ano passado, a maior taxa vista desde 2013. Somente o CO2 adicionado no período, em relação a 2017, equivale a toda poluição gerada pela aviação internacional.

O uso das termelétricas cresceu 0,7% no ano passado, segundo a IEA, e fez com que o carvão respondesse por mais de 10 GT das emissões de CO2 — quase um terço do total.

Enquanto Estados Unidos e Europa reduziram sua dependência do carvão, a China, apesar de ter intensificado a sua troca por fontes de energia mais sustentáveis, ainda aumentou o uso das usinas à base de carvão em 5,3%. 

Somadas todas as fontes geradoras, o consumo de energia subiu 2,3% em 2018, impulsionado por um crescimento econômico mais robusto que o visto nos anos anteriores.
Ranking

Veja abaixo o ranking das fontes de energia mais usadas para a geração de eletricidade em 2018:

1 - Carvão (38% do total)
2 - Gás (23%)
3 - Hídrica (16%)
4 - Nuclear (10%)
5 - Vento/energia eólica (5%)
6 - Bioenergia e petróleo (3%)
7 - Solar fotovoltaica (2%)