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Barco que se move com energia renovável parte numa viagem de seis anos


Teve início no fim-de-semana passado a partir de Paris uma viagem ‘épica’ para o Energy Observer, um barco movido a energia eólica, solar e ainda hidrogênio gerado pela água do mar que custou um total de 5,25 milhões de dólares (cerca de 4,5 milhões de euros).

Mais do que o valor que foi investido neste barco, é importante notar que foi desenvolvido de modo a não utilizar nenhum tipo de gás que contribua para o efeito de estufa. Ao todo serão 101 paradas em 50 países em todo o mundo, uma viagem que demorará seis anos. O segredo estará na gestão dos vários tipos de energia escolhidos, sendo que o hidrogênio será usado durante o período noturno ou quando não houver vento.

“No passado, o homem explorou para conquistar territórios e acumular riqueza”, disse o líder da expedição Jérôme Delafosse em um comunicado. “Com Energy Observer, desejamos explorar de forma diferente. É por isso que nossa expedição se concentrará em descobrir e compartilhar soluções para um futuro mais limpo. “

Os interessados ​​em seguir o caminho do barco em tempo real podem fazê-lo aqui.

Assista ao vídeo do ENERGY OBSERVER:


Energy Observer - lançada a primeira embarcação com emissão zero de gases de efeito estufa


Energy Observer, a primeira embarcação do mundo movida a hidrogênio acaba de ser lançada às águas da baia de Saint-Malo, na costa Atlântica da França. O “batismo” marinho é a primeira etapa de uma viagem ao redor do mundo que durará 6 meses e lançará âncora em 105 portos de 50 países. Objetivo: mostrar que é possível chegar a todos os lugares com o uso de energias renováveis.


Energy Observer é um catamarã de aspecto futurista: é coberto por 130 m² de painéis solares, possui duas turbinas eólicas que alimentam os motores elétricos e é dotado inclusive de um smart kite de 50 m² (uma vela semelhante a um paraquedas) que, quando as condições de vento forem favoráveis, contribuirá para a propulsão do barco.

No porto de Saint Malo, uma multidão se reuniu para assistir ao lançamento ao mar do catamarã Energy Observer

O objetivo da empreitada não é a velocidade: O Energy Observer será a primeira embarcação autosuficiente com emissão zero de gases de efeito estufa; a primeira alimentada a hidrogênio auto-produzido e acumulado a bordo com a utilização de energias renováveis; tudo na embarcação é movido pelo sol, o vento e a água.


A novidade mais importante desse catamarã hi-tech é exatamente o hidrogênio, o sonho dourado de todas as fontes de energia, não apenas porque não produz detritos (a sua oxidação produz… água!) mas sobretudo pela densidade de energia que contem: com 1 kg de hidrogênio pode-se percorrer 100 quilômetros, e se pudéssemos utilizá-lo para carregar um telefone celular, bastariam poucos segundos para fazê-lo funcionar durante uma semana inteira.

No porto de Saint Malo, França, o Energy Observer é levado ao mar por um gigantesco guindaste

Laboratório flutuante

Claro, existe ainda muita estrada para percorrer até que o uso do hidrogênio como combustível seja viável em alta escala. Mas o Energy Observer é um verdadeiro laboratório flutuante para experimentar toda a cadeia de produção do hidrogênio de modo eficiente e a baixo custo. Conseguir fazê-lo em um ambiente hostil como é o ambiente marinho, navegando do Ártico ao Equador, é um grande desafio.


No comando do catamarã estarão dois aventureiros unidos pela paixão que sentem pelo mar: o capitão Victorien Erussard, velista profissional, vencedor de grandes regatas transoceânicas, e o líder da expedição, Jérôme Delafosse, explorador e documentarista do mar, mergulhador, apaixonado por tubarões (mergulhou várias vezes sem a proteção das jaulas de alumínio para fotografar tubarões-brancos).

Victorien Erussard e Jerôme Delafosse posam para fotos no interior do Energy Observer

Volta ao mundo a todo o vapor 

No momento, uma equipe de aproximadamente 50 cientistas, técnicos e marinheiros se ocupam de todos os preparativos em Saint Malo. Segundo Victorien Erussard, “O Energy Observer é um enorme desafio tecnológico. Somos uma espécie de Solar Impulse, uma versão marítima do avião, feita na França. A ideia central é testar a sustentabilidade energética do navio, usar a natureza, as energias renováveis e fazer uma volta ao mundo de forma completamente autônoma”. 


O Energy Observer levará a bordo um cinegrafista para documentar toda a viagem. O projeto tem um custo orçado em 5 milhões de euros (15,6 milhões de reais). O início da viagem de volta ao mundo do catamarã Energy Observer começará oficialmente no início de julho. Até lá, o barco e sua tripulação passarão por um período de cerca dois meses para treinamento e testes finais.

Vídeo: Energy Observer é lançado às águas em Saint Malo – Vídeo da Bretagne Télé


A reciclagem dos módulos fotovoltaicos poderá representar uma oportunidade de US $ 15 bilhões até 2050


A implantação de painéis solares fotovoltaicos tem crescido a taxas sem precedentes em todo o mundo desde o início dos anos 2000, de acordo com o End of Life Management-Solar Photovoltaic Panels publicado no final de junho de 2016 pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) e Agência Internacional de Energia (AIE). Este relatório apresenta as primeiras projeções globais para os futuros volumes de resíduos de painéis solares fotovoltaicos até 2050, e os resultados mostraram que a reciclagem de painéis solares fotovoltaicos deverá representar uma oportunidade de US $ 15 bilhões em todo o mundo até 2050.

O relatório constatou que o potencial influxo material fornecido pelos estimados 78 milhões de toneladas de resíduos fotovoltaicos até 2050 poderia produzir dois bilhões de novos painéis e assim aumentar a segurança do futuro fornecimento de energia fotovoltaica ou outros produtos dependentes de matérias-primas.


São necessárias medidas políticas para enfrentar os desafios globais associados ao aumento dos volumes de resíduos de painéis solares fotovoltaicos. São essenciais quadros que possibilitem uma gestão eficiente dos resíduos adaptados às necessidades de cada país ou estado. A China, a Alemanha e o Japão deverão ser os três principais países para os resíduos de painéis solares fotovoltaicos até 2030. Até 2050, a China ainda deverá ter a maior quantidade de resíduos. Os Estados Unidos vão ultrapassar a Alemanha no segundo lugar, com o Japão a manter-se em terceiro lugar.

Somente a União Europeia (UE) tem regulamentos para resíduos de painéis solares fotovoltaicos. A UE foi pioneira na regulamentação dos resíduos eletrônicos (e-waste) que cobrem as metas de recolha, recuperação e reciclagem de painéis fotovoltaicos. A UE exige que todos os fornecedores de painéis solares fotovoltaicos financiem os custos de recolha e reciclagem em fim de vida útil. 

Em contraste, muitos países classificam painéis fotovoltaicos como resíduos gerais ou industriais. No Japão e nos Estados Unidos, os regulamentos gerais sobre resíduos podem incluir o ensaio dos painéis solares fotovoltaicos para o conteúdo de materiais perigosos e a prescrição e proibição de métodos específicos de expedição, tratamento, reciclagem e eliminação.


Veolia construirá unidade de reciclagem de módulos fotovoltaicos na França

O fornecedor francês de serviços ambientais Veolia anunciou que vai construir uma unidade de reciclagem de módulos fotovoltaicos em seu parque industrial em Rousset, Bouches-du-Rhône, sul da França. A primeira unidade francesa de tratamento e recuperação de painéis fotovoltaicos terá capacidade 1400 toneladas de material por ano até 2017, e até 4000 toneladas em 2021.
 

As matérias-primas secundárias serão então injetadas em vários setores (alumínio, vidro, cobre) em uma lógica de economia circular. Através deste contrato, a Veolia e a França PV CICLO irão cumprir a determinação da União Europeia que exige que qualquer importador ou fabricante de painéis solares fotovoltaicos devem coletar e tratar os materiais no final da sua vida útil.

A primeira usina de reciclagem de painéis solares da Europa começa a funcionar na França

Reciclagem de painéis solares da Veolia em Rousset, França.

O grupo francês Veolia inaugurou a primeira usina de reciclagem de painéis solares da Europa e planeja construir mais, já que milhares de toneladas de painéis solares devem chegar ao fim de sua vida útil nos próximos anos.

A nova fábrica em Rousset, no sul da França, tem um contrato com a organização PV Cycle France para reciclar 1.300 toneladas de painéis solares em 2018 – praticamente todos os painéis solares que chegarão ao fim de vida útil na França este ano – e estimasse que este número aumente para 4.000 toneladas em 2022.

Os funcionários trabalham na usina de reciclagem de painéis solares da Veolia em Rousset, França, em 25 de junho de 2018. Na usina, os painéis fotovoltaicos são desmontados e suas partes constituintes, como vidro, alumínio, silício e plásticos, são recicladas.

“Esta é a primeira usina dedicada de reciclagem de painéis solares na Europa, possivelmente no mundo”, disse Gilles Carsuzaa, chefe de reciclagem de eletrônicos da Veolia, a repórteres.

Os primeiros painéis fotovoltaicos envelhecidos – que têm vida útil de cerca de 25 anos – estão apenas começando a sair dos telhados e das usinas solares em volumes suficientemente estáveis ​​e significativos para garantir a construção de uma fábrica dedicada.


Até agora, os painéis solares envelhecidos ou quebrados foram tipicamente reciclados em instalações de reciclagem de vidro para uso geral, onde apenas as estruturas de vidro e alumínio são recuperadas e seu vidro especial é misturado com outro vidro. O restante é frequentemente queimado em fornos para cimento.

Em um estudo de 2016 sobre reciclagem de painéis solares, a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) disse que, no longo prazo, a construção de usinas dedicadas de reciclagem de painéis fotovoltaicos faz sentido. A empresa estima que os materiais recuperados podem valer US $ 450 milhões até 2030 e exceder US $ 15 bilhões até 2050.

Os robôs da nova fábrica da Veolia desmontam os painéis para recuperar vidro, silício, plásticos, cobre e prata, que são esmagados em granulados que podem ser usados ​​para fazer novos painéis.

Um painel solar de silício cristalino típico é composto de 65-75 por cento de vidro, 10-15 por cento de alumínio, 10 por cento de plástico e apenas 3-5 por cento de silício. A nova fábrica não recicla painéis solares de película fina, que representam apenas uma pequena porcentagem do mercado francês.

A Veolia informou que pretende reciclar todos os painéis fotovoltaicos desativados na França e quer usar essa experiência para construir fábricas semelhantes no exterior. A capacidade solar instalada está crescendo de 30% a 40% ao ano na França, com 53.000 toneladas instaladas em 2016 e 84.000 toneladas em 2017. Em todo o mundo, a Veolia espera que as toneladas de painéis fotovoltaicos desativados aumente para vários milhões de toneladas até 2050.


A IRENA estimou que os fluxos globais de resíduos fotovoltaicos aumentarão de 250.000 toneladas no final de 2016 – menos de um por cento da capacidade instalada – para mais de cinco milhões de toneladas até 2050. Até lá, a quantidade de resíduos fotovoltaicos será quase igual à massa contida em novas instalações.

Fonte: REUTERS

Primeira estrada solar do mundo é inaugurada na França


A pequena cidade francesa de Tourouvre-au-Perche com cerca de 5.000 residentes, localizada na região da Normandia, foi contemplada com um quilometro de placas fotovoltaicas em uma de suas rodovias que recebe cerca de dois mil carros diariamente. Apesar de ser um trecho pequeno, a estrada que é coberto, com cerca de 2.800 metros quadrados de painéis de geração de energia elétrica.

A Wattway foi inaugurada pela ministra do Meio Ambiente da França Ségolène Royal e tem o objetivo de produzir, aproximadamente, 767 kWh por dia, que será usado para garantir a iluminação local. No verão a quantidade de energia gerada poderá ter picos de até 1.500 kWh. Por ano, a expectativa é produzir 280 MWh, energia suficiente para abastecer a iluminação pública da pequena cidade. Para maior durabilidade, os painéis são revestidos com uma película fina de silício o que protege também de veículos pesados como caminhões.

A ideia é usar estruturas que já existem, como vias públicas e estacionamentos, para a instalação dos painéis solares, para que não seja necessário ocupar novos espaços. Este conceito já está sendo explorado em outros países como Alemanha, Holanda e Estados Unidos, partindo da ideia de que as estradas fiquem ocupadas 20% do tempo, o que oferece vastas extensões de superfícies para absorção da radiação solar.

A União Europeia tem 10,5 milhões de quilômetros de estradas – 650 mil quilômetros somente na Alemanha, são vários quilômetros que poderiam ser utilizados para gerar eletricidade. Apesar disso, nem todas as vias são ideais para o emprego do sistema fotovoltaico. Por exemplo, rodovias de tráfego intenso não oferecem condições ideais, porque os carros acabam cobrindo a superfície, evitando que células fotovoltaicas captem a luz do sol.

Na Alemanha, tal inovação energética está sendo testada em um trecho de 150 metros perto da cidade de Colônia, no oeste do país. Nos Estados Unidos, o estado do Missouri trabalha na instalação de painéis numa pequena área perto da famosa Route 66, a estrada que atravessa o país.


O projeto ainda é criticado por especialistas que apontam também que os painéis se tornam mais eficientes quando colocados inclinados, em um ângulo direcionado ao Sol, diferentemente do que acontece na estrada onde estão dispostos em forma plana, o que tem gerado discussão sobre a viabilidade do projeto. Mesmo assim, a “Estrada Solar” continua em fase de testes e a expectativa é de que nos próximos dois anos, possa gerar energia o suficiente para abastecer a cidade.

Apesar disso, a tecnologia ainda é cara, chegando a custar cerca de 13 vezes mais do que um painel solar comum. O projeto francês custou cerca de 5,2 milhões de euros, o que gerou muitas críticas sobre o investimento do dinheiro público, entretanto, a expectativa dos responsáveis pelo projeto é de que mais sistemas como esse sejam adotados na França para que se possa reduzir o preço dos painéis e popularizar o incentivo ao uso de energias renováveis.

França inaugura 1ª avenida feita com placas fotovoltaicas (em vez de asfalto) para produção de energia solar


A França dispõem de um plano ambicioso de construir MIL quilômetros de ruas com placas solares no lugar do asfalto, a fim de gerar energia suficiente para abastecer cinco milhões de franceses. Pois o primeiro quilômetro já foi inaugurado e fica em uma vila chamada Tourouvre-au-Perche, no noroeste do país.

Até o momento, a energia produzida por essa rua é responsável por abastecer todos os postes da cidade, que abriga pouco mais de três mil habitantes. No total, são 280 megawatt/hora de eletricidade por ano, mesmo que o tempo não esteja assim tão propício. O material que compõe a rua é feito por uma resina fina o suficiente para não estragar durante a expansão e contração das placas, causadas pela mudança de clima.

Mas nem tudo são flores: a tecnologia custa 13 vezes mais que um painel solar padrão. Só neste quilômetro inaugurado, foram investidos pouco mais de cinco milhões de dólares.

Se o projeto der certo e o país optar por seguir com o plano inicial, ele conseguiria alcançar, finalmente, a independência elétrica. Hoje três quartos da energia do país é proveniente de usinas nucleares. Entretanto, o alto custo do projeto continua sendo seu principal desafio.

Os painéis solares no asfalto não são privilégio da França. A Coréia do Sul, por exemplo, tem 32 quilômetros de ciclovias que produzem energia solar. Já no Brasil, ainda não temos notícia de nada parecido, mas a cidade de Curitiba quer ser a pioneira na tecnologia!

Photos: COLAS/Joachim Bertrand

EM VEZ DE ASFALTO, PAINÉIS SOLARES: FRANÇA INAUGURA SUA PRIMEIRA ESTRADA SOLAR


Estradas fotovoltaicas na França já são uma realidade. Ségolène Royal, Ministro da Ecologia na França abriu a WattWay by Colas. Um Km coberto com painéis solares que irá satisfazer as necessidades energéticas de 3.400 pessoas, no centro de Tourouvre-au-Perche.

O cimento deu lugar a 2.800 metros quadrados de painéis fotovoltaicos que serão "passados” por cerca de 2.000 motoristas diariamente na RD5. Esta é a primeira estrada do mundo equipada com células fotovoltaicas.

Nos últimos meses, os painéis foram testados em quatro parques de estacionamento em toda a França. O fabricante é Colas e o projeto custou cerca de 5 milhões de euros. Em outros lugares, por exemplo nos EUA, essas soluções estão sendo testadas como a Sandpoint onde está em curso a experimentação da Solar Roadways, projeto possível graças ao crowdfunding.

Mas na França será a pequena Tourouvre-au-Perche a primeira a se beneficiar da energia limpa produzida.

O projeto se enquadra na lei sobre a transição energética que envolve iniciativas inovadoras e ambiciosas. A energia limpa gerada por este pedaço de estrada solar, será introduzida na rede. Espera-se uma produção anual de 280 MWh. A produção diária será variável, dependendo do tempo e das estações.


Em média, ela pode chegar a 767 kWh por dia, com picos de até 1.500 kWh no verão. Um painel de informações instalada perto da estrada (que também é alimentado por energia limpa) irá indicar seja a produção imediata que a produção total.

Para o diretor da Wattway, Jean-Charles Broizat, este projeto é um passo importante para o desenvolvimento de estradas solares:

"Estamos ainda em fase experimental. Construir um lugar de testes desta escala é uma grande oportunidade para a nossa inovação, pois nos permitiu de melhorar o nosso processo de instalação dos painéis fotovoltaicos, bem como a sua produção, a fim de continuar a otimizar nossa inovação".

Simplesmente um luxo! E no nosso país, sol não falta, em vez disso, a água que gera a energia hidráulica?

Estrutura é criada para despoluir o ar e filtrar a água do mar

Crédito: Divulgação/Sitbon Architectes

O escritório francês Sitbon Architectes projetou uma cápsula flutuante com o interior composto por uma estufa orgânica. Esta tem a função de despoluir o ar e conta com um sistema de conversão de água potável.

Além disso, o projeto agrega sensores com capacidade de avisar a ocorrência de tragédias naturais, como maremotos, tsunamis e outras catástrofes.

A preocupação com o desenvolvimento sustentável e os eminentes efeitos do aquecimento global foram os principais motivos para idealizarem a estrutura, batizada de Bloom. A esfera abrigará também grandes aquários repletos de fitoplânctons e seres microscópicos, capazes de retirar o dióxido de carbono da atmosfera.

Crédito: Divulgação /Sitbon Architectes

Os aquários e estufas serão supervisionados e controlados por cientistas para regular a concentração de oxigênio nos oceanos.

A estação ambiental e de estudos meteorológicos ainda não tem data para ser construída, mas enquanto isso, o escritório de arquitetura Sitbon Architectes está acumulando prêmios pela Europa com o projeto.

Crédito: Divulgação/Sitbon Architectes

Balões a 20 quilômetros de altura para aumentar a eficiência dos painéis solares


Uma das formas de aumentar a eficiência dos painéis solares é colocá-los num local onde as nuvens não possam interromper a sua produção de energia – é que até nas partes mais ensolaradas do mundo as nuvens podem causar flutuações na produção de energia. Este foi o ponto de partida para um novo projeto que vai colocar painéis solares agarrados a balões, em grandes altitudes, e que podem flutuar até 20 quilômetros no céu – bem mais acima do que qualquer nuvem.

O projeto está a ser desenvolvido pelo NextPV, um laboratório internacional ligado aos investigadores da francesa CNRS e da Universidade de Tóquio, e procura sobretudo saber se a ideia é fazível do ponto de vista prático e financeiro – é que restam poucas dúvidas de que, do ponto de vista puramente operacional, estes painéis serão mais eficientes.

“Há poucas nuvens acima dos seis quilômetros de altitude e nenhuma aos 20 quilômetros. À medida que o céu perde o seu azul, a iluminação direta torna-se mais intensa: a concentração de energia solar resulta numa conversão mais eficiente e, assim, mais produtiva”, explicou o diretor do CNRS, Jean-François Guillemoles.


O principal obstáculo da ideia, explica o Quartz, é o preço. Um projeto desta dimensão dificilmente reduzirá os preços já bastante baratos da energia solar – e que ainda baixarão até 25% nos próximos 10 anos.

Há pouca dúvida de que esses painéis solares de alto vôo seriam mais eficazes do que os baseados em terra. A questão maior é se a ideia é ou não viável de uma perspectiva financeira ou mesmo prática.

O principal obstáculo, como costuma ser, é o custo. É improvável que um projeto tão elaborado possa reduzir seus custos a um valor comparável à energia solar normal (já abaixo de US $ 1 por watt e estimada em 25 cents por watt em uma década).

Há ainda a questão da pressão que, a esta altitude, pode influenciar o hidrogênio necessário para o balão flutuar. Os balões, que ficariam ligados ao chão através de longos cabos, também poderão pôr em causa os pilotos e os próprios cidadãos. E, certamente, esta ideia não resolverá uma das grandes equações da energia solar: o que fazer durante a noite.

Ainda assim, é mais uma ideia a ser explorada e, mais que não seja, sempre serve para continuar a onda de notícia e informações sobre renováveis – e inovação em renováveis – para os leitores globais.

Fonte: Green Savers

França obriga prédios comerciais a ter telhado verde ou painel solar


Se não é por consciência, que seja então por obrigação! A partir de agora, qualquer edifício comercial construído na França precisará ter telhado verde ou painéis solares – à escolha do freguês.

A nova Lei, aprovada pelo parlamento francês, faz parte de um pacote de medidas energéticas proposto pelo governo para reduzir o uso de energia nuclear no país – que, realmente, está alto. Segundo a World Nuclear Association, 75% da demanda energética da França é suprida por essa fonte (não renovável e, portanto, nada sustentável).

Com a nova medida, os edifícios comerciais terão energia solar para gerar eletricidade (em vez da nuclear) e/ou telhados verdes para proteger seus frequentadores das intempéries do tempo. Assim, no calor, não será necessário usar tanto o ar-condicionado (já que as plantinhas deixarão o ambiente mais fresco) e, no inverno, será possível dar uma folga para o aquecedor (já que as plantas também retém a umidade). Sem contar que prédios com cobertura vegetal deixam a cidade muito mais bonita e o ar muito mais limpo, entre outros benefícios. Aliás, alguém consegue pensar em um malefício sequer?

Os parlamentares até cogitaram expandir a lei para prédios residenciais, mas (pelo menos por enquanto) a ideia não vingou: os políticos acharam que a medida poderia sair cara demais para o bolso do cidadão.

E você, aprovaria uma Lei assim aqui no Brasil?

Foto: Leong Him Woh

ECO WAVE POWER: ENERGIA GERADA PELAS ONDAS DO MAR


Cada vez mais as empresas de energia estão percebendo que a água do mar pode ser aproveitada para gerar eletricidade. Israel’s Eco Wave Power anunciou que iniciou teste inicial de dois dispositivos geradores de energia por meio das ondas, o “Clapper Wave” e a “energia eólica,” tem sido bem sucedida. A empresa pretende continuar a trabalhar para produção em larga escala dos dispositivos indo para a próxima fase de testes, com dispositivos maiores que poderão produzir em torno de 5 kW de eletricidade.

“Somos uma empresa jovem e inovadora no campo da energia dos oceanos”, disse David Leb, fundador do Wave Power Eco. “Nós acreditamos em um rápido, mas confiável, progresso. Nossos concorrentes na área de energia do oceano passaram 15 anos pesquisando este sem resultados em escala comercial disponíveis para venda e implementação. Queremos ser diferente. Queremos ser capazes de oferecer os nossos dispositivos em escala comercial em curto prazo, e os preços mais atraentes”.

O teste dos dois dispositivos iniciais ocorreu em uma piscina de ondas na Hydro-Mechanical Instituto Nacional de Kiev. A empresa obteve sucesso ao produzir um fluxo constante de eletricidade a partir do movimento das ondas.


A ATME Eco Solutions, empresa especializada em eficiência energética e recursos hídricos, está trazendo para o Brasil uma tecnologia para produzir eletricidade a partir da energia das ondas do mar, a um preço inferior em relação a geração por outras fontes de energias renováveis, como eólica e solar.

O princípio desta nova tecnologia é um conversor de energia criado pela Eco Wave Power (EWP), de Israel. Projetado para ser simples e robusto, o equipamento oferece vantagens técnicas, quando comparados a sistemas concorrentes, entre outras razões, por utilizar materiais de baixo custo, despesas reduzidas com manutenção e expectativa de longa durabilidade.

Ainda ausente da matriz energética brasileira, a energia das ondas, ou maremotriz, pode gerar eletricidade a partir da energia cinética produzida pelo movimento das águas ou pela energia derivada da diferença do nível do mar entre as marés alta e baixa.


Estudos realizados pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro apontam para um potencial de 40 GW (gigawatts) para produção deste tipo de energia no Brasil.

Teoricamente é possível extrair até 40 MW de potência por quilômetro de litoral onde há ondas suaves, de um metro de altura, e até 1.000 MW onde as ondas chegam a 5 metros de altura. Ao contrário da energia eólica e da solar, que podem ser interrompidas por causa dos ciclos do vento ou do sol, a maremotriz é gerada ininterruptamente e proporciona maior estabilidade.

O primeiro projeto de energia maremotriz no mundo foi a barragem La Rance na França, há 50 anos. Desde então, outros projetos foram implantados com a preocupação de superar desafios como reduzir o custo de investimento, o impacto ambiental e os riscos para a navegação.

Tecnologia Eco Wave Power – Produção eletricidade a partir da energia das ondas

Na corrida por melhorias, o último avanço foi a tecnologia da EWP, que agora está disponível no Brasil através da ATME Eco Solutions. “Esta tecnologia que estamos trazendo representa um marco na geração energética pelas ondas porque apresenta soluções sustentáveis, por preços acessíveis, para todos os pontos que eram considerados críticos na geração desse tipo de energia, afirma Avi Meizler, presidente da ATME Eco Solutions.

Um exemplo de ponto crítico é o funcionamento de equipamentos mar adentro liberando óleo e outros resíduos que poluem as águas. No caso da nova tecnologia este risco não existe porque tanques de óleo e equipamentos hidropneumáticos são instalados em terra firme, com total segurança. Desta forma, além de reduzir o impacto ambiental causam menos interferência na navegação.


Como funciona a Tecnologia de produção de eletricidade

Conversores extraem energia por meio de flutuadores exclusivamente projetados pela EWP, o “Wave Clapper” e o “Power Wing” , que sobem e descem acompanhando a movimentação das ondas e movimentando cilindros hidráulicos de alta pressão, que por sua vez acionam uma bobina elétrica.

Os flutuadores são presos por braços robustos para qualquer tipo de estrutura, tais como, (mas não se limitando a) quebra-mares, ancoradouros, mastros e plataformas fixas ou flutuantes. Uma das grandes vantagens deste sistema é que apenas os flutuadores e pistões ficam localizados na água e os demais equipamentos técnicos operam em terra, melhorando a e facilitando acesso para manutenção e reparos.

Comparação de custo de instalação


* De acordo com a altura das ondas, e não incluindo instalação e ligação à rede Flutuador Tipo Wave Clapper.


Metrô francês Sait-Omer gera energia com passos dos passageiros


O ser humano dá, em média, 150 milhões de passos ao longo da vida e todos eles podem virar energia. É o que garante a empresa britânica Pavegen, que já está implantando a tecnologia em diversos lugares mundo afora.

Um dos casos de maior sucesso e repercussão é o do metrô de Sait-Omer, no norte da França. Por lá, 14 “azulejos” retangulares foram instalados no chão. A diferença deles para os pisos comuns? Produzem energia limpa – com a ajuda dos próprios passageiros.


Toda vez que alguém pisa no azulejo – que é 100% feito com borracha reciclada -, a placa produz cerca de 7 watts de eletricidade, que ficam armazenados em pequenas baterias e podem ser utilizados em até 72 horas. Se levarmos em conta que, todos os dias, milhares de pessoas caminham pela estação de metrô francesa, dá para ter uma ideia da quantidade de energia produzida pela invenção.



Por enquanto, a eletricidade está sendo usada para alimentar as lâmpadas LED da estação e, também, duas entradas USB gratuitas instaladas no local para que os passageiros possam recarregar seus eletrônicos. Afinal, nada mais justo do que deixar que eles usufruam da energia que estão ajudando a produzir, certo?


Mas, se for ampliada, a invenção pode tornar o metrô – e todos os outros locais onde o piso for instalado – autossuficiente em energia (limpa). Demais, não? A tecnologia também já está sendo testada em outros lugares do mundo. Entre eles, o Brasil.


Por aqui, um campo de futebol no Morro da Mineira, no Rio de Janeiro, produz energia a partir dos passos dos jogadores. A eletricidade gerada é usada para acender os refletores da quadra durante a noite. Os brasileiros curtiram, mas quem mora na comunidade reclama que o preço do aluguel da quadra aumentou muito. A empresa admite que o alto custo ainda é uma falha do piso, mas garante que, a medida em que ele se popularizar, seu preço cairá. Esperamos ansiosamente!




Saiba mais no vídeo abaixo.


Eles propõem aumentar os objetivos de fotovoltaica na França para 2020

Para impulsionar o mercado fotovoltaico nacional, a agência francesa ADEME recomenda a instalação de mais de 10 GW nos próximos seis anos.


Em um estudo publicado recentemente, a Agência Francesa para Energia e Meio Ambiente (ADEME) propõe aumentar a meta nacional em energia fotovoltaica dos atuais 5,4 gigawatts (GW) para 15 gigawatts até 2020. Até o final de 2012, a França tinha um poder acumulado de apenas quatro gigawatts. 

A ADEME também destaca em seu estudo os benefícios econômicos e ambientais que um aumento no objetivo fotovoltaico traria, especialmente para o emprego. Segundo a agência, existem "inúmeras empresas francesas que se dedicam ao desenvolvimento de tecnologias de produção inovadoras (células, módulos e eletrônica de potência)".

Por outro lado, a Associação das Indústrias Solares Francesas (Enerplan) deseja que a proposta da ADEME vá mais longe e aumente o objetivo em fotovoltaica para 2020 a 20 gigawatts. "A melhor maneira de alcançar a competitividade da indústria fotovoltaica francesa é fornecendo-lhe um volume seguro e uma estrutura sustentável", disse o secretário-geral da Enerplan, Richard Loyen. 

O governo francês decidiu no ano passado lançar um amplo debate nacional sobre como o país deveria transformar seu sistema energético. O presidente François Hollande anunciou que a porcentagem de energia gerada por usinas nucleares deve diminuir de 75% para 50% até 2025.

Até julho, os investidores e o público em geral vão discutir em julho como a demanda de energia deve ser coberta no futuro no país. Espera-se que essas opiniões e recomendações sejam integradas em uma nova lei de energia que está prevista para este outono. 

Por Oliver Ristau, editado por Becky Beetz, traduzido por Blanca Díaz

Biopilha é uma nova fonte de energia?

As biopilhas visam a transformar a energia do homem em eletricidade. Pesquisadores de Grenoble (França) querem implantá-las no corpo humano para, assim, alimentar dispositivos médicos ou órgãos artificiais.

A próxima geração de implantes médicos e de órgãos artificiais, mais que funcionar graças à pilhas, poderia ser alimentada diretamente pela energia do corpo humano. Um projeto francês intitulado IBFC avança neste sentido.

Coordenado pelo professor Donald Martin, da Universidade Joseph Fourrier, de Grenoble, o projeto visa o desenvolvimento de uma biopilha a combustível, implantada no homem. Em 2010, um primeiro protótipo foi concebido e testado em um rato. Tal protótipo funciona graças à catálise enzimática da glucose nos eletrodos, do mesmo modo que as baterias desenvolvidas pela Sony. 

Salvo que, neste caso, o dispositivo está embalado em materiais biocompatíveis, que o isolam do meio exterior. A biopilha implantada no rato forneceu 6,5 microwatts durante vários meses. Seja: quase a energia suficiente para alimentar os marca-passos usados em humanos.

Biopilha - Créditos: DR.

A biopilha teria também possibilidade de alimentar outros dispositivos, como bombas de insulina, até com mais potência que órgãos artificiais tais como rins ou esfíncteres urinários. Os pesquisadores trabalham igualmente em um outro tipo de bateria que funciona não a glucose, mas a base de sal.

Dois industriais - o fabricante de produtos médicos italiano, Sorin, e a ST Microelectronics -, estão associados no projeto. Recentemente, o projeto IBFC foi laureado no concurso "Nanobiotechnologias, Investimentos do Futuro", da Agência Nacional de Pesquisas da França (ANR).

Fonte: Industrie & Technologies (Tradução - MIA).

Projetos com Painéis Solares Flutuantes.

Em parceria com a EDF, uma empresa israelense lançará, em setembro próximo, a experimentação de painéis solares flutuando na superfície da água. Foi escolhida a cidade de Cadarache (França), para a realização do experimento.

Este extraordinário conceito foi desenvolvido por uma start-up israelense, criada há dois anos: Solaris Synergy. Os painéis solares flutuantes são compostos de módulos fotovoltaicos articulados. A fim de não prejudicar as paisagens, esta inovação é destinada a reservas de águas industriais e agrícolas, não devendo, portanto, ser instalada em locais turísticos ou em pleno mar. Além disso, as plataformas são concebidas de modo a que a circulação de oxigênio não seja prejudicada para, assim, assegurar a sobrevida dos ecossistemas aquosos.

Painéis solares flutuantes. - Créditos: Maxisciences.

O primeiro protótipo do projeto será testado a partir de setembro, em colaboração com a EDF (companhia de eletricidade francesa). Ele será instalado sobre um espelho de água, situado nas proximidades de uma instalação hidroelétrica, em Cadarache (França). O sistema será experimentado durante nove meses, para uma comercialização prevista para o meio do ano 2012.

O interesse ecológico dessa tecnologia é duplo, uma vez que, além de produzir uma energia de origem renovável, os painéis flutuantes não necessitam da destruição de florestas ou de terras agrícolas, principais problemas na instalação de centrais solares clássicas que ocupam grandes superfícies.

FONTE: Maxisciences (Tradução - MIA).

PARIS TERÁ SISTEMA DE ALUGUEL DE CARROS ELÉTRICOS

A cidade de Paris terá uma importante novidade para seus habitantes e turistas a partir de 2011.

Segundo a prefeitura do município, um programa de aluguel de veículos movidos a eletricidade será lançado no ano que vem, parecido com o sistema de locação de bicicletas, criado por lá em 2007. O nome da novidade é Autolib e será o primeiro do tipo no mundo.

Para o aluguel, serão fornecidos exemplares do Bolloré Bluecar, um compacto elétrico feito por uma marca francesa que venceu a licitação. Desenvolvido em parceria com o estúdio italiano Pininfarina, ele tem espaço para até quatro pessoas e autonomia de 250 km. Entre os equipamentos usados estão navegador por GPS e rádio.

O sistema deve ser inaugurado em outubro de 2011, dois meses após o fim da fase de testes. Em abril começa a construção das 700 estações em Paris e de outras 300 nas proximidades da capital, para quem desejar fazer percursos mais longos. Estes espaços terão área para recarregar as baterias. Ao todo, serão três mil unidades oferecidas.

Os preços são relativamente contidos, como num sistema de assinatura. A utilização terá assinaturas: diária, 10 euros (R$ 22); semanal, 15 euros (R$ 33) ou anual, 12 euros (R$ 26). Após esta taxa, há a cobrança por uso, com 7 euros (R$ 15) para a primeira meia hora, 6 euros (R$ 13) para a segunda e 8 euros (R$ 17) a partir da terceira.

Apesar da ideia ecológica, alguns ambientalistas e membros do Partido Verde criticaram o sistema. Alguns afirmam que o funcionamento não é confiável, enquanto outros acreditam que o excesso de veículos rodando por Paris pode ser ainda pior, mesmo sem estes novos automóveis emitirem poluentes.

Hidrogênio e platina, apenas bons amigos.

A utilização do hidrogênio como vetor de energia é uma solução sedutora. Para tanto, o conjunto de atividades ligadas ao hidrogênio não pode se desenvolver senão com o domínio de duas etapas-chaves: a produção de hidrogênio em grande quantidade por eletrólise da água nos dispositivos chamados eletrolisadores e a utilização do hidrogênio nas pilhas a combustível para fornecer energia para a reação de oxidação desse hidrogênio. 

Atualmente, tais processos necessitam da utilização da platina como catalisador, que permite acelerar a reação química. O problema é que este metal é extremamente raro no planeta, da ordem de 5 ppm, uma abundância equivalente àquela do ouro. Também é muito caro, daí a necessidade imperiosa de se libertar da platina.

Representação artística do átomo de Hidrogênio.
Créditos: Uberreview.

Os pesquisadores que, atualmente, são levados a substituir a platina por metais mais abundantes na Terra, e de baixo custo, se inspiram em processos químicos existentes em certos organismos vivos. Estes, de fato, dispõem de surpreendentes sistemas enzimáticos, chamados "hidrogenases", que não utilizam senão metais abundantes, como o ferro e o níquel, que lhes permite utilizar o hidrogênio como fonte energética ou produzi-lo a partir da água. 

Tais enzimas representam uma verdadeira fonte de inspiração para o químico que sintetiza compostos á base de níquel e de ferro, análogos estruturais das hidrogenases, e elabora assim novos catalisadores. Fala-se, também, de química bioinspirada.

Acontece que, para serem utilizáveis nos dispositivos tecnológicos, esses catalisadores sintéticos devem, assim como a platina, ser fixados em quantidades muito elevadas nos eletrodos. Dado ao fato de sua geometria, que permite aumentar consideravelmente a superfície potencial de ligação do catalisador, e sua grande condutividade elétrica, os nanotubos de carbono representam uma boa solução para contornar essa dificuldade.

É neste contexto que pesquisadores de diferentes laboratórios do CEA (Commissariat à l'Énergie Atomique) francês conseguiram imobilizar um desses catalisadores bioinspirados, à base de níquel, via enxertia através de ligação covalente, em nanotubos de carbono. O material assim obtido apresenta uma atividade catalítica promissora, ao mesmo tempo para a produção e utilização do hidrogênio. 

Além disso, ele se revela extremamente estável e capaz de funcionar em um meio bastante ácido, o que lhe permite ser compatível com as membranas trocadoras de prótons, utilizadas de modo quase universal nas pilhas a combustível que funcionam à baixa temperatura.

FONTE: CEA

Microalgas poderão, sim, ser uma alternativa energética ao petróleo.

Hoje, sob a luz dos projetores, as microalgas são apresentadas como uma alternativa energética ao petróleo, capaz de produzir energia de três formas: hidrogênio, biocombustível ou ainda biogás. Esses microorganismos suscitam um vivo interesse junto a gigantes como a Shell ou a Boeing.

O pico espetacular alcançado pelo preço do barril de petróleo em 2007 e 2008 acelerou os esforços de pesquisa na direção do desenvolvimento de novos biocombustíveis. Diferentes potencialidades como o óleo (palma, girassol,...), o álcool (beterraba, milho) e o biogás (lodos, excrementos animais) se desenvolvem atualmente. Entretanto, esses biocombustíveis chamados de "primeira geração" apresentam um inconveniente de escala, porque estão em competição direta com as culturas destinadas a alimentação e não são sem impacto à biodiversidade dos ecossistemas.

Um novo ramo de biocombustíveis chamados de "segunda geração" está em pleno desenvolvimento ao redor de novas fontes de biomassa à base de lignocelulose (palha, álamo), resíduos lignocelulósicos provenientes das agroindústrias, da silvicultura e da madeira). Esse ramo oferece perspectivas interessantes, com melhores rendimentos, respeitando o meio ambiente.

Entre os desenvolvimentos em curso, os industriais se voltam cada vez mais para o ramo de biocombustíveis de "terceira geração", à base de microalgas, e apresentada como a fonte de biomassa capaz de oferecer os melhores rendimentos.

Microalgas são organismos microscópicos, ricos em lipídios, e se desenvolvem por fotossíntese na água doce ou na água do mar, segundo as espécies. Apresentam, em escala de laboratório, vantagens muito atrativas que fizeram delas um verdadeiro "ouro verde":
os rendimentos em lipídios seriam 30 vezes superiores às culturas oleaginosas como o girassol ou a colza, sua cultura em fotobiorreatores não apresenta impacto sobre o ambiente (não utilização de pesticidas) e permite reciclar os nutrientes necessários a seu crescimento (fósforo e nitrogênio), enfim, o problema das superfícies cultiváveis desaparece, pois esses organismos se desenvolvem na água. 
As microalgas são consideradas como negócio do futuro por numerosas start-upsamericanas em pleno crescimento. A mais conhecida entre elas é a GreenFuel Tech que desenvolve procedimentos para a produção de microalgas. O entusiasmo atingiu até mesmo petroleiras como a Chevron e a Shell. 

Recentemente, a Boeing iniciou colaboração com a Virgin Fuels e a General Electric para o desenvolvimento de um novo biocombustível à base de microalgas. A França participa igualmente dessa corrida para o verde com o projeto SHAMASH, dirigido por Olivier Bernard, pesquisador do INRIA (Instituto Nacional de Pesquisa em Informática e Automação).

Geração de hidrogênio a partir de microalgas. - Créditos: Alcimed.

As microalgas podem intervir na produção de três tipos de energia: o hidrogênio; os biocombustíveis ou os biogases. Mas, quais são as verdadeiras performances das microalgas e qual o grau de maturidade de cada uma dessas possibilidades?

- Sob certas condições de estresse (falta de enxofre ou oxigênio), as microalgas podem produzir hidrogênio. Atualmente, menos de 3% da energia luminosa total é transformada em hidrogênio. Para ser rentável, essa via necessita de um rendimento de 10%, e a produção de hidrogênio a partir de microalgas poderia então ser significativa. 

Os pesquisadores contam com mutações genéticas para criar microalgas mais eficientes. Por exemplo, na França, o laboratório de bioenergética e biotecnologia de bactérias e microalgas, do CEA, trabalha atualmente neste tema.

- A produção de biocombustíveis pelas microalgas é a via mais mediatizada, mas conta ainda com numerosos desafios a vencer. Um dos primeiros desafios consiste em identificar as microalgas mais ricas em lipídios, entre alguns milhões de espécies existentes. Em condições de estresse de nitrogênio, a produção lipídica pode atingir 75% para a Botryococcus braunii. Não obstante, estressar as algas retarda seu crescimento.

Um outro desafio a ser considerado é a otimização da extração dos lipídios, que permanece uma etapa ainda bastante negligenciada. As técnicas de prensagem são, de fato, ineficazes; a extração do óleo é realizada com hexano, o que não é competitivo nem em nível econômico nem em nível ambiental. Pesquisas sobre a extração estão atualmente em andamento: a empresa Valcobio - uma das parceiras do projeto SHAMASH -, trabalha sobre técnicas de extração sem a utilização de produtos químicos.

Enfim, os rendimentos de produção de algas são ainda bastante baixos em escala industrial. "Para se tornar competitiva, a produção de algas deveria ser de 100 g por m2, por dia, seja: três vezes superior aos rendimentos atuais", estima Nadia Boukhetaia, consultora da Business Unit Chemistry, Materials and Energy.

- O último tipo de energia que pode produzir as microalgas é o biogás. Elas se revelam particularmente adaptadas a essa aplicação. Após fermentação em uma autoclave, elas geram um biogás composto de 70 a 80% de metano, sendo os outros gases CO2 e N2. Datando dos anos 40, essa tecnologia foi desenvolvida pelo Professor William J. Oswald, da Universidade de Berkeley, Califórnia (EUA). Contudo, foi abandonada nos anos 80, em proveito dos biocombustíveis mais "na moda" e é reestudada há dez anos. De fato, essa via é atualmente a via de produção de energia a partir de microalgas mais simples e mais rentável em curto prazo. 

Ela pode ser particularmente eficiente, quando associada a outros procedimentos. Se essa tecnologia é associada a uma central térmica, as microalgas seqüestram o CO2 e utilizam o calor produzido para seu crescimento. O biogás produzido é, então, diretamente reinjetado nos queimadores da central. Essa tecnologia pode também ser associada a uma estação de depuração onde as microalgas utilizam os nutrientes como o nitrogênio e o fósforo para seu crescimento.

Quer se trate da produção de hidrogênio, de biocombustíveis ou de biogás a partir de microalgas restam desafios a vencer, que necessitam ainda de trabalhos de pesquisa e desenvolvimento importantes.

"A industrialização da energia a partir de microalgas não poderá se dar a não ser sob a condição de que numerosas competências colaborem para ultrapassar as barreiras existentes: engenharia genética; ficologia (ou algologia: ramo da biologia que estuda as algas); bioquímica e petroquímica. Os experts mundiais são pouco numerosos e os savoir-faire têm a tendência de se dispersar. São necessárias colaborações fortes entre industriais e pesquisadores dessas diferentes áreas para participarem da corrida para o verde", conclui Vincent Pessey, Responsável de Missões da Business Unit Chimie.

FONTE: Enerzine