As biopilhas visam a transformar a energia do homem em eletricidade. Pesquisadores de Grenoble (França) querem implantá-las no corpo humano para, assim, alimentar dispositivos médicos ou órgãos artificiais.
A próxima geração de implantes médicos e de órgãos artificiais, mais que funcionar graças à pilhas, poderia ser alimentada diretamente pela energia do corpo humano. Um projeto francês intitulado IBFC avança neste sentido.
Coordenado pelo professor Donald Martin, da Universidade Joseph Fourrier, de Grenoble, o projeto visa o desenvolvimento de uma biopilha a combustível, implantada no homem. Em 2010, um primeiro protótipo foi concebido e testado em um rato. Tal protótipo funciona graças à catálise enzimática da glucose nos eletrodos, do mesmo modo que as baterias desenvolvidas pela Sony.
Salvo que, neste caso, o dispositivo está embalado em materiais biocompatíveis, que o isolam do meio exterior. A biopilha implantada no rato forneceu 6,5 microwatts durante vários meses. Seja: quase a energia suficiente para alimentar os marca-passos usados em humanos.
Biopilha - Créditos: DR.
A biopilha teria também possibilidade de alimentar outros dispositivos, como bombas de insulina, até com mais potência que órgãos artificiais tais como rins ou esfíncteres urinários. Os pesquisadores trabalham igualmente em um outro tipo de bateria que funciona não a glucose, mas a base de sal.
Dois industriais - o fabricante de produtos médicos italiano, Sorin, e a ST Microelectronics -, estão associados no projeto. Recentemente, o projeto IBFC foi laureado no concurso "Nanobiotechnologias, Investimentos do Futuro", da Agência Nacional de Pesquisas da França (ANR).
Fonte: Industrie & Technologies (Tradução - MIA).
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