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Pesquisadores criam abelha-robô alimentada por energia solar


Pesquisadores do Laboratório de Microrobótica de Harvard criaram uma abelha-robô que utiliza energia solar e não precisa de um cabo de energia. A inovação ainda está sendo aperfeiçoada, mas, quando pronta para voar fora dos laboratórios, poderá auxiliar em operações de busca, salvamento e exploração ambiental.

Chamada de RoboBee X-Wing, a tecnologia é resultado de muito estudo para tornar o protótipo mais leve, menor e com novos recursos. Potencialmente, a RoboBee poderia voar dentro e fora d’água por anos por conta de suas células solares e par extra de asas.

Esta versão da abelha-robô pesa um quarto de um clipe de papel e pode bater suas asas 120 vezes por segundo — ainda longe do patamar do inseto real, que bate as asas entre 190 e 200 vezes por segundo.


Anatomia

O robô em forma de abelha consegue bater as asas graças as células solares que geram 5 volts de eletricidade e um micro transformador que fornece 200 volts. A voltagem faz com que os atuadores piezelétricos se movam igual a músculos.

Como sua energia é gerada por células solares, a RoboBee ainda não pode sair em missões — quando não está diretamente sob a luz ela não funciona. Os pesquisadores estudam ainda como manter o inseto biônico no ar por mais de dois segundos.


A abelha-robô poderá ir para a natureza quando a tecnologia das células solares for melhorada e as baterias diminuidas de tamanho. A anatomia do inseto robótico foi desenhada para ser ágil, manobrável e silenciosa, podendo, futuramente, conviver sem prejuízos com humanos.


Pesquisadores desenvolvem método para sintetizar grafeno a partir de casca de eucalipto abundante

Cientistas australianos e indianos desenvolveram um método de fabricação de grafeno solúvel de forma rentável e ecologicamente correta a partir de um dos recursos mais comuns da Austrália, as árvores de eucalipto.

As árvores de goma australianas poderiam ajudar uma futura geração de painéis solares super eficientes. Imagem: seagul / Pixabay

Um átomo camada espessa de átomos de carbono dispostos em uma formação hexagonal, o grafeno oferece a capacidade de transportar uma carga muito mais rápido do que outros materiais e há muita pesquisa sobre o material, com a síntese sustentável de folhas de grafeno de alta qualidade um tema quente.

Uma nova abordagem desenvolvida por pesquisadores da RMIT University na Austrália e do Instituto Nacional de Tecnologia da Índia, Warangal, usa o extrato de casca de eucalipto para sintetizar o grafeno, tornando-o mais barato e mais sustentável do que os métodos atuais. O pesquisador líder da RMIT, Suresh Bhargava, disse que o novo método poderia reduzir pela metade o custo atual de produção de US$ 100 / g.

“O extrato de casca de eucalipto nunca foi usado para sintetizar folhas de grafeno antes e estamos entusiasmados em descobrir que ele não apenas funciona, mas também um método superior em termos de segurança e custo total”, disse Bhargava, acrescentando a abundância de eucaliptos na Austrália, tornou-se um recurso barato e acessível para a produção de grafeno.

As características distintivas do material fazem dele um material transformador que pode ser usado no desenvolvimento de melhores painéis solares, bem como em eletrônicos flexíveis, chips de computador mais potentes, filtros de água e biossensores. “É um material notável, com grande potencial em muitas aplicações, devido às suas propriedades químicas e físicas, e há uma demanda crescente de produção em larga escala econômica e ambientalmente amigável”, acrescentou o pesquisador líder.

O material mais fino e mais forte conhecido, o grafeno também é flexível e transparente e conduz calor e eletricidade 10 vezes melhor que o cobre, tornando-o ideal para qualquer coisa, desde a nanoeletrônica flexível até as melhores células de combustível. Embora seja um bom exemplo para o desenvolvimento de células solares ultratinas altamente eficientes, o grafeno tem sido afetado por uma vida útil de portadora extremamente curta. Com os elétrons excitados pela luz do sol, movidos apenas por um picossegundo - um milionésimo de um milionésimo de segundo - os cientistas também estão procurando métodos para obter um melhor controle sobre a vida útil dos elétrons excitados.

Um método mais ecológico

A redução química é o método mais comum para sintetizar o óxido de grafeno, pois permite a produção de grafeno a um custo relativamente baixo a granel. No entanto, depende de agentes redutores que são perigosos para as pessoas e para o meio ambiente.

O professor Vishnu Shanker, do Instituto Nacional de Tecnologia de Warangal, disse que a química "verde" derivada do eucalipto evita o uso de reagentes tóxicos, potencialmente abrindo a porta para a aplicação do grafeno não apenas para dispositivos eletrônicos, mas também para materiais biocompatíveis.


Em seu experimento, os pesquisadores usaram uma solução de polifenol de eucalipto obtida a partir de um extrato de casca de eucalipto para desencadear a redução do óxido de grafeno esfoliado em grafeno solúvel sob condições de refluxo em meio aquoso. Isso levou à remoção efetiva das funcionalidades de oxigênio do óxido de grafeno.

Quando testado em um supercapacitor, o grafeno 'verde' produzido correspondeu à qualidade e desempenho do grafeno tradicionalmente produzido, sem os reagentes tóxicos.

As minas de lítio de Portugal é comparada ao ouro do futuro

Rui Manuel Ferreira / Global Imagens

Já deves ter ouvido falar na polêmica sobre as minas de lítio no nosso país. Será que vamos ficar mais ricos com o metal que alimenta baterias do futuro? Ou corremos mais riscos ambientais e de saúde?

O lítio é um metal especial, que pode ser retirado de algumas rochas e com propriedades interessantes, que o Homem explora há mais de cem anos na medicina e na cerâmica. Recentemente, ganhou enorme valor para o fabrico das baterias mais leves e duradouras que já temos nos smartphones, nos computadores portáteis e nos carros elétricos. À velocidade a que estes produtos crescem no Mundo falta muita matéria-prima para as baterias. E nós temos lítio – somos o quinto maior produtor mundial.

Quantas minas temos no nosso país? 

Em Portugal, há seis zonas assinaladas para a exploração de lítio, algumas das quais em funcionamento há largas décadas para fornecer a indústria cerâmica, muito antes desta “febre” das baterias: duas a Norte (Serra de Arga e Covas do Barroso) e quatro no Centro (Barca d’Alva, Guarda, Mangualde e Segura). Este ano, o Governo anunciou o lançamento de um concurso público para a exploração de oito novas áreas para a pesquisa de lítio. Em dois anos, houve mais de 40 pedidos para procurar o metal.

Como é que se retira o metal das rochas? 

O mineral onde se encontra lítio mais abundante em Portugal chama-se espodumena. Para retirar o lítio desse silicato de lítio e alumínio, a rocha extraída das minas tem de ser aquecida, pulverizada com areia fina, que depois é submetida a reagentes como o ácido sulfúrico. A nova mistura será aquecida, filtrada e concentrada pelo método de evaporação. Dali resulta o carbonato de lítio, que já pode ser transportado e comercializado de forma segura.

Vamos ficar ricos com o lítio? 

As grandes quantidades de água e os químicos tóxicos utilizados no processo, bem como a destruição da paisagem, zonas agrícolas e florestais, com toda a sua fauna e flora, são os maiores custos da exploração de lítio a partir da rocha. Valerá a pena? Ou estamos a trocar as energias fósseis por energias que só parecem limpas? Bem, mesmo sem respostas, já se investigam outras baterias amigas do ambiente, que dispensam metais e químicos tóxicos, que podem matar o interesse pelo lítio. E também há quem diga que este ano já vai haver lítio a mais no Mundo e os preços vão cair, eliminando o interesse para Portugal.

Texto: Erika Nunes

Os avanços propostos pela lei geral de licenciamento ambiental

Renata Messias Fonseca. FOTO: DIVULGAÇÃO 

Há mais de uma década, tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei n.º 3729/2004, que visa instituir uma lei geral de licenciamento ambiental, a qual orientará referido processo em todo o território nacional. 

O texto, que já foi objeto de incontáveis alterações e emendas desde a sua apresentação à Câmara dos Deputados, tem sofrido diferentes críticas e interpretações, especialmente após os acidentes de Mariana e Brumadinho, que despertaram ainda mais atenção ao tema. 

Apesar disso, é consenso a necessidade e importância da edição de uma norma federal que equalize os diferentes tratamentos dispensados ao processo de licenciamento nos estados e municípios da federação, garantindo o desenvolvimento sustentável do país e maior segurança jurídica aos empreendedores e órgãos ambientais. 

Ainda que o texto em debate possua arestas a serem aparadas, alguns avanços propostos são inegáveis, como a disposição no sentido de que as condicionantes ambientais devem guardar relação direta com os impactos identificados nos estudos apresentados no processo de licenciamento, garantido sua adequada mitigação e compensação. Essa proposta garante o tratamento dos impactos efetivamente experimentados pelo meio ambiente em que o empreendimento está inserido, ao passo em que evita que as licenças ambientais se tornem objeto de solicitações infundadas aos empreendedores, especialmente relacionadas ao atendimento de demandas de responsabilidade do poder público, muitas vezes impostas aos responsáveis pela implantação de grandes obras de infraestrutura. 

Outro avanço significativo refere-se à regulamentação da participação popular no processo de licenciamento, seja por meio de consultas ou audiências públicas, inclusive pela internet, buscando-se especialmente a oitiva da população da área de influência do empreendimento, que é a mais interessada na mitigação e compensação dos impactos negativos dele provenientes, bem como na potencialização dos impactos positivos observados. 

Mais um ponto de destaque, e que tem como principal consequência a agilização do processo de licenciamento ambiental, diz respeito à emissão das autorizações e outorgas que se fizerem necessárias para o pleno exercício da licença ambiental previamente ou concomitantemente a ela, evitando, por exemplo, que empreendimentos com licença de instalação emitidas fiquem impedidos de iniciar suas obras por ausência de uma autorização para supressão da vegetação ou para resgate da fauna no local, as quais são outorgadas apartadas das licenças ambientais. 

Outros aspectos que garantem maior agilidade ao licenciamento, sem implicar redução da proteção ambiental, referem-se à possibilidade de realização de estudos conjuntos para empreendimentos localizados na mesma área de influência e do aproveitamento de diagnósticos ambientais constantes em estudos anteriormente realizados na mesma área, observada a realidade do novo empreendimento. 

Pontos mais polêmicos, como a possibilidade de licenciamento por adesão ou compromisso, também representam avanço, na medida em que se limitam aos casos em que são conhecidas as características ambientais da área interferida, além dos impactos e das condições de instalação e operação do empreendimento, estando previamente definidas as medidas de controle pertinentes e garantida a conferência, pelo poder público, dos dados apresentados pelo empreendedor. Não se trata, portanto, de um autolicenciamento não fiscalizado ou que ocorre à revelia do órgão ambiental, mas da agilização de processos que envolvem atividades cujos impactos e área de inserção são conhecidos dos órgãos ambientais. 

É preciso lembrar que o objetivo primordial do processo de licenciamento ambiental não é proibir a implantação e operação de empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, mas viabilizá-la em harmonia com a preservação ambiental, concretizando o desenvolvimento sustentável. 

Portanto, as normas que regem referido processo devem garantir a implantação e operação dos empreendimentos considerados ambientalmente viáveis em tempo razoável, e mediante a imposição de medidas adequadas e proporcionais para evitar, mitigar e compensar os impactos verificados. 

Diante das melhorias já propostas, e das outras tantas ainda possíveis de serem consideradas pelos congressistas, a edição de uma lei geral de licenciamento ambiental mostra-se uma valiosa oportunidade, garantindo maior agilidade ao processo e maior segurança jurídica aos envolvidos, sem que isso implique menor proteção ambiental. 

*Renata Messias Fonseca é coordenadora do Grupo de Trabalho de Licenciamento Ambiental do Fórum do Meio Ambiente do Setor Elétrico e coordenadora do Comitê de Meio Ambiente da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica

Imóvel Rural que gera Energia Solar pode ser dispensado de ter Reserva Legal


Um projeto de lei do senador Otto Alencar (PSD-BA) em análise na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), propõe que propriedade rural que gere energia solar ou eólica poderá ficar dispensada de manter Reserva Legal.

Para o relator do projeto na comissão, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), o projeto incentiva a geração de energia renovável.

“Considerando os benefícios da geração de energia a partir dos ventos e do sol, não faz sentido um tratamento mais desafiador. A proposição aprimora a legislação e constitui um obstáculo a menos para expansão das energias limpas e renováveis”, afirmou.

Já o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) é contrário à proposta. Segundo ele, preparou uma nota extensa contrária a proposta e se pronunciará a respeito apenas na deliberação.

Reserva Legal é a parte da propriedade rural que deve ser mantida intacta com a vegetação nativa e área a ser reservada depende da extensão e localização do propriedade, em alguns casos pode chegar a 80% da área total.

O código florestal já prevê a dispensa da reserva em propriedades com abastecimento público de água e tratamento de esgoto ou que explorem energia hidráulica, ou, ainda, que tenham instaladas linhas de transmissão de energia elétrica.

Corona pensa em você e no meio ambiente, eles dão cerveja para quem faz reciclagem de plástico!



Eles criaram uma série de máquinas de venda automática, nas quais você não paga com dinheiro para uma cerveja gelada e espumante. O que você tem a fazer é inserir três garrafas pet vazias nelas e você está apto à receber uma garrafa de Corona em troca.

As máquinas serão colocadas em diferentes pontos turísticos de lugares como Itália, Espanha, Caribe, América Latina e, claro, também no México.


Além dessa iniciativa ecológica que dá cerveja para reciclagem, a Corona já criou um pacote de seis latas com material biodegradável. A empresa anunciou que, durante os meses de junho, julho e agosto de 2019, venderá uma edição especial em nove países e se comprometeu a limpar um metro quadrado de praias para cada seis pacotes vendidos.

Essa limpeza será feita em 23 países, incluindo o México, e a meta é cobrir dois milhões de metros quadrados.


Já estamos coletando garrafas plásticas e esperando máquinas de venda de cerveja chegarem às nossas cidades. Vamos ver o quanto podemos beber enquanto reciclamos.

Relatório 'Futuro do Hidrogênio' da IEA traça um caminho através de ilhas movidas a combustíveis fósseis

A reunião do G20 de ministros de meio ambiente e energia no fim de semana em Karuizawa, no Japão, saiu em grande parte a favor da adoção de tecnologias de energia com emissões mais baixas. Isso significa carvão mais limpo, assim como o desenvolvimento de hidrogênio verde movido a energia solar e eólica.

O hidrogênio verde pode ser produzido por eletrólise a partir de qualquer fonte de energia de baixo custo. Imagem: Siemens.

Um relatório da Agência Internacional de Energia sobre o Futuro do Hidrogênio foi divulgado na Reunião Ministerial do G20 sobre Transições de Energia e o Ambiente Global para o Crescimento Sustentável, realizada em Karuizawa, no Japão, no final de semana. Ele oferece uma perspectiva positiva para o desenvolvimento de hidrogênio verde usando fontes de energia renováveis, como a solar.

O relatório foi acompanhado pelo ministro de Economia, Comércio e Indústria do Japão, Hiroshige Seko, reafirmando o compromisso de seu país com tecnologias de carvão limpo, como captura e armazenamento de carbono (CCS) e captura e utilização de carbono (CCU).

"É inevitável que, em alguns países, o carvão térmico seja usado", disse Seko. “A energia térmica do carvão do Japão, comparada com a energia térmica convencional do carvão, tem menos emissões de dióxido de carbono e devemos fornecer e implementá-lo nos países em desenvolvimento.”

Foi no mesmo espírito que o Ministro Seko assinou um Memorando de Cooperação com Angus Taylor, Ministro da Energia e Redução de Emissões da Austrália, para promover comércio e investimento, apoiar pesquisa e inovação, e enfrentar desafios de segurança energética, confiabilidade e acessibilidade?

Hidrogênio, preto ou verde?

Não há dúvida de que o desenvolvimento de tecnologias de hidrogênio é alto nas agendas de energia de ambos os países. A Estratégia Básica de Hidrogênio do Japão foi concebida e revisada sob vários nomes desde 2014, com a última atualização formulada em março deste ano. Entre muitos pontos-chave, busca reduzir o custo do hidrogênio para igualar o custo do GNL no Japão e estabeleceu metas para a absorção de células de combustível em várias categorias de veículos pesados ​​até 2030. Como presidente do G20 durante 2019, o Japão também encomendou o relatório O Futuro do Hidrogênio para ajudar a moldar a agenda das conversações do G20.

As iniciativas australianas incluem o investimento do Governo Federal no valor de A $ 25 milhões (US$ 17,18 milhões) em pesquisa e desenvolvimento de hidrogênio limpo através da Agência Renovável de Energia Australiana (ARENA) e também US $ 50 milhões (somados outros US$ 50 milhões do governo de Victoria). um controverso projeto de carvão para hidrogênio, no qual o Japão tem interesse, no Vale de La Trobe, em Victoria.

"O hidrogênio já é produzido em quantidades muito grandes em todo o mundo, a partir do gás e do carvão, e esses caminhos desempenharão um papel no fornecimento de uma escala de hidrogênio com baixo teor de carbono no início", Dr. Daniel Roberts, líder da Plataforma de Ciência Futura dos Sistemas de Energia de Hidrogênio da CSIRO, disse durante uma coletiva sobre hidrogênio no início deste mês no Australian Science Media Centre (AusSMC).

De acordo com o relatório da AIE sobre O Futuro do Hidrogênio , a produção de hidrogênio a partir de combustíveis fósseis é atualmente responsável por “emissões anuais de CO2 equivalentes às da Indonésia e do Reino Unido juntas”. O relatório diz que “aproveitar essa escala existente no caminho para um futuro de energia limpa requer tanto a captura de CO2 da produção de hidrogênio a partir de combustíveis fósseis quanto a maior oferta de hidrogênio a partir de eletricidade limpa”.

O farol de energia solar fotovoltaica

O relatório cita o recente sucesso da energia solar fotovoltaica, vento, baterias e veículos elétricos em mostrar que os países podem usar políticas e apoiar a inovação "para construir indústrias limpas globais".

Embora o custo de produção de hidrogênio a partir de energia de baixo carbono ainda é um obstáculo a uma aceitação generalizada de hidrogênio verde, análise da AIE mostra que o custo de produção de hidrogênio a partir de energia renovável pode cair cerca de 30% em 2030, como resultado da diminuição dos custos das energias renováveis ​​e ampliação da produção de hidrogênio. O relatório também sugere que “as células de combustível, os equipamentos de reabastecimento e os eletrolisadores (que produzem hidrogênio a partir da eletricidade e da água) podem se beneficiar da fabricação em massa”.

No Hydrogen Briefing AusSMC, Professor Douglas MacFarlane - líder do programa de energia no Centro ARC de Excelência para Electromaterials Ciência - disse estar confiante de que, a longo prazo, o hidrogênio verde baseado em energia solar e eletrólise vai dominar o mercado.

“Isso será impulsionado pela economia como o preço da instalação e manutenção de quedas de parques solares em larga escala - as pessoas já estão falando de US $ 20MWh - e também com o custo da eletrólise em larga escala. Nós e outros estamos pesquisando o último para reduzir o custo dos materiais ”, disse MacFarlane.

No curto prazo, o relatório O Futuro do Hidrogênio identifica quatro oportunidades para acelerar o uso generalizado de hidrogênio limpo:
  1. Tornar os portos industriais os centros nervosos para aumentar o uso de hidrogênio limpo. Hoje, grande parte da produção de refino e produtos químicos que utiliza hidrogênio com base em combustíveis fósseis já está concentrada em zonas industriais costeiras ao redor do mundo, como o Mar do Norte na Europa, a Costa do Golfo na América do Norte e no sudeste da China. Encorajar essas fábricas a mudar para uma produção mais limpa de hidrogênio reduziria os custos gerais. Essas grandes fontes de fornecimento de hidrogênio também podem abastecer navios e caminhões que atendem os portos e abastecem outras instalações industriais próximas, como siderúrgicas.
  2. Construa em infra-estrutura existente, como milhões de quilômetros de gasodutos de gás natural. A introdução de hidrogênio limpo para substituir apenas 5% do volume de gás natural dos países aumentaria significativamente a demanda por hidrogênio e diminuiria os custos.
  3. Expandir o hidrogênio no transporte por meio de frotas, cargas e corredores. Alimentar carros, caminhões e ônibus de alta quilometragem para transportar passageiros e mercadorias em rotas populares pode tornar os veículos movidos a células de combustível mais competitivos.
  4. Lançar as primeiras rotas marítimas internacionais do comércio de hidrogênio. Lições do crescimento bem-sucedido do mercado global de GNL podem ser aproveitadas. O comércio internacional de hidrogênio deve começar em breve, se quiser causar impacto no sistema energético global.

“A cooperação internacional é vital para acelerar o crescimento do hidrogênio versátil e limpo em todo o mundo”, conclui o relatório, e nesse sentido, a assinatura do Memorando de Cooperação Austrália-Japão é um passo positivo.

As colaborações australianas com o Japão, como o recente plano de exportar hidrogênio verde de Queensland - bem como o projeto vitoriano do carvão marrom para o hidrogênio, que visa capturar e armazenar as 100 toneladas de CO2 geradas durante a fase piloto em 2020 - Ambos podem ser vistos como passos exploratórios em direção a uma indústria de hidrogênio limpo.

Mas no contexto dos planos do Japão de construir até 30 novas usinas termoelétricas a carvão em seu próprio território, bem como o financiamento de novas usinas movidas a carvão na Ásia, a intenção coletiva por trás das várias iniciativas ainda não está clara, particularmente agora. que o governo australiano está abrindo caminho para as empresas de mineração de carvão abrirem novos caminhos, na ausência de qualquer política para uma transição clara e de longo prazo para a energia renovável.

Renan Poli: Os Desafios da Lei Geral do Licenciamento Ambiental

O GT, aprovado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), estuda o marco legal do licenciamento ambiental nacional e já demonstra os desafios de se criar consenso em uma matéria tão sensível com o tema da primeira audiência (Crédito: Leonardo Milano/ICMBio).

Por Renan Poli – Advogado, engenheiro e biólogo. Escreve na coluna Direito, Política e Sustentabilidade do Money Times.

Entre cafés de Kim Kataguiri (DEM) e Rodrigo Agostinho (PSB) e declarações esdruxulas do governo, talvez reste apenas um denominador comum: destravar a economia, com geração de empregos e equilíbrio das contas públicas. Circula com pressa na Câmara dos Deputados a Lei Geral do Licenciamento Ambiental Brasileiro.

Ocorre nesta segunda (17) às 14h30 a primeira das dez audiências públicas previstas pelo Grupo de Trabalho (GT) liderado pelo democrata, que visa propor, a partir de um texto base, uma lei uniforme sobre a matéria.

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O GT, aprovado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), estuda o marco legal do licenciamento ambiental nacional e já demonstra os desafios de se criar consenso em uma matéria tão sensível com o tema da primeira audiência. Proposto pelo coordenador do GT como “Dispensa de licenciamento para atividade agrossilvipastoril em solo de uso alternativo”, foi aprovada em reunião ordinária como “Licenciamento para atividade agrossilvipastoril em solo de uso alternativo”.

Fazendo pressão, a bancada ruralista, que tinha apenas 28, dos mais de 2800 projetos em licenciamento pelo IBAMA no ano passado, queria de largada que fosse dispensado de licenciamento todo e qualquer projeto agropecuário em áreas já desmatadas. Na contraposição, ambientalistas ressaltavam que determinados projetos poderiam causar impactos significativos, a depender das áreas onde fossem instalados ou dos recursos a serem consumidos e despejados nas áreas.

O licenciamento ambiental é instrumento nacional desde 1981, com a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal nº 6938). É regulado essencialmente por Resoluções do CONAMA, órgão colegiado recentemente reduzido em representatividade por decreto do governo, e pela Lei Complementar nº 140/2011, que divide as competências da União, Estados e Municípios. O resto, cabe aos Estados e municípios legislar e determinar. Aí é que mora o problema. Milhares de projetos de menor monta são analisados nesses entes federativos, com realidades e estruturas das mais diversas e critérios dos mais variados para se debruçar sobre o que propõe cada empreendedor.

Há décadas acusado como excessivamente burocrático, lento e custoso, o instrumento também padece muitas vezes de segurança jurídica para ambas as partes. Seu objetivo é certificar-se da viabilidade de empreendimentos e melhorar a performance de projetos.

Há muito a se otimizar no licenciamento, ainda mais com as facilidades e recursos da era digital. Reduzir a necessidade de constantes levantamentos em estudos muitas vezes sobrepostos, evitar prolongadas discussões sobre quais os tipos de estudo necessários, entre outros, economizará tempo e dará maior efetividade ao instrumento.

Além do que a lei pode alcançar, melhor estruturar órgãos, fornecer informações mais claras ao planejamento ambiental e empreendedores, trabalhando-se com transparência, é tarefa do governo e sem dúvidas contribui.

Este, no entanto, embora afirme a todo custo que quer destravar a economia com uma política liberal, dá constantes sinais contrários. Servidores do IBAMA acusam o ministro do meio ambiente de sucatear as mais diversas diretorias. Todos dos ex-ministros da pasta desde a era Collor endossam reclamações em carta aberta. Informações antes em fácil acesso são suprimidas do público.

Não se pode ignorar que o licenciamento adequado previne o esgotamento de recursos que abastecem não apenas a população, mas também as indústrias e agropecuária. Previne a contaminação de áreas sensíveis com subprodutos da exploração e transformação de matérias de forma mal planejada. Reduz as chances de rompimentos de barragens e assegura que planos de contingenciamento estejam adequados. Diminui custos.

Não há soluções simples. Mas ignorar e atropelar o licenciamento certamente ajudará a reduzir a competitividade nacional e poderá colapsar setores. O mercado internacional já dá sinais de que não compactuará com a exportação brasileira irresponsável.

Não parece ser esse o discurso agora recalibrado no GT, que será testado nas próximas semanas. Com a meta de entregar um texto depurado para deliberação no plenário em meados de agosto, se os congressistas atingirem consenso sobre uma lei geral de licenciamento ambiental, poderemos ter surpresas e será ótimo para o país. Faltará então convencer o governo a jogar a favor do interesse nacional se e quando a lei entrar em vigor.

Crise hídrica no Chile trava adaptação às mudanças climáticas

Governo chileno estima que país terá disponível até 37% menos água em 30 anos.


O lago Maule na cordilheira dos Andes, a 300 quilômetros de Santiago. O Chile lançou um plano de ação com o objetivo de resolver sua prolongada crise de água, em preparação para as negociações sobre o clima da COP25 (imagem: Centro de Cambio Global UC)

Segundo as projeções de mudanças climáticas no Chile, uma das principais consequências será a falta de água. Medições preliminares do governo estimam uma redução na disponibilidade do recurso de entre 10% a 37% hoje.

Essa redução obrigará o país a racionar o recurso que ainda não tem um inventário preciso em nível nacional, e a modificar, segundo os especialistas, o código de direitos de aproveitamento que hoje permite que a água esteja em mãos de entidades privadas.
Situação atual

A cada 30 anos, o Chile faz um balanço da disponibilidade de seus recursos hídricos. A Direção Geral de Águas (DGA) foi a encarregada de encomendar a elaboração do novo inventário, que ainda está em processo.

Dados preliminares indicam que, em três décadas, a disponibilidade diminuiu entre cerca de 10% e 37%. Contudo, em algumas regiões, essa porcentagem chega a 50.

Na região centro-sul do Chile, o impacto é mais evidente e direto, tanto pela quantidade concentrada de população como pelo tipo de atividades ali realizadas, assegura Eduardo Bustos, diretor de extensão do Centro Cambio Global da Universidade Católica.

“Os sinais de redução de precipitações em todos os modelos e cenários, em médio e longo prazo, são muito consistentes”, explica. O mesmo também vale para o aumento da temperatura.

Mas essa vulnerabilidade projetada já aconteceu. Essa região sofre há dez anos de uma “megasseca”. Apesar do caráter cíclico desse tipo de fenômeno, este em particular tem sido mais longo e com maior alcance geográfico – o que o converte numa anomalia que pode ser associada às mudanças climáticas, dizem os estudos.

É muito estranho que tenhamos uma sistema de gerenciamento hídrico que não reconhece a existência de um meio ambiente dinâmico

É nesse contexto que hoje o governo de Sebastián Piñera trabalha no Plano de Adaptação para os Recursos Hídricos, uma das noves estratégias setoriais encabeçadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) para combater as mudanças climáticas.

Estamos numa primeira etapa de elaboração e de levantamento de informação para realizar a análise com suporte técnico”, conta Carolina Urmeneta, chefe do setor de mudanças climáticas do MMA.

O objetivo, segundo ela, é ter um plano com indicadores monitoráveis e verificáveis até 2020, algo que hoje ainda não existe. Além disso, o governo chileno quer formular um marco jurídico para as medidas de adaptação às mudanças climáticas no tema da água.

A especialista acrescenta que o plano não considera mudar um dos aspectos mais polêmicos do manejo de água no Chile: sua propriedade.

1981 - O ano em que o Chile deu a empresas privadas direito de explorar água

Em 1981, durante o governo militar, formulou-se o Código de Águas – que ainda segue vigente. Nesse código considera-se o recurso como um bem social, mas também econômico, e permite que o Estado conceda direitos de aproveitamento de águas a entes privados, de forma gratuita e perpetue. Essa característica deu origem a um mercado da água, uma vez que quem detém o direito pode vendê-lo.

Atualmente, o setor agrícola é o principal usuário de água, seguido de longe pela indústria, mineração e pelo setor sanitário. Em muitos casos, essa situação legal caminha acompanha uma piora na disponibilidade do recurso para consumo humano. Isso aconteceu em Petorca, localizada cerca de 200 quilômetros ao norte da capital, devido ao alto volume de água utilizado pelo cultivo intensivo de abacate na região.

A discussão

A crise hídrica e os desafios climáticos do Chile abriram a discussão sobre a necessidade de se modificar o sistema de água, assunto em que os especialistas divergem.

“É muito ‘estranho’ que tenhamos um sistema de gestão da água que não reconheça a existência de um ambiente dinâmico, e onde não se possa ajustar a distribuição do recurso segundo o contexto”, opina Eduardo Bustos.

Enquanto isso, para Oscar Cristi Marfil, diretor da DGA, a situação do Chile não é diferente do resto do mundo. “O sistema chileno é parecido com o de outros países – como Austrália, África do Sul, Espanha e alguns estados dos Estados Unidos, que têm experiências bem-sucedidas, sobretudo em contextos de seca e escassez”, garante.

Nos países mencionados, a existência de mercados de água ajuda a reduzir os impactos negativos da seca, acrescenta Marfil.

As evidências científicas de projeções climáticas não estão sendo levadas em conta

“O Parlamento europeu os inclui em suas recomendações para racionalizar os recursos e superar o estresse hídrico, enquanto a China já conta com um mercado e uma plataforma associada para dar seguimento às transações”, diz.

A prioridade do governo, argumenta Marfil, é garantir o abastecimento de água para o consumo humano, mas também para a conservação do meio ambiente, e para a produção de bens e serviços.

“O Código de Águas ficou desatualizado porque faltam as ferramentas adequadas para enfrentar o aumento da periodicidade e intensidade das secas, o superconcessão de direitos e a demanda crescente”, explica.

Por isso, em janeiro passado, o governo apresentou no Senado um projeto de reforma do Código de Águas. O projeto busca melhorar a segurança hídrica, combater a especulação com os direitos de águas e acabar com a entrega gratuita de direitos – abrindo exceção para os pequenos agricultores e os serviços sanitários rurais.

Contudo, segundo Pilar Moraga, pesquisadora do Centro de Ciência do Clima e Resiliência e professora da Universidade do Chile, a reforma apresentada pelo governo piora a situação.

“Não se está levando em conta as evidências científicas das projeções climáticas. Estão distanciando a discussão de direitos da realidade biofísica que vive o Chile atualmente”, opina.

Para Moraga, os problemas do projeto de lei estão em manter o caráter perpétuo dos direitos de água – questão que a reforma proposta não mudará, segundo disse o ministro de Obras Públicas em janeiro passado.

Um exemplo é o que ocorre hoje no rio Perquilauquén, tributário do Maule, localizado 370 quilômetros ao sul de Santiago. Os direitos de água nessa região já estão sobreconcedidos e, segundo as projeções de mudanças climáticas, a situação se agravará. Essas foram as conclusões do trabalho realizado por Moraga junto com outros pesquisadores.

“A solução está em entender a água como um bem estratégico de interesse comum. Assim, deve-se buscar um acordo em seu uso produtivo, mas também para a conservação sustentável”, argumenta a pesquisadora.

1,000,000 pessoas no Chile não tem acesso regular a água potável

Atualmente, acrescenta ela, há várias comunidades que têm acesso à água apenas por meio de caminhões-pipa. A situação pode piorar caso o governo não tome as medidas necessárias.

Quase 47% das casas em zonas rurais não têm acesso a água potável, o que afeta cerca de um milhão de pessoas, garante o estudo Radiografia da água rural no Chile. A isso se soma o fato de que metade das regiões do país terão que enfrentar a escassez de água nos próximos anos.

De olho na COP25, o governo chileno criou sete mesas de trabalho científico, uma das quais está dedicada à questão da água. Embora as mesas tenham iniciado seus trabalhos em abril, os especialistas consultados para esta reportagem esperam que essa iniciativa crie novas ferramentas de gestão.

Bitcoin gera mais emissão de carbono do que alguns países do mundo, alerta estudo


A emissão de carbono gerada pelo Bitcoin (BTC) são comparáveis à de toda Kansas City, ou mesmo a pequenos países, de acordo com um estudo publicado pelo jornal Joule em 12 de junho.

Christian Stoll, um dos pesquisadores envolvidos no projeto, disse que uma grande quantidade de energia consumida gerada através da mineração revela uma grande pegada de carbono. Além disso, o poder de computação necessário para resolver um puzzle de Bitcoin tem mais que quadruplicado no último ano, e este é um problema que se agrava cada vez mais, diz o estudo. Ele completa:

“A magnitude dessas emissões de carbono, combinada com o risco de conluio e preocupações sobre o controle do sistema monetário, pode justificar uma intervenção regulatória para proteger os indivíduos de si mesmos e de outras pessoas de suas ações.”

Os pesquisadores usaram dados dos formulários de IPO e endereços IP para chegar a suas conclusões. Com emissões anuais de CO2 estimadas entre 22 e 22,9 megatons, o Bitcoin estaria colocado entre a Jordânia e o Sri Lanka em termos internacionais. O estudo sugere que esse nível poderia duplicar se todas as demais criptomoedas entrassem na conta.

Stoll, pesquisador da Universidade de Munique e do MIT, alertou:

“Nós não questionamos os ganhos de eficiência que a tecnologia blockchain poderia, em certos casos, oferecer. No entanto, o debate atual é focado em benefícios antecipados, então devemos ter mais atenção com os custos.”

Em novembro, outro estudo revisou o período entre janeiro de 2016 e junho de 2018 e descobriu que levou quatro vezes mais energia para extrair US$ 1 de BTC do que US$ 1 de cobre - e o dobro do que custa para $ 1 em ouro ou platina.

Um relatório de PwC de março alertava que as energias renováveis poderiam não serem suficientes para resolver o problema de sustentabilidade do Bitcoin. No mesmo mês, um condado do estado americano de Montana discutiu planos que, no entanto, exigiriam que os mineiradores cripto usassem energia renovável.

Chile fechará 8 usinas termoelétricas a carvão em 5 anos e todas até 2040

Na terça-feira, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, juntamente com a ministra de Energia, Susana Jiménez, apresentou o cronograma da primeira etapa das operações de fechamento das usinas a carvão da matriz energética do Chile. Foto: Ministério da Energia, Chile.

A retirada das operações das unidades será feita através de um cronograma que estabelece a cessação dos primeiros 1.047 MW das oito usinas mais antigas até 2024, que juntos representam 19% da capacidade total instalada de usinas a carvão . Até 2040, todos estarão fechados.

Na terça-feira, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, juntamente com a ministra de Energia, Susana Jiménez, apresentou o cronograma da primeira etapa das operações de fechamento das usinas a carvão da matriz energética do Chile.

A retirada das operações das unidades será feita através de um cronograma que estabelece a cessação dos primeiros 1.047 MW das oito usinas mais antigas até 2024, que juntos representam 19% da capacidade total instalada de usinas a carvão . Até 2040, todos estarão fechados.

"O cronograma confirma que as energias renováveis ​​são e serão a principal fonte de geração de energia no Chile", informou a ACERA, a Associação Chilena de Energias Renováveis ​​e Armazenamento do Chile.

A etapa de médio prazo consiste no compromisso de definir datas em novas tabelas de trabalho, a cada cinco anos, que permitam estabelecer cronogramas específicos de aposentadoria, respondendo pelos impactos econômicos, sociais e ambientais dessa decisão. "Todos os itens acima, com a ambição comum entre empresas e governo para a retirada das operações da usina a carvão total antes de 2040", disse o Ministério da Energia em um comunicado à imprensa.


As primeiras usinas a fechar este ano serão as unidades 12 e 13 de Tocopilla, que iniciaram suas operações 36 e 34 anos atrás, respectivamente, e que juntas têm capacidade instalada de 171 MW.

O país tem 28 plantas com média de 18 anos de operação localizados em seis municípios (Iquique, Tocopilla, mexilhões, Huasco Puchuncaví e coronel), e, atualmente, 40% da matriz depende de carvão Chile.

O acordo estabelece que as usinas que retirarem sua operação poderão entrar em um novo estado operativo denominado "Estado Operacional de Reserva Estratégica" (ERE), cujo objetivo é dar garantias de segurança ao Sistema Elétrico Nacional.

Estima-se que até 2040 o nível de emissões do setor elétrico, em vez de atingir 30 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano, será de 4 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano.

COSTA RICA: O PAÍS MAIS LIMPO DO MUNDO ATÉ 2021 ZERO PLÁSTICO E ZERO CARBONO


Não é de hoje – que, como alguns dizem, está na moda a questão ambiental – que a Costa Rica se dedica a explorar alternativas para o uso de recursos renováveis.

O pequeno país centro-americano vem sendo um grande exemplo ambiental no mundo, já que, desde 2014, 99% da energia do país é oriunda de fontes renováveis e há dois meses tem conseguido chegar a 100% de aproveitamento, segundo informou o Intelligent Living.

Há dois anos, o país decidiu, também, eliminar o plástico – o primeiro país do mundo a tomar tal atitude. Em 2018, a Costa Rica anunciou que, até 2021, pretende tornar-se o primeiro país do mundo também a ficar livre do carbono.

O Instituto de Eletricidade da Costa Rica (ICE) emitiu um comunicado argumentando que: “basear [a geração de eletricidade] em recursos renováveis permite que o país alcance uma das menores proporções de emissões de gases do efeito estufa para o consumo de eletricidade no planeta”.

O governo da Costa Rica, desde a década de 1980, é consciente de que a natureza é o seu principal ativo e vem fazendo desde então esforços para protegê-la: incluindo, entre outros, fechamento de parques zoológicos, reflorestamento e estabelecimento de áreas protegidas (25% da superfície total do país ).

A Costa Rica é abrigo de uma enorme biodiversidade e, por causa dela, o país vem demonstrado uma liderança ambiental ao buscar o reflorestamento, designando um terço do país de reservas naturais protegidas e retirando quase toda a eletricidade de energia hidrelétrica limpa.

No ano passado, no Dia Mundial do Meio Ambiente, o país anunciou seunovo plano nacional para erradicar todos os plásticos de uso único até 2021. O plástico já está sendo substituído por alternativas 100% recicláveis ou biodegradáveis e não à base de petróleo. Isso tem sido feito com o apoio técnico e financeiro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

A economista Mónica Araya, especialista em sustentabilidade da Costa Rica e diretora da Costa Rica Limpia, que promove energia renovável e transporte elétrico, explica que:

“Livrar-se dos combustíveis fósseis é uma grande ideia vinda de um pequeno país. Essa é uma ideia que está começando a ganhar apoio internacional com o surgimento de novas tecnologias. Em um país que já está se afastando rapidamente dos combustíveis fósseis, concentrar-se nos transportes - um dos últimos grandes desafios - poderia enviar uma mensagem poderosa ao mundo ”.

O presidente eleito este ano, Carlos Alvarado Quesada, está disposto a reduzir a carbonização, ao anunciar que a Costa Rica irá banir os combustíveis fósseis e tornar-se a primeira sociedade descarbonizada do mundo. Em um discurso, ele disse:

“A descarbonização é a grande tarefa de nossa geração e a Costa Rica deve ser um dos primeiros países do mundo a realizá-la, se não a primeira”.

A Costa Rica Faz faz parte da Wellbeing Economies Alliance, uma coalizão que inclui Escócia, Nova Zelândia e Eslovênia, que, em vez de enfatizar o PIB dos países, “procura assegurar que a política pública avance o bem-estar dos cidadãos no sentido mais amplo, promovendo a democracia, a sustentabilidade e crescimento inclusivo ”, informa uma recente coluna do economista Joseph Stiglitz.

Naturalmente a Costa Rica, por ser um país pequeno, mais facilmente consegue colocar em prática ações que asseguram o desenvolvimento sustentável, as quais são um modelo importante e fundamental para servir de experiência a países maiores e com necessidades energéticas mais robustas.

Folha de bananeira substitui plástico em mercearia de São Paulo


Solução foi implementada no setor de hortifrúti da Casa Santa Luzia.

Fundada em 1926, por um português, a Casa Santa Luzia é quase centenária. Tantos anos de existência não seriam possíveis se não fosse antenada às exigências do público. Exemplo disso, é a recente implantação de embalagens de folha de bananeira no setor de hortifrúti da loja. 

A folha de bananeira já foi bastante utilizada pela cultura indígena e caiçara, ou seja, não é exatamente uma novidade. Mas o mercado de embalagens no Brasil, para produzir em larga escala, sempre incentivou o uso de invólucros nada sustentáveis -, como os inúmeros plásticos que vemos diariamente nos supermercados. 

Foi após se deparar com a postagem, que viralizou nas redes sociais, que a Casa Santa Luzia se inspirou para implementar a solução. “Resistente, impermeável e flexível, ela também é biodegradável, ou seja, pode ser usada na compostagem ou, se descartada, irá se decompor naturalmente, de forma muito mais rápida em relação ao plástico”, salientou o empório ao compartilhar com seus clientes a novidade.

Supermercado na Tailândia que está testando a folha de bananeira como alternativa para evitar o uso excessivo de plásticos que embalam frutas e legumes.

Da inspiração à implementação

Entrevistamos Ana Maria Lopes, diretora da Casa Santa Luzia, que nos contou que foram os próprios funcionários a chamarem atenção para a ideia. A parte bacana da história é que a loja foi atrás de um fornecedor para verificar a viabilidade de implantação e a aceitação dos clientes. “Este fornecedor foi muito receptivo com a ideia e rapidamente nos enviou uma amostra e, na mesma semana, efetuamos a primeira compra”, diz Ana Maria. 

O resultado já pode ser visto na loja, localizada na capital paulistana, que até agora só recebeu elogios. “De imediato tivemos a aceitação do consumidor tornando possível manter o produto em linha”, conta Ana Maria. 

Um nicho a ser explorado 

A princípio pode parecer que faz pouca diferença substituir plásticos por folhas de bananeira, diante de tantos outros agentes poluidores, mas vamos aos fatos: Um terço do lixo doméstico no Brasil é composto por embalagens. São inúmeros os materiais que são descartados diariamente após serem usados uma única vez. Imagine o impacto em um mês, em um ano, em um país com mais de 200 milhões de habitantes.

Que há um enorme ganho econômico nas embalagens atuais não há novidade. Segundo a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), 38% dos ganhos da produção de embalagens veio do material plástico em 2017. Mas estamos em um momento da história que é preciso repensar o que parecia consolidado. Aliás, dar preferência a embalagens ecológicas não significa perda econômica. Segundo a diretora da Casa Santa Luzia, houve até um aumento na venda dos produtos e há planos de expandir a solução. “Existe abertura e negociação com outros fornecedores para futura expansão de mix de produtos”, conclui Ana Maria em entrevista ao CicloVivo.

Além dos números, nesta matéria falamos dos benefícios ambientais das folhas de bananeira.

Fonte: Ciclovivo, Foto: Agência Twist Entrevista: Mayra Rosa, Texto: Marcia Sousa

FLORIANÓPOLIS SERÁ A PRIMEIRA CIDADE LIXO ZERO DO BRASIL


Chegou a vez de o Brasil ter a sua primeira capital lixo zero!

Florianópolis é uma das cidades com o melhor desempenho na recuperação de resíduos do Brasil, tanto que há cerca de 30 anos ela já faz coleta seletiva. Mas, agora, a atual gestão municipal pretende colocar a cidade em uma patamar audacioso, para o qual terá que trabalhar muito.

A energia posta no projeto é grande, tanto que foi publicado um decreto no Diário Oficial do Município instituindo o Programa Florianópolis Capital Lixo Zero, a fim de incentivar a sociedade civil, a iniciativa privada e o poder público a reduzirem a produção de lixo e a valorizem os resíduos sólidos urbanos reintroduzindo-os na cadeia produtiva, informa o site da Prefeitura de Florianópolis.

O presidente da Autarquia de Melhoramentos da Capital Comcap, Márcio Luiz Alves, explica que o destino do resíduo é estabelecido dentro da casa de cada habitante, quando o separa em orgânico (restos de alimentos e de podas), reciclável seco (papel, plástico, metal e vidro) e rejeito (lixo sanitários e outros materiais para os quais não há ainda mercado de reciclagem), de acordo com publicação do Floripa Manha.

Floripa Lixo Zero 2030

Com a ajuda da população, a capital de Santa Catarina pretende ser Floripa Lixo Zero 2030. Isso significa que mais de 100 mil toneladas deixarão de ir para o aterro sanitário anualmente, com a ajuda de cada cidadão.

Uma das metas para que, até 2030, a cidade atinja a meta do lixo zero, é que os resíduos orgânicos tenham como destino a compostagem em quintais e pátios comunitários, de forma que não sejam encaminhadas as 100 mil toneladas por ano ao aterro sanitário até 2030.

“Serão quase R$ 40 milhões em ganhos ao ano, sem contar as vantagens ambientais, a redução na emissão de carbono tanto no aterro quanto na coleta. É só imaginar que Florianópolis deixará de mandar para o aterro, lá em Biguaçu, a 46 quilômetros do Itacorubi, algo como 27 caminhões de lixo por dia”, explica Alves.

Os órgãos públicos serão os primeiros a darem o exemplo para a sociedade, fazendo a separação dos resíduos em orgânicos, recicláveis secos e rejeito. Além disso, haverá um plano de reeducação para a comunidade e a melhoria da estrutura da Comcap para realizar a coleta.

Além de promover a separação e a valorização dos resíduos sólidos urbanos no município para viabilizar a economia circular, a preservação ambiental e a redução do volume dos resíduos, o projeto visa ao desenvolvimento econômico do município através da criação de novos negócios e da geração de empregos no circuito das economias circular, criativa, colaborativa e solidária pelo viés da inovação.

por Gisella Meneguelli

GUIA DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS: COMO COMEÇAR A LEVAR UMA VIDA MAIS ECO-FRIENDLY

Atitudes fáceis de incorporar na rotina para quem deseja ter uma vida ecologicamente correta
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(Ilustrações: Caco Neves)

A busca pelo termo “Vida sustentável para iniciantes” cresceu 256% no Pinterest Brasil, desde o ano passado. O movimento é um reflexo das políticas mundiais de incentivo à redução do consumo e, consequentemente, da nossa pegada ecológica — expressão que se refere à quantidade de terra e água em hectares necessária para as gerações atuais manterem seu estilo de vida. Por exemplo, o modo de viver do brasileiro demanda 1,7 planeta, o da população dos Estados Unidos, 5, e o da Alemanha 3,2, de acordo com dados da Global Footprint Network.

Para ter ideia do impacto do comportamento atual, um estudo da publicação britânica Nature indica que o aquecimento global pode ser duas vezes maior que o previsto. De acordo com a WGSN, agência global de previsões de tendências, em meio às preocupações em torno da poluição e das mudanças climáticas, as pessoas estão cada vez mais dispostas a abrir mão da conveniência em nome do planeta. Demos os primeiros passos na substituição das sacolas de supermercados por bolsas reutilizáveis, os canudos plásticos estão caindo em desuso e o filme PVC recentemente ganhou um concorrente sustentável, os panos de cera, que preservam melhor os alimentos e são reutilizáveis.

Mas é preciso um esforço maior para atingirmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), até 2030. As 17 metas da ONU incluem gestos que abrangem diferentes momentos de nosso dia a dia. Para adotá-los é preciso certa disciplina, mas vale lembrar que levamos apenas 21 dias para nos acostumar com um novo hábito. E nesse caso, o impacto é muito maior do que podemos mensurar. Portanto, mãos à obra!

Manual eco-friendly

O estilo de vida verde começa com a consciência de que os recursos naturais são finitos. Diminuir o consumo de água e energia, deixar o carro em casa e andar a pé quando possível e optar por produtos reciclados são medidas que alteram a dinâmica em curso em busca da preservação. Além disso, cada cantinho de nossa casa pode ser adaptado sem custos a uma rotina eco-friendly.

Closet

  • Evite marcas de fast fashion 
Várias empresas de moda no Brasil já adotaram a sustentabilidade como mantra. Aposte nas marcas locais engajadas que evitam o desperdício de recursos naturais e ainda geram empregos no país.

  • Conserte
Será que chegou a hora de abandonar aquele tênis ou ainda é possível reformá-lo? A ponderação deve surgir sempre que for substituir algum item. Algumas empresas oferecem o serviço de restauro, como a @seusujo, que transforma calçados com defeitos em novos.

  • Compras
O consumo desenfreado também reflete no meio ambiente. O movimento do armário-cápsula é uma boa opção para fugir do acúmulo de roupas. Nele há um limite de peças que podem ser mantidas no guarda-roupa. Assim fica mais fácil resistir a promoções e compras por impulso.


Garagem

  • Vá de bicicleta
Nos grandes centros urbanos é fácil encontrar bicicletas ou patinetes para alugar. O passeio, além de exercitar, e manter em dia a saúde, diminui a emissão de carbono provocada pelos carros.

  • Carros elétricos
Procura um carro para alugar? Aposte em um modelo elétrico! A alternativa ainda é pouco popular no Brasil. De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em 2018 havia apenas 300 exemplares desse tipo de automóvel circulando por aqui. Para quem deseja investir nos elétricos, os modelos custam em média 40% a mais do que seus equivalentes movidos a combustível. Já a adaptação para o carregamento elétrico em casa depende da instalação de um transformador com a potência exigida pelo veículo. O serviço tem preços a partir de R$ 200.


Geral

  • Tire da tomada
Ao sair de casa pela manhã, não se esqueça de desligar os aparelhos eletrônicos da tomada, especialmente os computadores. Todos consomem energia mesmo no modo stand-by.

  • Lâmpadas
Substitua a lâmpada incandescente por uma fluorescente ou LED. De acordo com dados da Enel, empresa de distribuição de energia elétrica no estado de São Paulo, elas consomem de 60% a 80% menos energia e são mais duráveis.

  • Descarte correto
Baterias e pilhas não podem ir para o lixo comum. É preciso armazená-las em plásticos resistentes para evitar vazamentos e não misturar com outros tipos de materiais. Depois de embaladas, consulte os postos de recolhimento mais próximos.


Cozinha

  • Bem em dobro
Adote uma dieta livre de carne uma vez por semana. De acordo com o worldwildlife.org, são necessários cerca de 100 mil litros de água para produzir 1 kg de carne bovina.

  • Invista em reutilizáveis
No trabalho, livre-se dos copos descartáveis e use canecas para tomar café e água. Leve a sacola de tecido ao supermercado. E na bolsa, carregue seu canudo reutilizável.

  • Reaproveite a água
Após lavar as frutas em uma bacia, aproveite a água para regar as plantas.

  • Orgânicos
Quanto mais rápido o alimento chegar até você, mais nutrientes importantes para a saúde ele fornecerá. Por isso, prefira comprá-lo de produtores locais. O gesto fortalece a economia da região e gera menos lixo, desperdício e poluição.


Home office

  • Calendário
Use menos papel. Para fazer anotações, utilize o calendário do smartphone e outros aplicativos.

  • Pagamentos
Entre no site ou baixe o aplicativo do banco no celular e pague suas contas on-line. É fácil e não emite papel.

  • Notebooks
Substitua o desktop pelo notebook. Como não precisa estar plugado o dia todo, ele economiza energia.


Jardim

  • Compostagem
As composteiras transformam em adubo os resíduos orgânicos que normalmente seriam descartados. Além de reduzir o lixo, colaboram para o crescimento de suas plantas. Confira como fazer compostagem no site de Casa e Jardim.

  • Piscina
Mantenha a piscina coberta quando não estiver em uso. Assim, além de garantir a segurança de crianças e pets, evita que a água evapore e suje, o que reduz o consumo de produtos químicos para a limpeza. A cobertura de PVC é uma opção ecologicamente correta. A iGUi, fabricante de piscinas, desenvolveu a Levita, uma cobertura de PVC automatizada. “O modelo foi projetado para controlar a temperatura e expelir água em seu recolhimento para evitar o bolor”, explica Filipe Sisson, fundador e CEO da iGUi.

  • Horta
Para montar uma horta em casa, espaço não é problema. O paisagista Luiz Cardoso explica que é preciso apenas um vaso em sacada ou janela que receba luz do sol por, pelo menos, quatro horas. “Há opções de hortas em painéis verticais, floreiras e de materiais recicláveis. Todo mundo tem garrafas PET em casa, né?”, diz o paisagista. Na hora de escolher as espécies, é importante pesquisar cada uma delas. A hortelã, por exemplo, deve ser plantada sozinha porque se alastra e pode prejudicar outro tempero. Para quem tem mais espaço disponível, como em uma varanda, é possível plantar frutíferas em vasos. “O ideal é deixar um espaço de 2 m² para cada uma”, explica Luiz. Entre as sugestões de árvores para cultivar em vasos estão pés de laranja, de limão, de pitanga, de jabuticaba, de acerola, de romã e de goiaba.

Separe o lixo corretamente

  • Compre lixeiras diferentes para descartar cada tipo de resíduo: orgânico, metal, papel, plástico e vidro. O arquiteto Diego Revollo afirma que a estética pode ser mantida se os recipientes forem embutidos na marcenaria da cozinha. “As lixeiras compartimentadas ficam instaladas em uma gaveta do gabinete”, explica.
  • Como separar o lixo doméstico? Nunca misture recicláveis com orgânicos — sobras de alimentos, cascas de frutas e legumes. Sempre coloque plásticos, vidros, metais e papéis em sacos separados.
  • Lave as embalagens do tipo longa vida, latas, garrafas e frascos de vidro e plástico. Seque-os antes de depositar nos coletores.
  • Papéis devem estar secos. Podem ser dobrados, mas não amassados.
  • Embrulhe vidros quebrados e outros materiais cortantes em papel grosso (do tipo jornal) ou coloque-os em uma caixa para evitar acidentes. Garrafas e frascos não devem ser misturados com vidros planos.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Ibama fora do debate sobre Lei do Licenciamento Ambiental


Presidente do instituto não quer interferir no debate, mas defende licença por adesão e compromisso

O Ibama não vai participar do debate sobre a Lei Geral do Licenciamento Ambiental, atualmente em tramitação na Câmara, afirmou nessa segunda-feira o presidente do órgão, Eduardo Bim. Segundo ele, o instituto não entregará propostas ao texto para “não interferir” no debate legislativo.

Durante evento na OAB do Rio de Janeiro, Bim foi criticado pelo ex-superintendente do Ibama no estado Rogério Rocco por manter o instituto longe do diálogo quando o órgão tem o maior expertise no assunto dentro da administração federal. A fala de Rocco foi aplaudida por parte da plateia.

“Tenho opinião sobre o projeto mas não vou falar”, disse Bim. “Deputado nenhum veio me procurar sobre o projeto e se vier vou falar para ir ao ministro (do Meio Ambiente, Ricardo Salles)”, respondeu o presidente do Ibama. Antes, Bim fez uma apresentação de quase duas horas exatamente acerca das “perspectivas para o licenciamento ambiental do Brasil”.

Três propostas para reduzir a discricionariedade na atuação dos órgãos licenciadores

Ainda que resista a participar do debate sobre a nova legislação, Bim listou três propostas que consideraria importantes no novo texto para reduzir a discricionariedade na atuação dos órgãos licenciadores e a consequente insegurança jurídica em processos de licenciamento:

1) abordar a questão da divergência de opiniões entre diferentes agentes no processo de licenciamento para evitar judicialização;

2) definir claramente no corpo da nova lei qual o escopo da atividade de licenciamento para ajudar na objetividade do trabalho dos órgãos licenciadores;

3) a instituição de um padrão de qualidade nacional capaz de padronizar a atuação de órgãos federais, estaduais e municipais.

Ele também frisou que gostaria de ver no novo texto uma definição mais clara sobre a atuação dos órgãos intervenientes, como o ICMBio, Funai e Fundação Palmares, nos processos de licenciamento.

A postura do presidente do Ibama de permanecer longe do debate legislativo é contrária à adotada por outros órgãos da administração federal que já se movem para enviar colaborações ao relator do PL 3729/2004, o deputado Kim Kataguri (DEM/SP). Há duas semanas o Ministério da Infraestrutura elaborou sugestões ao texto. Agora o Ministério de Minas e Energia fez o mesmo (como detalhamos mais abaixo).

Ao Político, serviço de notícias exclusivas da epbr, o presidente do Ibama afirmou que acompanha o debate do texto, mas frisou que não foi procurado pelo relator do PL. O deputado Kataguri já afirmou à epbr que procuraria o órgão para colher sugestões.

Licença ambiental por adesão e compromisso (LAC)

Bim defendeu que o Brasil deve caminhar para um modelo de licenciamento por adesão e compromisso, capaz de agilizar processos de empreendimentos de menor impacto ambiental, como licenciamentos em área rural que preveem o cultivo rotativo da terra.

Para ele, a exigência de documentação mais complexa como um EIA/RIMA para esses casos não faz sentido, enquanto o novo modelo seria capaz de desafogar a estruturado Ibama e “racionalizar” o licenciamento.

“Precisamos adotar o modelo focado em adesão e compromisso ou a gente nunca vai dar conta do recado”, disse após fazer uma referência à redução de pessoal no órgão. O Ibama tem atualmente 2.600 servidores na ativa e, segundo seu próprio presidente, esse número deve ser reduzido com a reforma da previdência.

Quanto à estrutura precária, Bim negou que haja um desmonte dos órgãos ambientais em curso no governo Bolsonaro e afirmou que as dificuldades de estrutura do instituto vêm de “de governo anteriores”.

Fonte: Agência EPBR