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Brasil pode se tornar o único país do mundo a cobrar royalties pelo vento

Criticado por associação, projeto aprovado na CCJ da Câmara propõe a cobrança de royalties pela produção de energia eólica; setor vem crescendo e já chega a fornecer metade da energia consumida em um dia no Nordeste.

Parque de geração de energia eólica de Marcolândia, no Piauí: setor não emite CO2 e está em expansão no Brasil

Uma proposta de emenda constitucional aprovada neste mês na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pode tornar o Brasil o primeiro país do mundo a cobrar royalties pela produção de energia eólica.

O autor do projeto, deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), justifica o pedido de cobrança alegando que a exploração da energia eólica “gera significativas alterações nas áreas próximas às fazendas destinadas a essa atividade, de modo a limitar a realização de outras atividades econômicas”. Entre as atividades econômicas “limitadas” pela geração de energia aproveitando o vento , o deputado destaca o turismo.

“Em especial no litoral brasileiro, a exploração de energia limita especialmente o turismo, alterando as paisagens naturais e impedindo o acesso aos locais próximos às referidas fazendas”, destacou o relator do projeto na CCJ da Câmara, deputado Tadeu Alencar (PSB-PE), em em seu voto favorável à PEC.

“As limitações e restrições impostas pela exploração de energia eólica afetam todo o povo brasileiro, tornando necessário que os responsáveis por tais atividades compensem os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e a União, o que deve ocorrer através de justa participação no resultado econômico auferido, tal como ocorre com a exploração de petróleo ou gás natural e de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica”, completa.

O Brasil tem hoje capacidade de gerar 12,64 GW de energia por meio de seus 503 parques eólicos já instalados, sendo que há ainda outras 211 estações previstas para entrar em operação até 2020, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). O setor está em franca expansão: segundo relatório do Ministério de Minas e Energia, a produção desse segmento no País cresceu 33% somente no período entre 2016 e 2015.

Projeto ameaça setor, diz associação

Em nota, a presidente da Abeeólica, Élbia Gannoum, afirmou que a proposta em tramitação na Câmara representa uma ameaça à competitividade dessa fonte em relação aos demais setores geradores de energia (hidrelétrica, solar, termelétrica, etc.).

“A eólica está salvando o Nordeste do racionamento de energia uma vez que estamos vendo uma condição hídrica desfavorável na região. Com a taxação extra que está sendo proposta na PEC, há um grande risco de vermos a competitividade ser reduzida e com isso corre-se o risco de que se perca a disputa no leilões para outras fontes localizadas em outras regiões, o que é ruim para o Nordeste como um todo, pois a região perderia esses investimentos, afinal os aportes dependem dos investidores saírem bem sucedidos nesses certames”, afirmou a presidente da associação, Élbia Gannoum.

A preocupação especial com Nordeste se dá ao fato de que 67% da produção de energia eólica no Brasil está concentrada naquela região. A importância das eólicas para os nordestinos pode ser mensurada pelo recorde atingido no dia 14 de setembro deste ano: naquela data, o setor foi o responsável pelo fornecimento de 64% da energia consumida em todos os estados da região.

A proposta que sugere a cobrança de royalties pelo vento no Brasil já está pronta para ir ao plenário da Câmara, mas isso ainda não tem data para acontecer. O relator apontou em seu parecer que, caso a proposta venha a ser aprovada, a distribuição dos recursos arrecadados com a cobrança de royalties do setor gerador de energia eólica deverá ser definida por meio de outro projeto de lei.

Fonte: Economia – iG

De consumidor a dono de uma usina de energia solar

Programa permite trocar conta de luz por investimento.
Usinas solares serão instaladas inicialmente em Gravatá, Arcoverde e Floresta | Igo Bione/Acervo JC Imagaem

Em tempos de bandeira amarela e vermelha na conta de luz, consumidores pernambucanos poderão aderir ao Programa Bandeira Azul e se tornar donos de usinas solares no Estado. À primeira vista, a ideia pode parecer mirabolante, mas a proposta é trocar a conta mensal de energia por um investimento. Podem aderir ao projeto consumidores residenciais, industriais, comerciais e de serviços que pagam conta com valor a partir de R$ 2 mil. A partir do próximo ano, a expectativa é reduzir esse teto inicial.

Lançado na última quinta-feira, o Programa Bandeira Azul é uma parceria da empresa pernambucana Blue Sun Brasil, em parceria com as secretarias estaduais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico. O projeto começa com investimento de R$ 600 milhões na instalação de 100 MW de energia solar nos municípios de Gravatá, Arcoverde e Floresta.

Desse total, a Blue Sun vai aportar R$ 200 milhões em infraestrutura, tecnologia e mão de obra, enquanto R$ 400 milhões serão aplicados por bancos e fundos de investimentos para bancar os equipamentos. A meta é inaugurar 100 usinas fotovoltaicas até o fim de 2018.

O programa funciona assim: ao invés de pagar uma conta mensal de R$ 2 mil, por exemplo, o investidor vai pagar esse valor fixo, por um período de 10 anos, para se tornar dono da usina. Na assinatura do contrato, o cliente paga uma taxa de adesão equivalente ao preço de uma conta e só começa a arcar com as parcelas quando a usina entrar em operação. 

A energia solar gerada entra no sistema da CELPE e o consumidor tem um crédito para utilizar essa eletricidade em casa, no comércio, na indústria. Enquanto estiver pagando as parcelas, o cliente estará usufruindo da produção de energia. Passados os 10 anos, torna-se o dono da usina.

Benefícios

“As vantagens do programa são muitas. A principal delas é não estar sujeito aos reajustes na conta de energia, que têm ficado entre 20% e 25% ao ano, porque o valor das mensalidades é fixo. Outro benefício é contribuir para a expansão das energias renováveis no País”, explica o CEO da Blue Sun, Leonardo Leão. O executivo afirma que o momento é propício ao lançamento do programa. “Temos um cenário de energia cara, queda nos preços dos painéis fotovoltaicos e disponibilidade de crédito”, completa.

Com 17 anos de mercado, a Blue Sun estreou no setor de energia solar há 5 anos. Naquela época, um painel fotovoltaico custava R$ 5 mil, enquanto hoje caiu para R$ 800. A empresa importa os painéis das maiores fabricantes do mundo, como a Jinko Solar (China), Trina Solar (Espanha) e Canadian (Canadá). O retorno do investimento também caiu de 25 para 6 anos.

Leão adianta que só na pré-venda já conseguiu comercializar 15 MW dos 100 MW iniciais. Nesse ritmo, a expectativa é contratar tudo até fevereiro de 2018. Depois dessa primeira fase, a instalação das usinas solares também vai chegar aos municípios de Santa Cruz do Capibaribe, Verdejante, Itaíba, Petrolina e Serra Talhada. “O projeto começou com a projeção de 10 MW, depois subiu para 100 MW e já está em 1 GW”, conta. O executivo também destaca a importância social do programa, garantindo que serão gerados 3 mil empregos no interior do Estado até 2018. “Vamos instalar as usinas em regiões de atividade econômica escassa. Vamos solarizar”, conclui.

Fonte: JC

Pernambuco mapeia potencial de energia eólica e solar

Atlas das energias renováveis vai ajudar na atração de investimentos.
Pernambuco tem 34 parques eólicos em operação | Foto: Heudes Regis/JC Imagem

O potencial de geração de energias renováveis está mapeado no Atlas Eólico e Solar de Pernambuco. Elaborado ao longo de 3 anos pela empresa pernambucana Aeroespacial, o trabalho de quase 200 páginas foi apresentado ontem pelo governador Paulo Câmara, durante evento no Palácio do Campo das Princesas. O levantamento aponta as áreas com maiores níveis de ventos e radiação solar, além de apontar o Estado como localização estratégica para a implantação de parques híbridos (que unem eólica e solar). O trabalho vai facilitar a atração de empresas interessadas em investir em energias renováveis no Estado.

“Os números encontrados pelo Atlas podem ser considerados infinitos. Na energia eólica, o potencial de geração do Estado é de 100 GW (para efeito de comparação a capacidade instalada de geração no Brasil é de 150 GW), enquanto de solar chega a 1.200 GW e do modelo híbrido de 270 GW. São valores gigantescos. Basta imaginar que a demanda da Celpe é de 2.400 MW e a geração no Estado somando hidrelétricas, eólicas e térmicas é de 4.200 MW. A partir dessa comparação dá para perceber o potencial exponencial”, compara o secretário executivo de energia, Luiz Cardoso Ayres Filho. No caso da eólica, por exemplo, a capacidade explorada hoje é de 731,4 MW.

Um dos destaques do Atlas é o mapeamento do potencial de regiões com casamento do regime de ventos e sol, que se complementam. Nas regiões do Rio Grande do Norte e da Paraíba os ventos são constantes. Diferente do que acontece no Sertão pernambucano, em que o regime de ventos é maior à noite e durante a madrugada, enquanto durante o dia praticamente não tem vento, mas tem sol. Diante desse cenário, a utilização da usina híbrida é ideal. Pernambuco, aliás, foi o primeiro Estado brasileiro a inaugurar um parque híbrido, em 2015, no município de Tacaratu (Sertão do São Francisco). Pelo mapeamento, o Sertão é a área com maior potencial para abrigar esses parques.

Transmissão

Apesar de todo o potencial da geração solar e eólica, um dos entraves para que essa energia chegue até as pessoas é o investimento em linhas de transmissão. “O que vamos fazer é procurar influenciar no programa de expansão da Celpe para antecipar subestações nas regiões onde tem muita incidência solar, mas não tem conexão. A Celpe não é uma empresa de prospecção, o Estado é que tem que induzir o desenvolvimento, enquanto a empresa atende as demandas. O Estado já criar uma demanda futura”, observa Ayres Filho.

Outro condicionante para a realização de investimentos no setor é a realização de leilões de energia renováveis pelo governo Federal. Com a crise, as contratações de energia foram suspensas desde 2015. O Ministério de Minas e Energia justificou que o planejamento dos leilões estava baseado num ritmo de crescimento médio do PIB de 4,5% ao ano quando veio a recessão. No mês passado, o governo Federal anunciou para dezembro a realização de dois leilões de energia nova A-4 (para contratos de comercialização em 2021) e A-6 (contratos para 2023). 

O Atlas está disponível para investidores e todos os interessados no tema no www.atlaseolicosolar.pe.gov.br

Fonte: JC

No Nordeste, cresce investimento em energia renovável

Da Bahia ao Maranhão, projetos de fontes alternativas de energia elétrica ganham espaço e investimentos.

por Roberto Rockmann 

Foto: Stuckert
Parque de energia eólica
Parque eólico em Marcolândia, no Piauí. O Nordeste concentra a maior capacidade eólica do Brasil
Centenas de operários trabalham em ritmo acelerado para colocar em operação o primeiro complexo eólico do Maranhão. Localizado entre os municípios de Barreirinhas e Paulino Neves, com investimento de 1,5 bilhão de reais da Ômega Energia, os 96 aerogeradores, com potência de 220 megawatts, deverão marcar o início de uma série de projetos do setor no estado.
Outros dois complexos eólicos deverão ser erguidos em breve no Maranhão, cujo governo busca atrair fornecedores de equipamentos, com destaque para a montagem de painéis fotovoltaicos, de olho no interesse de investidores em potencial.
Para aproveitar a linha de transmissão construída para escoar a energia do parque eólico, em área de 100 hectares, várias empresas têm estudado a instalação do primeiro parque solar do estado, que poderá somar mais de 500 milhões de reais em investimentos, destaca o secretário maranhense de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo.
Em um momento de crise aguda, o investimento pode responder por mais de mil empregos.
Quem percorre de carro o interior e o litoral dos estados nordestinos depara-se com dezenas de parques eólicos e solares.
Energia
Parque de energia solar na Bahia (Foto: Carla Ornelas/GovBA)
Juntos, eles vão representar mais de 30 bilhões de reais em investimentos até o fim da década e posicionarão o Brasil entre os dez maiores geradores eólicos do mundo. A força dos ventos e do sol tem criado empregos, se convertido no maior vetor de investimentos da região e ampliado a segurança no abastecimento energético, essencial em decorrência da seca prolongada.
Em julho, a produção eólica respondeu por 12,6% de toda a energia demandada ao Sistema Interligado Nacional. No Nordeste, bateu-se um recorde: 64,2% da energia consumida na região, no último dia 30 de julho, foi proveniente dos ventos. Até 2008 e 2009, o suprimento energético era feito pelas fontes hidrelétricas, oriundas de usinas localizadas na Bacia do Rio São Francisco.
“O resultado tem sido excepcional, até porque a região é atingida por ventos excepcionais e razoavelmente constantes, o que proporciona capacidade de geração que se situa entre as melhores do mundo”, destaca Luiz Eduardo Barata, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema.

Com ventos contínuos e intensos, as usinas eólicas nordestinas chegam a operar em boa parte do tempo com fator de capacidade superior a 60%, o dobro da média mundial. Por várias décadas, o Ceará importava energia do sistema interligado. Com a construção de usinas eólicas nos últimos anos, o segmento passou a responder por um terço da matriz elétrica estadual e possibilitou ao estado exportar energia. Mas não é um caso isolado.
A capacidade instalada em energia eólica no Brasil alcança, atualmente, 11,7 gigawatts, perto de 7,5% da matriz nacional. Pouco mais de 80% dessa potência (9,6 gigas) está localizada em projetos no Nordeste. O Rio Grande do Norte, a Bahia e o Ceará produzem 7 gigawatts por meio de usinas instaladas. O volume só tende a crescer.
No momento, os parques em construção ou contratados no Brasil somam 6,31 gigas, e mais de 90% dessa carga sairá de projetos nordestinos, com destaque para a Bahia, com 3,4 gigas de usinas a serem instaladas nos próximos anos. Até 2020, o estado se tornará o mais produtor de energia eólica do País.
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Zorzoli, da Enel. Transferência de tecnologia é um caminho a seguir
Uma das maiores empresas do setor, a CPFL Renováveis tem 2,1 gigawatts de capacidade instalada em projetos de energia elétrica. Desse total, 1,3 giga provém de usinas eólicas com mais de 85% instalados no Ceará e Rio Grande do Norte. Em carteira são outros 2 gigas no Rio Grande do Norte, em Pernambuco e na Bahia. Cerca de 600 megawatts em projetos solares na Bahia também estão em carteira.
A empresa aguarda os detalhes do leilão de energia solar para analisar sua participação. Hoje, a concessionária tem um projeto piloto de 1 megawatt instalado em São Paulo. “Há mais incertezas em energia solar do que na eólica.
Temos um fabricante de painéis fotovoltaicos no Brasil, então precisamos estudar o financiamento, se é feito aqui ou no exterior, e como reduzir a volatilidade cambial”, aponta Gustavo Sousa,  diretor-presidente da companhia.
O novo cenário de aperto fiscal e a nova política de financiamento do BNDES deverão levar as empresas a buscar outras opções de crédito. Um dos instrumentos podem ser as debêntures de infraestrutura. A CPFL Renováveis emitiu 250 milhões de reais em julho, pela primeira vez, com prazo de cinco anos, voltadas para investidores qualificados. “O mercado de capitais terá de ser mais acionado”, destaca Sousa.
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Araújo, secretário de Indústria do Maranhão. Estado deve ter em breve seu primeiro parque solar
A empresa também conversa com bancos sobre a emissão de debêntures incentivadas no mercado solar, preparando-se para quando ingressar com mais firmeza no segmento, mas ainda há pouco conhecimento sobre a fonte.“Falta o histórico de desempenho, qual o fator de capacidade dos projetos, pois a energia solar dá os primeiros passos, enquanto as usinas eólicas têm conhecimento extenso entre os financiadores.”
A Casa dos Ventos cadastrou 214 projetos eólicos para os leilões de energia nova “A-4” e “A-6”, com perto de 6,2 gigawatts em empreendimentos situados nos estados da Bahia, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, onde estão os recursos eólicos mais competitivos, de acordo com a companhia.
A empresa atuará como desenvolvedora, por meio de parcerias com investidores, para a maioria dos projetos cadastrados, bem como analisa a sua participação isoladamente em um empreendimento. “Continuamos fornecendo projetos competitivos para os principais players do mercado, ao mesmo tempo que buscamos expandir a nossa base de ativos operacionais por meio de investimentos proprietários”, afirma Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios.
O potencial ainda é grande. Até 2026, segundo projeções da Empresa de Pesquisas Energéticas, órgão estatal de planejamento do setor elétrico, essa matriz terá expansão de 41 gigawatts, com predomínio das usinas eólicas e solares, que deverão responder por quase 19 gigas.
No início da década passada, um estudo apontou que o Brasil poderia chegar à potência instalada de 143 gigawatts em energia eólica, dez vezes mais do que a capacidade da usina de Itaipu, uma das maiores do mundo. Mas a medição baseava-se no uso de aerogeradores com altura inferior a 50 metros. Hoje são empregados equipamentos com mais de 100 metros. Quanto maior a altura, maior a velocidade dos ventos, o que amplia as possibilidades de exploração.
Novas tecnologias têm transformado o interior do Nordeste. Em setembro de 2015, em Tacaratu, no sertão de Pernambuco, um projeto pioneiro começou a gerar energia por meio da combinação de vários fatores: um parque híbrido explora turbinas eólicas, que podem gerar 80 megawatts, e placas fotovoltaicas, com potência instalada de 11 megawatts, o maior em operação no País. Juntas, as usinas, que consumiram mais de 600 milhões de reais, são capazes de gerar energia suficiente para abastecer 250 mil residências.
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Sousa, da CPFL Renováveis. Volatilidade do câmbio afeta energia solar
O governo de Pernambuco, que firmou convênios com a concessionária local e o Banco do Nordeste, pretende estimular a microgeração distribuída a pequenos negócios, selecionando fornecedores de equipamentos para as empresas interessadas em investir em painéis fotovoltaicos, que, por sua vez, poderão abater sua própria geração da conta de luz emitida pela companhia elétrica estadual. “Isso é uma garantia que reduz o risco de crédito e abre um enorme potencial”, acredita Luiz Cardoso Ayres Filho, secretário-executivo de Energia de Pernambuco.
O maior projeto brasileiro de energia solar é tocado pela italiana Enel, responsável por três parques solares na região. Em junho, o grupo deu início à operação do parque solar Lapa, na Bahia, com dois meses de antecipação em relação ao prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica. O empreendimento, que soma 158 megawatts de potência, é o maior em operação. No leilão de energia de reserva de 2015, foram contratados os projetos Horizonte (103 megas) e Nova Olinda (292 megas), atualmente em fase final de construção.
“Apoiamos a transferência de tecnologia de parceiros europeus com fabricantes nacionais para desenvolvermos alguns equipamentos que não existiam aqui, impusionando a cadeia de suprimento, antes incipiente. No médio prazo, com o mercado crescendo, esses fabricantes poderão vir aqui e isso contribuirá para a queda dos preços dos equipamentos”, explica Carlo Zorzoli, presidente da Enel.
A partir de 2020, prevê-se a instalação de mil megawatts-pico, potência usada para a fonte, por ano. Em 2026, o País poderia deter 10 gigawatts-pico de centrais solares e 3,5 gigas de geração distribuída solar, de acordo com estimativas do Plano Decenal, ainda em fase de elaboração. “O Brasil tem um potencial muito grande em energia solar. Mas países como Alemanha e China têm mais de 10 gigawatts instalados e aqui não chega a 10% desse total”, observa Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira da Energia Solar.
No início de agosto, os empresários do setor receberam boa notícia de Brasília. O governo estuda criar uma portaria para que as unidades a serem lançadas no programa Minha Casa Minha Vida nos próximos anos incorporem sistemas de energia solar. A expectativa é de que a portaria seja divulgada em breve.
Com entrega prevista de 400 mil unidades por ano de imóveis para a baixa renda, um mercado anual de 1,6 bilhão de reais poderá ser criado e contribuir para o adensamento da cadeia do segmento. “O Brasil tem capacidade para produzir inversores e módulos, mas microinversores ainda são importados e estão centrados nos Estados Unidos, Ásia e Israel. Assim, esses investimentos poderão contribuir para a atração de investimentos”, afirma Sauaia.
O País, que hoje tem pouco mais de 10 mil ligações de microgeração em residências e comércio, deverá ter mais de 800 mil daqui a uma década. O crescimento está no radar da SolarGrid, que tem participado de concorrências privadas de redes de educação e saúde interessadas em investir na instalação de painéis fotovoltaicos para produzir sua própria energia e reduzir a conta de luz.
No primeiro semestre de 2018, a empresa deve concluir 25 milhões de reais em investimentos para construir três plantas solares no norte de Minas Gerais, para abastecer cerca de 90 farmácias de uma rede de drogarias.
“Há outras concorrências que começam a surgir, como a de agências bancárias, e esse movimento deve se acelerar. Temos algumas concorrências de empresas no Nordeste”, diz Diogo Zaverucha, sócio da empresa. Se neste ano a movimentação do mercado corporativo ficar em 10 megawatts-hora-pico, em 2018 a capacidade pode ser dez vezes maior. O avanço das fontes eólica e solar, intermitentes, coincide com a mudança da matriz elétrica.
Enquanto isso, o governo sugere a privatização da Eletrobras, com destaque para a Chesf, que atua no Nordeste. Entre 2013 e 2018, é prevista a entrada de 20 mil megawatts de capacidade hídrica no sistema. Desses, 99% serão produzidos em usinas sem reservatórios. Os benefícios de investimentos do setor para outros segmentos, como navegação de rios, a captação de água ou a irrigação em bacias, ficarão mais restritos.

Em Araripina, inaugurado um dos maiores complexos eólicos da América Latina


O governador Paulo Câmara participou, nesta sexta da inauguração do maior complexo eólico do Brasil: o Ventos do Araripe III. Com um investimento de R$ 1,8 bilhão da Casa dos Ventos, o projeto está localizado no alto da Chapada do Araripe, entre os estados de Pernambuco e Piauí.

Em solo pernambucano estão instalados cinco parques e 60 aerogeradores, com capacidade de gerar 359 MegaWatt (MW), abastecendo até 400 mil casas dos dois estados. Ao todo, a instalação do complexo foi responsável pela geração de 1,5 mil postos de trabalho, com prioridade da mão de obra local.

“O Ventos do Araripe III é um projeto que está totalmente conectado e dialogando com o futuro que a gente precisa. A energia eólica é a garantia de um meio ambiente limpo e é importante continuar nesse caminho, mostrando que é possível, mesmo em momentos difíceis, avançar com ideias inovadoras e que aproveitem a potencialidade de cada estado”, afirmou o governador Paulo Câmara, acrescentando que o projeto garantirá a sustentabilidade energética de Pernambuco.

Ao todo, são 14 parques e 156 aerogeradores, instalados em propriedades arrendadas de cerca de 70 famílias das cidades de Araripina e de Simões (PI), que se tornaram parceiras da Casa dos Ventos. O modelo permite que os moradores recebam mensalmente uma quantia calculada a partir da energia gerada. Ao todo, mais de R$ 5 milhões serão pagos anualmente aos moradores locais com propriedades arrendadas.


O presidente da Casa dos Ventos, Mário Araripe, destacou que o Ventos do Araripe III, com 87 mil hectares, é o maior parque eólico do País. “Esse complexo não tem igual no Brasil e se assemelha a poucos no mundo. A chapada pode, por exemplo, suprir Pernambuco com a energia produzida”, afirmou.

Também estiveram presentes na inauguração o governador do Piauí, Wellington Dias; os deputados federais Kaio Maniçoba e Tadeu Alencar; e as deputadas estaduais Socorro Pimentel e Roberta Arraes.

Ventos de Santo Estevão I é liberada para operação em teste em Pernambuco

Usina localizada no Pernambuco tem 16.1MW de capacidade total instalada

A EOL Ventos de Santo Estevão I recebeu autorização para operação em teste das unidades UG1 e UG3 a UG8, de 2,3 MW cada, totalizando 16,1 MW de capacidade instalada, a partir de 27 de maio de 2017, segundo despacho publicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última segunda-feira, 26 de maio. A usina fica localizada no município de Araripina, Estado do Pernambuco.



O impacto do sistema fotovoltaico em Fernando de Noronha




O arquipélago de Fernando de Noronha, localizado no estado de Pernambuco, a 540km da capital, é composto por 21 ilhas, ilhotas e rochedos, ocupando uma área de 26 km², destes, 17km² pertencem a principal e maior ilha, que leva o mesmo nome do arquipélago, sendo a única ilha habitada e que possui uma pequena população de aproximadamente 3.500 habitantes.

O parque nacional marinho de Fernando de Noronha, se tornou um grande destino turístico nacional. Situado em uma área de proteção ambiental (APA), a ilha é ainda, considerada patrimônio natural da humanidade e foi tombada pela Unesco em 2001. Essas iniciativas foram criadas para proteger as condições de vida da fauna e da flora da região e ainda, conciliar a ocupação humana com a proteção ao meio ambiente.

Dotada de uma natureza exuberante e uma diversificada fauna marinha, muitas de suas praias têm o uso restrito, com horários para abrir e para fechar. O senso preservacionista é reforçado pela presença de vários projetos de conservação do ecossistema do arquipélago.

Apesar de todos esses esforços de preservação da ilha, até meados de 2014, a eletricidade que era entregue à população, era fornecida exclusivamente pela usina termelétrica de Tubarão, equipada com cinco grupos geradores diesel com capacidade total instalada de 5,88 MW.

A CELPE, Companhia Energética de Pernambuco, através do seu Programa de Eficiência Energética, com a intenção de diversificar a matriz energética da ilha e reduzir o consumo de fontes de energias fósseis e a emissão de gases poluentes de efeito estufa, promoveu, em 2014, a instalação da primeira usina solar da ilha, a Noronha I.



Inaugurada em 18 de julho de 2014, a Noronha I, é composta por 1.644 painéis dispostos em um terreno de 5.000 m², com um investimento de cerca de 5 milhões, possui uma potência instalada de 402,70 kWp o que resulta numa geração de 600 MWh/ano, cerca de 4% do consumo da ilha.



Além desta usina solar, a ilha recebeu, em 2015, uma nova unidade solar fotovoltaica, com 1.836 painéis fotovoltaicos instalados sob uma área de concreto de 8.000m² e potência instalada de 550,8 kWp, o equivalente a 6% do consumo total da ilha.

Ainda, visando a conscientização da utilização de novas energias e seu impacto no meio ambiente, a CELPE ministra Aulas de Energia no Espaço Usina Solar Fernando de Noronha, também por meio do seu Programa de Eficiência Energética, que visa difundir os conceitos de energias renováveis, segurança e eficiência energética, envolvendo os visitantes em atividades virtuais, imergindo-os no funcionamento de uma usina geradora de energia e na produção solar fotovoltaica.


A utilização da energia solar como fonte renovável de energia na ilha, pode por meio das usinas solares, reduzir o consumo em cerca de 4,5 milhões de litros de diesel por ano, deixando de emitir cerca de 100 toneladas de carbono. As usinas que totalizam uma potência de 953,58 kWp, geram 10% da energia elétrica consumida no arquipélago, que chega a consumir cerca de 16GWh/ano, e graças a estas, podem proporcionar uma diversificação da matriz energética na ilha e um ambiente mais sustentável.

Paulo Câmara apresenta experiências exitosas do Estado no Fórum Pernambuco e o Setor Elétrico Nacional

Governador presidiu, nesta sexta, a abertura do encontro, que reuniu importantes investidores do setor.

Foto: Roberto Pereira/SEI

Destacando os investimentos realizados nos últimos anos pelo Governo de Pernambuco que consolidaram o Estado como energético nacional, o governador Paulo Câmara se reuniu, nesta sexta-feira (04.11), com executivos para discutir o futuro do setor. Ao lado do ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, o chefe do Executivo estadual apresentou experiências exitosas que dialogam com as demandas da sociedade civil, da cadeia produtiva e com a sustentabilidade na abertura do Fórum Pernambuco e o Setor Elétrico Nacional, no Sheraton Reserva do Paiva Hotel & Convention, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

“Não se pode falar em crescimento sustentável, hoje, sem ter estratégia de energia e de sua infraestrutura para a distribuição. Então, Pernambuco vai contribuir para esse debate nacional. Nós, que apostamos e sabemos a importância da energia, defendemos e colocamos em prática processos que nos darão a segurança para não termos um colapso nesse segmento”, frisou o governador, completando: “Nós não vamos deixar de aproveitar as oportunidades por falta de distribuição de energia”.

Diante de grandes nomes do setor energético, Paulo Câmara detalhou os avanços do Estado no segmento. “Hoje, nós temos gás natural chegando a Belo Jardim, no Agreste, além de empreendimentos voltados para a geração de energias renováveis”, citou. Pernambuco usufrui do primeiro contrato do Leilão de Energia Solar, com a Enel Green Power, que opera os empreendimentos Fontes Solar I e II, em Tacaratu, no Sertão. A energia gerada no parque híbrido – o primeiro do País – abastece o Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, na RMR.

Para o ministro Fernando Bezerra Filho, o setor energético vem reagindo bem, nos últimos meses, e atualmente apresenta uma tendência de crescimento. “Valorizou R$ 1 bilhão por dia, nos primeiros 100 dias de governo (do presidente Michel Temer). Acredito que isso é a volta da confiança”, avaliou Fernando. O titular da pasta de Minas e Energia do Governo Federal disse ainda que Pernambuco tem um papel fundamental no processo de retomada no segmento. “Isso se dá pela formação de recursos humanos e por toda a cadeia instalada no Estado”, completou.

Durante o evento ainda será firmada a “Carta de Pernambuco”, com diretrizes e sugestões para o desenvolvimento do setor elétrico nacional e do Estado. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, o documento ratificará os esforços do Estado para impulsionar o setor. “A promoção do setor energético é uma prioridade para o governador, tanto para a diversificação da matriz de energia da Região Nordeste, como também atividade econômica de maior relevância, que gera emprego e renda”, frisou o auxiliar de Paulo Câmara.

Realizado pelo Centro de Treinamento e Estudos em Energia (CTEE), do Grupo CanalEnergia, em parceria com o Governo do Estado, o Fórum teve um debate sobre os “Desafios da Geração, Transmissão e Distribuição”, pela manhã. No período da tarde, será discutido o painel “Perspectivas da Energia Renovável em Pernambuco”; e, por fim, os “Desafios do Mercado de Energia no Brasil”.


Sistema de energia solar inédito pode ser instalado em Pernambuco em 2017

A geração de energia heliotérmica usa o sol como fonte indireta de eletricidade.

Um sistema de energia solar inédito no Brasil, que está sendo estudado como alternativa às hidrelétricas, pode ser implantado no semiárido pernambucano, no município de Petrolina, a partir do ano que vem. Com a ajuda de um instituto alemão, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e a Universidade Federal do Ceará (UFC) pretendem construir um projeto-piloto na cidade para testar a tecnologia heliotérmica que, ao contrário dos equipamentos solares já usados no país, pode armazenar energia para ser usada, inclusive à noite.

A geração de energia heliotérmica usa o sol como fonte indireta de eletricidade. Ela funciona com um conjunto de captadores espelhados, distribuídos em uma área plana. Os espelhos se movimentam de acordo com a posição do sol e refletem os raios para uma torre - chamada de torre solar -, onde o calor é armazenado e transformado em energia. Ela é diferente da geração de energia solar fotovoltaica, já explorada no Brasil, que não é capaz de guardar o calor produzido.

"No caso dos fotovoltaicos, você teria que ter um sistema de baterias bem caro e complexo para operar. Com o armazenamento térmico é bem mais viável que a energia fique guardada em forma de calor para, no momento em que for necessária, ela ser acionada, inclusive à noite", explica o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenador do Laboratório de Energia Solar e Gás Natural da instituição, Paulo Alexandre Rocha.

A inviabilidade de armazenamento da energia produzida pelos painéis fotovoltaicos deu a esse sistema a classificação de forma secundária de energia, usada para complementar a matriz energética brasileira. "A fotovoltaica tem limite de aleatoriedade. Se não tiver sol ela para, então sempre tem que ter a hidrelétrica dando suporte como complementação. No caso da eólica, é muito similar. Se você não tem vento, precisa acionar turbinas da hidrelétrica para compensar a baixa produção. Já com o sistema de armazenamento térmico, as turbinas seriam acionadas em caso extremo", informa o pesquisador.

As hidrelétricas, capazes de armazenar energia, são geradoras de 65% da eletricidade do país, de acordo com o Balanço Energético Nacional 2015, do Ministério de Minas e Energia. A intenção é mudar esse quadro, argumenta o assessor de Planejamento Estratégico da Chesf, Benedito Parente. "À medida que os recursos hídricos estão exíguos e deficitários, e até por uma questão de hidrologia estão com pouca água, se faz necessário que rapidamente a gente encontre outra alternativa para armazenamento de blocos de energia".

Localizada no meio do semiárido nordestino, Petrolina foi escolhida pela intensidade solar acentuada, de acordo com Benedito Parente. "A maioria do território brasileiro tem vocação, mas o semiárido tem ainda mais", reforça. Para ele, a energia solar heliotérmica é "uma grande esperança para a produção energética do futuro, uma das mais atraentes". O projeto terá tamanho reduzido, compatível com um projeto de pesquisa, mas a intenção da Chesf, segundo o assessor, é descobrir meios de produzir a tecnologia em larga escala.

Ar no lugar de fluidos

Outro ponto considerado inovador pelo coordenador do Laboratório de Energia Solar da UFC é uma variação no mecanismo de captação de calor da torre. Enquanto iniciativas de outras regiões do mundo operam essa etapa com sal fundido, a tecnologia escolhida pelos cientistas usa o ar. O nome do sistema é "receptor volumétrico aberto", diz o professor Paulo Rocha.

"Com isso, a gente não se preocupa com grandes vazamentos. Em sistemas que usam sal fundido, às vezes você tem esse problema, porque está trabalhando com grandes variações de temperatura em tubulações onde passa um fluido líquido pressurizado", explica o acadêmico.

Esse receptor é usado em uma usina heliotérmica piloto, construída na Alemanha pelo Instituto solar de Jülich (SIJ), parceira da Chesf e da UFC no desenvolvimento da torre solar de Petrolina, que deve ser semelhante ao modelo implantado na cidade alemã. A empresa alemã Kraftanlagen München GmbH fornecerá a tecnologia necessária.

Para que a ideia seja concretizada, o grupo tenta conseguir os recursos - cerca de R$ 45 milhões - com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio da chamada pública nº19/2015 - Desenvolvimento de Tecnologia Nacional de Geração Heliotérmica de Energia Elétrica - do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica. Segundo Benedito Parente, o prazo para receber uma resposta da agência é de até 60 dias.

Em agosto, a proposta passou por adequações a pedido da Aneel. Caso seja aprovada, começará em 2017 e será desenvolvida em 40 meses - ou três anos e meio. O estudo deve dar mais detalhes em relação ao armazenamento da energia: qual a capacidade, por quanto tempo ela pode ser "guardada". Os autores da iniciativa também esperam descobrir a viabilidade econômica da tecnologia, ou seja, qual o custo-benefício do equipamento.

Sistema contra perda energética

O projeto de construção da torre solar não previa inicialmente a etapa de geração da energia, mas a Aneel exigiu que essa parte fosse incluída na proposta. O professor Paulo Rocha, do laboratório de Energia Solar da UFC, disse que para aproveitar a oportunidade de ganho com pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, o sistema escolhido foi o Ciclo Rankine Orgânico, que tem o potencial de reduzir perdas de calor e, consequentemente, de energia. "No Brasil, até onde a gente sabe, não existe nenhuma planta que utilize", acrescenta.

O ORC, a sigla em inglês do equipamento, é uma alternativa ao Ciclo Rankine padrão, que opera com temperatura mais alta. "O Orgânico se mostra interessante porque opera com menor calor, então consegue se adaptar em situações corriqueiras de rejeito de energia, que ocorrem muito na indústria", compara Rocha. "Todo sistema de geração de energia elétrica com vapor, principalmente, precisa jogar calor para fora para funcionar. Isso que a gente chama de rejeito de calor. O ciclo alternativo vai viabilizar o seu aproveitamento. De alguma forma estamos conseguindo economizar recursos", afirma.

Segundo Parente, a previsão é de que esse bloco de produção gere energia suficiente para alimentar as próprias instalações da Chesf, com a expectativa de atender inclusive ao local onde serão desenvolvidas as pesquisas do projeto piloto. A viabilidade econômica da aplicação desse sistema também vai ser estudado no decorrer dos 40 meses de trabalho.

Agência Brasil

Professor indica caminhos para potencializar uso da energia solar no Brasil

Em artigo intitulado Energia solar: por que não deslancha, o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFP), Heitor Scalambrini Costa, afirma que a capacidade instalada no Brasil, levando em conta todos os tipos de usinas que produzem energia elétrica, é da ordem de 132 gigawatts (GW). Deste total, menos de 0,0008% é produzida com sistemas solares fotovoltaicos (transformam diretamente a luz do Sol em energia elétrica). O dado nos faz refletir sobre as causas que levam o Brasil a tão baixa utilização desta fonte energética tão abundante e com características únicas.

O professor participou do Revista Brasil desta terça-feira (15) para falar sobre o assunto. Ele explica que existem duas formas de aproveitar a energia do sol. Uma é transformar energia direto em calor, que são os coletores solares, aquecedores de água, troca de chuveiro elétrico por sistemas de aquecimento de água com energia solar e até produção de vapor com outros equipamentos. A outra forma é o sistema solar fotovoltaicos, que produz energia elétrica diretamente, aí se usa o semicondutor, chamada células fotovoltaicos, que é a conversão direta da energia do sol em energia elétrica. O aquecimento solar tem ocupado um espaço maior no Brasil do que o fotovoltaicos.

Segundo o Scalambrini, o principal motivo da baixa utilização desta fonte energética é a “questão da vontade política, ou seja, querer que essa fonte de energia tenha uma participação maior do que o 0,0008% na nossa matriz elétrica do Brasil.”

Confira a entrevista na íntegra: http://radios.ebc.com.br/revista-brasil/edicao/2015-09/questao-da-energia-solar-no-brasil-por-que-nao-deslancha

Produtor: Eliana Sousa

Celpe instala placas solares em residencias de Fernando de Noronha

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Por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento, a Celpe (PE) está efetuando a instalação de placas solares fotovoltaicas nos imóveis de nove clientes da Ilha de Fernando de Noronha. Com a finalidade de fomentar a geração de energia a partir de fontes renováveis, a ideia da empresa é demonstrar os benefícios da microgeração distribuída para os moradores do arquipélago, a partir da redução do valor da conta de energia dos clientes atendidos pela iniciativa e da diminuição do impacto ambiental.

As placas solares terão capacidade total de geração aproximada de 27 kWp. Após a conclusão do projeto, a expectativa é de que sejam economizados 3.400 kWh por mês, proporcionando uma redução de 80% a 90% no valor das contas de energia dos clientes atendidos. Com isso, aproximadamente 12.000 litros de óleo diesel deverão deixar de ser queimados, por ano, no arquipélago. A energia gerada pelos sistemas de microgeração abastecerá os imóveis e, caso a geração seja maior do que o consumo, o excedente será injetado na rede de distribuição da Celpe, gerando créditos para o consumidor.

Para selecionar as unidades consumidoras, a Celpe realizou análise prévia dos imóveis que apresentam características técnicas necessárias para receber os painéis e enviou comunicado aos clientes. Os interessados participaram de reunião, na qual receberam informações sobre o funcionamento e benefícios do sistema de microgeração distribuída. 

Após apresentação, a concessionária definiu, por meio de sorteio, os moradores do segmento residencial que terão os equipamentos instalados gratuitamente. Os clientes do poder público e de ONG, assim como os residenciais, não tiveram custos e foram escolhidos, exclusivamente, com base no perfil técnico do imóvel. As placas solares fotovoltaicas serão doadas a esses consumidores.

Fonte: CanalEnergia

Licença Prévia para a primeira Usina Heliotérmica do Brasil


A licença prévia para o projeto da primeira planta-piloto heliotérmica do Brasil, no município de Petrolina (PE), deverá ser emitida até o primeiro semestre deste ano, após a conclusão do Estudo Técnico Ambiental (ETA) que analisa o clima, geologia, população e economia da região. Após a licença prévia, o próximo passo será a obtenção das licenças de instalação e de operação.

Até agora, duas etapas para a implantação da planta-piloto foram completadas. A primeira foi a instalação de uma estação meteorológica para coleta de dados, em operação desde meados de 2014. A segunda diz respeito a um contrato firmado com a empresa alemã Enolcon para assessoria e acompanhamento de todo processo de construção da planta.

O projeto da usina começou em 2013 e, quando for concluída, a unidade terá capacidade de 1 MW, o suficiente para abastecer até mil residências. Existe ainda o projeto de transformar o local num centro de pesquisa ou de testes de tecnologia.

GRUPO ESTRANGEIRO COMPRA USINAS EÓLICAS NO NORDESTE


A Cubico, uma empresa formada pelo Banco Santander e dois fundos de pensão canadenses, fechou a compra de duas usinas eólicas no Nordeste do Brasil por R$ 2 bilhões, incluindo assunção de dívidas.

Segundo o chefe da companhia para o Brasil, Eduardo Klepacz, o negócio envolve 392 megawatts de parques em Pernambuco e no Piauí, que já estão em operação e foram negociados junto à desenvolvedora Casa dos Ventos.

A Cubico, criada no ano passado para investir em energia renovável e saneamento na América Latina e na Europa, herdou ativos de energia do Santander, o que faz com que a transação leve a companhia a um portfólio total no Brasil de 615 megawatts em usinas eólicas, todas já em funcionamento.

Klepacz disse a jornalistas que o foco da companhia será o investimento em novos projetos, com participação em leilões de energia promovidos pelo governo federal, e em aquisições pontuais, como a fechada com a Casa dos Ventos.

No alvo da empresa estão empreendimentos eólicos, principalmente, mas também solares e de pequenas hidrelétricas - todas fontes com as quais o Santander já trabalha ou trabalhou em outras oportunidades.

O chefe da Cubico para o Brasil destacou que os três sócios da companhia possuem força financeira, o que será "um diferencial" no atual momento do mercado brasileiro de energia elétrica, em que as empresas sofrem com dificuldades para captar recursos.
"Estamos fazendo uma aposta de longo prazo", disse.

Além do Santander, a companhia tem como acionistas o fundo de pensão dos professores de Ontario e o administrador de fundos de pensão do Canadá.

FONTE: PORTAL G1

Energia Eólica e Solar em Pernambuco

O sertão de Pernambuco se destaca como primeira região do Brasil a abrigar parque híbrido de energia renovável. Em época de crise energética, mais uma vez um governo do PSB aponta o caminho.


O pioneirismo na implantação de parques híbridos é fruto do planejamento do Governo de Pernambuco de consolidar o Estado como polo gerador de energias renováveis e produtor de equipamentos, tecnologias e conhecimento para o segmento. É possível inovar!

"Pernambuco, mais uma vez, mostra o seu pioneirismo e a sua crença de que é possível, sim, fazer as coisas acontecerem de forma diferente. Vemos o nascimento de uma junção de energia eólica com energia solar inédita no Brasil. Experiência que olha pra frente e prioriza o desenvolvimento sustentável. Hoje, o Estado e os empreendedores estão dando um exemplo para o Brasil, de que é possível fazer parcerias com base na confiança, compromisso e dedicação. É isso que o Brasil precisa, a volta da confiança", destacou o governador Paulo Câmara.

Noronha terá primeiro carro elétrico movido a energia solar


O arquipélago de Fernando de Noronha terá o primeiro carro elétrico movido, exclusivamente, por energia solar fotovoltaica. A iniciativa integra o projeto piloto em Redes Elétricas Inteligentes (REI), idealizado pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), empresa do Grupo Neoenergia, para avaliar o desempenho operacional do automóvel em uma área de preservação ambiental e reduzir a utilização de combustíveis fósseis.

O veículo, modelo utilitário da Renault (Kangoo Z.E), tem autonomia de 130 quilômetros e será incorporado à frota da empresa e utilizado de forma experimental em serviços de pequeno porte. A escolha do modelo, com dois lugares, considerou as potencialidades do automóvel, o perfil geográfico da região onde irá circular, condições climáticas e as características das atividades que apoiará.

O estudo, que faz parte de um Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (P&D) da Celpe, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), contou com o apoio e suporte técnico do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD). Para abastecê-lo de forma sustentável, a Celpe também vai instalar um eletroposto solar na área interna da Usina Tubarão, totalmente isolado do sistema de distribuição de energia elétrica.

A estrutura será erguida como um estacionamento. Ela será constituída por painéis fotovoltaicos que formarão um telhado. Um banco de baterias armazenará toda a energia gerada, possibilitando recarregar o veículo elétrico em qualquer horário, mesmo na ausência da radiação solar como o período da noite ou em dias de chuva. Os painéis fotovoltaicos terão potência instalada de 4,5 kWp e capacidade para gerar 20,1 kWh/dia, o suficiente para permitir que o veículo circule durante todo o dia, atendendo aos clientes da Celpe, na ilha.

O investimento está orçado em R$ 800 mil, correspondente à aquisição do veículo e a instalação do posto de abastecimento solar. Para avaliar os benefícios da ação e identificar melhorias, serão analisadas, periodicamente, todas as informações coletadas pelos condutores do veículo, como quilometragem rodada, quantidade e tempo de recarga, consumo, entre outras. Com os dados, a Celpe poderá avaliar a quantidade de gás que deixou de ser lançado na atmosfera e planejar novos projetos voltados para a preservação do paraíso ecológico.

FONTE: Rio Capital da Energia

Pernambuco ganha complexo eólico de R$ 1,1 bilhão


Inauguração do equipamento será nesta terça-feira, em Caetés, com a presença do governador.

O governador Paulo Câmara participa, nesta terça-feira (29), às 11h, da inauguração do Complexo Eólico Ventos de Santa Brígida, um investimento de R$ 1,1 bilhão da empresa Casa dos Ventos. O evento acontecerá no município de Caetés, que, juntamente com Pedra e Paranatama, recebeu as 107 turbinas que formam os parques Santa Brígida I a VII. A implantação do empreendimento gerou 1.200 empregos na região.

Os sete parques do Complexo Ventos de Santa Brígida têm uma potência instalada de 182 MW e produzirão, em média, 922 milhões de Kwh de energia por ano. O volume é suficiente para abastecer 385 mil unidades habitacionais.

A Casa dos Ventos já iniciou obras de um segundo empreendimento no Agreste, o Projeto Ventos de São Clemente, com 220 MW. Quando for inaugurado, em 2016, resultará, juntamente com o Complexo Ventos de Santa Brígida, em uma capacidade instalada total de 550 MW de geração.
“Em menos de uma semana, Pernambuco adiciona 280 MW de energia limpa à matriz energética do País. Inauguramos o primeiro parque híbrido do Brasil, com 91 MW de energia solar e eólica na última sexta-feira. E agora cortaremos a fita de um complexo que, sozinho, ampliará em mais de 50% a participação da fonte eólica na base de geração do Estado. Em um momento em que o País anuncia ao mundo metas arrojadas de redução de emissões, Pernambuco larga na frente e contribui de forma consistente para o desenvolvimento sustentável a partir de uma política pioneira de incentivo às energias renováveis”, comentou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões.

Falta vontade política para investir em energia solar, afirma professor


Há muito tempo setores da sociedade nacional e internacional discutem a necessidade da mudança das principais matrizes energéticas, principalmente em virtude dos impactos ambientais provocados por meios mais tradicionais de geração de energia, como através da queima de combustível, construção de hidrelétricas, extração de carvão etc.

Precisamos de soluções renováveis e que consigam permitir o desenvolvimento humano sem agredir o meio ambiente. Dentre as alternativas, a energia solar sempre foi apontada como uma saída ecologicamente e politicamente correta e ainda comprovadamente eficaz.

Porém, por que não é tão difundida e aplicada mundo afora?

Segundo o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e autor do artigo “Energia Solar, por que não deslancha?”, Heitor Scalambrini Costa, falta vontade política para tirar grandes projetos do papel e tornar a energia solar uma realidade eficaz no Brasil.

De acordo com o especialista de toda a energia elétrica produzida no Brasil, apenas 0,02% tem como origem a energia solar obtida pelos sistemas fotovoltaicos. “Tudo é questão da vontade política, ou seja, querer que essa fonte de energia tenha uma participação maior do que o 0,02% na nossa matriz elétrica do Brasil”, afirmou Scalambrini em entrevista recente à Rádio Nacional AM Brasília.

Ainda de acordo com o professor, outro dado que justificaria maior investimento em painéis fotovoltaicos para geração de energia através do sol é que o Brasil, especificamente, é um dos países que mais recebe insolação durante todo o ano, passando de mais de 3000 horas em 365 dias. “Faltam subsídios para que esta tecnologia cresça no Brasil, assim como aconteceu com outros setores da economia brasileira, principalmente no setor automotivo que contou com benefícios governamentais no passado e cresceu muito por aqui”, complementou Heitor.

Scalambrini também reforçou que existem duas maneiras de se obter energia através do sol: a primeira é transformá-la diretamente em calor por meio de coletores solares que funcionam para aquecimento de água em chuveiros, por exemplo. A mesma tecnologia pode ser aplicada na indústria para movimentação de máquinas. A outra maneira, mais conhecida e defendida por especialistas, é a instalação de painéis fotovoltaicos que geram energia elétrica diretamente através de semicondutores e células fotovoltaicas.

“Muitas casas nas regiões sul e sudeste já trocaram chuveiros elétricos por modelos que utilizam o aquecimento da água por energia solar, economizando na conta no final do mês e contribuindo para o meio ambiente. Todavia, essa participação da energia solar precisa ser ainda maior no Brasil”, informou o professor.

Falta de informação ainda é um problema

Para o professor, muitas pessoas ainda têm preconceito ou mesmo falta de conhecimento sobre os benefícios da energia solar, o que dificulta investimentos de empresas em painéis fotovoltaicos e também impede a criação de mais linhas de créditos de bancos para o público.

O sertão de Pernambuco se destaca como primeira região do Brasil a abrigar parque híbrido de energia renovável.


O futuro começou nesta sexta-feira (25), no Sertão de Pernambuco. O primeiro parque híbrido do Brasil, que conjuga a geração de energia solar e eólica, começou a funcionar em Tacaratu, no Itaparica. O governador Paulo Câmara e o CEO da multinacional italiana Enel Green Power, Luigi Parisi, cortaram a fita do Complexo Fontes. O empreendimento é formado por duas usinas fotovoltaicas (Fontes Solar I e II) com potência instalada de 11 MW, sendo oficialmente a partir de agora o maior parque fotovoltaico em operação no País. E um parque eólico de 80 MW (Fontes dos Ventos). Juntos, são capazes de gerar 340 GWh por ano, volume suficiente para abastecer 250 mil residências. O investimento total no Complexo Fontes foi de cerca de R$ 660 milhões, segundo cotação média do câmbio desta semana.

O pioneirismo na implantação de parques híbridos é fruto do planejamento do Governo de Pernambuco de consolidar o Estado como polo gerador de energias renováveis e produtor de equipamentos, tecnologias e conhecimento para o segmento. Esse é o principal objetivo do programa PE Sustentável, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sdec).

“Pernambuco, mais uma vez, mostra o seu pioneirismo e a sua crença de que é possível, sim, fazer as coisas acontecerem de forma diferente. Vemos o nascimento de uma junção de energia eólica com energia solar inédita no Brasil. Experiência que olha pra frente e prioriza o desenvolvimento sustentável. Hoje, o Estado e os empreendedores estão dando um exemplo para o Brasil, de que é possível fazer parcerias com base na confiança, compromisso e dedicação. É isso que o Brasil precisa, a volta da confiança”, destacou Paulo Câmara.

Secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões enalteceu a ação. “Nesse momento, Pernambuco e Tacaratu aumentam em mais de 30% a capacidade instalada de geração de energia solar no País. Esse momento assinala a coragem e o pioneirismo da Enel Green Power e mostra também o destemor e a ousadia de Pernambuco e do seu povo, que apostaram em um novo caminho para o desenvolvimento. Mostra o acerto do Governo de Pernambuco em apoiar de todas as maneiras o fomento às energias renováveis”, pontuou.

Os parques Fontes Solar I e II foram um dos vencedores do Leilão de Energia Solar, o primeiro certame exclusivo para contratação desse tipo de energia no Brasil, realizado por Pernambuco em dezembro de 2013. Os investimentos nesta unidade solar alcançam R$ 72 milhões (US$ 18 milhões). A energia gerada pelo parque fotovoltaico evitará a emissão de mais de 5.000 toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano.

“É um orgulho para a Enel Green Power e um orgulho para Pernambuco celebrarmos esse título de primeiro Estado a gerar energia híbrida em larga escala e criar emprego”, comentou o CEO da Enel, Luigi Parisi.

O Fonte dos Ventos é composto por 34 turbinas e foi fruto de um investimento de € 130 milhões. Fornece energia tanto para o mercado livre quanto para o regulado, de acordo com o contrato de compra de energia de longo prazo, concedido à empresa após o leilão público de energia A-5, realizado pelo Governo Federal em 2011. O parque foi o primeiro investimento em energia eólica da Enel Green Power no Brasil e reduzirá em 126.318 toneladas as emissões de CO2.

Os parque híbridos são estratégicos porque permitem o compartilhamento de infraestruturas, como a conexão às linhas de transmissão, por exemplo, resultando em menores custos de implantação. Promovem ainda um melhor aproveitamento dos recursos naturais, pois no momento em que há redução na incidência de raios solares, os ventos sopram com maior força e vice-versa. O resultado é uma geração quase ininterrupta ao longo de um dia.

O modelo híbrido se mostra viável em 60% do território pernambucano. Estão mapeados 762 GW com potencial competitivo no Estado, conforme aponta o Atlas Eólico e Solar de Pernambuco. A publicação técnica, voltada para investidores do segmento e para o poder público, aponta os potenciais eólico e solar de Pernambuco e a disponibilidade de infraestrutura, cruzando essas informações com dados socioeconômicos e ambientais. As informações subsidiarão a expansão das energias renováveis de forma planejada, sustentável, socialmente inclusiva e com maiores externalidades às regiões contempladas. O Atlas será lançado pela Sdec neste segundo semestre de 2015.

AVANÇO – O avanço da geração de energia limpa rumo ao Agreste e Sertão é a nova face da política de interiorização do desenvolvimento empreendida pelo Governo de Pernambuco. Cidades como Tacaratu, cuja economia era até então voltada para a agropecuária de pequeno porte e o artesanato, com destaque para a tapeçaria, ocupa agora posição de destaque nacional no segmento de energias renováveis. A instalação e operação dos parques eólicos e solares representam ainda adição de maior valor agregado à atividade econômica da região, repercutindo na qualificação profissional e na oferta de serviços de apoio e resultando na constituição de novos polos econômicos dentro do Estado.

A Enel Green Power é uma subsidiária do Grupo Enel dedicada ao desenvolvimento e à gestão de empreendimentos de geração a partir de fontes de energia renovável e líder mundial no setor. Possui operações na Europa, Américas e África. É dona de uma capacidade de geração anual igual a, aproximadamente, 32 milhões de GWh a partir de fontes de energia como água, sol, vento e calor da Terra – o suficiente para atender às necessidades energéticas de mais de 10 milhões de residências.