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Nova lei incentiva uso da energia solar na cidade de São Paulo


Uma nova lei que está prevista para ser aprovada até o final do primeiro semestre de 2019, para vigorar por meio de decreto-lei em 2020, deverá estabelecer regras e objetivos de uso da energia solar na cidade de São Paulo. Foram tomadas por base as legislações das cidades de Palmas, no estado do Tocantins, e da Califórnia, nos Estados Unidos, para desenvolver tecnicamente um projeto de lei adequado às necessidades paulistanas.

“O uso de energia solar térmica, para aquecimento de água, já existe. O que está na ordem do dia é a energia fotovoltaica para a geração de eletricidade, que poderá ser compartilhada na rede sempre que houver excedente”, diz Douglas Messina, técnico do Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento do Institutos de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

O objetivo, segundo Messina, não é criar obrigações, mas incentivar o uso da energia solar na capital paulista. Por meio de descontos em tributos como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), ou outorga para a ampliação da área construída urbana, o município irá fomentar empresas do segmento e usuários, envolvendo toda a cadeia produtiva. “A universidade dará apoio oferecendo cursos em projetos e em instalações, enquanto o IPT será o órgão certificador de produtos para assegurar sua qualidade”, explica ele.

Na opinião do presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Lopes Sauaia, é hora de apertar o passo: “O poder público demorou a identificar a energia solar como oportunidade para o desenvolvimento. Isso vem mudando e a própria população começou a cobrar. O Brasil produz menos de 1% desse tipo de energia e precisamos avançar por meio de políticas de incentivo”.

Via CicloVivo.

Uso da energia solar no campo estimula negócios na Agrishow

Empresas do setor se mostram otimistas com participação na feira, que termina nesta sexta-feira (3/5)

Estande da Sices na Agrishow 2019 (Foto: Raphael Salomão/Ed. Globo)

O dia 24 de abril de 2019 representa um marco na história da Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais, sediada em Bebedouro (SP). Foi a data de inauguração de uma usina fotovoltaica com 3,6 mil placas e 1,17 megawatt de potência. A instalação custou R$ 5 milhões, dos quais espera-se um retorno em economia na conta de luz e segurança energética com uma fonte limpa e renovável.

É o primeiro projeto desse tipo feito pela cooperativa, que afirma ter a maior usina fotovoltaica do agronegócio paulista. Um investimento que ajuda a reforçar o discurso de otimismo da indústria de energia solar fotovoltaica, que enxerga na atividade rural uma das que têm grande potencial de expansão de uso dessa fonte.

Dados da Associação Brasileira de energia Solar Fotovoltaica (Absolar) já mostram um forte crescimento nos últimos anos. Em 2017, a potência instalada em projetos rurais era de 9 megawatts. Em 2018, saltou para 47,2 e até março deste ano, estava em 60,3. Minas Gerais, seguido por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

“Esse crescimento exponencial se deve ao aumento da energia elétrica que tem pressionado custos de consumidores e ao aumento da competitividade da energia solar fotovoltaica que está cada vez mais acessível”, analisa o presidente executivo da entidade, Rodrigo Sauaia.

Vendo um volume crescente de projetos, a Absolar entende que a demanda ajudará a aumentar a participação do segmento de geração distribuída, no qual está inserido o uso no meio rural, no mercado nacional. Área disponível e crédito atrativo são apontados como vantagens para ter uma usina solar no campo. “O setor rural está acordando para a oportunidade que a energia solar fotovoltaica representa para reduzir custo e aumentar a produtividade e competitividade”, diz Sauaia.

A presença do setor de energia solar fotovoltaica na edição deste ano da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP) reforça essa perspectiva otimista. A feira deste ano, que termina nesta sexta-feira (3/5) reúne estandes de diversas empresas, entre fabricantes de equipamentos e fornecedores de soluções de usinas para os mais variados tipos de projetos no meio rural.

A Sices Agro, segmento da Sices Brasil voltado para o campo, participa pela segunda vez. O gerente de marketing, Gabriel Terçarolli, explica que a divisão foi montada há quatro anos por conta do aumento da demanda do agronegócio, que já responde por 40% dos negócios da companhia no país.

Além dos equipamentos e de assessoria técnica, a empresa fornece soluções financeiras para viabilizar a aquisição da usina pelo produtor rural. Em projetos acima de 1MW, explica o executivo, a própria Sices faz a entrega da usina. Abaixo dessa potência, o trabalho é feito em parceria com integradores. O valor médio para projetos de 1 MW varia de R$ 3 a R$ 4 milhões, diz o executivo.

Terçarolli avalia que a procura por usinas fotovoltaicas é a “febre do ouro” no agronegócio, em função da tecnologia estar mais acessível e da energia elétrica mais cara. Só na Agrishow, garante ter em andamento negócios que podem chegar a até 30 MW de potência instalada em projetos de energia solar fotovoltaica de forma geral, metade para propriedades rurais.

“O investimento em energia solar se paga em torno de seis anos para uma sistema que vai ter mais 19 ou 20 de vida útil. Hoje, só não investe em energia solar quem não tem dinheiro para colocar, o que não é o caso do setor rural”, explica Terçarolli.

Já a WE Brazil Energy, empresa criada em 2015 e sediada em Campinas (SP) está na Agrishow pela primeira vez, conta seu CEO, Alex Magno. A empresa trabalha com fornecedores nacionais e estrangeiros de equipamentos para usinas fotovoltaicas e tem uma rede de integradores certificados para montar os projetos. 

Apostando no agronegócio como “potencial gigantesco” para a indústria de energia fotovoltaica, ele diz esperar negócios em torno de R$ 60 milhões em função do evento. “Estamos começando com o agro aqui e estamos surpreendidos. O agro é o grande negócio do Brasil e, se tiver um custo menor para produzir, terá mais crescimento”, diz Magno.

Outra empresa que estreou na Agrishow é a Fronius, multinacional austríaca com subsidiária brasileira sediada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Na divisão de energia solar, 30% das vendas já estão ligadas à demanda do agro e a expectativa é de continuar a crescer, acredita o gerente da área, Alexandre Borin.

“Esperamos que os projetos no agronegócio possam representar de 40% e 50% dos nossos negócios de inversores nos próximos dois anos”, diz.

A filial no Brasil importa e vende o inversor, aparelho que a empresa fabrica na Áustria e que torna a energia captada pelas placas solares consumível através da rede elétrica. Na Agrishow, seu público é o visitante, que pode conhecer seu produto, e a empresa do estande ao lado, com quem pode fazer um novo negócio ou reforçar seu relacionamento como fornecedor dos inversores.

Como produz apenas um componente do sistema das usinas, Borin não traça uma expectativa de negócios durante a Agrishow. Destaca, no entanto, a importância da presença institucional do departamento que gerencia na Fronius. E avalia que a participação confirma suas expectativas relacionadas ao potencial do setor agropecuário para a indústria de energia solar.

“A gente consegue ver pelas empresas que estão aqui. Nosso intercâmbio com essas empresas tem sido constante e é grande a possibilidade de fechar negócios depois da feira”, afirma. Além da divisão de energia solar, a Fronius apresentou na Agrishow produtos das suas outras duas unidades, de soldagem e a de baterias.

Nissan financia pesquisa na Unicamp para eletrificar etanol


Universidade vai pesquisar viabilidade para uso do biocombustível como uma opção para a mobilidade elétrica.

A Nissan assinou nesta sexta-feira, 26, acordo com a Unicamp para financiar pesquisas com o objetivo de ampliar o uso do etanol na eletrificação veicular. Em uma primeira fase, nos próximos quatro meses, o Laboratório de Genômica e Bioenergia (LGE) da Universidade Estadual de Campinas vai produzir um estudo que aponta a viabilidade e tendências da utilização do etanol na etromobilidade. 

Segundo Marco Silva, presidente da Nissan no Brasil, existe especial interesse em investigar a produção de etanol de segunda geração, que pode ser produzido a partir de material celulósico, como bagaço e palha de cana ou outros tipos de plantas. Inicialmente, a ideia é voltar a fazer testes de rodagem no País com a van EV200 SOFC, veículo elétrico equipado com um catalisador que extrai hidrogênio do etanol para alimentar sua célula de combustível, um gerador eletroquímico que produz eletricidade com injeção de hidrogênio e ar, emitindo na atmosfera apenas vapor d’água. 

O protótipo já esteve no País em 2016 e 2017, quando rodou abastecido em postos regulares com o etanol brasileiro. Depois dessa experimentação, o protótipo voltou ao Japão e agora deverá ser trazido novamente para trafegar com o etanol de segunda geração. “Estudamos várias fontes energéticas para eletrificar nossos veículos. Fizemos aqui testes bem-sucedidos com nosso SOFC e até agora o etanol se mostrou a solução mais barata e eficiente”, afirmou Hirofumi Eta, diretor de engenharia de produto da Nissan no Brasil. 

O protótipo Nissan NV200 SOFC que em 2017 rodou pelo Brasil com etanol para gerar hidrogênio e eletricidade

“É importante destacar que este é um desenvolvimento brasileiro para o mundo, que coloca o etanol como alternativa energética de eletrificação. Nossa engenharia no Japão tem grande interesse em incluir essa solução brasileira na construção de uma matriz energética sustentável”, disse Marco Silva.

O executivo também informa que, na mesma linha de ação, está no horizonte a introdução de um gerador flex (bicombustível gasolina-etanol) no powertrain híbrido e-Power, que combina tração 100% elétrica com motor a combustão para gerar energia. Silva já havia dito que a Nissan estuda introduzir esse tipo de tecnologia em modelos produzidos no País e o candidato número um para isso é o SUV compacto Kicks. Esta solução ganhou mais força com a criação de incentivos para carros híbridos flex no programa Rota 2030, que prevê o desconto de três pontos porcentuais de IPI para veículos equipados com esse tipo de propulsão. 

No entanto, Silva garantiu que neste primeiro momento o estudo em curso com a Unicamp “não tem nada a ver com incentivos do Rota 2030, estamos investindo recursos próprios para ampliar as possibilidades de uso do etanol no powertrain elétrico”, disse. “Não podemos olhar a eletrificação de uma só forma, precisamos estudar as várias alternativas de eletrificação”, acrescenta. 

INTERNACIONALIZAÇÃO DO ETANOL

Segundo o professor titular do LGE da Unicamp, o geneticista Gonçalo Pereira, que vai coordenar os estudos da Unicamp com a Nissan, combinar o etanol com a eletrificação seria atualmente o melhor caminho para internacionalizar o biocombustível e transformá-lo em uma commodity negociável em bolsas de mercadorias. 

“A eletrificação abre espaço para a globalizar do etanol”, avalia o professor Gonçalo Pereira.

Ele explica que atualmente há tecnologia para multiplicar várias vezes a produção de etanol no Brasil e no mundo, com o cultivo de plantas alternativas e evolução do processo de extração do etanol celulósico. “Como exemplo, Pereira cita a cana-energia, uma espécie de cana com caule duro que tem alta concentração de açúcar celulósico, não solúvel, que ele chama de “dinossauro da cana”. Segundo ele, enquanto no Brasil a produtividade da cana comum, “que já é a mais elevada do mundo”, é de 80 toneladas por hectare, enquanto a cana-energia produz três vezes mais, cerca de 240 toneladas por hectare. 

“O que vamos fazer com a Nissan é apontar quais são as tendências e as melhores alternativas para produção e uso de etanol em veículos eletrificados, especialmente com célula de combustível”, explica Pereira. “O etanol de segunda geração já é viável, o que falta é criar demanda e escala econômica para ele, como fizemos com o carro a álcool nos anos 80, quando saímos de quase zero para a produção de 10 bilhões de litros de etanol por ano, com o flex saltamos para além de 30 bilhões, com a célula de combustível e o etanol de segunda geração poderíamos passar dos 100 bilhões”, calcula. 

Visto dessa forma, o horizonte do etanol parece bastante promissor. O biocombustível de cana já é a fonte energética líquida mais limpa disponível, mesmo quando é integralmente queimado em motores a combustão interna, pois mais de 90% de suas emissões de CO2 são reabsorvidas pela própria plantação de cana. A combinação com a eletrificação em carros híbridos ou com célula de combustível só eleva a vantagem ambiental do etanol, pois aumenta sua eficiência. 

Espera-se, por exemplo, que o novo Toyota Corolla híbrido flex, que será produzido no Brasil no segundo semestre, tenha desempenho superior a 15 km/l. A tecnologia da célula de combustível é ainda mais eficiente, pois o etanol não é queimado, mas reformado quimicamente para extração do hidrogênio a ser injetado nas células para geração de eletricidade. O protótipo SOFC da Nissan apresentou autonomia de 20 a 25 quilômetros por litro de etanol reformado. Esse processo emite menos de um terço de CO2 produzido por um motor a combustão e o gás pode ser totalmente reabsorvido. Mais: o etanol é o segundo combustível mais eficiente para extração de hidrogênio por reforma química (só perde para o metanol) e por isso tem emissão ainda mais baixa. 

Outro uso sustentável do carro elétrico equipado com célula de combustível é que ele pode se transformar em um gerador doméstico de energia. Ao colocar o veículo na garagem, ele pode ser plugado na tomada, não para ser recarregado, mas para produzir eletricidade para uma residência ou fornecer esse excedente a uma rede pública inteligente. 

O que falta resolver é o até agora alto custo da célula de combustível, que vem caindo ao longo dos últimos 20 anos de pesquisa, mas ainda não o suficiente para se tornar viável economicamente. Nesse contexto, a pesquisa em conjunto da Nissan com a Unicamp irá identificar como o etanol pode contribuir para tornar a tecnologia mais acessível. 

VEJA COMO FUNCIONA O PROTÓTIPO NISSAN SOFC


COOPERCITRUS: Cooperativa inaugura maior usina de energia solar voltada ao setor agro do estado de SP


A Cooperativa de Produtores Rurais (Coopercitrus) inaugurou em Bebedouro (SP) na quarta-feira (24/04) a maior usina de geração de energia solar destinada ao setor agropecuário no estado de São Paulo.

Abastecimento - Destinado a abastecer integralmente 28 unidades do grupo por meio de créditos obtidos junto à rede da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), o complexo conta com 3,6 mil placas fotovoltaicas espalhadas por uma área de 10 mil metros quadrados próximo à Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326) e demandou um investimento inicial de R$ 5 milhões.

Redução de gastos - A usina deve reduzir em mais de 50% os gastos com energia elétrica em toda a cooperativa - que tem representações em outras regiões de São Paulo e Minas Gerais ainda não abrangidas pelo novo sistema.

Monitoramento remoto - O sistema permite, via internet, o monitoramento remoto da operação e a correção em caso de falhas, explica Diego Branco, coordenador de energia fotovoltaica da Coopercitrus.

Alternativa sustentável - Além disso, é uma alternativa sustentável, com menor impacto ao meio ambiente e menor tempo de instalação em relação a outras modalidades como as hidrelétricas. "Caso tenha alguma anormalidade na nossa usina fotovoltaica, remotamente a gente monitora e faz a intervenção para que volte a operação normal garantindo a entrega de energia da usina para o nosso consumidor", afirma.

Condições atuais - Nas condições atuais, a produção anual da usina instalada no complexo de grãos da cooperativa deve chegar a quase 2 gigawatts - o suficiente para abastecer, por exemplo, 23 mil geladeiras, mas em até dois anos a expectativa é pelo menos triplicar a capacidade de geração do complexo, inclusive por meio de parcerias com cooperados. "Esse foi só um primeiro passo. Como há viabilidade a gente quer crescer agora com sustentabilidade pra poder levar nossos cooperados a produzir energia, como também a gente quer aumentar nossa capacidade de produção para nós mesmos", diz Branco. 


Fonte: G1

Com usina solar a Unicamp vai economizar R$ 247 mil ao ano


A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e A CPFL Energia entregaram neste mês a primeira fase do projeto Campus Sustentável. A parceria entre a empresa e a Universidade trará uma redução anual de mil megawatts-hora (MWh) no consumo de energia elétrica – isso equivale a uma redução de R$ 247 mil.

Com investimentos de R$ 3,2 milhões na primeira fase, além do ganho energético, as melhorias do sistema de energia da Unicamp evitarão a emissão de cerca de 100 toneladas de CO2 na atmosfera. Esse valor é o equivalente ao plantio de aproximadamente 600 novas árvores.

“Nossa relação com a Unicamp é de longa data e a universidade sempre foi parceira das iniciativas de pesquisa da Companhia. Agora, o Campus Sustentável transforma a universidade no coração deste laboratório vivo que desenvolvemos no bairro do entorno”, explica Renato Povia, gerente de inovação da CPFL Energia.

Para a segunda fase, o Campus Sustentável prevê a introdução de um ônibus elétrico que fará trajetos pela Universidade e que servirá como caso de estudo em inovação, mobilidade e uso de veículos movidos a eletricidade.

O projeto Campus Sustentável é financiado com recursos do Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Quando for 100% concluído, as descobertas alcançadas pelo estudo serão públicas, consolidando toda a experiência adquirida.

Política para energia solar em São Paulo recebe parecer favorável

O projeto que cria a política estadual de incentivo ao uso da energia solar no estado de São Paulo recebeu parecer favorável do deputado Campos Machado (PTB) na Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa de São Paulo. O PL 672/2018, do deputado Gil Lancaster (PSB), estava pautado para a reunião da comissão na última semana, mas acabou não sendo votado.


A pauta da reunião desta semana ainda não foi divulgada pela Alesp.

A Política Estadual de Incentivo ao Uso da Energia Solar tem como objetivo ampliar a energia solar na matriz energética do estado. O projeto prevê a instalação de sistemas de energia fotovoltaica em comunidades indígenas, quilombolas, caiçaras e as dispersas e distantes de redes de transmissão de energia elétrica; sistemas de energia fotovoltaica termossolar para aquecimento de água em residências de famílias de baixa renda; atração de investimentos para a implantação de usinas solares e instalação de sistemas de fotovoltaico nos prédios públicos, escolas, empresas e autarquias.

“A energia solar é renovável e inesgotável, sendo uma importante alternativa energética do novo milênio e apresenta inúmeras vantagens se comparada a outras fontes, principalmente em relação às hidroelétricas, que representa 80% da energia que utilizamos. Assim, este projeto de lei visa criar uma nova consciência na utilização da energia em nossas residências em todo o Estado de São Paulo. Nosso estado, a exemplo de outros da Federação, sofre com os períodos de estiagem que afetam as represas que geram energia, alem de causar impactos ambientais”, afirmou Gil Lancaster quando protocolou o projeto.

Na Câmara dos Deputados, está em discussão o Política Nacional de Energia Solar Fotovoltaica (PRONASOLAR), projeto de lei 10370/2018, protocolado pelo deputado Augusto Carvalho (SD/DF). O projeto pode zerar as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins sobre a energia elétrica fornecida pela distribuidora e compensada por empreendimentos de microgeração ou minigeração distribuída na unidade consumidora.

O parlamentar também propõe que, pelo prazo de 10 anos, os contribuintes poderão deduzir da base de cálculo do Imposto de Renda devido 25% das despesas realizadas com a aquisição de sistema solar fotovoltaico com potência de até 5.000 kW, conforme comprovação por meio de contrato registrado ou nota fiscal do referido sistema solar fotovoltaico.

Empresa brasileira usa esgoto como fonte de energia


ma empresa ainda na década de 1990, tornou-se responsável pelo tratamento do esgoto doméstico de Ribeirão Preto, São Paulo. Gerando água, lodo e gás, como é esperado em estruturas desse tipo, a estação de tratamento oferecia um potencial que a empresa gostaria de ver transformado em realidade: tornar-se fonte de energia para abastecer a própria operação.

A empresa, chamada AMBIENT trata em média, 135 milhões de litros de esgoto por dia, gerados por uma população de aproximadamente 700 mil habitantes.

Ao lado dos investimentos em tecnologia diretamente relacionada ao tratamento do esgoto coletado, a AMBIENT sempre percebeu, em sua própria matéria prima, uma oportunidade de melhoria operacional. Em 2011 então, ela implantação um sistema que utiliza o produto do tratamento do esgoto como fonte de energia. A solução encontrada foi um sistema de cogeração de energia.

O projeto é duplamente ecológico. Primeiro, porque usa o biogás como combustível nos motores, evitando emissão de metano para a atmosfera. Em segundo, porque o biogás é fonte de energia cujo uso não desgasta os recursos naturais, permitindo a produção de energia limpa. Com a implantação do projeto, a empresa hoje gera cerca de 50% da energia utilizada pela estação de tratamento.

Em termos bastante simplificados, o projeto conta com a utilização da água de resfriamento dos motores para o aquecimento do lodo através de trocadores de calor, este sistema faz com que o lodo do digestor fique aquecido a aproximadamente 35ºC, melhorando assim a eficiência da degradação da matéria orgânica, além de contribuir para a geração de mais biogás.

Para executar o projeto, a AMBIENT adquiriu dois geradores da Siemens que fornecem 1,5 MW de energia. A eletricidade gerada, a partir do biogás produzido no esgoto, é usada para atendimento da própria estação de tratamento, possibilitando uma redução dos gastos com a eletricidade da rede.

Fonte: Engenharia é.


Alguns pontos de ônibus em SP já utilizam placas de energia solar


A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP) instalou este ano placas solares para captação de energia solar em pontos de ônibus do Corredor Biléo Soares, na região metropolitana de Campinas.

Hoje já são no total quatorze pontos de ônibus que já possuem placas solares instaladas. E o objetivo da empresa é em breve ter vinte pontos. A EMTU/SP foi pioneira ao implantar a tecnologia solar em pontos de ônibus em São Paulo. A empresa pretende usar a energia solar em mais empreendimentos já que isso faz parte da política de sustentabilidade e meio ambiente da empresa.

Para que este projeto funcionasse, foi feito um estudo que começou há três anos e os primeiros testes foram feitos somente no primeiro semestre deste ano. Segundo o engenheiro elétrico responsável, os sistemas das paradas de ônibus são parecidos com os utilizados em residências. A tecnologia solar instalada nos pontos de ônibus é conectada com a rede de energia da CPFL, com isso, gera um crédito em energia para o Estado e este pode ser utilizado nas próprias paradas e também em outros equipamentos metropolitanos.

O preço da instalação é cerca de R$ 6,7 mil por ponto, porém, há uma perspectiva de recuperação do investimento em até três anos e um mês. A empresa afirma que, atualmente, produz mais energia do que utiliza, de forma gratuita.

Energia Fotovoltaica no campo uma necessidade para Redução de custos


A redução de custo para a implantação de painéis de geração de energia fotovoltaica no campo nos últimos anos vem expandindo as possibilidades de adoção de energia Fotovoltaica neste segmento. A geração por meio de painéis solares, alternativa às concessionárias de energia elétrica e ao uso de diesel para com o impacto na emissão de gases de efeito estufa, tem peso importante no bolso do produtor rural.

Destaca-se que a procura por sistemas fotovoltaicos está em alta. desde 2015, quando surgiu a possibilidade de fechar consórcio entre os produtores para a implantação das usinas, o meio rural brasileiro atingiu 15,8 megawatts de utilização operacional de energia solar fotovoltaica. Essa marca significa que o uso da energia solar cresceu nove vezes em 2017, e já dobrou neste ano, o sistema é ideal para propriedades com alto consumo de luz, como as que lidam com irrigação, armazenagem de grãos, criação de animais em granjas, entre outras situações. O produtor gera energia com os painéis e pode abastecer o sistema geral.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, os agricultores passam agora a também ter uma complementação de renda, gerando energia elétrica para abastecer áreas urbanas e reduzir os seus gastos especificamente. “O meio rural tem açudes usando energia solar fotovoltaica flutuante em Goiás, assim como projetos mais tradicionais de bombeamento e irrigação, em Minas Gerais”, conta.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, os agricultores passam agora a também ter uma complementação de renda, gerando energia elétrica para abastecer áreas urbanas e reduzir os seus gastos especificamente. “O meio rural tem açudes usando energia solar fotovoltaica flutuante em Goiás, assim como projetos mais tradicionais de bombeamento e irrigação, em Minas Gerais”, conta.

FAZENDA 100% ABASTECIDA

Em Itajobi (SP), município na região de São José do Rio Preto, 264 painéis fotovoltaicos foram instalados na fazenda Panorama. O sistema ocupa 620 m² do telhado de um dos dois galpões da granja de frangos, e têm potência para gerar 84.480Wp. O proprietário Fernando Cuelhar explica que 100% do consumo de energia elétrica da fazenda é suprido pelo sistema. “A energia solar gerada abastece a granja de 60 mil aves, a irrigação do pomar de limões, a cerca elétrica e a sede. Ou seja, 100% da propriedade”, afirma.

Após a instalação do sistema fotovoltaico, a economia na conta de energia elétrica chega a R$ 7 mil por mês. “A redução de custos é essencial para a competitividade das nossas atividades. Isso sem falar na sustentabilidade, pois há redução de CO2 e no corte de árvores”, Comenta Cuelhar.

FINANCIAMENTOS

A energia solar também é um bom negócio para os produtores de agricultura familiar. O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar) oferece financiamentos com juros variando entre 2,5% a 5,5% ao ano. Já o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) oferece recursos com juros de até 4,6% e a aquisição do equipamento deve estar vinculada a uma atividade econômica.

Para as pessoas físicas e jurídicas que queiram instalar projetos de energia solar fotovoltaica, o banco abriu linhas de financiamento no Programa Fundo Clima para 80% dos itens financiáveis, podendo chegar a R$ 30 milhões a cada 12 meses por beneficiário. Para renda anual de até R$ 90 milhões, o custo é de 0,1% ao ano com a remuneração do BNDES de 0,9% ao ano. Na renda anual acima de R$ 90 milhões, o custo tem o mesmo percentual, mas a remuneração do BNDES é de 1,4% ao ano.

Empreendedores criam startup que produz energia solar e conquistam ‘Califórnia Brasileira’

Guilherme Susteras e Alexandre Bueno fornecem energia limpa no interior de São Paulo, região que, segundo eles, tem um forte quê californiano — lá não falta sol nem consumidor consciente.

Alexandre Bueno e Guilherme Susteras fundaram a Sun Mobi, que produz energia solar no interior de São Paulo (Foto: Divulgação)

Só mesmo a energia que vem do sol para explicar a persistência de Guilherme Susteras e Alexandre Bueno em montar um negócio num setor tão incipiente no Brasil. Energia renovável faz manchetes frequentes no noticiário internacional e no nacional e, junto com inteligência artificial, transformação digital e outros termos futuristas, é um dos temas que mais estão na moda. Isso não significa, no entanto, que quem decide investir nisso dará de cara com uma imediata fonte espetacular de dinheiro. Apesar de crescente, a adoção aqui é lenta, em comparação a regiões como a Califórnia (Estados Unidos), referência mundial na área.

O número de empresas aptas a fazer instalações de painéis fotovoltaicos, por outro lado, é alto, o que também é um ponto de atenção para quem pensa em entrar no setor. “Há mais de 6 mil empresas no Brasil que podem instalar painel na sua casa, do eletricista até grandes companhias multinacionais”, diz Susteras. Ou seja: a barreira de entrada para o empreendedor que quer atuar nesse mercado é baixa. “A gente tinha que criar algo diferente para não concorrer nesse oceano vermelho”, diz Susteras.

A dupla resolveu, então, explorar o que impede a maior parte das pessoas de colocar painéis solares em seus telhados: o preço alto, o largo espaço necessário para instalar as placas e, em muitos casos, a posição desprivilegiada do edifício ou da casa, aonde luz do sol não chega. Susteras e Bueno montaram um negócio que permite que você, mesmo não tendo como instalar um painel na sua casa, se transforme em um consumidor de energia solar. Eles criaram uma planta de painéis fotovoltaicos em Araçoiaba da Serra, região metropolitana de Sorocaba, apta a gerar energia para 26 municípios do interior e do litoral do Estado de São Paulo. A entrega é feita por meio da rede da CPFL Piratininga.

O serviço da Sun Mobi, como foi batizada a empresa, funciona nos moldes de uma startup: o consumidor baixa o aplicativo da companhia, calcula a quantidade de energia que vai contratar de acordo com o histórico de consumo, assina o contrato e recebe os funcionários da empresa em casa para a instalação de pequenos sensores que informam o gasto de energia em tempo real. O contrato pode ser entendido como uma compra de créditos junto à distribuidora. Eles são abatidos na conta de luz. Se o cliente gastar 200 kilowatts por hora (kWh) e tiver contratado 250 kWh, ele fica com 50 kWh como crédito, que pode ser usado em até cinco anos. Se consumir mais do que o contratado, a distribuidora fornece a diferença.

Não é necessário que nenhum painel seja instalado na casa do consumidor. A geração de energia fica toda por conta da usina, que a repassa à CPFL. Para o consumidor, trata-se realmente de um esquema de compensação na conta. Quem mora no litoral certamente não recebe a corrente elétrica gerada pelos painéis de Araçoiaba da Serra (caso alguém esteja imaginando que a energia produzida pelas placas da startup caminhe livremente pelas linhas de transmissão da distribuidora até chegar à casa do cliente). Isso não ocorre. O cliente que compra um pacote da Sun Mobi recebe créditos referente à energia solar produzida pela startup.

Apesar de não ser o dono do painel, o consumidor vira um incentivador da energia solar e obtém benefícios com isso, como a dispensa da bandeira tarifária, aquele acréscimo que surge na conta quando as termelétricas entram em ação no país. Hoje, a empresa tem 50 lares como usuários, e a expectativa é fechar o ano de 2018 com um faturamento de R$ 240 mil.

Planta com painéis fotovoltaicos da Sun Mobi, em Araçoiaba da Serra (Foto: Divulgação)

Pesquisa intensa

Antes de conquistar a confiança dessas 50 famílias, no entanto, Susteras e Bueno tiveram um longo trabalho de pesquisa e validação da ideia. A escolha do interior de São Paulo para instalação da planta não foi um chute. Além do alto potencial econômico e de uma irradiação solar favorável (o que não é bem o caso da capital paulista), a região apresenta um público consumidor considerado interessante por eles. “Fizemos entrevistas com potenciais consumidores e encontramos quatro grupos atraentes”, conta Bueno. São eles:
  1. os entusiastas de novas tecnologias; 
  2. engenheirosou pessoas sintonizadas com soluções de engenharia; 
  3. os ambientalmente responsáveis, que se preocupam com o impacto de suas ações no meio ambiente; e 
  4. os veganos, que têm um hábito sustentável global, da alimentação ao meio ambiente.

“É por isso que a gente meio que considera o interior de São Paulo como a Califórnia brasileira”, diz Bueno. E há ainda outro fator regional que favorece a startup: a energia no interior costuma ser mais cara do que na capital. Economizar é um interesse comum por lá. A média de economia entre os cliente da Sun Mobi é de 6%.

Para o grupo dos amantes da tecnologia, a startup desenvolveu um aplicativo que permite ao usuário monitorar o consumo de energia. É possível detectar, assim, quem são os maiores “gastadores” de energia dentro de casa. Houve caso de um cliente de Itupeva, dono de casa com piscina e ar condicionado, que conseguiu reduzir a conta em 25% depois de analisar os dados coletados. Uma das providências que ele tomou: deixar o motor que aciona o filtro da piscina ligado por menos tempo (de 4 horas para 2 horas).
Paixão antiga

Susteras, de 37 anos, e Bueno, de 44, compartilham a paixão por energia há muito tempo. Eles se conheceram quando trabalharam na Duke Energy, há quase 20 anos. Susteras era analista de assuntos regulatórios e Bueno, analista de informação. Quase uma década mais tarde, depois de um período no exterior e uma experiência como superintendente de planejamento estratégico na Renova Energia, ele convidou Bueno para montar a startup com ele.

A dupla começou a desenvolver o projeto em 2016 e conseguiu o primeiro investimento em 2017. Um grupo de investidores composto por pessoas físicas desembolsou R$ 500 mil e apostou nos empreendedores. Com esse dinheiro, eles construíram a primeira fase da usina, com capacidade instalada de 8 mil kWh, e conseguiram 12 clientes (de outubro de 2017, quando ficou pronta a usina, até o fim daquele ano). Foi uma validação importante.

“Durante nosso trabalho de busca por potenciais investidores, percebemos que a única forma de comprovarmos que nosso modelo de negócio funcionaria era por meio de um projeto piloto, um MVP (minimum viable product)”, dizem. Foi aí que vieram mais três investimentos: um de R$ 294,9 mil em março de 2018, feito pela Desenvolve SP; um de R$ 600 mil em abril, feito por investidores anjo; e outro de R$ 952 mil em agosto, feito pela Desenvolve SP.

Este último aporte permitiu a ampliação da capacidade instalada da planta para 42 mil kWh. A ideia da Sun Mobi é que essa capacidade cresça cinco vezes em um ano.

No momento, os empreendedores se preparam para construir uma nova planta num terreno de 20 mil metros quadrados, também no interior de São Paulo. Considerada uma enertech, termo que define a startup que usa tecnologia para melhorar serviços em energia, a Sun Mobi pretende ter mil clientes até 2020 e alcançar uma receita bruta anual de R$ 2 milhões até 2025.

Fonte: Empresas & Negócios

TRANSPORTE COLETIVO DE SP PRESTES A RECEBER VEÍCULOS MOVIDOS A ENERGIA SOLAR


O sistema de ônibus de São Paulo terá, pelo menos, 15 veículos movidos à eletricidade gerada por energia solar. E a carga para abastecer os veículos sairá de Araçatuba. Assim, a energia solar beneficia não só o transporte coletivo, como diversos setores da sociedade.

Na última semana, o prefeito em exercício e presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, e secretários da gestão do prefeito Bruno Covas estiveram na planta da empresa BYD, produtora de ônibus elétricos e de placas de energia fotovoltaicas, em Campinas (SP).

Durante a reunião, Milton Leite disse ao Diário do Transporte que a BYD comprou uma fazenda em Araçatuba, que fará a geração de energia elétrica por meio de placas de captação da luz solar para abastecer os veículos.

Esta energia, totalmente limpa, será disponibilizada ao Operador Nacional do Sistema, o que vai gerar crédito para abater do consumo da cidade de São Paulo.

“É um grande avanço porque há um ciclo completo. A geração de eletricidade é totalmente limpa, por meio da energia solar. O sistema estará livre das oscilações de fornecimento e das bandeiras tarifárias que encarecem a energia. O custo será mais baixo para o transporte coletivo” – disse Leite ao Diário.


IMPLEMENTAÇÃO

Entre esta e a outra semana, segundo Milton Leite, a Secretaria de Municipal de Mobilidade e Transportes e a SPTrans – São Paulo Transporte vão definir a garagem de uma das empresas do sistema que vão receber estes primeiros 15 ônibus.

Nas garagens, será necessária apenas a estrutura de recarga dos ônibus, que também será fornecida pela BYD.

“Também será necessária uma subestação na garagem ligada ao Operador do Sistema, que vai consumir o crédito gerado em Araçatuba. A subestação ligada ao Sistema Nacional de Energia vai evitar que a garagem fique desabastecida e sofra com oscilações e quedas de energia que possam vir a prejudicar o carregamento das baterias dos ônibus”, explica a reportagem.


CUSTO

Conforme a prefeitura informa, os custos com os ônibus elétricos serão iguais ou menores que o gasto com o diesel. Porém, de forma natural.

“Fixamos um limitador. Os custos máximos da locação destas baterias [dos ônibus] que vão ser fornecidas junto com os chassis e as carrocerias não podem ser maiores do que a cidade já gasta com óleo diesel. Vai ser estipulado um teto de acordo com o que já pagamos com o diesel. Assim, os combustíveis fósseis estarão sendo gradativamente eliminados para que tenhamos um transporte sem emissões” – disse.

Desde janeiro deste ano, foi sancionada a lei 16.802 que estipula novas metas de redução de poluição pelos ônibus municipais.

As reduções de emissões de poluição pelos ônibus de São Paulo devem ser de acordo com o tipo de poluente. Conforme prazos de 10 anos e 20 anos.

Em 10 anos, as reduções de CO2 (gás carbônico) devem ser de 50% e de 100%, em 20 anos. Já as reduções de MP (materiais particulados) devem ser de 90%, em 10 anos, e de 95%, em 20 anos. As emissões de Óxidos de Nitrogênio devem ser de 80%, em 10 anos, e de 95%, em 20 anos.

As metas devem estar nos editais de licitação do sistema de ônibus da cidade, que estão barrados pelo TCM – Tribunal de Contas do Município. (Com informações do Diário dos Transportes).

Fonte: SBT Notícia.

Cresce o uso de energia fotovoltaica no campo


A redução de custo para a implantação de painéis de geração de energia fotovoltaica nos últimos anos vem expandindo as possibilidades de adoção deste tipo de fonte sustentável no campo. A geração por meio de painéis solares, alternativa às concessionárias de energia elétrica e ao uso de diesel para com o impacto na emissão de gases de efeito estufa, tem peso importante no bolso do produtor rural.

O empresário do setor fotovoltaico Newton Koeke, dono de uma empresa de Birigui que implanta a tecnologia na cidade e em propriedades rurais, destaca que a procura por sistemas fotovoltaicos está em alta. “Desde 2015, quando surgiu a possibilidade de fechar consórcio entre os produtores para a implantação das usinas, o meio rural brasileiro atingiu 15,8 megawatts de utilização operacional de energia solar fotovoltaica. 

Essa marca significa que o uso da energia solar cresceu nove vezes em 2017, e já dobrou neste ano”, conta. Koeke afirma que o sistema é ideal para propriedades com alto consumo de luz, como as que lidam com irrigação, armazenagem de grãos, criação de animais em granjas, entre outras situações. “O produtor gera energia com os painéis e pode abastecer o sistema geral”.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, os agricultores passam agora a também ter uma complementação de renda, gerando energia elétrica para abastecer áreas urbanas e reduzir os seus gastos especificamente. “O meio rural tem açudes usando energia solar fotovoltaica flutuante em Goiás, assim como projetos mais tradicionais de bombeamento e irrigação, em Minas Gerais”, conta.

FAZENDA 100% ABASTECIDA

Em Itajobi (SP), município na região de São José do Rio Preto, 264 painéis fotovoltaicos foram instalados na fazenda Panorama. O sistema ocupa 620 m² do telhado de um dos dois galpões da granja de frangos, e têm potência para gerar 84.480Wp. O proprietário Fernando Cuelhar explica que 100% do consumo de energia elétrica da fazenda é suprido pelo sistema. “A energia solar gerada abastece a granja de 60 mil aves, a irrigação do pomar de limões, a cerca elétrica e a sede. Ou seja, 100% da propriedade”, afirma.

Após a instalação do sistema fotovoltaico, a economia na conta de energia elétrica chega a R$ 7 mil por mês. “A redução de custos é essencial para a competitividade das nossas atividades. Isso sem falar na sustentabilidade, pois há redução de CO2 e no corte de árvores”, Comenta Cuelhar.

FINANCIAMENTOS

A energia solar também é um bom negócio para os produtores de agricultura familiar. O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar) oferece financiamentos com juros variando entre 2,5% a 5,5% ao ano. Já o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) oferece recursos com juros de até 4,6% e a aquisição do equipamento deve estar vinculada a uma atividade econômica.

Para as pessoas físicas e jurídicas que queiram instalar projetos de energia solar fotovoltaica, o banco abriu linhas de financiamento no Programa Fundo Clima para 80% dos itens financiáveis, podendo chegar a R$ 30 milhões a cada 12 meses por beneficiário. Para renda anual de até R$ 90 milhões, o custo é de 0,1% ao ano com a remuneração do BNDES de 0,9% ao ano. Na renda anual acima de R$ 90 milhões, o custo tem o mesmo percentual, mas a remuneração do BNDES é de 1,4% ao ano.

MCTIC organiza repositório com procedimentos e regras para produtos nanotecnológicos.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) disponibilizou, em parceria com a União Europeia, um repositório com as normas de segurança de materiais nanotecnológicos, ou seja, de escalas com as dimensões de átomos ou moléculas. O banco de dados reúne informações produzidas pelo NANoREG, iniciativa internacional para a regulamentação da nanotecnologia.

Chamadas de procedimentos operacionais padrão (POPs), as normas permitem que órgãos responsáveis pela análise e liberação de produtos nanotecnológicos tenham um parâmetro comum para toda a cadeia de valor do setor.

Laboratório de nanotecnologia do Cetene é uma das instituições brasileiras credenciadas para atender os requisitos do NANoREG. - Foto: Ascom/MCTIC

“O Brasil faz parte do NANoREG desde 2016 e agora estamos entregando um método para garantir que os produtos de nanotecnologia tenham um padrão de qualidade. Isso é muito importante, porque vai proporcionar que esses produtos sejam desenvolvidos em níveis de excelência, e os órgãos reguladores, agora, vão ter um parâmetro claro para avaliar a qualidade desses materiais. Isso vai garantir a nanossegurança no Brasil. É um retorno para a sociedade”, afirmou o coordenador-geral de Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias Convergentes e Habilitadoras do MCTIC, Leandro Berti.

A nanotecnologia é uma tecnologia convergente e habilitadora. Isso significa que é capaz de causar mudanças tecnológicas radicais com potencial para gerar um ciclo acelerado de desenvolvimento.

“É uma tecnologia transversal, disruptiva e com forte tendência de difusão por toda uma cadeia produtiva. Os materiais nanotecnológicos podem revolucionar produtos, processos e prestação de serviços inovadores”, destacou Leandro Berti.

No Brasil, o MCTIC, em parceria com a União Europeia, apoia o desenvolvimento do NANoREG. A participação brasileira no acordo internacional foi uma recomendação do Comitê Interministerial de Nanotecnologia, que assessora os ministérios na integração no aprimoramento das políticas, diretrizes e ações voltadas ao desenvolvimento das nanotecnologias no país. Ele é integrado por um representante e um suplente de dez pastas, sendo o MCTIC o responsável pela sua coordenação.

Atualmente, 85 países estão inseridos no acordo formulado pelos europeus em 2014.

Internacionalização

Berti também ressaltou que, ao adotar essa regulamentação, o Brasil se alinha às principais nações do mundo. Primeiro, porque os nanoprodutos nacionais seriam automaticamente aceitos nos outros 84 países signatários do NANoREG. Além disso, os nanoprodutos brasileiros também estariam em conformidade com os padrões estabelecidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“Atender a um critério de caráter global é crucial para o fortalecimento do setor de nanotecnologia no Brasil. Por isso, integrar o NANoREG e estar em conformidade com os padrões da OCDE é tão importante. O Brasil estará na vanguarda do desenvolvimento tecnológico, utilizando os parâmetros mais modernos que existem. Nosso intuito é ter uma produção local responsável, sustentável e internacional.”

Atualmente, oito laboratórios do Sistema Nacional de Laboratórios de Nanotecnologia (SisNano) estão credenciados para atuar com as especificações do NANoREG. Essas unidades receberam R$ 3 milhões do MCTIC entre 2014 e 2017 para se adequar à regulamentação internacional.

As instituições credenciadas são: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que exerce a coordenação científica do NanoReg Brasil; Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal do Rio Grande (FURG); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

FONTE: ASCOM - MCTIC

Procura por sistema de energia solar cresce no interior de São Paulo

Em Boituva (SP), comerciantes afirmam que as vendas aumentaram em até 50%. Moradores alegam que sistema ajuda a diminuir os gastos nas contas de energia.

Sistema solar ajuda na economia de energia elétrica
Foto: Reprodução/TV TEM

As vendas do sistema de energia solar cresceram em 50% nas lojas de Boituva (SP), segundo os comerciantes. Segundo o proprietário de uma loja, Hudson Henrique Medeiros, desde o ano passado há uma alta procura pelo sistema na cidade.

“Uma casa que hoje tem quatro pessoas economiza uma faixa de R$ 100 por mês só com energia. Então, o custo benefício é muito grande”, afirma.

O sistema tem sido procurado pelos clientes devido à economia na conta de energia. André Maestrello Matos, por exemplo, é construtor e conta que instalou o sistema em sua casa nova.

“Hoje meu custo está reduzido quase pela metade. Em casa, somos em cinco pessoas. Então, são vários banhos e eu senti bastante diferença na minha conta”, afirma.

Ele ainda diz que para manter o sistema de aquecimento em uma família com cinco pessoas é necessário ter pelo menos cinco placas e um reservatório. De acordo com ele, o investimento é de aproximadamente R$ 5 mil, mas faz diferença na conta de energia no final do mês.

Sistema de aquecimento solar é procurado por moradores de Boituva
Foto: Reprodução/TV TEM

Como funciona?

O sistema solar esquenta a água por meio de placas que captam a radiação solar. Com isso, a água esquenta e vai para um reservatório, o que ajuda a diminuir os gastos nas contas de energia.

De acordo com a vendedora Daniele Rodrigues Lopes Moreira, o morador já pode instalar o sistema ainda na construção do imóvel.

“O aquecimento solar pode ser colocado na hora que a pessoa está construindo. Ela vai adquirir um cilindro de inox com placas, onde uma placa é para cada 100 litros de água. Assim, irá acumular água quente para fornecer aos chuveiros e torneiras”, diz.

Ainda segundo a vendedora, em dias sem sol o sistema não funciona. Então, as opções visam o chuveiro elétrico ou ligar uma resistência que fica no aquecedor para esquentar a água. Porém , será necessário o uso de energia elétrica.

A moradora Elaine Cristina Bozza conta que adquiriu o sistema para evitar passar frio no chuveiro durante o inverno.

“O aquecedor elétrico consome muita energia. Já o solar não, pois é com a luz do dia. Então, a economia é maior”, diz.

Fonte: G1

Agentes internacionais se aliam a Santos (SP) para combater lixo marinho


Uma delegação da Agência de Proteção Ambiental da Suécia (Sepa) esteve em Santos, litoral de São Paulo, pela primeira vez, nesta terça-feira (18), para conhecer a primeira cidade brasileira que está realizando um estudo que tem como objetivo encontrar soluções para o lixo marinho produzido em solo, a partir da identificação dos resíduos, das fontes poluidoras e do destino desse material.

A ideia é propor ações de prevenção ao lançamento de resíduos no oceano, com o engajamento da população.

A pesquisa, que não tem ônus para a Prefeitura, é fruto de uma parceria que envolve a Administração Municipal, Sepa e a Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA), que no Brasil é representada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

“A cidade de Santos foi escolhida porque encontramos todo o suporte da administração local para buscarmos dados, engajar todos os setores, além da proximidade com São Paulo e a presença do maior porto da América Latina”, afirma Mats Kullberg, especialista sênior da Sepa.

Mats Kullberg durante coletiva. | Foto: Rogério Bomfim/Divulgação

O projeto teve início em julho e terá 12 meses de duração. Atualmente, está sendo realizada a coleta de informações, por imagens e amostragem, para um banco de dados no qual constarão informações sobre o tipo de material que está vazando, sua origem e seu destino ao ser lançado irregularmente. Esse diagnóstico está a cargo do Instituto Ecofaxina, que atua tanto na faixa de areia quanto nas regiões de mangue, onde se encontram palafitas.

A expectativa é de que, em 45 dias, esse levantamento esteja concluído. Em novembro, dois servidores de carreira da Prefeitura serão capacitados por técnicos da ISWA/Sepa na Suécia. Durante cinco dias, terão contato com prefeituras suecas para saber como lidam com a questão do lixo e como engajam o munícipe.

Quando retornarem ao Brasil, farão um raio-X para identificar quanto é gerado de resíduo, onde está a concentração, quanto é retirado das praias durante a semana, nos finais de semana e feriados, entre outros estudos.

Os dados serão enviados aos técnicos internacionais para sugestão de ações prioritárias, além de debates em Santos com técnicos da Prefeitura e de outras entidades em workshop previsto para o início de 2019. Dessa forma, será traçado um plano estratégico para Santos eliminar o lixo marinho, com ações de curto, médio e longo prazos.

“Esperamos que o plano de ações esteja concluído até janeiro. Ele trará um componente de comunicação importante sobre como envolver e sensibilizar a população a fazer a sua parte”, diz Gabriela Otero, coordenadora do projeto.

Como é na Suécia

O país europeu não possui aterros sanitários e não utiliza a palavra “resíduo”, já que todo lixo é reaproveitado integralmente como recurso, seja por meio da reciclagem, da recuperação energética ou do aproveitamento da fração orgânica.


Ranking nacional coloca RS com segundo maior potencial para microgeração de energia solar


Divulgação Edelbrau
Cervejaria de Nova Petrópolis, Edelbrau instalou painéis solares neste ano
No último mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Rio Grande do Sul apareceu em segundo no ranking nacional de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração solar fotovoltaica. A classificação inclui residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos.

São mais de 50 megawatts aqui no Estado, que representam 14% do total do país. O primeiro lugar fica com Minas Gerais, com 78 megawatts no levantamento, mas com mais de 110 megawatts conforme a última atualização dos registros da Agência Nacional de Energia Elétrica. No caso do Rio Grande do Sul, já beira os 60 megawatts. 

Quanto ao número de unidades geradoras, o Rio Grande do Sul tem 4,7 mil. Nesta comparação, fica em terceiro no ranking nacional, atrás de Minas Gerais e São Paulo. 

Em potência instalada, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar, diz a Absolar. Já em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista.

A redução no custo do sistema nos últimos anos tem impulsionado a geração de energia solar. Além disso, consumidores estão querendo fugir dos aumentos de dois dígitos na conta de luz.

Edificações verdes alcançam patamar histórico

Parque Corporativo Viracopos

“Edificações verdes alcançaram um patamar histórico nos últimos 10 anos e deixaram de ser um privilégio das construções de alto padrão”, anunciou Felipe Faria, CEO do Green Building Council (GBC) no Brasil – entidade que reúne empresas da construção civil, incorporadores e grandes fornecedores de materiais e certifica empreendimentos com o selo LEED no país. Segundo ele hoje, diversos empreendimentos já trazem um novo olhar sobre o planejamento urbano e vêm compor um panorama de inovação, com tecnologia e funcionalidade. As razões desse crescimento estão nos benefícios que as edificações verdes trazem às pessoas e ao meio ambiente. Além disso, as construções sustentáveis são consideradas hoje o melhor modelo de negócio no segmento imobiliário, gerando mais valor ao imóvel.

Com diversos empreendimentos certificados ou em processo de certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design, ou Liderança em Energia e Design Ambiental, em tradução livre), a Bresco mantém no Parque Corporativo Viracopos, em Campinas, um terreno com 1 milhão de metros quadrados que reúne prédios de escritório, centros de treinamento, galpões para logística, indústria leve e tecnologia, além de um hotel da um hotel da rede Ramada, uma de suas iniciativas mais inovadoras. “Usina de energia solar, estação de tratamento de esgoto com uso de membranas ultrafiltrantes, o que permite a utilização de todo o esgoto tratado como água de reúso, destinada a irrigação de praças e fornecimento aos imóveis do empreendimento, posto para abastecimento de carros elétricos e um programa de controle da fauna e flora da região foram algumas das iniciativas que tomamos no desenvolvimento do projeto”, conta Carlos Sisti, diretor de operações da empresa, especializada em terceirização imobiliária.

Dentro do empreendimento, entre outros imóveis, a companhia mantém o G1 Viracopos, que visa atender a demandas logísticas com total flexibilidade e é um dos primeiros galpões no Brasil com o teto coberto com painéis solares. “São 3 000 metros quadrados de painéis, que permitem a geração de até 300 kWp/h e o abastecimento de 100% das áreas comuns do empreendimento”, afirma Sisti. O Parque Corporativo possui ainda uma área verde preservada em forma de parque linear, com mais de 270 000 metros quadrados, onde foi realizado o plantio de mais de 26 000 mudas da Mata Atlântica na zona de preservação ambiental, para incremento da diversidade da flora na região, irrigadas com água de reúso. Nesse espaço, a Bresco disponibilizou pistas de caminhada e corrida e estações para prática de exercícios construídas com madeira de reflorestamento. Esse benefício pode ser usufruído por todos os ocupantes do Parque Corporativo, que têm acesso ao local dirigindo as bicicletas também fornecidas pela Bresco.

Investimento no futuro

A preocupação com a sustentabilidade não é novidade na Bresco. O caráter patrimonialista da empresa, que privilegia investimentos de longo prazo, mantendo a qualidade e a valorização das propriedades, coloca na ponta do lápis eventuais custos iniciais maiores no desenvolvimento de empreendimentos sustentáveis e sempre enxerga uma equação positiva numa perspectiva futura. Em 2016, o Hub Natura, galpão desenvolvido sob medida (built to suit) para a Natura com o objetivo de fazer o armazenamento de produtos acabados, é o primeiro projeto de centro de distribuição com utilização do sistema de transelevadores e pé-direito de 19 metros a receber a certificação LEED Silver do GBC no Brasil. “Na certificação LEED, a redução de consumo de energia tanto durante a construção como na operação gera grandes pontuações. Por ser um galpão construído para operação robotizada, a eficiência energética foi um desafio para alcançarmos a certificação”, explica Carlos Sisti.

Felipe Faria concorda que essa visão de futuro da companhia se mostra virtuosa. “Em linhas gerais, podemos dizer que o custo de construção de um empreendimento compatível com as normas ‘verdes’ pode sair até 6% mais alto. Porém, se levarmos em consideração que apenas 15% dos custos de um prédio corporativo ao longo de 40 anos estão na fase de construção, a vantagem é clara para quem enxerga o longo prazo”, diz.

O CEO do GBC lembra também que, hoje em dia, muitos fornecedores já estão preparados para as construções sustentáveis e que, muitas vezes, com o projeto seguindo as regras de certificação desde o início de seu desenvolvimento, a diferença de custos iniciais pode chegar a zero. “O mais importante, no entanto, é considerar que os ganhos são muito maiores do que isso. Alguns estudos já apontam que o conforto visual, de luz e temperatura gerado nos prédios verdes aumenta a satisfação e a produtividade dos funcionários”, completa.

Foi esse conceito que motivou a direção brasileira da rede hoteleira Vert Hotéis, das marcas Ramada, eSuites e Wyndham, a participar do projeto e da construção de um hotel totalmente sustentável. “O posicionamento da empresa no mundo todo afirma que ‘Somos todos hóspedes do planeta’. E que, portanto, precisamos gerar o menor impacto possível na natureza, deixando o local onde atuamos igual ou melhor do que o encontramos”, afirma Erica Drumond, presidente da Vert Hotéis no Brasil.

A Bresco desenvolveu e construiu o primeiro hotel Ramada no Brasil, localizado justamente no Parque Corporativo Bresco Viracopos, com certificação LEED, inaugurado em dezembro de 2016 com oferta de 200 quartos e operado desde então pela Vert Hotéis. “Participamos de toda a concepção e construção do projeto. Depois de tudo construído da maneira ideal, o próximo passo foi treinar e conscientizar os profissionais do hotel para evitar desperdícios, utilizar todos os equipamentos do jeito correto e manter as condições sustentáveis da edificação”, conta Erica.

Além dos ganhos ligados à qualidade de vida e preservação ambiental, as construções sustentáveis também agregam ganhos financeiros. Estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), que analisou mais de 2 000 prédios comerciais na cidade de São Paulo entre o primeiro trimestre de 2010 e o terceiro trimestre de 2014, aponta que as construções verdes são hoje a melhor opção de negócio no mercado imobiliário. Os dados mostram que o reconhecimento de uma edificação como sustentável promoveu uma valorização por metro quadrado no aluguel de 4% a 8%.

No mesmo estudo, também se identificou que as construções verdes registraram taxa de vacância de 28,6% contra 34,1% nos edifícios não certificados. Outro ponto avaliado é que elas têm taxas de condomínio com valores entre 15% e 25% abaixo dos cobrados nos prédios convencionais. “Soma-se a isso uma percepção do mercado de que as pessoas têm uma predisposição para investir em imóveis sustentáveis, o que por si só agrega valor aos empreendimentos”, afirma Felipe Faria.

Fonte: Procel Info

Telhado verde conecta casa à paisagem natural em Cotia SP


Levantar paredes de concreto que se integrassem em meio a paisagem verde. O estúdio Una Arquitetos aproveitou um lote amplo que já possuía grande arborização para projetar a exuberante “Casa em Cotia”, cujo telhado verde é a grande estrela. O projeto é de 2012, mas a obra foi realizada somente no ano passado pela F2 Engenharia no município de Cotia, na Grande São Paulo.

Com terreno de 2.600 m² disponível, dos quais 730 foram usados para a construção, falta de espaço não foi o problema. O desafio mesmo era a inclinação do terreno, que é uma característica local. Mas, a equipe conseguiu desenhar uma residência que se acomoda bem à geografia e cria uma sensação de integração entre o espaço interior e exterior – em parte, graças ao telhado. “A implantação aproveita essa área livre, busca resguardar os moradores dos ruídos da rua e se abre para a pequena mata”, afirma o estúdio Una Arquitetos.

A casa é dividida em três blocos. Cada um composto por grandes janelas e vidros, de forma que a beleza exterior pode ser apreciada de qualquer ponto da casa. Além de garantir a entrada de luz natural. O telhado verde, com extensão de 45 metros, é um dos pontos em comum que conecta toda a construção. Mas, há também escadas e rampas de acesso que ligam os cômodos. Uma delas leva a sala de estar e cozinha e um segundo lance leva aos quartos e a biblioteca.
Telhado verde

Os telhados verdes são uma forma de levar o cuidado com o meio ambiente para a residência. Eles auxiliam na drenagem da água da chuva e proporcionam isolamento acústico e térmico. Mas seus benefícios não estão restritos aos moradores, pois eles ainda ajudam na diminuição da temperatura e no aumento da umidade relativa do ar. Ou seja, faz bem para toda a comunidade ao redor.

Se tudo isso acima não te convenceu, saiba que a vegetação no telhado também contribui para a absorção de poeira e poluição, filtragem das partículas suspensas no ar (como a fuligem expelida pela queima de combustíveis fósseis) e a diminuição do efeito “ilha de calor”.

Fotos: Nelson Kon