Num futuro não muito distante, proteínas cultivadas em laboratório poderão vir a substituir as células de silício, atuais componentes das células fotovoltaicas, e isso com a considerável vantagem de serem mais baratas. Quem dá a notícia é a Acciona Energia (Espanha), empresa que investirá quatro milhões de euros (cerca de 4,8 milhões de dólares) no novo projeto de pesquisa que comercializará a nova tecnologia.
A MT Technologies, empresa americana, será parceira da Acciona, formando uma sociedade, batizada como BioSolar Energias LLC, que deverá levar a cabo o projeto. Os dois grupos terão participação igual na nova sociedade, que trabalhará segundo a concepção de unidades bioativas de geração de eletricidade, a partir de moléculas capazes de captar a luz.
Para o desenvolvimento da nova estrutura fotovoltaica serão utilizados os procedimentos e as técnicas da nanotecnologia. O tempo de construção do sistema, estima a empresa, será de três anos, espaço que, segundo crê, deverá ser suficiente para melhorar o rendimento energético e reduzir os custos dos dispositivos solares.
A implantação de sistemas de energia solar caminha ainda lentamente, isso devido ao preço das placas à base de silício continuar elevado. A MT Technologies acredita que, atingidos os objetivos previstos, o custo atual da energia solar poderá ser, inicialmente, reduzido pela metade e o rendimento energético duplicará.
Se tais previsões parecem animadoras, a empresa avisa que ainda são modestas, que não pararão por aí: o custo poderá baixar ainda seis vezes, com um rendimento energético triplicado. Quanto aos preços, estes passariam de 3 a 0,5 dólares por KWh.
Realizada na Espanha e nos Estados Unidos, uma primeira fase do projeto já permitiu a obtenção de um protótipo de células solares. As etapas seguintes consistirão em aumentar o rendimento do dispositivo, a desenvolver um protótipo comercial e a realizar testes de grande proporção.
Para que a fabricação dos equipamentos seja realizada em grande escala é preciso tão somente que os resultados se revelem concludentes, o que, ao que tudo indica, é o que acontecerá.
A Acciona Energia deverá contar com uma fatia maior do bolo, tendo uma participação majoritária na sociedade, ficando encarregada da produção comercial.
FONTE: Energias Renovables
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