Dois estudantes do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT, EUA), desenvolveram um sistema que permite "recolher" a energia produzida pelo movimento de uma multidão para convertê-la em energia elétrica.
A invenção funciona graças a um sistema de assoalho secundário, instalado em lugares frequentados por pessoas. Composto de blocos ligeiramente enterrados, ele converte a pressão dos passos em eletricidade, segundo o princípio do dínamo.
Para seus inventores, Tad Jusczyk e James Graham, a invenção é primeiramente destinada a sensibilizar o público quanto às questões da energia: "Queremos que as pessoas compreendam a relação direta entre seu movimento e a energia produzida", dizem eles.
Esquema da proposta dos inventores Tad Jusczyk e James Graham. - Créditos: MIT
A eletricidade produzida serviria assim para iluminar painéis, difundindo mensagens educativas.
A invenção não é destinada a particulares, precisam os pesquisadores. Segundo eles, a energia produzida pelo caminhar de apenas uma pessoa não representaria senão a eletricidade necessária à alimentação de duas lâmpadas de 60W, durante um segundo, enquanto o andar de uma multidão seria suficiente para por um trem em funcionamento.
A instalação, como se pode depreender, poderá muito bem encontrar uma aplicação interessante em um concerto de rock: "Quanto mais as pessoas se movimentam (dançam), mais alta será a música", sugere Jusczyk.
Apresentado na Bienal de Veneza e em uma estação em Turin, um protótipo permite explorar o simples ato de sentar-se para produzir eletricidade. O peso do corpo faz girar um volante que aciona um dínamo e acende quatro diodos eletroluminescentes
Integrado no meio urbano, o dispositivo permitiria reforçar a impressão de fluidez da circulação de pessoas, encorajadas a ativar os espaços que percorrem através de seus movimentos.
No momento, os blocos componentes do assoalho são de fácil concepção, embora representem um custo altíssimo para serem explorados.
"Apenas a experimentação - cara -, permite tornar acessível a tecnologia", afirma Graham.
Boing Boing, July 30, 2007
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