Japão assume a liderança para o lítio boliviano


Fabricantes de automóveis no Japão estão tomando medidas para firmar parceria com a Bolívia na produção de lítio em uma das maiores reservas do mundo daquela energia do futuro que promete revolucionar a indústria automotiva. 

Uma delegação de Sumitomo transnacional e legisladores japoneses visitar a Bolívia para demonstrar seu interesse em participar no projeto de lítio, disse o Presidente Evo Morales nessa quarta-feira à AP o diretor-geral da Mineração, Freddy Beltran.

Sumitomo Corp anunciou que vai comprar todas as ações da US Apex Silver em San Cristobal mina maiores de prata localizado a 40 quilômetros do país de Salar de Uyuni onde as reservas de lítio são estimados para chegar a 40.0000 milhões de toneladas. "Eles (Sumitomo) estão a um passo do local", disse Beltrán. 

"O que faz funcionar um negócio é a visão do governo de industrialização de lítio no país", mas ambos Sumitomo, Mitsubishi, como a Bolloré francês concordou em participar de uma "comissão científica" e apoiar os empreendimentos bolivianos, disse ele. 

Também o Brasil, o Japão, a China, a Coreia do Sul, a França e a Rússia expressaram seu interesse pela nova energia boliviana.

Mas Morales decidiu reverter a vocação histórica do país e está comprometido com a fabricação de baterias de lítio para telefones celulares na Bolívia, embora o uso na indústria automotiva como substituto do petróleo represente o maior potencial. 


A Bolívia está entre as nações mais pobres do hemisfério, apesar de seus enormes recursos naturais, e os bolivianos atribuem o atraso ao status de exportador de matéria-prima: primeiro a prata, depois o estanho e agora o gás natural. 

"Essa história tem que mudar, não é possível que não fabricamos um alfinete", disse Beltrán. 

Com um investimento de 6 milhões de dólares, o presidente lançou em abril do ano passado a construção de uma planta piloto que começará a produzir carbonato de lítio experimentalmente em 2010.

"É a primeira das seis fases, queremos experimentar com tecnologias para obter salmoura de lítio, em seguida, uma planta industrial em uma escala maior que poderia estar operando em 2014 será montada", disse ele. "No momento em que precisamos de apoio para a industrialização, vamos procurar parceiros." 

A usina piloto em Rio Grande, perto do Salar de Uyuni, a 380 quilômetros ao sul de La Paz, tem um avanço de 30% e será concluída até o final do ano, informou o gerente Marcelo Castro à AP por telefone. 

Com 12.000 quilômetros quadrados, o Salar de Uyuni é um dos maiores desertos salgados do mundo, localizado perto da fronteira com o Chile. É também um dos maiores destinos turísticos. 

Os preços do lítio no mercado dispararam de US$ 200 a tonelada há alguns anos para 3.

Um dos principais produtores é o Chile.

Em 2004, o governo da época cancelou sua concessão à empresa de capital chilena Quiborax, que explorava a Ulexita no Salar de Uyuni. A empresa entrou com uma ação contra o estado boliviano. 

A nova Constituição aprovada em um referendo em 25 de janeiro dá ao Estado o controle de recursos estratégicos. 

O presidente nacionalizou os hidrocarbonetos em 2006 e sua maior aposta agora é a industrialização do gás e busca parceiros para isso.

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