Pesquisadores da Universidade de Berkeley, Califórnia (EUA), conseguiram fazer propulsar pequenos mecanismos sobre a água, graças à luz do sol concentrada diretamente sobre nanotubos de carbono.
Como as moléculas de água são atraídas naturalmente umas às outras, interações podem engendrar pressões sobre um objeto na superfície. Quando a luz do sol ou de um laser é concentrada sobre um dos dispositivos flutuantes, os nanotubos se aquecem e fazem aumentar a temperatura da água. Isto leva a uma diminuição da tensão liberada na superfície e localizada em um lugar próximo da máquina, que se encontra então propulsada para frente.
Objetos em água sendo propulsionados pela luz com ajuda de nanotubos de carbono.
Créditos: MIT Review.
Assim, o barco de plástico retangular, de um centímetro de comprimento, dotado de uma faixa de nanotubos, efetua sem nenhum problema um movimento linear. Orientando-se a luz do laser para o centro ou para as extremidades (pontas) da faixa de nanotubo, o barco se dirige espontaneamente, seja para frente ou em movimento concêntrico. O barco é capaz de navegar a uma velocidade de oito centímetros por segundo.
A segunda máquina é constituída de um simples rotor, compreendendo uma faixa de nanotubos de carbono disposta sobre cada uma de suas quatro pás. Quando estas últimas são submetidas à luz direta do sol, giram a uma velocidade de cerca de 70 rotações por minuto.
"A turbulência é um fator enorme na escala milimétrica; a tensão liberada na superfície bate a gravidade", disse Jean Fréchet, engenheiro químico, em Berkeley. "A potência da luz poderia ser utilizada para fazer deslocar objetos, em escala nanométrica, através de dispositivos microfluídicos empregados, por exemplo, no diagnóstico médico".
FONTE: Enerzine
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