As células solares, hoje dominadas pelo silício, custam caro! Por isso, os pesquisadores, cada vez mais se interessam pela possibilidade de fabricar células fotovoltaicas a partir de outros materiais, plásticos ou orgânicos. Estas novas células têm também a vantagem de ser mais leves e, portanto, mais maleáveis que as células fabricadas a partir de silício ou mesmo de vidro.
Em maio de 2011, pesquisadores alemães da Universidade de Bayreuth (Baviera) desenvolveram um método que permite medir a capacidade de absorção de luz por uma molécula, o que constitui um grande avanço para a área.
Em julho de 2011, foi o pesquisador de materiais Michel Grätzel quem recebeu o prêmio de excelência da Universidade de Gutenberg de Mayence (Renania Palatinato), por seus trabalhos sobre células fotovoltaicas coloridas que funcionam segundo o princípio da fotossíntese. A luz do sol é transformada pela célula (batizada pelo pesquisador "célula Grätzel") em corrente elétrica, com a ajuda de corantes orgânicos. A dotação do prêmio deverá servir ao pesquisador alemão-suíço para prosseguir com suas pesquisas na Universidade e no laboratório de fotônica e de interfaces de Lausanne, na Suíça.
Enfim, a fundação de Bade-Wurtemberg, uma das fundações alemãs que mais investe em pesquisa científica, acaba de anunciar um orçamento de 3,5 milhões de euros, destinados a financiar seis projetos de pesquisa na área do fotovoltaico orgânico. O programa "células orgânicas e células coloridas" visa a aumentar a eficiência destas células e melhorar os procedimentos de produção.
Um projeto comum ("Iniciativa células coloridas") do Instituto Fraunhofer de Sistemas Energéticos Solares (ISE), de Friburgo, da Universidade de Ulm e da Universidade de Ciências Técnicas e Econômicas (HTW), de Aalen, foi financiado para trabalhar também na questão da qualidade dos eletrólitos. O Instituto de tecnologia de Karlsruhe (KIT), por outro lado, trabalha na industrialização dos procedimentos de fabricação destas células solares, incluindo a química inorgânica e as nanotecnologias.
FONTE: Bade-Wutemberg Foundation
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