Fotovoltaico ganha novo aliado: impressão por jato de tinta

A impressão por jato de tinta não é o apanágio de nossas impressoras pessoais. Esse procedimento poderia também revolucionar a indústria do fotovoltaico. Pesquisadores da Universidade do Óregon (EUA) conseguiram imprimir células de filmes finos CIGS (Cu(In,Ga)Se2) sobre suportes flexíveis. Graças a esta técnica, reduziram em 90% as perdas de material bruto. Isto equivale a uma diminuição dos custos de produção que poderia tornar a tecnologia CIGS economicamente viável.

As tecnologias que dominam atualmente o mercado do fotovoltaico são baseadas em silício, material abundante, mas de rendimento limitado. Ao contrário, as células CIGS consistem de um empilhamento de camadas muito finas, que possuem um melhor rendimento potencial. Único problema: os materiais utilizados (índio, gálio) pertencem à família dos materiais de preço elevado. Até o momento, a fabricação clássica de CIGS, por deposição em fase de vapor, ocasiona perdas que impedem sua rentabilidade.

As células solares fotovoltaicas serão impressas? - Créditos: Industrie & Technologies.

Os pesquisadores optaram, portanto, por uma nova abordagem: sintetizar nanopartículas a partir de materiais brutos para injetá-las em um solvente. Resultado: uma tinta utilizável com um procedimento de impressão clássico. Assim, fabricaram módulos possuindo um rendimento da ordem de 6%, mas afirmam poder atingir 12% (o rendimento médio das tecnologias atuais). Os pesquisadores evocam já uma "tinta fotovoltaica", pronta a ser depositada sobre um grande número de suportes. Resta otimizar o rendimento e adaptar o procedimento à escala industrial.

Industrie & Technologies (Tradução - MIA).

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