Afirma Tolmasquim Presidente da EPE, afirma que certame será histórico, pois marcará a entrada da fonte fotovoltaica na matriz brasileira.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, afirmou nesta segunda-feira (19/05) que o próximo leilão para contratação de Energia de Reserva (LER) será histórico, pois marcará a entrada da fonte fotovoltaica na matriz elétrica brasileira.
“O grande destaque desse leilão será à entrada da fotovoltaica em grande escala na nossa matriz”, afirmou categoricamente o executivo da EPE, durante participação em evento de infraestrutura em São Paulo, o LETS, promovido pela Fiesp. “Vamos contratar solar nesse leilão”, cravou.
Segundo Tolmasquim, a estruturação do certame está em fase final. A previsão é que seja realizado no segundo semestre deste ano. Haverá três produtos distintos: eólica, solar (térmica e fotovoltaica) e resíduos sólidos.
“Tivemos reuniões com vários agentes para modelar o leilão. Também tive uma reunião com a diretoria do BNDES para discutir formas de financiamento (para fonte solar)”, informou o executivo. O LER tem como data de entrega da energia em setembro de 2017.
A-5 - Para o leilão A-5, Tolmasquim mandou um recado para investidores termelétricos: “Nesse leilão contrataremos térmica a carvão ou a gás.” O certame está previsto para 12 de setembro, com entrega de energia definida em janeiro de 2019.
O que justifica a vontade do governo em contratar térmicas é o valor do Custo Variável Unitário (CVU), definido em R$250,00. Em outras ocasiões, o CVU variava entre R$100,00 e R$150,00. A elevação do CVU, disse Tolmasquim, foi justamente para tentar atrair os projetos termelétricos. Ele explicou que a atual conjuntura o setor ajuda a justificar a elevação, dado a necessidade de se manter a expansão dessa fonte para garantir a segurança do sistema.
Para o A-3, a ser realizado no dia 6 de junho, Tolmasquim sinalizou para a contratação de pequenas centrais hidrelétricas e, principalmente, de usinas eólicas. “Apesar de estarem todas as fontes nesse leilão, nós devemos contratar no produto quantidade basicamente PCH, e no disponibilidade, a eólica é imbatível”, disse. Para o A-3, se cadastraram 527 usinas, que totalizam 16,6GW de potência. A entrega da energia está definida para janeiro de 2017.
Fonte: Jornal da Energia
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