Como diria o publicitário Nizan Guanaes: “Enquanto alguns choram, outros vendem lenço”. A frase ilustra bem o que está ocorrendo na área de energia. Há um consenso no mercado de que os empréstimos feitos às distribuidoras pesarão no bolso do consumidor. Para que o impacto não seja sentido de uma só vez, o Governo Federal tem afirmado que irá diluir os reajustes em três anos: seria repassado um aumento de 2,6% em 2015; de 5,6%, em 2016, e de 1,4% no ano seguinte. Apesar dessas sinalizações, a expectativa no mundo real das empresas é de que o reajuste chegue a 25% em 2015. Esse cenário tem apavorado a indústria e incentivado a produção de energias renováveis.
Algumas construções de imóveis em Fortaleza já estão sendo pensadas com toda fiação para a captação da energia de aerogeradores e painéis solares posta no telhado de prédios. No caso da indústria, tem gente investindo também em geradores e, pelo desenhar do mercado, dentro de um curto período de tempo a Coelce pode ganhar novos produtores de energia. Em síntese: a crise energética tem favorecido quem fabrica equipamentos nessa área. A expectativa é que esse segmento deslanche ano que vem, em função do aumento da demanda.
EQUIPAMENTOS: REDUÇÃO DE GASTOS
O Ceará pode ser de certa forma beneficiado que esse novo momento. O estado concentra o maior número de empresas na área de produção de mini e microprodutores de energia. Atualmente existem 18 empresas nessa área no estado. A Satrix, por exemplo, monta os aerogeradores e representa a chinesa Yingli Solar, que foi patrocinadora da Copa. O diretor da Satrix, Bastos Sampaio, diz que atualmente o grande entrave ao mercado está na área de financiamento. Apenas o banco Santander tem atuado bem nesse mercado. A Caixa, segundo ele, tem começado a financiar equipamentos, mas ainda com muitos problemas burocráticos. Embora a implantação de aerogeradores e placas de energia solar possam ajudar a reduzir a conta de energia. Os equipamentos se pagam apenas dentro de um prazo de aproximadamente oito anos.
ENERGIA: NACIONALIZAÇÃO DE PRODUTOS
Na última segunda-feira, durante reunião do Sindienergia, produtores de placas solares e aerogeradores solicitaram do governo mudança nas regras de nacionalização dos produtos. Como o mercado é novo, eles dizem que o protecionismo não é estratégico, já que os equipamentos são fabricados principalmente na China. Representantes do Ministério da Integração Nacional ficaram de analisar o assunto.
FONTE: O POVO – Economia - Por Neila Fontenele
FONTE: O POVO – Economia - Por Neila Fontenele
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