Água potável para comunidades indígenas e ribeirinhos do Amazonas: Ecolágua, um purificador de água movido a energia solar.
Povos que vivem na beira da maior bacia hidrográfica do mundo e não têm acesso à água limpa e potável. Não tinham, é verdade, mas boa para esse caso de saúde pública. E as comunidades ribeirinhas e as aldeias indígenas da bacia do Amazonas já têm uma esperança de que as doenças originadas da água infectada dos seus rios, não matem mais os seus habitantes.
Um pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Roland Vetter inventou uma maneira, prática e rápida, de neutralizar os agentes microbianos ocorrentes nos rios amazônicos, o Ecolágua.
E como funciona? A invenção que consiste de uma caixa com filtro e luz ultravioleta tipo C que sai de um tubo de aço. A luz ultravioleta é usada para purificar as águas dos rios na Amazônia tornando-as potáveis, eliminando os agentes de várias doenças gastrointestinais causadores de mortes nas comunidades indígenas e ribeirinhas.
O purificador é capaz de purificar até 400 litros de água por hora e funciona com energia solar fotovoltaica gerada por 6 painéis solares, 2 delas para puxar a água do rio por uma bomba d’água e acumulá-la em um tanque de onde a água passará pelo filtro. As outras 4 abastecem uma bateria que mantêm acesa a luz violeta tipo C.
O efeito desinfetante da luz violeta tipo C é instantâneo e causa inviabilidade de multiplicação dos micro-organismos pois elimina o seu DNA. “Depois desses processos, a água está potável, livre de germes e pronta para o consumo” Vetter.
A caixa pesa 13 kg e tem um custo de produção de R$ 5 mil. Cada caixa tem potencial para purificar 400 l/h de água, o suficiente para abastecer todo o uso de água de 200 pessoas. Segundo o pesquisador, a duração das lâmpadas de ultravioleta é estimada em 3 anos.
Até o momento já foram instaladas unidades do Água Box em 19 comunidades do Amazonas e 8 aldeias indígenas.
A tecnologia do Ecolágua, anteriormente chamada de Água Box, foi patenteada em 2009 junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).
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