Custos para solar e eólica podem cair até 59% em 20 anos


Historicamente, os custos sempre foram apontados como as principais barreiras para a mudança das fontes de energia fósseis para as energias renováveis, mas isso está mudando. Os custos para geração de energia eólica e solar têm caído rapidamente nos últimos anos, e essa tendência deve se intensificar ao longo das próximas duas décadas, dando um gás sem precedente às tecnologias verdes.
Com cenário regulatório e político adequado, até 2025, o custo médio para geração pode cair 59% para solar fotovoltaica, 35% para eólica offshore, 26% para eólica onshore e até 43% para projetos de solar concentrada, comparado aos valores de geração de 2015. As estimativas constam no novo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável, divulgado nesta quarta-feira (15).
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Desde 2009, os preços dos módulos fotovoltaicos e das turbinas eólicas caíram 80% e de 30 a 40%, respectivamente. Contribuíram para isso as melhorias tecnológicas e o aumento das instalações, que acarretam economias de escala.
Pelos cálculos da agência, a cada duplicação da capacidade instalada acumulada, os preços dos módulos fotovoltaicos caem 20% e o custo médio da eletricidade gerada por usinas eólicas cai 12%.
Divulgação/ IRENA
Gráfico da estimativa de queda nos preços para geração eólica e solar, da IRENA
Gráfico: potencial de redução dos custos para a energia renovável ao longo dos próximos 20 anos, segundo a Agência Internacional de Energia Renovável. 
O relatório destaca que o aumentando da competitividade no setor vai impulsionar a inovação contínua, mas ressalta que as reduções de custos para 2025 vão depender cada vez mais de decisões politícias que fomentem a adoção dessas tecnologias, essenciais para a batalha contra as mudanças climáticas.
Novos tempos
As promessas que as tecnologias mais limpas e sustentáveis guardam não param aí. Um estudo da Bloomberg New Energy Finance (BNEF) divulgado nesta semana estima que, dentro de 20 anos, as energias renováveis ultrapassarão fontes fósseis como o carvão e gás natural na geração global de energia, pavimentando o caminho para uma nova era.
A pesquisa também prevê um investimento vultoso de US$ 7,8 trilhões de dólares em fontes como eólica, solar e biomassa até 2040, superior aos investimentos nas energias fósseis. Para o Brasil, a promessa é que, dentro de 25 anos, a presença das fontes eólica e solar na matriz energética nacional deverá superar a das hidrelétricas.

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