Wei Sun, da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriu uma forma de utilizar o silício para capturar a luz do Sol e transformar as emissões poluentes de CO² em precursores para produzir combustíveis líquidos com alto valor energético.
Há um desafio mundial para descobrir um material que consiga converter a luz solar, dióxido de carbono e água ou hidrogênio em combustível. No entanto, a estabilidade química do CO² está dificultando encontrar uma solução prática e eficiente.
Sun descobriu uma abordagem utilizando o silício, que é abundante e barato. O pesquisador desenvolveu nanocristais de silício cuja extremidade possui um composto hidreto.
Esses hidretos nanoestruturados de silício têm um diâmetro médio de 3,5 nanômetros, o que lhes dá uma área superficial enorme, que é utilizada para absorver os raios do Sol na faixa do infravermelho próximo, luz visível e ultravioleta.
Em conjunto com um agente de redução química colocado na superfície do material, o sistema converte de forma eficiente e seletiva o dióxido de carbono gasoso em monóxido de carbono. Outras equipes já demonstraram a viabilidade da conversão do monóxido de carbono e do hidrogênio em combustível para aviões.
Atualmente, a equipe trabalha na otimização do processo e no seu escalonamento, com vistas à construção do projeto-piloto de uma "refinaria solar".
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