A energia está presente em nossas vidas de diversas maneiras e nós dependemos dela para executar mais facilmente as tarefas do dia a dia. Em tempos de mudanças climáticas e ambientais, devemos pensar na racionalização da geração e do consumo de energia, utilizando melhor os recursos, de forma que possa garantir sustentabilidade e uma menor emissão de gases poluentes.
Como utilizar melhor os recursos é um tema discutido no mundo todo desde a primeira crise do petróleo na década de 1970, nesse período percebeu-se a necessidade de pensar em energias renováveis e nas formas conservação de energia, e também diversificar sua matriz energética para uma maior segurança energética.
Por meio da Eficiência Energética pode-se minimizar os impactos através da utilização das fontes de energia, comprometendo-se em obter um maior desempenho na relação entre quantidade de energia empregada x disponível para sua realização, gerando um desperdício mínimo.
A lâmpada incandescente, por exemplo, apenas 10% da energia que ela consome é transformada em energia luminosa e o restante é perdido para o ambiente na forma de calor, já as lâmpadas LED, maior parte da energia utilizada é convertida em luz e, além disso, possuem uma vida útil que pode variar de 15 a 25 mil horas, o que a torna um exemplo de eficiência energética.
A eficiência energética não se aplica apenas a lâmpadas ou produtos que consomem eletricidade, mas também, a outros tipos, como automóveis que tem sua eficiência energética medida na relação quilômetros por litro. Este conceito também se estende para edificações que devem ser pensados a fim de proporcionar um conforto ambiental aos seus ocupantes sem que seja necessário um alto consumo de eletricidade.
O Brasil possui programas de eficiência energética que são reconhecidos internacionalmente como: o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) que conta com a parceria da Eletrobrás no Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL) e também com a parceira da Petrobrás no Programa Nacional de Racionalização de Derivados do Petróleo e Gás Natural (CONPET).
O Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) é coordenado pelo INMETRO e se caracteriza por promover informações sobre o desempenho dos produtos de modo que possa influenciar a decisão de compra do consumidor, utilizando a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), para que este possa considerar também, características além do preço, estimulando a competitividade através de produtos cada vez mais eficientes.
O processo de etiquetagem iniciou com equipamentos consumidores de eletricidade, e atualmente, ela abrange automóveis e edificações. Estes produtos, por sua vez, são levados aos laboratórios e a partir do seu desempenho são classificados em “A” para mais eficientes e de “G” para menos eficientes.
A ENCE, indica o tipo de equipamento, a marca do fabricante, seu modelo e tensão (110v ou 220v), eficiência energética e qual o consumo de energia em KWh/mês, este último item, indicará em média quanto o aparelho consumirá, realizando uma estimativa de consumo, o que pode ser decisivo na hora da compra.
O PROCEL tem o objetivo de promover a racionalização da produção e do consumo de energia, combatendo seu desperdício. Atuou inicialmente na distribuição de manuais dedicados a eficiência energética, conservação de energia, em diversos setores promovendo ações para o desenvolvimento de hábitos e conhecimento sobre o consumo de energia de forma eficiente. Em 1991, é transformado em programa de governo, tendo sua abrangência ampliada.
O Selo PROCEL, criado em 1993, tem como finalidade premiar produtos com que possuem os melhores níveis de eficiência energética e que contribuem para o consumo sustentável, além de economizar na conta de energia. Atualmente este Selo é concedido a refrigeradores, freezers, condicionadores de ar, coletores solares, entre outros aparelhos.
O CONPET, estimula a eficiência do uso de energias não renováveis e combate ao desperdício no uso destes recursos tem como objetivo racionalizar o consumo de derivados de petróleo e gás natural, a redução de emissão de poluentes na atmosfera, a promoção do desenvolvimento tecnológico e fornecer o apoio técnico para o aumento da eficiência energética, está ligado principalmente a área de transportes.
Assim como o Selo PROCEL, o CONPET, atua sobre equipamentos consumidores de derivados de petróleo e gás natural, que alcançam grau de eficiência na Etiqueta Nacional de Conservação de Energia do Programa Brasileiro de Etiquetagem do INMETRO.
Existem diversas maneiras de diminuir os gastos com o consumo de energia, através de pequenas mudanças como o uso de lâmpadas e aparelhos mais eficientes, a troca do chuveiro elétrico ou a gás por aquecimento solar, a captação da água da chuva para reutilização são medidas de longo prazo que reduzem bastante o consumo, entre outras medidas.
A economia gerada a partir da escolha na hora da compra de produtos mais eficientes pode, ao longo do tempo, resultar no preço de um aparelho novo, por exemplo, e além disso, estimula a fabricação e comercialização de produtos mais eficientes, contribuindo também com a preservação do meio ambiente.
Estimativas apontam que anualmente 10% da energia gerada no Brasil é desperdiçada no ambiente em forma de calor, e segundo relatório do PROCEL, o uso de equipamentos e instalações elétricas mais eficientes, geraria uma economia de 8,8% no consumo de energia elétrica.
Este tema tem se tornado cada dia mais importante pois com a evolução tecnológica, tornou-se indispensável o uso consciente de energia e saber como utilizar melhor os recursos de forma que possa garantir um maior desempenho. Um produto mais eficiente consome menos energia, tem menor impacto ambiental e custa menos no bolso do consumidor.
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