Com uma iniciativa pioneira, a Ipiranga tem introduzido em sua gestão um intenso relacionamento voltado à redução dos impactos ambientais, disseminando ações sustentáveis que beneficiam o meio ambiente e a comunidade onde estão inseridos. Lançado em 2009, o projeto Postos Ecoeficientes, prega uma atividade comercial que respeite o meio ambiente, adotando a postura de preservação ambiental, de forma que seja economicamente viável, utilizando recursos naturais de maneira mais consciente e eficiente desde sua construção até a fase de operação.
Os itens de ecoeficiência são elementos englobados ao projeto e atuam diretamente na preservação dos recursos naturais. Quando um posto reúne todos os itens, ele se torna um posto ecoeficiente Ipiranga, e passa a utilizar o totem cata-vento na sua fachada. Assim, todos os postos novos ou que receberem algum tipo de reforma, terão itens de ecoeficiência, divididos conforme a área de atuação: energia, água, materiais, resíduos e preservação do solo.
Gestão de água: Os Postos Ecoefiecientes possuem sistema de coleta e tratamento da água das chuvas para maior eficiência hidráulica, este é um processo seguro e econômico, podendo reutilizar a água em descargas sanitárias e com seu fluxo controlado, limpeza da pista e lavagem de veículos. Além disso a rede conta também com chuveiros e torneiras com fechamento automático nos sanitários e vestiários.
Gestão de energia: Menor consumo de energia em iluminação, ar-condicionado e aquecimento de água. Os postos são equipados com sistemas de exaustão para a retirada do calor, ventilação natural em sua cobertura, soluções para melhor aproveitamento da luz natural, integrando também a artificial, utilização de lâmpadas LED, sensores fotoelétricos de presença ou luminosidade e placas solares para uma maior eficiência energética.
Gestão de Materiais: O cuidado com o meio ambiente começa durante a obra utilizando materiais menos agressivos. Empregando o Sistema Light Steel Framing na edificação, que é modular, com estrutura em aço 100% reciclável, este sistema de construção a seco substitui tijolos, cimento e massa, o que gera menos resíduos. Em sua cobertura, é utilizado um sistema de camada única, onde a telha metálica faz também o papel do forro, totalmente aparafusado, sem uso de solda. São também empregadas tintas à base de água por ser menos tóxicas e também evitam o uso de solventes para a limpeza dos materiais de pintura.
Gestão de Resíduos: Os resíduos gerados pelas construções podem chegar a 70% de todo o volume de resíduos sólidos. A rede se preocupa com destino correto do lixo gerado tanto em sua construção, quanto na operação por meio da coleta seletiva.
Gestão do Solo: A Ipiranga cumpre em todos os postos de serviços, os requisitos técnicos e legais para a preservação do solo.
O projeto teve como foco inicial, reduzir as despesas que na época, era um dos maiores gastos na administração dos postos de gasolina. A partir disso, foi colocado em prática o projeto piloto em Porto Alegre (RS) que funcionou como um laboratório para que fossem testadas as soluções sustentáveis, norteado pelo conceito dos 4R’s repensar, reduzir, reciclar e reutilizar, comprovadas sua viabilidade econômica e ambiental, o projeto se expandiu para as outras unidades da rede.
Após sete anos, esse modelo de operação mostra resultados satisfatórios para a companhia. Até o final de 2016, a rede que possui mais de 7.200 postos em todo o país, já contabilizava, em funcionamento, 1.179 unidades com o padrão sustentável. Juntos, esses postos economizam 1MWh de energia por mês e, desde o início do projeto, essa economia chega a 29,5 GWh. Em média, um posto ecoeficiente reduz em 25% o consumo de energia elétrica e 80% o de água.
Além dos rendimentos financeiros e socioambientais, os investimentos trouxeram o reconhecimento da iniciativa da empresa no Brasil e no exterior. Dentre as quase 1.200 unidades com o padrão de postos ecoeficientes, 15 foram premiadas com o Selo Procel Edificações (empresa com maior número de Selos Procel Edificações do país), etiqueta de reconhecimento das edificações que apresentam os melhores índices de eficiência energética nos quesitos envoltória, iluminação e condicionamento de ar.
Uma edificação que possui classificação classe “A”, permite com que o edifício possua um valor agregado superior aos demais, reduz as emissões de carbono e estimula a competitividade dos edifícios, transformando o mercado da construção civil. O programa de etiquetagem conta com linhas de crédito do BNDES disponíveis para pequenas e médias empresas dos setores de comércio, serviços e turismo que queiram investir em atividades de eficiência energética.
O projeto de postos ecoefientes tem sido levado para universidades do Brasil e do exterior sendo exposto em palestras e seminários a fim de as vantagens desse modelo de operação. Recentemente a Ipiranga recebeu o prêmio da Universidade de Boston, nos EUA. Além do meio acadêmico, esse case também tem sido apresentado em feiras e congressos da área de construção civil para mostrar as vantagens desse tipo de construção.
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