Economia de energia e preservação do meio ambiente são temáticas do projeto nos Parques Villa Lobos e Cândido Portinari, na zona oeste da capital de São Paulo. Liderado pela CESP – Companhia Energética de São Paulo, a iniciativa conta ainda com a participação das empresas RTB Energias Renováveis, AES Eletropaulo, além do apoio das Secretarias de Energia e Mineração e do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
O parque Villa Lobos recebeu um investimento de 13 milhões para a construção de uma microcentral de 9 kWp e instalação de 40 postes para iluminação que geram a própria luz a partir da energia fotovoltaica. Já seu vizinho, o Parque Cândido Portinari, recebeu a instalação de placas fotovoltaicas em seu estacionamento para cerca de 264 veículos, o sistema tem uma capacidade de produção anual de 665 megawatts-hora (MWh) e conta com cerca de 2095 módulos fotovoltaicos, totalizando 3.400 metros quadrados.
Segundo informações da Secretaria de Energia e Mineração, esse é o maior projeto de mini geração solar distribuída em um parque do Brasil. O projeto é originário do programa de pesquisa e desenvolvimento referente a uma chamada de P&D da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, totalizando um potencial de geração de 551 KWp.
O empreendimento foi dimensionado para suprir a demanda do estacionamento, lanchonete e área de esportes do parque Villa Lobos. A energia gerada pelas plantas fotovoltaicas atenderá todo o consumo dos dois parques, tornando-os autossuficientes. Mesmo autossuficiente o parque continua conectado à rede de fornecimento de energia elétrica da AES Eletropaulo, no chamado sistema de compensação.
Durante o dia, os painéis transformam a luz solar em corrente elétrica contínua e ao passar pela microcentral fotovoltaica, transforma a corrente contínua em alternada, proporcionando eletricidade nas dependências dos parques. A energia excedente é enviada para a rede elétrica, gerando créditos com a distribuidora e caso não haja a produção de energia, por exemplo, a noite ou em dias nublados, os parques serão abastecidos pela energia acumulada na forma de crédito.
O projeto pretende estudar os aspectos econômicos, técnicos e comerciais da energia solar obtendo dados de geração fotovoltaica para pesquisas acadêmicas e a autossuficiência dos parques, com a intenção de viabilizar futuros projetos em espaços urbanos e propagar seu uso entre os visitantes, apresentando as diferentes maneiras da integração da tecnologia nas instalações urbanas de maneira limpa e sustentável, preservando o meio ambiente.
Com diversos empreendimentos cadastrados no estado, a usina fotovoltaica mais importante de São Paulo é a de Tanquinho, localizada em Campinas, com uma potência de 1.082 kWp e capacidade de geração de 1,6GWh por ano. Essa energia é suficiente para suprir cerca de 1.300 residências com consumo de 100 KWh/mês cada.
A implantação dessas usinas visa popularizar a energia solar fotovoltaica, e para isso vem fomentando a instalação de novos sistemas pela indústria, comércio e principalmente pela população em suas residências. A medida representa a significativa redução no consumo de energia, economia na conta de luz e redução do impacto ambiental.
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