Criar 100 novos hectares de áreas verdes em coberturas, fachadas e a nível do solo em 2020 é o objetivo do programa “Paris Culteurs” lançado em março deste ano pela prefeitura da capital francesa.
No início, este projeto consistiu nos próprios agricultores, arquitetos, artistas, empresas, jardineiros e organizações da sociedade civil de todo mundo, postulando seus projetos para construir novos jardins, alguns deles em espaços em desuso.
A chamada para os projetos ficou aberta durante quatro meses, entre maio e agosto, período em que foram recebidas 144 propostas, dentre as quais se escolheram 33 ganhadores recentemente anunciados.
Cada um recebia um lote que podia ser privado ou público.
No caso de ser privado, o proprietário que decidiu aderir ao programa, se transforma em um sócio do projeto e contribui com o seu desenvolvimento.
No entanto, se o terreno for municipal, será sob a forma de concessão, durante um período de 3 a 12 anos e pode ser estendido para um total de 20 anos.
Além disso, cada projeto terá um “padrinho” que integra a equipe do programa e que pode ser um arquiteto, um jardineiro, um paisagista, ou um especialista em agricultura urbana, entre outras especializações.
Este personagem será o encarregado de assessorar o projeto.
A seguir falaremos sobre três projetos, um desenhado para uma cobertura, um a nível do solo e outro para uma parede.
Didot
Este projeto considera habilitar hortas em quatro coberturas de 300 e 700 metros quadrados que ocupam dois edifícios residenciais do Distrito 14.
Em conjunto, estima-se que seriam capazes de produzir 17 toneladas de verduras por ano, que estariam à venda para o público.
Além disso, trariam consigo outros benefícios, como a criação de cinco postos de trabalho de período completo, a possibilidade de reutilizar água do edifício, e de aproveitar o aquecimento do mesmo para fornecimento de energia.
De acordo com a descrição do projeto, ele poderia estar pronto em 2018 após um refinamento dos detalhes do modelo econômico.
Réservoir de Belleville
1.200 metros quadrados possui o terreno municipal até hoje em desuso e localizado ao lado do Cemitério de Belleville.
A principal característica do projeto desenhado pelo grupo Flora Urbana encontra-se na possibilidade de desenvolver três atividades em torno da produção agrícola não comestível e que correspondem à produção de sementes, a plantação de flores decorativas, e as chamadas “cortadas”.
Graças à sua condição de público, o município será o encarregado por adotar, junto aos criadores, o modelo econômico mais adequado.
Por agora, estima-se que poderia estar pronto até meados de 2017.
Mur Rue de Crimée
Uma pequena intervenção neste edifício de 1930 procura oferecer aos seus habitantes e àqueles que passam pela região uma paisagem mais verde.
Devido à superfície limitada, cerca de 30 metros quadrados, estima-se que poderia ficar pronto ainda neste ano.
Planeja-se instalar no local musgos que sejam capazes de absorver a umidade do imóvel e, por sua vez, mantê-lo para conservar a vegetação.
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