Vestas volta ao topo do ranking de fabricantes eólicos, segundo relatório da Bloomberg

A dinamarquesa Vestas recuperou o primeiro lugar no ranking anual de fabricantes de turbinas eólicas, segundo dados compilados pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF).


Aproximadamente 8,7GW de turbinas da companhia foram instaladas em 2016, cerca de 16% de todas as instalações eólicas onshore no ano passado. Segundo a BNEF, a Vestas retorna ao primeiro lugar graças a um forte impulso nos EUA. A fabricante continua buscando uma estratégia global, com projetos eólicos em operação em 35 países, mais do que qualquer outra fabricante de turbinas.

A General Electric ficou em segundo lugar com 6,5GW, cerca de 0,6GW a mais do que em 2015. Embora a GE tenha perdido por pouco a sua tradicional liderança no mercado norte-americano para turbinas recém-contratadas da Vestas, a empresa conseguiu aumentar sua presença global para 21 países em 2016, de 14 em 2015.

A Xinjiang Goldwind Science & Technology caiu do primeiro para o terceiro lugar, com 6,4GW instalados em 2016. Praticamente toda a capacidade da fabricante chinesa foi construída em seu mercado doméstico, onde a Goldwind ampliou ainda mais sua participação. A contração do mercado de turbinas da China teve um impacto claro sobre a Goldwind, pois as instalações gerais no país alcançaram 22,8GW em 2016, uma queda de 21% em relação ao recorde de 29GW em 2015.

“O ranking deste ano mostra porque 2016 girou em torno de fusões na indústria de fabricantes de turbinas”, disse David Hostert, chefe de pesquisa eólica na BNEF. “Existe agora um grupo dissidente forte de três companhias líderes, seguido por outras empresas bem competitivas. A futura fusão da Siemens Wind e da Gamesa vai permitir que a nova empresa alcance as líderes e crie um grupo de “quatro grandes” fabricantes dominantes. Ficar na liderança deste grupo exigirá um porte significativo e uma presença equilibrada nos mercados certos”.

A espanhola Gamesa ficou em quarto lugar para instalações de turbinas onshore, pouco à frente da Enercon da Alemanha. Ambas as empresas conseguiram aumentar significativamente as suas instalações gerais em comparação com 2015. Enquanto uma em cada duas turbinas da Enercon foi instalada na Alemanha, quase uma em cada três turbinas da Gamesa foi instalada na Índia.

O Grupo Nordex retornou ao top 10 em sexto lugar, após a fusão com a Acciona Windpower no ano passado. A Guodian United Power da China ficou em sétimo lugar, à frente da Siemens. Esta última caiu quatro posições no ranking de onshore, em comparação com 2015. As empresas chinesas Ming Yang e Envision empataram em nono lugar, já que a diferença entre as duas fabricantes foi muito pequena.

Mercado eólico– Apenas 832 MW de nova capacidade eólica offshore foi instalada em 2016, um ano dominado por instalações na Ásia. Embora 2016 tenha tido um recorde de novos financiamentos para projetos eólicos offshore a serem construídos nos próximos anos na Europa, a quantidade de novos projetos em operação no ano passado foi globalmente muito abaixo dos 4,2 GW de 2015. A Sewind da China, que produz as turbinas offshore da Siemens, sob licença na China, ficou em primeiro lugar, com 489MW. Deste total, cerca de 388MW foram de turbinas Siemens e 101 MW foram máquinas do seu próprio design.

A Bloomberg New Energy Finance compila seu ranking anual de fabricantes de turbinas onshore e offshore utilizando a sua base de dados do mercado para fornecer uma metodologia global harmonizada. Portanto, estes números podem variar em relação aos relatórios das próprias fabricantes. A Gamesa e Siemens são mostradas como empresas separadas, pois a fusão entre a Siemens Wind e a Gamesa ainda não está finalizada.

Fonte: Agência Canal Energia

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