Infelizmente, algumas áreas dos nossos oceanos estão povoadas com muito lixo e resíduos de sujeira e óleo de motores de barcos. Essa triste situação, despertou e inspirou uma dupla de surfistas australianos, que resolveram criar uma lixeira flutuante como uma alternativa para solucionar o problema. Chamada de "Seabin", a invenção tem capacidade de sugar pedaços de plásticos de diversos tamanhos, além disso, também é capaz de sugar pequenas quantidades de combustível.
Os criadores da lixeira flutuante explicaram que a bolsa coletora possui uma tela removível, que pode ser esvaziada quando fica cheia, e o principal mecanismo da lixeira, é a energia solar! Os surfistas estimam que as lixeiras aquáticas poderão ser utilizadas em portos e embarcadouros, onde o vento e as correntes aumentam o acúmulo de resíduos. O projeto pretende começar a ser comercializado ainda neste ano.
Mais de cinco trilhões de pedaços de plástico que pesam, no total, 270 toneladas estão flutuando nos oceanos do planeta provocando danos diretos aos animais marítimos e à cadeia alimentar. Cerca de oito milhões de toneladas de lixo plástico são lançadas nos mares todos os anos. Pesquisadores estimam que a quantidade de plástico jogada nas águas pode alcançar 17,5 milhões de toneladas até 2025. Isso significa que 155 milhões de toneladas de lixo serão lançadas nos oceanos até lá.
A situação precisa ser repensada, para que este problema possa ter solução. Este é o principal objetivo dos surfistas, melhorar a condição das águas dos oceanos, antes que não tenha mais jeito. Peter Ceiglinski, um dos fundadores do Projeto Seabin, defende que, se várias dessas lixeiras forem espalhadas pelos oceanos, o impacto pode ser significativo, gerando bons resultados.
A lixeira aquática pode coletar 1,5 kg de lixo por dia, o que dá 83 mil sacolas de plástico por ano. Mesmo sendo relativamente pequena, são poderosas, sugam pedaços pequenos, pedaços grandes, microplástico e óleo também. Os surfistas garantem que se centenas de milhares de lixeiras flutuantes forem colocadas nos oceanos, um dos primeiros passos para tentar solucionar este problema estará sendo dado. A falta de sistemas de tratamento de lixo alimenta a entrada de plásticos e resíduos nos oceanos.
Os cientistas dos Estados Unidos, França, Chile, Nova Zelândia e Austrália afirmam que a maioria dos resíduos encontrados nos oceanos são microplásticos que medem menos de cinco milímetros e causam grandes estragos na fauna marinha. Os resíduos são engolidos por peixes, sendo inseridos na cadeia alimentar até chegar aos seres humanos. Já os pedaços grandes de plástico trazem ainda mais problemas, podem estrangular e matar animais, como tartarugas e golfinhos.
Fonte: Portal Solar
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