Projetos devem entrar em operação no segundo semestre do ano que vem. Leilões devem movimentar mercado.
Da Agência Canal Energia
A construção de dois projetos de geração solar fotovoltaica na região Nordeste deverá turbinar o faturamento da Weg ao longo do próximo ano. A fabricante de equipamentos estima uma entrada de receita de cerca de R$ 420 milhões com o início de funcionamento de três usinas fotovoltaicas situadas no município de Coremas, na Paraíba, somando 93 MW de capacidade instalada. Também na Paraíba, um parque de 54 MW na cidade de Malta deverá resultar, segundo a empresa, em um faturamento de mais R$ 250 milhões. Ambos os projetos estão previstos para iniciar operação no segundo semestre de 2018.
De acordo com Paulo Polezi, diretor da Weg, a empresa atua como “EPCista” nos dois projetos, na modalidade turn key – oferecendo, além de equipamentos, serviços agregados de engenharia, gestão de compra de materiais e construção das plantas. “Estamos preparados para fornecer esse modelo de negócio para projetos fotovoltaicos, e também para atuar em projetos de solar na área de geração distribuída, aí com parcerias de instaladores”, explicou o executivo a analistas de mercado durante teleconferência realizada nesta quinta-feira, 26 de outubro, para apresentar os resultados do último trimestre.
A empresa tem expectativas positivas para a expansão da geração de fontes renováveis a partir dos dois leilões de energia já programados para o final deste ano. Mesmo observando que a contratação dependerá da declaração de demandas das distribuidoras, que ainda não apresentaram suas projeções de mercado ao governo, Polezi acredita que em boas oportunidades de negócios com os certames, que reuniram grandes quantidade de projetos inscritos, especialmente de eólica. Ele acredita que o Leilão A-4 deverá ter maior interesse por parte dos empreendedores em relação ao A-6, já que o risco tende a ser menor.
“O fato de o A-6 ter um período mais longo de construção pode apresentar risco se o preço final de venda da energia for muito baixo”, avalia o executivo. Ele informou ainda que a receita projetada em relação ao segmento eólico para 2017 será semelhante à angariada em 2016, e que, sem considerar a entrada de possíveis novos projetos com os novos leilões, a receita para 2018 tende a permanecer no mesmo patamar. A carteira atual de projetos eólicos já contratados irá até outubro do ano que vem. Nos resultados de julho a setembro, a área de GTD obteve uma participação de 26,1% nos negócios da Weg.
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