Finalistas do EDP Starter, programa de aceleração da EDP, apresentam soluções que vão da escolha da fonte de energia até venda de assinaturas de energia renovável.
FAZENDA DE ENERGIA SOLAR EM PROVÍNCIA DA ÍNDIA
(FOTO: PRASHANTH VISHWANATHAN/BLOOMBERG VIA GETTY IMAGES)
A transformação que atinge praticamente todos os setores está aproximando startups das grandes companhias. No setor energético, não é diferente. Além de buscar em suas estruturas projetos cada vez mais inovadores, as empresas entendem que a disrupção trará melhorias para a vida dos clientes e abre caminho para novos negócios para a indústria.
Cinco startups brasileiras olharam para os problemas do setor energético e criaram soluções capazes de transformar esse setor. Cartão Solar, CUBI Energia, Dooak, Enercred e NEXO capacitação digital foram as finalistas do EDP Starter, programa de aceleração da EDP, empresa portuguesa responsável por gerar e distribuir energia em diversos estados brasileiros.
Conheça os projetos inovadores criados pelas startups finalistas do programa:
- Enercred
A startup vencedora do programa de aceleração da EDP quer democratizar o consumo de energia renovável. Com foco no consumidor residencial, a Enercred usa uma plataforma digital para vender assinaturas de energia limpa, mais barata e sustentável. A startup identifica estados em que o preço da energia é alto e propõe seu sistema de venda de energia limpa.
“Temos a missão de entregar crédito de energia renovável mais barato para o consumidor que tanto mora em apartamento ou casa alugada e não tem condição de comprar um sistema de energia solar próprio”, disse o CEO Enercred, José Otávio Bustamante.
Um dos estados com a tarifa de energia mais alta do país, Minas Gerais é no momento o foco da startup. “São Paulo, apesar de ser o maior centro consumidor do Brasil, tem o valor de energia muito barato. Pelo mesmo volume de investimento você tem um retorno menor. Se eu pegar R$ 10 milhões e investir em uma usina em Minas Gerais, eu vou ter um retorno muito maior do que se eu pegar os mesmos R$ 10 milhões e investir em uma usina em São Paulo. Mas a tendência é que essa conta feche com o passar do tempo”, explicou o CEO.
CEOS DAS STARTUPS DURANTE O DEMODAY EDP STARTER BRASIL (FOTO: KARINA CAMPOS)
- CUBi Energia
Tornar a energia elétrica visível é o foco da startup comandada por Ricardo Dias. “A energia elétrica é algo um tanto quanto invisível e abstrato, imagina isso em uma indústria”, disse ele. “Você não saber onde você está consumindo energia em um parque com mais de 2 mil máquinas. O gestor hoje vive isso diariamente e não sabe de onde está vindo o consumo”.
O projeto da startup é tornar esses dados visíveis para o gestor através do uso da tecnologia, dizendo exatamente onde, quando e como ele está consumido energia elétrica.
- Nexo capacitação digital
A realidade virtual é a grande aliada da startup, que busca solucionar os problemas com acidentes de trabalho nas empresas. A Nexo oferece treinamento dos funcionários com simuladores de realidade virtual. Partindo de sistemas instalados em smartphones, os funcionários passam por treinamento em RV imersiva para simular os processos de trabalho.
Segundo o CEO Frederico Faria, a startup possui parcerias com empresas no Brasil e também já desenvolveu o sistema em três outros idiomas. A iniciativa permite a expansão para outros países, só falta lançar os simuladores. “A gente quer pegar toda essa vertical de segurança no trabalho e de saúde, e desenvolver módulos prontos que a gente consiga vender em qualquer indústria do Brasil”, contou.
- Cartão Solar
Com uma ideia parecida com a da Enercred, a startup pretende democratizar o acesso às energias renováveis ao oferecer a possibilidade de escolha da fonte de energia que será consumida.
A grande diferença entre as startups é a maneira de vender o produto. Segundo Marco Aurélio, CEO da Cartão Solar, o foco da empresa não é realizar as vendas de uma forma completamente digital, mas sim através de um call center. E a Cartão Solar possui um plano ainda maior. “Queremos ser a primeira empresa a vender energia na forma de varejo aqui no Brasil”, disse.
- Dooak
A startup possui uma plataforma de investimento coletivo com transações em blockchain para projetos de energia solar. A proposta é conectar investidores com têm interesse em diversificar seu portfólio de aplicações e pessoas que precisam de financiamento para seus projetos de energia solar.
“Hoje as opções de investimento no setor de energia são relativamente limitadas. Por isso, pensamos em criar uma plataforma que permite investir até mesmo em empresas que já se relacionam com o investidor”, explicou João Alexandre Carvalho, CEO da Dooak.
Fonte: Época Negócios
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