Investimento nas placas ainda é alto, mas tende a se tornar bom negócio.
Placas de energia solar instaladas em prédio de empresa em Florianópolis (Foto: Reprodução/NSC TV)
A laje do prédio virou uma usina. Foram instaladas mais de 400 placas chamadas fotovoltaicas. Cada uma tem algumas dezenas de plaquinhas menores. Elas são feitas principalmente de silício, metal abundante no planeta.
Quando a luz do sol entra em contato com o silício, os elétrons começam a se mexer e surge uma corrente elétrica, a mesma que anda pelos postes de luz.
As placas fotovoltaicas conseguem produzir energia só com a luminosidade do sol que passa pelas nuvens. A produtividade delas fica em 40% em relação a quanto elas produziriam em um dia de tempo aberto.
Se as placas não derem conta de todo o consumo, a energia das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) entra para compensar. De noite, é a mesma coisa, quando a escuridão é total. Agora, a empresa só paga por essa energia que vem de vez em quando.
“Pelos cálculos, nós vamos ter uma economia de quase 100% da nossa despesa mensal com energia”, afirmou o diretor comercial.
O contrário também ocorre: quando o sol está forte e as placas produzem mais do que o consumo, a energia que sobra não tem como ficar armazenada. Por isso, ela se mistura à eletricidade da Celesc. Vai alimentar casas, empresas e indústrias que não têm o mesmo sistema. Na prática, a Celesc compra a energia, e o valor pode ser abatido da conta de luz em cinco anos.
Destaque nacional
Santa Catarina é destaque nacional em energia produzida pelo sol. Dividindo suas 2,2 mil unidades consumidoras solares pelo número de habitantes, fica em primeiro lugar no país.
Mas ainda representa pouco para a Celesc. “Não chega a 0,07% do número de consumidores da Celesc. Mas nós sabemos que, num futuro muito próximo, este número vai aumentar e vai começar a se tornar significativo para o sistema elétrico”, afirmou o chefe do Departamento de Eficiência Energética da Celesc, Marco Aurélio Gianesini.
Placas de energia solar instaladas em telhado de casa em SC (Foto: Reprodução/NSC TV)
Construir uma usina em casa tem um custo. Na casa do servidor público aposentado Walter Miguel, as 10 placas custariam R$ 18 mil. Como ele se inscreveu num programa de incentivo da Celesc, ganhou desconto e pagou R$ 6,8 mil. A economia não passa de 20% da conta de luz.
“É uma necessidade que a gente, a curto prazo, gostaríamos de ampliar. A grande dificuldade está no custo do sistema”, disse Walter Miguel.
Atualmente, o orçamento pode mesmo desanimar. Mas o presidente do Instituto Ideal, que divulga a energia do sol, acha que isso já está mudando. “A tendência natural, e isto não só no Brasil, mas no mundo inteiro, é de os preços caírem ainda mais. Para se ter uma ideia, nos últimos três ou quatro anos, os preços caíram quase 300%”, afirmou Mauro Passos.
Por isso, quem pensar no futuro pode colher muitos benefícios para o bolso e para o planeta. “É uma atitude ecologicamente correta, sustentável, e vai trazer um benefício muito grande pra população”, disse Walter Miguel.
Fonte: G1
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