A capacidade mundial instalada de energia solar fotovoltaica em 2017 subiu para 98,9 GW (Gigawatt), o que representa um aumento de mais de 29 % em relação a 2016. Os dados foram divulgados pela associação da indústria solar europeia SolarPower Europe, durante o SolarPower Summit, que decorreu entre os dias 14 e 15 de Março em Bruxelas, na Bélgica.
De acordo com o relatório divulgado, o mercado na Europa continua em franco crescimento, com um aumento 28,4 % face ao ano anterior (em 2016, a capacidade instalada atingiu os 6,7 GW, ao passo que, em 2017, chegou aos 8,6 GW).
“É bom ver o crescimento da energia solar na Europa novamente, e é particularmente encorajador ver que este crescimento acompanha o crescimento global. Sabemos que a União Europeia ainda tem muito trabalho pela frente se quiser acompanhar o ritmo do resto do mundo no que diz respeito à energia solar. Esperemos que a União Europeia concorde com a meta de 35 % de energias renováveis no próximo pacote legislativo Energia Limpa”, sublinhou, em comunicado, Christian Westermeier, presidente da SolarPower Europe.
Segundo a SolarPower Europe, a Turquia foi o maior mercado europeu de energia solar no ano que passou, com um crescimento de 213 %, seguida da Alemanha e com o Reino Unido a atingir a terceira posição, depois de, em 2016, ter sido o “campeão” da energia solar fotovoltaica na Europa.
Apesar desta evolução, a associação considera que a Europa não se pode desleixar, sob pena de ficar para trás. Isto porque a Ásia mantém-se como a maior fonte deste contínuo crescimento, com a China e a Índia a contribuírem com mais de 63 % para o mercado fotovoltaico mundial em 2017. Em termos mundiais, o mercado chinês cresceu 53 %, para 52,8 GW, contra os 34,5 GW em 2016. Um valor que está, assim, bastante distante dos Estados Unidos, que, no último ano, alcançaram os 11,8 GW. A Índia surge no terceiro posto, com 9,6 GW.
“O crescimento da energia solar é uma boa notícia já que nos movimentamos para uma transição energética global. Mas a Europa está em risco de ficar para trás. A União Europeia deve garantir que resolve os obstáculos ao potencial da energia solar, como as barreiras no consumo próprio e tem de garantir uma estrutura forte para a energia solar em pequena escala.
A União Europeia tem de apoiar apolíticas que encorajem a construção de mais instalações de energia solar e remover as barreiras que existem no comércio dos painéis solares. Isto não vai apenas garantir uma energia limpa para o futuro da União Europeia, como vai dar um impulso ao desenvolvimento local. É esperada a criação de mais de 40 mil empregos na Europa, em 2019, se as barreiras no comércio forem removidas”, rematou James Watson, director executivo da SolarPower Europe.
Fonte: Edifícios e Energia
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