Em meio à crise econômica, poucos setores no Brasil tiveram um desempenho tão positivo quanto o solar fotovoltaico. Em comparação com a economia nacional, o segmento solar cresceu mais de 100% por ano desde 2013, gerou mais de 25 mil novos empregos diretos e indiretos em 2017 e colocou nosso país entre os 30 principais produtores mundiais dessa forma de energia.
Mesmo com esse crescimento tão expressivo, dúvidas sobre como a energia solar funciona ainda fazem muita gente pensar duas vezes antes de aderir ao sistema. Por isso, selecionamos as cinco questões mais comuns sobre a utilização de sistemas fotovoltaicos e iremos esclarecê-las neste texto!
Pronto para entender como esses sistemas funcionam e podem fornecer energia para sua casa ou para seu negócio?
1 – Como funciona um sistema de energia solar fotovoltaica?
Podemos responder essa pergunta através de três passos bastante fáceis de entender:
1º – Instalados no telhado, os painéis solares captam a radiação do sol e a transformam em energia elétrica;
2º – Outro equipamento, chamado de inversor, transforma essa energia em corrente alternada, que é compatível com a rede das nossas casas;
3º – A energia gerada pode ser consumida imediatamente ou então devolvida para a rede e transformada em créditos para você.
Só isso? Exatamente! Mas ainda iremos explicar outros detalhes para tornar esse assunto ainda mais claro.
2 – Como faço para ter um sistema desses em casa?
Existem dois tipos de sistemas fotovoltaicos: On Grid e/ou Híbrido. Para entender qual é a melhor opção para a sua residência ou negócio, é importante contar com um profissional especializado que irá avaliar sua estrutura e suas necessidades energéticas, ajudando-o nesta escolha.
Por isso, o primeiro passo é contatar uma empresa especializada – chamada integradora – para agendar uma avaliação técnica e verificar a viabilidade de instalação do sistema.
O projeto do sistema será dimensionado a partir das informações coletadas pelo integrador e levará em consideração a localização do imóvel, o consumo e a concessionária de energia, entre outros. É ele quem vai solicitar um orçamento para o sistema mais adequado para sua aplicação – seja ela residencial ou empresarial. Nesse momento, todas as necessidades serão avaliadas e será elaborado um orçamento personalizado.
Após o aceite da proposta, o projeto será apresentado pelo integrador para a concessionária de energia da sua região, em conjunto com a documentação necessária para a liberação da instalação do sistema (solicitação de parecer de acesso).
Parecer aprovado? Hora de efetivar a compra dos equipamentos para que o integrador faça a instalação! Por fim, a concessionária realiza uma vistoria técnica para aprovação do ponto de conexão e instala o novo medidor de energia.
3 – Uma vez instalado, o sistema dura quanto tempo?
Assim como qualquer equipamento, os painéis solares sofrem desgaste com o tempo. Porém, eles são mais resistentes do que podemos pensar: se forem de qualidade e bem cuidados, chegam aos 25 anos ou até mais! Em geral, os sistemas fotovoltaicos perdem 20% de sua eficiência em 25 anos de uso.
Para garantir o rendimento e a durabilidade do sistema, são necessárias apenas pequenas manutenções ao longo do tempo, como limpeza de painéis e inspeção visual e do sistema em geral.
4 – O sistema fotovoltaico produz energia em dias nublados, com chuva ou durante a noite?
Os painéis solares geram energia a partir da radiação – e não da temperatura. Ou seja, dias nublados ou frios não impedem que os sistemas sigam operando normalmente.
E lembre-se: o Brasil é um país com um ótimo índice de radiação. Um exemplo? A região mais ensolarada da Alemanha – terceiro lugar no ranking de nações com as maiores capacidades de produção de energia solar no mundo – recebe um índice 40% menor radiação do que nossa região menos ensolarada!
Já à noite, quando não temos a presença dos raios solares, é impossível produzir energia.
5 – E se eu produzir mais energia do que consumir?
A energia gerada pelo sol tem uma fração consumida na hora, pelos eletrodomésticos, lâmpadas e outros equipamentos ligados na sua casa. O excedente é enviado para a rede distribuidora, que fornecerá créditos para abater na sua próxima conta de luz.
Esses créditos gerados durante o dia também são utilizados para o seu abastecimento noturno. E eles têm validade de até 60 meses, conforme resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
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