A ONU Meio Ambiente, agência do Sistema das Nações Unidas que é hoje a principal autoridade global na promoção do uso eficiente de recursos naturais, publicou em abril deste ano, em Nova Iorque, um relatório técnico que mostra que as chamadas novas energias renováveis, principalmente as fontes eólicas e solar, tiveram recorde em termos de adição de capacidade de geração de energia em todo o mundo, somando 166 gigawatts de potência instalada no ano.
De acordo com documento, cerca de 20% da eletricidade consumida no mundo já vem das fontes renováveis, como a eólica, o que tem contribuído para a redução dos níveis de emissão dos gases causadores do efeito estufa. A entidade acredita que é possível reverter danos relacionados às mudanças climáticas, advindas do aquecimento global, caso o mundo seja capaz de suprir sua necessidade de consumo de energia apenas com as fontes limpas.
De acordo com 70% dos especialistas de todo o mundo, ouvidos pela ONU Meio Ambiente para a produção do relatório, é possível que até 2050 as energias renováveis possam dar conta de 100% da demanda da energia elétrica mundial.
Neste cenário, o Brasil está entre os países de maior geração eólica e com o maior fator de capacidade, especialmente em função do alto potencial eólico de algumas regiões do Nordeste. Neste ano, o Brasil atingiu 11.000MW de capacidade instalada, equivalente a 7% da capacidade do país e com igual potência da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Somente em 2016, a fonte promoveu geração de 30 mil empregos em todo o país e investimentos da ordem de R$ 18,2 bilhões, aplicados principalmente na Região Nordeste. No total, hoje estão em operação 443 parques eólicos, em 11 estados brasileiros, o que colocou o Brasil no 9º lugar do ranking mundial de capacidade instalada da fonte e em 5º lugar entre os países que mais instalaram usinas eólicas, em 2016.
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